AU TO RA L UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PE LA LE I DE DI R EI TO INSTITUTO A VEZ DO MESTRE Por: MARIA DA CONCEIÇÃO BARREIROS DE MOURA DO CU M EN TO PR OT EG ID O LIXO E MEIO AMBIENTE NO MUNICÍPIO DE LÁBREA Orientadora: Profª. MARIANA DE CASTRO MOREIRA Tutor Prof. : LEONARDO SILVA DA COSTA Porto Velho/RO 2010 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE LIXO E MEIO AMBIENTE NO MUNICÍPIO DE LÁBREA Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do Mestre Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Educação Ambiental. Por: – Maria da Conceição Barreiros de Moura 3 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus pela força e coragem que me proporcionou para enfrentar as dificuldades que surgiram no decorrer deste curso. Ao professor Orientador Leonardo Silva da Costa. A organizadora do curso Senhora Conceição. A minha família e principalmente minha filha Jhennyfer Hágatha Aguiar Moura Bezerra pela paciência. 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha família, e especial minha irmã Maria Antônia que esteve sempre me incentivando neste trabalho. A minha colega Amanda por sua hospedagem e a todos que colaboração de alguma forma para a realização deste trabalho. 5 “O homem do campo quando se vê perdido apela pela mãe natureza”. Frase de um ribeirinho. (CEAS, 2003, p.97) 6 RESUMO A presente monografia tem como objetivo discutir o tema: Lixo e meio ambiente no município de Lábrea. O meio ambiente está espalhando vários alertas, um deles é o aquecimento global, que está ameaçando a condição de vida na terra, e pior condenando à morte os animais, a fauna e a flora, seres que não tem nada a ver com isso. No município de Lábrea não é diferente o acúmulo de lixo nas ruas ou em ambientes públicos é absurdo e com esse intuito fez-se necessário essa monografia. Para que observássemos os problemas que o lixo traz para o meio onde vivemos. O lixo como vamos ver mais adiante traz para a sociedade labrense muitas doenças, como: dengue, problemas respiratórios, verminoses e outras. No município existem poucos caixotes de lixo nas ruas, sendo que as pessoas se sentem obrigados a jogar o lixo caseiro nas mesmas. Daí causando uma grande poluição na cidade. “O meio ambiente é o conjunto de condições que as leis influenciam e interagem em ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanística, que permitem, abrigam e regem a vida em todas as suas formas” (BRASIL, 2002, p.48). Esse tema está muito na mídia devido a sua importância nos últimos anos, porque sempre estamos falando de lixo e o meio ambiente, sendo um problema universal, nas suas causas e conseqüências A referida monografia também vem para conscientizar às pessoas do que é melhor para o seu meio, de forma que se responsabilizem por seus atos. Vale à pena ressaltar que você vive em sociedade e precisa pensar como um todo. Mesmo que a gente pare com toda a nossa produção hoje, reduza ela a zero, ainda sim colheríamos os frutos do que semeamos desde a época do feudalismo. Especialistas afirmam que agora não estamos mais na condição de mudar o nosso quadro e sim de colher as nossas conseqüências. 7 METODOLOGIA Ao tratar de metodologia que vai nortear a conscientização da população do município de Lábrea em relação ao lixo e meio ambiente será necessário ter em mente que esse processo se leva um bom tempo, para ser realizado. De acordo com os resultados apresentados nos questionamentos abaixo, faz-se necessário proporcionar à população informações e conhecimentos acerca dos problemas ambientais, bem como, desenvolver nas escolas uma educação ambiental que vise à conscientização dos alunos, que desenvolva o espírito crítico de responsabilidade e de solidariedade para com o meio ambiente. Neste contexto, é fundamental uma parceria entre o Estado, a escola e a sociedade em geral, para que juntos amenizem os problemas ambientais que inclusive, o próprio homem tem causado ao longo de sua história. É recomendável, que a escola inclua em seus currículos temas relacionados ao meio ambiente, pois os mesmos podem ser trabalhados em todas as disciplinas escolares e também palestras com pais de alunos, oficinas de reciclagem e conscientizar os pais do destino correto do lixo em sua casa. É fundamental que o professor ajude os seus alunos a incentivar seus pais a construírem seu próprio depósito de lixo e apóiem a sua comunidade na compreensão da problemática ambiental, visto que, a aquisição de conhecimentos ambientais proporciona a uma mudança de mentalidade e faz com que os indivíduos se comportem de maneira mais responsável para com o meio ambiente local e mundial. Como forma de incentivo e conscientização do destino do lixo faz-se necessário algumas atividades na escola com alunos do 5º ano. Como: - Oficina de reciclagem; - Atividades de separação de lixo orgânico do inorgânico; - Confecções de caixotes de lixo com caixas de papelão e livros velhos; 8 - Confecções de brinquedos, jogos recreativos, pinturas em vidros etc. Portanto, torna-se necessária, atitude e ação coletiva em prol do meio ambiente, pois através da soma de esforços, especialmente de instituições competentes, inclusive da escola, o ambiente futuramente estará bem favorável à vida dos seres vivos. 9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO..............................................................................................10 CAPÍTULO I - LIXO.......................................................................................12 1.1 - Geração e Desenvolvimento do Lixo..........................................12 1.2 - Conseqüências que o Lixo traz ao Meio Ambiente.....................15 1.3 - Formas de Armazenamento ou Tratamento do Lixo: Lixo Municipal..........................................................................16 1.4 - Definição do Lixo Municipal........................................................17 1.5 - Aterro Controlado........................................................................18 1.6 - Aterro Sanitário...........................................................................20 1.7 - Incineração.................................................................................22 1.8 - Compostagem.............................................................................22 CAPÍTULO II DENTRO E FORA DA ESCOLA.............................................24 2.1 - Educação Ambiental: Uma questão de cidadania......................24 2.2 - Educação Ambiental de forma inertedisciplinar na Escola.........26 2.3 - Educação como elemento indispensável para transformação da consciência Ambiental...........................................................27 2.4 - Lixo: Exemplo que começa na Escola........................................29 2.5 - Coleta seletiva do lixo dentro e fora da Escola...........................33 2.6 - Reciclagem dentro da Escola.....................................................33 CAPÍTULO III MEIO AMBIENTE DE FORMA GERAL..................................36 3.1 - O Homem e sua ação na natureza.............................................36 3.2 - Meio Ambiente: Visão Global.....................................................37 3.3 - Legislação e o Meio Ambiente...................................................39 3.4 - A questão Ambiental X Civilização.............................................43 3.5 - Meio Ambiente e conservação Ambiental..................................46 3.6 - Manejo e conservação Ambiental...............................................51 CONCLUSÃO................................................................................................54 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................56 10 INTRODUÇÃO O trabalho em questão enfatiza o tema: Lixo e meio ambiente no município de Lábrea. Comenta-se que o lixo traz danos à natureza desde os nômades até os dias de hoje na época os nômades eram pessoas que estavam constantemente mudando de lugar, quando eles mudavam para outros lugares deixavam para trás restos de materiais que não lhe servia mais, como palhas, árvores derrubadas e outros, daí poluindo aquele ambiente como vimos os problemas do lixo não é de agora. Ao longo dos anos, o lixo passou a ser uma questão de interesse global. E os problemas são os mesmos de um lado a outro do globo: o destino do lixo e seu condicionamento inadequado têm trazido graves problemas a todas as nações. Produzidos em todos os estágios das atividades humanas, os resíduos, em termos tanto de composição, como de volume, variam em função das práticas de consumo e dos métodos de produção utilizados. As principais preocupações estão voltadas para as repercussões que podem ter sobre a saúde humana e sobre o meio ambiente (solo, água, ar e paisagens). Esta monografia enfatiza “lixo e meio ambiente no Município de Lábrea” onde vamos estudar o problema que o lixo traz ao nosso meio e suas conseqüências. Tendo como questão central o seguinte item: ● O município possui um local adequado para despejar o lixo da cidade. Este tema é de grande valia para nos alertar de tudo que está acontecendo ao nosso redor, pois a justificativa nos ajuda a descobrir o mundo que passa despercebido por nós. A Educação Ambiental propõe que os indivíduos e a coletividade compreendam a natureza complexa do meio ambiente natural, criado pelo homem, resultante da integração de seus aspectos biológicos, físicos, 11 sociais, políticos, econômicos, e culturais permitindo a aquisição de conhecimentos, valores, a comportamentos e habilidades. Nesse sentido, a omissão dos conhecimentos escolares, a falta de compromisso e, de uma proposta curricular que não articule as questões ambientais locais e globais são fatores que impedem a formação do cidadão. Dessa forma, faz-se necessária a discussão, a reflexão sobre os problemas, o tratamento de conteúdos a partir de temas ambientais urgentes e a reorganização do currículo a partir de uma perspectiva interdisciplinar. Sendo assim, o tratamento do lixo é de suma importância para manutenção da integridade da biosfera, pois garante a qualidade de vida para todos os seus habitantes sejam eles racionais ou não. O “Lixo e o meio ambiente”, como tema de pesquisa, foi escolhido a partir de uma preocupação acerca da realidade pesquisada, sobre a poluição que