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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
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INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Por: MARIA DA CONCEIÇÃO BARREIROS DE MOURA
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O
LIXO E MEIO AMBIENTE NO MUNICÍPIO DE LÁBREA
Orientadora: Profª. MARIANA DE CASTRO MOREIRA
Tutor Prof. : LEONARDO SILVA DA COSTA
Porto Velho/RO
2010
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
LIXO E MEIO AMBIENTE NO MUNICÍPIO DE LÁBREA
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Educação Ambiental.
Por: – Maria da Conceição Barreiros de Moura
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus pela
força e coragem que me proporcionou
para enfrentar as dificuldades que
surgiram no decorrer deste curso. Ao
professor Orientador Leonardo Silva da
Costa.
A organizadora do curso
Senhora Conceição. A minha família e
principalmente minha filha Jhennyfer
Hágatha Aguiar Moura Bezerra pela
paciência.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha família, e
especial minha irmã Maria Antônia que
esteve sempre me incentivando neste
trabalho.
A minha colega Amanda por sua
hospedagem
e
a
todos
que
colaboração de alguma forma para a
realização deste trabalho.
5
“O homem do campo quando se vê
perdido apela pela mãe natureza”.
Frase de um ribeirinho. (CEAS, 2003,
p.97)
6
RESUMO
A presente monografia tem como objetivo discutir o tema: Lixo e meio
ambiente no município de Lábrea. O meio ambiente está espalhando vários
alertas, um deles é o aquecimento global, que está ameaçando a condição
de vida na terra, e pior condenando à morte os animais, a fauna e a flora,
seres que não tem nada a ver com isso.
No município de Lábrea não é diferente o acúmulo de lixo nas ruas ou
em ambientes públicos é absurdo e com esse intuito fez-se necessário essa
monografia. Para que observássemos os problemas que o lixo traz para o
meio onde vivemos.
O lixo como vamos ver mais adiante traz para a sociedade labrense
muitas doenças, como: dengue, problemas respiratórios, verminoses e
outras. No município existem poucos caixotes de lixo nas ruas, sendo que as
pessoas se sentem obrigados a jogar o lixo caseiro nas mesmas. Daí
causando uma grande poluição na cidade.
“O meio ambiente é o conjunto de condições que as leis influenciam e
interagem em ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanística,
que permitem, abrigam e regem a vida em todas as suas formas” (BRASIL,
2002, p.48). Esse tema está muito na mídia devido a sua importância nos
últimos anos, porque sempre estamos falando de lixo e o meio ambiente,
sendo um problema universal, nas suas causas e conseqüências
A referida monografia também vem para conscientizar às pessoas do
que é melhor para o seu meio, de forma que se responsabilizem por seus
atos. Vale à pena ressaltar que você vive em sociedade e precisa pensar
como um todo. Mesmo que a gente pare com toda a nossa produção hoje,
reduza ela a zero, ainda sim colheríamos os frutos do que semeamos desde
a época do feudalismo.
Especialistas afirmam que agora não estamos mais na condição de
mudar o nosso quadro e sim de colher as nossas conseqüências.
7
METODOLOGIA
Ao tratar de metodologia que vai nortear a conscientização da
população do município de Lábrea em relação ao lixo e meio ambiente será
necessário ter em mente que esse processo se leva um bom tempo, para
ser realizado.
De acordo com os resultados apresentados nos questionamentos
abaixo, faz-se necessário proporcionar à população informações e
conhecimentos acerca dos problemas ambientais, bem como, desenvolver
nas escolas uma educação ambiental que vise à conscientização dos
alunos, que desenvolva o espírito crítico de responsabilidade e de
solidariedade para com o meio ambiente.
Neste contexto, é fundamental uma parceria entre o Estado, a escola e
a sociedade em geral, para que juntos amenizem os problemas ambientais
que inclusive, o próprio homem tem causado ao longo de sua história.
É recomendável, que a escola inclua em seus currículos temas
relacionados ao meio ambiente, pois os mesmos podem ser trabalhados em
todas as disciplinas escolares e também palestras com pais de alunos,
oficinas de reciclagem e conscientizar os pais do destino correto do lixo em
sua casa.
É fundamental que o professor ajude os seus alunos a incentivar seus
pais a construírem seu próprio depósito de lixo e apóiem a sua comunidade
na compreensão da problemática ambiental, visto que, a aquisição de
conhecimentos ambientais proporciona a uma mudança de mentalidade e faz
com que os indivíduos se comportem de maneira mais responsável para com
o meio ambiente local e mundial.
Como forma de incentivo e conscientização do destino do lixo faz-se
necessário algumas atividades na escola com alunos do 5º ano. Como:
- Oficina de reciclagem;
- Atividades de separação de lixo orgânico do inorgânico;
- Confecções de caixotes de lixo com caixas de papelão e livros velhos;
8
- Confecções de brinquedos, jogos recreativos, pinturas em vidros etc.
Portanto, torna-se necessária, atitude e ação coletiva em prol do meio
ambiente, pois através da soma de esforços, especialmente de instituições
competentes, inclusive da escola, o ambiente futuramente estará bem
favorável à vida dos seres vivos.
9
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................10
CAPÍTULO I - LIXO.......................................................................................12
1.1 - Geração e Desenvolvimento do Lixo..........................................12
1.2 - Conseqüências que o Lixo traz ao Meio Ambiente.....................15
1.3 - Formas de Armazenamento ou Tratamento do Lixo:
Lixo Municipal..........................................................................16
1.4 - Definição do Lixo Municipal........................................................17
1.5 - Aterro Controlado........................................................................18
1.6 - Aterro Sanitário...........................................................................20
1.7 - Incineração.................................................................................22
1.8 - Compostagem.............................................................................22
CAPÍTULO II DENTRO E FORA DA ESCOLA.............................................24
2.1 - Educação Ambiental: Uma questão de cidadania......................24
2.2 - Educação Ambiental de forma inertedisciplinar na Escola.........26
2.3 - Educação como elemento indispensável para transformação
da consciência Ambiental...........................................................27
2.4 - Lixo: Exemplo que começa na Escola........................................29
2.5 - Coleta seletiva do lixo dentro e fora da Escola...........................33
2.6 - Reciclagem dentro da Escola.....................................................33
CAPÍTULO III MEIO AMBIENTE DE FORMA GERAL..................................36
3.1 - O Homem e sua ação na natureza.............................................36
3.2 - Meio Ambiente: Visão Global.....................................................37
3.3 - Legislação e o Meio Ambiente...................................................39
3.4 - A questão Ambiental X Civilização.............................................43
3.5 - Meio Ambiente e conservação Ambiental..................................46
3.6 - Manejo e conservação Ambiental...............................................51
CONCLUSÃO................................................................................................54
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................56
10
INTRODUÇÃO
O trabalho em questão enfatiza o tema: Lixo e meio ambiente no
município de Lábrea. Comenta-se que o lixo traz danos à natureza desde os
nômades até os dias de hoje na época os nômades eram pessoas que
estavam constantemente mudando de lugar, quando eles mudavam para
outros lugares deixavam para trás restos de materiais que não lhe servia
mais, como palhas, árvores derrubadas e outros, daí poluindo aquele
ambiente como vimos os problemas do lixo não é de agora.
Ao longo dos anos, o lixo passou a ser uma questão de interesse global.
E os problemas são os mesmos de um lado a outro do globo: o destino do
lixo e seu condicionamento inadequado têm trazido graves problemas a
todas as nações.
Produzidos em todos os estágios das atividades humanas, os resíduos,
em termos tanto de composição, como de volume, variam em função das
práticas de consumo e dos métodos de produção utilizados.
As principais preocupações estão voltadas para as repercussões que
podem ter sobre a saúde humana e sobre o meio ambiente (solo, água, ar e
paisagens).
Esta monografia enfatiza “lixo e meio ambiente no Município de Lábrea”
onde vamos estudar o problema que o lixo traz ao nosso meio e suas
conseqüências. Tendo como questão central o seguinte item:
● O município possui um local adequado para despejar o lixo da
cidade.
Este tema é de grande valia para nos alertar de tudo que está
acontecendo ao nosso redor, pois a justificativa nos ajuda a descobrir o
mundo que passa despercebido por nós.
A Educação Ambiental propõe que os indivíduos e a coletividade
compreendam a natureza complexa do meio ambiente natural, criado pelo
homem, resultante da integração de seus aspectos biológicos, físicos,
11
sociais, políticos, econômicos, e culturais permitindo a aquisição de
conhecimentos, valores, a comportamentos e habilidades.
Nesse sentido, a omissão dos conhecimentos escolares, a falta de
compromisso e, de uma proposta curricular que não articule as questões
ambientais locais e globais são fatores que impedem a formação do cidadão.
Dessa forma, faz-se necessária a discussão, a reflexão sobre os
problemas, o tratamento de conteúdos a partir de temas ambientais urgentes
e a reorganização do currículo a partir de uma perspectiva interdisciplinar.
Sendo assim, o tratamento do lixo é de suma importância para manutenção
da integridade da biosfera, pois garante a qualidade de vida para todos os
seus habitantes sejam eles racionais ou não.
O “Lixo e o meio ambiente”, como tema de pesquisa, foi escolhido a
partir de uma preocupação acerca da realidade pesquisada, sobre a
poluição que o lixo em geral tem causado ao meio ambiente e sobre
doenças que o mesmo traz direto ou indiretamente a população.
O estudo trará contribuições, não somente para o pesquisador e alunos,
mas também para toda a comunidade que a Escola Municipal Presidente
Vargas está inserida, visto que, será apresentada forma importante de como
proceder no manejo e na coleta do lixo, essenciais para prevenção de
doenças e para a conservação do ambiente.
Os objetivos deste trabalho são os seguintes: (Objetivo Geral):
• Reconhecer que o objeto de estudo, na proposta é a educação
como prática social, e neste momento histórico privilegia-se as
instituições em gerais e a comunidade como objeto de
trabalho.
