UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
IRACY DE ARAÚJO CARVALHO NUNES
UMA EXPERIÊNCIA DE APLICAÇÃO E AVALIAÇÃO PARA PROFESSORES DE
1º GRAU DA UNIDADE ESCOLAR NAZARÉ RAMOS
São Luís – MA
2005
2
IRACY DE ARAÚJO CARVALHO NUNES
UMA EXPERIÊNCIA DE APLICAÇÃO E AVALIAÇÃO PARA PROFESSORES DE
1º GRAU DA UNIDADE ESCOLAR NAZARÉ RAMOS
Trabalho monográfico apresentado como requisito para
a obtenção do grau de Especialista em Supervisão
Escolar.
São Luís – MA
2005
3
IRACY DE ARAÚJO CARVALHO NUNES
UMA EXPERIÊNCIA DE APLICAÇÃO E AVALIAÇÃO PARA PROFESSORES DE
1º GRAU DA UNIDADE ESCOLAR NAZARÉ RAMOS
Trabalho monográfico apresentado como requisito para
a obtenção do grau de Especialista em Supervisão
Escolar.
Aprovada em _____/ _____/ _____
__________________________________________________
Orientador (a)
São Luís – MA
2005
4
A todos os meus familiares, em especial meus
pais pela dedicação e compromisso com minha
educação: ao meu esposo pelo incentivo e
companheirismo e a meus filhos pela confiança e
orgulho de minha conquista.
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Ser Supremo, por ter me dado a maior prova de amor, como
inteligência e sabedoria para elaboração deste trabalho.
6
RESUMO
Considerando que a avaliação sempre foi vista de forma errônea, este trabalho tem
por objetivo orientar professores a desenvolverem a ação avaliativa de forma que
educandos e educadores sanem as possíveis falhas de aprendizagem e
caracterizar o significado da avaliação no processo ensino-aprendizagem de uma
escola do ensino fundamental da Rede Estadual do Maranhão, onde foi realizada a
pesquisa de abordagem qualitativa da qual se origina esta monografia.
7
SUMÁRIO
RESUMO ...............................................................................
06
1
INTRODUÇÃO ........................................................................ 08
2
CONCEITO DE AVALIAÇÃO ................................................. 09
2.1
Funções de Avaliação ............................................................. 09
2.2
Testar, medir e avaliar ............................................................
12
2.2.1 Princípios da Avaliação e da medida ......................................
13
2.3
Etapas da Avaliação ...............................................................
14
2.4
A relação: objetivo-avaliação ..................................................
15
2.4.1 Preparo dos objetivos para o ensino eficiente ........................
15
2.4.2 Importância dos objetivos .......................................................
17
2.4.3 Qualidade dos objetivos .......................................................... 17
3
TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO ................
19
3.1
A construção e a correção de testes ......................................
21
3.2
Utilização dos resultados da avaliação ...................................
25
3.3
Recuperação ........................................................................... 26
4
EXPERIÊNCIA DE AVALIAÇÃO PARA PROFESSORES
27
DE 1º GRAU NA UNIDADE ESCOLAR NAZARÉ RAMOS ...
4.1
Histórico da Escola .................................................................
27
4.2
Análise dos resultados da pesquisa .......................................
28
4.3
Sugestões ...............................................................................
34
5
CONCLUSÃO .........................................................................
36
REFERÊNCIAS ......................................................................
37
ANEXOS .................................................................................
38
8
1
INTRODUÇÃO
Comumente a avaliação é entendida como o resultado de testes, provas,
trabalhos ou pesquisas, mas na verdade, ela deve acompanhar todo o processo de
aprendizagem, visando à correção das possíveis distorções e ao encaminhamento
da consecução dos objetivos previstos.
A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua
sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a
retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como
adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o
aluno, é o instrumento de retomada de consciência de suas conquistas, dificuldades
e possibilidade para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para
a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações
educacionais demandam maior apoio.
Ela não se restringe ao julgamento de sucessos ou fracassos do aluno, é
compreendida como uma análise reflexiva e crítica dos resultados alcançados pelo
educando durante processo ensino-aprendizagem abrangendo os aspectos
referentes à educação.
Este trabalho servirá de subsídio para o seu desenvolvimento intelectual,
pessoal e profissional, e obterá maiores habilidades e melhores conhecimentos
para garantir sua competência no processo avaliativo.
9
2
CONCEITO DE AVALIAÇÃO
Processo abrangente (...), que implica uma reflexão crítica sobre a
prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas
dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer
para superar os obstáculos (VASCONCELOS, 2000).
É a reflexão permanente do educador sobre sua realidade e
acompanhamento, passo a passo, do educando, na sua trajetória de
construção do conhecimento. Um processo interativo, através do
qual educandos e educadores aprendem sobre si mesmos e sobre a
realidade escolar ... (HOFFMANN, 1999).
Avaliar é também considerar o modo de ensinar os conteúdos que estão em
jogo nas situações de aprendizagem, é um meio de verificar até que pontos os
objetivos estão sendo alcançados através de observações e procedimentos. É
necessário que o professor informe o aluno sobre os objetivos da avaliação e,
juntamente com ele analise os resultados alcançados.
Por ser uma tarefa árdua e complexa, a avaliação requer: uma seleção de
atributos que sejam significativos para julgar o valor do que vai ser avaliado;
procedimentos que possam descrever esses atributos de maneira objetiva e
precisa, e síntese das evidências alcançadas por esses procedimentos, num
julgamento final de valor.