o lixo em geral tem causado ao meio ambiente e sobre doenças que o mesmo traz direto ou indiretamente a população. O estudo trará contribuições, não somente para o pesquisador e alunos, mas também para toda a comunidade que a Escola Municipal Presidente Vargas está inserida, visto que, será apresentada forma importante de como proceder no manejo e na coleta do lixo, essenciais para prevenção de doenças e para a conservação do ambiente. Os objetivos deste trabalho são os seguintes: (Objetivo Geral): • Reconhecer que o objeto de estudo, na proposta é a educação como prática social, e neste momento histórico privilegia-se as instituições em gerais e a comunidade como objeto de trabalho. E os objetivos específicos são: • Compreender criticamente a realidade da população, para nela intervir, transformando-a pelo o trabalho de reflexão que deverá realizar; • Elaborar oficinas de reciclagem de maneira que a população possa manter mais contatos com materiais reciclados; • Verificar se na escola há uma prática de valorização do meio ambiente, visando à conscientização da população; 12 • Perceber a importância do meio ambiente para a vida dos seres humanos; • Realizar trabalho de orientação sobre o destino correto do lixo. Já na hipótese supõe-se que a população não preserve o meio ambiente e jogue lixo nas ruas, nas margens dos rios, em igarapés ou acumule em fundo de quintal, por não terem local adequado ou por falta de conscientização por parte da secretaria do meio ambiente ou outros órgão de preservação. Na delimitação “Lixo e Meio Ambiente no Município de Lábrea”, será realizada na Escola Municipal Presidente Vargas com alunos do 5° ano, da turma “A’’, turno matutino, onde a maioria dos alunos são filhos de pais desempregados com a faixa etária de dez anos. O lixo produzido pela atividade do homem é hoje uma das mais graves ameaças à sua própria qualidade de vida. Isto tem determinado a tendência mundial pela minimização da geração de lixo, entendendo-se como tal a produção/venda de produtos dos quais restem o mínimo possível de resíduos, o reuso de embalagens e a reciclagem. A reprogramação conceitual de produtos em geral, em especial de suas embalagens, é algo que foge completamente ao controle dos Municípios. Já a reciclagem pode e deve ser incentivada por eles, conscientizando a população e estruturando programas de coleta seletiva, e mantendo núcleos de triagem recicláveis. No entanto, mesmo que se obtenha o maior sucesso nestes programas, a maior parcela dos resíduos gerados, mais de 65%, necessitará de uma destinação final adequada, preferencialmente uma rota que privilegie o aproveitamento da energia contida no lixo. Neste sentido, este trabalho busca mostrar as conseqüências causadas pelo destino incorreto do lixo, bem como propor formas de minimizar e de recuperar os resíduos gerados, garantindo a saúde e segurança da população. 13 CAPÍTULO I LIXO 1.1 - GERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO LIXO Fonte: Lixão na BR-Km-02, localizado no município de Làbrea Esta foto representa a forma de como o lixo urbano é tratado no município de Lábrea. O “lixo” é uma grande diversidade de resíduos sólidos de diferentes procedências, dentre eles, o resíduo sólido urbano gerado em nossas residências. O lixo faz parte da história do homem, já que sua produção é inevitável. (FADINI, 2001, p.30). A produção do lixo é um processo que já faz parte da vida das pessoas a partir que nascem, com fraldas, embalagens e outros. FADINI relata que: 14 Na Idade Média acumulava-se pelas ruas e imediações das cidades, provocando sérias epidemias e causando a morte de milhões de pessoas. A partir da Revolução Industrial iniciou-se o processo de urbanização, provocando um êxodo do homem do campo para as cidades. [...] A solução para o lixo naquele momento não foi encarada como algo complexo, pois bastava simplesmente afastá-lo, descartando-o em áreas mais distantes dos centros urbanos, denominados lixões. (FADINI, 2001, p.28). Com o passar dos tempos na Idade Média notou-se um grande crescimento populacional, daí aumentando as epidemias e conseqüentemente o avanço da medicina. A partir de então, a poluição na zona urbana cresceu muito, de todas as formas, inclusive a poluição do lixo. Os tempos foram passando e o lixo foi sendo encarado como um problema, sendo assim criou-se os lixões, onde depositava toda a sujeira da cidade, visto então que o lixo não é de agora, a milhares de anos convivemos com ele, fazendo parte da nossa realidade. Nos dias de hoje, como a grande maioria vivem nas cidades e com o avanço mundial da indústria provocando mudanças nos hábitos de consumo da população, vem-se gerando um lixo diferente em quantidade e diversidade. Até mesmo nas zonas rurais encontram-se frascos e sacos plásticos acumulando-se devido a formas inadequadas de eliminação. Segundo Fadini: Em um passado não muito distante a produção de resíduos era de algumas dezenas de quilos por habitante/ano; no entanto, hoje, países altamente industrializados como os Estados Unidos produzem mais de 700 kg/hab/ano. No Brasil, o valor médio verificado nas cidades mais populosas é da ordem de 180 kg/hab/ano. (2001, p.34). O lixo representa, hoje, uma grande ameaça à vida no planeta por duas razões fundamentais: a sua quantidade e seus perigos tóxicos. 15 Em toda parte do mundo, a mídia incentiva as pessoas a adquirirem vários produtos e a substituírem os mais antigos por outros, mais modernos, provocando a insensatez do uso indiscriminado dos recursos naturais. (MENEZES, 2005 p. 14). O fato é que, com essa evolução de produtos diversificado o lixo aumentou-se muito em grande quantidade. O desenvolvimento de resíduos sólidos urbanos está relacionado aos hábitos de consumo de cada cultura, onde observa-se uma integração freqüente entre a produção de lixo e o poder econômico de uma determina população. 1.2 - Consequências Que o Lixo traz ao Meio Ambiente. A poluição do meio ambiente constitui, nos dias de hoje, um dos mais sérios problemas ambientais, visto que o ar, a água e o solo têm sido particularmente atingidos, tornando-se difícil e perigosa a vida do homem e de outros animais, e vegetais. O meio ambiente possui degradação provocada pelos próprios elementos naturais, e a mais preocupante é a poluição e a contaminação, ambas provocadas pela ação humana. O lixo, além de tornar um ambiente sujo desagradável e com ar insuportável, atrai pequenos animais hospedeiros e transmissores de doenças gravíssimas. Para maiores esclarecimentos, o lixo causa poluição e, a poluição, geralmente provoca a contaminação de um ambiente. Sabe-se que o ar contaminado, poderá causar doenças como a tuberculose, pneumonia, poliomielite, conjuntivite e outros que, não cuidados devidamente, acarretarão serias conseqüências para o indivíduo. A água contaminada poderá causar doenças como a febre tifóide, amebíase, a cólera e outros. No mesmo exemplo é o caso do solo que, estando contaminado, poderá provocar doenças como a ancilostomose, 16 teníase e outras como o tétano, por exemplo, que pode ser fatal para o ser humano. O que fazer com o lixo para que ele não polua e nem contamine o ambiente? O ideal é que as pessoas tenham em seus lares, locais adequados para armazenar o lixo e que a companhia de limpeza da cidade possua também suporte e meios cabíveis para colocar o lixo em locais devidamente adequados. Pois sabe-se que, despejá-lo em qualquer lugar, pode provocar inundações de rios e esgotos, além de causar a morte de muitos peixes, quando jogados nos rios e mares. Portanto, direta ou indiretamente, o lixo causa doenças, e cabe a toda população manter a higiene, especialmente com o lixo, para que não sejamos prejudicados por uma “sujeira” que nós mesmos causamos. 1.3 – Formas de Armazenamento ou Tratamento do Lixo: Lixo Municipal Fonte: Lixão na BR-Km-02, localizado no município de Làbrea. 17 O lixão a céu aberto é um grande problema para o município de Lábrea. Como vermos na foto acima, o lixo municipal é jogado em uma área específica na BR, Km-2 não muito longe do hospital e de uma escola de ensino fundamental. O lixão é um problema sério, segundo funcionários da escola, foi preciso telar toda escola devido à grande quantidade de moscas e determinados tipos de mosquitos e quando os garis estão mexendo no lixo o mau cheiro é terrível, trazendo uma grande preocupação para a direção da escola. O lixo da cidade é recolhido em dois em dois dias nas casas durante toda semana, mais mesmo assim ainda se acumula lixo nas ruas e nas calçadas da cidade. Quando vêm as chuvas, a correnteza leva todo lixo, entupindo esgotos e bueiros, daí causando grande poluição na cidade. 1.4 - Definição do Lixo Municipal LIXÃO: é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo; isto é: não tem nenhum sistema de tratamento de chorume (líquido preto que escorre do lixo), contaminando o solo e o lençol freático. Como o lixo fica exposto no ambiente há o aparecimento de moscas, pássaros, ratos (transmissores de doenças), além da presença das pessoas em busca de comida e materiais recicláveis para vender.O lixão, além de ser um foco de doenças, odores, também é um problema social. (MENEZES, 2005 p: 34) Como vimos na citação o lixão causa muitos problemas ao meio ambiente. No município de Lábrea existem problemas idênticos? Por ser um município pouco desenvolvido e de pouca renda, pessoas saem de suas casas para catar material recicláveis, como: garrafas plásticas, papelão, latinhas e outros. Além desses materiais as mesmas buscam comidas e verduras que ao longo dos tempos se reproduzem ali, é 18 muito freqüentes a presença de ratos, pássaros, moscas e insetos causadores de doenças. Fonte: internet Figuras: Lixo.com.br. A figura acima representa as formas de poluição do lixo. Além dos problemas citados no texto acima o lixão traz também ao meio ambiente a poluição do ar. Quando o lixo é recolhido pelos garis do município é levado direto para o lixão onde são queimado e depois jogado para debaixo da terra onde causa poluição de todas as formas. No final da tarde é horrível percorrer a BR, Km-2 o céu está totalmente coberto por fumaça e o mau cheiro é insuportável. 