LYDIA, MOBILIZADORA SOCIAL DESDE CRIANÇA
Lydia Depes Vieira, assistente administrativa do Departamento de Produção Nova
Iguaçu (DRN.O), se interessou por ajudar o próximo aos sete anos de idade, quando
observava a avó receber dos comerciantes da região onde morava (Cachoeiro de
Itapemirim, ES) donativos a serem distribuídos às pessoas carentes daquela área . “Ela
recebia os que viviam na rua em sua casa e os alimentava”, recordou.
Lydia acredita que o fato de pertencer a uma família religiosa, contribui para o seu
envolvimento com as causas sociais. “Aos 11 anos, já visitava orfanatos, confeccionava
e vendia cartões de Natal para reverter em cestas
Arquivo pessoal
básicas e roupas”, relatou ela.
Em 1993, a assistente administrativa passou a
fazer campanhas para montagem de cestas básicas
e arrecadação de roupas e calçados que distribuía
nos fins de semana aos orfanatos, asilos, creches,
famílias carentes e centros de recuperação de dependentes químicos, localizados em diversas localidades de Nova Iguaçu, Edson Passos e Seropédica
(RJ). “Nesta ocasião, já estava casada e meu esposo
me apoiava nestas ações”.
Atualmente, Lydia faz parte da equipe de
mobilizadores sociais da Empresa, participando de
projetos sociais através do DRN.O.
SÁUDE DO CORPO
E DA MENTE
A arte milenar do T´ai Chi Chuan vem
sendo adotada por um grande número de
pessoas que busca a melhoria da qualidade
de vida. A assessora técnica do Departamento de Saúde – DSA.G, Laura Pessino,
que há 19 anos desfruta dos benefícios
proporcionados por esta prática, explica
como a atividade auxilia no seu bem-estar.
“Faço aula de T´ai Chi Chuan duas vezes na
semana, o que me permite minimizar o
estresse do dia-a-dia, equilibrar as emoções
e a saúde. As melhorias acontecem no
aspecto físico, mental e emocional”.
Laura conta que o seu interesse pela
arte oriental surgiu quando buscava praticar exercícios regularmente e não dava
continuidade a nenhum deles. Um dia,
decidiu acompanhar uma aula de T´ai Chi
Chuan e, desde então, nunca mais parou.
“Eu não conseguia desviar a atenção daqueles movimentos lentos e, naquela época, achava que jamais realizaria aquela
PSICÓLOGO DAS LETRAS
Existem certos talentos que descobrimos ainda na infância. É o caso do estagiário
seqüência de posturas suaves. Hoje, me
exercitando, sinto paz e alegria”, contou.
do setor de psicologia clínica do Departamento de Saúde – DSA.G, Rodrigo Cascardo
Pereira que, desde pequeno, gosta de escrever. “Tive uma professora que colocava
música clássica para os alunos desenvolverem suas redações. Desde então, comprei
um caderno específico para minhas histórias e dei corda à minha imaginação”,
contou o escritor.
Hoje, aos 23 anos, Rodrigo escreve poemas, contos, crônicas e músicas, tendo
sempre o apoio dos pais e dos amigos, grandes admiradores do seu trabalho. “Como
Mas, em breve, uma exposição será feita junto com um amigo, que é
artista plástico e irá ilustrar uma série de poemas meus”, avisou o
poeta Rodrigo.
No futuro, ele não pensa em abandonar a psicologia, o que lhe
traz um grande retorno pessoal. Mas, o trabalho literário também
não será deixado de lado, uma vez que é um de seus maiores
prazeres e aonde a inspiração vem a toda hora. “Basta manter
a atenção nas coisas ao nosso redor para ver a beleza em seu
estado mais simples. Não precisa ser poeta, é só sair um pouco de si”, explicou
o talentoso estagiário.
Karla Moura Andrade
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REVISTA FURNAS
ANO XXXI
Nº 319
ABRIL 2005
Karla Moura Andrade
ainda não publiquei nada, somente parentes e amigos têm acesso aos meus textos.
Arquivo pessoal
AS PESCARIAS
DO VELHO DO RIO
Feriados prolongados, férias ou mesmo
fins de semana têm destino certo para
Hermano Arantes, o famoso Velho do Rio,
do Escritório de Belo Horizonte (EBH.P).
Funcionário de FURNAS há mais de 20
anos, Hermano é daqueles mineiros típicos, calados, mas cheios de manhas e
“causos” e que não esconde que felicidade, mesmo, no duro, é estar na beira do rio,
SECRETÁRIA EM RITMO DE AVENTURA
Quem a vê todos os dias de tailleur e salto alto no Escritório de São
com seus velhos amigos, o pito de palha, a
fogueira, música sertaneja e uma bela rodada de piadas e histórias de assombração.
Paulo (ESP.G), secretariando os executivos de FURNAS, jamais poderia
Se, além de tudo, ainda vier um belo
imaginar que, nos fins de semana, Aderlane de Lima Melo troca a
peixe “de lambujem”, como dizem os mi-
delicadeza pelo espírito de aventura e, na companhia da filha Jéssica e
neiros, melhor ainda.
do marido Teco, sai estrada afora percorendo trilhas num jipe Toyota
Bandeirante.
Aos descrentes que dizem que ele sempre dá uma passadinha no velho Mercado
As viagens, que começaram pelo interior de São Paulo, há dez anos,
Central e compra um peixe para mostrar em
e já levaram a família ao extremo Sul do país, têm objetivo lúdico, mas
casa, o velho pescador rebate: “eu pesco,
também pedagógico. Além de aliviar o estresse, conhecer novas trilhas
mas não minto”.
Arquivo pessoal
e destinos, o casal aproveita para ensinar a filha de 12 anos, com
adrenalina e diversão, fatos relevantes sobre a história e a geografia dos
lugares que visitam. “Tem questionário e tudo no fim da viagem!”.
O espírito explorador dessa família de jipeiros não permite que eles
façam na volta o mesmo caminho da ida, o que muitas vezes proporciona
encontros inusitados e novas amizades. Foi assim que no final de 2002,
atraída pela cruz de uma igreja, Aderlane abandonou uma estrada
principal por outra desconhecida e chegou à Vila dos Remédios, em
Mairiporã, lugar muito pobre onde conheceu Arlete e seus oito filhos.
Desde essa época, a família volta anualmente levando roupas e brinquedos às crianças do lugar.
Lembranças boas e divertidas das viagens não faltam. Aderlane conta
que quando foram para Urubici, em Santa Catarina, enfrentaram uma
temperatura de 13ºC negativos. Estaria tudo bem se os galões de água
levados para a viagem não tivessem se rompido e encharcado todas as
roupas, que foram secadas no fogão de lenha da pousada.
Mas, frio e condições adversas de certos terrenos, longe de desanimar, servem de incremento ao passeio. “Quanto mais chuva e lama
melhor”, diverte-se a mulher de 1,55 (sem salto), relatando as condições
em que prefere dirigir o veículo 4X4, que pesa mais de três toneladas.
Para Aderlane, as sensações de frio na barriga diante de uma travessia
perigosa e de conquista depois de superar a dificuldade terminam de
forma perfeita quando chega em casa e, num banho quente, revê todo
“filme” da viagem passar pela cabeça.
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Secretária em ritmo de aventura