2.1.1
Funções da Avaliação
A existência de diferentes formas ou
modalidades de avaliação traduz
frequentemente diferentes funções. No início do processo temos a avaliação
diagnóstica, que se trata de uma fotografia da realidade a qual se detecta com a
10
maior clareza possível quem compõe a classe onde se irá lecionar, os problemas
especiais de cada um dos alunos, os domínios de conteúdos e habilidades. É
aplicado no início do ano letivo.
Identificar os que não
tem padrão aceitável
para
novas
aprendizagens.
F
U
N
Ç
Ã
O
D
I
A
G
N
Ó
S
T
I
C
A
Constata deficiência em
torno de pré-requisitos.
Constata
particularidades.
Encaminhar os que não
tem padrão aceitável para
novas aprendizagens.
Propõe
atividades
com vista a superar
as deficiências.
Individualiza o ensino.
A avaliação formativa, enquanto forma de avaliação contínua tem função
controladora sobre os alunos, para o recolhimento de informações sobre a
aprendizagem durante o desenvolvimento das atividades. No caso de insucesso,
teremos condições de encontrar alternativas de ensinar e aprender.
11
Informa sobre
rendimento.
FUNÇÃO
CONTROLADORA
o
Estabelece o ritmo de
trabalho.
P
L
A
N
E
J
A
M
E
N
T
O
Recuperação
paralela
Localiza
deficiências.
Avaliação somativa originada da Escola tradicional, preocupada com a soma
de conhecimentos expressos pelos alunos, juntam-se os dados obtidos no decorrer
de todo o processo e emite-se parecer final da promoção ou retenção do aluno na
série ou curso.
FUNÇÃO
CLASSIFICATÓRIA
Classificar os alunos ao fim de um
semestre, ano ou curso, segundo níveis de
aproveitamento.
Informa o desempenho de professores,
supervisores e administradores.
12
As funções da avaliação nos levam a refletir e analisar o aproveitamento
escolar dos alunos e o trabalho do professor no processo ensino-aprendizagem.
2.2
Testar, medir e avaliar
Três termos: testar, medir e avaliar, termos que parecem sinônimos, porém
três significados bem diferentes, mas no momento da avaliação a testagem e a
medida se fazem necessárias. Infelizmente, um dos principais fracassos da ação
avaliativa é o emprego de testes e medidas consideradas fielmente como avaliação.
Alguns autores pensam:
Testar significa verificar algo através de situações previamente arranjadas,
as quais são chamadas de teste. Teste, portanto, é um meio ou conjunto
de meios de serve para determinar as qualidades ou características de algo
que não está sendo objeto de observação. Os testes são instrumentos de
medida, mas não são os únicos (PILETTI, 1995, P. 95).
Medir significa determinar a extensão, as dimensões, a quantidade e o grau
ou a capacidade de algo. É atribuir valores segundo determinadas regras
anteriormente estabelecidas. O resultado de uma medida é sempre
expresso em números e não por descrição, havendo um sistema de
unidades convencionais, de uso mais ou menos universal, que facilita a
interpretação dos resultados (Id. Ibid., 107).
Avaliar é bem mais amplo que medir. Avaliação inclui descrições qualitativas
e quantitativas do comportamento do aluno e mais julgamento de valor quanto à
desejabilidade do comportamento (TURRA, 1981, p. 98).
Como podemos concluir, esses três termos não são sinônimos, embora seus
significados se justaponham. Na verdade, esses conceitos se completam, pois têm
amplitudes diferentes. Medir é um termo mais amplo que testar, pois os testes
constituem uma das formas de medida. Avaliar é mais abrangente que os outros
13
dois, pois inclui a utilização tanto de instrumentos qualitativos quanto de dados
quantitativos.
O esquema mostrado por Regina Cazaux Haydt (1991, p.10), mostra a
distinção entre testar, medir e avaliar.
- Abrangente
TESTAR:
Verificar um desempenho
através
de
situações
previamente
organizadas
chamadas testes.
+ Abrangente
MEDIR:
Descrever
um
fechamento do ponto
de vista quantitativo.
AVALIAR:
Interpretar dados quantitativos e
qualitativos para obter um parecer
ou julgamento de valores, tendo por
base padrões ou critérios.
2.2.1 Princípios da avaliação e da medida
Para Gronlund (1971), avaliação inclui julgamento de valor quanto à
desejabilidade do comportamento do aluno.
Portanto, quando se avalia, pode-se ou não usar medida. Ao usá-la observase a avaliação dos aspectos quantitativos. Caso contrário procede-se a avaliação
qualitativa.
Turra e outros apresentam os princípios da avaliação, segundo Gronlund:
1º Determinar e classificar o que vai ser avaliado sempre tem
prioridade no processo de avaliação.
2º As técnicas de avaliação devem ser selecionadas em termos dos
propósitos a que servem.
3º A avaliação compreensiva requer uma variedade de técnicas.
4º O uso apropriado das técnicas, de suas limitações e possibilidades.
5º A avaliação é um meio para alcançar fins e não um fim em si
mesmo.
14
Apresentam ainda os princípios básicos de medida, segundo Viana:
1º A medida de desempenho escolar é fundamental para a educação eficiente.
2º Os instrumentos de medida facilitam as observações que o professor realiza do
desempenho do estudante.
3º Todos os objetivos importantes podem ser mensurados.
Com esses princípios conclui-se que, a avaliação e medidas são necessárias
no processo ensino-aprendizagem. Cabe ao professor, através d ação assumir o
seu papel e conscientizar-se de que a ação do educador não pode ser executada
de qualquer forma, mas com elementos necessários para que o educando aprenda
e
se
desenvolva
efetivamente.
Para
isso,
deve
criar
oportunidades
de
aprendizagens ativas capazes de desenvolver as capacidades cognitivas, afetivas,
morais, sociais e políticas do aluno.
