portfolio Letícia Lampert BIO Letícia Lampert – Porto Alegre/RS - 1978 É formada em Design - Programação Visual, pela Ulbra, e Artes Visuais – Fotografia, pela UFRGS. Concluiu mestrado em Poéticas Visuais no PPGAV – UFRGS em 2013. No mesmo ano, foi vencedora do Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger na categoria Trabalhos de Inovação e Experimentação e do III Prêmio Itamaraty de Arte Contemporânea. Participou de diversos salões e exposições coletivas e realizou até o momento quatro exposições individuais, sendo elas (des)construções, em 2008, Escala de Cor das Coisas, em 2009, Nalgum lugar entre lá e aqui, em 2012 e Conhecidos de Vista, em 2013. Atualmente seu trabalho está voltado para a percepção de lugares, a vida na cidade, e as relações entre ver e ser visto em espaços públicos e privados. Brazilian artist with BA in Graphic Design (UlBRA) and Visual Arts – Photography (UFRGS). She completed her MA in Visual Poetics at UFRGS in 2013. In the same year, she received the Pierre Verger National Prize of Photography and the Itamaraty Prize of Contemporary Arts. She had participated in a great number of exhibitions and did already four solo exhibitions being them (de)construction, in 2008, The Color Scale of Things, in 2009, Somewhere between here and there, 2013 and Known from View, in 2013. Nowadays her work is focused on the perception of places, the city life, and the relationship between seeing and being seen in public and private spaces. CV Letícia Lampert Porto Alegre-RS, 1978 www.leticialampert.com.br [email protected] +55 51 9979 2354 Formação Acadêmica / Education 2013 » Mestre (MA) em Poéticas Visuais | PPGAV-UFRGS 2009 » Graduada (BA) em Artes Visuais, ênfase em Fotografia | UFRGS 2000 » Graduada (BA) em Design Industrial, ênfase em Programação Visual | ULBRA/RS Exposições Individuais / Solo Exhibitions 2013 » Conhecidos de Vista | Galeria Augusto Meyer | CCMQ | Porto Alegre, RS 2012 » Nalgum lugar entre lá e aqui | Sala da Fonte - Paço Municipal | Porto Alegre, RS 2009 » Escala de Cor das Coisas | Galeria La Photo | Porto Alegre, RS 2008 » (des)construções | Galeria dos Arcos - Usina do Gasômetro | Porto Alegre, RS Prêmios / Prizes 2013 » Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger - categoria Trabalhos de Inovação e Experimentação em Fotografia | Salvador, BA III Concurso Itamaraty de Arte Contemporânea | Brasília | DF Mensão Honrosa 2o Prêmio IEAVi Incentivo à Produção de Artes Visuais | Porto Alegre, RS 2012 » Prêmio Aquisitivo do Salão Unama de Pequenos Formatos | Belém, PA 2010 » II Prêmio AG | Porto Alegre, RS 2009 » Prêmio Açorianos de Artes Plásticas na categoria “Destaque em Fotografia” FestFotoPoa 2009 - Fotograma Livre | Centro Cultural Erico Veríssimo | Porto Alegre, RS Edital Fumproarte | Porto Alegre, RS 2008 » 1° Prêmio Gaúcho de Arte Eletrônica | Porto Alegre, RS Últimas Exposições Coletivas / Latest Group Exhibitons 2014 » Arte/RS | Curadoria Vera Pellin | Memorial do RS | Porto Alegre, RS 20o Salão da Câmara Municipal de Porto Alegre | Porto Alegre, RS Vinte(ver) Quintana | Curadoria Rochele Zandavalli | Shopping Praia de Belas | Porto Alegre, RS Neblina | Curadoria Elaine Tedesco | MacRS/Galeria dos Arcos | Porto Alegre, RS Paredes/meias | Curadoria Gui Marques | Café com Arte | Rio de Janeiro, RJ Abre Alas X | Curadoria Marta Mestre e Armando Mattos | Galeria A Getil Carioca | Rio de Janeiro, RJ Prêmio Diário Contemporâneo 2014 | Casa das 11 Janelas | Belém, PA O Cânone Pobre | Curadoria Ana Zavadil | Margs | Porto Alegre, RS 2013 » Ao Sul, Paisagens - Curadoria Mario Gioia | Bolsa de Arte | Porto Alegre, RS Entre - Curadoria de A a Z | Curadoria Ana Zavadil | MAC-RS | Porto Alegre, RS Ver/Habitar | Curadoria Elaine Tedesco | Sala João Fahrion - UFRGS | Porto Alegre, RS Palavra Habitada, Palavraria Livros & Cafés, Porto Alegre, RS Empilháveis V, Galeria de Arte do DMAE, Porto Alegre, RS 2012 » Infoto | Casa de Cultura Mário Quintana | Porto Alegre, RS Festival de la Luz | Centro Cultural Recoleta | Buenos Aires - Argentina Lapsos | Espaço Cultural Chico Lisboa | Porto Alegre, RS Salão Unama de Pequenos Formatos | Galeria Graça Landeira | Belém, PA 2011 » RE –por, –tornar, –inovar | Arquivo Público | Porto Alegre, RS Criações Inusitadas | Galeria Gravura | Porto Alegre, RS Fronteiriços | Curadoria Daniela Name | Luciana Caravello | Rio de Janeiro, RJ Desvenda | Museu Murillo de la Greca | Recife, PE Fronteiriços | Curadoria Daniela Name | Galeria Emma Thomas | São Paulo, SP 2010 » Muito mais que uma imagem em papel | Curadoria André Venzon | NY Gallery | Porto Alegre, RS Sydney Designboom Mart | Powerhouse Museum | Sydney, Austrália Exposição Prêmio Açorianos 2009 | Paço Municipal | Porto Alegre, RS Salão de Abril | Integrante do Projeto Desvenda | Fortaleza, CE FestfotoPoa 2010 - Fotografia Contemporânea Brasileira | Santander Cultural | Porto Alegre, RS Publicações / Publications LAMPERT, Letícia. Escala de Cor das Coisas. Porto Alegre: Edição do Autor, 1a ed 2009 - 2a ed 2014 Textos em Periódicos / Published Texts LAMPERT, Letícia. Conhecidos de vista: a cidade e suas janelas indiscretas. Revista da UFMG. , v.20, p.324 335, 2013. LAMPERT, Letícia. Apartamentos com vista... para onde? Um olhar para as vistas, cada vez mais cegas, da cidade contemporânea. Revista Urbe. , v.4, p.4 - 11, 2012. LAMPERT, Letícia. Non-site-specific: o artista como etnógrafo