Confederação Nacional da Indústria Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional FORMAÇÃO DE AUDITORES PRINCÍPIOS E PROCESSOS DEPARTAMENTO NACIONAL Diretor Geral José Manuel de Aguiar Martins Colaboradores Ricardo Miranda Bárcia Arthur Emmanuel Fonseca Silveira Alexandre Lerípio Alfredo Dario Schprejer André Luiz Cancian Sobrinho Aline Jacques Delfes Varela Almir Fermino Pires Almir Lopes da Silva Junior Augusto Mainieri Carolina Paz Cláudia Vanessa Schittini Cristiane Cardoso Dauro Veras Déborah Timm de Carvalho Pinto Débora de Góis Santos Deucélia Pedroso Dulce Márcia Cruz Edesio Jungles Edson Pacheco Paladini Éder Pereira Santos Edilson Pereira Barbosa Eloi Ramos Fernanda Aranha Saffaro Fernando Santos Hernandes Fernando Spanhol Fábio Cardoso Fábio Gongázes de Souza Fábio Luís dos Santos Zamborline Fernando Santos Hernandes Gustavo Bocianoski Henrique Otte Iria Licia Doniack Izelmar Mota de Andrade Ivone Zanatta Iur Gomes Jackson Luis Siedschlag João Carlos Castro Carvalho João Carlos Vieira José Thiago Challub Miranda Juan Pedro Martinez Alba Junior Jairo Story Preisler Jonas Edson Varela Pinto Luiz Fernando Malmann Heineck Leandro Amilcar Araújo Leonardo Braha Fernandes Luiz Bogo Maria Carolina de Castro Leal Mara Rosane Cardoso Soares Marcos Roberto P. Martins Mauro Flores Nara Maria Pimentel Ney Mendes Couto Junior Raquel Cristina Moellmann Ferro Ricardo Osmar Sagaz Rebeca Carneiro Rogério Mosimann Rosely E. Rhomberg Sandra Regiane Martins Solange Cassi Bobato Sidnei Ari da Silveira Sérgio Baroukh Sergio Paulo Olinto da Motta PAULO HENRIQUE LAPORTE AMBROZEWICZ FORMAÇÃO DE AUDITORES PRINCÍPIOS E PROCESSOS 2003 Impresso no Brasil © 2003 SENAI 1ª Edição ISBN 85.88980-05-3 Ambrozewicz, Paulo Henrique Laporte Formação de auditores: princípios e processos / Paulo Henrique Laporte Ambrozewicz. – Curitiba: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional do Paraná, 2003. 124 p. : il.; 28 cm – (Qualidade na Indústria da Construção). Inclui Bibliografia. ISBN 85.88980-05-3 Acompanho de fita “ Serviços e materiais controlados” e CD-ROM. 1. Indústria da Construção Civil 2. Construção Civil – Controle de qualidade I. Título. II Série (Qualidade na Indústria da Construção). CDD (20 ed.) 692.501658562 Dados Internacionais de catalogação na publicação Bibliotecária responsável: Mara Rejane Vicente Teixeira Registro na Fundação Biblioteca Nacional: 268.069 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio. A violação dos direitos de autor (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal. Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto nQ 1.825, de 20 de dezembro de 1907. Impresso no Brasil/Printed in Brazil S UMÁRIO Apresentação ............................................................................................. 7 Unidade I – O Que é uma Auditoria da Qualidade 1. Introdução ............................................................................................ 11 2. Um novo instrumento da Qualidade .................................................... 13 3. Vocabulário da Qualidade (baseado na ISO 9000) ............................. 15 4. Classificação das auditorias ............................................................... 19 4.1. Tipos de auditoria ..................................................................... 19 4.2. Propósito das auditorias .......................................................... 20 4.3. Escopo da auditoria ................................................................. 20 5. As responsabilidades do auditor interno ............................................. 21 6. Características de um auditor interno ................................................. 23 6.1. O espírito da norma .................................................................. 24 7. Ética profissional ................................................................................. 26 8. Atitudes e comportamentos do auditor na fase de execução da auditoria ........................................................... 28 8.1. O auditor-líder interno .............................................................. 30 8.2. A equipe ................................................................................... 31 8.3. O auditado ................................................................................ 32 8.4. Conflitos entre auditor e auditado ............................................ 33 Atividades de Aprendizagem ................................................................... 37 Unidade II – Gestão e o Processo da Auditoria 1. Introdução ............................................................................................ 41 2. Avaliando o auditor .............................................................................. 43 3. Outras funções da equipe de Gestão do Programa de Auditoria ....... 44 4. Auditoria interna .................................................................................. 45 6 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 4.1. Objetivos da Auditoria da Qualidade ........................................ 45 4.2. Documentos da Série ISO 9000 e do SIQ Construtoras necessários para a Auditoria ............................. 46 5. Planejamento da auditoria ................................................................... 47 6. A execução da auditoria ..................................................................... 49 6.1. Reunião de abertura ................................................................. 53 6.2. Auditoria nos postos de trabalho ............................................. 54 6.2.1. Realização da auditoria individual ........................................ 57 6.2.2. Identificando e registrando as não-conformidades ............... 60 6.3. Reunião entre auditores ........................................................... 62 6.4. Reunião de encerramento com os auditados .......................... 63 6.5. Relatório final da auditoria ....................................................... 65 Atividades de Aprendizagem ................................................................... 68 Modelos de Documentos Parte A - Modelo de Procedimento de Auditoria Interna e seus Anexos ......................................................................................... 71 Parte B - Lista de Verificação para Qualificação pelo SIQ Construtoras ..................................................................................... 83 Atividades de Auto-avaliação ................................................................. 115 Referências Bibliográficas ..................................................................... 121 FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 7 A PRESENT AÇÃO PRESENTAÇÃO Toda empresa, para sobreviver às exigências impostas pelo mercado, deve implantar um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) capaz de permitir que ela seja certificada pela norma do seu setor. No caso da Construção Civil, essa norma é o SIQ Construtoras (SIQ-C), um dos projetos do Programa Brasileiro de Qualidade Produtividade no Habitat (PBQP-H). Como todo SGQ, o SIQ-C exige que se faça uma verificação na construtora em busca de evidências de que os procedimentos implementados estão em conformidade com a norma. Esse trabalho é feito por empresas de auditoria especializadas e autorizadas a fornecer o certificado solicitado, os Organismos Certificadores Credenciados (OCCs). Antes disso, porém, a empresa deve fazer a sua própria auditoria para confirmar que já está pronta para solicitar o seu certificado. O consultor ou empresário que está implantando um SGQ deve ser capaz, também, de proceder a essa auditoria interna. Por isso, a necessidade de se conhecer bem como funciona uma auditoria e o trabalho do auditor. Este livro tem como objetivo estudar a auditoria da Qualidade de uma forma genérica, isto é, aplicável a qualquer tipo de empresa ou situação. Além disso, você obterá o conhecimento necessário à condução eficaz de uma auditoria interna do Sistema da Qualidade dentro dos Itens e Requisitos do Construtoras (SIQ), atendendo também aos requisitos das ISO 9000, 9001 e 9004:2000 e ISO 10011. Para isso, iremos examinar, passo a passo, o processo completo de uma auditoria interna. Embora o foco do nosso propósito seja que você aprenda a auditar empresas construtoras no padrão do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras – Construtoras – SIQ Construtoras, tomamos o cuidado de, sempre que acharmos apropriado, fazer referências ao padrão ISO 9001:2000. Algumas construtoras se habilitam para a certificação também no padrão ISO, para o qual você deve estar igualmente preparado. 8 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 9 UNIDADE I O QUE É UMA AUDITORIA DA QUALIDADE Objetivo Introduzir os conceitos básicos de auditoria, seu vocabulário e classificação Conhecer as características que um auditor interno deve possuir para exercer essa atividade 10 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 11 1. I NTRODUÇÃO Um Sistema da Qualidade de uma empresa é um programa integrado de atividades introduzido pela sua direção, seja por iniciativa própria ou como resultado de pressão do mercado ou dos seus clientes. Em qualquer desses casos, a direção deverá ter à O que é uma Auditoria? disposição um mecanismo para determinar a efetividade do É uma avaliação planejada seu sistema atual e identificar áreas que necessitem ações e documentada para determinar se os requisitos precorretivas ou melhorias. Esse mecanismo é a Auditoria. viamente estabelecidos foram alcançados. Essa auditoria pode ser da própria empresa, de um (ASQC, Comitê Técnico da fornecedor atual, de um fornecedor potencial ou de uma orAuditoria da Qualidade) ganização independente. Os resultados da auditoria fornecem, além de uma verificação da adequação do programa existente, uma comparação para que as melhorias possam ser desenvolvidas, implantadas e avaliadas. Tipicamente, as auditorias são feitas para: confirmar se os elementos do Sistema da Qualidade cumprem com o conjunto de requisitos preestabelecidos; cumprir com os requisitos regulamentares para que o auditado possa realizar melhorias no sistema. confirmar se o sistema atingiu os objetivos da Qualidade planejados; que a empresa ou organização possa registrar o seu Sistema da Qualidade junto a um organismo certificador; avaliar um fornecedor antes que os preparativos contratuais sejam feitos; confirmar se o Sistema da Qualidade do fornecedor está instalado; 12 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO garantir que o Sistema da Qualidade foi implementado e continua a cumprir com as especificações estabelecidas; verificar como o Sistema da Qualidade acompanha os indicadores de melhoria contínua; e atender os requisitos da ISO 9001 - Requisito 8.2.2. FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 13 2. U M N OVO I NSTRUMENTO DA Q UALIDADE