ATIVIDADE ALELOPÁTICA DE EXTRATOS AQUOSOS DE PARTE AÉREA DE
HYDROCOTYLE BONARIENSIS LAM
Rodrigo Araújo de Souza (1), Selma Dzimidas Rodrigues (2), Bianca Regina da Hora (3), Eglee Silvia Igarashi
(4)
1. UNESP - CLP/SV
2. UNESP - CLP/SV
3. UNESP - CLP/SV
4. UNESP - CLP/SV
Hydrocotyle bonariensis Lam. (Araliaceae), conhecida popularmente por erva-capitão, é uma
erva nativa de regiões de dunas e restingas, ocorrendo praticamente em todo litoral brasileiro.
Observa-se que pode ser encontrada em gramados e jardins, atuando como ruderal mesmo na
presença de plantas da família Poaceae. Esta observação leva à hipótese de que a espécie pode
possuir atividade alelopática, por competir com plantas muito competitivas por recursos. O
estudo da alelopatia é relativamente recente, tendo seu início na década de 30 com o trabalho
do pesquisador alemão Hans Molisch. A observação de que plantas são capazes de
interferirem no desenvolvimento umas das outras é, no entanto, antiga, anterior à era cristã. A
descoberta de espécies e de novos compostos alelopáticos é de grande importância para a
agricultura, pois a utilização desses compostos em cultivos auxilia a minimizar o uso de
agroquímicos, diminuindo custos e causando menos impacto ao ambiente. O presente trabalho
pretende avaliar o provável potencial alelopático de H. bonariensis, utilizando pepino
(Cucumis sativus L.), alface (Lactuca sativa L.) e rabanete (Raphanus sativus L.), como
plantas indicadoras. Para tanto, empregou-se extratos de parte aérea de erva-capitão que
foram aplicados em sementes, utilizando-se placas de petri e papel de filtro como substrato.
As plântulas foram medidas ao 3º e ao 7º dia de germinação. Observou-se que para pepino,
ocorreu inibição do alongamento aos 3 dias, não ocorrendo grandes variações aos 7 dias, o
mesmo ocorrendo em alface. Quanto à radícula de pepino, praticamente o extrato de parte
aérea não atuou após 3 e 7 dias, sendo que resultados semelhantes foram obtidos em alface.
Em rabanete, não ocorreu atividade dos extratos sobre o hipocótilo aos 3 dias, havendo
estímulo aos 7 dias. Os dados para massa seca indicam que para pepino os extratos inibiram o
consumo de reserva, não atuando sobre a de alface e a de rabanete. Desta forma os resultados
obtidos, nas condições do experimento indicam a presença de aleloquímicos nos extratos de
Hydrocotyle bonariensis testados.
Palavras-Chave: Hydrocotyle bonariensis, Alelopatia, Alface, Rabanete, Pepino
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