Pró-Reitoria deFísica Graduação Esporte na Educação Escolar: Ampl Curso de Farmácia Trabalho de Conclusão de Curso PERFIL DE DISSOLUÇÃO E DOSEAMENTO PARA CÁPSULAS MAGISTRAIS DE CLORIDRATO DE METFORMINA 850 mg MANIPULADAS EM TRÊS FARMÁCIAS DO DISTRITO FEDERAL Autor: Naiara Barbosa de Sousa Orientadora: Dra. Silvia Keli De Barros Alcanfor Brasília-DF 2014 NAIARA BARBOSA DE SOUSA PERFIL DE DISSOLUÇÃO E DOSEAMENTO PARA CÁPSULAS MAGISTRAIS DE CLORIDRATO DE METFORMINA 850 mg MANIPULADAS EM TRÊS FARMÁCIAS DO DISTRITO FEDERAL Artigo apresentado ao curso de graduação em Farmácia da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Farmácia. Orientadora:Dra. Alcanfor Brasília-DF 2014 Silvia Keli de Barros CURSO DE FARMÁCIA COORDENAÇÃO DE TCC Ciência do Orientador Eu, Silvia Kelly de Barros Alcanfor, professora e diretora dos cursos de Física, Química e matemática, orientadora da estudante Naiara Barbosa de Sousa, autora do trabalho intitulado, “PERFIL DE DISSOLUÇÃO E DOSEAMENTO PARA CÁPSULAS MAGISTRAIS DE CLORIDRATO DE METFORMINA 850 mg MANIPULADAS EM TRÊS FARMÁCIAS DO DISTRITO FEDERAL”, estou ciente da versão final entregue à banca avaliadora quanto ao conteúdo e à forma. Taguatinga: ____/_____/______ _____________________________________________________________________ Silvia Keli de Barros Alcanfor Artigo de Autoria de Naiara Barbosa de Sousa, intitulado “PERFIL DE DISSOLUÇÃO E DOSEAMENTO PARA CÁPSULAS MAGISTRAIS DE CLORIDRATO DE METFORMINA 850 mg MANIPULADAS EM TRÊS FARMÁCIAS DO DISTRITO FEDERAL”, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Farmácia da Universidade Católica de Brasília em ____/_____/______, defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada: _____________________________________________________________________ Prof. Dr. Silvia Keli de Barros Alcanfor Orientadora Curso de Química – UCB _______________________________________________________________________ Prof. Dr. Jonatas Gomes da Silva Curso de Química – UCB _____________________________________________________________________ Prof. MSc. Frederico Peres Guimarães Farmacêutico – Clínica Villas Boas Brasília 2014 Dedico este trabalho a minha família, por ser o alicerce na construção da minha formação profissional, os principais responsáveis por esta tão sonhada conquista. Agradeço a meu marido pela compreensão. Obrigada infinitamente por tudo! Amo vocês! AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por me proporcionar a realização deste sonho, a conclusão do meu curso de graduação, pela persistência, pela forca e pela fé que me concedeu a cada dia nesta longa caminhada. Agradeço a meus pais, Sebastião e Luzia de forma mais grata por acreditarem no meu sucesso, pela paciência, pela dedicação, pelo amor e pela luta na minha formação. Agradeço a meu marido Renato,pela cumplicidade, pela paciência, pela compreensão e pelo amor, a mim doado nos momentos mais difíceis da minha jornada. Agradeço a meu irmão Leo, pelo companheirismo, amizade e afeto constante. Agradeço aos amigos que fiz no decorrer deste curso, principalmente pelo imenso companheirismo de uma pessoa especial, a minha amiga Fernanda. Agradeço a professora Adriana pela dedicação e persistência na orientação do préprojeto. Agradeço a minha orientadora Dra. Silvia Keli Alcanfor pela atenção a mim dedicada desde o primeiro dia de TCC, pelos conhecimentos compartilhados, pela amizade e pelos conselhos. A você toda a minha sincera gratidão. “Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível”. Charles Chaplin PERFIL DE DISSOLUÇÃO E DOSEAMENTO PARA CÁPSULAS MAGISTRAIS DE CLORIDRATO DE METFORMINA 850 mg MANIPULADAS EM TRÊS FARMÁCIAS DO DISTRITO FEDERAL NAIARA BARBOSA DE SOUSA Resumo: A procura de medicamentos manipulados tem sido bastante expressiva nos últimos anos, o que evidencia a necessidade do controle de qualidade desses produtos.Dentre esses, destacase o cloridrato de metformina, um antidiabético oral utilizado no tratamento do diabetes tipo 2, que afeta significativamente a população mundial. Considerando esta realidade, o presente estudo aplicouuma metodologia analíticade teor e perfil de dissolução recentemente validada para avaliar cápsulas de cloridrato de metformina 850mg, produzidas em três farmácias de manipulação do Distrito Federal. A variação de dissolução encontrada para as três farmácias foi inferior a 75% ao fim dos 45 minutos de teste (A= 66,67%; B= 46,37% e C= 43,61%). O teor de princípio ativo determinado esteve abaixo do intervalo de 95-105% (A= 73,3%; B= 8,62% e C= 10,1%).O peso médio das cápsulas apresentou-se abaixo do valor mínimo da variação de ±7,5% (A= 668,25mg; B= 483,91mg e C= 421,95mg), assim como os valores de cada unidade. Os resultados apresentados reforçam a importância de se executar precisa e rigorosamente o controle de qualidade nas farmácias magistrais