A SOCIEDADE, A POLÍTICA E A
CULTURA BRASILEIRA
A FORMAÇÃO SOCIAL, POLÍTICA E CULTURAL DO BRASIL
ANTECEDENTES
- Dependência e subdesenvolvimento: capitalismo europeu
desenvolvido versus a América Latina dependente
- Conquistadores Ibéricos versus culturas americanas (índios
e negros)
- Os Europeus: cristãos, donos de uma cultura oficial,
“moderna” e o uso de tecnologias (ferro, pólvora, carvão...)
contra os nativos, “bárbaros”, “inferiores”, excluídos da
História Universal, atrasada...
A COLÔNIA
- Grande extensão territorial
- Fornecedor de matéria-prima (pau-brasil, cana de açúcar,
-mineração, borracha,
café...)
- Economia voltada para o mercado externo
- Dependência e exploração da colônia pela metrópole
- Concentração fundiária (latifúndio): doação da terra aos
amigos
do rei (capitanias hereditárias)
- Minoria branca, cultura transplantada
• Escravidão: vida social voltada à casa grande e à senzala
• Aculturação dos índios e negros
• A língua portuguesa se restringia à nobreza. O tupi era a
língua oficial da maioria
• Educação restrita: 1675, proibição de instalação de uma
universidade pelos portugueses...
• Ensino Superior só em Coimbra (p. 52)
• 1808: chegada da família real ao Brasil: modernização,
primeira gráfica – publicação dos primeiros livros e
Jornais, abertura dos portos – interesse inglês.
O peso do passado (1500-1822)
A colonização portuguesa: “Os portugueses tinham construído um
enorme país dotado de unidade territorial, lingüística, cultural e
religiosa. Mas tinha deixado uma população analfabeta, uma
sociedade escravocrata, uma economia monocultora e latifundiária,
um Estado Absolutista”.
O Brasil foi conquistado: confronto entre duas civilizações (pedra
polida com os europeus detentores de tecnologias avançadas)
Dominação: extermínio pela guerra, escravidão e pela doença de
milhões de índios.
Conquista e a conotação comercial: produção de açucar para resolver
o problema da demanda na europa. Porém exigia largas extensões de
terras e mão de obra escrava dos negros africanos: “o latifúndio
monocultor e exportador de base escravista” (p.18).
Séc. XVII: a mineração - a criação de gado
A escravidão: “O fator mais negativo para a cidadania foi a
escravidão”(p.19)
O IMPÉRIO
- Não houve mudança estrutural
- A independência do Brasil só se consumou em nível político-formal (p. 55)
- Constituição outorgada de 1823
- Faculdade de Direito (bacharéis), medicina e engenharia para atender às demandas
do Estado patrimonialista.
A PRIMEIRA REPÚBLICA
-O latifúndio e a escravidão persistem...
- 1889: Proclamação da República: deu-se por golpe militar. Não houve mudança
estrutural
-1888: Abolição da escravidão: pressão externa, contratação do trabalho do
imigrante
-Ascensão das classes urbanas, mas o domínio político será dos coronéis (política
café-com-leite; SP e MG)
-No início do século XX começa a ocorrer mudanças e
transformações econômicas e sociais: urbanização,
crescimento demográfico, êxodo rural, industrialização,
novos meios de transporte, operariado, trabalhadores sem
qualificação, greves de 1917, 1920.
-Na cultura não houve transformação considerável.
Manteve-se a herança colonial dos modelos transplantados
e “ornamentais” da cultura erudita. O modernismo foi a
exceção.
O MOVIMENTO MODERNISTA
• Primeira tentativa de construir uma identidade nacional
com os românticos, ainda nos meados do séc. XIX:
Gonçalves Dias e José de Alencar (o negro e o índio vistos
sob forma romântica e idealizada – Iracema, O Guarani)
• Com o Movimento Modernista há emancipação da
cultura e da dependência. Há uma reflexão crítica frente
às formas tradicionais de autoridade e legitimação. O
Movimento modernista foi o prenunciador, preparador e,
por muitas partes, o criador de um estado de espírito
nacional (p. 77)
-O MM foi a oposição da cultura oficial e culminou com a
Semana da Arte Moderna (1922), e significou o
rompimento com a tradição acadêmica e naturalista
- Seus representantes: Oswald de Andrade, Anita Malfatti,
Menotti del Picchia e Mário de Andrade (líder maior)
-O MM foi a descoberta e recriação estética “local”
juntamente com a destruição da “cultura oficial” (p. 90).