1.5 - Aterro Controlado Para Baird aterro controlado: É uma fase intermediária entre o lixão e o aterro sanitário. Normalmente é uma célula que foi remediada, ou seja, que recebeu cobertura de argila, e grama e captação de chorume e 19 gás. Ele é preparado para receber resíduos, sem contaminar o solo, e não fica exposto, pois é coberto com terra ou saibro diariamente. O chorume não é tratado, apenas é removido para superfície. (2001, p: 42) O município de Lábrea ainda não tem esse tipo tratamento com o lixo mais usa alguns métodos para controlá-lo como já foi citado acima (o aterro e a queimada) de alguma forma tentando controlar o lixo urbano do município. Apesar de não evitar a contaminação do solo, do ar e da água, o aterro controlado não é a melhor forma de disposição de resíduos, pois não são utilizados todos os recursos de saneamento e engenharia que evitariam a contaminação ambiental. Porém, representa uma alternativa melhor do que os lixões, e se diferenciam destes por possuírem a cobertura diária dos resíduos com solo e o controle de entrada e saída de pessoas. Fonte : internet Figuras: Lixo.com.br. A figura acima mostra as formas de tratamento do lixo através do aterro controlado. 20 1.6 - Aterro Sanitário Para Baird (2001): ATERRO SANITÁRIO: é o modo mais correto de se depositar o resíduo, já que suas células são impermeabilizadas com mantas de PVC e o chorume é drenado e depositado num poço, para tratamento futuro. O gás da decomposição do lixo: biogás/ metano é drenado e pode ser queimado em flaires, ou aproveitado para eletricidade. Por ser coberto por terra diariamente não há proliferação de pragas urbanas. (2001, p: 50). Fonte: Internet Figuras: Lixo.com.br. A figura representa o tratamento do lixo em um aterro sanitário. No município de Lábrea, nunca existiu aterro sanitário, como já foi mencionado o lixo é jogado na BR, Km-2. Chegando lá os lixos são queimados, após a queimada os garis abre um grande buraco na terra com trator e joga o restante do lixo que o fogo não foi capaz destruir, para debaixo da terra e mesmo assim ainda fica muita sujeira sobre a terra. 21 Ressalta Baird que: No Reino Unido, entre 85 e 90% do lixo doméstico e comercial é depositado em aterros, cerca de 6% é incinerado e a mesma fração é reciclada ou reutilizada; dados similares aplicam-se a muitas municipalidades da América do Norte. Os aterros predominam porque seus custos diretos são substancialmente menores que a disposição por outros meios (2001, p.45). Concordo com Baird, em sua citação, concerteza os aterros saem mais em conta para o país, ou seja, é uma forma do mesmo gastar menos. Para a prefeitura do município em questão, não existe aterros, somente um local adequado para se despejar o lixo chamado de lixão. O lixão é a forma mais rápida e fácil de se livrar do lixo urbano. De alguma maneira o mesmo serve de esconderijo para sujeira produzida na cidade. Como vamos vê em outra citação os aterros não é de agora. Baird destaca que: No passado, os aterros eram buracos no solo que tinham sido criados durante as atividades de extração mineral – especialmente fossas antigas de areia ou pedregulho. [...] Esses aterros não foram projetados, controlados ou supervisionados e acumularam muitos tipos de resíduos, incluindo alguns perigosos. Os aterros municipais modernos são muito melhor projetados e gerenciados, freqüentemente não aceitam resíduos perigosos e seus locais são selecionados para minimizar o impacto ambiental (2001, p.28). Contudo os aterros foi uma forma mais eficaz para combater o lixo produzido nas cidades, e diminuir os impactos ambientais. 1.7 – Incineração A incineração é outra forma de se tratar os resíduos, sendo a oxidação de materiais por combustão, controlando produtos simples mineralizados, como água e dióxido de carbono. 22 A incineração do lixo sólido municipal tem uma grande vantagem, reduzir as substancias do volume de material que pode ser aterrado com segurança. “No caso de substâncias tóxicas ou perigosas, um objetivo ainda mais importante é a eliminação do perigo tóxico associado ao material” (BAIRD, 2001 p.40). No processo de incineração o principal problema ambiental é a poluição do ar, tanto por partículas como por gases. “Os controles das emissões dos incinerados de lixo sólido municipal podem controlar grande parte, mas não todas as substâncias tóxicas lançadas no ar pelo processo de combustão” (BAIRD, 2001; p.38). Portanto, faz-se necessário a observação constante de filtros dos incineradores e que se lavem diariamente os lavadores de gás para minimizar o pó produzido através da combustão. 1.8 - Compostagem É a maneira natural de decomposição biológica de materiais orgânicos de origem vegetal ou animal realizado pela ação de microrganismos. A compostagem é um processo biológico de decomposição de matérias orgânica biodegradável contida nos resíduos, onde se transforma em produto estável, semelhante ao húmus ou paú (matéria orgânica homogênea). Depois de passar pela a transformação de decomposição restos de animais ou vegetais, domiciliares, separados ou combinados pode se uma forma de adubar o solo. Os compostos orgânicos têm a capacidade de beneficiar o solo com seus nutrientes, melhorando suas características físicas recuperando a fertilização do solo. Sanches enfatiza que: [...] devido à ação agregadora em solos com baixo teor de argila; aumento no teor de nutrientes do solo, que contribui para a 23 estabilidade do PH e melhora o aproveitamento de fertilizantes minerais; ativação substancial da vida microbiana e estabelecimento de colônias de minhocas, besouros e outros animais que revolvem e adubam o solo; favorece a presença de micronutrientes e de certas substâncias antibióticas; além de auxiliar o desenvolvimento do sistema radicular e a recuperação de áreas degradadas.(2006, p: 12). Contudo a maneira mais favorável atualmente para diminuir o grande volume de lixos em área impróprios são os métodos citados nos textos acima. 24 CAPÍTULO II DENTRO E FORA DA ESCOLA 2.1-Educação Ambiental: Uma questão de cidadania De acordo com a Legislação, todas as pessoas têm direitos e deveres e, um desses deveres, é zelar pelo meio ambiente. “Cultural relacionado aos problemas ambientais como os modelos de desenvolvimento adotado pelo homem”. A Constituição Federal Brasileira revela a importância do meio ambiente em seu artigo 225: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade e dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. (CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL,1988). A Declaração de Tibilisi enfatiza que a Educação Ambiental deve “preparar o indivíduo diante a compreensão dos principais problemas do mundo contemporâneo, possibilitando-lhe conhecimentos técnicos”. Recomenda também “orientação e articulação de diversas disciplinas educativas, que facilitem a visão integral do meio ambiente, através de uma abordagem interdisciplinar, da participação ativa do indivíduo e da coletividade” (IBAMA, 1992 p.76) Ao falar de direitos e deveres, lembramos de cidadania, e, esta nos faz lembrar da escola, sendo ela o lugar onde “todos” são preparados e conscientizados sobre o exercício da cidadania. COPELLI (2000, p.42) diz que “os problemas atuais, inclusive os problemas ecológicos são provocados 25 pela nossa maneira de viver. E a nossa maneira de viver é inculcada pela escola”. De acordo com COPELLI é possível observar a importância da escola para o desenvolvimento da cidadania. Existem vários conceitos de cidadania, ela é a consciência sobre os direitos e deveres do cidadão, a constatação do exercício da cidadania é o desenvolvimento do pensamento crítico, do espírito comunitário e da solidariedade. Portanto, todos somos cidadãos, porém, nem todos exercem a cidadania. A Educação Ambiental está relacionada à questão de cidadania, pois quando bem trabalhada leva às mudanças de comportamento pessoal e a atitudes e valores de cidadania, que podem ter importantes conseqüências sociais, para isso devemos considerar a estrutura da escola, a ação dos outros integrantes do espaço escolar e a contribuição na construção das condições necessárias à desejada informação atuante e participativa do cidadão. “Educação Ambiental contribui com a conscientização de que os problemas ambientais dizem respeito a todos os cidadãos e só podem ser solucionados mediante uma postura participativa” (BRASIL, 2002, p.40). A sociedade, bem como as instituições integradas a ela, é responsável pelo desenvolvimento da cidadania, mas os padrões de comportamento da família e as informações veiculadas pela mídia exercem especial influência sobre as crianças, podendo formar, nas crianças, boas ou maus atitudes relacionadas ao meio ambiente. No entanto, a Educação Ambiental tem um importante papel na mudança de atitudes das pessoas, pois a mesma leva à mudança de mentalidade e faz com que os indivíduos se comportem de maneira responsável, com sensibilidade para conservar o meio ambiente saudável no presente e no futuro, saibam exigir e respeitar os seus próprios direitos e de toda comunidade, modificando-se interiormente e interagindo de maneira ecológica com o ambiente. Portanto, a educação ambiental deve atuar na preparação da cidadania, tornando as pessoas capazes para ajudar na construção de projetos político 26 social, educacional, ecológico e econômico que complete as reais necessidades e atuem na busca de soluções permanentes, pautadas para o bem-estar social e para a vida digna em harmonia com a natureza, em todo e qualquer espaço onde as relações entre indivíduos e grupos sociais aconteçam. 