e a relevância da fiscalização desses estabelecimentos pelos órgãos competentes, para que a integridade do usuário e do farmacêutico seja preservada. Palavras-chave: Cloridrato de Metformina. Perfil de Dissolução. Teor. Cápsulas Magistrais. Abstract: The demand for compounded drugs has been very significant in recent years, highlighting the need for quality control of these products. Among these, we highlight the metformin hydrochloride, an oral antidiabetic agent used in the treatment of type 2 diabetes, which significantly affects the global population. Considering this fact, the present study applied an analytical methodology for content and dissolution profile recently validated to assess capsules metformin hydrochloride 850mg, produced in three pharmacies in the Federal District. The dissolution rate was found for all three pharmacies was less than 75 % after the 45-minute test (A= 66.67 %, and B= 46.37 % C= 43.61 %). The content of an active principle was below the range of 95-105 % (A= 73.3 %, B= 8.62 % and C= 10.1%). The average weight of the capsules is presented below the minimum value of the range of ± 7.5% (A= 668.25 mg, and B= 483.91 mg C= 421.95 mg), and the values of each unit. The results presented emphasize the importance of performing precise and strict quality control in pharmacies and the importance of monitoring these establishments by the competent bodies, sothat the integrity of the user and the pharmacist is preserved. Keywords: Metformin Hydrochlorid. Dissolution Profile.Content.MagistralCapsules. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 7 2 METODOLOGIA ....................................................................................................... 9 2.1 DADOS GERAIS ......................................................................................................... 9 2.2 PROCEDIMENTOS ................................................................................................... 10 2.2.1 Preparo do tampão fosfato pH 6,8 ........................................................................... 10 2.2.2 Ponto de Fusão e Espectrofotometria de Absorção no Infravermelho ................... 10 2.2.3 Peso Médio ................................................................................................................ 10 2.2.4 Doseamento ............................................................................................................... 11 2.2.5 Perfil de Dissolução ................................................................................................... 11 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 13 3.1 PONTO DE FUSÃO ................................................................................................... 13 3.2 PESO MÉDIO ............................................................................................................ 13 3.3 DOSEAMENTO ......................................................................................................... 15 3.4 PERFIL DE DISSOLUÇÃO ....................................................................................... 16 4 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 20 REFERÊNCIAS........................................................................................................ 21 ANEXOS ................................................................................................................... 23 Perfil de dissolução e doseamento para cápsulas magistrais de cloridrato de metformina 850 mg manipuladas em três farmácias do Distrito Federal Naiara Barbosa De Sousa1& Silvia Keli De Barros Alcanfor1* 1 Universidade Católica de Brasília RESUMO A procura de medicamentos manipulados tem sido bastante expressiva nos últimos anos, o que evidencia a necessidade do controle de qualidade desses produtos.Dentre esses, destaca- se o cloridrato de metformina, um antidiabético oral utilizado no tratamento do diabetes tipo 2, que afeta significativamente a população mundial. Considerando esta realidade, o presente estudo aplicou uma metodologia analítica de teor e perfil de dissolução recentemente validada para avaliar cápsulas de cloridrato de metformina 850mg, produzidas em três farmácias de manipulação do Distrito Federal. A variação de dissolução encontrada para as três farmácias foi inferior a 75% ao fim dos 45 minutos de teste (A= 66,67%; B= 46,37% e C= 43,61%). O teor de princípio ativo determinado esteve abaixo do intervalo de 95-105% (A= 73,3%; B= 8,62% e C= 10,1%).O peso médio das cápsulas apresentou-se abaixo do valor mínimo da variação de ±7,5% (A= 668,25mg; B= 483,91mg e C= 421,95mg), assim como os valores de cada unidade. Os resultados apresentados reforçam a importância de se executar precisa e rigorosamente o controle de qualidade nas farmácias magistrais e a relevância da