Somente há pouco tempo, as empresas perceberam a importância da Auditoria como ferramenta de aperfeiçoamento, ou feedback, de um Sistema da Qualidade. Nesse contexto, Um Sistema da Qualidade ainda encontramos diversas falhas para a sua realização, tancompreende uma documentato em nível de planejamento, como de recursos humanos ção desenvolvida com base em normas específicas para ou de relacionamento entre as partes. o padrão ao qual a organizaMesmo que um Sistema da Qualidade esteja bem documentado em todos os seus níveis, nem sempre o pessoal responsável pela implantação e operacionalização desses programas é adequadamente treinado. Por essa razão, cada ação deve ser cuidadosamente planejada, com acompanhamento efetivo da implantação das ações corretivas e preventivas identificadas como necessárias. ção se habilita, levando em conta as suas características individuais. Esta documentação deverá estar devidamente implantada, ou seja, funcionando na prática, em conformidade com o planejado e tendo os registros requeridos documentados e avaliados. Deve ficar claro, entretanto, que o monitoramento através de auditorias não é infalível. Contudo, as auditorias fornecem elementos ao gerenciamento da empresa que permitem tomadas de decisões para minimizar problemas e, conseqüentemente, custos, contribuindo para a qualidade de seus produtos ou serviços. Para se obterem os resultados esperados das auditorias, é essencial a formação adequada dos auditores nas técnicas específicas. Além disso, esses auditores devem possuir atributos tais como independência, objetividade, postura ética e experiência, entre outros. Não podemos nos esquecer de que a auditoria verifica se as ações implementadas estão de acordo com as ações planejadas. A decisão acerca da efetividade dessas ações quanto ao atendimento dos objetivos não está a cargo do auditor, mas sim do grupo diretivo ou gerencial que recebe e avalia os relatórios da auditoria. Assim, uma auditoria é uma atividade de obtenção de informações realizada de maneira a avalizar a necessidade quanto à introdução de melhorias ou ações corretivas. Não é, portanto, um elemento de “caça às bruxas” utilizado para se apontarem culpados por erros ou problemas. Esse esclarecimento é de extrema impor- 14 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO tância para os auditados, uma vez que atitudes defensivas são prejudiciais ao fluxo de informações. Um auditor interno tem de investigar o Sistema da Qualidade; caso haja constatação de não-conformidade, deve prová-las, tanto em relação aos objetivos do sistema quanto às normas da Qualidade aplicáveis; detectar áreas de ineficiência; falar com os empregados sobre o sistema; e determinar, em seguida, se há necessidade de algumas medidas corretivas. As auditorias internas são poderosas para o exercício da melhoria contínua, pois forçam as companhias a verificare periodicamente e de forma metódica o seu desempenho, fornecendo subsídios para melhorias com base nas evidências detectadas. É através da auditoria interna que as empresas são capazes de avaliar a eficácia dos seus Sistemas da Qualidade e de fazer recomendações para o aperfeiçoamento contínuo. Essas auditorias podem ser de rotina, ou provocadas por mudanças significativas no Sistema da Qualidade da organização, na qualidade do processo, produto ou serviço, ou pela necessidade de acompanhar uma ação corretiva. Além dos seus méritos próprios, a auditoria interna constitui um requisito obrigatório da norma ISO 9001:2000 e SIQ Construtoras (Requisito 8.2.2.) e, como tal, é uma tarefa que tem de ser executada de acordo com o procedimento documentado. FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 15 3. V OCABULÁRIO DA Q UALIDADE ( BASEADO NA ISO 9000) Termos Significado Explicações Complementares / Exemplos PROCESSO Sistema de atividades inter-relacionadas que utilizam recursos para transformar “entradas” em “saídas”. É uma transformação que agrega valor. O resultado de um processo é quase sempre a entrada do processo subseqüente. As interações ocorrem nas interfaces entre os dois processos. Numa obra, a execução da forma é um processo que dá entrada para o processo montagem de armadura, por exemplo. CLIENTE Organização ou pessoa que recebe um produto. O cliente pode ser interno ou externo à organização. No exemplo acima, a equipe de armação é cliente interno da equipe de carpinteiros que montou a forma. (exercício) PRODUTO O resultado de um processo. A alvenaria acabada, a instalação elétrica pronta e um apartamento pronto são exemplos de produtos. FORNECEDOR A organização que fornece um produto ao cliente. Exemplos: fornecedor de concreto, de mão-deobra terceirizada e de manutenção de equipamentos. PROCEDIMENTO Uma forma específica de realizar uma atividade ou processo. O SIQ Construtoras estabelece os procedimentos que devem ser documentados, implementados e controlados. ESTRUTURA Responsabilidade, autoridaORGANIZACIONAL des e relações dispostas segundo um padrão através das quais uma organização desempenha as suas funções. A estrutura organizacional é expressa através do seu organograma e das descrições de funções e deve fazer parte da documentação do Sistema da Qualidade. CONFORMIDADE O cumprimento de requisitos especificados. Diz-se que há conformidade quando uma atividade, documento ou registro está de acordo com o determinado nas normas de referência e nos procedimentos da organização. NÃO CONFORMIDADE A falta de cumprimento de requisitos especificados. Da mesma forma, se estiver em desacordo, diz-se que há uma não-conformidade. 16 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Termos Significado NÃOCONFORMIDADE MAIOR* Falta de documentação do Sistema da Qualidade ou uma inconsistência na implementação. Considera-se MAIOR quando pode prejudicar as outras operações da companhia afetar gravemente a qualidade dos produtos e serviços e colocar em risco a certificação. NÃOCONFORMIDADE MENOR* Pequenas discrepâncias ou esquecimentos existentes dentro da documentação da qualidade que ainda não afetaram o produto ou serviço. Documentação insuficiente com relação à experiência de treinamento e exemplos isolados de instrumentos fora de calibração são casos de não-conformidade MENOR. A freqüência sistemática de uma não-conformidade menor deve ser classificada como MAIOR. OBSERVAÇÃO Constatação de irregularidade, apoiada por evidência objetiva, mas que não infringe especificamente os requisitos especificados. Situações inadequadas para a operação do sistema e que não podem ser registradas como não-conformidade por não estarem explicitamente previstas nas normas de referência ou nos procedimentos. Freqüentemente, as observações se tornam ações preventivas. VERIFICAÇÃO Confirmação e fornecimento de evidência objetiva de que os requisitos especificados foram cumpridos. A análise dos documentos e registros bem como a observação do serviço em execução, comparativamente com o procedimento documentado, são verificações. EVIDÊNCIA OBJETIVA Informação cuja veracidade pode ser demonstrada, baseada em fatos obtidos através de observação, medição, ensaio ou outros meios. Além do fato observado, registre quando, onde, por que e quem está envolvido. Explicações Complementares / Exemplos *Nota: A classificação das não-conformidades como “maior” ou “menor” é um critério que tem sido cotado por alguns organismos certificadores. Este critério pode ser trazido para as auditorias internas desde que se enfatize que a ação corretiva para uma não-conformidade “maior” nem sempre é mais complicada do que para uma não-conformidade “menor”. A ação corretiva sempre dependerá da natureza, complexidade, extensão e abrangência da não-conformidade. FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 17 Termos Significado POLÍTICA DA QUALIDADE Conjunto de intenções gerais e orientação de uma organização com vistas à qualidade, formalmente expressa pela direção. OBJETIVO DA QUALIDADE O que é buscado ou almejado no que diz respeito à qualidade. PLANEJAMENTO DA QUALIDADE Estabelecimento dos objetivos da Qualidade, especificação dos processos e dos recursos necessários para atingir esses objetivos. O planejamento da Qualidade de uma empresa construtora gera planos da Qualidade de cada obra ou empreendimento. O Plano da Qualidade de um empreendimento contempla projetos, memorial descritivo, plantas, definição de equipamentos e pessoal especializado, método construtivo, política e tabela de vendas e contratos de venda, por exemplo. CONTROLE DA QUALIDADE Parte da gestão da qualidade, orientada para o cumprimento dos requisitos da Qualidade. Pode ser acompanhado por meio da análise dos registros. GESTÃO DA QUALIDADE Conjunto de atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização, atendendo aos princípios da Qualidade. O Sistema da Qualidade é um conjunto de processos dinâmicos que requerem uma coordenação sistemática. SISTEMA DA QUALIDADE Conjunto da estrutura organizacional, procedimentos, processos e recursos necessários para implementar a Gestão da Qualidade. Compreende uma documentação (Manual da Qualidade, Procedimentos, Instruções de Trabalho e Registros) desenvolvida e funcionando na prática. GARANTIA DA QUALIDADE Cumprimento de todas as atividades planejadas e sistematicamente implementadas de acordo com os objetivos da Qualidade, para garantir confiança de que o produto ou o serviço satisfará os requisitos especificados Contribui para uma melhor produtividade, para a redução de custos, desenvolve a prática de fazer sempre de forma correta, da primeira vez, e compromete todos da organização. Explicações Complementares / Exemplos A Política da Qualidade e os Objetivos da Qualidade são estabelecidos para proporcionar um foco para dirigir a organização. Ambos determinam os resultados desejados e auxiliam a organização na aplicação de seus recursos para alcançar esses resultados. 