de um não-lugar. Revista Valise. , v.2, p.51 60, 2012. Obras em Acervo / Works in Public Collections Prefeitura de Porto Alegre - Secretaria de Cultura MAC-RS Ministério das Relações Exteriores Universidade da Amazônia/Núcleo Cultural Conhecidos de Vista | Known from View Conhecidos de Vista é um projeto que lança um olhar para uma situação cada vez mais comum no contexto urbano contemporâneo: prédios com janelas próximas demais. Vistas que não mostram a cidade e a paisagem, mas a vida do outro, muito de perto. Vizinhos que não se conhecem formalmente mas que, por esta proximidade forçada, podem muitas vezes tecer longas descrições sobre os hábitos mais banais uns dos outros. Este projeto foi constituído a partir da visita a cerca de 40 apartamentos em Porto Alegre escolhidos aleatoriamente, numa espécie de flânerie às avessas, onde as fachadas, em ruas estreitas, configuravam esta situação de “confronto” entre janelas. Sempre buscando entrar nos apartamentos de ambos os lados, a proposta era contrapor vistas e pontos de vista. Os depoimentos dos moradores, captados em conversas informais, completam as imagens revelando o que a imagem sozinha não da conta: estas relações tão peculiares que se estabelecem na cidade. “known from view” is a project that examines an increasingly frequent situation in the contemporary urban context: apartment building with opposite windows too close. Views that don’t show the city and the landscape, but someone else’s life nearby. Neighbors who don’t formally know each other but can make long descriptions about each other’s day-by-day habits. This project was developed through the contact with dwellers from forty apartments, chosen by chance, in narrow streets from Porto Alegre - Brazil. The idea was to contrast the views and the point of views always visiting apartments on both sides. The dwellers testimonies were collected in informal chats and complement the images, showing these unique relationships established in the city. Conhecidos de Vista v.2 | 2013 | vídeo-instalação | 13’19” | Disponível em: www.vimeo.com/lelampert/conhecidosdevista Known from View v.2 | 2013 | video installation | 13’19” | Available at: www.vimeo.com/lelampert/conhecidosdevista Vista da exposição Conhecidos de Vista - Sala Augusto Meyer - Casa de Cultura Mário Quintana - Porto Alegre/RS - 2013 View of the exhibition Known from View - Sala Augusto Meyer - Casa de Cultura Mário Quintana - Porto Alegre/RS - Brazil - 2013 Conhecidos de Vista #8 | 2013 | fotografia | 150 x 100 cm Kown from View #8 | 2013 | photography | 150 x 100 cm Conhecidos de Vista #11 | 2013 | fotografia | 150 x 100 cm Kown from View #11 | 2013 | photography | 150 x 100 cm Conhecidos de Vista #12 | 2013 | fotografia | 150 x 100 cm Kown from View #12 | 2013 | photography | 150 x 100 cm Conhecidos de Vista #22 | 2013 | fotografia | 150 x 100 cm Kown from View #22 | 2013 | photography | 150 x 100 cm Conhecidos de Vista #25 | 2013 | fotografia | 150 x 100 cm Kown from View #25 | 2013 | photography | 150 x 100 cm Série Apartametnos com Vista | 2013 | Fotografia | formatos variados Apartments with a View Series | 2013 | photography | various formats Claustrofobia | Claustrophobia No encaixotamento que vivemos nas grandes cidades, vista e luminosidade vem se tornando cada vez mais artigos de luxo, principalmente nas regiões mais densas. Para enfatizar esta questão, as fotografias desta série tomam partido da diferença de luminosidade dentro e fora para criar imagens achatadas, gráficas, que colocam em evidência de forma ainda mais pungente esta falta de espaço. Living with less and less space in big cities, view and luminosity are becoming luxury items, especially in the high density areas. To emphasize this issue, the photographs of this series take advantage of the difference of light inside and outside to create flat and graphic images, which put in evidence even more poignantly this lack of space. Claustrofobia | 2013 | Fotografia | formatos variados Claustrophobia | 2013 | Photography | various formats Claustrofobia | 2013 | formatos variados | Fotografia Claustrophobia | 2013 | Photography | various formats Claustrofobia | 2013 | formatos variados | Fotografia Claustrophobia | 2013 | Photography | various formats O Avesso lá de fora é aqui dentro Inside Out / Outside In Esta série é composta por dípticos de fotografias de uma mesma janela, uma por dentro e outra por fora. A proposta é evidenciar a falta de conexão entre ambientes tão próximos e de natureza tão distantes: o espaço público e o espaço privado. Será possível, de um lado, ter ideia do que tem do outro? O que a fachada fria revela da imensidão íntima resguardada no interior? Além destas questões que o trabalho propõe, há também uma referência à própria fotografia e sua cultura técnica, com a ideia de negativo e positivo, imagem latente, e a própria câmera escura. This series is composed from diptychs from photos of the same window, one inside and another outside. The purpose is to highlight the lack of connection between environments so close and so different: the public and the private spaces. Is it possible to wonder what is in the other side? Could the dull facade reveal something about the intimate immensity sheltered inside? Besides those questions, there is also a reference to the Photography as a technical culture with the idea of positive and negative, latent image, and