2.2- Educação Ambiental de forma Interdicisplinar na Escola Atualmente a educação ambiental é trabalhada de forma interdisciplinar dentro da escola, onde é estudada em todas as disciplinas. Pelas informações que temos todos os dias sobre o meio ambiente, há necessidades de saber mais sobre esse tema para que possamos socializar sobre os cuidados que devemos ter com o meio onde estamos inseridos. Isso não significa que os professores deverão “saber tudo” para que desenvolvam um trabalho coletivo junto aos alunos, mas sim que deverão se dispor a aprender sobre o assunto e, mais do que isso, transmitir aos seus alunos a noção de que o processo de construção de produção conhecimento é constante. O trabalho de interdisciplinaridade em educação ambiental deve ser desenvolvido a fim de ajudar os alunos a construírem uma consciência global de todo acontecimentos relativos ao meio para que possam assumir posições afinadas com os valores referentes à melhoria e proteção. Para isso é importante que possam contribuir significativamente naquilo que aprendem sobre o ambiental. O significado do que o aluno aprende em sala é resultado da ligação do que aprende em sua realidade cotidiana, da possibilidade de estabelecer integração entre o que aprende e o que conhece, e também na possibilidade de utilizar o conhecimento em certas situações de suas vidas. A educação oferece instrumento para que o aluno possa compreender problemas que afetam a sua vida e tudo que o que cerca. O trabalho de conscientização dentro da escola é muito importante, pois é através de conhecimento adquirido pelos alunos é que favorece a 27 comunidade, os pais e até o planeta, sendo a escola o principal formador de consciências capazes de mudar toda uma nação. Com toda formação do aluno a escola deve proporcionar ao mesmo a oportunidade de utilizar o conhecimento sobre o meio ambiente para compreender sua realidade e atuar sobre ela. A sua participação em diferentes situações (desde atividades dentro a e fora da sala de aula, até movimentos mais amplos referentes a problemas na comunidade) é de fundamental importância para que possam contextualizar o que foi aprendido na escola e se sintam estimulados a expor o seu conhecimento. O trabalho com a realidade local do aluno possui a qualidade de oferecer um universo mais amplo de sua própria realidade daí incentivando o aluno a lutar pela preservação e proteção do meio ambiente. No entanto as questões ambientais oferecem uma perspectiva particular por tratar de assuntos que dizem respeito direto ou indiretamente ao interesse do planeta como um todo. Isso determina a necessidade de se trabalhar com o tema meio ambiente de forma diversificada. Portanto, para que alunos possam compreender a complexidade e a amplitude das questões ambientais, é fundamental oferecer-lhes, além da maior diversidade possível de experiências, uma visão abrangente que englobe diversas realidades, e ao mesmo tempo uma contextualização da realidade ambiental, o que inclui, além do ambiente físico, as suas condições sociais e culturais. O trabalho em educação ambiental interdisciplinar na sala de aula demonstra que escola é uma porta de acesso para que os alunos fiquem atentos aos danos que nós seres humanos estamos trazendo ao meio ambiente e a mesma tem a função de se encarregar de nos alertar e nos conscientizar que podemos mudar toda essa realidade que estamos vivendo no decorrer dos anos. 28 2.3- Eduacação como elemento indispensável para Transformação da Consciência Ambiental. Fala-se de tantos problemas que prejudicam a natureza, dificuldades que a população global enfrenta por poluir e contaminar o meio ambiente, mas qual será a solução para tantos problemas e qual será a saída para alcançarmos a tão desejada consciência ambiental? É evidente que através da Educação, o mundo conseguirá alcançar esta conscientização da população em relação à preservação ambiental. É claro que ela sozinha não é suficiente para mudar ou transformar as direções do Planeta, mas é necessário em toda ação humana. Alcançar a consciência ambiental é o objetivo maior de todos os ambientalistas do mundo, pois somente com ela e a partir dela, é que as pessoas respeitarão e valorizarão ao meio ambiente, bem como, todos os seus seres vivos. Tal mudança de mentalidade foi enfatizada nas reuniões e conferências internacionais, sobre o meio ambiente e, hoje, essa proposta é realçada por órgãos e instituições que protegem direto ou indiretamente, o meio ambiente. De acordo com os PCNs, (1998) “a importância da educação, é necessário que tenhamos conhecimentos dos assuntos tratados e contidos em documentos e em conferências”. Na Conferência Internacional Rio/92, cidadãos representados instituições de mais de 170 países, assinaram tratados nos quais se reconhece o papel central da educação para a construção de um mundo socialmente justo e ecologicamente equilibrado, o que se requer responsabilidade individual e coletiva em níveis local, nacional e internacional. O Brasil possui uma das maiores biodiversidades do mundo e é lamentável e preocupante a forma como vem sendo tratado os recursos naturais renováveis. 29 Por estas razões e outras fica evidente a importância de se educar os futuros cidadãos brasileiros para que estes ajam com responsabilidades, conservando o ambiente e compreendendo que respeitá-lo é um dever de todos e assim, estará exercendo a sua cidadania. Portanto, faz-se necessário que a escola proporcione um ambiente saudável e coerente com aprendizagem dos educando, afim de que, possa de fato contribuir para a formação de cidadãos críticos conscientes de suas responsabilidades com o meio ambiente, capazes desenvolverem atitudes para a preservação da natureza. 2.4 - Lixo: Exemplo que começa na Escola A escola de hoje, não deve se preocupar apenas em transmitir conteúdos, e nem fazer com que os alunos aprendam somente a ler, escrever e contar, mas deve desenvolver nos mesmos, o espírito crítico, valores responsabilidades e atitudes que favoreçam o bem-estar físico, mental e social. A Instituição Escolar, além demonstrar exemplos de hábitos de higiene para o corpo em geral, deve dar exemplo de limpeza e cuidados com ambiente em que está inserido, visto que, a escola “é o espelho da sociedade”, pois a criança aprende também através do que houve, do que sente e do que vê. E o que fazer com o lixo escolar é um exemplo que a escola deve transmitir aos alunos, porque a partir do momento em que a mesma trabalhe temas ou assuntos relacionados ao ambiente e desperte o interesse ambiental em seus alunos, certamente a reprodução de tais exemplos e atitudes que se repetirá no ambiente domestico (em que a criança convive), será facilmente assimilado e satisfatoriamente desenvolvido. Quando falamos de lixo, lembramos imediatamente do meio ambiente. De acordo com o Minidicionário de Língua Portuguesa (2001) lixo “é o que se varre para tornar limpo um ambiente, coisa imprestável se joga fora, cisco, sujeira, imundície e excremento”. 30 Então, todo e qualquer material que esteja “agredindo”, direta ou indiretamente, determinado ambiente e que seja prejudicial à vida de seres vivos, são considerados lixo. Um exemplo que escolas devem adotar em relação ao lixo é a coleta seletiva. A coleta seletiva citada como exemplo não é no propósito de reciclar o lixo, mas para torná-lo menos prejudicial e facilitar a coleta do mesmo. Mas, o exemplo de consciência ambiental que a escola pode oferecer aos alunos e o fazer pedagógico da mesma, não se restringe somente a isto, visto que a principal função do trabalho relacionado com o Meio Ambiente é contribuir para formação de cidadãos conscientes, aptos a decidir e atuar na realidade sócio-ambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade local e global. Esse trabalho deve ser desenvolvido a fim de ajudar os alunos a construírem numa consciência global das questões relativas ao meio ambiente para que possam assumir posições afinadas com os valores, referentes à sua proteção e melhoria. O convívio escolar é decisivo na aprendizagem de valores sociais e o ambiente escolar é o espaço de atuação mais mediato para os alunos. Assim, é preciso salientar a importância de cada um nesse trabalho, cabendo a escola garantir meios para que os alunos possam por em prática suas capacidades e parcelas de contribuição. A escola é fundamental, indispensável e necessária para o aprendizado de valores, visto que, a mesma é uma instituição social com poder e possibilidade de intervenção na realidade. Assim, deve estar conectada à questão mais ampla da sociedade, incorporando-as à sua prática. A participação da escola em movimentos amplos de defesa ao meio ambiente, quando estiverem relacionados aos objetivos escolhidos pela própria para o trabalho com o tema Meio Ambiente, deve ser incentivada. É recomendável também que a escola possibilite a saída de seus alunos para passeios e visitas a locais de interesses dos trabalhos, no intuito de que os alunos possam observar a situação de cada lugar. Outro exemplo é organizar pequenos eventos na escola, onde os alunos demonstram, através da música, do teatro, por exemplo, para platéia 31 intra e extra-escolar, o respeito e os cuidados com o meio ambiente, além de informa-lhes maneiras corretas que deverão ser adotados em relação ao lixo escolar e doméstico. Pois um dos objetivos contidos nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental, é que os alunos sejam capazes de perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para melhoria do meio ambiente. É muito importante a escola proporcionar informações e exemplos ambientais, desenvolvendo no alunado, uma postura crítica diante dos problemas do ambiente ecológico, pois isso lhes permite reavaliar essas mesmas informações, percebendo os vários e terminantes problemas da leitura do mundo, os valores a elas associados e aqueles trazidos de casa. Isso os ajuda a agir com visão mais ampla e, portanto, mais segura diante da realidade que vive. É dever da escola proporcionar sugestões de acordo com a lei, torna-se “obrigatório” para mesma desenvolver em suas salas de aula temas relacionados ao meio ambiente, visto que, a Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental de Tibilisi definiu, em 1997, como princípios da Educação Ambiental a ser desenvolvidos nas escolas os seguintes itens: • Considerar o meio ambiente em sua totalidade: em seus aspectos naturais e construídos, tecnológicos e sociais (econômico, político, histórico, cultural, técnico, moral e estético); • Constituir o processo permanente, desde o inicio da educação infantil continua durante todas as faces do ensino formal; • Aplicar um enfoque interdisciplinar, aproveitamento o conteúdo específico de cada área, de modo que se consiga uma perspectiva global da questão ambiental; 32 • Examinar as principais questões ambientais do ponto de vista local, regional, nacional e internacional; • Concentrar-se nas questões ambientais atuais naqueles podem surgir, levando em conta uma perspectiva histórica; • Insistir no valor e na necessidade da cooperação local, nacional e internacional para prevenir os problemas