2.3
Etapas da avaliação
A avaliação deve começar pelo planejamento. Ao elaborar os objetivos a
serem alcançados pelos alunos pergunta-se:
O que devem saber fazer os alunos no final do processo?
Que atividades podem levá-los a aprender?
É pelo planejamento que se obtém a resposta.
Após o planejamento vem a realização das atividades planejadas em seguida
a verificação. O professor verifica se o educando aprendeu ou não o que lhe foi
proposto por meio de várias técnicas. Caso tenha obtido sucesso, passa-se para o
próximo ponto, usando atividades diferentes e que sejam próprias para o conteúdo
em estudo.
15
Nessas três etapas: planejamento, realização e verificação, são necessários
que haja debates, reflexão e análise entre professor, diretor, supervisor e alunos
para discutirem as falhas e buscarem meios para solucioná-las.
Os alunos podem participar das etapas. Cabe ao professor esclarecer o que
está querendo fazer, e pedir opiniões sobre atividades que possam levá-los a atingir
os objetivos que estão sendo projetados pelo professor e alunos. Com isso a
verificação do sucesso ou insucesso poderá ser feita por eles, juntamente com o
professor. Assim, os alunos poderão mudar no que for necessário e poderão
detectar se as atividades foram adequadas ou não.
2.4
A Relação Objetivos-Avaliação
Há uma estreita relação entre a avaliação e a definição dos objetivos, porque
avaliar é basicamente comprovar se os resultados desejados foram alcançados, isto
é, verificar até que ponto as metas previstas foram atingidas. É a partir da
elaboração do plano de ensino, com a definição dos objetivos que norteiam o
processo ensino-aprendizagem, que se estabelece o que e como julgar os
resultados da aprendizagem dos alunos. Portanto, objetivo e avaliação “caminham”
juntos no processo ensino-aprendizagem, facilitando também o processo do
educando.
2.4.1
Preparo dos objetivos para o ensino eficiente
Para o educador ministrar um trabalho eficiente precisa definir objetivos que
pretende alcançar. Em geral colocam-se em ênfase as modificações de
16
comportamento do aluno quanto a conhecimentos, habilidades e atitudes que, antes
de cursar a referida série, ele não era capaz de realizar, ou realizar tão eficazmente.
O estabelecimento de objetivos orienta o professor para selecionar
conteúdo, escolher as estratégias de ensino e elaborar o processo de avaliação.
Orienta também o aluno, que fica sabendo o que se espera dele nessa série.
Os objetivos específicos são os mais trabalhados na realidade escolar,
pois é através deles que se identifica com mais precisão e rapidez o comportamento
ou ação esperada pelo aluno.
É de Hilda Taba o quadro que
explicita
melhor
os
três requisitos
fundamentais de um objetivo bem elaborado. Vejamos a seguir:
FAZ O QUÊ?
REQUISITOS
COMPORTAMENTO
FINAL
- Ação observável que o
aluno desenha ao alcançar
objetivo.
Descrição
do
comportamento final que
pode ser observado.
O
A
L
U
N
O
COM QUÊ?
QUAL O
PROCEDIMENTO?
CONDIÇÕES
Situação sob a qual o
comportamento
será
demonstrado.
CRITÉRIOS
- Evidência que vai ser
aceita como garantia de
que o objetivo proposto foi
atingido.
-Padrão satisfatório de
desempenho.
EXEMPLOS
- Relacionar
- Enumerar
- Calcular
- Aplicar
- Nomear
- Dado um projetor de luz e
recipiente transparente ...
- Dado um globo terrestre ...
- Dadas cinco frases com
erros de português ...
- Dada uma lista de 10
autores ...
- Numa discussão em classe
sobre ...
- Depois de ler um texto...
- 25 a 30 questões devem ser
respondidas corretamente.
- Apresentar, no mínimo, três
razões.
- 90% das partes de uma
máquina
devem
ser
corretamente nomeadas.
17
2.4.2 Importância dos objetivos
Quando os objetivos forem bem elaborados, facilitam a seleção de materiais,
conteúdos e métodos de instrução adequada, e é possível avaliar o rendimento do
aluno verificando até que ponto os objetivos foram alcançados.
Daí percebe-se a importância dos objetivos no processo avaliativo e concluise que os objetivos não avaliados ficam sem sentido, uma vez que a avaliação é
realizada em função dos objetivos.
2.4.3 Qualidade dos objetivos
A partir da formulação dos objetivos que vão nortear o processo ensinoaprendizagem, deve ser claro e sem muitas alternativas. O vocabulário deve ser
cuidadosamente escolhido e as palavras a serem usadas não podem ser abertas a
muitas interpretações.
Vejamos alguns exemplos de:
Verbos abertos e muitas interpretações:
• Adquirir
• Apreciar
• Aperfeiçoar
• Aprender
• Acreditar
• Analisar
• Comparar
18
• Constatar
• Compreender
• Conhecer
• Dominar
• Desenvolver
• Entender
• Julgar
• Melhorar
• Pegar o significado
• Raciocinar
• Saber
Verbos abertos a poucas interpretações:
• Aplicar
• Apontar
• Classificar
• Construir
• Distinguir
• Diferenciar
• Enumerar
• Escrever
• Exemplificar
• Listar
• Marcar
• Narrar
• Raciocinar
19
• Resolver
• Traduzir
3
TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
A seleção das técnicas e dos instrumentos de avaliação deve ser realizada
durante o processo de planejamento de ensino, para que haja melhor adequação
dos recursos de avaliação aos objetivos previstos, aos conteúdos estabelecidos e
às atividades propostas para o processo ensino-aprendizagem.
