INFORME HIDROCLIMÁTICO SEMANAL
Ano 01, No 02
14/04/2014
TEMPO - CONDIÇÕES ATUAIS
concentração de umidade presente no ar. Nas regiões do Litoral,
Brejo e Agreste, com o início do período mais favorável à
ocorrência de chuvas, a tendência é de que gradativamente as
chuvas se tornem mais frequentes com o passar dos dias, em
decorrência do transporte de umidade causado pelos ventos
oceânicos.
CHUVAS NA PARAÍBA - ACUMULADO DO MÊS
Período de 01 a 14 de abril de 2014
Imagem do satélite Goes 13 Canal Vapor D’Água – 14/04/2014 – 09:30hs,
Nesta última semana, a Zona de Convergência Intertropical
(ZCIT) continuou atuando sobre o setor norte da região Nordeste
do Brasil, vindo a induzir na ocorrência de chuvas em algumas
áreas do semiárido paraibano. Porém, esteve posicionada um
pouco mais ao norte, por volta de 01°S/02°S.
A imagem de satélite mostra que, além das áreas de
instabilidade geradas pela ZCIT, a umidade trazida pelos ventos
que sopram do oceano Atlântico em direção à costa leste
nordestina também favorece ao aumento da nebulosidade em
áreas das regiões do Litoral, Brejo e Agreste da Paraíba.
TEMPO - CONDIÇÕES FUTURAS
A Figura acima traz a distribuição espacial das chuvas ocorridas
durante os 14 primeiros dias do mês de abril. Observa-se que as
mesmas continuaram mais concentradas nas regiões do Alto
Sertão e Sertão bem como em algumas áreas do
Cariri/Curimataú. Sobre o setor centro-leste do Estado, os
índices pluviométricos acumulados foram predominantemente
inferiores a 75 mm.
A Tabela abaixo relaciona os municípios onde foram registrados
os maiores totais pluviométricos acumulados no período.
Verifica-se que alguns municípios já ultrapassaram a média
esperada para o mês, como por exemplo, São José do Bonfim e
Princesa Isabel cujos valores históricos são respectivamente,
170.2 mm e 143.4 mm.
Chuvas na Paraíba. Acumulado mensal: 01 a 14 de abril de 2014.
Nos próximos dias, a ZCIT deverá manter-se atuante e favorecer a
ocorrência de chuvas em áreas das regiões do Cariri/Curimataú,
Sertão e Alto Sertão, especialmente entre os períodos da tarde e
noite devido à combinação das altas temperaturas e a maior
Municípios
São José do Bonfim
Catingueira
Princesa Isabel
Aparecida
São Mamede
Sumé
Cacimba de Areia
Catolé do Rocha
Serra Grande
Sousa
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Chuva (mm)
200.6
199.4
171.9
170.8
168.3
165.8
163.4
155.7
144.4
143.0
CHUVAS NA PARAÍBA - ACUMULADO DO ANO
Período de 01 de janeiro a 14 de abril de 2014
Sobre o oceano Atlântico Tropical, também se observa condições de
normalidade da TSM, sobretudo nas águas adjacentes ao litoral da
região Nordeste do Brasil. Na costa da África, bem como na faixa que
vai desde o sul da América do Sul até o continente africano, observase a presença de águas mais aquecidas do que a média. No Atlântico
norte, a TSM apresenta-se anomalamente resfriada no seu setor
leste. Tal configuração de TSM no oceano Atlântico apresenta-se
significativamente favorável a uma boa eficiência do período chuvoso
do setor leste nordestino.
A Figura ilustra a distribuição espacial das anomalias da TSM,
observadas entre os dias 06 e 12/04. Áreas de cores entre o
amarelo e o vermelho indicam regiões de águas mais aquecidas,
enquanto que áreas em tons de azul representam regiões de
águas mais frias. Áreas de cor branca exibem normalidade.
Observa-se que a precipitação acumulada no ano já ultrapassa
os 500 mm em grande parte das regiões do Sertão e Alto Sertão
da Paraíba (áreas em azul escuro), com ênfase para os
municípios de Princesa Isabel, Cajazeiras e Patos, os quais já
totalizaram chuvas acima de 700 mm (Tabela abaixo). Na região
litorânea, o acumulado anual já ultrapassa os 450 mm em alguns
setores.
Coerente aos eventos meteorológicos atuantes nesta época do
ano (Vórtices Ciclônicos em Altos Níveis (VCAN) e ZCIT), os
episódios de chuva ocorreram geralmente entre os períodos da
tarde e noite, quando foram registradas pancadas de chuva de
intensidade moderada a forte.
Chuvas na Paraíba. Acumulado anual: 01/01 a 14 de abril de 2014.
Municípios
Princesa Isabel
Cajazeiras
Patos/EMBRAPA
Bom Jesus
Mato Grosso
Vista Serrana/Desterro de Malta
Jericó
Santa Teresinha
Teixeira
São José de Princesa
Chuva (mm)
728.1
705.1
702.5
664.4
649.6
602.5
600.6
594.0
594.0
577.0
CLIMA - CONDIÇÕES ATUAIS
O monitoramento das condições oceânico-atmosféricas
permanece indicando um padrão de neutralidade relativa ao
fenômeno El Niño na bacia do oceano Pacífico equatorial.
Durante a última semana, a Temperatura da Superfície do Mar
(TSM) manteve-se próxima à normalidade em grande parte da
bacia e anomalamente resfriada junto à costa do Equador.
Neste contexto, para o setor leste do estado da Paraíba, regiões
do Litoral, Brejo e Agreste, mantém-se a previsão de maior
probabilidade de ocorrência de chuvas dentro da normalidade a
acima da média histórica entre os meses de abril e julho de 2014.
Para as regiões do Cariri/Curimataú, Sertão e Alto Sertão, ainda
são esperadas chuvas durante a segunda quinzena abril e mês
de maio, as quais deverão ocorrer dentro da faixa de
normalidade.
RECURSOS HÍDRICOS NA PARAÍBA
Os índices pluviométricos registrados desde o mês de janeiro
até o dia 14 de abril foram favoráveis ao gradativo aporte hídrico
na maior parte dos mananciais do estado da Paraíba,
principalmente no setor semiárido, em decorrência de o mesmo
encontrar-se em seu período mais favorável à ocorrência de
chuvas. A Figura a seguir mostra a precipitação média por Bacia
Hidrográfica registrada nas principais bacias do Estado até o dia
14/04 com o respectivo desvio percentual relativo ao esperado
até o final do mês.
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Onde: B.- Bacia; S.B. - Sub-bacia; R.A.C. - Região do Alto Curso;
R.M.C. - Região do Médio Curso e R.B.C. - Região do Baixo Curso.
Constata-se que as sub-bacias dos rios Espinharas, Peixe,
Piancó e Piranhas foram as mais favorecidas
pluviometricamente até o momento, acumulando, em média,
totais superiores a 500 mm. Destas, destaca-se a sub-bacia do
rio Espinharas que, do início do ano até 14/04 já alcançou 604.5
mm, vindo a ultrapassar a média histórica esperada até o dia
30/04 que é de 577.4 mm. A bacia do Jacu, cujo único
manancial monitorado é o açude Boqueirão do Cais (Cuité),
apresenta-se com maior déficit pluviométrico no período, sendo
seguida pela região do médio curso do rio Paraíba e sub-bacia
do rio Seridó.
Em termos de volume armazenado por Bacia Hidrográfica, a
próxima Tabela e Figura, exibem, respectivamente, a variação do
volume armazenado entre os dias 07 e 14/04 e os desvios
percentuais com relação á capacidade máxima de
armazenamento.
Observa-se que os eventos de chuva registrados no período
foram eficientes ao aporte hídrico em alguns mananciais do
Estado, principalmente nas regiões do Alto Sertão e Sertão.
Bacia
B. do Rio Camaratuba
07/04/2014
3
Volume (m )
14/04/2014
Volume (m3)
364.782
364.782
B. do Rio Curimataú
8.646.834
8.646.835
S.B. do Rio Espinharas
25.755.874
32.481.026
B. do Rio Gramame
52.855.260
52.541.280
B. do Rio Mamanguape
74.072.001
74.016.601
S.B. do Rio do Peixe
28.846.703
30.382.722
S.B. do Rio Piancó
530.661.559
535.331.044
R.A.C. do Rio Paraíba
185.577.163
197.077.014
R.A.C. do Rio Piranhas
47.058.082
49.203.939
R.B.C. do Rio Paraíba
15.518.979
14.786.349
R.M.C. do Rio Paraíba
85.524.693
84.469.229
R.M.C. do Rio Piranhas
30.908.910
36.507.860
S.B. do Rio Seridó
5.727.210
6.637.070
S.B. do Rio Taperoá
12.702.378
11.818.090
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Considerando-se especificamente o volume armazenado e
percentual por reservatório, os principais mananciais
encontram-se, em 14/04, com:
Volume (m3)
(%)
Bacia
Ac. Coremas (Coremas)
203.283.784
(34.4)
Ac. Mãe D’Água (Coremas):
164.695.387
(29.0)
Ac. Epitácio Pessoa (Boqueirão)
Ac. Eng. Avidos (Cajazeiras):
Ac. Argemiro de Figueiredo/Acauã (Itatuba)
Ac. Saco (Nova Olinda)
131.387.417
(31.9)
30.986.820
(12.2)
71.420.567
(28.2)
23.446.130
(24.0)
Ac. Lagoa do Arroz (Cajazeiras)
11.861.478
(14.8)
RESUMO DESCRITIVO
Dentro do previsto para este período do ano, as chuvas
permanecem mais concentradas sobre as regiões do Sertão e
Alto Sertão da Paraíba, nas quais chuvas de intensidade
moderada a forte fizeram com que alguns municípios já tenham
ultrapassado a média histórica esperada.
Neste contexto, tais chuvas acarretam numa gradativa
recuperação do aporte hídrico dos reservatórios do Estado,
principalmente do setor oeste do Estado.
A tendência para os próximos meses é de que haja uma maior
regularidade das chuvas, principalmente sobre a faixa litorânea
e que os totais acumulados, no decorrer do período chuvoso,
mantenham-se acima da média histórica, vindo a favorecer a
práticas agrícolas e recuperação dos mananciais.
Fonte dos dados:
AESA - Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da
Paraíba
CPTEC - Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos
NOAA - National Oceanic and Atmospheric Administration
AESA – AGÊNCIA EXECUTIVA DE GESTÃO DAS ÁGUAS DO ESTADO DA PARAÍBA
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