ambientais; • Considerar de maneira explicita os problemas ambientais aos planos de desenvolvimento e crescimento; • Promover a participação organização de suas dos alunos experiências na de aprendizagem, dando-lhes as oportunidades de tomar decisões e aceitar suas conseqüências; • Estabelecer, para os alunos de todas as idades, uma relação entre a sensibilização ao meio ambiente, a aquisição de conhecimento, a atitude para resolver os problemas e a clarificação de valores, procurando, principalmente, sensibilizar os mais jovens para os problemas ambientais existentes na sua própria comunidade; • Ajudar os alunos a descobrirem os sintomas e as causas reais dos problemas ambientais; • Exaltar a complexidade dos problemas ambientais e, em conseqüências, desenvolver o sentido a crítico necessidade e as de atitudes necessárias para resolvê-los; • Utilizar diversos ambientes com a finalidade educativa e uma ampla gama de métodos para transmitir e adquirir conhecimentos sobre meio ambiente, ressaltando principalmente às atividades 33 práticas e as experiências pessoais. (IBAMA, 1992. p.59). É claro que esses itens, desta forma, resumem as resoluções da referida conferência, visto que na íntegra são muito intensos, porém o dever da escola, em relação ao tema, está bem claro. Contudo, devido multidisciplinaridade e a interdisciplinaridade que o tema exige e necessita disto, faz-se necessário a união de esforços de todos os componentes escolares (diretor, professor, secretário, zelador etc.) e de elementos externos à escola (médico, agentes de saúde etc.). Portanto, para que os alunos possam compreender a complexidade e a amplitude das questões ambientais, é fundamental oferecer-lhes, além da maior diversidade possível de experiências, uma visão abrangente que englobe diversas realidades e, ao mesmo tempo, uma contextualização da realidade ambiental, o que inclui, além do ambiente físico, as suas condições sociais e culturais. 2.5 - Coleta seletiva do lixo Como em todos os momentos a mídia está alertando os problemas ambientais do planeta. As escolas estão implantando projetos que possam estudar com mais precisão a questão do lixo jogado nos locais impróprios como ruas, calçadas e outros lugares. Todo ano as escolas do município saem nas ruas fazendo passeatas sobre o meio ambiente. Incentivando seus alunos a buscarem um ambiente mais saudável e sem poluição. A escola em questão Presidente Vargas busca em sala de aula mostrar aos seus alunos onde deve se jogado o seu lixo doméstico e o próprio da sala de aula, as formas de evitar o acumulo de lixo, de como separar o lixo para não causar mais problemas para o meio, ou seja, de alguma forma a escola reage para conscientizar seus alunos. 34 Portanto é de grande importância destacar que as escolas do município tentem mostrar para os alunos quais procedimentos devem tomar para não causar tantos danos à natureza. 2.6 - Reciclagem dentro da Escola Denomina-se reciclagem a separação de materiais do lixo domiciliar, tais como papéis, plásticos, vidros e metais, com a finalidade de trazê-los de volta à indústria, para serem beneficiados. “Esses materiais são novamente transformados em produtos comercializáveis no mercado de consumo”. (SOUZA, 2005, p.25). Para se proceder à reciclagem de resíduos, a coleta seletiva deve ser extremamente cuidadosa, pois, sem esta etapa, todo o material reciclável fica sujo e contaminado, tornando seu beneficiamento mais complicado e mais caro. Além disso, a separação tem que ser feita nos depósitos, através de processos manuais ou eletromecânicos, o que exige a presença de catadores. Nas últimas décadas, tem aumentado a pressão nos países desenvolvidos para reduzir a quantidade de material descartado como lixo após um único uso. O objetivo é a conservação das fontes naturais, incluindo a energia, utilizada para produção dos materiais, e a redução do volume de material que deve ser disposto em aterros ou por meio de incineração. A filosofia de gerenciamento de resíduos empregando os “quatro R” visam a reduzir a quantidade de materiais usados, reutilizar os materiais uma vez formulados, reciclar materiais mediante processos de refabricação e recuperar o conteúdo energético dos materiais caso não possam ser reutilizados ou reciclados. Estes princípios podem ser, e são aplicados a todos os tipos de resíduos, inclusive os perigosos (BAIRD, 2001, p.58). A reciclagem propicia vantagens, como a preservação de recursos naturais, economia de energia, economia de transporte, geração de 35 empregos e renda e, principalmente, a conscientização da população para as questões ambientais. As escolas do município ainda estão em uma dura batalha de conscientização. Visto que os alunos são a fonte de informação de seus próprios pais. As escolas já estão implantando projetos de conscientização, de como lidar com o lixo e as formas de manter o ambiente sempre limpo, e é através de seus filhos que os pais obtêm conhecimento necessário de como lidar com o lixo produzido em suas casas. Os alunos já estão conscientes de como conviver com essa realidade de seu dia-a-dia e quando saem da escola trazem consigo informações bem diversificadas. Os alunos já estão aprendendo a reciclagem o lixo de sua casa, as garrafas plásticas, sacolas, papelão e latinhas estão sendo fonte de renda para muitos alunos. Existem algumas escolas que está trazendo garrafas e caixa, copos e outros materiais descartáveis para produzir brinquedos pedagógicos. Portanto com anúncio da mídia as escolas do município já estão alerta e melhorando muito as formas de limpezas em locais públicos e privados. 36 CAPÍTULO III MEIO AMBIENTE DE FORMA GERAL 3.1 - O Homem e sua ação na Natureza Durante muito tempo, o homem pensou que para sobreviver, progredir, ter conforto, viver bem, tinha que dominar a natureza. Para ele, o desenvolvimento estava intimamente relacionado à possibilidade de agir sobre a natureza. Em outras palavras, o homem acreditava ser superior aos elementos naturais que integram seu meio ambiente. “Em nome da sobrevivência e prosperidade, certos povos vêm consumindo os recursos da Terra num ritmo tão acelerado que, se continuarem, nada sobrará para as gerações futuras” (VIEIRA, 2001, p.32) E assim, o homem não percebia que estava fazendo uso inadequado e até mesmo predatório da natureza. Ele a “consumia”, como se a natureza fosse uma fonte inesgotável. A busca de desenvolvimento agrícola, industrial, comercial, levou o meio ambiente a ser explorado de modo intenso e pouco racional. O homem não percebia que, em médio prazo, estava comprometendo a possibilidade de vida sobre o Planeta Terra. Preservar o meio ambiente não é tarefa que caiba apenas a empresários, políticos e militares ecológicos. Todos têm seu papel a cumprir, das nossas atitudes, individuais ou coletivas, dependerá a possibilidade de manutenção da vida no Planeta. Hammes num comentário de Deperon nos diz que: [...] Percebe-se, na vida cotidiana, uma carência de um fazer efetivo, de uma luta individual e grupal cidadã que exerça o direito a qualidade de vida, que faça sua parte no compromisso com a natureza, sentindo-se um ser ligado a ela, e que exija dos 37 órgãos públicos atitudes políticas que assumas sua responsabilidade social na gestão ambiental. Nesse sentido, principalmente a escola formal e a família podem, por meios da educação, exercer papéis essenciais na luta ética e cidadã pela melhoria de vida em nosso planeta. (2004, p.43). 3.2 - Meio Ambiente: Visão Global A educação Ambiental é considerada hoje motivo de urgência para o futuro da humanidade. Nos últimos séculos mostrou-se uma enorme de devastação, principalmente nos países industrializados, que quase totalmente destruírem seus ecossistemas, e na colonização de outros, continuaram a destruição. Nos dias atuais, onde grandes áreas verdes, como a Amazônia (por mais discordâncias que ocorram quanto assunto) estas estão sendo visada pelos países industrializados, como uma grande fonte de renda, “Amazônia globalizada”. Querem extrair tudo dela, acabando com nossa fauna e flora, se aproveitando da humanidade de nossos ribeirinhos que acolhem muito bem os chamados “turistas”. “O homem do campo quando se vê perdido apela para mãe natureza” Frase de um ribeirinho (CEAS. 2003 p.9). Freitas reafirma: Admite-se, portanto que a questão ecológica inclui interesses contraditórias, de gentes, instituições estruturas, mecanismos privados e coletivos expressões geopolíticas ideológicas e econômicas, incontáveis problemas e formulações. (2000, p.8) A temática educação ambiental, não se refere apenas a Amazônia, mas sim toda e qualquer área verde do planeta, rios, lagos, animais, etc. O conceito de Desenvolvimento Sustentável define-se como o tipo de desenvolvimento que atente as necessidades do presente sem comprometer gerações futuras. Também como um processo de 38 mudança no qual a exploração dos recursos, orientação dos investimentos, rumos de desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão de acordo com as necessidades atuais e futuras. (BRASIL, 2002, p.32) De uma maneira geral, os principais encontros internacionais sobre o meio ambiente, os teóricos mais conhecidos indica como estratégias de preservação a Educação Ambiental, não sendo o único, mas de grande importância no processo de construção da conscientização da população para a questão preservacionista. Grandes acidentes ambientais nos últimos tempos nos levaram a pensar na questão ambiental com mais consciência. O que estamos fazendo para solucionamos problemas como o lixo hospitalar, o próprio lixo que fazemos em nossas casas, plásticos, garrafas, poluição do ar, dos rios, lagos e mares? O efeito estufa, o derretimento das camadas polares, o aquecimento global, inundações e muitos outros acontecimentos que estão acontecendo quem seria o responsável por essas transformações? Tudo leva a crer que o maior responsável por todas essas coisas é o próprio homem, o qual, o mesmo não leva em conta que ele está inserido nos processos de transformação da natureza. Sabemos que ecologia em seu significado grego quer dizer “casa, no entanto estamos destruindo nossa própria casa. O motivo maior seria econômico, não utilizamos os recursos naturais como meio de sobrevivência, mas sim para movimentarmos um mundo capitalista que vive de concorrência. Os países que produzem mais têm maior poder econômico, e são vistos como influentes nas decisões mundiais, Miranda nos diz: [...] “porque a economia capitalista afere ao resultado da combinação dos fatores da produção, maior interesse monetário de apropriação econômico do que interesse utilitário social” (2004, p.81). Visto que as pessoas não estão se dando conta que o lixo também é uma grande ameaça para meio ambiente que posto em locais impróprios 39 causa grande danos a natureza, erosões, deslizamentos etc., além de atrair animais e insetos. Portanto temos que nos conscientizar desde já que não devemos preservar somente o meio ambiente mais sim jogar o nosso lixo nos locais adequado e aprender a pressionar secretárias como a do meio ambiente que tem que começar a trabalhar, por lixeira nas ruas, juntar o lixo nos dias certos e evitar sujeiras, promover palestras de conscientização nas comunidades, e outras. Não deixando o trabalho somente para escolar, mais que se formem parcerias em prol de um ambiente mais limpo e saudável para a população. 