fiscalização desses estabelecimentos pelos órgãos competentes, para que a integridade do usuário e do farmacêutico seja preservada. Palavras-chave: Cloridrato de Metformina. Perfil de Dissolução. Teor. Cápsulas Magistrais. *[email protected]. Campus I - QS 07 Lote 01 EPCT, Águas Claras - CEP: 71966-700 - Taguatinga/DF - Telefone: (61) 3356-9000. ABSTRACT The demand for compounded drugs has been very significant in recent years, highlighting the need for quality control of these products. Among these, we highlight the metformin hydrochloride, an oral antidiabetic agent used in the treatment of type 2 diabetes, which significantly affects the global population. Considering this fact, the present study applied an analytical methodology for content and dissolution profile recently validated to assess capsules metformin hydrochloride 850mg, produced in three pharmacies in the Federal District. The dissolution rate was found for all three pharmacies was less than 75 % after the 45-minute test (A= 66.67 %, and B= 46.37 % C= 43.61 %). The content of an active principle was below the range of 95-105 % (A= 73.3 %, B= 8.62 % and C= 10.1%). The average weight of the capsules is presented below the minimum value of the range of ± 7.5% (A= 668.25 mg, and B= 483.91 mg C= 421.95 mg), and the values of each unit. The results presented emphasize the importance of performing precise and strict quality control in pharmacies and the importance of monitoring these establishments by the competent bodies, so that the integrity of the user and the pharmacist is preserved. Keywords: Metformin Hydrochlorid. Dissolution Profile.Content. Magistral Capsules. 7 1 INTRODUÇÃO A manipulação é uma parte constituinte da prática farmacêutica. Tal atividade é realizada em farmácias, que podem ser conceituadas como estabelecimentos “... de manipulação de fórmulas magistrais/oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos’’ (Szatkowski& Oliveira, 2004 apud Brasil 1973, p. 77). Historicamente, o medicamento manipulado tem uma grande importância econômica e social no cenário brasileiro, devido à tentativa de se compactar as prescrições médicas e de se personalizar a medicação de cada paciente, para garantir que ele receba um medicamento adequado às suas necessidades, o que impacta diretamente no consumo desses produtos (LAPORTA, et al, 2013; Brasil, 2010). Nesse sentido, o controle de qualidade das fórmulas magistrais é essencial, pois garante a eficácia e segurança dos medicamentos. A Resolução da diretoria colegiada n◦ 67/2007 estabelece as normas a serem seguidas pelas farmácias de manipulação no que se diz respeito a esse controle. Apesar disso, por ser um processo que apresenta um custo elevado e pelo fato de necessitar de uma infraestrutura adequada, de uma área física compatível com suas atividades, de equipamento específico e pessoal treinado e devido a fiscalização ineficiente, ele é pouco cumprido. Com isso, a terapia e a segurança dos usuários tornam-se comprometidas (BONFILIO, et al, 2010; Brasil 2007). O Diabetes Mellitus (DM) atualmente é uma doença que afeta uma grande parcela da população mundial, se tornando um grande problema de saúde pública. Além disso, é uma enfermidade seletiva que acomete países e populações em diversos estágios de desenvolvimento econômico-social. O aumento do número de casos de DM no Brasil pode ser associado com diversos fatores de risco, sendo os que mais se destacam aqueles relacionados com os maus hábitos alimentares, sobrepeso, sedentarismo, histórico familiar, tabagismo, idade superior a 40 anos, envelhecimento populacional e mudança no estilo de vida. (Grillo&Gorini, 2007; Marcondes,2003). O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é a forma presente em 90 a 95 % dos casos, ocorrendo resistência celular à insulina e frequente hiperglicemia. O DM2 pode ocorrer em qualquer idade, 8 mas é geralmente diagnosticado após os 40 anos. O tratamento farmacológico dessa patologia inclui antidiabéticos orais como o cloridrato de metformina(Sociedade Brasileira de Diabetes, 2006). O cloridrato de metformina (Figura 1) é um agente hipoglicemiante de uso oral, pertencente ao grupo das biguanidas. Este fármaco reduz os níveis de glicose primariamente por diminuir sua produção hepática e aumentar a ação da insulina no músculo e tecido adiposo. Ele apresenta como características físico-químicas: pó cristalino, branco ou quase branco, ponto de fusão entre 222°C a 226°C e massa molecular de 165,62 gmol-1. É uma substância facilmente solúvel em água, pouco solúvel em etanol, e praticamente insolúvel em acetona, cloreto de metileno, éter etílico e clorofórmio (Brasil, 2010; Brunton et al., 2010). Figura 1 – Estrutura química do cloridrato de metformina. CH3 N NH NH2 H3C . NH HCl NH Fonte:Brasil, 2010. Partindo dessa discussão e do perfil de uso desse medicamento, o presente estudo teve como objetivo aplicar uma metodologia analítica de teor e perfil de dissolução, recentemente validada (Peres, 2013),para avaliar cápsulas magistrais de cloridrato de metformina 850 mg, manipuladas em três farmácias do Distrito Federal, verificando o perfil de qualidade dos medicamentos produzidos. 