Devem ser realizadas técnicas variadas e instrumentos diversos de
avaliação. Durante a aula o professor avalia seus alunos de modo espontâneo sem
usar testes, observando cada movimento. Esse tipo de avaliação é diferente,
podemos chamá-la de avaliação não planejada. Mesmo sendo informal, tem o seu
valor avaliativo.
Para proceder, agir e aplicar a avaliação necessita-se de técnicas e
instrumentos que descrevem qualitativa e quantitativamente a mudança ocorrida no
educando.
Há muitas técnicas e instrumentos que podem auxiliar o professor em seu
desempenho. Dentre eles destacaremos:
- Observação
- Debate
- Pesquisa
- Prova
- Auto-avaliação
- Registro
- Entrevista e questionário
20
- Vejamos cada item elencados anteriormente:
OBSERVAÇÃO: É uma das técnicas que o professor dispõe para melhor
conhecer seus alunos, identificando suas dificuldades e avaliando seus avanços
nas várias atividades realizadas e seu progresso na aprendizagem.
DEBATE: Este deve ser bem planejado com os alunos e orientado pelo
professor. É um momento significativo de aprendizagem, sendo ele próprio, objeto
de conhecimento; indo à maioria das vezes, além do tema estudado, pois através
dele, o aluno expõe sua forma de compreender o tema em questão.
PESQUISA: É feita para buscar respostas a um problema colocado. Para
aplicá-la, deve-se construir coletivamente um roteiro; saber como e onde buscar as
fontes de informações; esclarecer ao
aluno que as opiniões, sendo ou não
divergentes da sua, devem ser respeitadas. A possibilidade de aprendizagens
específicas será gerada por essa busca de soluções.
PROVA: Instrumento mais utilizado pelos professores. Exige que seja
elaborado de forma objetiva, com linguagem clara, sem “emboscadas” para o aluno.
Esse instrumento tem como objetivo análise e reflexão dos resultados obtidos e
mostrar qual a melhor forma de superar as dificuldades. Esses procedimentos
deverão ser analisados não só pelo professor, mas por alunos e pais.
AUTO-AVALIAÇÃO: Frente às tarefas propostas, este recurso possibilita a
construção de uma consciência crítica do aluno. A função do professor neste
momento é orientá-lo a se auto-avaliar com relação às ações que o aluno realiza.
Para realização da auto-avaliação serão necessárias que o aluno realiza. Para
realização da auto-avaliação serão necessárias fichas ou assembléia de turma.
21
REGISTRO: Com o registro pode-se acompanhar, de forma sistemática, o
desenvolvimento do aluno. Esse possibilita uma análise crítica e reflexiva do
processo educativo vivido por alunos e professores. Cada sugestão de registros
tem: diário, relatório de atividades de classe, cadernos de anotações sobre alunos,
vídeo, fotografia e fichas.
ENTREVISTA E QUESTIONÁRIO: São técnicas de grande valia no
campo educacional, pois é um contato direto entre duas ou mais pessoas. São
muito úteis para avaliar o alcance dos objetivos da área afetiva, já que as
informações obtidas através deles revelam o sentimento, a percepção e as
necessidades vivenciadas pelo próprio aluno. Exemplos de fichas avaliativas estãos
anexados a este trabalho.
Mesmo com tantas técnicas e instrumentos, sabe-se que nenhum deles é
capaz, por si só, de detectar a totalidade do conhecimento do aluno.
3.1
A construção e a correção de testes
Os testes podem ser elaborados de forma objetiva ou subjetiva. Outros
podem combinar as duas formas, o chamamos prova mista.
O teste, ao ser elaborado, deverá envolver os objetivos mais significativos
e imediatos e não aos finais.
Na construção de uma prova, deve-se consultar os planos de trabalho, os
diários de classe, os comprovantes do aluno, os resultados das verificações
mensais, e os programas oficiais, pois a prova é planejada para avaliar não só as
informações que o aluno possui, mas a compreensão, certas habilidades, atitudes e
hábitos.
22
A correção é feita de várias formas. Os professores utilizam gabaritos,
tiras de papel ou papelão, folhas de correção, etc. ...
Os testes jogam um papel central na avaliação do processo dos alunos.
Proporcionam medidas diretas de muitos resultados importantes da
aprendizagem e evidências indiretas sobre outros ...
A validade da informação que propiciam depende, contudo, dos
princípios que fundamentam sua construção e uso (GRONLUND,
N.op.cit.,p.129)
Na construção de questões objetivas pode-se optar por diferentes formas:
Vejamos algumas delas:
• Resposta curta;
• Completamento;
• Falso-verdadeiro;
• Associação (acasalamento);
• Resposta única;
• Resposta múltipla;
• Afirmação incompleta;
• Lacuna;
• Símbolo.
RESPOSTA CURTA: É um item simples onde o aluno dará a resposta por
escrito. Exemplo: Quais as partes componentes da planta?
COMPLETAMENTO: Nesta seguem espaços que o aluno deve
preencher.
Exemplo: Os beneficiados com a política mercantilista forma:
a) .........
b) .........
c) .........
23
FALSO-VERDADEIRO: Também pode ser apresentado de “C-certo, Eerrado”. Nela o aluno terá que decidir se afirmação é falsa ou verdadeira.
Exemplo: Escreva nos parênteses, V caso a afirmação seja verdadeira e
F se for falsa.
( ) O triplo de 418 é 12124.
( ) 52% de 80 é igual a 34,6.
( ) 342,231,480 e 4785 são divisíveis por 3.
( ) O MMC de 12 e 18 é igual a 36.