3.3 - Legislação e o Meio Ambiente Diante de tantos problemas ambientais e pela crise que, ecologicamente falando, passa o mundo, diversos setores e instituições são obrigados a refletir sobre o meio ambiente e buscar soluções para os problemas atuais. Devido à exploração descontrolada dos recursos naturais renováveis, a Legislação possui leis que proíbem, limitam e punem certas ações humanas contra o ambiente. A Legislação, que constitui a Política Nacional do Meio Ambiente, se refere à necessidade de formação de uma consciência política, voltada e dirigida para a preservação ambiental, chamada de ideologia ambiental, onde a Educação Ambiental é o veiculo adequado para o desenvolvimento e ampliação, a produção e reprodução de ideologias na sociedade, e o convívio da aprendizagem de valores sociais, sendo a escola, a meio ambiente mais imediata para o aluno. Grandes encontros internacionais promovidos pela Unesco como Estocolmo/72, Belgrado/75, Tibilisi/77 e Eco/92 no Rio de Janeiro, chamaram a atenção do mundo em adotar atitudes educativas de preservação e conservação do meio ambiente e melhoria de qualidade de vida das pessoas. 40 Em 1972, foi realizada em Estocolmo a “1º Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano” no período de 05 a 16 de Junho, na qual, estabeleceram o “Plano de Ação Mundial e a Declaração sobre o Meio Ambiente Humano”. Esta conferência ficou conhecida como Conferência de Estocolmo. A Carta de Belgrado, documento conclusivo do Seminário Internacional de Educação Ambiental (SIEA), realizado em 1975 em Belgrado, parte do pressuposto de que o desenvolvimento da Educação Ambiental é um dos elementos vitais para o ataque geral à crise do meio ambiente Mundial e, assim, propiciar uma nova ética global. (IBAMA, 1993, p. 302). Em 1977, na Conferência de Tibilisi (Geórgia, CE), promovida pela UNESCO – PNUMA definiu-se os objetivos da Educação Ambiental, indicando o ensino formal como um dos eixos fundamentais para atingi-los. Este evento ficou conhecido como “Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental”. Em 1992, realizou-se no Rio de Janeiro a “ECO/92”, onde estabeleceram uma série de diretrizes para um mundo ambientalmente saudável, incluindo metas e ações concretas, tornando-se um documento especial para a evolução da Educação Ambiental. Entre outros documentos, aprovou-se a “Agenda 21”, documento assinado por 178 países, inclusive o Brasil. Este documento reúne propostas de ação para os países, os povos em geral e estratégias para que tais ações possam ser cumpridas. O capitulo 36, da Agenda 21, foi inteiramente dedicada à promoção do ensino, da conscientização e do treinamento. Além da Agenda 21, existem (2) dois documentos importantes originais do ECO/92: “A Carta Brasileira para a Educação Ambiental, produzido no WORKSHOP, coordenado pelo MEC, que destacou entre outros, que deve haver um compromisso real do Poder Público Federal, Estadual e Municipal, para se cumprir a legislação Brasileira. Visando à introdução da educação Ambiental em todos os níveis de ensino, estimulou também, a participação da comunidade direta ou indiretamente envolvida e das Instituições de Ensino Superior. 41 O Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, que subsidiou um plano de ação para educadores ambientais, bem como, uma lista de públicos a serem envolvidos desde ONGS, comunicadores, cientistas e até governos e empresas, como também idéias para captar recursos que viabilizem a prática de Educação Ambiental, que através desses encontros e documentos, os caminhos foram ampliados. Em complementação à Agenda 21, os países da América Latina e do Caribe apresentaram a “Nossa Agenda” com prioridades para cada um. Os governantes locais, apresentam à “Agenda Local”. Todos esses documentos contam com importantes referencias para governantes e educadores nesse século. No Brasil, a partir de tais eventos e documentos, a Educação Ambiental ganhou grande espaço e avanços tais como: O IBAMA criou em 13 de julho de 1992, o Núcleo de Educação Ambiental em todas as suas superintendências estaduais. O MEC com os CEAS (Centro de Educação Ambiental) criado também no 2º semestre de 92, os quais promoviam encontros em várias partes do país e eram definidos como pólos irradiadores, que ajudariam desencadear iniciativas e Educação Ambiental nos sistemas formal e não-formal de ensino. Em 1993, foi criado também o Grupo de Trabalho para Educação Ambiental que, entre seus objetivos principais, estavam à conscientização das recomendações aprovadas na Agenda 21 que consistiam em coordenar, apoiar, acompanhar, avaliar e orientar as ações, metas e estratégias para implementação da educação Ambiental nos sistemas de ensino em todos os níveis e modalidades. Neste período, surgiram inúmeros Projetos e Programas de educação Ambiental desenvolvidos pelo MEC e Ministério do Meio Ambiente. As ações do MEC se multiplicaram igualmente a partir de 1996, entre elas, posso citar também cursos de capacitação para formar agentes multiplicadores que testaram inclusive uma nova metodologia, as TELECONFERÊNCIAS de Educação Ambiental. 42 A partir destas ações, surgiram novas parcerias para produzir e distribuir materiais didáticos e divulgação dos novos Parâmetros Curriculares Nacionais em 1997, (PCN) que pela primeira vez deram indicação de como incorporar a dimensão ambiental na forma do TEMA TRANSVERSAIS no Currículo de Ensino Fundamental, ao mesmo tempo em que iniciou a preparação para inserção de Educação Ambiental nos outros níveis, dentro das perspectivas da nova LDB (Leis 9.394/96), que mudou a concepção curricular do ensino formal. Surgiram as Teleconferências Regionais de Educação Ambiental, que foram idealizadas pela Coordenação de Educação Ambiental do MEC através da TV Executiva, que estabeleceu prioridades para a temática ambiental em 1997, e foram viabilizadas dentro do acordo Brasil/UNESCO. A 1ª Teleconferência teve caráter nacional e ocorreu em 26 de junho de 1997, com 08 horas de duração. Entre agosto e dezembro do mesmo ano, ocorreram 05 teleconferências regionais, com aprofundamento de debates, além de apresentação e troca de experiências sobre metodologia e projetos regionais. Aconteceram ainda, os cursos de capacitação de multiplicadores em EA (Educação Ambiental), que foram focalizados para preparação de técnicos e Secretarias de Educação, Delegacias do MEC, Instituições de Ensino Federal e Universidade, para atuarem no processo de Inserção de EA no currículo escolar e também, para serem agentes multiplicadores. E para, conhecimento de todos os interessados, os cursos acontecem desde 1996, em todo país. Canalizando o tema de outra forma e dando limites às ganâncias ou ao total desconhecimento das regras que possibilitam a continuidade da vida, temos o Florestal, o Código da Pesca o Código da Caça, o Código Civil, o Penal e a Constituição, nossa Carta Magna. A Lei nº 4.771 de 5 de novembro de 1965, em seu artigo 3º “Consideram-se ainda, de preservação permanente, quando assim declarados por ato Poder Político, as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas: a etenuar a erosão das terras; a fixar colunas; a formar faixas de proteção ao longo de ferrovias e rodovias; a auxiliar a 43 defesa do território nacional, a critério das autoridades militares; a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor cientifico ou histórico; a assinalar exemplares da fauna e da floresta ameaçadas de extinção; a manter o ambiente necessário à vida das populações indígenas; a assegurar condições de bem-estar político”. Os animais de quaisquer espécies, em qualquer face de seu desenvolvimento que vive naturalmente fora do cativeiro, constituído à fauna silvestre, bem como seus, ninhos, abrigos, criadores naturais são prioridades de Estado, sendo proibida sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha. (LEI nº 5.197, 1967, Art. 1º). Como vimos e sabemos, existem leis que tanto preservam e conservam os recursos naturais renováveis como também leis que punem àqueles que violam a Constituição. É evidente que muitas leis e diretrizes estão apenas em documentos, não são cumpridas por nenhuma instituição nem por muitos habitantes, desse planeta vida. Portanto, é dever de todos cumprir a Legislação, pois a mesma foi elaborada para proteger, valorizar e respeitar a vida, bem como, assegurar o direito de todo cidadão. 3.4 - A Questão Ambiental x Civilização. A questão Ambiental vem sendo considerada cada vez mais urgente e importante para a sociedade e para todos os países do mundo, pois o futuro da humanidade depende de nós. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental, “a questão ambiental é o conjunto de temáticas relativas não só a Proteção da vida no planeta, mas também à melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida das comunidades – compõe a lista dos temas de relevância internacional”. De acordo com Tommasi, “O principal causador dos problemas ambientais é o próprio homem”. Desde a pré-história, ele vem modificando a natureza, porém as maiorias das modificações não foram e nem são tão 44 inofensivas ao ambiente, pois ao destruir a natureza o homem provoca grandes problemas inclusive um desequilíbrio ecológico e, isso é prejudicial não só para o meio ambiente, mas também para a própria humanidade. No início, as modificações da natureza causadas pelo homem, não eram em grandes proporções, pois visto que eram utilizados somente alguns recursos naturais, necessários apenas para sua subsistência e, não dispunha, na época, de instrumentos tão aperfeiçoados como os da atualidade. Com o aumento e o progresso da civilização em geral, foram destruídas uma imensa extinção de florestas, aterrando pequenos lagos e igarapés, ocasionando a morte e a extinção de diversos animais. Grandes áreas de vegetação foram substituídas pela agricultura e por pastagem para gado. As indústrias começaram e continuam poluindo rios, lagos, mares e, os resíduos tóxicos das indústrias e da queima de combustíveis, passaram a ser lançados no ar, poluindo a atmosfera, afastando os animais das cidades, ocasionando também doenças, por intoxicação e, em alguns casos, morte. O homem, em prol do “progresso mundial”, ou seja, da riqueza pessoal, derrubam as florestas, expulsam os animais de seu habitat natural deixam os solos fracos para a agricultura, provocam inundações de pequenos rios, além de diminuírem o oxigênio do ar. É evidente que os principais fatores que provocam a extinção e a destruição de muitos animais são o desmatamento, as queimadas, a caça e a pesca predatória. Ao desmatar uma área, o homem poderá contrair alguma doença, pois a floresta é a morada de muitos, inclusive de alguns transmissores de doenças graves. Ressalta Tommasi: Com o “processo da civilização”, o lixo em geral, aumentou em grandes proporções, passando a poluir e a contaminar o solo, a água e o mar de forma assustadora. No entanto o homem tem a consciência, de que “o que fazemos a natureza fazemos a nós mesmo”. (1976, p.73). 45 A poluição é causada pela emissão de substancias tóxicas no ambiente, como os resíduos industriais, os agrotóxicos e a fuligem1, que sai como fumaça das chaminés e de fábricas e dos escapamentos de carros. A contaminação é causada pela presença, no ambiente, de micróbios causadores de doenças. Como vemos o homem e o principal responsável pela destruição do meio ambiente, algumas doenças respiratórias, paulatinamente as pessoas estão reconhecendo suas ignorâncias e percebendo a importância da prevenção ambiental. E muito já esta sendo feito pela prevenção do meio ambiente, destas iniciativas e atitudes, até a criação de leis que punem àqueles põem em risco o ambiente natural e a vida dos seres vivos. Atualmente existe unidade de preservação, lugares destinados a segurar a preservação de espécies animais e vegetais e, tais unidades são administradas pelo governo, e também pela ONGs espalhadas pelo mundo. E um dos seus trabalhos é orientar as pessoas, transmitindo-os conhecimentos que ajudam o homem a “explorar” os recursos do ambiente sem devastá-lo. Os problemas ambientais tornaram-se tão sérios e graves que atingem não só proporções nacionais, mas também, em nível internacional. E o que fazer com tantos problemas ambientais? Este é um desafio para especialistas no assunto e para os países que, em conferências buscam alternativas e possíveis soluções para os problemas ambientais. Nessas conferências nacionais e internacionais, são abordados vários assuntos pertinentes a questão ambiental, e, também os países são “obrigados” a tornarem posições e decisões acerca dos problemas provocados ao meio ambiente. Entretanto a todos ou, pelo menos, parte da população, é que o homem trata o mundo como se fosse dono dele, mas somos apenas parte integrante do mesmo, e cabe a todos proteger e preservá-lo, pois se acredita que num futuro bem próximo, o mais prejudicado por toda ação destruidora ao mundo será o próprio homem, visto que, ele é o principal agente destruidor da 1 Sustância preta formada por depósito de fumaça, tisne. 46 natureza e o maior responsável por todos os graves problemas ambientais que assolam o planeta. Portanto, o progresso da civilização não deve construir na destruição de florestas e de muitos seres vivos, mas acredita-se que o progresso da humanidade ocorrerá através da educação, pois através dela, haverá a tão sonhada conscientização para a preservação do meio ambiente. 3.5 - Meio Ambiente Sustentável O meio ambiente vem sendo destruído ao longo dos séculos e, o crescimento da civilização, bem como o desenvolvimento econômico, explora os recursos naturais de forma descontrolada. O confronto inevitável é entre o modelo de desenvolvimento econômico vigente e a necessidade vital de conservação do meio ambiente, surge o debate ou a “polêmica” sobre como promover o desenvolvimento das nações de maneira a gerar o crescimento econômico, sem explorar os recursos naturais de forma irracional, objetivando, desta forma, garantir melhores condições de vida no planeta. Para muitos, que exploram descontroladamente a natureza e que adquiram riquezas com essa prática, o modelo de sustentabilidade é impossível, acreditando eles, que nenhum elemento físico pode crescer indefinidamente. Mas, nos documentos assinados pela maioria dos países do mundo, incluindo o Brasil, fala-se em garantir o acesso de todos os bens econômicos e culturais necessários ao seu desenvolvimento pessoal e a uma boa qualidade de vida relacionando-o com os conceitos de desenvolvimento e sociedade sustentáveis. O desenvolvimento sustentável foi definido pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades. 47 Nas propostas apresentadas pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o mesmo tem significado de “melhorar a qualidade da vida humana dentro dos limites da capacidade de suporte dos ecossistemas”. O que os ambientalistas querem realmente é que as pessoas usem os recursos naturais renováveis de forma qualitativamente adequada e em quantidades compatíveis com sua capacidade de renovação. O PNUMA, prevendo a não aceitação de uma proposta de sustentabilidade ou de um ambiente sustentável, estar consciente de que “não pode haver garantia de sustentabilidade em longo prazo porque muitos fatores são desconhecidos ou imprevisíveis”. Mas, tendo em vista tal oposição, o Programa propõe que as ações humanas, para com o ambiente, ocorram dentro das técnicas e princípios conhecidos de conservação, estudando seus efeitos para que se aprenda rapidamente com os próprios erros. Essa proposta só se concretizará com o engajamento de instituições, colaboradores, sociedade inclusive com a participação da escola, sendo ela uma das instâncias da sociedade que pode contribuir para o desenvolvimento deste processo. O PNUMA, com o apoio da ONU e de diversas organizações nãogovernamentais, propôs, em 1991, princípios, ações e estratégias para a construção de uma sociedade sustentável. Segundo o Programa, a sociedade sustentável é aquela que vive em harmonia com nove princípios interligados: • “Respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos (princípio fundamental). Trata-se de um princípio ético que “reflete o dever de nos preocuparmos com as outras pessoas e outras formas de vida agora e no futuro”; • Melhorar a qualidade de vida humana (critério de sustentabilidade). Esse é o verdadeiro objetivo do desenvolvimento, ao qual o crescimento 48 econômico deve estar sujeito: permitir aos seres humanos “perceber o seu potencial, obter autoconfiança e uma vida plena de dignidade e satisfação”; Conservar a vitalidade e a diversidade do planeta • terra (critério de sustentabilidade). O desenvolvimento deve ser tal que garanta a proteção “da estrutura, das funções e da diversidade dos sistemas naturais do Planeta, dos quais temos absoluta dependência”; Minimizar o esgotamento de recursos não- • renováveis (critério de sustentabilidade). São recursos como os minérios, petróleo, gás, carvão mineral. Não podem ser usados de maneira “sustentável” porque não são renováveis. Mas podem ser retirados de modo a reduzir perdas e principalmente a minimizar o impacto ambiental. Estes recursos usados de modo a “ter sua vida prolongada como, por exemplo, através de reciclagem, pela utilização de menor quantidade na obtenção de produtos, ou pela substituição por recursos renováveis, quando possível: • Permanecer nos limites de capacidade de suporte do Planeta sustentabilidade). Não Terra se (critério pode ter de uma definição exata, por enquanto, mas sem dúvida há limite para os impactos que os ecossistemas e a biosfera como um todo pode suporta sem provocar uma destruição arriscada. Isso varia de região para região. Devem-se adotar políticos que desenvolvam técnicas adequadas e tragam equilíbrio entre a 49 capacidade da natureza e as necessidades de uso pessoal; • Modificar atitudes e práticas pessoais (é um meio para se chegar à sustentabilidade). Para adotar a ética de se viver sustentavelmente, as pessoas devem reexaminar os seus valores e alterar o seu comportamento; • Permitir que as comunidades cuidem de seu próprio ambiente ( meio de se chegar à sustentabilidade).É nas comunidades que os indivíduos desenvolvem a maioria das atividades produtivas e criativas. E constituem o meio mais acessível para a manifestação de opiniões e tomada de decisões sobre iniciativas e situações que as afetam; • Gerar uma estrutura nacional para a integração de desenvolvimento e conservação (meio para se chegar à sustentabilidade). A estrutura de garantir “uma base de informação e de reconhecimento, leis e instituições, políticas econômicas e sociais coerentes”. A estrutura deve ser flexível e regionalizável, considerando cada região de modo integrado, centrado nas pessoas e nos fatores sociais, econômicos, técnicos e políticos que influem na sustentabilidade dos processos de geração e distribuição de riqueza e bem-estar; • Construir uma aliança global (meio para se chegar à sustentabilidade). Hoje, mais do que antes, a sustentabilidade do planeta depende da confluência das ações de todos os países, 50 de todos os povos. As grandes desigualdades entre ricos e pobres são prejudiciais a todos. “a ética do cuidado com a terra aplica-se em todos os níveis, internacional, nacional e individual. Todas as nações só tem a ganhar com a sustentabilidade mundial e todos estão ameaçados caso não consigamos essa sustentabilidade”. A forma como vimos, o ambiente sustentável é fundamental para que agora e futuramente tenhamos uma vida saudável, pois a mesma depende também de como tratamos o meio ambiente. Sabe-se que o desenvolvimento sustentável, para muitos, é uma utopia2, no entanto, para milhares de pessoas ela é uma solução racional e digna para os seres humanos e para natureza, pois a efetivação de uma sociedade sustentável onde as racionalidades sociais substituam a racionalidade econômica é fundamental para todos os seres vivos, bem como para o equilíbrio de todos os ecossistemas. Para Coimbra: “A alternativa, portanto, parece clara. É preciso navegar com segurança entre os extremos de um ‘naturalismo’ desumanizador e de um ‘economismo’ destruidor (2005, p. 22). O respeito à vida deve ser a referência norteadora básica”. Agora é evidente que se torna complicado estabelecer um modelo de desenvolvimento sustentável no Brasil, visto que, o país tem diferenças e peculiaridades que cada região particularmente possui. O nosso país, pressionado de todas as formas para buscar um desenvolvimento, entre na crise, e, muitos na tentativa de ampliar riquezas pessoais, exploram os recursos naturais, aleatoriamente. Na década de 70, o Brasil cresceu e ampliou seus debates sobre a Questão Ambiental, pois em 30 de outubro de 1973, criou-se sob o Decretolei 73.030, a Secretaria Especial do Meio Ambiente-SEMA, subordinada ao Ministério do Interior, sendo responsável: para: 2 Projeto irrealizável, quimera. 51 “examinar as implicações do desenvolvimento nacional e do processo tecnológico sobre o meio ambiente; assessorar órgãos e entidades incumbidas da conservação do ambiente; elaborar normas e padrões de preservação ambiental; e elevar pelo cumprimento daqueles dispositivos, seja diretamente, seja em coordenação com outras entidades”. (BRASIL, 2002, p. 21). Na década de 80, a partir da Lei 6.938 que estabeleceram objetivos e instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, conciliou-se o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental. E em conseqüência deste documento, foi criado o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) que, juntamente com CONAMA, tem a responsabilidade de assessorar, estudar e propor ao governo federal, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais, bem como, deliberar sobre normas e padrões compatíveis com a preservação do meio ambiente. Em linhas gerais, a sustentabilidade é, portanto, a proposta de um modelo de vida saudável, compatível e em equilíbrio com o meio ambiente e, só se tornara possível quando todos valorizar e respeitar a vida de todas as espécies de seres vivos do planeta, inclusive a vida dos próprios seres humanos. 3.6- Manejo e Conservação Ambiental Compreender como a natureza funciona, bem como, a relação que cada ser vivo estabeleceu com a mesma, é de extrema importância para os seres humanos. Além disso, é fundamental que o homem conheça forma de lidar adequadamente com os recursos naturais renováveis, no intuito de preservar a qualidade e as quantidades dos elementos que formam o meio ambiente. Neste sentido, a escola pode e deve esclarecer vários fatores relacionados à natureza. 52 Os PCNs abordam diversos itens pertinentes a preservação da natureza, dentro eles se destacam: • O manejo e a conservação da água: noções sobre captação, tratamento e distribuição para o consumo; os hábitos de utilização da água em casa e na escola adequados as condições locais; • A necessidade e formas de tratamento dos detritos humanos: coleta, destino em tratamento de esgoto; procedimentos possíveis adequados as condições locais (sistema de esgoto, fossa e outros); • A necessidade e as formas de coleta e destino do lixo: reciclagem, os comportamentos responsáveis de “produção” e “destino” do lixo em casa, na escola e nos espaços de uso comum; • As formas receptivas e imperceptíveis de poluição do ar, da água, do solo e poluição sonora; provocam principais localidades poluição (indústrias, locais que mineração, postos de gasolina, curtumes, matadouros, criações, atividades agropecuárias, em especial as de uso intensivo de adubos químicos e agrotóxicos, etc.); • Noções de manejo e conservação do solo: erosão e suas causas nas áreas rurais e urbanas; necessidades e formas de uso de insumos agrícolas; cuidados com a saúde; • Noções sobre procedimentos adequados com plantas e animais; cuidados com a saúde; 53 • As necessidades e as principais formas de prevenção, conservação, recuperação e reabilitação ambientais, de acordo com a localidade local; • Alguns processos simples de reciclagem e reaproveitamento de materiais; • Os cuidados necessários para o desenvolvimento das plantas e dos animais; • Os procedimentos corretos com dejetos humanos nos banheiros e lugares onde não haja instalações sanitárias; • As práticas que evitam desperdícios no uso cotidiano de recursos como água, energia e alimento; • A valorização de formas conservativas de extração, transformação e uso dos recursos naturais. (1998, p: 57-58). Tais hábitos, comportamentos conhecimentos acima citado, só serão possível se houver uma mudança de atitudes das pessoas e, caso o homem aprenda a manejar adequadamente os recursos naturais renováveis e nãorenováveis; certamente não haverá tanto desperdício e muitos desses recursos permaneceram conservados. Uma problemática lastimável é o lixo doméstico, pois muitos dos lares, não possuem um local adequado para o lixo. É claro que isso depende também de um trabalho de conscientização, mais se a população tivesse um pouco de conhecimento sobre o que fazer com a coleta e o destino do lixo domiciliar, evidentemente o ambiente em que estão inseridos seria bem mais agradável e limpo. Muitos dos elementos que constitui o lixo, manejado de forma correta, serve até de adubo para plantação e desenvolvimento de vários vegetais. 54 O manejo inadequado dos recursos naturais causa uma série de problemas para o meio ambiente e para a vida dos seres humanos, visto que a poluição do solo, da água e do ar é provocada pela ação humana, no entanto acredito, na inteligência do homem, e, pois estes são capazes de viver em harmonia com a natureza, visto que dependem dela para sobreviver. Portanto, o homem deve estabelecer um equilíbrio entre o seu cotidiano, com os “recursos” do meio ambiente, e, esse equilíbrio só se tornará realidade, quando ele aprender a manejar corretamente todos os recursos naturais renováveis, inclusive os não-renováveis. Enfim, se homem é capaz de destruir a natureza, também é capaz de conservar e preservá-la. 55 CONCLUSÃO Embora o lixo seja considerado uma grande ameaça à vida, verifica-se que é possível minimizar seus impactos, ao se adotar medidas preventivas, abandonando práticas de consumo exagerado ou então, conscientizando a população, seja em relação ao destino ou às formas de reciclagem do lixo gerado. Assim, são necessárias que o governo e a sociedade assumam novas atitudes, visando gerenciar de modo mais adequado a grande quantidade e diversidade de resíduos que são produzidos diariamente. Estas práticas não só reduzirão o volume de resíduos produzidos diariamente, mas também permitirão o exercício de reuso. São atitudes simples e viáveis que podem ser incorporadas cada vez mais, a fim de proteger o ar, o solo e a água, trazendo como conseqüências melhores condições de saúde humana, qualidade de vida e saúde ambiental. No entanto o estudo sobre Educação Ambiental tem ganhado grandes adeptos, e esses estudiosos além de fornecer contribuições benéficas para o planeta, tem também estudado as práticas correntes e buscado a analisálos. Aprimorá-las e contribuir com pesquisas que permitem ao professor adotá-las na suas práticas a fim de promover um trabalho de qualidade. O papel que esses estudiosos desenvolvem na educação da criança espelha a função que elas têm na nossa sociedade de uma maneira geral. Algumas dificuldades dos professores em trabalhar a questão ambiental são justificadas pela falta de conscientização dos alunos, dos pais, de alguns professores e da própria comunidade. Embora a formação desses profissionais nos cursos de magistério mereça uma pesquisa particular, no que se refere o seu preparo para desenvolver o lado social e cultural da criança, pelo que se observa na 56 prática diária do ensino fundamental, deduz-se que essa formação é ainda muito precária. Consideramos que o papel da escola ao longo dos anos do ensino fundamental, seria desenvolver nas crianças, meios eficazes para uma compreensão de conceitos naturais e humanos referentes ao meio ambiente. Crianças nas séries iniciais facilmente adquirem posturas desejáveis de acordo com o que é transmitido para elas. Portanto, uma escola com educadores que reconheçam a necessidade de um trabalho sério e comprometedor com a temática, colocada num plano elaborado com responsabilidade como proposta pedagógica, certamente levaria a bons resultados perante a sociedade. O lixo domiciliar que nós mesmos fazemos todos os dias é um outro problema, a maioria da população não sabe o que fazer do lixo, o que poderia ser usado como adubo, o que poderia ser reciclado. Há uma falta de políticas públicas adequadas para o recolhimento do lixo. Portanto a temática problematizada durante os capítulos estudados nos leva a refletir que o assunto diz respeito a todos e por todos ser tratados. Afinal, estamos cuidando do nosso grau de informação, quanto mais participamos das decisões que afetam o equilíbrio do meio ambiente, maior a possibilidade de conquistamos juntos e toda uma vida melhor. 57 BIBLIOGRAFIA AURÉLIO, Minidicionário da Língua Portuguesa, 4ª ed. Revista e ampliada, edição especial para FNDE⁄PNLD 2001. BAIRD, C. Química Ambiental. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. p.535574. BRASIL, Constituição. Brasília: Senado federal, 1988. BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental, Parâmetros Curriculares Nacionais: Apresentação dos temas transversais: Ensino de quinta a oitava séries. 3. Ed. Brasília, 1998. BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI 9394⁄96 Apresentação, Carlos Roberto Jamil Cury. 5. Ed. Rio de Janeiro: DP&A. 2002. CADERNO DO CEAS. Amazônia, indígenas e ribeirinhos, sustentabilidade, terras e políticas sociais, 2003. COPELLI, D. Novos ares. Revista Nova Escola. Ano X. n. 83 São Paulo: Agosto, 2000. 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