darkroom. O Avesso lá de fora é aqui dentro | 2011 | Fotografia | 200 x 150 cm Inside Out / Outside In | 2011 | Photography | 200 x 150 cm O Avesso lá de fora é aqui dentro | 2012 | Fotografia | 180 x 60 cm Inside Out / Outside In | 2012 | Photography | 180 x 60 cm Série Avessos | 2012 | Fotografia | 180 x 60 cm Inside Out / Outside In | 2012 | Photography | 180 x 60 cm Série Avessos | 2012 | Fotografia | 180 x 60 cm Inside Out / Outside In | 2012 | Photography | 180 x 60 cm Série Avessos | 2012 | Fotografia | 180 x 60 cm Inside Out / Outside In | 2012 | Photography | 180 x 60 cm Série Avessos | 2012 | Fotografia | 180 x 60 cm Inside Out / Outside In | 2012 | Photography | 180 x 60 cm Vista para [...] | City View of [...] A cidade muda, cresce, se transforma. A paisagem, efêmera, se dissolve em concreto. Já não se identificam mais as referências geográficas que deram origem à sua fundação. Para que lado fica o rio? Onde nasce o sol? O que caracteriza esta cidade? A série Vista para [...] é um trabalho em progressão contínua, tendo sido realizado até o momento em Florianópolis, Porto Alegre, Buenos Aires, São Paulo, Dubai, Rio de Janeiro, Belém, Nova York e Paris. A proposta é fotografar a vista da janela em diferentes cidades sempre que esta espectativa de vista for frustrada por paredões de concreto, tornando improvável qualquer possibilidade de identificação do lugar e fazendo com que cidades tão diferentes pareçam, na verdade, sempre a mesma cidade. The city changes, grows, transform itself. The landscape, ephemeral, dissolve itself into concrete. We can no longer identify the geographic references that gave rise to its foundation. Which way is the river? Where the sun rises? What distinguishes this city? The series View of [...] is an ongoing work in progress, that has been carried out so far in Florianópolis, Porto Alegre, Sao Paulo, Belem and Rio de Janeiro - Brazil, Buenos Aires - Argentina, Dubai - UEA, New York - EUA and Paris - France. The proposal is photographing the window view in different cities whenever the expectation of a great view is frustrated by big concrete walls, making it unlikely to identify the place and so, making all those different cities look like they were the same. Série Vista para [...] | 2012 - | Fotografia e letra adesiva - instalação modular - trabalho em progresso contínuo | 45x100 cm (cada coluna) View of [...] Series | 2012 - | photography and adhesive letter - modular installation - ongoing work in progress | 45x100 cm (each column) Série Vista Para [...] Vista para Buenos Aires 2012 | 45 x 100 cm | Fotografia City View of [...] Series City View of Buenos Aires 2012 | 45 x 100 cm | Photography Série Vista Para [...] Vista para Porto Alegre 2012 | 45 x 100 cm | Fotografia City View of [...] Series City View of Porto Alegre 2012 | 45 x 100 cm | Photography Série Vista Para [...] Vista para Dubai 2013 | 45 x 100 cm | Fotografia City View of [...] Series City View of Dubai 2013 | 45 x 100 cm | Photography Entre Telas | Between Screens No confinamento em que vivemos nas cidades, a janela é o elemento que dá consciência da relação com um exterior. E a televisão, este outro tipo de janela, ao tentar trazer o mundo pra dentro de casa, parece ampliar a solidão. Mas a mesma televisão que aliena, também reflete. Afinal, o que está dentro e o que está fora? O que é realidade e o que é ficção? O sol que entra, banha o ambiente de exterior. Assim, estabelecendo um diálogo com a pintura de gênero do séc XVII, onde a janela é a fonte de luz que ilumina a cena cotidianas, temos aqui também imagens em tela, mas não de pintura, em tela de televisão. Através do reflexo, é produzido um autorretrato que, coerente com o mundo contemporâneo, busca na mediação das telas a sensação de realidade e o registro da intimidade. Living confined in apartments in the cities, the window is the element that brings awareness of the relation with an outside. And television, this other type of window, trying to bring the world into the house seems to enlarge the loneliness. But the same television that alienates also reflects. After all, what is in and what is out? What is reality and what is fiction? The sun which enters illuminates the environment with a sense of exterior. Thus, establishing a dialogue with the Dutch painting from the seventeenth century, where the window is the source of light that illuminates an everyday scene, the television here appear as the canvas that shows and reflects the intimacy of the house interior. Entre Telas #1 | 2013 | Fotografia e backlight | 35x30cm Between Screens #1 | 2013 | Photography and backlight | 35x30cm Entre Telas #2 | 2013 | Fotografia e backlight | 35x30cm Between Screens #2 | 2013 | Photography and backlight | 35x30cm Entre Telas #3 | 2013 | Fotografia e backlight | 35x30cm Between Screens #3 | 2013 | Photography and backlight | 35x30cm Nalgum lugar entre lá e aqui Somewhere between here and there Nossa percepção dos lugares e das cidades por onde passamos é sempre contaminada pelos outros lugares e cidades em que estivemos antes. Fazemos comparações, buscamos semelhanças e diferenças, encontramos familiaridades onde nunca estivemos. Memória e fantasia se confundem. Afinal, como era mesmo aquela paisagem? As colagens desta série buscam retratar estes nãolugares da memória, construindo improváveis paisagens visitadas na imaginação. Our perception of places