ASSOCIAÇÃO: Este enunciado se refere a duas colunas apresentadas e
que devem ser associadas ou relacionadas pelos alunos, através de letras ou
algarismos. O número de elementos não pode ser igual nas duas colunas.
Exemplo: Associe a 2ª coluna de acordo com a 1ª.
1. Pedreiro
( ) Substantivo comum
2. Estudar
( ) Verbo da 1ª conjugação
3. Inteligente
( ) Verbo da 3ª conjugação
4. Unir
( ) Substantivo concreto
5. Escrever
( ) Substantivo próprio
6. Deus
( ) Verbo da 2ª conjugação
( ) Adjetivo
( ) Substantivo derivado
RESPOSTA ÚNICA: Enunciado em forma de pergunta , que o aluno deve
completar com uma das alternativas.
Exemplo: Quais as partes fundamentais que formam a célula?
(a) Membrana celular, citoplasma, núcleo.
(b) (b) Membrana plasmática, citoplasma e núcleo.
24
(c) Bacilos, vibriões e espirilos.
(d) Cocos, bacilos e espirilos.
RESPOSTA MÚLTIPLA: Enunciado que admite várias respostas, sendo
necessário combiná-las de alguma maneira.
Exemplo: Assinale as orações que têm concordância incorreta:
(a) O inocente foi eu.
(b) É meia noite e meia.
(c) Hoje são dez de novembro.
(d) Enrico são as alegrias dos pais.
(e) Fazem dois anos que não venho aqui.
AFIRMAÇÃO INCOMPLETA: É semelhante ao item de respostas simples,
mas não envolve perguntas.
Exemplo: O resultado de 1001² é:
(a) 2002
(b) 11011
(c) 101101
(d) 1002001
LACUNA: Nestes são suprimidas partes relevantes, deixando-se em seus
lugares lacunas que deverão ser preenchidas pelos alunos.
Exemplo: Os protozoários também são seres _________, mas seu
organismo é mais complexo que o das ________.
SÍMBOLO: Este tem como condição um símbolo (mapa, globo terrestre,
etc.), onde o aluno dirá a quem pertence e/ou seu significado.
Exemplo: Verifique o coletivo correspondente a cada figura e escreva-o
em seu caderno.
25
a)
PENCA – MATILHARAMALHETE
b)
NUVEM – BOSQUERAMALHETE
As questões subjetivas são elaboradas de forma que o aluno tenha
liberdade de escrever o que quiser, desde que se refira ao assunto proposto.
3.2
Utilização dos resultados da avaliação
A avaliação não é uma arma, mas um meio de resolver problemas de
aprendizagem.
Através dos resultados da avaliação busca-se solução para as falhas
ocorridas recuperando os alunos, distribuídos em grupo a fim de levá-los a
aprendizagem. Além dessas funções, o resultado da avaliação faz com que o corpo
docente busque aperfeiçoamento e dê orientação educativa capaz de solucionar o
fracasso que a avaliação mostra ao ser realizada.
As pesquisas educacionais, a classificação dos alunos, a distribuição de
conceitos ou notas e a motivação, também, são realizadas graças à utilização dos
resultados da avaliação.
26
Esse resultado mostra o desempenho do aluno e do professor, que juntos
devem mudar suas atitudes e comportamento fazendo brotar o potencial positivo
que guardam dentro de si.
3.2
Recuperação
Quando a maioria dos alunos é reprovada, reprovado está o professor,
pois não soube diagnosticar o problema de risco de fracasso, não teve
habilidade para manejar o próprio fracasso, mormente não ofereceu
contrapartida, não reagiu (DEMO, 1994, p.93).
De acordo com o pensamento de Pedro Demo, reprovação é sinônimo de
fracasso, de não aprendizagem.
A recuperação sendo realizada paralelamente fará com que o aluno
recupere normalmente as falhas e prossiga as juntamente com o restante da turma.
Para realizar a recuperação, o professor deve retornar ao processo,
colocando os estudantes carentes em condições de continuar o estudo
(Recuperação Preventiva) ou levar o aluno a refazer o trabalho mal-feito ou não
realizado. Isso fará com ele assimile melhor todos os elementos importantes
propostos (Recuperação terapêutica).
Segundo Claudino Pileti (1995,p.217), as principais maneiras de realizálas são as seguintes:
•
Intensificar os exercícios;
•
Concentrar mais atenção sobre os aspectos deficientes;
•
Promover tarefas e estudos individuais;
•
Organizar grupos específicos de estudo;
27
•
Incentivar os alunos que já realizaram a aprendizagem para que
auxiliem os alunos que apresentarem maiores dificuldades.
4.
EXPERIÊNCIA DE AVALIAÇÃO PARA PROFESSORES DE 1º GRAU
NA UNIDADE ESCOLAR NAZARÉ RAMOS
4.1
Histórico da Escola
A Unidade Escolar Nazaré Ramos, situada à Avenida Getúlio Vargas
S/N, Centro de Magalhães de Almeida-MA, foi criada através de um convênio da
PREFEITURA DE SÃO BERNARDO com o ESTADO.
Originou-se esse nome em homenagem à esposa do Governador de
época.
Seu funcionamento iniciou-se em 1940, de 1ª à 4[ série nos turnos
matutino e vespertino. Os corpos administrativos, docente e discente da escola
eram compostos por:
•
01 Diretor
•
02 Professores
•
200 alunos
•
04 A.S.G. (Auxiliar de Serviços Gerais)
•
01 Vigia
Atualmente a Escola é assim composta:
•
01 Diretor Geral (Eran Cardoso do Nascimento)
•
01 Diretor Adjunto
•
01 Secretário
28
•
20 Professores
•
01 Agente Administrativo
•
04 Vigias
•
04 A.S.G. (Auxiliar de Serviços Gerais)
•
01 Agente de Supervisão de Acompanhamento Curricular (SAC).
Já passou por várias reformas físicas e pedagógicas, entre elas as aulas
da TV ESCOLA, onde os professores e alunos aprendem respectivamente;
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que servem de apoio aos professores
que necessitam cada vez mais, de idéias construtivas.