E os objetivos específicos são:
• Compreender criticamente a realidade da população, para nela
intervir, transformando-a pelo o trabalho de reflexão que deverá
realizar;
• Elaborar oficinas de reciclagem de maneira que a população
possa manter mais contatos com materiais reciclados;
• Verificar se na escola há uma prática de valorização do meio
ambiente, visando à conscientização da população;
12
• Perceber a importância do meio ambiente para a vida dos seres
humanos;
• Realizar trabalho de orientação sobre o destino correto do lixo.
Já na hipótese supõe-se que a população não preserve o meio
ambiente e jogue lixo nas ruas, nas margens dos rios, em igarapés ou
acumule em fundo de quintal, por não terem local adequado ou por falta de
conscientização por parte da secretaria do meio ambiente ou outros órgão
de preservação.
Na delimitação “Lixo e Meio Ambiente no Município de Lábrea”, será
realizada na Escola Municipal Presidente Vargas com alunos do 5° ano, da
turma “A’’, turno matutino, onde a maioria dos alunos são filhos de pais
desempregados com a faixa etária de dez anos.
O lixo produzido pela atividade do homem é hoje uma das mais graves
ameaças à sua própria qualidade de vida. Isto tem determinado a tendência
mundial pela minimização da geração de lixo, entendendo-se como tal a
produção/venda de produtos dos quais restem o mínimo possível de
resíduos, o reuso de embalagens e a reciclagem.
A reprogramação conceitual de produtos em geral, em especial de suas
embalagens, é algo que foge completamente ao controle dos Municípios. Já
a reciclagem pode e deve ser incentivada por eles, conscientizando a
população e estruturando programas de coleta seletiva, e mantendo núcleos
de triagem recicláveis.
No entanto, mesmo que se obtenha o maior sucesso nestes
programas, a maior parcela dos resíduos gerados, mais de 65%, necessitará
de uma destinação final adequada, preferencialmente uma rota que privilegie
o aproveitamento da energia contida no lixo.
Neste sentido, este trabalho busca mostrar as conseqüências causadas
pelo destino incorreto do lixo, bem como propor formas de minimizar e de
recuperar os resíduos gerados, garantindo a saúde e segurança da
população.
13
CAPÍTULO I
LIXO
1.1 - GERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO LIXO
Fonte: Lixão na BR-Km-02, localizado no município de Làbrea
Esta foto representa a forma de como o lixo urbano é tratado no
município de Lábrea.
O “lixo” é uma grande diversidade de resíduos sólidos de
diferentes procedências, dentre eles, o resíduo sólido urbano
gerado em nossas residências. O lixo faz parte da história do
homem, já que sua produção é inevitável. (FADINI, 2001, p.30).
A produção do lixo é um processo que já faz parte da vida das pessoas
a partir que nascem, com fraldas, embalagens e outros. FADINI relata que:
14
Na Idade Média acumulava-se pelas ruas e imediações das
cidades, provocando sérias epidemias e causando a morte de
milhões de pessoas. A partir da Revolução Industrial iniciou-se o
processo de urbanização, provocando um êxodo do homem do
campo para as cidades. [...] A solução para o lixo naquele
momento não foi encarada como algo complexo, pois bastava
simplesmente afastá-lo, descartando-o em áreas mais distantes
dos centros urbanos, denominados lixões. (FADINI, 2001, p.28).
Com o passar dos tempos na Idade Média notou-se um grande
crescimento
populacional,
daí
aumentando
as
epidemias
e
conseqüentemente o avanço da medicina.
A partir de então, a poluição na zona urbana cresceu muito, de todas as
formas, inclusive a poluição do lixo. Os tempos foram passando e o lixo foi
sendo encarado como um problema, sendo assim criou-se os lixões, onde
depositava toda a sujeira da cidade, visto então que o lixo não é de agora, a
milhares de anos convivemos com ele, fazendo parte da nossa realidade.
Nos dias de hoje, como a grande maioria vivem nas cidades e com o
avanço mundial da indústria provocando mudanças nos hábitos de consumo
da população, vem-se gerando um lixo diferente em quantidade e
diversidade. Até mesmo nas zonas rurais encontram-se frascos e sacos
plásticos acumulando-se devido a formas inadequadas de eliminação.
Segundo Fadini:
Em um passado não muito distante a produção de resíduos era de
algumas dezenas de quilos por habitante/ano; no entanto, hoje,
países altamente industrializados como os Estados Unidos
produzem mais de 700 kg/hab/ano. No Brasil, o valor médio
verificado nas cidades mais populosas é da ordem de 180
kg/hab/ano. (2001, p.34).
O lixo representa, hoje, uma grande ameaça à vida no planeta por duas
razões fundamentais: a sua quantidade e seus perigos tóxicos.
15
Em toda parte do mundo, a mídia incentiva as pessoas a
adquirirem vários produtos e a substituírem os mais antigos por
outros, mais modernos, provocando a insensatez do uso
indiscriminado dos recursos naturais. (MENEZES, 2005 p. 14).
O fato é que, com essa evolução de produtos diversificado o lixo
aumentou-se muito em grande quantidade. O desenvolvimento de resíduos
sólidos urbanos está relacionado aos hábitos de consumo de cada cultura,
onde observa-se uma integração freqüente entre a produção de lixo e o
poder econômico de uma determina população.
1.2 - Consequências Que o Lixo traz ao Meio Ambiente.
A poluição do meio ambiente constitui, nos dias de hoje, um dos mais
sérios problemas ambientais, visto que o ar, a água e o solo têm sido
particularmente atingidos, tornando-se difícil e perigosa a vida do homem e
de outros animais, e vegetais.
O meio ambiente possui degradação provocada pelos próprios
elementos naturais, e a mais preocupante é a poluição e a contaminação,
ambas provocadas pela ação humana.
O lixo, além de tornar um ambiente sujo desagradável e com ar
insuportável, atrai pequenos animais hospedeiros e transmissores de
doenças gravíssimas.
Para maiores esclarecimentos, o lixo causa poluição e, a poluição,
geralmente provoca a contaminação de um ambiente. Sabe-se que o ar
contaminado, poderá causar doenças como a tuberculose, pneumonia,
poliomielite,
conjuntivite
e
outros
que, não
cuidados
devidamente,
acarretarão serias conseqüências para o indivíduo.
A água contaminada poderá causar doenças como a febre tifóide,
amebíase, a cólera e outros. No mesmo exemplo é o caso do solo que,
estando contaminado, poderá provocar doenças como a ancilostomose,
16
teníase e outras como o tétano, por exemplo, que pode ser fatal para o ser
humano.
O que fazer com o lixo para que ele não polua e nem contamine o
ambiente?
O ideal é que as pessoas tenham em seus lares, locais adequados para
armazenar o lixo e que a companhia de limpeza da cidade possua também
suporte e meios cabíveis para colocar o lixo em locais devidamente
adequados. Pois sabe-se que, despejá-lo em qualquer lugar, pode provocar
inundações de rios e esgotos, além de causar a morte de muitos peixes,
quando jogados nos rios e mares.
Portanto, direta ou indiretamente, o lixo causa doenças, e cabe a toda
população manter a higiene, especialmente com o lixo, para que não
sejamos prejudicados por uma “sujeira” que nós mesmos causamos.
1.3 – Formas de Armazenamento ou Tratamento do Lixo: Lixo
Municipal
Fonte: Lixão na BR-Km-02, localizado no município de Làbrea.
17
O lixão a céu aberto é um grande problema para o município de Lábrea.
Como vermos na foto acima, o lixo municipal é jogado em uma área
específica na BR, Km-2 não muito longe do hospital e de uma escola de
ensino fundamental.
O lixão é um problema sério, segundo funcionários da escola, foi preciso
telar toda escola devido à grande quantidade de moscas e determinados
tipos de mosquitos e quando os garis estão mexendo no lixo o mau cheiro é
terrível, trazendo uma grande preocupação para a direção da escola.
O lixo da cidade é recolhido em dois em dois dias nas casas durante
toda semana, mais mesmo assim ainda se acumula lixo nas ruas e nas
calçadas da cidade. Quando vêm as chuvas, a correnteza leva todo lixo,
entupindo esgotos e bueiros, daí causando grande poluição na cidade.
1.4 - Definição do Lixo Municipal
LIXÃO: é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem
nenhuma preparação anterior do solo; isto é: não tem nenhum
sistema de tratamento de chorume (líquido preto que escorre do
lixo), contaminando o solo e o lençol freático. Como o lixo fica
exposto no ambiente há o aparecimento de moscas, pássaros,
ratos (transmissores de doenças), além da presença das pessoas
em busca de comida e materiais recicláveis para vender.O lixão,
além de ser um foco de doenças, odores, também é um problema
social. (MENEZES, 2005 p: 34)
Como vimos na citação o lixão causa muitos problemas ao meio
ambiente. No município de Lábrea existem problemas idênticos?
Por ser um município pouco desenvolvido e de pouca renda, pessoas
saem de suas casas para catar material recicláveis, como: garrafas
plásticas, papelão, latinhas e outros. Além desses materiais as mesmas
buscam comidas e verduras que ao longo dos tempos se reproduzem ali, é
18
muito freqüentes a presença de ratos, pássaros, moscas e insetos
causadores de doenças.
Fonte: internet
Figuras: Lixo.com.br.
A figura acima representa as formas de poluição do lixo.
Além dos problemas citados no texto acima o lixão traz também ao meio
ambiente a poluição do ar.
Quando o lixo é recolhido pelos garis do município é levado direto para
o lixão onde são queimado e depois jogado para debaixo da terra onde
causa poluição de todas as formas. No final da tarde é horrível percorrer a
BR, Km-2 o céu está totalmente coberto por fumaça e o mau cheiro é
insuportável.
1.5 - Aterro Controlado
Para Baird aterro controlado:
É uma fase intermediária entre o lixão e o aterro sanitário.
Normalmente é uma célula que foi remediada, ou seja, que
recebeu cobertura de argila, e grama e captação de chorume e
19
gás. Ele é preparado para receber resíduos, sem contaminar o
solo, e não fica exposto, pois é coberto com terra ou saibro
diariamente. O chorume não é tratado, apenas é removido para
superfície. (2001, p: 42)
O município de Lábrea ainda não tem esse tipo tratamento com o lixo
mais usa alguns métodos para controlá-lo como já foi citado acima (o aterro
e a queimada) de alguma forma tentando controlar o lixo urbano do
município.