18 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Termos Significado AUDITORIA DA QUALIDADE Processo sistemático, independente e documentado para obter evidências e avaliar o andamento do Sistema da Qualidade. O requisito 8.2.2 do SIQ Construtoras regulamenta para o Nível “A” o procedimento das auditorias e estabelece que todo o Sistema de Gestão da Qualidade tem de ser auditado pelo menos uma vez ao ano. AÇÃO CORRETIVA Ação tomada para eliminar a causa de uma nãoconformidade detectada ou de qualquer situação indesejada. Ação corretiva é diferente de uma simples correção. A ação corretiva atua na causa e previne a repetição da não-conformidade. Refazer uma alvenaria que ficou fora do esquadro é uma correção. Atuar na causa que conduziu ao erro é uma ação corretiva. AÇÃO PREVENTIVA Ação tomada para eliminar a causa de uma potencial não-conformidade ou de qualquer situação potencialmente indesejada. A ação preventiva é executada para prevenir a ocorrência e também como melhoria ao sistema. ANÁLISE CRÍTICA DA ADMINISTRAÇÃO Avaliação forma e sistemática feita pela administração superior da situação e adequação do Sistema da Qualidade com relação à política e aos objetivos da Qualidade. O SIQ – Construtora regulamenta a análise crítica da Administração no requisito 5.6.2 e 5.2.3 INSPEÇÃO Examinar se atende aos parâmetros preestabelecidos. Na recepção do material controlado ou na conclusão dos serviços internos ou de terceiros. ENSAIO Experiência para verificar o funcionamento. Testando a tubulação hidráulica ou a instalação elétrica. Explicações Complementares / Exemplos FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 19 4. C L ASSIFIC AÇÃO AUDITORIAS DAS As auditorias podem ser classificadas quanto: 1. ao tipo – que define a relação da equipe de auditoria com a empresa; 2. ao propósito – que define o seu objetivo; e 3. ao escopo – que define a sua abrangência. É importante observar que as várias classes de auditoria requerem diferentes níveis de experiência e conhecimentos por parte do grupo de auditores e, ainda, implicam diferentes níveis de custos gerados por recursos materiais e humanos, tanto por parte dos auditores como dos auditados. 4.1.TIPOS DE AUDITORIA Auditoria de Primeira Parte: trata-se de uma auditoria interna pela qual a organização avalia seu próprio sistema. Pode ser executada por auditores internos ou contratados. Auditoria de Segunda Parte: trata-se de uma auditoria externa na qual um cliente avalia a qualidade do sistema da organização ou quando uma organização avalia o sistema do seu fornecedor ou subcontratado. Pode ser realizada na organização por auditores do cliente, junto aos fornecedores/ subcontratados por auditores da organização. Auditoria de Terceira Parte: trata-se de uma auditoria externa realizada por um organismo independente (registrador ou regulamentar), à qual a organização se submete com a finalidade de obter um certificado. Em algumas cadeias produtivas, como nas montadoras, auditorias aos fornecedores são tão freqüentes que elas já exigem que seus fornecedores de peças sejam certificados, evitando assim que elas tenham uma equipe de auditores só para essa tarefa. 20 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 4.2. PROPÓSITO DAS AUDITORIAS Auditoria do Sistema da Qualidade – Avalia o grau de implementação e de operacionalidade do Sistema da Qualidade estabelecido. É uma atividade documentada, objetivando verificar, através de exame e avaliação de evidências objetivas, se os elementos do Sistema da Qualidade foram desenvolvidos, documentados e eficazmente implementados. Dá ênfase aos aspectos de documentação e organização do Sistema da Qualidade. Auditoria de Processo – Avalia o cumprimento de instruções e procedimentos operacionais. São realizadas em processos de produção e inspeção. Dá ênfase aos recursos materiais (máquinas, equipamentos etc.) e aos recursos humanos (pessoal de execução e do controle da Qualidade) envolvidos na execução. Auditoria de Produto – Objetiva a conformidade do produto com as suas especificações, avaliando a eficácia dos controles estabelecidos. Pode ser realizada em várias etapas da produção, mas geralmente se aplica ao produto final. Pode também ser definida como um exame completo de uma pequena amostra do produto acabado, servindo como uma indicação da Qualidade que está indo para o cliente. 4.3. ESCOPO DA AUDITORIA Uma auditoria não é uma atividade com características de fiscalização. Ela visa, tão-somente, à melhoria contínua do sistema e não tem nenhuma pretensão de punição. Ela é programada com antecedência, a agenda é informada aos envolvidos quanto à data e requisitos a serem auditados. Auditoria Completa – Abrange todas as funções e atividades pertinentes ao Sistema da Qualidade. Auditoria Parcial – Limita-se a determinada função, área, linha de produto ou atividade específica. Auditoria de Acompanhamento – Verifica a implementação e eficácia de ações corretivas previamente acordadas. FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 21 5. A S R ESPONSABILIDADES A UDITOR I NTERNO DO O papel do auditor interno no contexto da implantação do Sistema da Qualidade é fundamental, pois através da auditoria interna podem ser observadas as conformidades do sistema e as oportunidades de melhoria. O auditor estabelece uma relação de ajuda, devendo atuar imparcialmente e objetivando a melhoria contínua do SGQ. É com o auditor que começa a investigação do funcionamento de um Sistema da Qualidade. O auditor é um avaliador, com a missão específica de percorrer o Sistema da Qualidade e verificar as áreas de conformidade. Nesse processo, ele pode encontrar áreas de não-conformidade. As auditorias são um instrumento de gestão para assegurar que o pessoal, os procedimentos e as instruções documentadas do Sistema da Qualidade estão funcionando conforme o plano; atendendo ao objetivo do item “a” do Requisito 5.6 - Análise crítica pela direção. Compete ao auditor verificar, com competência, se os elementos do Sistema da Qualidade existem e foram adequadamente implementados, comunicar claramente os resultados da auditoria e não ultrapassar os limites do objetivo da auditoria. Os auditores internos têm que: documentar todas as observações; comunicar as conclusões da auditoria; confirmar a eficácia das ações corretivas, caso solicitado; responder pelos documentos da auditoria; ser discretos a respeito de informações privilegiadas; ser objetivos e imparciais; 22 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO reunir e examinar dados dos quais possam ser tiradas conclusões a respeito do Sistema da Qualidade; comunicar quaisquer obstáculos importantes encontrados durante a realização da auditoria; estar atentos a quaisquer indícios ou provas que possam afetar as conclusões e dar origem potencial a auditorias mais amplas; agir de forma honesta e ética; familiarizar-se antecipadamente com o material do trabalho; conhecer o máximo possível sobre o auditado e seus processos; controlar a auditoria; ajudar em áreas em que haja um mal-entendido ou uma má compreensão; escutar o que o auditado está dizendo; ser um bom ouvinte; obter evidências objetivas; elogiar o auditado, e ser concisos: usar perguntas curtas e que vão direto ao assunto. Ao realizarem uma avaliação, os auditores devem ser capazes de responder a perguntas importantes, tais como: o pessoal da área, setor auditado conhece, compreende e usa os documentos e procedimentos que definem os elementos requeridos do Sistema da Qualidade? os documentos, os registros e outros dados usados para descrever o Sistema da Qualidade são eficazes para o alcance das suas metas da Qualidade, planejadas? os documentos e registros correspondem ao que está ocorrendo na prática? FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 23 Como você pode ver, as responsabilidades do auditor são profundas e amplas. Portanto, antes de empreender uma auditoria, o auditor tem que avaliar os requisitos de cada trabalho à luz da sua capacidade de completar a tarefa. Um auditor deve ser entusiástico, imparcial e ter confiança nas suas aptidões. 6. C AR A CTERÍSTIC AS A UDITOR I NTERNO DE UM Além da experiência e das aptidões pessoais, os traços pessoais são o que dão destaque aos auditores excepcionais. Durante o processo de auditoria, os auditores devem ser profissionais, inquisidores, independentes, objetivos e honestos. Isso é particularmente importante para os auditores internos, que muitas vezes têm conhecimento de informações confidenciais da empresa. Como auditor, você tem que ser realista e compreender que o pessoal lhe dispensa o seu tempo e deve estar preparado para enfrentar sentimentos de ceticismo. Depende de você o estabelecimento de uma atmosfera de confiança e de comunicação franca. Enfatize o fato de que você está fazendo uma auditoria do sistema e não de pessoas. Um auditor deve ser • Diplomático Um auditor também precisa lidar bem com a pres• Profissional • Judicioso/Assertivo são e o estresse, reagindo sempre com maturidade e manten• Comunicativo do-se calmo em situações potencialmente explosivas. Trate • Honesto • Indagador as críticas com ponderação e respeite as diferenças de opi• Observador • Ativo nião, sem, contudo, permitir que comprometam a avaliação • Imparcial da auditoria. Mais que qualquer outro obstáculo, o auditor “sofrerá” a a experiência da rejeição pelos demais. Na maioria das vezes, esta rejeição resultará da pressa das pessoas e não do deliberado esforço para sabotar a auditoria. Tenha paciência e procure quebrar as resistências. 24 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Desde o contato inicial, o auditor deve estabelecer um relacionamento amigável e informativo, demonstrando calma, educação, e esclarecendo qual a função a ser desempenhada. Demonstre ética e respeito ao se dirigir ao auditado, esforçando-se para desmistificar o paradigma “Auditor (agressor) X Auditado (agredido)”. Ao fazer juízo, fundamente a sua decisão nas provas e não em reações emotivas ou “palpites“. Em outras palavras, o auditor deve ser imparcial, evitando a influência de terceiros ou qualquer inclinação sentimental, a fim de não fornecer informações incompletas ou exagerar a realidade do fato. O auditor deve ter uma boa aparência, vestindo-se de modo adequado ao local a ser auditado. Um auditor deve ser capaz de analisar uma situação rapidamente e compreender operações complexas de um ponto de vista amplo, compreendendo, simultaneamente, o funcionamento minucioso de unidades individuais dentro da organização global. Não há um “jeito certo” para se realizar uma auditoria. Tudo depende da situação, do que se está tentando realizar e do problema a ser enfrentado. Aconselha-se, assim, ao auditor a flexibilidade de mudar, adaptar, recuar e avançar, dominar e ceder, dependendo de qual dessas atitudes, a seu ver, o conduzirá a suas metas. 6.1. ESPÍRITO DA NORMA A versão 2000 da ISO 9001, bem implementada e, principalmente, bem auditada, é um instrumento fantástico de gerenciamento global, fornecendo dados para a análise de resultados por processos. O SIQ Construtoras alinha-se com os requisitos da ISO, e, portanto, as organizações e, principalmente, os auditores deverão FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 25 entender os oito princípios definidos na série ISO 9000:2000, que são: 1. Foco no cliente: as organizações dependem de seus clientes e, por conseguinte, devem compreender as suas necessidades presentes e futuras, atender aos seus requisitos e esforçar-se para exceder as suas expectativas. 2. Liderança: os líderes estabelecem a unidade de propósito e os rumos da organização. Eles devem criar e manter o ambiente interno no qual as pessoas se envolvem plenamente na obtenção dos objetivos da organização. 3. Envolvimento de pessoas: as pessoas, em todos os níveis, são a essência; o seu envolvimento pleno possibilita que suas habilidades sejam usadas para o benefício da organização. 