A
comunidade
escolar
também
tem
participação
nas
decisões
administrativas. O Colegiado, eleito por voto direto, é um exemplo dessa
participação.
Os recursos financeiros são enviados pelo FNDE (Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação) e pelo FEE (Fundo Estadual de Educação) para
manutenção pedagógica e conservação do prédio escolar.
4.2
Análise dos resultados da pesquisa
Até que ponto somos preparados para avaliar? Verificação ou avaliação,
o que pratica a escola?Como avaliar teoricamente se a aprendizagem é prática?
Dessas interrogações originou-se a necessidade para obter-se a verdadeira vião de
avaliação que a escola tem demonstrado e aplicado.
Para obter os resultados, foi escolhida a Unidade Escolar Nazaré Ramos
e aplicou-se um questionário com várias questões sobre a avaliação:
O que é avaliação?
29
“È a maneira mais prática para saber a capacidade de cada um.” (Francisca)
“É a forma como se reconhece o desempenho do aluno.” (Fátima Caldas)
“É um sistema pelo qual medimos a capacidade de aprendizagem do aluno” (Teresa)
“É um instrumento contínuo de aprendizagem do aluno”. (Goreth)
“É um busca de informações para orientar uma posterior intervenção.” (Nuncy)
“É saber se está tendo bons rendimentos em sala de aula para sentir se está havendo
realmente aprendizagem.” (Graça Nunes)
“É a parte integrante das atividades que formaliza o controle externo do aluno.”
(Fátima Silva)
“Processo para verificação de desempenho nas atividades.” (Andréa Simone)
“É um processo que o professor com o objetivo de verificar até que ponto os
objetivos foram alcançados pelos alunos.” (Roseane)
Para que serve a avaliação?
“Para saber se o aluno está realmente preparado.” (Francisca)
“Para observar o desempenho do aluno.” (Fátima Caldas)
“Para conhecer o desenvolvimento do conteúdo ministrado ao educando.” (Teresa)
“Para constara se o aluno está preparado para adquirir novos conhecimentos.”(
Goreth)
“Para verificar a aprendizagem ou conhecimento de determinado conteúdo.” (Nuncy)
“Para saber se os objetivos estão sendo alcançados.” (Graça Nunes)
“Para analisar nossas ações, emitir um juízo de valor sobre seus resultados,
redirecioná-los quando os resultados não são satisfatórios, buscar novas formas de
realizar as ações.” (Fátima Silva)
“Para verificar aprendizagem do aluno e do desenvolvimento do professor.” (Andréa
Simone)
30
“Para saber se realmente os alunos estão aprendendo os assuntos citados ou não,
também como um ponto de partida.” (Roseane)
Quando é melhor avaliar?
“Quando o aluno sabe ler e escrever.” (Francisca)
“Após vasta aplicação do conteúdo.” (Fátima Silva)
“Quando observamos o desempenho da classe.” (Teresa)
“A cada momento do processo ensino-aprendizagem.” (Goreth)
“Ao iniciar o ano letivo, durante o ano todo, antes de iniciar cada unidade de ensino
ou término.” (Roseane)
“No dia-a-dia.” (Graça Nunes)
“Constantemente.” (Fátima Caldas)
“Após cada conteúdo aplicado.” (Andréa Simone)
Como seus alunos são avaliados?
“Através de testes, trabalhos e exercícios.” (Francisca)
“Pela assiduidade, participação e aprendizagem do conteúdo.” (Fátima Silva)
“Com a observação do comportamento, do cumprimento de tarefas e também de
testes.” (Nuncy)
“Pelos conteúdos, entrega de tarefas, participação, assiduidade, opiniões, etc ...”
(Graça Nunes)
“De diferentes formas, a partir do desenvolvimento das atividades e suas
potencialidades.” (Fátima Caldas)
“Com várias técnicas.” (Andréa Simone)
31
“Na participação das aulas, leituras e tarefas.” ( Roseane)
Quais as dificuldades que você tem em avaliá-los?
“Os alunos não gostam de estudar e nem de fazer tarefa.” (Francisca)
“Tenho dificuldades quando não estão todos.” (Fátima Silva)
“Quando eles não se interessam e pela falta dos alunos.” (Teresa)
“Falta de empenho na realização das atividades propostas.” (Goreth)
“O grande número de alunos e a falta de participação dos mesmos.” (Nuncy)
“Englobar uma série de procedimentos para observar cada aluno.” (Graça Nunes)
“Tenho dificuldades de evitar que colem uns dos outros.” (Fátima Caldas)
Como recupera seus alunos?
“Com tarefas paralelas.” (Francisca)
“Através de pesquisas, trabalhos, etc...” (Fátima Silva)
“Testes, provas e trabalhos.” (Teresa)
“Dando aula de reforço dos objetivos que não foram alcançados.” (Goreth/ Nuncy)
“Com trabalhos grupais, opiniões e participação.” (Roseane)
“Através de leituras, ditados e exercícios.” (Andréa Simone)
“Por meio de revisão dos conteúdos e aplicação de novos testes.” (Graça Nunes)
32
Em que consiste e para que serve a recuperação?