Houve uma valoração da cultura popular.
O IMPÉRIO
INGLATERRA = Primeiro país a se industrializar – procura expandir o
mercado de bens manufaturados. A colônia portuguesa era o alvo.
MONOPÓLIO PORTUGUÊS sobre as colônias. O BRASIL procurou uma
aliança com a Inglaterra para o livre comércio
INDEPENDÊNCIA DE 1822
Apenas em nível político-formal
Separou o Brasil da metrópole ibérica e libertou o país para as
relações comerciais
Não alterou os traços fundamentais da sociedade brasileira
Sistema ainda escravocrata e economia de exportação
Primeira Constituição = 1823 (ideais liberais e democráticos à luz da
Europa)
CULTURA:
- Ensino Superior: Direito e Jornalismo (responsáveis pela divulgação da
cultura erudita
- Prevalece a cultura ornamental e aristocrática dos jesuítas
- Discrepância entre o pensamento liberal e a realidade brasileira – a
primeira Constituição do Brasil não dá conta das condições reais em que
viviam os brasileiros. Contextos diferentes: os ideais do liberalismo
surgiram de uma sociedade que se desenvolvia num processo diferente
(fundamenta-se: autonomia do indivíduo; igualdade e liberdade de
todos perante a lei universal; autonomia da razão individual, a
tolerância; direito natural a propriedade privada, cultura desinteressada,
etc.)
Conseqüências: ambigüidade na cultura brasileira dependente =
originando a possibilidade de crítica de si mesma, ou seja, elabora
formas alternativas de representar a realidade (identidade nacional).
As interpretações dessa cultura: IDENTIDADE
NACIONAL
Primeira: os românticos – culto aos primeiros habitantes, os índios, e a
fauna brasileira. OBS: o negro ainda não era passível de retrato, devido as
condições de escravidão.
Segunda: ideologia do colonizador – França e Inglaterra eram as novas
grandes civilizações; modernas e originadas pelo mais elevado estágio de
desenvolvimento: industrialização, pensamento liberal e tecnologia,
enquanto as nações latino-americanas eram constituídas por povos a
margem da história. A ideologia do colonizador foi produto da
identificação das classes dominantes com a visão liberal das Américas =
rebaixamento do povo brasileiro; dicotomia entre civilização e barbárie;
explicações científicas para o
Atraso e subdesenvolvimento; discriminação racial explicada pela
genética cientificista. Enfim, isto gera a necessidade de tutela de uma
elite esclarecida.
A PRIMEIRA REPÚBLICA
1889-1930
- economia: café no sudeste
- mão de obra: escravos
- latifúndios com pouca tecnologia
Conseqüências
- subdesenvolvimento no norte
- desenvolvimento do sul – concentração dos recursos nacionais (compra de
bens manufaturados ingleses)
-impedimento para o desenvolvimento e diversificação da economia; criação
de um mercado interno – os métodos de produção eram primitivos.
INGLATERRA – no início do séc. XIX realiza a abolição da escravatura e
ocasiona o
aumento do preço dos escravos nas colônias
A expansão de plantio do café aumentou a necessidade de mão de obra
suprida pela imigração e pela mão de obra assalariada – mais rentável do
que a posse de escravos.
Conseqüentemente, isso permitiu a pressão para a abolição de escravos no
Brasil em 1888. Com a abolição os investimentos foram repassados para a
indústria (primeira fase de nossa industrialização).
A monarquia patriarcal detinha o controle estatal e não permitia a autonomia
necessária para o desenvolvimento, porém com a formação de novas classes
sociais a partir da industrialização houve o golpe de estado dado pelo Exército
em 1889, proclamando a República e derrubando o modelo monárquico.