4. Abordagem de processo: um resultado almejado é obtido mais eficientemente quando as atividades e os recursos relacionados são administrados como um processo. 5. Abordagem sistêmica para a gestão: a identificação, compreensão e gestão dos processos que se interrelacionam contribuem para maior eficiência da organização na consecução dos seus objetivos. 6. Melhoria contínua: a melhoria contínua de seu desempenho global deve ser um objetivo permanente da organização. 7. Abordagem factual para a tomada de decisão: decisões efetivas, com base na análise de dados e informações. 8. Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores: uma empresa e seus fornecedores são interdependentes e um relacionamento mutuamente benéfico melhora a capacidade de criar e agregar valor. 26 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 7. É TICA P ROFISSIONAL O exercício da auditoria interna está sujeito a princípios de ética profissional que o auditor tem o dever de observar, cumprir e fazer cumprir fielmente, nas suas relações com a organização, com o público em geral, com os órgãos e as autoridades governamentais, com as entidades de classe e com seus colegas de profissão. Vejamos quais os postulados básicos da ética profissional dos auditores. Atitude profissional – O auditor deve concentrar suas atividades profissionais no exercício da auditoria, nela compreendida as funções que, por definição e tradição, lhe são atribuídas pelos usos reconhecidamente aceitos, abstendo-se de praticar atos ou participar, por qualquer forma, de outras atividades incompatíveis com seus postulados fundamentais. Independência de atitudes e de decisão – Mesmo quando tiver vínculo empregatício com a organização para a qual presta serviços, o auditor atenderá aos princípios da ética e observará as normas técnicas e os padrões de auditoria, como norma de conduta profissional. No desempenho de suas atividades o auditor agirá sempre com absoluta independência. O auditor não poderá, direta ou indiretamente, receber proventos ou recompensas de qualquer natureza de pessoas interessadas em seu trabalho, exceto seu salário e demais vantagens oficiais concedidas. Intransferibilidade de função – A qualificação do auditor é individual e intransferível e não se estende a seus subordinados. No exercício da sua atividade profissional, o auditor agirá em seu nome pessoal, assumindo inteira responsabilidade técnica pelos serviços de auditoria por ele prestados e, em nenhuma hipóte- FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 27 se, permitirá que outra pessoa o faça em seu nome, salvo preposto de sua oficial indicação, igualmente qualificado, quando então responderá solidariamente pelos respectivos atos. Integridade pessoal – Praticará ato de descrédito à realização da auditoria o auditor que: 1. omitir fato importante, dele conhecido mas não evidenciado nos registros, cuja revelação seja necessária para evitar interpretações ou conclusões errôneas; 2. dissimular ou deixar de relatar ou irregularidades, informações ou dados incorretos que estejam contidos nos registros e que sejam de seu conhecimento; 3. negligenciar efeitos graves na execução de qualquer trabalho profissional e no seu respectivo relato; 4. desprezar ou negligenciar a coleta de informações suficientes para elaborar e sustentar seus pronunciamentos de forma a invalidar ou enfraquecer as eventuais dúvidas existentes; e 5. formular opiniões, fornecer informações ou documentos que não traduzam adequadamente a expressão do seu melhor juízo e que, de qualquer forma, ocultem ou desvirtuem os fatos, induzindo a interpretações errôneas. 6. o trabalho do auditor da Qualidade é restrito ao escopo do Sistema da Qualidade no que diz respeito aos Requisitos da NBR ISO 9001:2000 e aos Itens e Requisitos do Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras – SIQ Construtoras. Não confundir, portanto, com outros tipo de auditorias, tais como fiscal, contábil, tributária, trabalhista etc. 28 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 8. A TITUDES E COMPOR TAMENT OS DO AUDIT OR NA FASE DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA Durante o processo de auditoria o auditor deve assumir uma determinada atitude para propiciar o alcance dos objetivos pretendidos. Da mesma forma, ele deve seguir alguns comportamentos já preestabelecidos, de acordo com estudos e experiências anteriores. Assim, o auditor deve: imprimir um ritmo à auditoria, adaptando-se à capacidade do auditado; evitar ter idéias e opiniões preestabelecidas e fazer comparações. Os fatos devem prevalecer perante suas opiniões; evitar, em qualquer hipótese, entrar em discussão com os auditados e muito menos interferir na execução das atividades; evitar relacionar pessoas com não-conformidades ou com deficiências; mostrar respeito pelo profissional que está sendo auditado. O fato de ser um auditor não o coloca em posição superior. Em qualquer auditoria todos aprendem alguma coisa; evitar se mostrar impaciente ou aborrecido ao longo da auditoria, não importa o quão maçante ela possa ser; fornecer as explicações necessárias e importantes sem, contudo, comprometer o cumprimento do horário estabelecido; ser flexível quando necessário; fazer suas perguntas, durante as entrevistas, de modo claro e preciso, e estar certo de que elas foram entendidas pelo auditado; evitar usar linguagem muito técnica, de difícil entendimento para o auditado; FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 29 realizar as verificações sempre nos locais onde os trabalhos são realizados; comprovar pessoalmente as informações verbais recebidas; utilizar uma linguagem direta para a exposição das conclusões da auditoria; estar seguro das suas conclusões antes de registrar uma não-conformidade; seguir a orientação do auditor-líder; direcionar as críticas, quando pertinentes, aos fatos, e nunca às pessoas. Lembre-se Prever, ao máximo, as situações possíveis. Só quem está bem preparado logra fazê-lo. Persuadir e não impor. Mostrar ao auditado os riscos da não-conformidade para o Sistema da Qualidade e, portanto, a necessidade de correções no sistema. Motivar as pessoas para a melhoria. Mostrar ao auditado que a identificação das não-conformidades tem como objetivo proporcionar melhorias ao sistema e não uma punição. Manifestar-se baseado na ética e na confiança. Não analisar as pessoas e sim os fatos. Ser claro em suas explicações e não ter medo de falar a verdade. Buscar objetividade e obter dados reais. Evitar opiniões pessoais e só se basear em fatos que possam ser evidenciados (evidência objetiva). Evitar apresentar surpresas ao auditado, discutindo de imediato as não-conformidades encontradas e procurando esclarecer todos os pontos durante o processo de auditoria. Enfatizamos aqui que, durante a realização de uma auditoria, é essencial que o auditor se lembre de que não está numa missão de busca de defeitos. O papel do auditor é reunir provas objetivas para verificar se o Sistema da Qualidade da empresa foi ou não devidamente implantado e se está funcionando eficazmente ou não. Pode-se levantar esse tipo de prova através de observações das atividades relacionadas com a qualidade dos produtos, dos registros e documentos, de entrevistas com o pessoal operacional, supervisores, chefes de departamento e da consideração de questões anteriores relacionadas com a Qualidade. 30 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 8.1. O AUDITOR LÍDER INTERNO No objetivo da auditoria do Sistema da Qualidade, a responsabilidade cabe ao Auditor-Líder. O auditor-líder tem a responsabilidade final por todos os aspectos da auditoria e deve ser autorizado a ter a última palavra nas decisões relativas à forma como a auditoria será conduzida. Contudo, é o auditor interno que fez a auditoria que define o resultado das áreas por ele auditadas. O auditor líder também deve ter experiência de gestão e capacidade de auditorias comprovadas. No contexto das auditorias internas, o auditor-líder é o coordenador da equipe. O auditor-líder interno é responsável pela elaboração do plano de auditoria, pela escolha dos membros da equipe de auditoria, pela representação da equipe de auditoria perante a direção do auditado e pela apresentação do relatório final sobre a auditoria. Compete igualmente ao auditor-líder: estabelecer os parâmetros de cada auditoria; definir as qualificações dos auditores; cumprir as especificações apropriadas e os requisitos da norma, para a auditoria em questão; programar a auditoria, reunir documentos de trabalho e orientar a equipe de auditores; Qualificação do Auditor Interno O auditor interno deve ter recebido treinamento específico em auditoria, com ênfase na abordagem de processos e nos oito princípios da Qualidade. É recomendável, a exemplo do PS8.2.2, possuir, no mínimo, 1(um) ano de experiência na empresa. Caso a organização queira estabelecer outros critérios de qualificação mais adequados, é necessário incluí-los em seu procedimento de auditoria interna. examinar a adequação dos documentos correlatos à auditoria; comunicar aos envolvidos a agenda da auditoria; notificar prontamente o auditado a respeito das nãoconformidades graves; assinalar quaisquer obstáculos significativos descobertos durante a auditoria; comunicar os resultados da auditoria de um modo claro e conciso, logo que possível; e submeter o relatório final sobre a auditoria. O auditor-líder trabalha em conjunto com a equipe de auditoria para garantir que os objetivos da auditoria sejam atingidos. FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 31 8.2. A EQUIPE Trataremos aqui da equipe de auditoria interna formada por funcionários da própria empresa. A equipe é composta de funcionários com certificado de formação em auditoria interna e com as características apresentadas nos tópicos anteriores. Deverá ser escolhido para coordenar essa equipe o funcionário mais capacitado e que melhor conhecimento tenha da empresa. Quando várias pessoas apresentam conhecimento e capacidade similar, é recomendável que periodicamente se faça a substituição. O rodízio na função só tende a agregar valor. O tamanho e a estrutura da equipe variam de acordo com o tamanho da empresa. O número mínimo deve ser de dois participantes, já que o auditor não pode auditar o seu próprio trabalho. Para o dimensionamento da equipe devem-se levar em consideração aspectos tais como: número total de funcionários; percentual de funcionários executando o mesmo tipo de trabalho. Quando há várias equipes (pedreiros, ladrilheiros, armadores etc.) ou pessoas (vigia, recepcionista, orçamentista etc.) seguindo o mesmo Procedimento da Qualidade, o número de auditores necessários tende a diminuir; NOTA: O SIQ Construtoras, no seu Anexo I, define, para os Organismos Certificadores, o dimensionamento mínimo de auditores por número de empregados auditados para cada nível do sistema evolutivo. número e distância das instalações (canteiros de obra, filiais etc.); NOTA: O SIQ Construtoras estabeleceu no seu Anexo I, Tabela para dimensionamento de Auditorias e Critérios de amostragem para Canteiros de Obras e critérios para os organismos certificadores. Entretanto, o critério não se aplica para as auditorias-internas, que devem auditar todas as suas unidades de produção. 