EDIÇÃO PDF Sexta-feira, 05-09-2014 Edição às 08h30 Directora Graça Franco Editor Carla Caixinha TAP teve “menos” incidentes que no ano passado Funcionários judiciais avançam para a greve contra mapa judiciário Dhlakama na capital moçambicana para assinar acordos de paz ESTADO ISLÂMICO “Opinião pública está a ser preparada para intervenção” Dia Internacional da Caridade. “É a doação que dá sentido à vida” UNICEF Um quinto das vítimas de homicídio são crianças e adolescentes Mês eleitoral socialista. Conheça algumas das situações caricatas Défice pode chegar aos 10% se se contabilizar recapitalização do Novo Banco Ébola obriga a monitorizar 27 pessoas em Cabo Verde Mais de 100 pavilhões dão vida à Feira do Livro do Porto 2 Sexta-feira, 05-09-2014 Dia Internacional da Caridade. “É a doação que dá sentido à vida” Voluntários da Cáritas vão estar em várias superfícies comerciais para receber doações, sobretudo de material escolar. No Dia iInternacional da Caridade, que se assinala esta sexta-feira, 5 de Setembro, a Cáritas Portuguesa promove uma mega-acção de solidariedade, um pouco por todo o país, a favor dos mais carenciados. Além de outras actividades, em várias superfícies comerciais vão estar voluntários para receber doações, sobretudo de material escolar, numa altura em que se aproxima a abertura do ano lectivo. Eugénio da Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, lembra as dificuldades de muitas famílias para garantir o material necessário para os filhos em idade escolar e garante que, sem a solidariedade dos portugueses, os tempos de crise teriam sido bem mais difíceis. “Se não fosse esta partilha, que resultou da generosidade de muita gente, e que é uma verdadeira expressão da caridade, Portugal teria vivendo tempos ainda mais dramáticos do que aqueles que ainda vivemos”, disse à Renascença. “É a doação que dá sentido à vida”, considera o presidente da Cáritas Portuguesa, apelando à participação nesta iniciativa de “todos aqueles que se preocupam com uma sociedade mais justa e fraterna”. De portas abertas A Cáritas vai também abrir as suas portas numa iniciativa nacional que pretende dar a conhecer o seu trabalho. “Cáritas Porta Aberta” é um desafio que lançamos a nós próprios”, explica Eugénio Fonseca. “Queremos partilhar aquilo que somos com todos: os que nos apoiam, os que são apoiados, os que conhecem e os que não conhecem o nosso trabalho”. O dia 5 de Setembro foi proclamado Dia Internacional da Caridade pela Assembleia-Geral das Nações Unidas em 2012. A data foi escolhida para coincidir com o aniversário de morte de Madre Teresa de Calcutá, cuja vida e apoio aos mais necessitadas servem de inspiração a centenas de pessoas em todo o mundo. TAP teve “menos” incidentes que no ano passado Presidente Fernando Pinto confessa que a imagem da marca foi "beliscada". O presidente da TAP considera que desde Julho que os incidentes com aviões da companhia aérea portuguesa não justificam tanta atenção mediática. "Primeiro pelos eventos que nós tivemos, foram três semanas de muitos atrasos e irregularidades", referiu Fernando Pinto. Nesta entrevista à RTP, o presidente do conselho de administração começou por pedir desculpa pelos atrasos verificados durante o Verão, sobretudo nos meses de Junho e Julho. No entanto, considera que se passou "uma imagem errada" da companhia ao longo das últimas semanas: "A marca TAP foi beliscada". Revela que há menos casos anómalos do que no ano passado. "Se juntarmos todos esses eventos cancelamentos, inversões de voo, retornos – tivemos menos cinco eventos do que tivemos no ano passado e se considerarmos a média dos últimos dois anos nós tivemos menos 250 eventos". Como justificação para estes problemas, lembra que a empresa tem novas rotas e que os novos aviões se atrasaram a chegar. Mas o pior foi o atraso na formação dos novos pilotos. Fernando Pinto diz que a companhia tem 99,2% de fiabilidade de partidas. Reafirma que os cancelamentos de Julho deveram-se a uma falta de aviões e tripulações, já compensada entretanto. "Caímos num problema a que nenhuma empresa do mundo resiste, que é acompanhar o dia-a-dia da sua operação e reportar qualquer coisinha que aconteça." 3 Sexta-feira, 05-09-2014 ÉVORA Falta de verbas leva a falha de socorro. “Cortes estão a custar vidas” Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) estava inoperacional, quando foi chamada a socorrer um doente em paragem cardiorrespiratória, que acabou por morrer. comentários antes de ser conhecido o relatório preliminar. O gabinete do ministro Paulo Macedo sublinha que a operacionalidade das VMER é responsabilidade exclusiva dos hospitais, no caso, do Hospital de Évora. UNICEF Um quinto das vítimas de homicídio são crianças e adolescentes "Maior compilação de dados" sobre a violência contra as crianças revela "factos inquietantes" que "nenhum governo, pai ou mãe gostaria de ver". Foto: RR Por Rosário Silva “O problema de fundo é a falta de verbas. Sem ovos não se fazem omeletes e sem dinheiro, certamente que o hospital de Évora não há-de ter condições de contratar o pessoal médico e garantir o serviço permanentemente.” O alerta é do Movimento de Utentes de Saúde do Distrito de Évora, depois de se saber que já foi aberto um processo de averiguações sobre a inoperacionalidade, na última terça-feira, da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Évora. A morte de um homem, de 64 anos, fica de novo associada à inoperacionalidade da VMER, confirmada em comunicado enviado à Renascença pelo próprio Hospital do Espírito Santo. “A solução era o Estado deixar de cortar neste sector tão crucial para os portugueses. Infelizmente, como já se viu, isto está a custar vidas”, considera Lina Maltez, porta-voz do Movimento dos Utentes. O hospital “pode tentar esticar até ao máximo, mas se há uma falha por parte de um médico, por motivos de saúde como já aconteceu, não têm como o substituir”. A verdade é que a viatura voltou a estar parada “entre as 8h00 e as 16h00”, segundo fonte hospitalar, o que pode ter feito a diferença, alega esta responsável. “Não ponho em causa que os bombeiros não se tenham esforçado, certamente fizeram o melhor que conseguiram, mas não são médicos. A ambulância não tem certamente os mesmos meios de resposta que uma VMER tem”, reforça. Contactado pela Renascença, o Ministério da Saúde confirma a investigação aberta pela Inspecção-Geral das Actividades de Saúde e acrescenta que não fará Zainab (nome fictício), 16 anos, República Centro-Africana: vítima de abusos sexuais por parte de soldados. Foto: Unicef A violência está presente na vida das crianças de todo o mundo, independentemente de factores como cultura, religião, etnia ou estatuto económico-social, mas sempre com "consequências imediatas e de longo prazo", alerta a Unicef. O relatório "Hidden in plain sight" (Escondido à vista de todos), divulgado esta quinta-feira, baseia-se em dados de 190 países e é apresentado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância como "a maior compilação de dados feita até sobre a violência contra as crianças". O resultado "são factos inquietantes" que "nenhum governo, pai ou mãe gostaria de ver", resume o director executivo da Unicef, Anthony Lake, no comunicado enviado à imprensa. O estudo analisa "os efeitos duradouros e, muitas vezes, intergeracionais, da violência", concluindo que as crianças violentadas "têm maior probabilidade" de dificuldades de aprendizagem, desemprego, pobreza, depressão e repetição do padrão de violência. Em todo o mundo, um quinto das vítimas de homicídio são crianças e adolescentes. "Só em 2012, quase 95 mil menores de 20 anos foram vítimas de homicídio", sendo "a primeira causa de lesões e morte". Em países como Brasil (11 mil crianças assassinadas em 2012), Nigéria e Venezuela, o homicídio é "a principal causa de morte em indivíduos do sexo masculino dos 10 aos 19 anos", exemplifica a Unicef. 