Apesar de não evitar a contaminação do solo, do ar e da água, o aterro
controlado não é a melhor forma de disposição de resíduos, pois não são
utilizados todos os recursos de saneamento e engenharia que evitariam a
contaminação ambiental.
Porém, representa uma alternativa melhor do que os lixões, e se
diferenciam destes por possuírem a cobertura diária dos resíduos com solo e
o controle de entrada e saída de pessoas.
Fonte : internet
Figuras: Lixo.com.br.
A figura acima mostra as formas de tratamento do lixo através do aterro
controlado.
20
1.6 - Aterro Sanitário
Para Baird (2001):
ATERRO SANITÁRIO: é o modo mais correto de se depositar o
resíduo, já que suas células são impermeabilizadas com mantas
de PVC e o chorume é drenado e depositado num poço, para
tratamento futuro. O gás da decomposição do lixo: biogás/ metano
é drenado e pode ser queimado em flaires, ou aproveitado para
eletricidade. Por ser coberto por terra diariamente não há
proliferação de pragas urbanas. (2001, p: 50).
Fonte: Internet
Figuras: Lixo.com.br.
A figura representa o tratamento do lixo em um aterro sanitário.
No município de Lábrea, nunca existiu aterro sanitário, como já foi
mencionado o lixo é jogado na BR, Km-2. Chegando lá os lixos são
queimados, após a queimada os garis abre um grande buraco na terra com
trator e joga o restante do lixo que o fogo não foi capaz destruir, para
debaixo da terra e mesmo assim ainda fica muita sujeira sobre a terra.
21
Ressalta Baird que:
No Reino Unido, entre 85 e 90% do lixo doméstico e comercial é
depositado em aterros, cerca de 6% é incinerado e a mesma
fração é reciclada ou reutilizada; dados similares aplicam-se a
muitas municipalidades da América do Norte. Os aterros
predominam porque seus custos diretos são substancialmente
menores que a disposição por outros meios (2001, p.45).
Concordo com Baird, em sua citação, concerteza os aterros saem mais
em conta para o país, ou seja, é uma forma do mesmo gastar menos. Para a
prefeitura do município em questão, não existe aterros, somente um local
adequado para se despejar o lixo chamado de lixão.
O lixão é a forma mais rápida e fácil de se livrar do lixo urbano. De
alguma maneira o mesmo serve de esconderijo para sujeira produzida na
cidade.
Como vamos vê em outra citação os aterros não é de agora. Baird
destaca que:
No passado, os aterros eram buracos no solo que tinham sido
criados durante as atividades de extração mineral – especialmente
fossas antigas de areia ou pedregulho. [...] Esses aterros não
foram projetados, controlados ou supervisionados e acumularam
muitos tipos de resíduos, incluindo alguns perigosos. Os aterros
municipais modernos são muito melhor projetados e gerenciados,
freqüentemente não aceitam resíduos perigosos e seus locais são
selecionados para minimizar o impacto ambiental (2001, p.28).
Contudo os aterros foi uma forma mais eficaz para combater o lixo
produzido nas cidades, e diminuir os impactos ambientais.
1.7 – Incineração
A incineração é outra forma de se tratar os resíduos, sendo a oxidação
de materiais por combustão, controlando produtos simples mineralizados,
como água e dióxido de carbono.
22
A incineração do lixo sólido municipal tem uma grande vantagem,
reduzir as substancias do volume de material que pode ser aterrado com
segurança. “No caso de substâncias tóxicas ou perigosas, um objetivo ainda
mais importante é a eliminação do perigo tóxico associado ao material”
(BAIRD, 2001 p.40).
No processo de incineração o principal problema ambiental é a poluição
do ar, tanto por partículas como por gases. “Os controles das emissões dos
incinerados de lixo sólido municipal podem controlar grande parte, mas não
todas as substâncias tóxicas lançadas no ar pelo processo de combustão”
(BAIRD, 2001; p.38).
Portanto, faz-se necessário a observação constante de filtros dos
incineradores e que se lavem diariamente os lavadores de gás para
minimizar o pó produzido através da combustão.
1.8 - Compostagem
É a maneira natural de decomposição biológica de materiais orgânicos
de origem vegetal ou animal realizado pela ação de microrganismos.
A compostagem é um processo biológico de decomposição de matérias
orgânica biodegradável contida nos resíduos, onde se transforma em
produto estável, semelhante ao húmus ou paú (matéria orgânica
homogênea). Depois de passar pela a transformação de decomposição
restos de animais ou vegetais, domiciliares, separados ou combinados pode
se uma forma de adubar o solo.
Os compostos orgânicos têm a capacidade de beneficiar o solo com
seus nutrientes, melhorando suas características físicas recuperando a
fertilização do solo.
Sanches enfatiza que:
[...] devido à ação agregadora em solos com baixo teor de argila;
aumento no teor de nutrientes do solo, que contribui para a
23
estabilidade do PH e melhora o aproveitamento de fertilizantes
minerais;
ativação
substancial
da
vida
microbiana
e
estabelecimento de colônias de minhocas, besouros e outros
animais que revolvem e adubam o solo; favorece a presença de
micronutrientes e de certas substâncias antibióticas; além de
auxiliar o desenvolvimento do sistema radicular e a recuperação
de áreas degradadas.(2006, p: 12).
Contudo a maneira mais favorável atualmente para diminuir o grande
volume de lixos em área impróprios são os métodos citados nos textos
acima.
24
CAPÍTULO II
DENTRO E FORA DA ESCOLA
2.1-Educação Ambiental: Uma questão de cidadania
De acordo com a Legislação, todas as pessoas têm direitos e deveres e,
um desses deveres, é zelar pelo meio ambiente. “Cultural relacionado aos
problemas ambientais como os modelos de desenvolvimento adotado pelo
homem”. A Constituição Federal Brasileira revela a importância do meio
ambiente em seu artigo 225:
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de
vida, impondo-se ao poder público e à coletividade e dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
(CONSTITUIÇÃO
DA
REPÚBLICA
FEDERATIVA
DO
BRASIL,1988).
A Declaração de Tibilisi enfatiza que a Educação Ambiental deve
“preparar o indivíduo diante a compreensão dos principais problemas do
mundo contemporâneo, possibilitando-lhe conhecimentos técnicos”.
Recomenda também “orientação e articulação de diversas disciplinas
educativas, que facilitem a visão integral do meio ambiente, através de uma
abordagem interdisciplinar, da participação ativa do indivíduo e da
coletividade” (IBAMA, 1992 p.76)
Ao falar de direitos e deveres, lembramos de cidadania, e, esta nos faz
lembrar da escola, sendo ela o lugar onde “todos” são preparados e
conscientizados sobre o exercício da cidadania. COPELLI (2000, p.42) diz
que “os problemas atuais, inclusive os problemas ecológicos são provocados
25
pela nossa maneira de viver. E a nossa maneira de viver é inculcada pela
escola”.
De acordo com COPELLI é possível observar a importância da escola
para o desenvolvimento da cidadania. Existem vários conceitos de
cidadania, ela é a consciência sobre os direitos e deveres do cidadão, a
constatação do exercício da cidadania é o desenvolvimento do pensamento
crítico, do espírito comunitário e da solidariedade.
Portanto, todos somos cidadãos, porém, nem todos exercem a
cidadania.
A Educação Ambiental está relacionada à questão de cidadania, pois
quando bem trabalhada leva às mudanças de comportamento pessoal e a
atitudes e valores de cidadania, que podem ter importantes conseqüências
sociais, para isso devemos considerar a estrutura da escola, a ação dos
outros integrantes do espaço escolar e a contribuição na construção das
condições necessárias à desejada informação atuante e participativa do
cidadão.
“Educação Ambiental contribui com a conscientização de que os
problemas ambientais dizem respeito a todos os cidadãos e só podem ser
solucionados mediante uma postura participativa” (BRASIL, 2002, p.40).
A sociedade, bem como as instituições integradas a ela, é responsável
pelo desenvolvimento da cidadania, mas os padrões de comportamento da
família e as informações veiculadas pela mídia exercem especial influência
sobre as crianças, podendo formar, nas crianças, boas ou maus atitudes
relacionadas ao meio ambiente.
No entanto, a Educação Ambiental tem um importante papel na
mudança de atitudes das pessoas, pois a mesma leva à mudança de
mentalidade e faz com que os indivíduos se comportem de maneira
responsável, com sensibilidade para conservar o meio ambiente saudável no
presente e no futuro, saibam exigir e respeitar os seus próprios direitos e de
toda comunidade, modificando-se interiormente e interagindo de maneira
ecológica com o ambiente.
Portanto, a educação ambiental deve atuar na preparação da cidadania,
tornando as pessoas capazes para ajudar na construção de projetos político
26
social, educacional, ecológico e econômico que complete as reais
necessidades e atuem na busca de soluções permanentes, pautadas para o
bem-estar social e para a vida digna em harmonia com a natureza, em todo
e qualquer espaço onde as relações entre indivíduos e grupos sociais
aconteçam.
2.2- Educação Ambiental de forma Interdicisplinar na Escola
Atualmente a educação ambiental é trabalhada de forma interdisciplinar
dentro da escola, onde é estudada em todas as disciplinas.
Pelas informações que temos todos os dias sobre o meio ambiente, há
necessidades de saber mais sobre esse tema para que possamos socializar
sobre os cuidados que devemos ter com o meio onde estamos inseridos.
Isso não significa que os professores deverão “saber tudo” para que
desenvolvam um trabalho coletivo junto aos alunos, mas sim que deverão se
dispor a aprender sobre o assunto e, mais do que isso, transmitir aos seus
alunos a noção de que o processo de construção de produção conhecimento
é constante.
O trabalho de interdisciplinaridade em educação ambiental deve ser
desenvolvido a fim de ajudar os alunos a construírem uma consciência
global de todo acontecimentos relativos ao meio para que possam assumir
posições afinadas com os valores referentes à melhoria e proteção. Para
isso é importante que possam contribuir significativamente naquilo que
aprendem sobre o ambiental.