and cities is always contaminated by other places and cities where we were before. We make comparisons, we seek similarities and differences, we find familiarities in places where we have never been before. Memory and fantasy are mixed up. After all, how was the the landscape of that place? The collages of this series seek to portray these non-places of memory, building up unlikely landscapes visited just by the imagination. Algum lugar ou lugar nenhum | 2012 | 170 X 92 cm | Fotografia e colagem digital Somewhere or Nowhere | 2012 | 170 X 92 cm | Photography and digital collage Nalgum lugar entre lá e aqui - Estação | 2011 | 102 X 72 cm | Fotografia e colagem digital Somewhere between here and there - Station | 2011 | 102 X 72 cm | Photography and digital collage Nalgum lugar entre lá e aqui - Praia | 2011 | 102 X 72 cm | Fotografia e colagem digital Somewhere between here and there - Beach | 2011 | 102 X 72 cm | Photography and digital collage Nalgum lugar entre lá e aqui - Vizinhança | 2011 | 102 X 72 cm | Fotografia e colagem digital Somewhere between here and there - Neighborhood | 2011 | 102 X 72 cm | Photography and digital collage Nalgum lugar entre lá e aqui - casas | 2011 | 53 X 38 cm | Fotografia e colagem digital Somewhere between here and there - houses | 2011 | 53 X 38 cm | Photography and digital collage Nalgum lugar entre lá e aqui - houses | 2011 | série de 18 imagens - 53 X 38 cm cada | Fotografia e colagem digital Somewhere between here and there - houses | 2011 | series of 18 images - 53 x 38 cm each | Photo and digital collage Manual Prático de Arquitetura | 2011 | 20 X 20 x 1 cm | Livro de Artista - impressão a laser e corte manual Practical Handbook of Architecture | 2011 | 20 x 20 x 1 | Artist Book - laser printing and hand cutting Escala de Cor das Coisas | The Color Scale of Things Inspirado no formato dos catálogos de padronização de cores, ‘Escala de Cor das Coisas’ é um livro de artista que traduz, revela e brinca com as relações entre cor, palavra e imagem. São 70 cores apresentadas através de fotografias dos elementos que utilizamos para denominar e referenciar as cores na linguagem popular. A primeira edição foi lançada em 2009, com 58 cores e uma tiragem de 1000 exemplares que está esgotada. Na segunda, lançada em 2014, houve um aumento para 70 cores e a publicação de um pôster promocional com todas as cores reunidas. Inspired in the Pantone Color Guide and other color books, The Color Scale of Things is an artist book that translates and plays with the relations between colors, words and images. There are 70 colors presented through the photos of elements that we use in common language to name and to reference colors. The first edition was published in 2009 with 1000 copies and is sold out. The second one has been released in 2014 with 1500 and a promotional poster with all the colors together. Escala de Cor das Coisas Livro de Artista 1a edição 2009 - 56 cores - tiragem: 1000 2a edição 2014 - 70 cores - tiragem: 1500 28 x 6 x 2 cm The Color Scale of Things Artist Book 1st edition 2009 - 56 colors - edition of 1000 2nd edition 2014 - 70 colors - edition of 1500 28 x 6 x 2 cm Azul Celeste | Sky Blue Azul Celeste - 2008 - 140 x 30 cm (3 fotos 30 x 45 cm e placa com o nome) Sky Blue - 2008 - 140 x 30 cm (3 photos 30 x 45 cm and plaque with the name) Verde Folha | Leaf Green Verde Folha - 2009 - 140 x 30 cm (3 fotos 30 x 45 cm e placa com o nome) Leaf Green - 2008 - 140 x 30 cm (3 photos 30 x 45 cm and plaque with the name) Amarelo Ovo Amarelo Ovo - 2009 - 140 x 30 cm (3 fotos 30 x 45 cm e placa com o nome) Egg Yellow - 2008 - 140 x 30 cm (3 photos 30 x 45 cm and plaque with the name) Cor de Carne | Incarnadine Cor de Carne - 2009 - 140 x 30 cm (3 fotos 30 x 45 cm e placa com o nome) Incarnadine - 2009 - 140 x 30 cm (3 photos 30 x 45 cm and plaque with the name) Rosa Antigo | Antique Rose Rosa Antigo - 2009 - 140 x 30 cm (3 fotos 30 x 45 cm e placa com o nome) Antique Rose - 2009 - 140 x 30 cm (3 photos 30 x 45 cm and plaque with the name) Cor de burro quando foge | Color of a dunkey when fleeing Cor de Burro quando Foge - 2009 - 140 x 30 cm (3 fotos 30 x 45 cm e placa com o nome) Color of a dunkey when fleeing* - 2009 - 140 x 30 cm (3 photos and plaque with the name) *Brazilian expression for an indefinite and dull color Estudos de Cor - Acinzentadas - Aguadas - Queimadas - Esfumaçadas | Formatos variados | Fotografia | 2009 Color Studies - Grayed - Watery - Burned - Smoky | Varius Formats | Photography | 2009 Vista da exposição Escala de Cor das Coisas na Galeria La Photo - Porto Alegre/RS | 2009 View of the exhibition at Galeria La Photo | Porto Alegre/RS - Brazil | 2009 Escala de Cor das Coisas - poster da 2a edição - tiragem de 500 exemplares em offset | 2014 The Color Scale of Things - poster of the second edition - 500 copies | offset | 2014 Escala de Cor do Tempo | The Color Scale of Time Inspirada nas paletas de cor de tinta, onde acrescentamos determinado pigmento para chegar de um tom a outro, na Escala de Cor do Tempo acrescentamos horas, dias, meses. Para realizar este projeto, foram captadas 12 séries, uma para cada mês do ano, cada uma com 12 fotografias, totalizando 144 imagens. Estas fotografias foram obtidas entre as 6 da manhã e as 7 da noite, a cada mês, sempre na mesma janela. Este projeto permite diferentes montagens, pois os meses são tratados como módulos. Dois