9 2METODOLOGIA 2.1 DADOS GERAIS O estudo realizado consistiu na aplicação de uma metodologia analítica de teor e perfil de dissolução,validada por Peres (2013), para avaliar quantitativamente cápsulas de cloridrato de metformina 850 mg, manipuladas em três estabelecimentos, com amostragem equivalente a 45 unidades para cada.Os critérios utilizados para a escolha das farmácias foram as três regiões administrativas mais populosas do Distrito Federal e seus respectivos estabelecimentos de referência – aqui denominados A, B e C.Assim, as cidades foram identificadas na seguinte sequência: 1)Ceilândia, com uma população de 398.374 habitantes; 2) Taguatinga,com 221.909 e 3) Brasília, com 214.529 (Wikipédia, 2014). A matéria-prima de Metformina,utilizada como referência neste estudo, foi adquirida em Farmácia de Manipulação do Distrito Federal. O material veio acompanhado pela cópia do laudo, com especificações de identificação, cor, ponto de fusão, solubilidade, aparência e densidade, seguida pelo lote (Anexo 1). Para verificar a pureza do material o mesmo foi submetido a uma análise de ponto de fusão e à Espectrofotometria de Absorção no Infravermelho (Anexo 2). Os reagentes utilizados neste estudo incluíram: Fosfato de Potássio Monobásico, Fosfato de Potássio Dibásico, Hidróxido de Sódio 0,1 mol L-1. E HCl 38%.Além disso, foram empregados materiais como: Béqueres de 50, 100, 500 e 5000 mL,Balões Volumétricos de 100 mL, Bastão de Vidro, Provetas de 1000 mL, Pipeta Pasteur, Gral, Pistilo, Vidro de Relógio, Cubeta de Quartzo, Espátula e Papel Filtro. Os equipamentos utilizados foram:Aparelho de Determinação de Ponto de FusãoLogen®, Balança AnalíticaShimadzu®, Banho Ultrassônico Unique®, Dissolutor Nova Ética®, Espectrofotômetro Ultravioleta Bel Photonics 2000 UV®, Micropipetade valor fixo, Purificador de ÁguaQuimis Q842-210®, Espectrofotômetro de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR) Perkin Elmer® e pHmetroLabmeter®. 10 2.2 PROCEDIMENTOS 2.2.1 Preparo do tampão fosfato pH6,8 Para o preparo da solução tampão fosfato pH 6,8,pesou-se 43,11g de fosfato de potássio monobásico e 28,8 g de fosfato de potássio dibásico e transferiu-se para um béquer de 3000 mL. Completou-se o volume com água purificada por osmose reversa. Repetiu-se esse procedimento duas vezes, com béqueres distintos. O mesmo foi feito em um béquer de 2000 mL, no entanto, os pesos correspondentes aos fosfatos monobásicos e dibásico foram, respectivamente, 28,74 g e 57,6 g. O conteúdo de cada béquer foi levado ao pHmetro para verificar os seus respectivos valores de pH. Estes foram ajustados a 6,8 utilizando o Hidróxido de Sódio 0,1 molL-1ou HCl 38%, conforme haja necessidade. Para cada perfil de dissolução realizado, todos os procedimentos acima foram executados. 2.2.2 Ponto de Fusão e Espectrofotometria de Absorção no Infravermelho Para a análise do ponto de fusão, inseriu-se um capilar sobre a matéria-prima de cloridrato de metformina e levou-se este aoAparelho de Determinação de Ponto de Fusão, após o mesmo atingira temperatura de 150 ºC. Observou-se o capilar até que se iniciasse o processo e anotou-se os resultados. A análise no infravermelho foi realizada com 1 mg da amostra, inserida no Espectrofotômetro de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR). 2.2.3 Peso Médio Para a realização do peso médio, foram pesadas 10 cápsulas referentes a cada farmácia. Em seguida, pesou-se 10 cápsulas vazias e realizou-se os cálculos necessários. 11 2.2.4 Doseamento O doseamento da solução padrão e das amostras foi realizado pelo método de espectrofotometria de absorção no ultravioleta, conforme descrito na Farmacopeia Brasileira (Brasil, 2010). Primeiramente, realizou-se a preparação do padrão de metformina, onde se pesou 100 mg de cloridrato de metformina (matéria-prima), transferiu-se para um balão volumétrico de 100 mLe adicionou-se 70 mL de água purificada. Em seguida, agitou-se no banho ultrassônico por 15 minutos e completou-se o volume da solução com a mesma água. Diluiu-se1mL da solução em outro balão volumétrico de 100 mL com a referida água. Em seguida, a solução teve sua absorbância mensurada a 232 nm,utilizando uma cubeta de quartzo. Empregou-se água purificada como branco. Após isso, foram preparadas as soluções correspondentes às amostras manipuladas nas três farmácias. Para isso, determinou-se o peso do conteúdo de 20 cápsulas. Homogeneizou-se esse conteúdo com grau e pistilo, pesou-se e transferiu-se o equivalente a 100 mg de metforminapara um balão volumétrico de 100 mL. Adicionou-se 70 mL de água purificada por osmose reversa e, com o auxílio de banho ultrassônico, agitou-se a solução por 15 minutos. Em seguida, completou-se o volume do balão com água. Transferiu-se 1 mL da solução para outro balão volumétrico de 100mL e completou-se o volume do segundo balão com água purificada. Tais passos foram realizados para o preparo de cada uma das três soluções, referentes às amostras manipuladas nas farmácias magistrais (A, B e C). Os mesmos procedimentos de mensuração para a solução padrão foram repetidos para as amostras. 