Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal
Hospital Regional da Asa Sul
Residência Médica em Infectologia Pediátrica
Curso de Prevenção de Infecções
associadas a assistência à saúde do
Hospital Regional da Asa Sul
JEFFERSON A. P. PINHEIRO
Supervisor da Residência Médica em Infectologia Pediátrica
Médico Assistente da Enfermaria de DIP do HRAS
www.paulomargotto.com.br – 20/5/2009
Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal
Hospital Regional da Asa Sul
Residência Médica em Infectologia Pediátrica
Risco Ocupacional a Material
Biológico
JEFFERSON A. P. PINHEIRO
Supervisor da Residência Médica em Infectologia Pediátrica
Médico Assistente da Enfermaria de DIP do HRAS
Considerações Gerais

Risco ocupacional com agentes infecciosos





Historicamente negligenciado
Medidas profiláticas e acompanhamento laboratorial  1980
Exposição a material biológico: emergência médica
Acidente com perfuro-cortante: mais de 20 patógenos
Exposição ocupacional
 Baixa notificação  EUA: 600 – 800 mil casos/ano (50%
subnotificação)
 1.000 novos casos de HIV, Hepatite C ou B
 Custo de acompanhamento de 1 episódio  $ 3.000
 Medicação anti-HIV: $ 6.000 / Hepatite B: $ 1.700 / mês
Ministério da Saúde. Exposição a material biológico; 2006.
Reuters Health. Washington; maio/2009.
Considerações Gerais

Exposição ocupacional
 Taxa de abandono dos profissionais que notificam seus
acidentes
 São Paulo: 45% dos 326 acidentes notificados
 Porto Alegre: 36% em 241 acidentes
GIRIANELLI, 2002.
CARVALHO, 2002.
 A prevenção da exposição ocupacional é a melhor forma de
diminuir o risco à saúde dos profissionais.
Ministério da Saúde. Exposição a material biológico; 2006.
Considerações Gerais

Risco ocupacional
 Exposição
a
um
agente
de
origem
biológica
(microorganismos, toxinas e alérgenos) com capacidade de
produzir efeitos deletérios em humanos durante a
realização de um trabalho
 Depende:
 Tipo e gravidade do acidente
 Tamanho da lesão
 Presença e volume de sangue contaminado
 Condições clínicas do paciente-fonte
 Uso correto das técnicas de profilaxia pós-exposição
Ministério da Saúde. Exposição a material biológico; 2006.
Risco de infecção ocupacional pelo HIV, HBV
e HCV e materiais biológicos envolvidos*
*Teoricamente, oferecem risco: líquor, líquidos peritoneal, pericárdico, pleural,
amniótico, sinovial e outros fluidos que macroscopicamente contenham sangue.
Centers for Disease Control and Prevention; 2008.
Distribuição por categoria profissional dos casos documentados
e suspeitos de aquisição ocupacional de HIV nos EUA
Centers for Disease Control and Prevention; 2008.
Conduta pós-acidente

Cuidados com a área exposta

Avaliação do acidente

Orientações e aconselhamento ao acidentado

Notificação do acidente

Tratamento profilático
Ministério da Saúde. Exposição a material biológico; 2006.
Conduta pós-acidente

Cuidados com a área exposta
 Lavagem do local exposto com água e sabão nos casos
de exposição percutânea ou cutânea.
 Nas
exposições
de
mucosas,
deve-se
lavar
exaustivamente com água ou solução salina fisiológica.
 Não há evidência de que o uso de anti-sépticos ou a
expressão do local do ferimento reduzam o risco de
transmissão.
 Não devem ser realizados procedimentos que aumentem
a área exposta, tais como cortes e injeções locais.
Ministério da Saúde. Exposição a material biológico; 2006.
Conduta pós-acidente

Avaliação do acidente
 Estabelecer o material biológico envolvido
 Tipo de acidente: perfuro-cortante, contato com
mucosa, contato com pele com solução de continuidade.
 Conhecimento da fonte: fonte comprovadamente
infectada ou exposta à situação de risco ou fonte com
origem fora do ambiente de trabalho.
 Fonte desconhecida.
Ministério da Saúde. Exposição a material biológico; 2006.
Conduta pós-acidente

Orientações e aconselhamento ao acidentado
 Com relação ao risco do acidente
 Possível uso de quimioprofilaxia
 Consentimento para realização de exames sorológicos
 Comprometer o acidentado com seu acompanhamento
 Prevenção da transmissão secundária
 Suporte emocional devido estresse pós-acidente
 Reforçar a prática de biossegurança e precauções
básicas em serviço
Ministério da Saúde. Exposição a material biológico; 2006.
Conduta pós-acidente

Notificação do acidente
 Registro do acidente
CAT
(Comunicação
Acidente de Trabalho)
em
de
 Notificar CCIH ou setor
responsável: iniciar conduta
de 2 a 72h do acidente
 Preenchimento da ficha de
notificação do Sinan
Condutas frente ao acidente com
exposição ao HIV

Paciente-fonte HIV positivo
 Um paciente-fonte é considerado infectado pelo HIV
quando há documentação de exames Anti-HIV positivos
ou o diagnóstico clínico de AIDS
 Conduta:
análise
do
acidente
e
quimioprofilaxia anti-retroviral(ARV) /
Exposição (PPE), conforme o fluxograma
indicação
de
Profilaxia Pós-
Condutas frente ao acidente com
exposição ao HIV

Paciente-fonte HIV positivo
Condutas frente ao acidente com
exposição ao HIV

Paciente-fonte HIV negativo
 Envolve a existência de documentação laboratorial
disponível e recente (até 60 dias para o HIV) ou no
momento do acidente, através do teste convencional ou
do teste rápido. Não está indicada a quimioprofilaxia
anti-retroviral.

Paciente com situação sorológica desconhecida
 Um paciente-fonte com situação sorológica desconhecida
deve, sempre que possível, ser testado para o vírus
HIV, depois de obtido o seu consentimento; deve-se
colher também sorologias para HBV e HCV.
Condutas frente ao acidente com
exposição ao HIV

Profilaxia pós-exposição
 Iniciar nas primeiras 2h até 72h após o acidente
 Duração de 28 dias
 Mulheres em idade fértil: oferecer teste de gravidez
Condutas frente ao acidente com
exposição ao HIV

Prevenção de transmissão secundária
 Acidentado
 Atividade sexual com proteção por 6 a 12 semanas
 Evitar gravidez, doação de sangue, plasma órgãos, tecidos
e sêmen
 Interromper aleitamento materno
Condutas frente ao acidente com
exposição ao HBV
Condutas frente ao acidente com
exposição ao HBV
Condutas frente ao acidente com
exposição ao HBV
Condutas frente ao acidente com
exposição ao HBV

Prevenção de transmissão secundária
 Acidentado
 Atividade sexual com proteção por 6 a 12 semanas
 Evitar gravidez, doação de sangue, plasma órgãos, tecidos
e sêmen
 Interromper aleitamento materno
Condutas frente ao acidente com
exposição ao HCV

Não existe recomendação de profilaxia
 Incubação HCV média 6-7 semanas
 Recomendada realização RNA-HCV qualitativo 90 dias
após acidente
 Se positivo: tratamento
Condutas frente ao acidente com
exposição ao HCV

Prevenção de transmissão secundária
 Acidentado
 Atividade sexual com proteção por 6 a 12 semanas
 Evitar gravidez, doação de sangue, plasma órgãos, tecidos
e sêmen
 Interromper aleitamento materno
Download

Prevenção de Infecções associadas a