O significado do que o aluno aprende em sala é resultado da ligação do
que aprende em sua realidade cotidiana, da possibilidade de estabelecer
integração entre o que aprende e o que conhece, e também na possibilidade
de utilizar o conhecimento em certas situações de suas vidas. A educação
oferece instrumento para que o aluno possa compreender problemas que
afetam a sua vida e tudo que o que cerca.
O trabalho de conscientização dentro da escola é muito importante,
pois é através de conhecimento adquirido pelos alunos é que favorece a
27
comunidade, os pais e até o planeta, sendo a escola o principal formador de
consciências capazes de mudar toda uma nação. Com toda formação do
aluno a escola deve proporcionar ao mesmo a oportunidade de utilizar o
conhecimento sobre o meio ambiente para compreender sua realidade e
atuar sobre ela.
A sua participação em diferentes situações (desde atividades dentro a
e fora da sala de aula, até movimentos mais amplos referentes a problemas
na comunidade) é de fundamental importância para que possam
contextualizar o que foi aprendido na escola e se sintam estimulados a expor
o seu conhecimento.
O trabalho com a realidade local do aluno possui a qualidade de
oferecer um universo mais amplo de sua própria realidade daí incentivando o
aluno a lutar pela preservação e proteção do meio ambiente.
No entanto as questões ambientais oferecem uma perspectiva
particular por tratar de assuntos que dizem respeito direto ou indiretamente
ao interesse do planeta como um todo. Isso determina a necessidade de se
trabalhar com o tema meio ambiente de forma diversificada.
Portanto, para que alunos possam compreender a complexidade e a
amplitude das questões ambientais, é fundamental oferecer-lhes, além da
maior diversidade possível de experiências, uma visão abrangente que
englobe diversas realidades, e ao mesmo tempo uma contextualização da
realidade ambiental, o que inclui, além do ambiente físico, as suas condições
sociais e culturais.
O trabalho em educação ambiental interdisciplinar na sala de aula
demonstra que escola é uma porta de acesso para que os alunos fiquem
atentos aos danos que nós seres humanos estamos trazendo ao meio
ambiente e a mesma tem a função de se encarregar de nos alertar e nos
conscientizar que podemos mudar toda essa realidade que estamos vivendo
no decorrer dos anos.
28
2.3-
Eduacação
como
elemento
indispensável
para
Transformação da Consciência Ambiental.
Fala-se de tantos problemas que prejudicam a natureza, dificuldades
que a população global enfrenta por poluir e contaminar o meio ambiente,
mas qual será a solução para tantos problemas e qual será a saída para
alcançarmos a tão desejada consciência ambiental?
É evidente que através da Educação, o mundo conseguirá alcançar esta
conscientização da população em relação à preservação ambiental. É claro
que ela sozinha não é suficiente para mudar ou transformar as direções do
Planeta, mas é necessário em toda ação humana.
Alcançar a consciência ambiental é o objetivo maior de todos os
ambientalistas do mundo, pois somente com ela e a partir dela, é que as
pessoas respeitarão e valorizarão ao meio ambiente, bem como, todos os
seus seres vivos.
Tal mudança de mentalidade foi enfatizada nas reuniões e conferências
internacionais, sobre o meio ambiente e, hoje, essa proposta é realçada por
órgãos e instituições que protegem direto ou indiretamente, o meio
ambiente.
De acordo com os PCNs, (1998) “a importância da educação, é
necessário que tenhamos conhecimentos dos assuntos tratados e contidos
em documentos e em conferências”.
Na
Conferência
Internacional
Rio/92,
cidadãos
representados
instituições de mais de 170 países, assinaram tratados nos quais se
reconhece o papel central da educação para a construção de um mundo
socialmente justo e ecologicamente equilibrado, o que se requer
responsabilidade individual e coletiva em níveis
local, nacional e
internacional.
O Brasil possui uma das maiores biodiversidades do mundo e é
lamentável e preocupante a forma como vem sendo tratado os recursos
naturais renováveis.
29
Por estas razões e outras fica evidente a importância de se educar os
futuros cidadãos brasileiros para que estes ajam com responsabilidades,
conservando o ambiente e compreendendo que respeitá-lo é um dever de
todos e assim, estará exercendo a sua cidadania.
Portanto, faz-se necessário que a escola proporcione um ambiente
saudável e coerente com aprendizagem dos educando, afim de que, possa
de fato contribuir para a formação de cidadãos críticos conscientes de suas
responsabilidades com o meio ambiente, capazes desenvolverem atitudes
para a preservação da natureza.
2.4 - Lixo: Exemplo que começa na Escola
A escola de hoje, não deve se preocupar apenas em transmitir
conteúdos, e nem fazer com que os alunos aprendam somente a ler,
escrever e contar, mas deve desenvolver nos mesmos, o espírito crítico,
valores responsabilidades e atitudes que favoreçam o bem-estar físico,
mental e social.
A Instituição Escolar, além demonstrar exemplos de hábitos de higiene
para o corpo em geral, deve dar exemplo de limpeza e cuidados com
ambiente em que está inserido, visto que, a escola “é o espelho da
sociedade”, pois a criança aprende também através do que houve, do que
sente e do que vê.
E o que fazer com o lixo escolar é um exemplo que a escola deve
transmitir aos alunos, porque a partir do momento em que a mesma trabalhe
temas ou assuntos relacionados ao ambiente e desperte o interesse
ambiental em seus alunos, certamente a reprodução de tais exemplos e
atitudes que se repetirá no ambiente domestico (em que a criança convive),
será facilmente assimilado e satisfatoriamente desenvolvido.
Quando falamos de lixo, lembramos imediatamente do meio ambiente.
De acordo com o Minidicionário de Língua Portuguesa (2001) lixo “é o que
se varre para tornar limpo um ambiente, coisa imprestável se joga fora,
cisco, sujeira, imundície e excremento”.
30
Então, todo e qualquer material que esteja “agredindo”, direta ou
indiretamente, determinado ambiente e que seja prejudicial à vida de seres
vivos, são considerados lixo. Um exemplo que escolas devem adotar em
relação ao lixo é a coleta seletiva. A coleta seletiva citada como exemplo não
é no propósito de reciclar o lixo, mas para torná-lo menos prejudicial e
facilitar a coleta do mesmo.
Mas, o exemplo de consciência ambiental que a escola pode oferecer
aos alunos e o fazer pedagógico da mesma, não se restringe somente a isto,
visto que a principal função do trabalho relacionado com o Meio Ambiente é
contribuir para formação de cidadãos conscientes, aptos a decidir e atuar na
realidade sócio-ambiental de um modo comprometido com a vida, com o
bem-estar de cada um e da sociedade local e global.
Esse trabalho deve ser desenvolvido a fim de ajudar os alunos a
construírem numa consciência global das questões relativas ao meio
ambiente para que possam assumir posições afinadas com os valores,
referentes à sua proteção e melhoria.
O convívio escolar é decisivo na aprendizagem de valores sociais e o
ambiente escolar é o espaço de atuação mais mediato para os alunos.
Assim, é preciso salientar a importância de cada um nesse trabalho,
cabendo a escola garantir meios para que os alunos possam por em prática
suas capacidades e parcelas de contribuição.
A escola é fundamental, indispensável e necessária para o aprendizado
de valores, visto que, a mesma é uma instituição social com poder e
possibilidade de intervenção na realidade. Assim, deve estar conectada à
questão mais ampla da sociedade, incorporando-as à sua prática.
A participação da escola em movimentos amplos de defesa ao meio
ambiente, quando estiverem relacionados aos objetivos escolhidos pela
própria para o trabalho com o tema Meio Ambiente, deve ser incentivada.
É recomendável também que a escola possibilite a saída de seus
alunos para passeios e visitas a locais de interesses dos trabalhos, no intuito
de que os alunos possam observar a situação de cada lugar.
Outro exemplo é organizar pequenos eventos na escola, onde os
alunos demonstram, através da música, do teatro, por exemplo, para platéia
31
intra e extra-escolar, o respeito e os cuidados com o meio ambiente, além de
informa-lhes maneiras corretas que deverão ser adotados em relação ao lixo
escolar e doméstico.
Pois um dos objetivos contidos nos Parâmetros Curriculares Nacionais
do Ensino Fundamental, é que os alunos sejam capazes de perceber-se
integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando
seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para
melhoria do meio ambiente.
É muito importante a escola proporcionar informações e exemplos
ambientais, desenvolvendo no alunado, uma postura crítica diante dos
problemas do ambiente ecológico, pois isso lhes permite reavaliar essas
mesmas informações, percebendo os vários e terminantes problemas da
leitura do mundo, os valores a elas associados e aqueles trazidos de casa.
Isso os ajuda a agir com visão mais ampla e, portanto, mais segura diante
da realidade que vive.
É dever da escola proporcionar sugestões de acordo com a lei, torna-se
“obrigatório” para mesma desenvolver em suas salas de aula temas
relacionados ao meio ambiente, visto que, a Conferência Intergovernamental
de Educação Ambiental de Tibilisi definiu, em 1997, como princípios da
Educação Ambiental a ser desenvolvidos nas escolas os seguintes itens:
•
Considerar o meio ambiente em sua totalidade: em
seus aspectos naturais e construídos, tecnológicos
e sociais (econômico, político, histórico, cultural,
técnico, moral e estético);
•
Constituir o processo permanente, desde o inicio
da educação infantil continua durante todas as
faces do ensino formal;
•
Aplicar um enfoque interdisciplinar, aproveitamento
o conteúdo específico de cada área, de modo que
se consiga uma perspectiva global da questão
ambiental;
32
•
Examinar as principais questões ambientais do
ponto
de
vista
local,
regional,
nacional
e
internacional;
•
Concentrar-se nas questões ambientais atuais
naqueles podem surgir, levando em conta uma
perspectiva histórica;
•
Insistir no valor e na necessidade da cooperação
local, nacional e internacional para prevenir os
problemas ambientais;
•
Considerar de maneira explicita os problemas
ambientais aos planos de desenvolvimento e
crescimento;
•
Promover
a
participação
organização
de
suas
dos
alunos
experiências
na
de
aprendizagem, dando-lhes as oportunidades de
tomar decisões e aceitar suas conseqüências;
•
Estabelecer, para os alunos de todas as idades,
uma relação entre a sensibilização ao meio
ambiente, a aquisição de conhecimento, a atitude
para resolver os problemas e a clarificação de
valores, procurando, principalmente, sensibilizar os
mais
jovens
para
os
problemas
ambientais
existentes na sua própria comunidade;
•
Ajudar os alunos a descobrirem os sintomas e as
causas reais dos problemas ambientais;
•
Exaltar a complexidade dos problemas ambientais
e,
em
conseqüências,
desenvolver
o
sentido
a
crítico
necessidade
e
as
de
atitudes
necessárias para resolvê-los;
•
Utilizar diversos ambientes com a finalidade
educativa e uma ampla gama de métodos para
transmitir e adquirir conhecimentos sobre meio
ambiente, ressaltando principalmente às atividades
33
práticas e as experiências pessoais. (IBAMA, 1992.
p.59).
