D.3.1 - Saúde Coletiva
Presença de fatores de risco para as hepatites B e C entre discentes do Instituto Federal do
Pará
1
1
1,
Maria Rafaela Pereira de Oliveira , Patrícia Dantas Santos *, Jhonata Mendonça dos Santos , David Afonso Brito
2
Carlos Rodrigo Souza do Monte .
1
1. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA; *[email protected]
2. Universidade Federal do Pará – UFPA
Palavras Chave: Hepatites virais, Fatores de risco, Conhecimento.
Introdução
As hepatites são doenças infecciosas hepáticas virais de
notificação compulsória semanal, apresentando-se como
grave problema de saúde pública. Apresentam ampla
distribuição global registrando cerca de 1,4 milhões de
mortes por ano em decorrência das diversas formas de
hepatites.
As infecções pelos vírus da hepatite B e C têm sido
estudadas pelos principais fatores de risco: transmissão
sexual, uso de drogas injetáveis, transfusão sanguínea,
terapias injetáveis com equipamento contaminado (ou não
seguro), exposição ocupacional ao sangue
Este trabalho teve por objetivo identificar potenciais fatores
de risco associados às infecções pelos vírus da hepatite B
e C.
Gráfico 1: Distribuição da freqüência de exposição aos
fatores de risco para as hepatites B e C por conhecimento
da temática, IFPA, 2015.
Resultados e Discussão
Estudo descritivo e transversal realizado através da
aplicação de questionário sobre o conhecimento da
temática, história de hepatite pessoal e/ou familiar,
presença de tatuagem, piercing, compartilhamento de
objetos de uso pessoal (alicate de unha, lâmina, etc.), uso
de drogas ilícitas, o uso de preservativos durante relações
sexuais e o número de parceiros sexuais no último ano
com a participação de 108 discentes do turno vespertino
de cursos de nível técnico e superior do Instituto Federal
de Ciência e Tecnologia do Pará - campus Belém,
regularmente matriculados pela assinatura do TCLE.
A Tabela 1 mostra a presença/ausência de atividades
humanas com potencial de exposição aos vírus pelos
discentes. Nota-se o compartilhamento familiar de objetos
cortantes (38,9%), serviços de barbearia (21,3%) e o não
uso de preservativo em relações sexuais (43,5%) como os
principais fatores de risco para as hepatites B e C.
Tabela 1: Comparação da presença e ausência de fatores
de risco para as hepatites B e C, IFPA, 2015.
Fatores de risco
Objetos no domicílio
Objetos no salão
Tatuagem
Piercing
Cirurgia
Drogas ilícitas
Preservativo
Presente
n (%)
42 (38,9)
23 (21,3)
8 (7,4)
7 (6,5)
28 (25,9)
4 (3,7)
61 (56,5)
Ausente
n (%)
66 (61,1)
85 (78,7)
100 (92,6)
101 (93,5)
80 (74,1)
104 (96,3)
47 (43,5)
Ao segregar-se por “saber” ou “não saber” sobre as
hepatites B e C, evidenciou-se a presença de todos os
fatores entre os declarados cientes das doenças.
Estudos visando o conhecimento dos fatores de risco para
a aquisição das hepatites virais, especificamente a HB e
HC, são fundamentais para o planejamento de ações de
prevenção primária, medidas de controle e a alocação de
recursos para combate sejam implantadas corretamente.
Conclusões
Pode-se observar que os discentes mesmo declarando
conhecer as formas de transmissão das doenças,
habitualmente compartilham objetos perfuro cortantes no
ambiente intra e extra-familiar, mantém relações sexuais
desprotegidas e possuem tatuagens e piercings.
Recomenda-se a continuação dessa investigação através
de um inquérito soro epidemiológica pelo rastreamento
com testes rápidos e aumento da casuística a fim de se ter
dados mais robustos.
Agradecimentos
Agradecemos à Coordenação do PIBID/IFPA, Campus
Belém.
____________________
FOCCACIA, R. Veronesi: Tratado de Infectologia. 4ª edição. São Paulo: Editora
Atheneu, 2010. p. 427 – 548.
MARTINS, T; NARCISO-SCHIAVON JL.; SCHIAVON, LL. Epidemiologia da
infecção pelo vírus da hepatite C. Ver Assoc Med Bras 2011; 57(1):107-112.
67ª Reunião Anual da SBPC
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