livros de artista também foram desenvolvidos como desdobramento do projeto: “Escala de Cor do Tempo - para dias de sol” e “Escala de cor do Tempo - para dias de chuva”. Inspired by the ink palettes to which we add a specific pigment to get from one tone to another, in The Color Scale of Time we add hours, days, months. To carry out this project, 12 series were made, one for each month of the year, each one having 12 photographs, and totalizing so 144 images. These photographs were taken between 6 am and 7 pm, every month, always at the same window. This project allows different assemblies because the months are treated as modules. Two artist books have also been developed as a result of the project: “The Color Scale of Time For Sunny Days” and another one “For Rainy Days”. Escala de Cor do Tempo - Para o Ano que Passou | 2009 | 230 X 140 cm (144 fotografias) | Instalação Fotográfica The Color Scale of Time - For the past year | 2009 | 230 x x140 cm (144 photographs) | Photo Installation Escala de Cor do Tempo - Para dias de Sol - Para dias de Chuva | 2008 | 15 X 21 x 2 cm | Livro de Artista The Color Scale of Time - For Sunny Days - For Rainy Days | 2008 | 15 x 21 x 2 cm | Artist Book (des)construções | (de)construction A cidade cresce do jeito que dá. Desordenadamente. Pra cima, pros lados, pra onde tiver lugar. Os mais variados estilos são misturados. Sem muito planejamento, a cidade vai virando uma grande colagem arquitetônica. Tentando transformar esta percepção em um ensaio visual surgiu “(des) construções”, uma série de colagens que, de forma lúdica, junta partes desconexas de casas e prédios para construir com eles novas moradias que, de tão improváveis, chegam a parecer muito familiar. Esta série é formada por 19 colagens. The city grows spontaneously. Disordered. Up and down, wherever there is space. Every style is mixed together. There is no development plan for the cities in Brazil, so they become a huge architectonic collage. It is after this perception of the city that this work was created. As a play, collages are made from disconnected pieces of houses and buildings in order to create other ones. These new buildings are strange but, even though, they seem very familiar, once it is like that our perception works. The series consists of 19 collages. (des)construção #1 2007 93 X 90 cm Fotografia e Colagem digital (de)construction #1 2007 93 X 90 cm Photo and digital collage (des)construção #3 2008 95 X 123 cm Fotografia e Colagem digital (de)construction #3 2008 95 X 123 cm Photo and digital collage (des)construção #4 2008 82 X 139 cm Fotografia e Colagem digital (de)construction #4 2008 82 X 139 cm Photo and digital collage (des)construção #5 2008 85 X 115 cm Fotografia e Colagem digital (de)construction #5 2008 85 X 115 cm Photo and digital collage (des)construção #6 2008 65 X 85 cm Fotografia e Colagem digital (de)construction #6 2008 65 X 85 cm Photo and digital collage (des)construções - Cidade Baixa | 2008 | 40 X 230 cm | Fotografia e colagem digital (de)construction - Downtown | 2008 | 40 X 230 cm | Photo and digital collage Entre | 2011 | 20 X 20 x 1 cm | Livro de Artista | impressão a laser e corte manual Between | 2011 | 20 x 20 x 1 cm | Artist Book | digital print and hand cutting Paisagem Íntima | Intimate Landscape Toda janela tem uma vista exterior, ao mesmo tempo que dá a ver um interior. A paisagem de luz que vem de fora registra, de forma difusa, o que está dentro. E o olhar de dentro percebe, também de forma difusa, o que está do lado de fora. Simultaneamente, a janela mostra e esconde a intimidade do quarto. Série de 9 fotografias - 30 x 45 cm cada Every window has a view to the exterior, and at the same time, make it possille to see inside. The landscape of light that came from outside register, in a difuse way, what is inside. The sight from inside perceive, in a difuse manner aswel, what is outside. Simultaneusly, the window show and hide the intimacy of the room. Series of 9 photos - 30 x 45 cm each Paisagem Íntima | 2007 | 100 X 140 cm | Fotografia Intimate Landscape | 2007 | 100 x 140 cm | Photography Sobre o trabalho About the work Uma escala de fé A scale of faith Se nos perguntarem “O que significam as palavras vermelho, azul, preto, branco?”, podemos, bem entendido, mostrar imediatamente coisas que têm essas cores. Mas a nossa capacidade de explicar o significado dessas palavras não vai além disso. When we’re asked “What do the words “red”, “blue”, “black”, “white” mean” , we can, of course, immediately point to things that have these colors, - but our ability to explain the meanings of these words goes no further! Ludwig Wittgenstein, in Anotações sobre as Cores Ludwig Wittgenstein, Remarks on Color Dedicado a investigar, entre tantas questões, a relação entre linguagem e realidade, o filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein (1889-1951) acreditava que, uma vez que o signo representava o objeto, a forma lógica da linguagem seria a forma mesma do mundo. Isso nos permitiria pensar, partindo do preâmbulo deste texto, que o nome da cor é também cor. E, de fato, ele é parte fundamental da percepção cromática que temos das “coisas do mundo”, ativando e solicitando nosso saber, nossa memória e imaginação. É na discussão de aspectos congêneres que Letícia Lampert vem pautando sua poética, adotando a fotografia como meio e a cor como assunto. Dedicated to