32 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO rotatividade de pessoal. Empresas com alta rotatividade de pessoal requerem mais freqüência nos treinamentos e acompanhamento das auditorias. 8.3. O AUDIT ADO AUDITADO O auditado é a organização que está sendo auditada. Nas auditorias internas, o auditado é um requisito ou uma função dentro da organização que faz parte do programa geral da Qualidade da empresa e cujo funcionamento afeta diretamente a qualidade do produto ou serviço. Uma empresa que solicite uma auditoria de seu próprio sistema de qualidade, relativamente a uma norma, é um auditado, assim como um fornecedor cujo sistema de qualidade esteja sendo auditado por um cliente. Quando a auditoria interna é feita por profissionais que não têm ligação funcional com a empresa, a direção do auditado deve: explicar as metas e o objetivo da auditoria ao pessoal apropriado; selecionar as pessoas que vão servir de anfitriões ou guias dos membros da equipe de auditoria; ter todos os recursos à disposição da equipe de auditoria para que o processo funcione tranqüilamente; assegurar que todas as instalações e materiais relevantes estejam acessíveis quando solicitados pelos auditores; trabalhar em conjunto com os auditores para que os objetivos da auditoria sejam alcançados; e decidir quando e como devem ser executadas as ações corretivas. FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 33 8.4. CONFLITOS ENTRE AUDITOR E AUDIT ADO AUDITADO A eficácia de uma auditoria depende, principalmente, de como as pessoas se apresentam e se comunicam entre si. Imagine o cérebro humano como um computador especial. Somos nós que ligamos o computador, selecionamos, filtramos e veiculamos as informações. É nossa responsabilidade repassar dados confiáveis e com qualidade para os que nos cercam. No Sistema da Qualidade, as coisas funcionam da mesma maneira, envolvendo fortemente a comunicação. Auditor e auditado precisam buscar afinidades, livrando-se dos conflitos que geralmente são criados durante uma auditoria. Para a realização de uma boa auditoria, é necessário ficar atento, basicamente, ao que a norma solicita. Porém, a capacidade de ouvir, falar e conduzir uma auditoria depende da experiência técnica e da imagem que se projeta. Os diagnósticos variam de acordo com o comportamento, tanto dos auditores quanto dos auditados. Sentimentos de medo, tensão e, até, estresse são fatores que podem atrapalhar o desempenho de uma auditoria, podendo gerar resultados bastante negativos. Já o auditor externo, além de ser um profissional altamente preparado para exercer essa profissão, precisa, entre outras coisas, saber ouvir, falar e motivar o auditado. A capacidade de conduzir uma auditoria requer flexibilidade e boa constituição psicossomática, técnica e cultural. Todo auditor deve apenas avaliar se o sistema está ou não bem implementado: esta é sua tarefa. O modo como o auditor e o auditado se relacionam é fundamental, pois se trata de uma situação diferente do dia-a-dia do funcionário. A empatia está atrelada à comunicação. Afinal, quem invade o território é o auditor, portanto cabe a ele ser prudente em sua apresentação, não deixando em momento algum vestígios de dúvidas, insatisfação e má compreensão em relação às respostas do auditado. 34 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Os problemas de conflitos gerados durante uma auditoria podem deixar o auditado inseguro e tenso. É num momento como esse que o auditor deve ser perspicaz e ágil para não criar uma situação difícil entre ambos. Quando o auditor não se comporta devidamente, ele introduz um ruído na comunicação, e o auditado, ao perceber isso, fica constrangido. É comum, durante uma auditoria, que o auditado transpire, gagueje, questione demais o auditor (consumindo tempo para poder se proteger) e, até mesmo, apele para o humor. Há casos de auditados que nem comparecem no dia da auditoria. Por outro lado, existe para o auditor o medo de perder o emprego ou, por uma questão social, sentir-se mal diante de seus colegas se algo acontecer de errado, ou por achar que alguém pode concluir que, por sua causa, a empresa não foi certificada. Por sua própria dinâmica, a auditoria é um campo propício ao surgimento de discordâncias que podem evoluir para o “lado pessoal”. O mínimo que as partes devem fazer é tomar bastante cuidado para que as diferenças de opinião tomem esse rumo. Apesar de bastante freqüentes, os problemas de relacionamento entre auditor e auditado, geralmente, não são tratados com a seriedade e a importância devidas. Apresentaremos a seguir alguns dos motivos que normalmente mais causam problemas, de forma a orientar os participantes a evitá-los ou, ao menos, minimizá-los. Problemas Causados Pelo Auditor A melhor forma de entender o que estamos falando é se colocando na posição oposta ao causador dos problemas. O que você sentiria sendo auditado por alguém que não define ou entende bem o objeto da auditoria? Não prepara bem a auditoria, em termos de conteúdo e desenvolvimento ao longo do tempo? FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 35 Não tem capacidade adequada para o trabalho de auditoria? Não tem tempo suficiente para a condução da auditoria? Problemas Causados Pelo Auditado Embora não seja freqüente nas auditorias internas, o auditor pode enfrentar obstruções a seu trabalho por parte da área ou do setor auditado. Caberá ao auditor, com tato, porém com firmeza, tomar atitudes necessárias para contornar essas dificuldades. Como no item anterior, vale a pergunta: o que você sentiria auditando alguém que Retardasse o início da auditoria? Fizesse um longo discurso de boas vindas? Alegasse a ausência de pessoas envolvidas? Desse longas explicações para tudo? Desviasse a atenção para atividades, documentos ou pessoas que não atendam aos requisitos especificados? Tratasse-o rispidamente com o intuito de intimidá-lo? Levantasse dúvidas sobre a sua competência? Existem algumas situações consideradas particulares durante uma auditoria para as quais você deverá estar preparado. Reflita como se comportar diante de: informações espontâneas por parte dos auditados; conflitos políticos internos; divagações de ambas as partes; ocultação ou camuflagem de informações. 36 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Surgindo algum dos problemas mencionados, respire fundo e observe as seguintes recomendações: escute atentamente até o final - o interlocutor se valoriza e a objeção se minimiza; transforme a objeção em questão - reduzindo o grau de dramatização da objeção e buscando a fundamentação dela; identifique a origem (causa) da objeção, ampliando o debate do assunto; mantenha o equilíbrio emocional - o objetivo não é vencer, mas, sim, conhecer; seja conciso e claro - a argumentação junto ao auditado (resposta), se existir e for fundamentada, deve estabelecer um clima de transparência e objetividade. Para finalizar esta unidade, lembraremos a principal característica que o auditor deve possuir e que serve também para o auditado, já que o bom andamento dos trabalhos é de interesse geral: o bom senso. Sem ele não há, em qualquer área, quem faça um bom trabalho, crie boas relações e evolua na vida. FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 37 A TIVIDADES DE A PRENDIZ A GEM 1) Quais características são importantes para um auditor interno? 2) Você acha que essas características são inerentes à pessoa ou podem ser desenvolvidas? 3) Qual a importância do auditor-líder durante a realização de uma auditoria? 4) Existe um número ideal mínimo de auditores para a realização de auditorias? 38 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 39 UNIDADE II G ESTÃO DA E O P ROCESSO A UDITORIA Objetivo Definir como são dimensionadas e avaliadas as auditorias e as equipes de auditores Conhecer as normas de execução de uma auditoria Aprender passo a passo como é realizar uma auditoria interna Saber sobre o processo de certificação 40 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 41 1. I NTRODUÇÃO Sob os requisitos da ISO 9000 e do SIQ Construtoras, as organizações devem executar as auditorias internas de acordo com o procedimento documentado em seu Sistema da Qualidade. Segundo as diretrizes para a auditoria interna NBR ISO 1011-3:1993, qualquer organização com necessidade constante de executar auditorias internas é aconselhada a estabelecer um programa que forneça orientação para a gestão do processo completo. Assim, uma organização pode ter alguma garantia de que o processo de auditoria da Qualidade será devidamente gerenciado. Tipicamente, uma “Equipe de Gestão do Programa de Auditoria” é incumbida de planejar e realizar uma série de auditorias do Sistema da Qualidade. Só devem ser escolhidas para essa tarefa pessoas com experiência em atividades e procedimentos de auditoria da Qualidade, para servir como gerentes da equipe. * É freqüente a coordenação dessa equipe ser atribuída ao representante da direção (RD) ou a um auditor-líder. É da responsabilidade da equipe de Gestão do Programa de Auditoria decidir quais os critérios relativamente aos quais o Sistema da Qualidade da organização será avaliado e elaborar métodos para a auditoria eficaz do sistema. Segundo o Re- Uma organização ou grupo de pessoas com autoridade quisito 8.2.2 da ISO 9001:2000 e do SIQ Construtoras, as para planejar e executar uma série programada de auditoauditorias devem ser programadas com base na situação e rias do Sistema da Qualidana importância da atividade que será auditada. Por conse- de. (ISO 10011-3:1993) guinte, qualquer plano de auditoria interna predeterminado deve ser flexível, permitindo os ajustes aconselhados por cada auditoria e pela evolução das circunstâncias. *Nota O texto acima está referenciando uma equipe de Gestão do Programa de Auditoria. Cabe lembrar que, dependendo do tamanho e da estrutura organizacional da empresa, as auditorias podem ser realizadas por um único auditor coordenado pelo representante da direção. 42 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Fatores importantes que podem afetar o calendário do plano de auditoria interna incluem, por exemplo, mudanças na organização, na direção, nas políticas, nos procedimentos, no próprio Sistema da Qualidade e na tecnologia. Contudo, todos os processos da empresa devem ser auditados pelo menos uma vez ao ano (ver SIQ Construtora requisito 8.2.2 – nível “A”). Para cada auditoria os auditores e os auditores-líderes devem ser selecionados de acordo com as seguintes considerações: Qual o tamanho e a composição ideal para cada equipe ? O auditor tem um bom conhecimento geral do padrão e dos critérios do Sistema da Qualidade relativamente aos quais a auditoria deverá ser executada? O auditor tem conhecimento dos requisitos regulamentares para quaisquer produtos ou serviços fornecidos pela organização? (Ex.: normas técnicas específicas para a Construção Civil.)