8 Geral O Estado do Maranhão - São Luís, 3 de julho de 2015 - sexta-feira Maior incidência de chuvas deve continuar este mês em São Luís De acordo com o Núcleo Geoambiental da Uema, sistema climatológico que surge na África está atuando sobre o litoral maranhense, favorecendo as chuvas; meteorologista diz que o período seco se instalará efetivamente na capital em agosto Flora Dolores A s chuvas que atingem São Luís devem seguir com maior incidência até o fim deste mês, segundo o Núcleo Geoambiental (NuGeo), da Universidade Estadual do Maranhão (Uema). A capital maranhense vive a transição entre os períodos chuvoso e seco. Com a atuação de um sistema climatológico específico na Região Nordeste, as chuvas estão sendo favorecidas. Ontem, uma forte chuva atingiu a capital logo nas primeiras horas do dia, e a quinta-feira seguiu nublada. Situações como essa ainda devem ser recorrentes até o final deste mês. Até o dia 26 de junho, foram registrados 109,4 milímetros de chuva. Conforme explica o meteorologista do NuGeo, Márcio Eloi, o Sistema Ondulatório de Leste está atuando sobre o litoral do estado atualmente. “Esse sistema se origina na costa oeste da África e se desloca ao longo do Oceano Atlântico até a costa leste da Região Nordeste, com maior inci- Mais O índice de chuvas abaixo da média é uma realidade que tem sido registrada durante os últimos meses na capital maranhense. Em janeiro, choveu 18 milímetros (medição feita na estação da Uema) e em fevereiro 89 mm. As chuvas ficaram muito abaixo da média, considerando que o normal em janeiro é de 244,2 mm e, em fevereiro, de 373 mm. Apesar de o mês de fevereiro ter registrado uma melhora na Meteorologista Márcio Eloi confere o Sistema Ondulatório de Leste, que está atuando no litoral do estado dência sobre estados como Paraíba e Rio Grande do Norte. Mas ele também pode avançar até o litoral do Maranhão nos meses de junho e julho. Não é a todo momento que ele pode atingir o lito- ral do estado, mas é o que está acontecendo”, explicou. Seco - Ainda de acordo com o meteorologista, o período seco se instalará efetivamente em São Luís Flora Dolores Fachada do Hospital Universitário, em São Luís, que receberá recursos do Ministério da Saúde Hospital Universitário vai receber R$ 4,8 milhões MEC diz que o HU cumpriu indicadores de qualidade e poderá utilizar recursos em melhorias, como aquisição de equipamentos O Ministério da Saúde disponibilizou R$ 4,8 milhões para a am pliação ou melhoria do atendimento realizado no Hospital Universitário (HU) de São Luís, localizado na capital maranhense. O recurso faz parte das ações do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF), desenvolvido e financiado em parceria com o Ministério da Educação. A Portaria nº 879, que autoriza o recurso, foi publicada no Diário Oficial da União (D.O.U). Os valores passados são de- finidos de acordo com indicadores e metas de desempenho de cada hospital. Esse montante, pago em parcela única, vai reforçar o orçamento das instituições universitárias que comprovaram o cumprimento das metas de qualidade relacionadas a porte e perfil de atendimento, capacidade de gestão, desenvolvimento de pesquisa e ensino e integração à rede do Sistema Único de Saúde (SUS) local. Ações - Com esse incentivo, os hospitais universitários podem adquirir equipamentos, realizar pequenas reformas, comprar materiais, entre outras ações, conforme a necessidade e planejamento da instituição. De 2010 a 2014, o Ministério da Saúde destinou mais de R$ 2,3 bilhões aos hospitais universitários de todo o país. Além dos recursos do REHUF para reestruturação e revitalização dos hospitais universitários, o Ministério da Saúde já repassou, somente em 2015, R$ 735,4 milhões de incentivo para esses estabelecimentos. Os hospitais universitários são vinculados às instituições de ensino superior do Ministério da Educação, responsável pelo pagamento e contratação dos profissionais. em agosto. Durante o período chuvoso, as médias de chuva ficaram abaixo da normal. Mas neste tempo de transição a atuação do Sistema Ondulatório de Leste está garantindo uma boa quantidade de chuva. “Nós tivemos um quadriênio seco. Os períodos de 2012, 2013, 2014 e 2015 ficaram abaixo da climatologia. Nessa transição, temos uma boa atuação do sistema e, consequentemente, as chuvas”, disse. Outro fator que pode estar contribuindo para a incidência de chuvas em São Luís é o fenômeno conhecido como “contraste térmico quantidade das chuvas, quando comparado ao mês anterior, o cenário continuou sendo desfavorável para chuvas regulares. Já nos meses de março e abril choveu 298 mm e 473 mm, respectivamente. O motivo apontado foi que a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que causa as chuvas da época chuvosa, atuou de forma fraca e, por isso, as chuvas ficaram abaixo da média. Ilha – Continente”. Isso acontece quando a Ilha está mais aquecida que o Oceano Atlântico, favorecendo assim a entrada de nuvens através das brisas. “O contraste pode estar favorecendo a penetração do sistema ondulatório e pode seguir até novembro. É esse contraste que favorece as poucas chuvas que ainda ocorrem no período seco”, ressaltou Márcio Eloi.