2.2.5 Perfil de Dissolução O perfil de dissolução foi realizado conforme o método analítico validado por Peres (2013). Tal método foi aplicado para análise de cápsulas de cloridrato de metformina 850 mg das farmácias 12 A, B e C, sendo realizado em duplicata para cada estabelecimento, para se obter uma reprodutibilidade dos resultados e confirmá-los. A princípio, foram colocados 900 mL de tampão fosfato pH 6,8 em cada uma das seis cubas do dissolutor, com o auxílio de uma proveta de 1000 mL. Em seguida, o dissolutor teve sua velocidade de rotação ajustada a 100rpm e sua temperatura inicial configurada a 37ºC.Após 30 minutos,inseriram-se as cápsulas referentes à farmácia A no aparelho, utilizando um aparato cesta e iniciou-se o processo. Foram retiradas alíquotas de 5 mL de cada cuba nos tempos 5, 10, 20, 30 e 45 minutos, com seringa de 10mL, e transferiu-se para cinco béqueres de 50 mL, identificados com os respectivos tempos, utilizando papel filtro nesta transferência. Em seguida, com o auxílio de uma micropipeta automática de 1000 μL, transferiu-se 1 mL do filtrado de cada béquer para balão volumétrico de 100 mL e completou-se o volume com tampão fosfato pH 6,8. Os mesmos procedimentos foram repetidos para as amostras das farmácias B e C. Todas as soluções tiveram suas absorbâncias mensuradas em espectrofotômetro ultravioleta, a 232 nm, utilizando uma cubeta de quartzo. Como branco foi empregado tampão fosfato pH 6,8. 13 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 PONTO DE FUSÃO A análise do ponto de fusão mostrou que, entre a temperatura de 220-225ºC, a matéria-prima fundiu-se. O intervalo descrito na Farmacopeia Brasileira para este fármaco é de 222◦C a 226◦C (Brasil, 2010). Pode-se, então, classificar a matéria-prima aqui analisada como pura, visto que o ponto de fusão é um indicador de pureza de substâncias. Bergamini, (2008) classifica esse parâmetro como uma propriedade física da substância, levando à sua identificação, além da análise de estabilidade e pureza, determinando a qualidade da matéria-prima. 3.2 PESO MÉDIO A determinação do peso médio (PM) foi realizada a partir das especificações contidas no Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira (Brasil, 2012). Após a pesagem de 10 unidades de cápsulas cheias, pesou-se e realizou-se a média das cápsulas vazias. Posteriormente,determinou-se o conteúdo de excipiente e fármaco disponíveis nas amostras, subtraindo-se o valor de cada cápsula cheia pela média das 10 cápsulas vazias e obteve-se a média do conteúdo (PM). Em seguida, calculou-se o desvio padrão(DP) do conteúdo unitário das amostras, empregando o softwareMicrosoft Office Excel 2010®. Além disso, determinou-se o desvio padrão relativo (DPR). Os resultados são apresentados na tabela 1. 14 Tabela 1 – Peso médio, desvio padrão e desvio padrão relativo das cápsulas de cloridrato de metformina 850mgdas farmácias A, B e C. FARMÁCIA A Média das Cápsulas Vazias Conteúdo Cápsula Cheia (mg) (mg) (mg) 816,2 137,24 678,96 784,8 137,24 647,56 796,1 137,24 658,86 800,8 137,24 663,56 802,7 137,24 665,46 793,1 137,24 655,86 804,5 137,24 667,26 824,1 137,24 686,86 810,3 137,24 673,06 822,3 137,24 685,06 FARMÁCIA B Média das Cápsulas Vazias Conteúdo Cápsula Cheia (mg) (mg) (mg) 599,8 90,95 508,85 583,6 90,95 492,65 555,7 90,95 464,75 566,8 90,95 475,85 591,6 90,95 500,65 585,8 90,95 494,85 565,2 90,95 474,25 557,5 90,95 466,55 566,6 90,95 475,65 576,0 90,95 485,05 FARMÁCIA C Média das Cápsulas Vazias Conteúdo Cápsula Cheia (mg) (mg) (mg) 566,4 123,44 442,96 509,7 123,44 386,26 544,5 123,44 421,06 552,0 123,44 428,56 562,5 123,44 439,06 505,6 123,44 382,16 570,6 123,44 447,16 572,6 123,44 449,16 519,8 123,44 396,36 550,2 123,44 426,76 Legenda: DP: DESVIO PADRÃO DPR: DESVIO PADRÃO RELATIVO PM: PESO MÉDIO Fonte: Autor. DP 0,012 DPR 1,91 PM 668,25 DP 0,014 DPR 3,07 PM 483,91 DP 0,025 DPR 5,95 PM 421,95 15 A Farmacopeia Brasileira especifica que, para cápsulas duras com peso médio maior de 300 mg, o limite de variação permitido é de ±7,5%. Ela preconiza que se podem aceitar apenas duas unidades fora dos limites especificados para o peso médio, não permitindo uma unidade acima ou abaixo do dobro da porcentagem citada (Brasil, 2010). Observando a Tabela 1, vê-se que as amostras dos três estabelecimentos foram reprovadas nesse teste, pois apresentaram peso médio e massas individuais inferiores a 786,35 mg (A = 668,25 mg, B = 483,91 mg e C = 421,95 mg). Segundo o Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira (Brasil, 2012), o DPR calculado não pode ultrapassar os 4%. Nesse aspecto, somente a farmácia C teve sua amostra reprovada (DPR = 5,95%). 