investigating the relationship between reality and language, the Austrian philosopher Ludwig Wittgenstein (1889-1951) believed, among other things, that since signs represent objects, the logical form of language would be the very form of the world. Parting from the above preamble, this would lead us to think that the name given to color is also color. And it is, indeed, a fundamental part of the color perception we have of “world’s things”, activating and requesting our knowledge, memory and imagination. It is in a debate involving like aspects that Letícia Lampert has been basing her poetry, adopting photography as a means and color as a theme. No presente trabalho, Escala de Cor das Coisas, Letícia dialoga com um dos mais populares sistemas de padronização de cores, o Pantone Color Guide. Empregado internacionalmente em gráficas, editoras e agências publicitárias, ele funciona como um mostruário, indicando, de forma muito próxima e crível, como as cores se manifestam ao serem impressas. In the current work, The Color Scale of Things, Letícia is in a dialog with one of the most popular systems of color standardization, the Pantone Color Chart. Internationally used by printing and publishing houses as well as by ad agencies, it works as a color showcase that indicates in a close and credible way what colors look like once printed. No formato e na aparente função, também o catálogo de Letícia parece permitir a aferição cromática. Contudo, se o observarmos atentamente, perceberemos que suas cores, como medidas, são intangíveis, uma vez que operam no território da linguagem, da subjetividade e da fantasia. Como explicar o azul calcinha, o vermelho tomate, a cor de carne, a cor de pele? Aliás, estendendo a problematicidade: cor de pele de que raça? E o que dizer da cor de burro quando foge? Como seria possível defini-la, ou mesmo imaginá-la? Apresentadas como fotografias de detalhes e texturas das coisas as quais seus nomes remetem, essas “cores” escancaram, uma vez mais, sua natureza incomensurável. Ora, no verde musgo cabem dezenas de tonalidades de verde, assim como no verde limão e no verde folha... Oriundas de associações e metáforas usadas no dia-a-dia, essas denominações reforçam a carga experiencial por trás do ato de nomear e de se relacionar com o mundo. E se, isoladas do contexto, parecem absurdas, o que não dizer de In its format and apparent use, Letícia’s catalog too seems to allow for color distinction. However, if we observe it closely, we will notice that Letícia’s color catalog are intangible as a means for measurement because they operate in the realm of language, subjectivity and fantasy. Brazilian Portuguese, like most other human languages, has a way to reflect the cultural traits of the people who speak it. How to explain the “panty blue”, the “tomato red”, the “color of meat”, the “color of skin”, which are offered to these speakers? And the color of which human race skin, for instance? What to say of the “color of a donkey that has fled” (namely, an indefinite color)? How could one define it or even imagine it to be? Shown as photographs of details and textures of things their names remind one of, these “colors” reveal, again and again, the incommeasurable nature they have. The “moss green”, perhaps bearing a different tone from its English version, contains dozens of greens, as do the “lemon green” and the “leaf green”. Originated in connections to other suas versões para o inglês, a língua franca adotada em manuais semelhantes? Nessa incongruência, o léxico das cores, dos mais líricos que existem, mostra-se absolutamente rebelde à tradução. O fato é que a provocativa e lúdica Escala de Cor das Coisas perturba a familiaridade do pensamento, e isso talvez se deva menos ao fato de conhecermos e de usarmos os nomes substantivados e sistematizados pela artista, e mais por nos darmos conta, se não de sua impossibilidade, pelo menos de sua imprecisão. Esta sutil complexidade também desponta no trabalho Escala de Cor do Tempo. Nele, a artista novamente buscou medir o imponderável por meio da cor; no caso específico, o tempo. Ambos os conceitos, cor e tempo, são por natureza abstrusos, e a proposta de mensurar um a partir do outro beira o delírio. Tomando um único enquadramento, a janela do banheiro de seu apartamento, Letícia fotografou as impressões de luz, tendo entre ela e a paisagem exterior somente o vidro canelado da abertura, naturalmente marcado pela gradação encontrada nas escalas. Limitando-se a esse recorte, produziu, ao longo de um ano, dezenas de imagens, que deram corpo a duas escalas cromáticas: uma para dias de sol e outra para dias de chuva, mas ambas sem qualquer aplicação ou funcionalidade. Quanto a isso, vale lembrar que a artista, cuja formação inicial é em Design, trabalha rotineiramente com sistemas como o já citado Pantone, ou o Kodak Color Chart. São eles que aferem a “verdade” das cores, assegurando as opções e percepções do profissional da área. Portanto, quando se lança a criar não apenas novas e oníricas medidas, a exemplo do tempo-cor e da coisa-cor, como também etéreas tabelas, Letícia Lampert nos convida tanto a pensar acerca da inconsistência de nossos sistemas de classificação e ordenação do mundo, como estende ao cotidiano o lirismo e a poesia próprios do universo da arte. Paula Ramos Jornalista e Crítica de Arte Porto Alegre, outubro de 2009 things and metaphors