É claro que esses itens, desta forma, resumem as resoluções da
referida conferência, visto que na íntegra são muito intensos, porém o dever
da escola, em relação ao tema, está bem claro.
Contudo, devido multidisciplinaridade e a interdisciplinaridade que o
tema exige e necessita disto, faz-se necessário a união de esforços de todos
os componentes escolares (diretor, professor, secretário, zelador etc.) e de
elementos externos à escola (médico, agentes de saúde etc.).
Portanto, para que os alunos possam compreender a complexidade e a
amplitude das questões ambientais, é fundamental oferecer-lhes, além da
maior diversidade possível de experiências, uma visão abrangente que
englobe diversas realidades e, ao mesmo tempo, uma contextualização da
realidade ambiental, o que inclui, além do ambiente físico, as suas condições
sociais e culturais.
2.5 - Coleta seletiva do lixo
Como em todos os momentos a mídia está alertando os problemas
ambientais do planeta. As escolas estão implantando projetos que possam
estudar com mais precisão a questão do lixo jogado nos locais impróprios
como ruas, calçadas e outros lugares. Todo ano as escolas do município
saem nas ruas fazendo passeatas sobre o meio ambiente. Incentivando
seus alunos a buscarem um ambiente mais saudável e sem poluição.
A escola em questão Presidente Vargas busca em sala de aula mostrar
aos seus alunos onde deve se jogado o seu lixo doméstico e o próprio da
sala de aula, as formas de evitar o acumulo de lixo, de como separar o lixo
para não causar mais problemas para o meio, ou seja, de alguma forma a
escola reage para conscientizar seus alunos.
34
Portanto é de grande importância destacar que as escolas do município
tentem mostrar para os alunos quais procedimentos devem tomar para não
causar tantos danos à natureza.
2.6 - Reciclagem dentro da Escola
Denomina-se reciclagem a separação de materiais do lixo domiciliar,
tais como papéis, plásticos, vidros e metais, com a finalidade de trazê-los de
volta à indústria, para serem beneficiados. “Esses materiais são novamente
transformados em produtos comercializáveis no mercado de consumo”.
(SOUZA, 2005, p.25).
Para se proceder à reciclagem de resíduos, a coleta seletiva deve ser
extremamente cuidadosa, pois, sem esta etapa, todo o material reciclável
fica sujo e contaminado, tornando seu beneficiamento mais complicado e
mais caro. Além disso, a separação tem que ser feita nos depósitos, através
de processos manuais ou eletromecânicos, o que exige a presença de
catadores.
Nas últimas décadas, tem aumentado a pressão nos países
desenvolvidos para reduzir a quantidade de material descartado como lixo
após um único uso. O objetivo é a conservação das fontes naturais,
incluindo a energia, utilizada para produção dos materiais, e a redução do
volume de material que deve ser disposto em aterros ou por meio de
incineração.
A filosofia de gerenciamento de resíduos empregando os “quatro
R” visam a reduzir a quantidade de materiais usados, reutilizar os
materiais uma vez formulados, reciclar materiais mediante
processos de refabricação e recuperar o conteúdo energético dos
materiais caso não possam ser reutilizados ou reciclados. Estes
princípios podem ser, e são aplicados a todos os tipos de
resíduos, inclusive os perigosos (BAIRD, 2001, p.58).
A reciclagem propicia vantagens, como a preservação de recursos
naturais, economia de energia, economia de transporte, geração de
35
empregos e renda e, principalmente, a conscientização da população para
as questões ambientais.
As escolas do município ainda estão em uma dura batalha de
conscientização. Visto que os alunos são a fonte de informação de seus
próprios pais. As escolas já estão implantando projetos de conscientização,
de como lidar com o lixo e as formas de manter o ambiente sempre limpo, e
é através de seus filhos que os pais obtêm conhecimento necessário de
como lidar com o lixo produzido em suas casas.
Os alunos já estão conscientes de como conviver com essa realidade
de seu dia-a-dia e quando saem da escola trazem consigo informações bem
diversificadas.
Os alunos já estão aprendendo a reciclagem o lixo de sua casa, as
garrafas plásticas, sacolas, papelão e latinhas estão sendo fonte de renda
para muitos alunos. Existem algumas escolas que está trazendo garrafas e
caixa, copos e outros materiais descartáveis para produzir brinquedos
pedagógicos.
Portanto com anúncio da mídia as escolas do município já estão alerta
e melhorando muito as formas de limpezas em locais públicos e privados.
36
CAPÍTULO III
MEIO AMBIENTE DE FORMA GERAL
3.1 - O Homem e sua ação na Natureza
Durante muito tempo, o homem pensou que para sobreviver, progredir,
ter conforto, viver bem, tinha que dominar a natureza. Para ele, o
desenvolvimento estava intimamente relacionado à possibilidade de agir
sobre a natureza. Em outras palavras, o homem acreditava ser superior aos
elementos naturais que integram seu meio ambiente.
“Em nome da sobrevivência e prosperidade, certos povos vêm
consumindo os recursos da Terra num ritmo tão acelerado que, se
continuarem, nada sobrará para as gerações futuras” (VIEIRA, 2001, p.32)
E assim, o homem não percebia que estava fazendo uso inadequado e
até mesmo predatório da natureza. Ele a “consumia”, como se a natureza
fosse uma fonte inesgotável.
A busca de desenvolvimento agrícola, industrial, comercial, levou o meio
ambiente a ser explorado de modo intenso e pouco racional. O homem não
percebia que, em médio prazo, estava comprometendo a possibilidade de
vida sobre o Planeta Terra.
Preservar o meio ambiente não é tarefa que caiba apenas a
empresários, políticos e militares ecológicos. Todos têm seu papel a cumprir,
das nossas atitudes, individuais ou coletivas, dependerá a possibilidade de
manutenção da vida no Planeta. Hammes num comentário de Deperon nos
diz que:
[...] Percebe-se, na vida cotidiana, uma carência de um fazer
efetivo, de uma luta individual e grupal cidadã que exerça o
direito a qualidade de vida, que faça sua parte no compromisso
com a natureza, sentindo-se um ser ligado a ela, e que exija dos
37
órgãos
públicos
atitudes
políticas
que
assumas
sua
responsabilidade social na gestão ambiental. Nesse sentido,
principalmente a escola formal e a família podem, por meios da
educação, exercer papéis essenciais na luta ética e cidadã pela
melhoria de vida em nosso planeta. (2004, p.43).
3.2 - Meio Ambiente: Visão Global
A educação Ambiental é considerada hoje motivo de urgência para o
futuro da humanidade. Nos últimos séculos mostrou-se uma enorme de
devastação,
principalmente
nos
países
industrializados,
que
quase
totalmente destruírem seus ecossistemas, e na colonização de outros,
continuaram a destruição.
Nos dias atuais, onde grandes áreas verdes, como a Amazônia (por
mais discordâncias que ocorram quanto assunto) estas estão sendo visada
pelos países industrializados, como uma grande fonte de renda, “Amazônia
globalizada”.
Querem extrair tudo dela, acabando com nossa fauna e flora, se
aproveitando da humanidade de nossos ribeirinhos que acolhem muito bem
os chamados “turistas”. “O homem do campo quando se vê perdido apela
para mãe natureza” Frase de um ribeirinho (CEAS. 2003 p.9).
Freitas reafirma:
Admite-se, portanto que a questão ecológica inclui interesses
contraditórias, de gentes, instituições estruturas, mecanismos
privados e coletivos expressões geopolíticas ideológicas e
econômicas, incontáveis problemas e formulações. (2000, p.8)
A temática educação ambiental, não se refere apenas a Amazônia, mas
sim toda e qualquer área verde do planeta, rios, lagos, animais, etc.
O conceito de Desenvolvimento Sustentável define-se como o tipo
de desenvolvimento que atente as necessidades do presente sem
comprometer gerações futuras. Também como um processo de
38
mudança no qual a exploração dos recursos, orientação dos
investimentos, rumos de desenvolvimento tecnológico e a
mudança institucional estão de acordo com as necessidades
atuais e futuras. (BRASIL, 2002, p.32)
De uma maneira geral, os principais encontros internacionais sobre o
meio ambiente, os teóricos mais conhecidos indica como estratégias de
preservação a Educação Ambiental, não sendo o único, mas de grande
importância no processo de construção da conscientização da população
para a questão preservacionista.
Grandes acidentes ambientais nos últimos tempos nos levaram a
pensar na questão ambiental com mais consciência. O que estamos fazendo
para solucionamos problemas como o lixo hospitalar, o próprio lixo que
fazemos em nossas casas, plásticos, garrafas, poluição do ar, dos rios,
lagos e mares?
O efeito estufa, o derretimento das camadas polares, o aquecimento
global, inundações e muitos outros acontecimentos que estão acontecendo
quem seria o responsável por essas transformações?
Tudo leva a crer que o maior responsável por todas essas coisas é o
próprio homem, o qual, o mesmo não leva em conta que ele está inserido
nos processos de transformação da natureza.
Sabemos que ecologia em seu significado grego quer dizer “casa, no
entanto estamos destruindo nossa própria casa. O motivo maior seria
econômico,
não
utilizamos
os
recursos
naturais
como
meio
de
sobrevivência, mas sim para movimentarmos um mundo capitalista que vive
de concorrência.