4 Sexta-feira, 05-09-2014 Bater na mulher? "Justificável" A violência contra as crianças assume também um cariz sexual, com uma em cada dez menores de 20 anos a ser sujeita a actos sexuais forçados em todo o mundo. Simultaneamente, uma em cada três jovens mulheres entre os 15 e os 19 anos são vítimas de violência emocional, física ou sexual por parte dos próprios parceiros, percentagem que não é de estranhar quando "perto de metade" delas considera justificável "que um marido bata na mulher em determinadas circunstâncias". Em Timor-Leste, este número está mesmo acima dos 80%, de acordo com o relatório, que cita ainda Moçambique, onde mais de 70% das jovens entre os 15 e os 19 anos referiram o actual ou anterior marido ou parceiro como autor de violência física de que foram alvo. O "bullying" e o castigo O relatório diz que "mais de um em cada três estudantes com idades entre os 13 e os 15 anos, em todo o mundo, são regularmente vítimas de "bullying" na escola". Por outro lado, quase um terço dos alunos de 11 a 15 anos na Europa e América do Norte relatam ter estado envolvidos em actos de "bullying" contra outros. Já no que às famílias diz respeito, a Unicef refere que, em 58 dos países analisados, quase um quinto das crianças é submetido a "castigos físicos severos", o que se coaduna com o facto de "três em cada dez adultos" em todo o mundo acreditarem que "o castigo físico é necessário para educar correctamente uma criança". O relatório não se limita a descrever um cenário dramático, apresentando também estratégias para prevenir e eliminar a violência contra as crianças, entre as quais reforçar os sistemas judiciários, penais e sociais e recolher dados que comprovem os seus "custos humanos e socioeconómicos". A violência contra as crianças "afecta todo o tecido da sociedade", vinca Anthony Lake. A Unicef reconhece que, na última década, a consciência da dimensão e do impacto da violência contra crianças aumentou. "No entanto, o fenómeno continua muito pouco documentado e reportado", reconhece, lamentando que "algumas formas de violência contra crianças" sejam "socialmente aceites". Por outro lado, "muitas vítimas são demasiado jovens ou demasiado vulneráveis para denunciarem um abuso", acrescenta a Unicef, apontando o dedo aos sistemas de protecção. "Um número elevadíssimo de crianças não recebe protecção adequada contra a violência", denuncia, recordando que "a maioria da violência contra crianças ocorre às mãos das pessoas que têm a responsabilidade de cuidar delas". Ao mesmo tempo, "as crianças são também frequentemente privadas da protecção de que precisam e merecem por parte do Estado", aponta a Unicef, lembrando que "apenas 39 países em todo o mundo protegem legalmente as crianças de todas as formas de castigos corporais, incluindo em casa". Apesar de a violência contra crianças ser "generalizada", a Unicef acredita que "não é inevitável", deixando um apelo: "Pôr-lhe fim é da responsabilidade de todos." Ébola obriga a monitorizar 27 pessoas em Cabo Verde Oficialmente ainda não há casos da doença no país, mas autoridades estão atentas. Vinte e sete pessoas estão sob vigilância, em Cabo Verde, devido à epidemia de ébola. O Governo assegura que o país continua sem registar um único caso de febre hemorrágica, mas decidiu que as autoridades de saúde vão monitorizar estes indivíduos, cujas nacionalidades não são conhecidas. A agência Lusa escreve que serão cabo-verdianos ou estrangeiros que tenham transitado por países como Senegal, Guiné Conacri, Serra Leoa, Libéria ou Nigéria e cuja entrada em Cabo Verde foi autorizada “a título excepcional”. O Governo da Cidade da Praia mantém a proibição da entrada de cidadãos estrangeiros que tenham transitado por aqueles cinco países. Os voos da transportadora aérea cabo-verdiana continuam sob forte vigilância das autoridades de saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou esta quarta-feira que o ébola já matou 1.900 pessoas na África Ocidental desde Março. A organização confirma que 40% dos novos casos surgiram só nos últimos 21 dias. A Libéria é o país até agora mais afectado. O vírus transmite-se por contacto directo com o sangue e outros fluídos corporais ou tecidos de pessoas ou animais infectados. O que é o ébola? Perguntas e respostas sobre o vírus 5 Sexta-feira, 05-09-2014 Dhlakama na capital moçambicana para assinar acordos de paz Presidente do maior partido da oposição esteve escondido durante dois anos. Acordo é assinado esta sexta-feira. Líder da Renamo regressou a Maputo. Foto: EPA/André Catueira O líder da Renamo, o principal partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, diz que a sua chegada à capital moçambicana simboliza a chegada da democracia ao país, considerando ainda que "o povo ganhou". "Dhlakama já chegou, o povo de Moçambique ganhou, a democracia ganhou, Dhlakama trouxe a democracia", disse Dhlakama a centenas de membros e simpatizantes da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), que afluíram ao Aeroporto Internacional de Maputo, para receber o líder do movimento. Agradecendo, a partir de um palanque improvisado numa carrinha de caixa aberta, aos simpatizantes do partido, por terem permanecido no aeroporto desde a manhã, à sua espera, o líder da Renamo pediu aos presentes que repitam o apoio nas eleições gerais de 15 de Outubro. Afonso Dhlakama, que passou os últimos dois anos longe da capital e escondido, veio ratificar os acordos de paz a que a Renamo e o Governo chegaram. A assinatura será esta sexta-feira com o Presidente Armando Guebuza. NOTA DE ABERTURA Dia da Caridade, 5 de Setembro Vale a pena recordar o que dizia Madre Teresa: “Não espere por líderes; faça você mesmo sozinho, pessoa por pessoa”. Em 2012, a ONU declarou o dia 5 de Setembro como Dia Internacional da Caridade. Ou seja, precisamente no mesmo dia em que se recorda a morte da Beata Madre Teresa de Calcutá. E porquê, um dia internacional da Caridade? A justificação é pública: pretende – se “reconhecer o papel fundamental das instituições, governos e pessoas que praticam a caridade e aliviam as crises humanitárias e o sofrimento humano”. Ao longo de séculos, a pobreza e o amor ao próximo