As classes médias e o Exército no poder conseguiram derrotar a autonomia os
proprietários rurais e os interesses financeiros internacionais, porém
encontraram dificuldades diante do latifúndio e do imperialismo britânico.
Os obstáculos enfrentados acabaram caindo em duas formas políticas:
a) Política da valorização – compra do café por parte do governo (que contraia
dívidas com grupos financeiros internacionais) quando excedente no mercado,
isto é, diminuía a demanda.
b) Desvalorização da moeda nacional – aumento da competitividade do café no
mercado mundial.
GOVERNO REPUBLICANO
-
restrição ao voto – somente pessoas alfabetizadas
os partidos políticos representavam os interesses dos grandes fazendeiros –
“coronéis”
inexistências de programas políticos diferenciados entre os partidos
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
-
Favorece a industrialização, pois o capital acumulado pelos cafeicultores são
destina- dos para a criação de bens manufaturados.
Destruição do monopólio da oligarquia cafeeira, uma vez que a crise
econômica sofrida pelos países europeus permitiu a criação do mercado
interno.
Conseqüências favoráveis: a transformação na estrutura social do Brasil implica
em novas forças sociais, grupos que pressionam para mudanças institucionais:
1) Crescimento de centros urbanos típicos de uma sociedade de massas
(categoria social e política) – desenvolvimento no setor de transportes e meios
de comunicação facilitando a discussão e troca de idéias.
2) Desenvolvimento da indústria fortalece grupos capitalistas comerciais e industriais
(imigrantes e proprietários rurais), que se encontram em oposição aos cafeicultores.
3) Condições de vida precárias para o proletariado: sem legislação de trabalho, além
da mão de obra infantil. Além disso, constituíam-se de uma classe analfabeta, não
qualificada e demasiada heterogênea para formar uma força social.
4) Surge a classe média (não vende a força de trabalho manual), constituída de:
funcionários públicos, pequenos comerciantes, artesãos, intelectuais denominados
como intelligentsia; e militares.
Cultura na República
SÃO PAULO é o maior expoente de desenvolvimento, favorecido pelo processo de
urbanização desencadeado pela indústria e o surgimento das massas. Nesse sentido,
criaram-se condições favoráveis para as atividades culturais como: cinema, teatro,
editoras, revistas e um público receptivo às novas causas e experiências.
SEMANA DA ARTE MODERNA (p. 68). Isto permitiu uma
nova configuração ideológica, culminando na Revolução de
1930.
- permanece a restrição de participação cultural;
- cultura é uma forma refinada de consumo e atributo
intelectual de superioridade e status – herança do Brasil
colônia “ornamental”, sem pretensões de verdade e
validação;
- 1930 – a reforma do ensino permite alterar os traços
elitistas;
O Modernismo
Movimento de transformação e ruptura com a cultura oficial. Conjunto
coeso e de postura crítica quanto a hipocrisia literária. Embora sejam filhos
da elite, estudados na Europa, trazendo esta postura.
Eventos:
Exposição de Anita Malfatti (pintura) e Victor Brecheret (escultor)
influenciados pelas correntes pós-impressionistas.
Artigos em jornal de Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia.
Mário de Andrade é a principal figura do movimento, aliado a corrente
futurista.
A Semana da Arte Moderna (janeiro de 1933, centenário da independência)
marcou a independência estética e cultural do Brasil. Cortou laços com a
cultura alienada e transplantada, herdadas da colônia.
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ATENÇÃO
Parte deste material foi coletado na internet e não foi possível identificar a
autoria. Este material se destina para fins de estudo e não se encontra
completamente atualizado.
FIM
• _________________Obrigado pela atenção!!
•
Acimarney C. S. Freitas – Advogado – OAB-BA Nº 30.553
•
Professor de Direito do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA – campus de Vitória da
Conquista
•
Diretor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA – campus de Brumado.
•
Bacharel em Teologia
•
Especialista em Direito Educacional - FTC
•
Especialista em Educação Profissional e de Jovens e Adultos - IFBA
•
Mestrando em Filosofia - UFSC
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