3.3 DOSEAMENTO Para executar o doseamento das amostras manipuladas de cloridrato de metformina 850mg, foram realizados cálculos para se obter a quantidade de pó equivalente a 100mg de fármaco. Inicialmente, pesou-se o conteúdo de 20 cápsulas, sendo que, para a farmácia A, a massa total obtida foi de 13,7303 g de metformina. Em seguida, foi estabelecido o peso do pó correspondente a uma cápsula (Em anexo – 1). Os mesmos procedimentos e cálculos foram repetidos para as amostras das farmácias B e C, sendo que as massas correspondentes às 20 cápsulas foram, respectivamente, 9,4750 g e 8,7085 g, e as equivalentes a 100 mg de fármaco, 0,0557 g e 0,0512 g de pó, nesta ordem. Assim, tais massas foram empregadas no preparo das soluções. Os resultados das mensurações, bem como dos teores e massas estão disponíveis na Tabela 2. 16 Tabela 2 – Doseamento das soluções de cloridrato de metformina. Solução Absorbância Teor (%) 0,939 100 Padrão 0,689 73,3 Farmácia A 0,081 8,62 Farmácia B 0,095 10,1 Farmácia C Fonte: Autor. Massa (mg) 100 623, 645 73,32 85,93 Observando a Tabela 2, é possível notar que os teores de cloridrato de metformina encontrados nas cápsulas manipuladas nos três estabelecimentos estão muito abaixo daqueles preconizados pela Farmacopeia Brasileira, que são de 95% a 105%, mostrando a reprovação das amostras nesse critério (Brasil, 2010). É importante observar que as massas correspondentes as 20 cápsulas pesadas para cada estabelecimento eram moderadamente (Farmácia A) ou bastante baixos (Farmácias Be C) em relação à quantidade mínima esperada para o analito, ou seja, 17g (850mg x 20 cápsulas), já evidenciando um erro prévio. Vale ressaltar, ainda, que o peso dos excipientes elevaria mais o valor total de pó. Os resultados obtidos evidenciam a extrema necessidade da execução de um controle de qualidade rigoroso nas farmácias de manipulação, já que doses discrepantes como as encontradas oferecem riscos a saúde dos usuários, seja por um efeito reduzido, seja por uma eventual toxicidade (STORPIRTIS S, et al, 1999). 3.4 PERFIL DE DISSOLUÇÃO Os resultados das mensurações e cálculos realizados estão apresentados no Gráfico 1 e na Tabela 3. 17 Gráfico 1- Perfil de Dissolução das Amostras Manipuladas de Cloridrato de Metformina. Perfil de Dissolução das Amostras 0,7 0,6 Absorbancia 0,5 0,4 Farmácia A 0,3 Farmácia B 0,2 Farmácia C 0,1 0 5 10 15 20 25 30 Tempo (min) 35 40 45 Fonte: Autor. Tabela 3 – Porcentagens médias de dissolução do cloridrato de metformina encontradas em função do tempo. Tempo (min) Farmácia A (%) Farmácia B (%) Farmácia C (%) 5 49,39 37,11 12,33 10 62,99 46,38 38,69 15 66,67 46,52 43,34 20 66,55 46,27 44,71 30 67,20 46,02 43,59 45 66,67 46,37 43,61 Fonte: Autor. No Gráfico 1, pode-se observar que o comportamento das curvas obtidas estão de acordo com o esperado, pois, nos minutos iniciais há um aumento gradual das absorbâncias, evidenciando a dissolução do fármaco, e uma posterior estabilização dessas. Para as farmácias A e C, entre os tempos 0 e 15 minutos, foi visto que ocorreu uma rápida dissolução, no entanto, após isso, é perceptível uma saturação das porcentagens de fármaco dissolvido, sendo obtidos valores 18 relativamente próximos. Já para a farmácia B, este intervalo foi de 0 a 10 minutos. No entanto, houve uma discreta redução das porcentagens para os três estabelecimentos – confirmada na Tabela 3 –, conforme o aumento do tempo. Na farmácia A, isso foi observado entre 15 e 20 minutos e entre 30 e 45 minutos, enquanto na B e C, entre 15 e 30 minutos e entre 20 e 30 minutos, respectivamente. Isso pode ser atribuído a erros realizados durante o experimento e até a possíveisvariações do espectrofotômetro. Peres (2013), afirma que essa rápida dissolução inicial se atribui a natureza dos excipientes e aos processos técnicos de enchimento das cápsulas que é realizado por espalhamento manual dos pós em tabuleiros de encapsular, levando consequentemente assim a variação dos teores. Muniz, Júnior & Garcia (2012), também apontam que, embora sejam considerados inertes, os excipientes podem influenciar na biodisponibilidade farmacológica de fármacos, quando adicionados na formulação.A presença de tensoativos, por exemplo, (lauril sulfato de sódio, polissobato 80, ducosato de sódio) pode facilitar a dissolução de fármacos pouco solúveis em água mais rapidamente. Peres (2013), em seu estudo, obteve resultados