ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: EXPERIÊNCIAS E DESAFIOS
Se por um lado, não existe uma definição única da Atenção Primária à Saúde
(APS), por outro lado, existe um consenso a nível internacional sobre a importância da
APS para o fortalecimento dos sistemas universais de saúde bem como para enfrentar
as iniquidades em saúde.
A experiência da APS é heterogênea e em cada país atravessa momentos
diferentes. No entanto, pode ser observado que naqueles países que reorganizaram
seus sistemas de saúde através da APS, os elementos estruturais que a definem são:
acesso, carteira ampla de serviços através de equipes multiprofissionais, população
adstrita e atenção contínua (longitudinalidade). Bem como os elementos processuais
incluem a utilização dos serviços e o reconhecimento das necessidades de saúde da
população.
Enquanto na Espanha e Portugal a APS tem orientado a organização do sistema
como um todo e o médico de família ou médico geral exerce um papel importante, na
América Latina, o acesso à atenção segue propondo desafios importantes. No entanto,
ainda que as desigualdades apresentem desafios importantes na região, há países
como o Brasil que mostra avanços na consolidação da APS (Atenção Básica) através de
mudanças organizacionais, políticas e financeiras, entre outras.
Com a intenção de promover o intercâmbio de experiências, socializar o
conhecimento e fomentar o debate, voltado ao fortalecimento dos sistemas universais
de saúde sob controle público, apresentamos uma série de artigos curtos sobre a
experiência e desafios da APS nas realidades dos países participantes do OIAPSS.
Agradecemos a colaboração dos núcleos OIAPSS e os convidamos a seguir colaborando
com este boletim.
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atenção primária à saúde: experiências e desafios