“Para reduzir o número de reprovação.” (Francisca/ Fátima Silva)
“Para ajudar o aluno a adquirir boas notas.” (Teresa/ Goreth)
“Serve para recuperar e reforçar o aluno.” (Nuncy)
“Para verificar a aprendizagem do aluno.” (Graça Nunes)
“A recuperação serve para reforçar a aprendizagem de um objetivo que não foi
alcançado.” (Fátima Caldas)
“Para dar chances aos alunos mais fracos.” (Roseane)
“Consiste no empenho do professor na tentativa de atingir os objetivos não
alcançados.” ( Andréa Simone)
Qual a relação do planejamento com a recuperação?
“Sempre faço replanejamento das recuperações.” (Goreth)
“Para fazer um bom trabalho.” (Fátima Caldas)
“O planejamento tem que ser feito de acordo com a avaliação.” (Francisca)
“O planejamento deve está de acordo com a recuperação.” (Fátima Silva)
“Acompanhar gradativamente as dificuldades dos alunos.” (Roseane)
“Procurar novas estratégias para atingir os objetivos.” (Andréa Simone)
“A recuperação deve ser feita de acordo com os objetivos do planejamento.” (Graça
Nunes)
Você julga a avaliação importante? Por quê?
“Nem sempre apresenta aprendizagem.” (Francisca/ Teresa)
33
“Sim, porque através dela sabemos de que os alunos são capazes.” (Fátima Caldas)
“Sim, porque é uma maneira de verificar tanto a aprendizagem do aluno como
também o desempenho do professor.” (Roseane/ Graça nunes)
“A avaliação é importante, pois através dela é que sabemos se o aluno está ou não
preparado para a série seguinte.” (Andréa Simone)
Cite técnicas e instrumentos a serem utilizados em nossas escolas de 1º
grau:
“Atividades
para
casa,
testes,
(Graça/Nuncy/Goreth/Roseane)
trabalhos
grupais
e
pesquisas.”
Você faz sua auto-avaliação regularmente?
“Sim.” (Goreth/Nuncy/Graça/Fátima)
“Sim. Quando os alunos não conseguem o esperado, procuro sempre onde está a
deficiência.” (Roseane/Andréa Simone/Fátima)
Com o resultado da pesquisa, constatou-se que a avaliação ainda é vista de
forma errônea. Para melhorar esse quadro, deve ser feito um mini-curso, com o
objetivo de esclarecer a verdadeira função da avaliação e como deve ser aplicada.
Espera-se que, com esse procedimento, a escola supere esta fase, hoje
vivenciada de dificuldades e dúvidas ao aplicar a avaliação, pois avaliar é um ato
que requer conhecimento e habilidade, o que se pode adquirir com a troca de
experiência entre os profissionais da área educacional.
34
4.3
Sugestões
Para obter-se maior êxito ao avaliar, pode-se combinar, entre professores,
técnicas para serem aplicadas em diferentes disciplinas, mas com os mesmos itens
a serem observados.
Exemplo: O professor de português combina com o de matemática, que no 4º
bimestre, os itens a serem avaliados serão: assiduidade, trabalho em dupla,
cumprimento de tarefas e um teste.
Antes de aplicá-las todos os professores devem tomar conhecimento do que
vai ser avaliado. Com experiência vivenciada, constatou-se que os alunos
demonstraram maior interesse pelas aulas e passam a ter maior freqüência,
fazendo com que haja maior aprendizagem.
A técnica aplicada poderá ser novamente desenvolvida em outro bimestre,
porém, aconselha-se que haja revezamento para que o aluno não se habitue em um
só tipo de avaliação, pois outros aspectos devem ser avaliados.
Outra técnica a ser aplicada é a de aluno-mestre. Procede-se da seguinte
forma: os alunos que obtiveram maior êxito nos objetivos planejados deverão ajudar
os que apresentarem dificuldades de aprendizagem. O professor forma pequenos
grupos, escolhe os alunos de maior desempenho e os divide por grupo, não
deixando de antes esclarecer o papel de cada um. Assim o professor terá como
ajudante aquele que por ele fora orientado.
A avaliação pode tornar-se ainda mais proveitosa quando contamos com a
ajuda dos pais. Forma-se reuniões e explica-se o objetivo da palestra: orientá-los a
incentivar e cobrar adequadamente aquilo que o aluno aprendeu na escola. Isso
deve acontecer todos os dias. Pode ser em qualquer horário disponível. Os pais
35
devem perguntar inocentemente o que aprenderam durante a aula do dia. Eles
responderão e facilmente estarão sendo avaliados e levados a observar com maior
atenção os conhecimentos vivenciados a escola.
Ampla e contínua, a avaliação tende a investigar tanto as ações do professor
quanto as do aluno. Portanto, deve-se não só a linguagem escrita, mas a linguagem
oral do educando, o que exige do professor procedimentos variados que levem o
aluno a participar ativamente do processo ensino-aprendizagem.
Opiniões, dúvidas e pontos de vista devem ser avaliados.
É indispensável o uso de anotações sobre a participação de cada aluno em
diferentes situações.
Pesquisas, também são instrumentos de avaliação.
Como se pode observar, o professor deve sempre estabelecer critérios de
avaliação e fazer com que os alunos tomem conhecimento deles, levando o aluno a
participar com maior interesse da avaliação do seu próprio progresso.
36
5
CONCLUSÃO
De tudo que foi dito, conclui-se que a avaliação é uma forma construtiva
auxiliar da aprendizagem. Deixou de ser o “bicho-papão” incumbido de assustar os
alunos e passou a exercer papel fundamental no processo educativo.
Com essa ferramenta de trabalho, o professor compreende as dificuldades
do aluno e busca soluções que ajudará o educando a avançar no processo de
aprendizagem.
Infelizmente, o que se constatou foi que a avaliação ainda não é aplicada
com eficácia e continua sendo confundida com pequenos testes que professores
utilizam sob o argumento de estarem avaliando fielmente os alunos.