? É exigida alguma disciplina específica para a auditoria que requeira conhecimento técnico? (Para auditar um procedimento operacional de construção, o auditor tem que ser engenheiro civil ou estar acompanhado por um que lhe dê o suporte técnico.) O auditor possui noções de gerenciamento? O auditor possui bons conhecimentos lingüísticos? Conhece o vocabulário técnico? Existem conflitos de interesses potenciais a serem considerados? Qual seria a melhor maneira de utilizar os talentos de cada membro da equipe de auditoria? FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 43 2. A VALIANDO O A UDIT OR A equipe de Gerenciamento do Programa de Auditoria deve avaliar continuamente a atuação dos seus auditores e auditores-líderes. Isso pode ser feito através da observação regular dos membros da equipe de auditoria, da conservação dos relatórios de avaliação ou de outros métodos. Rastreando o desempenho de cada auditor, pode-se identificar os pontos fortes e os pontos fracos dos auditores. Isso permitirá selecionar os auditores mais adequados para cada auditoria, ao mesmo tempo em que se pode identificar as necessidades de formação suplementar que ajudariam a elevar as aptidões ao nível desejado. Para assegurar um padrão uniforme nas auditorias do Sistema da Qualidade, a Equipe de Gestão do Programa de Auditoria deverá estabelecer métodos para medir e comparar o desempenho de cada auditor, de forma a alcançar um padrão uniforme entre eles. Por exemplo, se forem usados auditores diferentes para avaliar a mesma área sob as mesmas condições, então os seus relatórios sobre a auditoria devem apresentar resultados muito parecidos. Se assim não for, as suas necessidades de formação devem ser mais bem examinadas. Alguns métodos que poderão ser considerados para o alcance de padrões uniformes incluem: comparação do desempenho; capacitação; intercâmbio de auditores entre equipes de auditoria; e realização de avaliações regulares de desempenho. A partir dessas avaliações, os gestores do Programa de Auditoria devem ser capazes de saber qual a formação que os auditores necessitam para se aperfeiçoar. 44 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 3. O UTR AS FUNÇÕES DA E QUIPE DE G ESTÃO DO P ROGR AMA DE A UDITORIA Além de avaliar auditores e auditores-líderes, a Equipe de Gestão do Programa de Auditoria deve estabelecer: procedimentos para assegurar a disponibilidade de recursos adequados para apoiar os objetivos do programa de auditoria; impressos formatados para os relatórios sobre as auditorias, de modo a estimular o uso de padrões uniformes; procedimento para o planejamento e o agendamento das auditorias; procedimento para controlar as funções de acompanhamento de ações corretivas (conforme solicitadas pela direção); procedimento para salvaguardar a confidencialidade de informações da auditoria; um método para o aperfeiçoamento contínuo do programa de auditoria da sua organização, baseado nas reações e nas recomendações dos interessados; e um código de ética. A Gestão do Programa de Auditoria é imprescindível a qualquer organização que tenha a necessidade de realizar auditorias do Sistema da Qualidade. FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 45 4. A UDITORIA I NTERNA A Equipe de Gestão do Programa de Auditoria, previamente designada e capacitada, deverá se reunir conforme o calendário para planejar e executar a auditoria, acompanhando as seguintes etapas e subetapas: planejamento da auditoria; plano de auditoria; execução da auditoria; reunião de planejamento; reunião de abertura; auditoria propriamente dita; reunião de encerramento. 4.1. OBJETIVOS DA AUDITORIA DA QUALIDADE TEMA OBJETIVO Revisão dos itens e requisitos do Sistema de Qualificação de empresas de serviços e obras Oferecer aos participantes uma compreensão prática dos requisitos dentro dos quais eles realizarão uma auditoria Regras básicas para os auditores Explicar o papel, qualificações e responsabilidades do auditor interno Planejando uma auditoria Demonstrar aos participantes as medidas de precaução a serem tomadas para garantir um processo de auditoria eficaz 46 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO TEMA OBJETIVO Executando uma auditoria Guiar os participantes através de cada etapa do processo de auditoria interna: como conduzir uma reunião de abertura, como coletar a evidência objetiva e como registrar a não-conformidade Buscando a evidência objetiva Demonstrar para os participantes como avaliar o sistema através da Documentação da Qualidade e dos registros existentes Relatando os resultados de auditoria Proporcionar aos participantes a formatação do Relatório da Auditoria Concluindo as ações corretivas Demonstrar um processo de acompanhamento de verificação das ações corretivas 4.2. DOCUMENTOS DA SÉRIE ISO 9000 E DO SIQ CONSTRUTORAS NECESSÁRIOS PARA A AUDITORIA TIPO NORMA DESCRIÇÃO Sistema de Gestão NBR ISO 9000:2000 Fundamentos e Vocabulário da Qualidade NBR ISO 9001:2000 Requisitos NBR ISO 9004:2000 Diretrizes para Melhorias de Desempenho Sistema de SIQ Construtoras Itens e Requisitos do Qualificação de (Revisão) Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços Empresas de Serviços e e Obras – Construtoras Obras Diretrizes para a NBR ISO 10011-1/1993 Parte1: Auditoria Auditoria de Sistema NBR ISO 90011-2/1993 Parte 2: Critérios para a da Qualidade qualificação de Auditores do Sistema da Qualidade NBR ISO 90011-3/1993 Pare 3: Gestão de programas de auditoria FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 47 5. P L ANEJ AMENT O DA A UDIT ORIA Metade da batalha em qualquer atividade empresarial bem sucedida é um planejamento apropriado. Da mesma forma, é só com uma preparação completa que um auditor pode efetuar um exame minucioso de uma área ou de um departamento. Conforme determina o item 8.2.2 do SIQ-C, deve ser elaborado um planejamento para a realização de, pelo menos, uma auditoria anual na empresa. Este planejamento deve seguir o que determina a documentação referente às auditorias internas e deve conter: o mês em que será(ão) realizada(s) a(s) auditoria(s); o setor a ser auditado; e a Equipe de Gestão do Programa de Auditoria. Uma Programação de Auditoria Interna deve considerar os seguintes aspectos: a auditoria é uma “auditoria de adequação” ou uma “auditoria de conformidade”? A direção da empresa tem um objetivo particular para a auditoria? A auditoria é uma conseqüência de queixas de clientes ou de problemas com os processos? Existem não-conformidades repetitivas ou ações corretivas ineficazes a se avaliar? 48 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Independentemente das circunstâncias de uma determinada auditoria, o plano tem que considerar todos os requisitos da norma apropriada (SIQ Construtoras e ISO 9001:2000, quando aplicável etc.) Se a auditoria o exigir, o auditor irá verificar se todos os elementos da normas estão sendo aplicados em toda a organização. O Plano da Auditoria deve incluir: os objetivos e o escopo da auditoria; identificação dos membros da equipe auditora; data, local e hora em que a auditoria deve ser executada; e identificação dos setores a serem auditados. FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 49 6. A EXECUÇÃO DA AUDITORIA 1. Selecionar uma equipe de auditores e um auditor-líder. Tipicamente, isso é feito pela Equipe de Gestão do Programa de Auditoria. 2. Identificar o escopo e os objetivos da auditoria em questão: por que está sendo realizada, o que esperam obter com o resultado etc. Para ajudar a identificar o escopo e os objetivos de uma auditoria, considere as perguntas seguintes: O que eu vou auditar? Por que a auditoria está sendo feita? Que áreas vão ser auditadas? Que informações são necessárias? Qual é o padrão relativo ao qual vou fazer a auditoria? Onde é que a auditoria começa e termina? Em termos gerais, o que se espera verificar ou descobrir através da auditoria? 3. Definir o Plano da Auditoria, que deve conter: os objetivos e o escopo da auditoria; a identificação das pessoas que têm responsabilidade direta; indicação dos documentos de referência; identificação dos membros da equipe auditora; data, local e hora em que a auditoria deve ser executada; identificação dos setores a serem auditados; Outra estratégia para a identificação do escopo e dos objetivos de uma auditoria consiste em rever a documentação existente (como o Manual da Qualidade, procedimentos relatórios de auditorias anteriores, ações corretivas pendentes e informações sobre o produto). 50 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO tempo previsto de duração de cada atividade; programação das reuniões de abertura e de encerramento; critérios de confidencialidade; e data prevista para distribuição do relatório. O Plano da Auditoria deve ser suficientemente flexível para permitir que sejam feitas alterações, dando ênfase às informações obtidas durante a auditoria. Se o auditado estiver em desacordo com quaisquer disposições no Plano da Auditoria, a objeção deve ser comunicada imediatamente ao auditor-líder. Cabe ao auditor-líder e ao auditado e, se necessário, ao cliente resolver esse problema antes de executar a auditoria. Para a elaboração do plano de uma auditoria, é necessário o conhecimento prévio de alguns instrumentos e características da organização, tais como: Manual da Qualidade com o organograma e a matriz de responsabilidades; tipologia industrial e fluxograma do processo produtivo, para saber o que a empresa produz, como produz e quais tipos de equipamentos estão sendo utilizados; licenciamento e registros pertinentes – legislação, regulamentos e normas aplicáveis ao processo produtivo e ao produto; exigências específicas para a área a ser auditada; relatório das auditorias anteriores, ou de inspeções, quando houver. Quando a equipe de auditores é externa à empresa e desconhece a sua atividade, torna-se necessário que essas informações sejam colhidas por meio de um questionário prévio ao planejamento da auditoria. O Plano do Auditoria também levará em conta certos fatores logísticos, incluindo: equipamento necessário: algumas áreas requerem capacetes, óculos de proteção ou outro equipamento de segurança? FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 51 recursos adicionais: existe necessidade de mais pessoas ou tempo do que se tinha sido originalmente determinado? instruções para os auditores: todos os auditores devem ser informados a respeito do plano da auditoria e devem ser-lhes fornecidas as informações de referência a respeito das suas áreas específicas de auditoria. 4. Revisar os procedimentos da Qualidade (PQs) do setor a ser auditado, para assegurar uma boa compreensão da função e das atividades que serão avaliadas. 