Os países que produzem mais têm maior poder econômico, e são
vistos como influentes nas decisões mundiais, Miranda nos diz: [...] “porque
a economia capitalista afere ao resultado da combinação dos fatores da
produção, maior interesse monetário de apropriação econômico do que
interesse utilitário social” (2004, p.81).
Visto que as pessoas não estão se dando conta que o lixo também é
uma grande ameaça para meio ambiente que posto em locais impróprios
39
causa grande danos a natureza, erosões, deslizamentos etc., além de atrair
animais e insetos.
Portanto temos que nos conscientizar desde já que não devemos
preservar somente o meio ambiente mais sim jogar o nosso lixo nos locais
adequado e aprender a pressionar secretárias como a do meio ambiente que
tem que começar a trabalhar, por lixeira nas ruas, juntar o lixo nos dias
certos e evitar sujeiras, promover palestras de conscientização nas
comunidades, e outras.
Não deixando o trabalho somente para escolar, mais que se formem
parcerias em prol de um ambiente mais limpo e saudável para a população.
3.3 - Legislação e o Meio Ambiente
Diante de tantos problemas ambientais e pela crise que, ecologicamente
falando, passa o mundo, diversos setores e instituições são obrigados a
refletir sobre o meio ambiente e buscar soluções para os problemas atuais.
Devido à exploração descontrolada dos recursos naturais renováveis, a
Legislação possui leis que proíbem, limitam e punem certas ações humanas
contra o ambiente.
A Legislação, que constitui a Política Nacional do Meio Ambiente, se
refere à necessidade de formação de uma consciência política, voltada e
dirigida para a preservação ambiental, chamada de ideologia ambiental,
onde a Educação Ambiental é o veiculo adequado para o desenvolvimento e
ampliação, a produção e reprodução de ideologias na sociedade, e o
convívio da aprendizagem de valores sociais, sendo a escola, a meio
ambiente mais imediata para o aluno.
Grandes encontros internacionais promovidos pela Unesco como
Estocolmo/72, Belgrado/75, Tibilisi/77 e Eco/92 no Rio de Janeiro,
chamaram a atenção do mundo em adotar atitudes educativas de
preservação e conservação do meio ambiente e melhoria de qualidade de
vida das pessoas.
40
Em 1972, foi realizada em Estocolmo a “1º Conferência das Nações
Unidas para o Meio Ambiente Humano” no período de 05 a 16 de Junho, na
qual, estabeleceram o “Plano de Ação Mundial e a Declaração sobre o Meio
Ambiente Humano”. Esta conferência ficou conhecida como Conferência de
Estocolmo.
A Carta de Belgrado, documento conclusivo do Seminário Internacional
de Educação Ambiental (SIEA), realizado em 1975 em Belgrado, parte do
pressuposto de que o desenvolvimento da Educação Ambiental é um dos
elementos vitais para o ataque geral à crise do meio ambiente Mundial e,
assim, propiciar uma nova ética global. (IBAMA, 1993, p. 302).
Em 1977, na Conferência de Tibilisi (Geórgia, CE), promovida pela
UNESCO – PNUMA definiu-se os objetivos da Educação Ambiental,
indicando o ensino formal como um dos eixos fundamentais para atingi-los.
Este evento ficou conhecido como “Conferência Intergovernamental sobre
Educação Ambiental”.
Em
1992,
realizou-se
no
Rio
de
Janeiro
a
“ECO/92”,
onde
estabeleceram uma série de diretrizes para um mundo ambientalmente
saudável, incluindo metas e ações concretas, tornando-se um documento
especial para a evolução da Educação Ambiental.
Entre outros documentos, aprovou-se a “Agenda 21”, documento
assinado por 178 países, inclusive o Brasil. Este documento reúne propostas
de ação para os países, os povos em geral e estratégias para que tais ações
possam ser cumpridas. O capitulo 36, da Agenda 21, foi inteiramente
dedicada à promoção do ensino, da conscientização e do treinamento.
Além da Agenda 21, existem (2) dois documentos importantes originais
do ECO/92: “A Carta Brasileira para a Educação Ambiental, produzido no
WORKSHOP, coordenado pelo MEC, que destacou entre outros, que deve
haver um compromisso real do Poder Público Federal, Estadual e Municipal,
para se cumprir a legislação Brasileira.
Visando à introdução da educação Ambiental em todos os níveis de
ensino, estimulou também, a participação da comunidade direta ou
indiretamente envolvida e das Instituições de Ensino Superior.
41
O Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e
Responsabilidade Global, que subsidiou um plano de ação para educadores
ambientais, bem como, uma lista de públicos a serem envolvidos desde
ONGS, comunicadores, cientistas e até governos e empresas, como
também idéias para captar recursos que viabilizem a prática de Educação
Ambiental, que através desses encontros e documentos, os caminhos foram
ampliados.
Em complementação à Agenda 21, os países da América Latina e do
Caribe apresentaram a “Nossa Agenda” com prioridades para cada um. Os
governantes locais, apresentam à “Agenda Local”. Todos esses documentos
contam com importantes referencias para governantes e educadores nesse
século.
No Brasil, a partir de tais eventos e documentos, a Educação Ambiental
ganhou grande espaço e avanços tais como: O IBAMA criou em 13 de julho
de 1992, o
Núcleo
de
Educação Ambiental em
todas as
suas
superintendências estaduais.
O MEC com os CEAS (Centro de Educação Ambiental) criado também
no 2º semestre de 92, os quais promoviam encontros em várias partes do
país e eram definidos como pólos irradiadores, que ajudariam desencadear
iniciativas e Educação Ambiental nos sistemas formal e não-formal de
ensino.
Em 1993, foi criado também o Grupo de Trabalho para Educação
Ambiental que, entre seus objetivos principais, estavam à conscientização
das recomendações aprovadas na Agenda 21 que consistiam em coordenar,
apoiar, acompanhar, avaliar e orientar as ações, metas e estratégias para
implementação da educação Ambiental nos sistemas de ensino em todos os
níveis e modalidades.
Neste período, surgiram inúmeros Projetos e Programas de educação
Ambiental desenvolvidos pelo MEC e Ministério do Meio Ambiente. As ações
do MEC se multiplicaram igualmente a partir de 1996, entre elas, posso citar
também cursos de capacitação para formar agentes multiplicadores que
testaram inclusive uma nova metodologia, as TELECONFERÊNCIAS de
Educação Ambiental.
42
A partir destas ações, surgiram novas parcerias para produzir e distribuir
materiais didáticos e divulgação dos novos Parâmetros Curriculares
Nacionais em 1997, (PCN) que pela primeira vez deram indicação de como
incorporar a dimensão ambiental na forma do TEMA TRANSVERSAIS no
Currículo de Ensino Fundamental, ao mesmo tempo em que iniciou a
preparação para inserção de Educação Ambiental nos outros níveis, dentro
das perspectivas da nova LDB (Leis 9.394/96), que mudou a concepção
curricular do ensino formal.
Surgiram as Teleconferências Regionais de Educação Ambiental, que
foram idealizadas pela Coordenação de Educação Ambiental do MEC
através da TV Executiva, que estabeleceu prioridades para a temática
ambiental em 1997, e foram viabilizadas dentro do acordo Brasil/UNESCO.
A 1ª Teleconferência teve caráter nacional e ocorreu em 26 de junho de
1997, com 08 horas de duração. Entre agosto e dezembro do mesmo ano,
ocorreram 05 teleconferências regionais, com aprofundamento de debates,
além de apresentação e troca de experiências sobre metodologia e projetos
regionais.
Aconteceram ainda, os cursos de capacitação de multiplicadores em EA
(Educação Ambiental), que foram focalizados para preparação de técnicos e
Secretarias de Educação, Delegacias do MEC, Instituições de Ensino
Federal e Universidade, para atuarem no processo de Inserção de EA no
currículo escolar e também, para serem agentes multiplicadores. E para,
conhecimento de todos os interessados, os cursos acontecem desde 1996,
em todo país.
Canalizando o tema de outra forma e dando limites às ganâncias ou ao
total desconhecimento das regras que possibilitam a continuidade da vida,
temos o Florestal, o Código da Pesca o Código da Caça, o Código Civil, o
Penal e a Constituição, nossa Carta Magna.
A Lei nº 4.771 de 5 de novembro de 1965, em seu artigo 3º
“Consideram-se
ainda,
de
preservação
permanente,
quando
assim
declarados por ato Poder Político, as florestas e demais formas de
vegetação natural destinadas: a etenuar a erosão das terras; a fixar colunas;
a formar faixas de proteção ao longo de ferrovias e rodovias; a auxiliar a
43
defesa do território nacional, a critério das autoridades militares; a proteger
sítios de excepcional beleza ou de valor cientifico ou histórico; a assinalar
exemplares da fauna e da floresta ameaçadas de extinção; a manter o
ambiente necessário à vida das populações indígenas; a assegurar
condições de bem-estar político”.
Os animais de quaisquer espécies, em qualquer face de seu
desenvolvimento que vive naturalmente fora do cativeiro, constituído à fauna
silvestre, bem como seus, ninhos, abrigos, criadores naturais são prioridades
de Estado, sendo proibida sua utilização, perseguição, destruição, caça ou
apanha. (LEI nº 5.197, 1967, Art. 1º).
Como vimos e sabemos, existem leis que tanto preservam e conservam
os recursos naturais renováveis como também leis que punem àqueles que
violam a Constituição. É evidente que muitas leis e diretrizes estão apenas
em documentos, não são cumpridas por nenhuma instituição nem por muitos
habitantes, desse planeta vida.
Portanto, é dever de todos cumprir a Legislação, pois a mesma foi
elaborada para proteger, valorizar e respeitar a vida, bem como, assegurar o
direito de todo cidadão.
3.4 - A Questão Ambiental x Civilização.
A questão Ambiental vem sendo considerada cada vez mais urgente e
importante para a sociedade e para todos os países do mundo, pois o futuro
da humanidade depende de nós.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino
Fundamental, “a questão ambiental é o conjunto de temáticas relativas não
só a Proteção da vida no planeta, mas também à melhoria do meio ambiente
e da qualidade de vida das comunidades – compõe a lista dos temas de
relevância internacional”.