É possível apresentar possibilidades que os façam mudar de idéia e os levem
a crescer, superar dificuldades e melhorar suas atividades pedagógicas,
dinamizando, ampliando e aprofundando a aprendizagem.
Tudo é possível, mesmo sabendo que não há avaliação que meça as
potencialidades dos educandos. Resta aos educadores detectarem as possíveis e
estimulá-los a superarem erros e dificuldades, garantindo a continuidade da
aprendizagem.
37
REFERÊNCIAS
CASSAND, Maria Luiza Kruel. A avaliação em aprendizagem – Série Didática
Geral
HAYDT, Regina Cazaux. A avaliação do processo ensino-aprendizagem. Editora
Ática. 2ª ed. São Paulo.
LACATOS, Eva Maria e MACONI, Maria de Andrade. Metodologia do trabalho
científico. 2ª ed. S.P. Atlas, 1987.
MARTINS, José de Prado. Didática Geral: Fundamentação, planejamento,
metodologia, avaliação.
MASETTO, Marcos Tarciso. Didática: a aula como centro. 4ª ed. São Paulo. FTD,
1997.
NOVA ESCOLA. A magia revela suas fórmulas. São Paulo: Abril 1998 mensal nº.
116 p.50.
NOVA ESCOLA. Avaliação. São Paulo: Novembro de 2001.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Ensino de 1ª a 4ª série. Brasília
MEC/SEF. Vol.1. 1997.
PILLETI, Claudino. Didática Geral. 18ª edição. Ática SP: 1995.
SANT’ANA, Ilza Martins. Por que avaliar? Como avaliar? Critérios e
instrumentos. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1995.
TOSI, Maria Raineldes. Planejamento, Programas e Projetos. Campinas, São
Paulo: Editora Alínea, 2001.
38
ANEXOS
39
ANEXO A
FICHA /QUESTIONÁRIO PARA PROFESSORES
DADOS GERAIS
v Nome da escoa;
v Endereço:
v Turmas de funcionamento:
v Número de alunos:
v Número de professores:
v Nome do professor entrevistado:
v Série que leciona:
1. O QUE É AVALIAÇÃO?
2. PARA QUE SERVE A AVALIAÇÃO?
3. QUANDO É MELHOR AVALIAR?
4. COMO SEUS ALUNOS SERÃO AVALIADOS/
5. QUAIS AS DIFICULDADES QUE VOCÊ TEM EM AVALIÁ-LOS?
6. COMO RECUPERA SEUS ALUNOS?
7. EM QUE CONSISTE E PARA QUE SERVE A AVALIAÇÃO?
8. QUAL A RELAÇÃO DO PLANEJAMENTO COM A RECUPERAÇÃO?
9. VOCÊ JULGA A AVALIAÇÃO IMPORTANTE? POR QUÊ?
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ANEXO B
FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO DO (A) PROFESSOR (A)
SÉRIE: _______, TURMA: ________, PERÍODO DE OBSERVAÇÃO: ___________
PROFESSOR: _______________________________________________________
1. Varia a dinâmica das minhas aulas? De que forma?
2. Procuro dar assistência sob a ótica das atitudes trabalhadas nesse período?
Como o grupo se encontra quanto a esses objetivos?
3. Quais assuntos foram objetos de conhecimento nesse período? Como a
turma se encontra frente a eles?
4. Como avalio a minha pontualidade e envolvimento com o trabalho da escola?
5. O que deve ser melhorado em sala?
6. Que aspectos avalio como dificuldades da minha ação pedagógica?
7. Em quais aspectos avancei na minha prática pedagógica?
41
ANEXO C
FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO DO (A) ALUNO (A)
ALUNO (A): _________________________________________________________
SÉRIE: ___________ TURMA; ____________
PERÍODO DE OBSERVAÇÃO: _______________
1. Atendendo às propostas do (a) professor (a) tentando entendê-la?
2. De que forma cumpro as minhas tarefas?
3. Sou freqüente nas aulas? Chego no horário?
4. O que mais gosto da escola? Por quê?
5. O que não gosto na escola?
6. O mais gostei de estudar nesse período?
7. Por que gostei de estudar esse assunto?
8. Em quais aspectos eu tenho melhorado?
9. Em quais aspectos eu ainda preciso melhorar?
42
ANEXO D
FICHA DE AVALIAÇÃO DOS PAIS
ALUNO (A): _________________________________________________________
SÉRIE: _______________, TURMA: _____________, DATA; _________________
PROFESSOR: _______________________________________________________
RESPONSÁVEL: _____________________________________________________
1. Os trabalhos escolares são atividades desafiadoras para seus filhos?
( ) sim
( ) não
( ) às vezes
2. Ele consegue realizar as tarefas escolares com organização?
( ) sim
( ) não
( ) às vezes
3. O aluno gosta de realizar sua tarefas escolares?
( ) sim
( ) não
( ) às vezes
4. Em casa, ele tem horário para estudar e assistência nos deveres?
( ) sim
( ) não
( ) às vezes
5. Demonstra prazer em estudar nessa escola?
( ) sim
( ) não
( ) às vezes
6. Os assuntos estudados despertam interesse no aluno?
( ) sim
( ) não
( ) às vezes
7. Você procura a professora ou a coordenação pedagógica da escola quando
quer saber do desenvolvimento de seu filho?
( ) sim
( ) não
( ) às vezes
8. Você tem participado das reuniões dos pais?
( ) sim
( ) não
( ) às vezes
9. Quais as sugestões para que a escola possa melhorar o atendimento
pedagógico do seu filho?
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES