1)
Procuradoria Geral da Republica
25.02.99
JORNL noWoMMExc[o
Pig. 1a
R^us escapam de 4 crimes
do Esc^ndalo da Mandioca
Prescricao favoreceas
implicados na corrucaoOs implicados no Escandalo da
Mandioca. cujo julgamento comecou
onrem, escaparam dos crimes de formacao de quadrilha, falsidade ideologica, documentos falsos e peculato
culposo. Os reus foram favorecidos
pelo tempo de prescricao. 0 julkamento continuou na madrugada;Se
hoje. podendo as envolvidos serem
condenados pelos crimes de peculato doloso e corrucao ativa e pasSiva.
Brindeiro critica a
lentidao da, justica
0 orocurador-geral da Republics
Geraldo Brindeiro . presente'aojuri,
acha que o Codigo Penal deveria
sofrer reformas na parte processual,
para acabar com recursos protelatorios de julgamentos. Ele evitou
comentdrios diretos sobre o julgamento do Escandalo da Mandioca.
Familia do procurtor
se destaca no publico
Em rneio as centenas de pessoas
que acompannaram o julgamento de
ontem, um grupo de quatro pessoas
chamava a atencao. Eram elas a ma-e.
a viuva e as duas filhas do procurador Pedro Jorge de Melo e Silva,
norto por levantar as provas do
crime. No entanto. ainda sobrou
esnaco cam o bom humor em meio
a tanta tensao. Urn grupo-de atores
desoertou a atencao popular sobre a
ser.edade do rato. Corn um tabuitiro
cneio de produtos a base de mandioca.
25.02.99
Procuradoria Geral da Republica
JORNAL D0%W0MMERCIO
Pig. 1.2
GILVAN BARRETO/JC
PRESENcA 0 procurador Geraldo Brindeiro, ladeado por uma frlha de Pedro Jorge, a viuva e a mae, durante a leitura dos autos
GILVAN BARRETO/JC
PLATEIA Cantenas de pessoas foram ao 77 na maloria estudantes de Direito a advogados, pars acompanhar o julgamento
I
I
I
SALA DE JURI C maior julgamento da hist6ria do Tribunal.
Regional Federal da 5'Regiao atraiu a atengao de advogados a estudantes de direito, que lotaram o plenario
o5
Procuradoria Geral da Republica
25.02.99
JORNAL no ftoMMERao
Pig. 3
SOUDARIEDADE Brindeiro cumprimenta Heloisa, mae do procurador
Pamilia deprocurador acompanha juri
.ale m dos juizes, estudantes de
direito e demais espectadores, um
pequeno grupo de quatro pessoas assistiu ao inicio do julga:mento do Escdndalo da Mandio'ca
com uma satisfacdo a mais. Era a
famuia do prccurador Pedro Jorge
de Meio e Silva - assassinado pela
cuadriiha - cue finalmente viu o
desfecao das investigacoes iniciadas pcr eie.
A mde. Heioisa de Melo e Silva.
a esccsa. Maria das Gracas, e as
iihas. Roberta e Marisa Viegas e
Silva. acompanharam Ludo ao
:ado do Procurador-Qeral da
Reodbiica. Geraldo Brindeiro.
cue ve:o de Brasilia em solidariedade d familia.
A mae do Procurador lernbrou
cue.:a elates 18 Enos, o seu fiiho
:or.:essava, vela onmie!ra vez. cue
:er do _ :e cade de :,,Orle
por coma das investigacoes do
Escindalo da Mandioca . " Ele no
queria me dizer. Haviam muitas
pressoes e pessoas pedindo para
que ele saisse do caso. Mas orefei u ser martirizado e assim cumorir
com a sua obrigacao . Ja chorei
muito, mas sei que foi meihor
assim. Morrer com dignidade, sem
se envoiver com essa suieira'. arirmou.
Ela lamentou a demora do juigamento, mas disse que espera
que. finalmente . os reus recebam o
castigo que merecem. Heioisa
acrescentou que. depois da rnorte
do filho , o Ministerio Pdbiico se
transforrnou em uma enorme
ramiiia para eia . ' Eles semore estiveram do meu lado'. comentou. A
esposa do procurador assist!u a
tudO em silencio e prefer nao
comenEar a uigamertc.
PENA MAXIMA - As filhas.
Roberta e larisa - ambas estudantes de direito da Universidade
Federal de Pemambuco, - estavam
de ferias, em Brasilia. e voltaram as
pressas porque nao sabiam cue o
juigamento iria comecar ontem.
Elas disseram cue no esceram
outra punico que nao se;a a condenacao maxima para todos os
acusados. "E um desfecho E_ardio.
mas necessdrio diante da podridao
dos crimes cometidos por e!es.
Mataram meu oat para que ricassem imounes. E gratiticante saber
cue a justica vai atingi-ios disse
Marisa. As fiihas do procur:dor
afirmaram. tambem. que o exemplo do pal sera perseuido cur e!as
em tOdos Js -nomentos uas
idas.
0
25.92.99
Procuradoria Geral da Republica
JORNAL DOCOMMERCIO . P59-
4
CORTESIA Geraldo Brindeiro fez uma visita ao governadorJarbas Vasconc. os, antes de it ao tribunal
ENTREVISTA / Geraldo Brindeiro
sli m e m s ol i d ariedade a
aim colega de profiss^o"
.bj
procurador- geral da
Republica, Geraldo
Brindeiro,
'== acompanhou
pessoalmente o juri dos
envolvidos no Escandalo da
Mandioca . Defendendo reformas
processuais no Codigo Penal
Brasileiro "para evitar os
recursos que so tern carater
protelatorio dos julgamentos",
Brindeiro afirmou nao ter vindo
ao Recife para exercer pressao
psicologica nos juizes,
conforme suspeitas de
advogados dos revs. Amigo do
orocurador Pedro Jorge,
assassinado apps apresentar a
denuncia do caso , Brindeiro
iisse que sua intencao foi
prestar solidariedade ao colega,
"que morreu no exercicio da
profissao".
Jornal do Commercio - 0 que
o S. espera do julgamento?
Geraldo Brindeiro - Espero
qne sef;aca justica apps todos esses
anos.
JC - Dizem que sua presenga aqui serviu para exercer pressi o nos juizes...
Brindeiro - Qualquer pessoa
clue tomasse conhecimento do
caso estaria defendendo ha muito
tempo o julgamento.Ainda mais
sabendo o motivo do assassinato
de Pedro Jorge. Estou prestando
solidariedade a eie. que morreu
cumorindo o seu deoer. Logo, essa
causa tem de it are o final e ser
soiucionada.
JC -Dizem que se os acusados pegarem menos de cinco
anos, a procuradoria local
deverd recorrer. 0 que o sr.
acha? 1
Brindeiro - Vio estou corn o
caso..Vao cabe a mim falar a respeito.
JC - Toda essa lentiddo da
Justica nao macula ainda mais
a imagem dela perante a populaca`o?
Brindeiro - E essa a imagem
quejica.Mesmo se hvtct'er,jttsti4a,
sera tardia.
JC - 0 sr. teve urn encontro
com o governadorJarbas Vasconcelos, no paldcio, antes de
it ao julgamento. Sobre o que
conversaram?
Brindeiro - Foi uma c:saa :ie
cortesia. Eu ndo tinha dodo cro
Recife. ainda. este ano, e nnao
tinha conuersado com o noco
;oi'ernador. Falamos sobre anienidades. Tambem aprocertei i
!stada tiara cer o nocr) _ir^,cio Jo
°~nc:iraciorla em Per7Tc1n J'1I c
cure estt sendo constrrido no Arennida .1gamenon.blcigaibdies.
Procuradoria Geral da Republica
25.02.99
Job D0ft0kHERc10
pag. 1 a 2
Cidades
Reus do Esc^ndalo da Mandioca
Jtjiados apenas por tr^s crimes
entenderam que 19816 o ano
correto para iniciar a contagem do
a era perto da meia- noite
quando as primeiras
tempo de prescricao dos crimes
decisoes do major
denunciados no processo . A decisao
tornou invalida as acusagdes de
julgamento da historia do
Tribunal Regional Federal da 53
formacao de quadrilha , falsidade"
Regiao, o chamado Escandalo da
ideologica, use de documentos
Mandioca, comegaram a ser
falsos e peculato culposo. So
continuaram valendo pars efeito de
anunciadas pelos sete juizes que
condenagao os crimes de peculato e
integravam o plenario. Uma das
corrugSo passiva e ativa . Dois reus
mais polemicas - a data valida
para o recebimento da denuncia - que hoje estao com mais de 70 anos
foi definida num placar apertado: 4 foram liberados do julgamento: Ana
x 3 votos. Os magistrados
Maria Barros e Luiz Cavalcanti
J
Novaes. No caso de condenacao dos
outros 22 reus, os advogados de
defesa ja anunciaram que vao entrar
com um pedido de anulacao do
julgamento, com base no
-cerceamento de defesa e insistindo
na tese de prescrigao de todos os
crimes. A cobertura, realizada por
Clara Carvalho, Claudia Lucena,
Jomeri Pontes, Margarida Azevedo e
Pedro Tiinoco, segue ate a pagina 4
e mostra os principals fatos que
marcaram o julgamento mais
esperado dos oitimos anos.
1US71GA Logo que a sessao foi aberra no 7RF, dois dos 15 advogados entraram cam pedido de suspensao, alegando a existencia de uma falha processual
Defesa tents impedir juni ate ultimo momento
ram quase 2h da tarde
quando o presidente do
Tribunal Regional FedeE ral da 5' Regiao, Francisco Falcao , abriu a sessao, iniciando o julgamento do processo
mais famoso de desvio de dinheiro
pruhlico de Pernambuco : o Escandaio da Mandioca . Logo nos pri:neiros minutos . dois dos 15 advo;adus de defesa pediram a
suspensao do julgamento ale=undo a existencia de uma falha
processual - solicitacao que foi
ne-ada, por unanimidade, pelo
Sete juizes do plenario . Na realidade, a iniciativa dos advogados
serviu apenas para confirmar a
estrategia que a defesa adotard em
trio de condenacao dos reus.
Encerrado o juigamento, sera traaca uma verdadeira bataiha judic:ai. tendo como palco. dessa vez.
u Superior Tribunal de Justica e o
Supremo Tribunal Federal.
posiuru e as reinteradas alegacCes dos advogados dos acusados,
ue insistiam na tese de que houve
cercearne nto da defesa , podern ser
sir.tetizadas nas deciaracoes do
advogado Jose Siqueira Silva
untar. que atua em favor dos reus
'Di-air Novaes e Ancilon Gomes
Fiiho. °Nc;s .iemos hoie para o in.^:ai , nc^:dc cue cundenac u
ii.5 iariunc : adus Cra ine'Jl[aVCI.
I
^^ntimento (Jue foi reforcado
l_;uando vimus nosso pedido per
ne,ada peios j uizes ", afirmou. Na
avaliacao dos advogados, o Escandalo da Mandioca a um "julgamento politico' e a unica forma de
defesa real dos acusados sera atraves dos recursos impetrados apds
o julgamento.
Jose Siqueira Junior explicou
que a falha processual alegada
pela defesa para suspender a sessao e baseada no faro dajustica ter
impedido a apresentacao de provas em favor dos reus que ja
haviam sido produzidas durance o
processo. "0 tribunal abriu espaco
para a producao das provas e,
denN )is. pc r uma mudanca no regimento da casa' suprimiu um
ireito que ja havia sido concedido
sus acusadcs", jusrticou junior.
Outra tentativa frustrada de
solar o julgamento foi feita pelo
advogado Luiz Carlos Neves. Ele
entrou com urn pedido de habeascurous junto ao Superior Tribunal
de iustica. alegando a extincao da
punihilidade do reu Luiz Carlos
No;vaes. 'O acusado tern mais "0
anus e, por isso. o tempo de prescncao dos crimes imputados a el-_
reduzida a metade. Ele nao pode
mais ser condenado por nada',
e::piicou o advogado. que ,`oi
informado da decisao do STJ id
durance o julgamento. `Sendo
s<;1-n. :trnos recorrer nova-
dos principais pecas e provas presentes no denuncia apresentada
pelo Ministerio Publico. Apds o
relatdrio , foi a vez do procurador
regional da Republica. ioaquim
Dias, apresentar suas alegacoes,
na tentativa de convencer os juizes
da culpabilidade dos reus e exigir
a pena maxima prevista pars o
crime de desvio de dinheiro
ptiblico: 12 anos . Corn uma acusa4ao objetiva e de poucos floreios,
Joaquim Dias descreveu a participacao de cada urn dos acusados,
:dispensando alguns minutos a
mais para os maiores beneficiados,
a exemplo do fazendo Antonio
Oliveira da Silva, o - Antonio Rico".