semelhantes e distintos em relação a este trabalho. A curva apresentou nos minutos iniciais (0-10), uma rápida dissolução do fármaco, que ocorreu até o final deste tempo – semelhante ao observado para a farmácia B –, atingindo cerca de 80% de dissolução. Porém, para as farmácias A e C este comportamento inicial foi diferente. Além disso, a porcentagem de dissolução obtida pelo autor ao fim dos 45 minutos (cerca de 90%) foi bem maior do que as encontradas para os três estabelecimentos, e apresentou-se aprovada. A Tabela 3 mostra que dentre os medicamentos analisados das farmácias A, B e C pode-se observar que todos eles estiveram reprovados nos 45 minutos de dissolução, pois ao fim desse tempo nenhum deles atingiu a porcentagem mínima de dissolução preconizada pelo método de Peres (2013) – 75% (Brasil, 2010). Pode-se observar que os valores obtidos para a farmácia A foram bem maiores que os das farmácias B e C, que se mostraram relativamente próximos. Os dados obtidos no doseamento e no peso médio confirmam esses resultados, visto que os teores e 19 massas encontrados para a farmácia A (73,3% e 0,66825g) foram bem maiores do que os encontrados para as farmácias B (8,62% e 0,48391 g) e C (10,1% e 0,42195 g). Outro aspecto interessante desses resultados é que mesmo tendo encontrado baixos teores nas três amostras, nenhuma delas atingiu umdesempenho satisfatório de dissolução. Como as condições experimentais foram desenvolvidas para a molécula de metformina, esse mau desempenho permite uma desconfiança acerca do conteúdo das cápsulas manipuladas. Os resultados obtidos alertam para a necessidade de um controle de qualidade mais presente nos estabelecimentos magistrais, vista a reprovação das amostras no perfil de dissolução. Tal evento repercute diretamente sobre o usuário já que uma dissolução ineficiente gera um efeito deficiente, tendo em vista que essa fase farmacocinética interfere diretamente na ação biológica dos fármacos. Além disso, substâncias deficientes de propriedades farmacêuticas adequadas, como os excipientes, podem resultar em uma ação farmacológica precária ou totalmente ineficaz (Trindade, 2014). 20 4 CONCLUSÃO Tendo em vista que o método empregado neste estudo foi validado, pode-se inferir que as três amostras analisadas mostraram desempenho insatisfatório nos testes de doseamento e perfil de dissolução, estando reprovadas de acordo com as especificações do compêndio oficial brasileiro. Isso foi confirmado, ainda, pelo teste de peso médio. Com isso conclui-se que o controle de qualidade das farmácias de manipulação em questão está falho, necessitando de uma fiscalização atuante e do constante aperfeiçoamento dos procedimentos de controle de qualidade, pois essas falhas afetam diretamente o estado de saúde do usuário e a integridade do farmacêutico como profissional de saúde. Além disso, esses resultados alertam para a necessidade da realização do cumprimento das normas dispostas na resolução da diretoria colegiada 67/2007, ou seja, existe a necessidade de se colocar em prática essas normas para se obter resultados otimizados. 21 REFERÊNCIAS BONFILIO, R. et al. Farmácia Magistral: Sua Importância e seu Perfil de Qualidade. RBSP, 34(3): 653 – 664, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 2. Ed. Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira. Brasília: ANVISA, 2012. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/arquivos/2012/FNFB%202_Revisao2COFA Rsetembro2012atual.pdf. Acesso em: 13 mai. 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira. 5ª Ed. Brasília: ANVISA, 2010, v. 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira. 5ª Ed. Brasília: ANVISA, 2010, v. 2. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 67, de 8 de outubro de 2007. Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para uso Humano em Farmácias. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 2007. BRUNTON, L. L. et al. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 11. ed. Porto Alegre (RS): Mc Graw Hill/Artmed, 2010. 1848p. FERREIRA, A. O. Guia Prático de Farmácia Magistral. 4. Ed. São Paulo: Pharmabooks, 2010, v. 1. 1438p. GRILLO, M. F. F; GORINI, M. I. P. C. Caracterização de Pessoas com Diabetes Mellitus Tipo 2. REBEn., 60(1): 49 – 54, 2007. LAPORTA, L. V., et al. Validação de método analítico para avaliação da qualidade de cápsulas de cloridrato de metformina manipuladas. Rev. Ciênc. Farm. Básica Apl., 34(2): 235 – 244, 2013. MARCONDES, J. A. M. Diabetes Mellitus: Fisiopatologia e Tratamento. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, 5(1): 18 – 26, 2003. MUNIZ, G. S. O.; JÚNIOR, A. Z. O.; GARCIA, M. T. J. Cápsulas Gelatinosas Duras de Nimesulida: a Influência do Amido Glicolato de Sódio, e sua Concentração, na Dissolução do Fármaco. Rev. Ciênc. Farm. Básica Apl.,33(3): 361 – 371, 2012. PERES, F. G. Validação de Metodologia Analítica para Cápsulas Magistrais e Estudo de Equivalência Farmacêutica do Cloridrato de Metformina 850mg Referência, Genérico e Similar. 