determinaram o exercício de caridade. Mas em pleno século XXI, somos confrontados com situações de pobreza extrema; situações chocantes e inaceitáveis que os sistemas económicos não resolveram e que os conflitos armados agravaram. No terreno, em todo o mundo, milhares de pessoas e instituições - muitas delas católicas - assumem um trabalho meritório e decisivo. Mas vale a pena recordar, Madre Teresa que dizia: “Não espere por líderes; faça você mesmo sozinho, pessoa por pessoa”. Neste dia em que o mundo reconhece a importância do exercício da Caridade, esta afirmação de Madre Teresa de Calcutá é um convite para que todos se comprometam no desafio da caridade. Porque a caridade é o melhor caminho para a paz. Défice pode chegar aos 10% se se contabilizar recapitalização do Novo Banco As contas são da equipa de especialistas que trabalha no Parlamento que analisou o orçamento rectificativo. A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) admite que o défice orçamental este ano, em contabilidade nacional, pode alcançar os 10% do PIB, ao incluir o total de medidas extraordinárias, como a recapitalização do Novo Banco. Segundo o parecer da UTAO ao segundo orçamento rectificativo do ano, a que a agência Lusa teve acesso, "o défice orçamental subjacente ao segundo orçamento rectificativo de 2014 pode alcançar 10% do PIB", se consideradas "todas as operações com relevância". Os técnicos da UTAO afirmam que "a confirmar-se a classificação do reforço do capital do Novo Banco como uma transferência de capital em contas nacionais, as operações de natureza extraordinária contribuem para agravar o défice em 5,9 pontos percentuais do PIB". A UTAO admite que, deste modo, "embora o défice ajustado seja idêntico nos dois orçamentos rectificativos, o défice total difere significativamente, sendo revisto de 4% no primeiro orçamento rectificativo para 10% no segundo rectificativo" deste ano. "Este valor coloca o défice total das administrações públicas ao nível mais elevado dos últimos anos, apesar de o défice ajustado [excluindo as operações 6 Sexta-feira, 05-09-2014 extraordinárias] ser, pelo contrário, um dos de menor dimensão em percentagem do PIB, dado o elevado montante das operações extraordinárias", afirma a unidade. Nove operações Os técnicos englobam nas medidas extraordinárias nove operações, das quais as cinco primeiras já estavam previstas no primeiro orçamento rectificativo. As cinco primeiras medidas são as indemnizações por rescisão (-0,2% do PIB) as transferências do fundo de saúde dos CTT (+0,1% do PIB), os dividendos da EGREP (sem impacto em percentagem do PIB), a concessão de Portos e Marinas (+0,1% do PIB) e a concessão da Silopor (sem impacto em percentagem do PIB). A estas medidas juntam-se, no segundo orçamento rectificativo, a subscrição do capital do Novo Banco pelo Fundo de Resolução (-2,9% do PIB), a reestruturação financeira da CP (-2,3% do PIB) e da Carris e STCP (-0,7% do PIB), e o "write-off" de crédito mal parado do BPN Crédito pela Parvalorem (-0,1% do PIB). A UTAO indica que a segunda proposta de alteração ao Orçamento Rectificativo não prevê o montante de dotação orçamental de 2.400 milhões de euros para o empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução". A 28 de Agosto, na apresentação do orçamento rectificativo para 2014, o Governo garantiu que o objectivo de 4% de défice para este ano se mantém, excluindo o impacto do conjunto de operações extraordinárias. Receita para Portugal: apostar nos hospitais, como se fossem hotéis grande componente de hotelaria”, defendeu na Universidade de Verão do PSD. "O que é um hospital? São camas, como um hotel. Tem uma cozinha, como um hotel. Muito do que se passa num hospital é equivalente ao que se passa no turismo", afirmou o director-geral da COTEC Portugal – Associação Empresarial para a Inovação. Portugal é muito pouco atractivo para o investimento estrangeiro, conclui. Por essa razão, aconselha o país a adoptar um "plano B", focado na indústria e prestação de serviços. Para o ex-ministro da Economia de António Guterres, a verdadeira galinha dos ovos de ouro é a prestação de serviços na área da saúde, uma vez que Portugal tem "a grande vantagem de ser o mais barato da Europa na prestação destes serviços". Como exemplo do sucesso desta aposta, Daniel Bessa lembra que muitos "pacientes operados nos Estados Unidos optam por acabar os tratamentos na Costa Rica, onde os serviços mantêm a qualidade mas são muito mais baratos". Leonor Beleza lembra que PSD é “partido de justiça social” A presidente da Fundação Champalimaud esteve esta quinta-feira na Universidade de Verão do partido. "O que é um hospital? São camas, como um hotel", diz o ex-ministro da Economia. Prestação de serviços de saúde para estrangeiros pode ser fonte de riqueza. (arquivo Lusa) Por Susana Madureira Martins Foto: Lusa (arquivo) Por Susana Madureira Martins O ex-ministro da Economia Daniel Bessa considera que Portugal deve atrair europeus que procurem serviços de saúde mais baratos. "Na saúde há uma A antiga ministra social-democrata Leonor Beleza sublinha que as preocupações com a justiça social estão no código genético do PSD. A actual presidente da Fundação Champalimaud esteve esta quinta-feira na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, e começou por recuar aos tempos iniciais do partido para explicar aos jovens o que está na matriz da instituição, Beleza lançou o recado para que todos se lembrem sobre o que definiu as origens do partido. “O PSD, através de Sá Carneiro, nasceu como um partido de justiça social. É importante lembrarmos isso. Nós somos um partido de liberdade e somos um partido de 7 Sexta-feira, 05-09-2014 justiça social. Sá Carneiro tinha toda a formação pessoal e o entendimento das coisas para que a justiça social ocupasse na sua noção do mundo e da realidade, um lugar absolutamente proeminente”. Mesmo havendo uma coligação PSD/CDS a governar o país, a actual conselheira de Estado concluiu que a AD e o forte entendimento da aliança dos tempos de Sá Carneiro foi irrepetível. Leonor Beleza referiu ainda aos jovens da Universidade de Verão que o PPD de Sá Carneiro era isso mesmo um partido com verdadeira cultura popular e interclassista e que abrangia todos. Mês eleitoral socialista. Conheça algumas das situações caricatas Apoiantes de Seguro e Costa vão a votos nas estruturas locais. Tudo termina com as primárias de 28 de Setembro. tudo um pouco. Veja-se, por exemplo, o que se passa em Setúbal: uma das candidaturas é Ana Catarina Mendes, coordenadora da campanha de António Costa, mas que tem o apoio de Francisco Assis, que é apoiante de Seguro. Complicado? É assim mesmo o PS neste mês de Setembro em que, depois das eleições directas para as federações, ainda terá congressos federativos nos dias 20 e 21. A isto tudo junte-se ainda eleições para os departamentos federativos das mulheres socialistas. Um mês eleitoral que termina com as primárias de 28 de Setembro. Que, por sua vez, podem iniciar outro processo eleitoral, com convocação de directas