5. Definir as equipes de auditores por setor e determinar o auditor-líder de cada uma delas. 6. Agendar e comunicar aos auditados a realização da auditoria. A notificação de auditoria deve conter: a data da auditoria; o setor a ser auditado; quem serão os auditores; documentos que serão auditados; horários; e solicitação de um responsável para acompanhar a sua realização. 7. Elaborar a lista de verificação (checklist). No anexo dos documentos de auditoria, apresentamos um modelo de checklist que atende, de uma forma geral, ao sistema de qualificação evolutiva adequado às empresas construtoras, baseado no padrão SIQ Construtoras. Contudo, o auditor deve desenvolver a sua própria lista de checagem com base nos documentos da própria empresa a ser auditada. 52 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Uma lista de verificação deve conter: referência ao padrão com base no qual a auditoria é efetuada; os tópicos do padrão; os elementos que necessitam ser investigados; os itens específicos do elemento que necessitam ser tratados; e uma seção de comentários. Os questionamentos de um checklist de auditoria são elaborados com base no SIQ-C e nos procedimentos da empresa. Para elaborar um questionamento, basta transformar um requisito da Norma ou um procedimento do SGQ em pergunta. Exemplo: Afirmação – Devem ser realizadas, auditorias semestralmente, na empresa. Pergunta – De que maneira você me garante que são realizadas auditorias semestrais na empresa? O auditado terá que comprovar a realização das auditorias com evidências objetivas. Lembre-se de que os tópicos podem ter vários elementos, e por sua vez, os elementos podem ter vários itens que precisam ser cobertos. Durante o desenvolvimento de uma lista de verificação para uma auditoria, inicie com uma breve descrição do escopo da auditoria e desenvolva as áreas-tópicos, cobrindo o escopo e separandoas em seções trabalháveis. Quanto mais perguntas você puder agrupar junto à questão “dentro do padrão”, mais fácil será executar a auditoria, e menos tempo será necessário para o processo. Os auditores devem ser cuidadosos para não transformarem a lista de verificação em “muleta”. Durante a auditoria, observe a operação inteira para verificar se há conformidade, incluindo os itens que possam não estar indicados na lista. Ao final da reunião de planejamento, os formulários abaixo deverão ser preenchidos, e a comunicação aos auditados, encaminhada. Planejamento Anual de Auditorias Internas; Plano da Auditoria; FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 53 Notificação aos Responsáveis pelo Setor a ser auditado; Lista de Verificação - Checklist. 8. Avaliar, junto ao auditado, a documentação relacionada e a execução das atividades, atendendo à lista de verificação (checklist), mas não se prendendo só a ela, e registrando as não-conformidades encontradas e as observações pertinentes. A execução da auditoria propriamente dita começa com uma breve reunião de abertura com as pessoas que serão auditadas, seguida pela auditoria individual em cada setor e de acordo com o programa e a comunicação encaminhada; depois, é feita uma reunião entre os auditores para lavrar as não-conformidades, finalizada com uma reunião de encerramento. Apresentamos, a seguir, um roteiro para a reunião de abertura que pode servir também como um checklist, evitando qualquer esquecimento indesejado. Preparar sua pauta de reunião – e segui-la – vai lhe proporcionar a segurança de que nenhum passo foi esquecido. 6.1. REUNIÃO DE ABER TUR A Agradeça a presença. Apresente-se, se for desconhecido para alguém do grupo. Se houver outro auditor, ele também deve ser apresentado; Passe uma lista de presença onde deverá constar o nome e a função de cada um dos presentes. Essa lista pode ser a mesma para a reunião de encerramento. Diga qual vai ser o escopo da auditoria e quais documentos serão analisados. Explique qual é o critério da auditoria quanto à verificação da documentação e das atividades e que várias pessoas serão entrevistadas. Assegure-se de que elas foram avisadas. 54 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Lembre que se trata de uma auditoria ao sistema e não às pessoas; que a auditoria é uma verificação da conformidade do sistema. Esclareça o que é uma não-conformidade maior e, uma menor, e faça uma observação de que, caso ocorram, devem ser encaradas como oportunidades de melhoria. Esclareça dúvidas, se houver. Algumas vezes, essa é uma oportunidade para remanejamento de horários agendados. O auditor deve ser flexível, desde que não comprometa o resultado da auditoria. Agende o dia e a hora da reunião de encerramento. Esclareça que todos os auditados deverão também estar presentes na reunião de encerramento. Encerre a reunião de abertura. 6.2. AUDITORIA NOS POSTOS DE TR AB ALHO No dia marcado para a auditoria, o auditor designado para o setor deve se apresentar ao auditado, de preferência com alguns minutos de antecedência. É fundamental um breve bate-papo antes da auditoria para descontrair os auditados, dar tempo para todos chegarem, se acomodarem e fazerem as apresentações. Mesmo quando já são colegas de trabalho. Fale de esportes, do tempo e, na hora marcada, comece o seu “discurso” da auditoria. Na conclusão da reunião de abertura, o ritmo se acelera quando se dá início à parte central da auditoria. É neste ponto do processo de auditoria que os auditores se encaminham às estações de trabalho de vários departamentos para observar as atividades da Qualidade. Essa é a hora de coletar as evidências objetivas através das entrevistas, excursões a departamentos e áreas, e inspeções de documentos, produtos, procedimentos etc. A auditoria nos postos de trabalho é feita por meio de observações (visual e auditiva) e perguntas aos auditados. Lembre-se de tudo que você aprendeu até agora sobre o que é uma auditoria da Qualidade, qual o papel e a postura do auditor, como o auditado deve estar se sentindo nesse momento, provavelmente quais serão as suas reações etc. Esse momento exige muito tato. Vão aqui algumas dicas para esta fase do trabalho: Pratique a empatia. Você vai entrar em contato com muita gente – clientes, fornecedores e colegas de trabalho. Vai an- FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 55 dar em campos estranhos e desconhecidos, muitas vezes enfrentar uma linguagem nova, gírias incompreensíveis e sistemas e procedimentos envoltos em mistérios. Por isso você precisa saber que é natural que os auditados se coloquem na defensiva e que você pode conseguir mais resultados se procurar conjugar esforços conjuntos, visando resolver os problemas, em vez de mostrar um ar de superioridade ou o aspecto severo do descobridor de erros. Deve-se evitar conflitos diretos ou discussões intransigentes de parte a parte durante a auditoria. Nessa relação, deve-se praticar a empatia para com os auditados, procurando se sentir no lugar deles. Isso o deixará mais descontraído e facilitará a obtenção das informações necessárias. Dê preferência para se comunicar com o auditado na linguagem dele. Isto significa compreender a terminologia usada. Procure conhecer os termos usados na indústria da construção para não ficar desnorteado quando falar com operários da linha de produção. Numa área técnica, os auditores devem dominar a linguagem do ramo. Mantenha a confidencialidade. Esse é um elemento importante do processo de auditoria. Deixe claro que será mantido o total sigilo das informações recebidas e transmita, de alguma forma, a segurança de que os empregados não serão prejudicados por fornecerem respostas honestas, que podem contribuir para a melhoria do processo. Material de trabalho. Durante o processo da auditoria o auditor deverá ter em mãos, pelo menos, a lista de verificação, o Plano da Auditoria e as normas de referência. A documentação da Qualidade a ser verificada (Manual da Qualidade, Procedimentos e Registros) deve ser requerida no setor que está sendo auditado. Os formulários de registros das não-conformidades, como podem ser preenchidos posteriormente, não necessariamente devem fazer parte da documentação do auditor nesse momento. A técnica mais usada para desenvolver uma auditoria é através do rastreamento (do final para o início do processo ou viceversa). As evidências objetivas devem ser examinadas quanto ao atendimento aos requisitos especificados. Auditores não podem decidir sobre a interrupção de qualquer trabalho. Quando o processo a ser auditado requerer uma paralisação temporária, esta deve ser negociada com o responsável pela área. Também deve ser dedicada atenção especial: 56 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO às instalações: Qual é o seu estado de limpeza e arrumação geral? Os equipamentos são adequados, e qual seu estado geral? Existem algumas alterações recentes que possam afetar negativamente os resultados da auditoria? aos documentos: As datas são todas lógicas e coerentes? Existem rasuras injustificadas? A idade do papel e da tinta são compatíveis com a suposta idade do documento? ao pessoal: Os empregados parecem esgotados ou cansados? Apresentam sinais de alcoolismo? Como eles reagem às suas perguntas? Eles conhecem e executam os procedimentos relativos à sua função? Estão usando os EPIs adequados? Estão organizados? Eles agem prontamente para tomar medidas a respeito de uma não-conformidade? Estão atentos e encorajados a apresentarem ações preventivas? Nem todas as observações acima citadas estão explícitas em normas ou procedimentos de qualidade. Não podemos, por exemplo, registrar uma não-conformidade baseada na evidência objetiva de cansaço, ou sinais de alcoolismo do operário. Contudo, o conjunto das constatações sinalizam o clima da organização e o padrão das condições de trabalho, que certamente influenciarão no critério do auditor. Em empresas de vigilância armada, recomenda-se exigir testes periódicos de teor alcoólico dos seus funcionários. A realidade atual da Construção Civil não nos permite ter ainda esse nível de exigência. FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 57 6.2.1. Realização da Auditoria Individual O sucesso de qualquer auditoria interna depende da boa comunicação, além da experiência, conhecimento tecnológico e educação. O auditor deve ter uma boa comunicação para minimizar a lacuna de entendimento que, freqüentemente, se encontra entre a alta direção e funcionários, e entre departamentos. Isso fará que o processo de coleta de análise de dados seja mais tranqüilo, e que as informações sejam compartilhadas pelo pessoal certo no momento adequado. A comunicação é definida como o processo de transmissão e recepção de mensagens, idéias, opiniões e informações. É algo que fazemos diariamente. Durante a comunicação em uma auditoria, um número de fatores deverão ser considerados, tais como: conhecer o seu público; manter a mensagem simples; certificar-se de que a mensagem foi entendida; considerar o local e os fatores de regulação do tempo; e usar o método mais eficaz. Durante a comunicação, é de responsabilidade do emissor certificar-se de que o receptor realmente se importa com a mensagem para poder compreender, confirmar e tomar uma atitude em relação a ela. Durante uma auditoria isso poderá ser feito de acordo com a maneira como a auditoria se relaciona especificamente com a área e a função do receptor. Às vezes, os resultados mais eficazes podem ser alcançados quando os auditores se colocam na posição do entrevistado e adaptam as suas perguntas às responsabilidades e ao nível de conhecimento do entrevistado. Durante a condução da entrevista, um auditor deverá evitar barreiras de comunicação a todo custo. Algumas das barreiras de comunicação que podem dificultar ou obstruir o processo de auditoria interna são: resmungo, caligrafia ilegível, não ser um bom ouvinte, falta de interesse, oferecer sinais confusos, idéias preconceituosas contra aquele que ouve ou aquele que lhe fala, distrações externas, entre outras. Lembre-se de que você está lá para coletar o maior número de informações em um curto período que a qualidade da informação que receber dependerá das perguntas que fizer. 