De acordo com Tommasi, “O principal causador dos problemas
ambientais é o próprio homem”. Desde a pré-história, ele vem modificando a
natureza, porém as maiorias das modificações não foram e nem são tão
44
inofensivas ao ambiente, pois ao destruir a natureza o homem provoca
grandes problemas inclusive um desequilíbrio ecológico e, isso é prejudicial
não só para o meio ambiente, mas também para a própria humanidade.
No início, as modificações da natureza causadas pelo homem, não
eram em grandes proporções, pois visto que eram utilizados somente alguns
recursos naturais, necessários apenas para sua subsistência e, não
dispunha, na época, de instrumentos tão aperfeiçoados como os da
atualidade.
Com o aumento e o progresso da civilização em geral, foram destruídas
uma imensa extinção de florestas, aterrando pequenos lagos e igarapés,
ocasionando a morte e a extinção de diversos animais.
Grandes áreas de vegetação foram substituídas pela agricultura e por
pastagem para gado. As indústrias começaram e continuam poluindo rios,
lagos, mares e, os resíduos tóxicos das indústrias e da queima de
combustíveis, passaram a ser lançados no ar, poluindo a atmosfera,
afastando os animais das cidades, ocasionando também doenças, por
intoxicação e, em alguns casos, morte.
O homem, em prol do “progresso mundial”, ou seja, da riqueza pessoal,
derrubam as florestas, expulsam os animais de seu habitat natural deixam
os solos fracos para a agricultura, provocam inundações de pequenos rios,
além de diminuírem o oxigênio do ar.
É evidente que os principais fatores que provocam a extinção e a
destruição de muitos animais são o desmatamento, as queimadas, a caça e
a pesca predatória. Ao desmatar uma área, o homem poderá contrair
alguma doença, pois a floresta é a morada de muitos, inclusive de alguns
transmissores de doenças graves. Ressalta Tommasi:
Com o “processo da civilização”, o lixo em geral, aumentou em
grandes proporções, passando a poluir e a contaminar o solo, a
água e o mar de forma assustadora. No entanto o homem tem a
consciência, de que “o que fazemos a natureza fazemos a nós
mesmo”. (1976, p.73).
45
A poluição é causada pela emissão de substancias tóxicas no ambiente,
como os resíduos industriais, os agrotóxicos e a fuligem1, que sai como
fumaça das chaminés e de fábricas e dos escapamentos de carros. A
contaminação é causada pela presença, no ambiente, de micróbios
causadores de doenças.
Como vemos o homem e o principal responsável pela destruição do
meio ambiente, algumas doenças respiratórias, paulatinamente as pessoas
estão reconhecendo suas ignorâncias e percebendo a importância da
prevenção ambiental. E muito já esta sendo feito pela prevenção do meio
ambiente, destas iniciativas e atitudes, até a criação de leis que punem
àqueles põem em risco o ambiente natural e a vida dos seres vivos.
Atualmente existe unidade de preservação, lugares destinados a
segurar a preservação de espécies animais e vegetais e, tais unidades são
administradas pelo governo, e também pela ONGs espalhadas pelo mundo.
E um dos seus trabalhos é orientar as pessoas, transmitindo-os
conhecimentos que ajudam o homem a “explorar” os recursos do ambiente
sem devastá-lo.
Os problemas ambientais tornaram-se tão sérios e graves que atingem
não só proporções nacionais, mas também, em nível internacional. E o que
fazer com tantos problemas ambientais? Este é um desafio para
especialistas no assunto e para os países que, em conferências buscam
alternativas e possíveis soluções para os problemas ambientais.
Nessas conferências nacionais e internacionais, são abordados vários
assuntos pertinentes a questão ambiental, e, também os países são
“obrigados” a tornarem posições e decisões acerca dos problemas
provocados ao meio ambiente.
Entretanto a todos ou, pelo menos, parte da população, é que o homem
trata o mundo como se fosse dono dele, mas somos apenas parte integrante
do mesmo, e cabe a todos proteger e preservá-lo, pois se acredita que num
futuro bem próximo, o mais prejudicado por toda ação destruidora ao mundo
será o próprio homem, visto que, ele é o principal agente destruidor da
1
Sustância preta formada por depósito de fumaça, tisne.
46
natureza e o maior responsável por todos os graves problemas ambientais
que assolam o planeta.
Portanto, o progresso da civilização não deve construir na destruição de
florestas e de muitos seres vivos, mas acredita-se que o progresso da
humanidade ocorrerá através da educação, pois através dela, haverá a tão
sonhada conscientização para a preservação do meio ambiente.
3.5 - Meio Ambiente Sustentável
O meio ambiente vem sendo destruído ao longo dos séculos e, o
crescimento da civilização, bem como o desenvolvimento econômico,
explora os recursos naturais de forma descontrolada.
O confronto inevitável é entre o modelo de desenvolvimento econômico
vigente e a necessidade vital de conservação do meio ambiente, surge o
debate ou a “polêmica” sobre como promover o desenvolvimento das nações
de maneira a gerar o crescimento econômico, sem explorar os recursos
naturais de forma irracional, objetivando, desta forma, garantir melhores
condições de vida no planeta.
Para muitos, que exploram descontroladamente a natureza e que
adquiram riquezas com essa prática, o modelo de sustentabilidade é
impossível, acreditando eles, que nenhum elemento físico pode crescer
indefinidamente.
Mas, nos documentos assinados pela maioria dos países do mundo,
incluindo o Brasil, fala-se em garantir o acesso de todos os bens econômicos
e culturais necessários ao seu desenvolvimento pessoal e a uma boa
qualidade de vida relacionando-o com os conceitos de desenvolvimento e
sociedade sustentáveis.
O desenvolvimento sustentável foi definido pela Comissão Mundial
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como o desenvolvimento que
satisfaz as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.
47
Nas propostas apresentadas pelo Programa das Nações Unidas para o
Meio Ambiente (PNUMA), o mesmo tem significado de “melhorar a qualidade
da vida humana dentro dos limites da capacidade de suporte dos
ecossistemas”.
O que os ambientalistas querem realmente é que as pessoas usem os
recursos naturais renováveis de forma qualitativamente adequada e em
quantidades compatíveis com sua capacidade de renovação.
O PNUMA, prevendo a não aceitação de uma proposta de
sustentabilidade ou de um ambiente sustentável, estar consciente de que
“não pode haver garantia de sustentabilidade em longo prazo porque muitos
fatores são desconhecidos ou imprevisíveis”. Mas, tendo em vista tal
oposição, o Programa propõe que as ações humanas, para com o ambiente,
ocorram dentro das técnicas e princípios conhecidos de conservação,
estudando seus efeitos para que se aprenda rapidamente com os próprios
erros.
Essa proposta só se concretizará com o engajamento de instituições,
colaboradores, sociedade inclusive com a participação da escola, sendo ela
uma
das
instâncias
da
sociedade
que
pode
contribuir
para
o
desenvolvimento deste processo.
O PNUMA, com o apoio da ONU e de diversas organizações nãogovernamentais, propôs, em 1991, princípios, ações e estratégias para a
construção de uma sociedade sustentável. Segundo o Programa, a
sociedade sustentável é aquela que vive em harmonia com nove princípios
interligados:
•
“Respeitar e cuidar da comunidade dos seres
vivos (princípio fundamental). Trata-se de um
princípio ético que “reflete o dever de nos
preocuparmos com as outras pessoas e outras
formas de vida agora e no futuro”;
•
Melhorar a qualidade de vida humana (critério de
sustentabilidade). Esse é o verdadeiro objetivo
do desenvolvimento, ao qual o crescimento
48
econômico deve estar sujeito: permitir aos seres
humanos “perceber o seu potencial, obter
autoconfiança e uma vida plena de dignidade e
satisfação”;
Conservar a vitalidade e a diversidade do planeta
•
terra
(critério
de
sustentabilidade).
O
desenvolvimento deve ser tal que garanta a
proteção “da estrutura, das funções e da
diversidade dos sistemas naturais do Planeta,
dos quais temos absoluta dependência”;
Minimizar o esgotamento de recursos não-
•
renováveis (critério de sustentabilidade). São
recursos como os minérios, petróleo, gás, carvão
mineral. Não podem ser usados de maneira
“sustentável” porque não são renováveis. Mas
podem ser retirados de modo a reduzir perdas e
principalmente a minimizar o impacto ambiental.
Estes recursos usados de modo a “ter sua vida prolongada como, por
exemplo, através de reciclagem, pela utilização de menor quantidade na
obtenção de produtos, ou pela substituição por recursos renováveis, quando
possível:
•
Permanecer nos limites de capacidade de
suporte
do
Planeta
sustentabilidade).
Não
Terra
se
(critério
pode
ter
de
uma
definição exata, por enquanto, mas sem dúvida
há
limite
para
os
impactos
que
os
ecossistemas e a biosfera como um todo pode
suporta
sem
provocar
uma
destruição
arriscada. Isso varia de região para região.
Devem-se adotar políticos que desenvolvam
técnicas adequadas e tragam equilíbrio entre a
49
capacidade da natureza e as necessidades de
uso pessoal;
•
Modificar atitudes e práticas pessoais (é um
meio para se chegar à sustentabilidade). Para
adotar a ética de se viver sustentavelmente, as
pessoas devem reexaminar os seus valores e
alterar o seu comportamento;
•
Permitir que as comunidades cuidem de seu
próprio
ambiente ( meio de se chegar à
sustentabilidade).É nas comunidades que os
indivíduos
desenvolvem
a
maioria
das
atividades produtivas e criativas. E constituem
o meio mais acessível para a manifestação de
opiniões e tomada de decisões sobre iniciativas
e situações que as afetam;
•
Gerar uma estrutura nacional para a integração
de desenvolvimento e conservação (meio para
se chegar à sustentabilidade). A estrutura de
garantir “uma base de informação e de
reconhecimento, leis e instituições, políticas
econômicas e sociais coerentes”. A estrutura
deve ser flexível e regionalizável, considerando
cada região de modo integrado, centrado nas
pessoas e nos fatores sociais, econômicos,
técnicos
e
políticos
que
influem
na
sustentabilidade dos processos de geração e
distribuição de riqueza e bem-estar;
•
Construir uma aliança global (meio para se
chegar à sustentabilidade). Hoje, mais do que
antes, a sustentabilidade do planeta depende
da confluência das ações de todos os países,
50
de todos os povos. As grandes desigualdades
entre ricos e pobres são prejudiciais a todos. “a
ética do cuidado com a terra aplica-se em
todos os níveis, internacional, nacional e
individual. Todas as nações só tem a ganhar
com a sustentabilidade mundial e todos estão
ameaçados
caso
não
consigamos
essa
sustentabilidade”.
A forma como vimos, o ambiente sustentável é fundamental para que
agora e futuramente tenhamos uma vida saudável, pois a mesma depende
também de como tratamos o meio ambiente.
Sabe-se que o desenvolvimento sustentável, para muitos, é uma
utopia2, no entanto, para milhares de pessoas ela é uma solução racional e
digna para os seres humanos e para natureza, pois a efetivação de uma
sociedade sustentável onde as racionalidades sociais substituam a
racionalidade econômica é fundamental para todos os seres vivos, bem
como para o equilíbrio de todos os ecossistemas.
Para Coimbra: “A alternativa, portanto, parece clara. É preciso navegar
com segurança entre os extremos de um ‘naturalismo’ desumanizador e de
um ‘economismo’ destruidor (2005, p. 22). O respeito à vida deve ser a
referência norteadora básica”.
Agora é evidente que se torna complicado estabelecer um modelo de
desenvolvimento sustentável no Brasil, visto que, o país tem diferenças e
peculiaridades que cada região particularmente possui. O nosso país,
pressionado de todas as formas para buscar um desenvolvimento, entre na
crise, e, muitos na tentativa de ampliar riquezas pessoais, exploram os
recursos naturais, aleatoriamente.
Na década de 70, o Brasil cresceu e ampliou seus debates sobre a
Questão Ambiental, pois em 30 de outubro de 1973, criou-se sob o Decretolei 73.030, a Secretaria Especial do Meio Ambiente-SEMA, subordinada ao
Ministério do Interior, sendo responsável: para:
2
Projeto irrealizável, quimera.
51
“examinar as implicações do desenvolvimento nacional e do
processo tecnológico sobre o meio ambiente; assessorar órgãos e
entidades incumbidas da conservação do ambiente; elaborar
normas e padrões de preservação ambiental; e elevar pelo
cumprimento daqueles dispositivos, seja diretamente, seja em
coordenação com outras entidades”. (BRASIL, 2002, p. 21).
Na década de 80, a partir da Lei 6.938 que estabeleceram objetivos e
instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, conciliou-se o
desenvolvimento econômico e a preservação ambiental.
E em conseqüência deste documento, foi criado o Sistema Nacional do
Meio Ambiente (SISNAMA) que, juntamente com CONAMA, tem a
responsabilidade de assessorar, estudar e propor ao governo federal,
diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos
naturais, bem como, deliberar sobre normas e padrões compatíveis com a
preservação do meio ambiente.
Em linhas gerais, a sustentabilidade é, portanto, a proposta de um
modelo de vida saudável, compatível e em equilíbrio com o meio ambiente e,
só se tornara possível quando todos valorizar e respeitar a vida de todas as
espécies de seres vivos do planeta, inclusive a vida dos próprios seres
humanos.
3.6- Manejo e Conservação Ambiental
Compreender como a natureza funciona, bem como, a relação que cada
ser vivo estabeleceu com a mesma, é de extrema importância para os seres
humanos. Além disso, é fundamental que o homem conheça forma de lidar
adequadamente com os recursos naturais renováveis, no intuito de
preservar a qualidade e as quantidades dos elementos que formam o meio
ambiente. Neste sentido, a escola pode e deve esclarecer vários fatores
relacionados à natureza.
52
Os PCNs abordam diversos itens pertinentes a preservação da
natureza, dentro eles se destacam:
•
O manejo e a conservação da água: noções
sobre captação, tratamento e distribuição para
o consumo; os hábitos de utilização da água
em casa e na escola adequados as condições
locais;
•
A necessidade e formas de tratamento dos
detritos
humanos:
coleta,
destino
em
tratamento de esgoto; procedimentos possíveis
adequados as condições locais (sistema de
esgoto, fossa e outros);
•
A necessidade e as formas de coleta e destino
do
lixo:
reciclagem,
os
comportamentos
responsáveis de “produção” e “destino” do lixo
em casa, na escola e nos espaços de uso
comum;
•
As formas receptivas e imperceptíveis de
poluição do ar, da água, do solo e poluição
sonora;
provocam
principais
localidades
poluição
(indústrias,
locais
que
mineração,
postos de gasolina, curtumes, matadouros,
criações,
atividades
agropecuárias,
em
especial as de uso intensivo de adubos
químicos e agrotóxicos, etc.);
•
Noções de manejo e conservação do solo:
erosão e suas causas nas áreas rurais e
urbanas; necessidades e formas de uso de
insumos agrícolas; cuidados com a saúde;
•
Noções sobre procedimentos adequados com
plantas e animais; cuidados com a saúde;
53
•
As necessidades e as principais formas de
prevenção,
conservação,
recuperação
e
reabilitação ambientais, de acordo com a
localidade local;
•
Alguns processos simples de reciclagem e
reaproveitamento de materiais;
•
Os
cuidados
necessários
para
o
desenvolvimento das plantas e dos animais;
•
Os
procedimentos
corretos
com
dejetos
humanos nos banheiros e lugares onde não
haja instalações sanitárias;
•
As práticas que evitam desperdícios no uso
cotidiano de recursos como água, energia e
alimento;
•
A valorização de formas conservativas de
extração,
transformação e uso dos recursos
naturais. (1998, p: 57-58).
Tais hábitos, comportamentos conhecimentos acima citado, só serão
possível se houver uma mudança de atitudes das pessoas e, caso o homem
aprenda a manejar adequadamente os recursos naturais renováveis e nãorenováveis; certamente não haverá tanto desperdício e muitos desses
recursos permaneceram conservados.
Uma problemática lastimável é o lixo doméstico, pois muitos dos lares,
não possuem um local adequado para o lixo. É claro que isso depende
também de um trabalho de conscientização, mais se a população tivesse um
pouco de conhecimento sobre o que fazer com a coleta e o destino do lixo
domiciliar, evidentemente o ambiente em que estão inseridos seria bem mais
agradável e limpo.
Muitos dos elementos que constitui o lixo, manejado de forma correta,
serve até de adubo para plantação e desenvolvimento de vários vegetais.
54
O manejo inadequado dos recursos naturais causa uma série de
problemas para o meio ambiente e para a vida dos seres humanos, visto que
a poluição do solo, da água e do ar é provocada pela ação humana, no
entanto acredito, na inteligência do homem, e, pois estes são capazes de
viver em harmonia com a natureza, visto que dependem dela para
sobreviver.
Portanto, o homem deve estabelecer um equilíbrio entre o seu cotidiano,
com os “recursos” do meio ambiente, e, esse equilíbrio só se tornará
realidade, quando ele aprender a manejar corretamente todos os recursos
naturais renováveis, inclusive os não-renováveis. Enfim, se homem é capaz
de destruir a natureza, também é capaz de conservar e preservá-la.
55
CONCLUSÃO
Embora o lixo seja considerado uma grande ameaça à vida, verifica-se
que é possível minimizar seus impactos, ao se adotar medidas preventivas,
abandonando práticas de consumo exagerado ou então, conscientizando a
população, seja em relação ao destino ou às formas de reciclagem do lixo
gerado.
Assim, são necessárias que o governo e a sociedade assumam novas
atitudes, visando gerenciar de modo mais adequado a grande quantidade e
diversidade de resíduos que são produzidos diariamente.
Estas práticas não só reduzirão o volume de resíduos produzidos
diariamente, mas também permitirão o exercício de reuso. São atitudes
simples e viáveis que podem ser incorporadas cada vez mais, a fim de
proteger o ar, o solo e a água, trazendo como conseqüências melhores
condições de saúde humana, qualidade de vida e saúde ambiental.
No entanto o estudo sobre Educação Ambiental tem ganhado grandes
adeptos, e esses estudiosos além de fornecer contribuições benéficas para o
planeta, tem também estudado as práticas correntes e buscado a analisálos.
Aprimorá-las e contribuir com pesquisas que permitem ao professor
adotá-las na suas práticas a fim de promover um trabalho de qualidade. O
papel que esses estudiosos desenvolvem na educação da criança espelha a
função que elas têm na nossa sociedade de uma maneira geral.
Algumas dificuldades dos professores em trabalhar a questão ambiental
são justificadas pela falta de conscientização dos alunos, dos pais, de alguns
professores e da própria comunidade.
Embora a formação desses profissionais nos cursos de magistério
mereça uma pesquisa particular, no que se refere o seu preparo para
desenvolver o lado social e cultural da criança, pelo que se observa na
56
prática diária do ensino fundamental, deduz-se que essa formação é ainda
muito precária.
Consideramos que o papel da escola ao longo dos anos do ensino
fundamental, seria desenvolver nas crianças, meios eficazes para uma
compreensão de conceitos naturais e humanos referentes ao meio
ambiente.
Crianças nas séries iniciais facilmente adquirem posturas desejáveis de
acordo com o que é transmitido para elas. Portanto, uma escola com
educadores que reconheçam a necessidade de um trabalho sério e
comprometedor com a temática, colocada num plano elaborado com
responsabilidade como proposta pedagógica, certamente levaria a bons
resultados perante a sociedade.
O lixo domiciliar que nós mesmos fazemos todos os dias é um outro
problema, a maioria da população não sabe o que fazer do lixo, o que
poderia ser usado como adubo, o que poderia ser reciclado. Há uma falta de
políticas públicas adequadas para o recolhimento do lixo.
Portanto a temática problematizada durante os capítulos estudados nos
leva a refletir que o assunto diz respeito a todos e por todos ser tratados.
Afinal, estamos cuidando do nosso grau de informação, quanto mais
participamos das decisões que afetam o equilíbrio do meio ambiente, maior
a possibilidade de conquistamos juntos e toda uma vida melhor.
57
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Maria da Conceição Barreiros de Moura