Estados Alterados da Percepção – Fundamentos Biológicos
Adriana Salles
Gabriela Huffenbaecher
Paula Ibrahim
Rafaela Kahvegian
Tema e justificativa
A proposta do trabalho era um aprofundamento no
assunto de fisiologia humana e anatomia, relativos ao sistema
nervoso e sensorial, sobre estados alterados da percepção.
Com isso, resolvemos escolher um tema que gerava
curiosidade para o nosso grupo, e dentre várias opções,
achamos mais interessante falar a respeito de pessoas que não
sentem dor, mesmo quando submetidas a sérios ferimentos ou
queimaduras.
Para isso, vamos pesquisar a causa dessa rara doença
que ocasiona ausência de dor, qual a relação com o sistema
nervoso e quais as conseqüências para as pessoas que sofrem
deste mal.
Introdução
A princípio, a ausência de dor pode parecer algo
benéfico para as pessoas, uma vez que está relacionada a
sensações ruins.
Porém, as vítimas dessa doença ficam muito mais
vulneráveis a sofrer acidentes porque param de registrar
qualquer aviso de dano nos tecidos do corpo, como cortes ou
queimaduras.
Sem o aviso de perigo que a dor proporciona às pessoas
comuns, a maioria dos doentes tende a morrer jovem, antes
dos 30 anos,, por causa de ferimentos.
DOR: definição
A dor é definida pela Associação Internacional para o
Estudo da Dor como uma “experiência sensorial e emocional
desagradável associada a um dano real ou potencial dos
tecidos, podendo ser descrita tanto em termos desses danos
quanto por ambas as características”.
A dor é considerada uma experiência pessoal e subjetiva
e sua percepção é caracterizada de forma multidimensional,
diversa tanto na qualidade quanto na intensidade sensorial,
sendo ainda afetada por variáveis afetivo-emocionais.
O que é?
A princípio, a ausência de dor pode parecer algo
benéfico para as pessoas, uma vez que está relacionada a
sensações ruins.
Porém, as vítimas dessa doença ficam muito mais
vulneráveis a sofrer acidentes porque param de registrar
qualquer aviso de dano nos tecidos do corpo, como cortes ou
queimaduras.
Sem o aviso de perigo que a dor proporciona às pessoas
comuns, a maioria dos doentes tende a morrer jovem, antes
dos 30 anos,, por causa de ferimentos.
Causas
O gene SCN9A é responsável por produzir uma proteína
chamada nav1.7, do cromossomo 2, que é encontrada em
neurônios que captam os sinais de dor.
As pessoas com alteração genética não experimentam
desconfortos físicos, porém são capazes de sentir o tato e a
pressão, distinguir o quente do frio e situar a posição do corpo no
espaço.
Esse segmento de DNA codifica uma proteína da classe do
canais de íons de sódio, que são moléculas fundamentais para a
transmissão de sinais entre celular, bombeando íon sódio
eletricamente carregado para dentro e para fora de neurônios.
Essas proteínas ajudam a controlar corrente elétrica que transmite
impulsos nervosos como a dor.
Quando ocorrem mutações no gene SCN9A, os canais de
sódio por onde passa informação nervosa a respeito da dor se
fecham e por isso as pessoas não sentem dor.
A partir de mutações no gene, pode-se desenvolver
insensibilidade a dor, chamada de hipoalgesia, ou aumento
dessa sensibilidade, chamada de hiperalgesia, quando a
pessoa sente uma dor fortíssima como queimadura quando
encosta em um objeto morno.
Essa doença é hereditária e só se manifesta se a pessoa
herdar duas cópias do gene defeituoso, uma da mãe, outra do
pai.
Como o gene alterado é muito raro na população, as
pessoas afetadas são em maioria filhas de casamento
congênito.
Terminações nervosas da pele
Passagem de impulso nervoso
Exemplos
A maioria das pessoas que
sofrem essa doença,
perderam parte da língua e
dos lábios após terem se
mordido acidentalmente
na infância. Muitos
também apresentam
cicatrizes no corpo,
diversas fraturas nos
membros e queimaduras
de 3º grau. Além disso, a
maioria das pessoas que
sofrem dessa doença
morrem jovens ao se
machucar ou por serem
insensíveis a sintomas de
doenças que se
manifestam pela dor.
João Maria é vitima dessa doença. Quando pequeno,
médicos queriam arrancar seus dentes para diminuir as feridas
que ele mesmo causava. Os pais não sabiam como educá-lo,
pois como ensinar uma criança a ter cuidado com o fogo
quando não sente dor? Como evitar que se morda? Como
saber se tem uma hérnia, uma apendicite, uma perna partida,
se nunca se queixa? A dor é essencial para aprender.
Uma criança paquistanesa de 13 anos, totalmente
insensível à dor, morreu ao pular de um telhado. Ele
ganhava a vida a espetar facas no corpo e a caminhar
sobre brasas de carvão sem sentir dor.
Conclusão
Fugimos da dor, tomamos comprimidos para a atenuála, desejamos que desapareça, sem pensar que precisamos
dela para nos lembrarmos do que não devemos fazer. É a dor
que nos baliza os limites.
Como a dor é um meio de alerta útil para a
sobrevivência, as pessoas que possuem essa doença, por não
terem consciência da dor, correm o risco de se ferirem
gravemente e até morrer.
FIM!
Bibliografia
• www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/sistema-nervoso/imagens/sistema-nervoso8.jpg
• www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u15716.shtml
• www.praticahospitalar.com.br/pratica%2044/pgs/materia%2018-44.html
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• www.cienciahoje.pt/index.php?oid=17120&op=all
• www.biomol.net/noticias/2006_12_01_arquivo.html
• www.articleset.com/Saude_articles_pt_Erythromelalgia-com-informacoes-completassobre-o-tratamento-ea-prevencao.htm
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Por que uma pessoa com ___ não sente dor?