-Sd ele recebeu mais de -70
milhoes de cruzeiros , em vaiores
da epoca ', frisou o Dias.
Quando o procurador encerrcu
sua fala, faltavam poucos minutos
para as 18h e o pieno decidiu por
um intervalo de 15 minucos. A essa
aitura, parte da placeia que lotou,
nas primeiras horas do julgamento, as '00 lugares disponibilizados no plenario para o publico
id tinha ido embora. 0 recomeco
da sessao foi reservado a defesa
oral dos advogados dos acusados.
Aluns abriram mao do direito de
se pronunciar, o que oermitiu cue
."C^.te
J'rant:u.
us e ra os Hove minutos de coda
um pudessem ser renegociados e
PENA MAXIMA - Ja passavarn
repassados para os advogados que
das 1h. Quando o relator Jose
faziam Questao du defesa oral.
`Maria Lucena encerrou a ieitura
Procuradoria Geral da Republica
JORNAL DoRW0MMERcIo
25.02.99
Pig. 3
lush 1 A paivr da de=ac, apenas as crimes de peculato a corrupcao passiva a ativa estao valendo para efeito de condenacaa Os demais prescreveram
JuIzes consideram 83 como ano da dentincia
uma decisao apertada,
Nos sete juizes decidiram,
por quatro votos a tres,
no final da noire de
ontem. que a data valida-para a
recebimento da denuncia dos
envoividos no Escandalo da Mandioca e 1983. Isso significa que
:ipenas os crimes de peculato e
cgrrupgao passiva e ativa continuarairl valendo para efeito de condenapao. Os magistrados decidirani que as demais acusapoes formagdo de quadrilha, falsidade
ideologica e use de documentaoq
falsa - ja estao todas prescritas.
A decisao foi poiemica, pois os
1 advogados de defesa dos acusados basearam suns alegapoes num
porno principal: o de que todos os
crimes imputados aos seus clientes
id estao prescritos. "Fechados" no
argiimento de que a data v5lida
par- 4o recebimento da denuncia e
1 as advogados afirmaram que
aSC,iriam outra decisao e id avisarrCque vdo entrar corn urn
peaido de anulapao do julgarn1o. "Se a !ei nao for cumprida,
.Ex-gerente do BBfoi
azinico dos rdus a
^omparecer ao TRF
>O:unico reu que compareceu ao
;Lug-amento do Escdndalo da Mandicea foi Palmero Olimpio Maia.
e itao gerente- adjunto do Banco
dE^ 'Brasil de F!oresta. Ele estava
acomoanhado do advogado
.Duarte justifica
inversao de papdis
tao julgamento
ma das presences mais aguardacas. ontem. no piendrio do TRF.
era a co juiz Ado Duarte que, ha
cerca de seis anos. atuou na esecuC dos hens 'o .4 acusados no
ara =ecerai de Petro-
a di que acabar o juigamento,
nd; ntraremos, imediatamente,
cdm. urn recurso no Superior Tribunal de Justica pedindo a revisao
do resultado", garantiu o advogado Sady D'Assumpgdo Torres.
gt1e tua em favor do reu Benedito
AC-.S da Luz.
:;5 advogados defendem que o
tempo de prescrigdo dos crimes
comecou a contar a partir da primt4fa denuncia oferecida pelo
Milnisterio Publico Federal, em
novembro de 1981. Nessa epoca, a
denuncia foi recebida pelo juiz da
1' Vara Federal, Genival Matias,
que, mais tarde, foi considerado
incompetente pelo Supremo Tribunal Federal para julgar o processo. Com essa decisao, a denuncia foi oferecida novamente em
1983 junto ao extinto Tribunal
Federal de Recursos e ratificada
em 1987 pelo STF.
LIBERAcAO - Embora o STJ
tenha negado o pedido de adiamentR do juigamento feito peio
advogado Luiz Carlos Neves, o
Edinilson Formiga. que alegou a
inotencia do cliente, baseado nas
provas de tescemunhas e documenios apresentados.
`Falmerio Maia, que diz estar
dese'mpregado e morar no municipio de Acu, no Rio Grande do
Norte, garante ter comparecido a
today as audiencias do processo.
-Se' eu nao tivesse a consciencia
limpa. tambem nao teria vindo
para o juigamento', argumenta.
lndagado se a ause-ncia dos
lina. Atualmente aposentado,
Duane esteve no juigamento para
defender o reu Audas Diniz de
Carvaiho Banos que, segundo eie,
foi incluido no prccesso criminal
devido a uma "' troca de nomes".
Diante do bombardeio dos jornal istas, que insistiam na questao
Cried do seu posicionamento.
Duarte disse aoenas que atuou no
orocesso : vei. o que nao c impe_..r..i .:a ac2o ..rimitit.
plenario do Tribunal Regional
Federal decidiu pela liberagdo de
seu cliente , Luiz Cavalcanti
Novaes , que foi beneficiado por
ter mais de 70 anos. "Nesse caso, o
tempo de prescrigdo a reduzido a
metade e a Justiga nao tinha como
negar a extinoo da punibilidade",
comemorou , ja por volta 23h,
durante o segundo recesso do juigamento . A re Ana Maria Barros
tambem foi liberada do julgamento pelo mesmo principi adotado para Luiz Novaes.
Alem da tese da prescripao, as
advogados tambem alegaram que
o TRF nao tinha competencia para
julgar o processo que, Segundo
eles, deveria ter tramitado na Justica estadual . Os juizes decidiram,
por unanimidade , indeferir a alegapao dos advogados . 0 terceiro
ponto alegado pela defesa foi o de
que o relator Jose Maria Lucena
considerou urn niimero maior de
provas produzidas pela denuncia.
em detrimento das alegacoes apresentadas pela defesa.
denisis reus significa que eles
ten am algo a dever a Justipa, o exgerente-adjunto do BB atirma que
"so pode responder por si".
NAO APARECEU - Esperava-se
a presenpa do reu Antonio Oliveira
d;i Silva (Antonio Rico), que, anteoncein. chegou ao Recife, vindo de
Peirolina. Entretanto, para surpresa ate mesmo de aiguns advogados. e!e nao apareceu no Tribunal Regional ;:--decal.
0 juiz alegou que nao havia
nenhuma contradipao em sua
decisao de defender o reu. "Eu nao
sai da condicao de acusador para
defensor. nao dois processos diferentes ", justificou. Ele fez questao
de, lembrar sua atuac3o na eooca
em que era juiz de Petrofina.
-Colaborei corn a L'niao executando mais de 27 mil hectares de
'e'rr:is ace
i` e de tra as De:
Justica !e;ou Ad,-,() Duarte.
r
Procuradoria Geral da Republica
JORNAL DOftocIo
Procurado r do BCpede . dos reu s
25.02.99
Pig. 4
procurador - chefe doanco
B
-.enrral em Pernambuco , Wagner
•I'encirio Fontes , esta convencido
!a -esponsabilidade dos 24 reus
no Escandalo da Mandioca.
mhura nao tenha atuado direta:4nente na auditoria feita pelo BC e
0ancu do Brasil, em 1981, ele
:.icumpanliou a investigacao desde
a epocu. Fontes ocupou a tribuna
-.du plendrio do TRF pars pedir a.
,.Ipunicao dos envolvidos. "Essa
tini^ao nao servira apenas para
:astigar, mas sera urn exemplo
p:ua que outras pessoas no ajam
J., mesma forma", atirmou. Alem
,,it representantes do BC, tambem
\" nipareceram a sessao funcionaio-, do Departamento juridico• do
Falta de escolta
impede a ida de
Ferreira ao juri
0 ex-major Jose Ferreira dos
:? nios. urn dos principals envolvidos no Escandalo da Mandioca,
no compareceu ao julgamento,
oncem. Ele esta cumprindo pena
de 1 apos na Penitenciaria Professor 3arreto Campelo, na Ilha de
Itamaraca, pelo assassinato do
procurador da Republica Pedro
iur;e de Melo e Silva, e por mais
.13B, pois todos atuaram como
;assist rates do t i t^ ti^t^i}fo
Fetfc•rtj no Cr$
I),.
\pe, Ir de c'onfiar na conuenarac dos acusados,, no TRF, Wagner
:Fontes teme•que, numa instancia
,Superior. considere-se que os criitnes apurados no processo ja prescreveram. -0 sistema processual
hrasileiro precisa ser revisto e simplificado, sob pena de a impuniclade continuar imperando",
defende o procurador-chefe do.:.
Banco Central, que tambem responde pelos estados da Paraiba,
Rio (;rande do Norte, Alagoas e
Ler gipe.
„ No discurso, Wagner Fontes
iilicnwu que o episodio demons-
tres crimes. Segundo o diretor da
penitenciaria, major Alexandre
Guarines, Jose Ferreira dos Anjos
nao foi ao julgamento porque nao
havia escolta policial para acompanha-lo. -Qualquer saida de urn
preso precisa ser autorizada por
um juiz. Como nao recebemos
nenhuma solicitacao ele nao foi
liberado', explicou Alexandre
Guarines.
Par se tratar de urn crime federal u que ele esta sendo julgado, a
escolta do ex-major da Policia'vlilitar feria que ser feita por agences
federais. 0 diretor da penitenciaria
informou' que eti'rrou- ein' con'taro
tra "a atuacao nefasta do crime
organizado ", pois, alem de todos
Os -crimes praticados, ainda resin
tou no assassinato doarocurador
regional da Rep6blica o
Pedr
ioree
de Mel_oe Stly
0 chefe do Departamento Juridico do Banco do Brasil em Pernambuco, advogado Paulo Alves
da Silva, informou que oatuou
em toda a•fase processual do
Escindalo da I'Vtandioca. "As medidas adminilrativas tambem foram
tomadas t• sultaranlaa demissao
de todos o , funcionanos envolvidos nas operacoes fraudulentas",
ressaltou-Paulo Alves, tambem
confiante na condenacao dos reus.
C01
't a Policia•• Federal, mas que o
orgao tambem nao havia recebido
nenhum pedido para deslocar
policiais a fim de acompanhar o
ex-major ate o Tribunal Regional
Federal.
0 ex-major da Policia Militar foi
condenado a 31 anos de prisao em
outubro de 1983, apos um julgamento espetacular, que durou 112
horns. Quarenta dias depois, ele
acabou fugindo da prisao, sendo
captura apenas no dia 29 de
janeiro de 1996, no municipio baiano de Barreiros, onde estava refugiado.
Majorfoijulgado por 1 12 horns
WANESSA CAMPOS
Departamento de Pesquisa
OJulgamento do ex-major
Ferreira, ocorrido em outubro
de 1983, foi um dos mats sensacionais e longos do Recife, pois
durou nada menos que 112
horas. Comecotc na manta do
dia 08 e terminotc na madrugada da quarta-feira. 12,
.atxaindo acuriasidade deadtiagados,, estudantes de direiEo e
povo em oeral. O jtiri ndo so
chamou a atencdo, como tambem mobili:ou a opiniao
paiblica, dividindo grtpos: amigos do procurador Pedro Jorge.
integrantes de organizacoes de
direitos bumanos, alem de policiais militares. 0 iitri tote tamoein ares de !tin gran lC
?soetacalo. Duns :C"ec!!svCs
transmltlram ao civo :octo 0
acontecimento, seguidas por
emissoras cie radios locals. 0
ciima era de tensao bard :odor.
esberialmen tc' para os jurados.
testetututbas e jlrlrriullci 'ius..,,
cure dormiranl ruts catleircts do,.
i ribunal de justii a. A tensitu,
unida a dttra^do do julgamento,,
afetaram a saude clo juiz jedera4,
.4daucto.Jose de :Mello. Ele pas-;,
sou 18 Boras hospitali:ado corn,:
problemas de pressciu aita. pert;.
odo em clue os tr•cibalhos fora»t,
susbensos. Durance o depot-:
- mesuo, o. etttagrrttri9 >3r11au :G^oi;,
; naffs c i e tuc.Ji 1 z1:Iv-(' /raiuia.- _
processo e arguriielitaitclu auk..
estava ali "por ser !IM cilt'o
fczcil ". Disse aincia cute ct PF n rr,
imbediu cie ulentijicar os c'erdct- ,
deiros cuibactus . A sua sentencafoi prontinciada a Oh5ado dia 12; sendo condenado ri
^1 Ctlto5 cie reclusau.:iciris a jui_cUlle/{tri, :iiSSCj 1iYl cl IItPl'i'1!Scl
- 1!(e :U .^J'rl(,:ti'C!i ,.d c,NleilClt.'r
u:rdlt' es clot IIISIICU C-',
^,e^l!itsse.
no
c clbe(:i .
bias
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