of everyday life, these names strengthen the experiential content that lies behind the act of naming and relating to the world. Once isolated from their contexts they may seem absurd – all the more so in their renderings in English, the lingua franca adopted in most color catalogs. It is in such dissonance that the lexicon of colors, immersed in its heavily lyric content, will not lend itself peacefully to translation. Fact is, the provocative and lively The Color Scale of Things does perturb the mind’s sense of familiarity with reality. This is so perhaps less due to the fact that we know and use the names used by the artist and more because we are made aware of their unlikelihood, if not lack of preciseness. The same subtle complexity is found in the work The Color Scale of Time, in which the artist sought to once more measure the imponderable by means of color; the imponderable being here time. Both concepts of color and time are by nature abstruse. The idea of measuring one on the basis of the other borders delirium. Within a single frame, namely, the window of her apartment’s bathroom, Letícia photographed light impressions on the corrugated window pane separating her from the landscape, which naturally marks the grading that is so typical of scales. Limiting herself to this cut, during one year she produced dozens of images that embody two color scales: one for sunny days and another for rainy ones, but neither one with an application or function. It is worth recalling that the artist, whose background is in Design, routinely works with systems like the aforementioned Pantone or the Kodak Color Chart. It is they which lend “truthfulness” to colors, reassuring the area’s professionals in their choices and perceptions. Therefore, when she is into creating not only new and dreamlike measures, such as the color-time and the color-thing, but also ethereal charts, Letícia Lampert invites us to think about the inconsistency of our methods to classify and order the world – thereby also extending the lyricism and poetry proper to the world of art to everyday life. Paula Ramos Journalist and Art Critic (AICA- Brazil) Porto Alegre, October 2009 As cores da vida The colors of life O livro Escala de cor das coisas, de Letícia Lampert lançado em Porto Alegre, RS, tem como principal mérito trazer à tona uma série de discussões propiciadas pelo assunto enfocado e pela maneira como foi desenvolvido o projeto gráfico. O casamento entre essas duas vertentes gera um resultado de inegável impacto plástico. The book “The Color Scale of Things”, of Letícia Lampert released in Porto Alegre, RS, has the main merit of bringing a series of discussions made by the focused subject, and by how the graphic project was developed. The union of both fields creates an undeniable plastic impact. Quanto ao conteúdo, trata-se da apresentação de três fotografias literais, mas sem perder a poeticidade, das mais diversas coisas. É o caso amarelo limão ou da cor de mel, representados por esses elementos. A cor ganha assim uma concretude, seja no animal (amarelo canário), metal (amarelo ouro) ou fruta (verde abacate) ao qual alude. Em relação à forma, existe a evocação do Pantone, um guia utilizado mundialmente que auxilia gráficos, editores, designers e artistas a conseguirem atingir as cores desejadas num processo gráfico. A escala proposta, ao ter suas páginas folheadas rapidamente com apenas uma das mãos, constrói, assim, um arco-íris. O espectro vai da flor violeta à fotografia da cor de “burro quando foge”, num leque que mostra bom humor, observação e uma louvável relação entre a palavra (o nome da cor) e a imagem (a cor em si). Da conversa saudável entre esses elementos, nasce um trabalho intenso, que nos ajuda a ver melhor as escalas de cores da vida. Oscar D’Ambrosio, jornalista e crítico de arte São Paulo, 2009 The content is the presentation of three literal photos of diverse things, not losing the poeticism though. It is the case of the lemon yellow, or the honey color, literally represented by those elements. The color becomes tangible, referenced for instance by an animal (canary yellow), metal (golden yellow) or fruit (avocado green). Regarding the form, there is a call up of the Pantone Color Guide. A system used internationally to help printers, publishers, designers and artist to reach a specific color during the graphic process. The proposed scale creates a rainbow having the book’s pages quickly moved with just one hand. The spectrum goes from the violet flower to “the color of the donkey when fleeing” (a Brazilian popular expression for an undefined color), in a range that shows good mood, observation and an excellent relationship between the word (the name of the color) and the image (the color itself). An intense work is born from the healthy dialog of those elements, helping us to see better the color scale of our lives. Oscar D’Ambrosio, Journalist and Art Critic (AICA- Brazil) Sao Paulo, 2009 Visão diferenciada do espaço A distinguished space vision Uma das principais características da arte contemporânea é a exploração da capacidade individual de descobrir aquilo que a tecnologia oferece para responder as inquietações artísticas de cada um. Nesse sentido, as possibilidades da fotografia como campo de exploração da linguagem se tornam um universo infinito. One of the main characteristic of contemporary art is the