2013. Brasília. 121 p. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde), Curso de Pós-Graduação, Universidade de Brasília, Brasília. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Tratamento e Acompanhamento do Diabetes Mellitus. Diretrizes S. B. D., 2007. Disponível em: <http://www.anad.org.br/profissionais/images/diretrizes_SBD_2007.pdf>. Acesso em: 14 maio, 2014. 22 STORPIRTIS S. et al. Considerações Biofarmacotécnicas Relevantes na Fabricação de Medicamentos Genéricos: Fatores que Afetam a Dissolução e a Absorção de Fármacos. Rev. Bras. Ciênc. Farm., 35(1): 1 – 16, 1999. SZATKOWSKI, L. T. 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WIKIPÉDIA, a Enciclopédia Livre. Lista de Regiões Administrativas do Distrito Federal por População. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_regi%C3%B5es_administrativas_do_Distrito_Federa l_por_popula%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 10 de março 2014. 23 ANEXOS ANEXO 1- a) Cálculo para observar-se a aceitação para as cápsulas de 850 mg de metformina: ͺͷͲ݉݃ݔǡͷΨ ൌ ͵ǡͷ݉݃ ͺͷͲ݉݃Ȃ ͵ǡͷ݉݃ ൌ ͺǡʹͷ݉݃Ǥ ͺͷͲ݉݃ ͵ǡͷ݉݃ ൌ ͻͳ͵ǡͷ݉݃Ǥ b) Foi estabelecido o peso do pó correspondente a uma cápsula, para realização do doseamento: ʹͲܿ ݏ݈ܽݑݏെ െ െ െ െ െͳ͵ǡ ͵Ͳ͵݃ ͳܿ ݈ܽݑݏെ െ െ െ െ െ െ െ݉ ൌǫ ݉ ൌ Ͳǡ ͺͷ݃݀݁× No entanto, tal massa equivale a 850mg de fármaco. Assim, realizou-se o seguinte cálculo: Ͳǡ ͺͷ݃ െ െ െ െ െ െ െ ͺͷͲ݉݃݀݁݉݁ܽ݊݅݉ݎ݂ݐ ܺ െ െ െ െ െ െͳͲͲ݉݃݀݁݉݁ܽ݊݅݉ݎ݂ݐ ܺ ൌ ͲǡͲͺͲ݃݀݁×Ǥ c) Para o cálculo do teor de analito nas cápsulas, utilizou-se a absorbância da solução padrão como referencia, adotando-se a seguinte relação: ݎܾ݀ܽ݀ܽ݅ܿ݊ݎݏܾܣ െ െ െ െ െ െͳͲͲΨ ܽݎݐݏܾ݉ܽܽ݀ܽ݅ܿ݊ݎݏܾܣെ െ െ െ െ െܺ Em seguida, determinou-se a massa de metformina presente em cada cápsula da seguinte forma: 24 ͺͷͲ݉݃ െ െ െ െ െ െͳͲͲΨ ܺ െ െ െ െ െ െ െ ܶ݁݀ܽݎݐ݊ܿ݊݁ݎ 25 ANEXO 2 – Certificado de Análise de Controle de Qualidade da Matéria-Prima Cloridrato de Metformina. CERTIFICADO DE ANÁLISE DE CONTROLE DE QUALIDADE INSUMO: METFORMINA HCL LOTE: MFH12048BPP #4 / CATEGORIA: ANTIDIABÉTICO ORIGEM: ÍNDIA / PROCEDENCIA: BRASIL FABRICAÇÃO: 31/08/2012 / VALIDADE: 01/07/2015 / ANÁLISE: 27/09/2013 ENSAIO ESPECIFICAÇÃO RESULTADO IDENTIFICAÇÃO PÓ CRISTALINO BCO CRISTAIS BRANCOS IDENTIFICAÇÃO PONTO DE FUSAO (222◦-226◦C) IDENTIFICAÇÃO IV- ESPECTRO DA AMOSTRA CONFORME DE CONFORME ACORDO COM PADRÃO IDENTIFICAÇÃO CCD CONFORME IDENTIFICAÇÃO POSITIVO CLORETO CONFORME SOLUBILIDADE COLORIMÉTRICA CONFORME SOLUBILIDADE SOLÚVEL EM H20 CONFORME SOLUBILIDADE PRATICAMENTE INSOLÚVEL EM CONFORME INSOLÚVEL EM CONFORME ACETONA SOLUBILIDADE PRATICAMENTE CLORETO DE METILENO PERDA P/ SECAGEM AUSENCIA MÁXIMO: 0,5% DA A SOLUÇÃO É LIMPIDA E INCOLOR 0,34% CONFORME SOLUÇÃO CINZAS SULFATADAS MÁXIMO: 0,1% 0,04% 26 COMPOSTOS CIANOGUANIDINE (IMPUREZA A): 0,005% RELACIONADOS MÁXIMO 0,02% COMPOSTOS OUTRAS IMPUREZAS: MÁXIMO 0,1% 0,073% METAIS PESADOS MÁXIMO: 10 ppm < 10 PPM DOSEAMENTO 98,5% - 101,0% 100,05% DENSIDADE APARENTE INFORMATIVO (S/ COMPACTAÇÃO) 0,66 G/ML GRANULOMETRIA MALHA 40 PASSA 100% CONFORME SOLUBILIDADE PRATICAMENTE INSOLÚVEL EM H2O INFORMATIVO RELACIONADOS MONOGRAFIA: DADOS TRANSCRITOS DO LAUDO DO FORNERCEDOR QUE CUMPRE COM BP 2009 NOMENCLATURA: METFORMINA HCL FICHA DE SEGURANÇA SEGURANÇA: ACONDICIONAR EM RECIPIENTES HERMÉTICOS, AO ABRIGO DO CALOR E UMIDADE PARECER TÉCNICO: INSUMO NA EMBALAGEM ORIGINAL DO FABRICANTE/FORNERCEDOR. DADOS TRANSCRITOS DO CERTIFICADO ORIGINAL. FARMACEUTICA: DRA. KELY CRISTINA DE LIMA OLIVEIRA 27 ANEXO 3 – Espectro de Absorção no Infravermelho da Matéria-Prima de Cloridrato de Metformina Date: 13/5/2014 52,3 50 45 40 35 420,10 800,37 30 2373,69 25 2687,46 %T 736,75 20 1166,69 936,47 1062,23 637,32 540,65 15 581,53 1418,66 10 1474,60 3371,08 5 3174,12 1624,13 1569,87 3294,54 0 -2,9 4000,0 3000 2000 1500 1000 400,0 cm-1 A figura 1 mostra que a metformina possui uma amina primária, uma secundária, uma terciária e duas ligações C=N. Em geral, no espectro de absorção no infravermelho, a amina 28 primária apresenta uma banda forte em cerca de 3330cm-1, associada ao estiramento da ligação NH, pela deformação em aspecto tesoura dessa mesma ligação em aproximadamente 1620cm -1 e por uma vibração do tipo balanço e torção em cerca de 800cm-1. A amina secundária mostra bandas nas regiões idênticas à da primária, exceto a banda ~800cm-1. Já a amina terciária apresenta banda fraca relacionada ao estiramento da ligação N-CH2em ~2800cm-1. A ligação C=N é observada na mesma região da ligação N-H em ~1620cm-1 (Uber, 2013). Baseando-se nesses dados e observando o espectro de análise, conclui-se que o analito apresenta seus grupos químicos preservados, estando apta para a análise.