para secretário-geral e marcação de congresso nacional. Funcionários judiciais avançam para a greve contra mapa judiciário O Sindicato dos Funcionários Judiciais anunciou greve nacional no dia 26 de Setembro, mais um dia em cada comarca em Outubro. Foto: LUSA Por Eunice Lourenço Sexta e sábado há como que umas primárias antes das verdadeiras primárias do PS. As 19 federações do PS vão a votos. Na maioria dos casos há um duelo directo entre um apoiante de António José Seguro e outro de António Costa, mas também há sete federações em que só há um candidato e outras em que os dois candidatos à federação apoiam o mesmo pretendente à liderança nacional do partido. É o que acontece, por exemplo, em Viana do Castelo, onde os dois candidatos à federação apoiam Seguro nas primárias de dia 28 e em Castelo Branco, onde o duelo local é entre dois apoiantes de António Costa. No Porto, a maior federação do PS, há só um candidato: José Luís Carneiro, apoiante de Seguro. Mas nas duas outras grandes federações – Lisboa e Braga – a concorrência está bem acesa e com polémica à mistura entre apoiantes do actual secretário-geral socialista e do presidente da câmara da capital. Polémica sobre o pagamento de quotas de militantes, uma condição para votar nas eleições federativas, mas que não é necessária para as primárias. Mas nestes cruzamentos eleitorais dos socialistas há de Foto: Miguel A. Lopes/Lusa Os funcionários judiciais anunciaram esta quinta-feira que vão estar em greve nacional no dia 26 deste mês e um dia em cada comarca em Outubro. A paralisação chega como uma resposta prática à contestação que estes profissionais têm feito à entrada em vigor do novo mapa judiciário. "É necessário dizer basta. (…) Os funcionários judiciais estão desejosos de demonstrar a sua indignação e insatisfação", disse o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, em conferência de imprensa. Fernando Jorge sublinhou que o Ministério da Justiça precisa de admitir mais funcionários e resolver as questões da aposentação e o acesso às categorias de chefia. O SFJ imputou ainda responsabilidades ao Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça pelas anomalias na plataforma informática Citius. 8 Sexta-feira, 05-09-2014 Fantasporto espera conseguir "cinco a dez mil euros" com doações Festival de cinema do Porto lança campanha de "crowdfunding". Uma tentativa de "acordar novamente as pessoas em relação ao Fantasporto". "Era simpático se se pudesse atingir cinco mil, dez mil euros", diz Dorminsky. Foto: Lusa (arquivo) Por Catarina Santos No Facebook têm quase 80 mil seguidores. Se cada um desse um euro, conseguiriam 80 mil euros. Seguindo esta lógica, o Fantasporto decidiu testar o potencial da internet e lança esta sexta-feira uma campanha de angariação de fundos, conhecida como "crowdfunding". Mário Dorminsky, da direcção do festival portuense, explica à Renascença que "tudo isto é uma tentativa de acordar novamente as pessoas em relação ao Fantasporto". Uma experiência para "ver se este tipo de projectos resulta em Portugal". A partir de cinco euros, cada um dá o que quer e em troca recebe produtos do festival – como livros, relógios ou DVDs. A direcção do Fantas não desenhou uma meta, mas "era simpático se se pudesse atingir cinco mil, dez mil euros". "Já não peço mais", confessa Dorminsky. O rosto do Fantasporto diz que não tem sido fácil conseguir patrocínios directos das empresas portuguesas, mais seduzidas por eventos "que concentram grandes multidões, como festivais de música e eventos de futebol". Se antes recebiam "cerca de 70% de apoios privados e 30% de apoios oficiais", hoje essa balança "quase que inverte". Não porque os apoios públicos – que chegam do Estado, da Câmara do Porto e da União Europeia – tenham aumentado, mas porque o montante investido pelos privados "é muito mais baixo". Má publicidade? Em Setembro do ano passado, a revista "Visão" revelou que o Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) tinha recebido uma denúncia dando conta de eventuais ilegalidades na organização do festival de cinema. Terá a má publicidade prejudicado a capacidade de conseguir apoios? Mário Dorminsky sustenta que nunca sentiu "nada disso". E mais não diz, até porque a Cinema Novo tem "um processo em tribunal desde dia 29 de Setembro [de 2013] contra os autores dessas notícias e esse processo está sob segredo de justiça". Também em Setembro de 2013, o Ministério Público confirmou que ia abrir um inquérito à gestão da cooperativa Cinema Novo. Mário Dorminsky garante que nunca foi informado de qualquer investigação. "Se existiu, nós não soubemos", afirma. E acrescenta: "Essa situação aconteceu exclusivamente durante quatro semanas. E são quatro semanas correspondentes às eleições autárquicas em Portugal. A partir daí nunca mais se falou em mais nada". A campanha de "crowdfunding" está aberta até 1 de Novembro e as informação sobre como contribuir estão disponíveis na página do Facebook do Fantasporto. A próxima edição do festival deverá decorrer de 27 de Fevereiro a 7 de Março de 2015. Juncker "entrevistou" Moedas, o "candidato plausível para pastas importantes" Paulo Rangel elogia o futuro comissário português. O presidente da Comissão Europeia revela na sexta-feira os nomes dos próximos comissários. O encontro entre Moedas e Juncker. Foto: Natasha Bertaud Por Redacção com Daniel Rosário, em Bruxelas O actual secretário de Estado português e candidato a comissário europeu Carlos Moedas foi ouvido por Jean-Claude Juncker esta quinta-feira, no âmbito da preparação da nova equipa da Comissão Europeia. Desde terça-feira o próximo presidente da Comissão tem estado reunido com os candidatos de cada Estadomembro. No caso do português Carlos Moedas, não houve declarações no final do encontro. A distribuição de pastas no seio da Comissão Europeia e de cargos hierárquicos - nomeadamente das vicepresidências entre os 27 comissários - continua a 9 Sexta-feira, 05-09-2014 ser um dos segredos mais bem guardados apesar dos muitos rumores que têm circulado nos últimos dias. Rumores que mostram, disse o eurodeputado Paulo Rangel na Universidade de Verão do PSD, a qualidade de Moedas: "Mostram que o candidato é um candidato forte, que é plausível para pastas importantes". O social-democrata acredita que Carlos Moedas estaria bem numa pasta económica, mas o "mais importante é que seja uma pasta significativa não necessariamente para o país, mas para a Europa. Porque é isso que dá força não apenas ao comissário em questão mas ao próprio país de que ele vem". Nomes na sexta, cargos para a semana Ainda não há qualquer indicações sobre que pasta vai ser entregue ao comissário português. Para já Juncker comprometeu-se apenas a apresentar sexta-feira oficialmente os nomes dos seus 27 comissários. O presidente da Comissão Europeia vai fazê-lo de forma alfabética, sem revelar o cargo que pretende atribuir a cada um dos candidatos deixando essa decisão para a semana. Fica a faltar a parte mais importante e mais difícil para os comissários: as audições do Parlamento Europeu que deverão ter lugar ainda este mês. Também esta quinta-feira, no final do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência recusou entrar em especulações sobre a pasta que deve ser atribuída a Carlos Moedas, mas disse que o Governo espera uma "pasta com significado" na Comissão Europeia. REVISTA DE IMPRENSA As surpresas de Mario Draghi em destaque dar emprego a mulheres na fábrica que as despediu. A história, primeira página do “Jornal de Notícias”, conta que o Centro de Emprego convocou desempregadas para a empresa onde tinham trabalhado e que lhes devia 190 mil euros. Por último, a manchete do semanário “SOL”: “Teimosia de Passos inquieta CDS - centristas temem que o primeiro-ministro não queira fazer concessões eleitoralistas”. Nos editoriais desta manhã, o “Público” analisa o que chama de decisão histórica no futebol mundial. O Grémio de Porto Alegre foi excluído da Taça do Brasil porque os seus adeptos dirigiram insultos racistas ao guarda-redes da equipa adversária. Diz o jornal que, a partir de agora, ou os clubes educam os adeptos, ou, se a justiça seguir este exemplo, arriscam graves consequências. Até porque Joseph Blatter, em nome da FIFA, já se congratulou com esta decisão. ESTADO ISLÂMICO “Opinião pública está a ser preparada para intervenção” Tiago Moreira de Sá admite que para combater o Estado Islâmico vai ser necessário preparar uma operação com Estados Unidos, os seus aliados e, muito provavelmente, alguns países inimigos. Por José Bastos “Banco Central Europeu injecta um bilião de euros para salvar a economia da Zona Euro. Sem que ninguém o esperasse, a instituição liderada por Mario Draghi baixou as taxas de juro para mínimos históricos – 0,05%”, escreve o “Diário de Notícias”. O mesmo tema no “Público”, que titula: BCE desce juros para estimular a economia e desafia governos a agir. Por sua vez, o “Jornal de Negócios” diz que o Governo vai vender, esta sexta-feira, 31,5% dos CTT e encaixar mais de 300 milhões de euros. Já o “Diário Económico” avança que Pais do Amaral formalizou o interesse na compra da TAP. O Instituto do Emprego e Formação Profissional está a Em paralelo com a situação na Ucrânia, a outra preocupação da NATO na cimeira do País de Gales é a acção dos terroristas do Estado Islâmico, na Síria e Iraque. Anders Fogh Rasmussen, secretário-geral da Aliança Atlãntica, sublinhou que a comunidade internacional “tem a obrigação de parar” os jihadistas do Estado Islâmico. Rasmussen indicou que “até ao momento, o Governo do Iraque não pediu apoio” mas, se o fizer, os aliados avaliarão seriamente essa petição. Já num artigo de opinião conjunto no The Times, David Cameron e Barack Obama garantem que o mundo “enfrenta perigosos desafios em constante evolução” e os radicais do Estado Islâmico são sinalizados como uma ameaça à segurança global. O desfilar mediático de horrores de quem persegue, mutila e assassina em massa deve levar o Ocidente a 10 Sexta-feira, 05-09-2014 assumir a ameaça e actuar em consequência? “Será uma intervenção em larga escala para destruir o Estado Islâmico, admite Tiago Moreira de Sá, professor da Universidade Nova. O especialista em História das Relações Internacionais no Período Contemporâneo sustenta que “é necessário preparar as opiniões públicas dando-lhes a perceber o que está em causa”. Na cimeira de Gales, espera-se que Obama peça apoio directo aos aliados da NATO? Sim. Aos aliados e não só. Aos aliados europeus, aos aliados regionais e aos próprios inimigos, questão mais complicada porque será um apoio que não será pedido directamente. O que está a acontecer é o seguinte (até com as execuções recentes): o auto-denominado Estado Islâmico, ao contrário do que diz, está a tentar forçar os Estados Unidos a colocar, de novo, tropas no terreno. Precipitando o confronto directo? Na perspectiva do Estado Islâmico estamos na fase das provocações aos Estados Unidos sabendo, quando isso acontece, o que Washington faz – habitualmente – é enviar a sua força colossal para o terreno. Barack Obama, aprendendo com o passado e sobretudo com os erros dos Estados Unidos no pós-11 de Setembro, está a fazer algo mais inteligente: não se precipitar. Obama está a tentar definir com os aliados e com as potências regionais uma estratégia conjunta uma vez que o Estado Islâmico não é apenas um problema de segurança para os Estados Unidos. É um problema de segurança para Washington, para a Europa, para o Irão, e de que maneira, para Teerão. “Não há solução sem a Síria e sem o Irão” Esse combate poderá levar a uma recomposição da rede de alianças clássicas. Novas alianças formais ou actuações tácitas para combater um inimigo comum? Vamos assistir a dois tipos de processos. Um processo com uma aliança formal juntando os Estados Unidos, os aliados europeus – dois deles já declararam a disponibilidade: o Reino Unido e a França – e aliados regionais que são fundamentais no terreno. Neste último caso a Turquia é decisiva e vamos ver o que vai acontecer com a Arábia Saudita que joga aqui um jogo duplo. Os Estados Unidos têm de encostar à parede aliados como a Arábia Saudita e o Qatar e obrigá-los a definirem a sua posição e não fazer jogo-duplo. Depois, há uma outra questão e mais complicada na perspectiva norte-americana: como negociar com o “diabo”? Negociar com o diabo é, passe a expressão, como encontrar com o Irão e com o regime de Bashar AlAssad na Síria uma solução de longo prazo (não digo definitiva porque é impossível) para este problema. Uma solução não pode ser encontrada sem o Irão e a Síria. O Irão é fundamental pela enorme influência que tem actualmente sobre o Iraque e pelo conhecimento que tem de intelligence no terreno. A Síria é fundamental porque o Estado Islâmico opera simultaneamente no Iraque e na Síria. Se resolvida a questão do Estado Islâmico (EI) no norte do Iraque não é resolvida situação nenhuma porque o que os elementos do EI fazem é ir para os bastiões na Síria, reorganizarem-se, recuperarem e avançar de novo para o Iraque desestabilizando outra vez a situação. É preciso encontrar uma fórmula nada fácil de negociar com a Síria e que, por isso provavelmente, poderá nunca ser assumida publicamente. Uma fórmula que envolve aceitar, nunca publicamente, que o regime de Bashar Al Assad é um mal necessário com todas as dificuldades inerentes: é um regime aliado da Rússia e um aliado do Irão. Trata-se de um regime que a administração Obama já declarou sem legitimidade para permanecer no poder, mas, às vezes, quando há males maiores no horizonte, há que aceitar soluções que não são as ideais, mas que são, pesar tudo menos perigosas que as outras. Não há uma solução para este problema sem incluir a Síria e o Irão. O Estado Islâmico é o resultado do Ocidente ter deixado o Iraque cedo demais ou de ter ido quando não devia? É uma conjugação de factores. Podemos até recuar muito no tempo, como alguns analistas têm feito, e até ir ao fim do império turco-otomano ou até muito antes às seculares guerras entre sunitas e xiitas. Numa perspectiva mais contemporânea, acho que é resultado do erro da intervenção militar norteamericana no Iraque durante a administração Bush em 2003. A retirada das tropas norte-americanas do Iraque sem que houvesse uma mínima capacidade militar digna do nome e, pior ainda, nem sequer existisse na prática um governo que merecesse o nome – e a forma como al-Maliki alienou sectores fundamentais da sociedade – agravou ainda mais o cenário. Este ponto é fundamental: essa alienação já tinha começado antes, mas prosseguiu durante a governação do xiita Nouri alMaliki. Uma grande parte dos sunitas, alguns deles sunitas seculares e moderados que tinham feito parte do governo de Saddam Hussein, ficaram sem saída. Muitos destes sunitas nem sequer tinham simpatia pelo ISIS, nem sequer eram particularmente radicais nesta lógica de confrontação religiosa, mas preferiram uma aliança táctica com o Estado Islâmico, contra os xiitas no poder em Bagdad. “Opiniões públicas têm de perceber o que está em causa” Esta semana a decapitação do jornalista Steven Sotloff ampliou a lista das atrocidades criminosas do EI. A foto de Sotloff esteve em 95% das primeiras páginas ocidentais. Correcto ou não? Não tenho uma resposta clara para essa questão. Há boas razões para responder de uma maneira e boas razões para responder de outra. Ao fazer estas execuções, o Estado Islâmico pretende que as imagens sejam repetidas ad nauseam nos meios de comunicação social e nas redes sociais. É o efeito psicológico ‘espectacular’, passe a expressão, e não propriamente a execução que é a finalidade do Estado Islâmico. Por outro lado, não é possível deixar de noticiar o que está a acontecer porque não dá para fechar os olhos à barbárie que está em curso. Para além disso, acho que se está a construir – e parte da informação divulgada tem a ver com isso – uma ‘narrativa’ para preparar justamente uma intervenção de maior escala no Iraque. Não será amanhã nem será necessariamente uma invasão formal no terreno, mas será uma intervenção de larga escala no Iraque para 11 Sexta-feira, 05-09-2014 destruir o Estado Islâmico. Não se pense que é algo lá longe no Iraque, a muitos milhares de kms, porque é uma questão de tempo até que seja ou em Lisboa, ou em Londres, Paris, Nova Iorque ou Washington como foi em 2001. Para uma intervenção dessa dimensão é necessário preparar as opiniões públicas sendo preciso dar-lhes a perceber o que está aqui em causa. É preciso mostrar o nível de perigo e o grau de barbárie de que estes grupos são capazes. Julgo que a opinião pública ocidental está a ser preparada para algo que será uma intervenção – não no sentido militar clássico da de 2003 no Iraque – mas que passará, pelo menos, por bombardeamentos aéreos maciços. Terá morrido o número 2 do Estado Islâmico? A notícia não foi ainda confirmada por fonte independente. O número 2 do Estado Islâmico terá sido morto esta quinta-feira no Norte do Iraque. A notícia é avançada pela agência France Presse, citando fonte do Governo de Bagdad. Um ataque aéreo levado a cabo pelo exército iraquiano nem complexo de aldeias entre Mossul e Talafar culminou na morte de Abu Hajar al-Suri, descrito como um oficial sénior da organização jihadista Estado Islâmico. "Aviões de guerra iraquianos fizeram uma operação hoje, que resultou na morte de Abu Hajr al-Suri", afirmou o general Babaker Zebari. Este dirigente militar adiantou que os ataques na província de Nineveh foram "baseados em informação exata" e que o alvo foi destruído. Contudo, a agência France Presse acrescenta que a região em causa está fora de controlo do Governo iraquiano e que por essa razão não é possível confirmar a morte de al-Suri. Quem são e o que querem os jihadistas que lançam o caos no Iraque? NATO não intervém militarmente na Ucrânia mas admite mais sanções à Rússia Enquanto decorre a cimeira da NATO, em Washington já se prepara um novo pacote de “estrangulamentos económicos” visando a Rússia. A NATO não vai intervir militarmente na Ucrânia. A Aliança Atlântica quer uma solução política para a crise entre Kiev e Moscovo e admite implementar mais sanções contra a Rússia. A chanceler alemã, Angela Merkel, foi a porta-voz desta decisão dos Estados-membros da NATO, que estão reunidos no País de Gales. Merkel diz que na NATO há um consenso alargado sobre a necessidade de resolver o problema pela diplomacia e pela política. A organização exige, contudo, à Rússia que ponha fim à “ilegal” anexação da península da Crimeia, que acabe com o apoio militar e financeiro aos separatistas ucranianos e que retire as tropas que tem no território de um Estado soberano. Em Gales, onde participou também na cimeira da NATO, o Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, mostrou-se apenas “moderadamente optimista” e “cauteloso” sobre uma reunião que vai manter esta sexta-feira com oficiais russos. Enquanto decorre a cimeira da NATO, em Washington já se prepara um novo pacote de “estrangulamentos económicos” visando a Rússia. Um oficial da Casa Branca, citado pela agência Reuters, remeteu detalhes para os próximos dias. Um reforço que, segundo o que defende o secretáriogeral da NATO, deve merecer a colaboração de mais países ocidentais. Anders Rasmussen entende que a comunidade internacional deve impor mais sanções e mais pesadas - à Rússia caso Moscovo mantenha a sua intervenção na luta que o Governo de Kiev trava contra os separatistas do Leste do país. “A Rússia não deu um único passo no caminho da paz. Em vez de diminuir a tensão, a Rússia apenas agravou a crise. Nós estamos unidos no apoio à soberania e integridade territorial da Ucrânia, com as fronteiras que são internacionalmente reconhecidas. Condenamos com veemência a Rússia pelas repetidas violações da lei internacional. A Rússia tem de parar com as acções de agressão contra a Ucrânia”, disse Rasmussen. Problemas com impostos levam à demissão de ministro francês Esteve no cargo menos de 15 dias. O novo ministro francês do Comércio, Thomas Thevenoud, demitiu-se devido a "problemas com os seus impostos", informou fonte governamental, naquele que é mais um problema para o presidente Francois Hollande. O deputado socialista tinha sido nomeado há menos de 15 dias, durante uma remodelação governamental, depois de uma revolta contra as medidas de austeridade ter provocado uma crise no Executivo. Fonte governamental disse à AFP que Thevenoud se demitiu depois de admitir que tinha "um problema com a sua declaração de impostos (...) não resignou devido a 12 Sexta-feira, 05-09-2014 qualquer desacordo político". O novo Governo francês foi anunciado a 26 de Agosto e conta com 16 ministros e 17 secretários de Estado. Há seis caras novas no executivo liderado pelo primeiroministro Manuel Valls. Caramulo volta a ser "a meca dos automobilistas" Na 9ª edição do Motorfestival marcam presença o ex-piloto "Nené" Neves e a piloto Elisabete Jacinto. O F1 original de Michael Schumacher é a grande atracção. cada neto para que fossemos responsáveis por eles”, conta. Até hoje, Salvador Gouveia continua a tomar conta dos carros do avô, sendo um dos responsáveis pela Fundação Abel e João de Lacerda. Em passeio, rally ou concentração - sejam clássicos ou contemporâneos - dezenas de automóveis, motociclos e velocípedes vão acelerar na 9ª edição do Motorfestival, que decorre na Serra do Caramulo entre os dias 5, 6 e 7 de Setembro. A entrada é gratuita. Mais de 100 pavilhões dão vida à Feira do Livro do Porto Pela primeira vez, a Feira do Livro foi aberta à participação de livrarias, alfarrabistas, editores e associações. A organização convida os participantes a levar o seu clássico Por Carolina Rico A 9ª edição do Motorfestival arranca esta sexta-feira no Caramulo. Este ano, o festival apresenta o Fórmula 1 original de Michael Schumacher e de Nico Rosberg - a “cereja no topo do bolo”, sublinha com entusiasmo Salvador Patrício Gouveia, um dos organizadores. Além do Mercedes MPG W02, que poderá ser visto na exposição “Lendas da Competição”, também Ernesto “Nené” Neves marca uma presença especial neste festival. O ex-piloto vai “reencontrar-se com o automóvel com que ganhou o Campeonato de Turismo Especial”, em 1970. À Renascença, Salvador Patrício Gouveia destaca ainda a presença do treinador André Villas-Boas, um apaixonado por automóveis que também vai subir a rampa, da piloto Elisabete Jacinto, “que este ano vem de camião clássico”, e do campeão nacional Bruno Magalhães. Enquanto a Rampa Histórica vai alinhar 70 automóveis históricos, clássicos e de competição, uma parada militar vai assinalar os 75 anos do Dia D, num “ambiente único que já é um cenário natural destes automóveis”. Uma paixão familiar Salvador Gouveia recorda a paixão por automóveis do avô, João de Lacerda, um dos fundadores, nos anos 50, do Museu do Caramulo, cuja colecção deu início ao “culto automobilístico no Caramulo, uma autentica Meca para os amantes de carros”. “Desde miúdo que o meu avô me levava às provas e me punha a tomar conta dos carros, dando vários carros a A Feira do Livro do Porto arranca esta sexta-feira sob os lemas "Liberdade" e "Futuro", contando com mais de uma centena de pavilhões de exposição, um festival literário" e um ciclo de cinema. Até ao dia 21 de Setembro, a Feira do Livro do Porto vai este ano homenagear o escritor e tradutor Vasco Graça Moura, falecido este ano,nos jardins do Palácio de Cristal. Em mais de 80 anos, esta é a primeira vez que a Câmara do Porto assume a total organização da Feira do Livro, antes promovida pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, que suspendeu a edição de 2013 por "falta de condições financeiras". Como alternativa, no ano passado, a autarquia criou o "Letras na Avenida", um evento feito em tempo recorde e de menor dimensão. Também pela primeira vez, o evento foi aberto à participação de livrarias, alfarrabistas, editores e associações e cooperativas do sector, estando inscritas 72 entidades, distribuídas por 107 pavilhões. A câmara pretende que a tradicional feira do livro seja "um grande festival literário e com uma óptima programação cultural" e de animação, que levará muitas pessoas a descobrir a cidade. Gonçalo M. Tavares, José Pacheco Pereira, Pedro Mexia, Manuel Alegre, Rita Ferro, Valter Hugo Mãe, Francisco José Viegas, Clara Ferreira Alves, Gonçalo Cadinhe e Mário Cláudio, entre outros, estarão presentes nas dez mesas de debate organizadas. No ciclo de cinema "Dos Livros no Cinema", serão exibidas obras de realizadores como Manoel de Oliveira, Vicente Minnelli e Carl Theodor Dreyner. A Feira do Livro do Porto estará aberta de segunda a sexta-feira a partir das 16:00, sendo que ao sábado e ao domingo abrirá as portas às 12:00. A entrada é gratuita. 13 Sexta-feira, 05-09-2014 NANI QUALIFICAÇÃO EURO 2016 "O Mundial feriu-nos muito, mas não nos matou" Àrbitro francês no Portugal-Albânia Nani é o jogador mais internacional do grupo chamado por Paulo Bento, mas desvaloriza o tema de quem vai substituir Ronaldo como capitão. Albânia será "osso duro de roer". Nani vira a página e fecha o capítulo sobre o Mundial 2010. O extremo do Sporting, que esteve no Brasil, é categórico ao afirmar que "o Mundial é passado". "Feriu-nos muito, mas não nos matou", alertou o jogador, que apresentou grande confiança no futuro da selecção nacional. "Estamos fortes, dedicados e estamos convictos de que nos podemos redimir das coisas más que aconteceram no Mundial. Esta é uma boa oportunidade e já no próximo jogo esperamos conseguir uma excelente vitória", acrescentou. Convencido de que "tudo foi superado", Nani quer "dar alegrias ao nosso país". Para que tal aconteça o caminho passa por "jogar como uma equipa". Para quem vai a braçadeira? Nani é o mais internacional do grupo que estagia em Óbidos para o jogo com a Albânia. Aos 27 anos, tem 78 internacionalizações e é o provável substituto de Ronaldo no papel de capitão de equipa. A questão, no entanto, não o preocupa: "Quem vai ser o capitão não é importante. Sempre tive a mesma responsabilidade na selecção e sempre dei o meu melhor. Não é pelo Cristiano não estar que isso vai mudar. O mais importante é termos uma equipa capaz de responder aos resultados adversos que tivemos". Nani fixa o objectivo de chegar ao Euro 2016 como vencedor do Grupo I, mas salvaguarda que o percuso será muito difícil. "Não há jogos fáceis, seja em casa ou fora. Sabemos que este jogo com a Albânia vai ser muito difícil. Só dependemos de nós, mas este grupo não é fácil", concluiu. Portugal recebe a Albânia, no primeiro jogo da qualificação para o Campeonato da Europa, no domingo, em Aveiro, às 19h45. O encontro tem relato na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt. UEFA nomeia Ruddy Buquet para a partida do Estádio Municipal de Aveiro [domingo, 19h45]. O Comité de Arbitragem da UEFA nomeou o francês Ruddy Buquet para dirigir o Portugal-Albânia, agendado para domingo e que marca o arranque da campanha de apuramento da Selecção Nacional para o Euro 2016. O juiz gaulês, de 37 anos, internacional desde 2011, será auxiliado por Frédéric Cano e Guillaume Debart, enquanto o quarto árbitro será Stephan Luzi. Os árbitros adicionais serão Fredy Fautrel e Benoit Millot. Buquet nunca se cruzou com qualquer selecção ou equipa portuguesa. O Portugal-Albânia arranca às 19h45 de domingo, no Estádio Municipal de Aveiro, para a primeira jornada da fase de apuramento para o Euro 2016. Jogo com relato na antena da Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt e em bolabranca.rr.sapo.pt. 14 Sexta-feira, 05-09-2014 BENFICA "Potencial" não falta a Cristante. Mas "ainda tem de evoluir" Consideração feita pelo treinador que o orientou no AC Milan. Pippo Inzaghi acredita que o Benfica é uma "boa solução" para o jovem médio italiano de 19 anos. Foto: slbenfica.pt O treinador do AC Milan acredita que Bryan Cristante tomou a melhor opção ao sair dos "rossoneri" para assinar pelo Benfica, mas deixou igualmente a ressalva de que o jovem médio de 19 anos ainda "tem de evoluir". À margem do Fórum de Treinadores de Elite da UEFA, esta quinta-feira, em Nyon, na Suíça, Filippo Inzaghi confessou que os campeões nacionais são uma "boa solução" para o internacional italiano Sub-19 que, contudo, precisará ainda de aprimorar alguns aspectos. "O Cristante é um jogador muito bom e acredito que o Benfica é uma boa solução para ele. É um jogador com muitas qualidades, mas destaca-se sobretudo pela sua visão de jogo e por ser um jogador forte fisicamente pois é alto. Creio que tem potencial para ser jogador do Benfica mas trata-se de um jovem que ainda tem de evoluir", comentou Inzaghi. Cristante custou cinco milhões de euros aos cofres do Benfica, tendo rubricado um contrato de cinco temporadas com as águias. Sporting sai em defesa de Shikabala Comunicado emitido pela SAD leonina, cerca de 24 horas depois da entrevista de Paulo Faria a Bola Branca. Sporting "repudia" declarações do representante do avançado egípcio, em Portugal. A SAD do Sporting reagiu, esta quinta-feira, através de comunicado, às declarações proferidas por Paulo Faria, representante de Shikabala, em Portugal. Em entrevista a Bola Branca, na tarde de terça-feira, o agente madeirense teceu duras críticas às atitudes do avançado egípcio, que terá recusado um empréstimo ao Xanthi, da Grécia e que terá provocado o incidente consigo registado em Alexandria, no início de Agosto. Os leões vêm, agora, "repudiar" as afirmações de Paulo Faria, sustentando que o avançado de 28 anos "tem cumprido até ao momento com as suas obrigações com o clube de forma profissional". "Relativamente ao episódio que reteve o atleta na recente deslocação ao Egipto, por falta de um documento das autoridades locais que lhe permitisse viajar, o mesmo encontra-se em processo de averiguações por parte da Sporting SAD", acrescenta o comunicado. Por fim, "a Sporting SAD espera que as declarações em causa não se tratem de uma manobra de desestabilização do atleta que incitem o mesmo a tomar alguma atitude que desvirtue o seu comportamento, até ao momento, com o Sporting ou, no sentido de forçar a sua saída, criando condições favoráveis para o suposto representante do atleta, num eventual negócio envolvendo o jogador". Leia, em baixo, o comunicado emitido pela SAD do Sporting, na íntegra. "A Sporting SAD vem repudiar as declarações do suposto representante em Portugal do jogador Shikabala, Paulo Faria, proferidas a 3 de Setembro ao programa Bola Branca, da Rádio Renascença. Shikabala é atleta do Sporting e tem cumprido até ao momento com as suas obrigações com o Clube de forma profissional. Relativamente ao episódio que reteve o atleta na recente deslocação ao Egipto, por falta de um documento das autoridades locais que lhe permitisse viajar, o mesmo encontra-se em processo de 15 Sexta-feira, 05-09-2014 averiguações por parte da Sporting SAD. A Sporting SAD espera que as declarações em causa não se tratem de uma manobra de desestabilização do atleta que incitem o mesmo a tomar alguma atitude que desvirtue o seu comportamento, até ao momento, com o Sporting ou, no sentido de forçar a sua saída, criando condições favoráveis para o suposto representante do atleta, num eventual negócio envolvendo o jogador". LIGA DOS CAMPEÕES Villas Boas "dixit". "Qualidade do Benfica é indiscutível" SEGUNDA LIGA Serginho denuncia "coisas más" no Desportivo de Chaves A estrutura directiva do clube transmontano é criticada pelo guarda-redes que protagonizou a transferência mais sonante do mercado da Segunda Liga. Treinador do Zenit confia no apuramento dos russos para os oitavos-de-final da Champions, apesar de reconhecer que o Grupo C é "muito equilibrado e competitivo". André Villas Boas descarta por completo a ideia de que as várias saídas registadas no plantel do Benfica, face à época transacta, possam afectar a qualidade da equipa orientada por Jorge Jesus. Esta quinta-feira, à margem do Fórum de Treinadores da UEFA, em Nyon, na Suíça, o técnico português do Zenit, adversário dos campeões nacionais no Grupo C da Liga dos Campeões, juntou, na mesma equação, os casos de Benfica e Mónaco. "Em qualquer equipa há mudanças, há entradas e saídas. Mas a qualidade das equipas é indiscutível", atestou, mostrando-se confiante no apuramento dos russos para os oitavos-de-final da Champions, apesar de o grupo ser "muito equilibrado e competitivo". "Queremos estar nos oitavos de final. Mas cada jogo será imprevisível. É muito difícil perceber que equipas estarão nos oitavos de final. Vamos abordar os jogos de forma cautelosa. Tudo pode acontecer», disse o treinador português, esta quinta-feira, à margem do Fórum de Treinadores da UEFA, em Nyon. Serginho, de 31 anos, esteve sete temporadas ligado ao Vitória de Guimarães. Esta época, a poucos dias do encerramento do mercado de transferências, saiu do Desportivo de Chaves e ingressou no Santa Clara. Uma transferência sonante por razões extra-futebol. "A minha saída nada tem a ver com o treinador Norton de Matos. Tenho carinho por ele. É uma pessoa extremamente humana. A minha saída tem a ver com aspectos com os quais não me identifico", começa por referir Serginho, em entrevista a Bola Branca. O guarda-redes está surpreendido com o que encontrou em Chaves, onde esteve apenas por um mês. "Nunca vi acontecer tal coisa num clube. Fiquei muito desagradado, mas são temas que ficam comigo. Coisas muito más que acabam por prejudicar o clube e muitas vezes os treinadores. Se passam nove treinadores em três épocas é porque o problema do Desportivo de Chaves não é dos técnicos. É algo mais. Tem a ver com a estrutura dirigente mas nada mais posso acrescentar porque tenho estima e carinho pelo clube", desabafa. Serginho estreou-se na baliza do Santa Clara como o melhor em campo na vitória por 1-0 no terreno do FC Porto B. O guardião quer a equipa açoriana nos lugares da luta pela subida à Primeira Liga. "Quando trabalhamos nos limites ficamos mais perto das boas exibições e de ajudar o clube a atingir os seus objectivos. A nível pessoal gostaria de manter o nível dos últimos anos e, por estar na 2ª Liga, tentar andar nos lugares cimeiros", refere o guardião. Durante sete épocas, Serginho pertenceu aos quadros do Vitória de Guimarães e não fica alheio ao início de época da equipa minhota, na Primeira Liga. "Não é uma surpresa para mim", atira. "O Rui Vitória já deu óptimas provas com pouca matéria. O clube nos Sexta-feira, 05-09-2014 últimos anos tem atravessado uma grave crise financeira. Este presidente tem dado mais estabilidade ao clube e os miúdos merecem que se pegue neles ao colo. Eles dão tudo pelo clube e têm muita qualidade. É com satisfação que vejo planteis com outros nomes que não conseguem ganhar aos jovens valores do Vitória, o clube do meu coração", comenta o guardaredes. Página1 é um jornal registado na ERC, sob o nº 125177. É propriedade/editor Rádio Renascença Lda, com o nº de pessoa colectiva nº 500725373. O Conselho de Gerência é constituído por João Aguiar Campos, José Luís Ramos Pinheiro e Ana Lia Martins Braga. O capital da empresa é detido pelo Patriarcado de Lisboa e Conferência Episcopal Portuguesa. Rádio Renascença. Rua Ivens, 14 - 1249-108 Lisboa. 16