investigation of the individual capacity of detecting what technology offer as a response to the artistic agitation inside each of us. Regarding this, the photography possibilities become an infinite universe as a field of communication exploration. Nascida em Porto Alegre, RS, em 1978, Letícia Lampert, formada em Desenho Industrial, busca nas imagens uma forma de interrogar, desmontar e remontar a realidade visível. Em 2008, em sua primeira individual em sua cidade natal e selecionada para o 12º Salão Paulista de Arte Contemporânea, dá um passo decisivo. Born in Porto Alegre, RS Brazil, in 1978, Leticia Lampert, bachelor in Graphic Design, searches in images a way to query, to take apart and to bring together the visible reality. In 2008 she made a decisive step with her first individual exhibition, when she was selected for the 12º Salão Paulista of Contemporary Art. Pelo mecanismo da fotomontagem, mostra o relativismo daquilo que entendemos como verdade. Sua ótica é a da justaposição de fotos, que faz um sentido, mas, ao mesmo tempo, gera um estranhamento. Grades, grafites e pichações são colocados em nova perspectiva para gerar residências imaginárias. Throughout the photo collage mechanism, she shows the relativity of what we understand as truth. Her vision is the photos juxtapose that makes a kind of sense, but brings weirdness at the same time. Fences, graffiti and architecture elements are placed in new perspectives to create imaginary residences. As imagens funcionam como alegorias de uma sociedade marcada pela fragmentação e pela descontinuidade. Com medo daquilo que vemos e também do que desconhecemos, o universo apresentado pela artista gaúcha mostra o que temos receio de ver, pois surge desarticulado, como de fato o é, mas não queremos admitir. The images work as allegories of a society marked by discontinuity and fragmentation. Fearing what we see and the unknown, the universe presented by the South Brazilian artist shows us what we avoid to see. It comes up disconnected, exactly the way it is, like we don’t want to admit. Letícia Lampert oferta ao observador uma visão diferenciada do espaço com figuras que desejam se integrar e, ao mesmo tempo, não conseguem harmonia. A questão central está na apresentação de um acúmulo de imagens que questiona o cotidiano e o posiciona de uma nova maneira, contestadora e incômoda, mas poeticamente bela. Leticia Lampert offers a distinguished space vision to the viewers, with figures that clearly want to meld with, but at the same time cannot in harmony. The main point is the presentation of heaps of images that inquire the everyday life and put it in a different way; defiant and uncomfortable, though poetically beautiful. Oscar D’Ambrosio, jornalista e crítico de arte São Paulo, julho de 2008 Oscar D’Ambrosio, Journalist and Art Critic (AICA- Brazil) Sao Paulo - Brazil, july 2008 Em suas (des)construções, Letícia Lampert nos convida a uma experiência de estranheza frente às possibilidades de composição do espaço fotográfico. Baseada no princípio da fotomontagem, estratégia utilizada desde as vanguardas, principalmente no Dadaísmo, a artista não escamoteia o sentido artificial dessas arquiteturas desconstruídas e, posteriormente, reconstruídas sob o princípio de uma desordem ordenada. A partir das suas imagens, podemos vislumbrar a negação do apagamento da nossa memória seletiva ao processar o excesso de estímulos visuais cotidianos. Aparentemente simples, essas fotomontagens são povoadas de ambigüidades, oferecendo uma densidade crítica à vida contemporânea nas cidades. Em tais combinações, que remetem às construções improvisadas das favelas, não ficam de fora o kitsch singelo dos elementos decorativos, o desconforto da proteção exagerada e a contundência do desgaste que o tempo opera sobre coisas e pessoas. Os próprios habitantes dessas imagens, apresentados em escalas diversas, ao mesmo tempo em que desestabilizam a nossa expectativa de ordenação perspéctica do espaço, também apontam para a sua incômoda fragilidade como peças quase aleatórias dessa paisagem poética. Alexandre Santos Historiador e Crítico de Arte Texto sobre a exposição (des)construções Porto Alegre, junho de 2008 In her “(De)Constructions”, Leticia Lampert invites us to an oddish experience facing the possibilities of the photography space compositions. Based on photo collage principles - used strategy since the avant-gardes, especially Dadaism - the artist shows the artificial sense of deconstructed architectures, and post-reconstruction under the ordered disorder principle. Throughout her images we can watch the fading refuse of our selective memories while we process the excessive daily visual stimulus. Apparently plain, those photo collages are full of ambiguity, offering a dense criticism to the contemporary cities’ life. In those combinations, which remind us the ghettos’ improvised constructions, we can see the poor kitsch of the decorative elements, the exaggerated protection comfortlessness and the time waste power over things and people. Those images inhabitants, shown in many scales, at the same time blur our vision and our understanding of the space around us, and also point towards its disturbing fragility like almost random parts in this poetic landscape. Alexandre Santos Historian and Art Critic Text about the exhibition (de)construction Porto Alegre, 2008 www.leticialampert.com.br