58 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Durante a entrevista em uma auditoria interna, perguntas diretas de uso da imprensa jornalística funcionam muito bem. Use as perguntas: quem, o quê, onde, quando, por quê e como? Essas perguntas forçam uma resposta. Mas nem sempre são o suficiente para que se conduza uma auditoria adequada. Combinando estas com as solicitações específicas, “mostre-me como”, “mostre-me onde” ou “mostre-me o que você faz”, estará garantida a obtenção de uma resposta completa. As perguntas sistemáticas também devem ser feitas. Elabore e faça perguntas de tal forma a induzi-los a seguir a mesma seqüência do trabalho em um departamento. Mantenha a lógica, e não pule de um assunto ao outro inesperadamente. Na capacitação como auditor, você precisa se tornar um mestre na arte de incitar respostas. Às vezes, as pessoas precisam de um pequeno encorajamento antes de fornecerem informações. Você poderá fazer isso da seguinte forma: Oferecendo aos entrevistados uma situação hipotética “Vamos supor que....” “O que aconteceria se...” Pedindo explicações “Desculpe-me, mas não compreendi. Você poderia explicar novamente, por favor?” Mantendo o silêncio O silêncio é uma ferramenta poderosa. Após receber uma resposta breve, você poderá fazer um aceno com a cabeça mantendo-se em silêncio por um momento. Essa atitude normalmente motiva o funcionário a oferecer mais informações. Fazendo uma pergunta óbvia ou tola. Essas perguntas fazem que o funcionário se sinta como o especialista, munindo-o de confiança para discutir o procedimento ou processo. Isso também serve de lembrete para que o auditor não faça suposições. Responda uma pergunta ainda não feita Após examinar um procedimento, faça um comentário como: “Oh, eu entendo, este procedimento é feito da seguinte forma...”. Se você estiver errado, o funcionário lhe informará. No máximo, você poderá obter informação adicional. No mínimo, você receberá a confirmação. FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 59 Procure ser objetivo e direto ao fazer as perguntas de forma que, em uma única pergunta; você obtenha a evidência buscada. Por exemplo: No requisito 7.1.2 do SIQ-C a pergunta sugerida é: (Auditor pergunta) – Vocês planejam, programam, controlam e registram o andamento da execução da obra? (Auditado responde) – Sim. Para obter a evidência, o auditor terá que fazer mais uma pergunta. Evite este passo, solicitando, já na primeira pergunta: “mostre-me os registros sobre o planejamento e o controle da obra”. Durante a realização da auditoria, as perguntas devem ser formuladas de modo a levantar dados a respeito do item que está sendo auditado. Embora a informação obtida durante a entrevista seja uma parte importante da auditoria, ela deverá ser verificada por outras fontes, tais como observações físicas, testes, medições ou registros de suporte. O checklist existente no anexo de Documentos da Auditoria, que foi elaborado a partir do SIQ-C, é um guia. O seu, deve ser direcionado para a realidade da empresa. Bons conselhos: entreviste a pessoa que realiza o trabalho em vez de um supervisor; não use um tom complacente para com os funcionários; use a mesma “linguagem” da pessoa que está sendo entrevistada; fale de maneira clara e cuidadosa; e utilize expressão corporal adequada à situação: bom contato visual, aceno de cabeça em sinal de compreensão etc. 60 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 6.2.2. Identif icando e Regis tr ando trando as Não-Conformidades A não-conformidade, como você se lembra, é uma deficiência no Sistema da Qualidade, produto ou serviço. Há dois tipos de não-conformidade: de escala maior e de escala menor. As não-conformidades de escala maior podem ser causadas devido à falta de documentação ou a uma inconsistência na implementação do Sistema da Qualidade. As não-conformidades de escala maior podem: prejudicar as outras operações dentro da companhia; colocar em perigo a certificação; afetar gravemente a qualidade do produto ou serviço; e colocar a empresa em risco de perder seus clientes. Alguns exemplos de não-conformidade de escala maior são: a falta de procedimentos documentados para os serviços controlados; falta de registros das evidências que demonstrem que as deficiências do sistema, necessitando de ações corretivas, foram eliminadas; e as mudanças de desenhos e projetos que foram implementados sem passar primeiramente pelos canais de aprovação adequados. Há também as não-conformidades de escala menor. Estas consistem de pequenas discrepâncias ou de lapsos existentes dentro da documentação do Sistema da Qualidade. Elas não afetam a qualidade do produto/serviço, e a maior parte delas é de fácil e rápida solução. Abaixo apresentamos alguns exemplos de não-conformidades de escala menor: FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 61 os desenhos isolados marcados com modificações de projeto ainda não autorizadas; documentação insuficiente com relação à experiência de treinamento; exemplos isolados de equipamentos com certificado de calibração vencido; e ações corretivas de não-conformidade menor, ainda pendentes, como constam nos relatórios levantados em auditorias internas. Um grande número de não-conformidades menores, quando detectadas dentro de um mesmo requisito, pode constituir uma não-conformidade de escala maior. Elas podem refletir erros sistemáticos e afetar a qualidade devido ao volume. As não-conformidades são citadas quando o processo não cumpre com o Manual da Qualidade, ou com o padrão da Qualidade ao qual o Sistema da Qualidade da empresa está sendo baseado. As não-conformidades tipicamente ocorrem quando os procedimentos escritos não foram implantados adequadamente. As não-conformidades podem também ser causadas pela falta de: estrutura da organização; educação e treinamento; informação/comunicação; apoio da administração; recursos; e implantação dos processos definidos. Uma vez que uma não-conformidade é encontrada, ela deve ser informada ao auditado, explicando-se claramente quais requisitos estão sendo infringidos, e registrada em um Relatório de NãoConformidade e Ação Corretiva (RNC). 62 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 6.3. REUNIÃO ENTRE AUDITORES Após o término da auditoria individual, é necessário e aconselhável que haja uma reunião entre os auditores, ou que o auditor (se não estiver em equipe) tenha um local reservado para lavrar as não-conformidades. Os auditores deverão se certificar de que o relatório de nãoconformidade (RNC) seja correto, conciso e de fácil leitura. Ele deverá ser numerado em seqüência e entregue ao auditado juntamente com o aviso de recepção. Ele deverá também ser preparado de tal forma a possibilitar que auditor, auditado e funcionário possam compreendê-lo com uma ligeira olhada. IMPORTANTE: Para efeito de confidencialidade, o RNC não deverá divulgar os nomes das pessoas entrevistadas. Os formulários para relatórios de não-conformidade devem descrever: a área (departamento, setor etc.) da não-conformidade; a data da auditoria; a observação dos fatos que se relacionam com a nãoconformidade; a explicação da não-conformidade com base no padrão que está sendo auditado; referências adequadas para permitir a localização; data para a implementação das ações corretivas. O RNC deve ser assinado tanto pelo: o auditor quanto pelo chefe do departamento do auditado (às vezes, é o próprio auditado). Isso confirma se o auditado está ciente sobre a não-conformidade e concorda com a necessidade de que se tomem ações corretivas. O RNC poderá ser assinado pelo representante da auditoria durante o exame ou durante a reunião de encerramento. O próprio RNC pode conter campos para determinação e verificação da ação corretiva. Nesse caso, deve conter também: FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 63 providências imediatas a respeito da não-conformidade; investigação da causa; plano de ação para resolução da não-conformidade; e verificação da efetividade das ações. Após o reconhecimento de que a não-conformidade foi discutida, o auditado deverá combinar uma data-limite para o cumprimento da implementação das ações corretivas. Não se exigem dos auditores internos que conduzam as medidas de acompanhamento, a menos que sejam solicitados pela direção. 6.4. REUNIÃO DE ENCERR AMENT O COM OS AUDIT ADOS AUDITADOS Uma vez que o processo de auditoria tenha sido completado, uma reunião de encerramento deve ser realizada entre o grupo da auditoria e a direção. Geralmente, é de bom senso fazer que o pessoal a cargo das operações das áreas em questão participem da reunião. Normalmente, são os mesmos que participaram e assinaram a lista de presença da reunião de abertura. Essa reunião deverá ocorrer no último dia da auditoria, conforme o plano inicial da auditoria, antes que o relatório final seja preparado. Nessa reunião, as observações e os resultados da auditoria deverão ser transmitidos à alta direção numa forma de fácil compreensão. Antes de fechar a reunião, o grupo da auditoria deverá discutir sobre as suas descobertas e organizá-las de forma a fazerem uma apresentação lógica durante a reunião. Isso também ajudará o auditor-líder na elaboração do relatório da auditoria. O auditor-líder conduz a reunião de encerramento e deverá ressaltar as observações, esclarecendo a importância de cada uma delas. 64 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO O roteiro para a reunião de encerramento deve prever: o agradecimento à alta direção e a todos os participantes pela cooperação; a assinatura de todos na lista de presença da reunião de encerramento; relembrar o escopo da auditoria; reafirmar o padrão dentro do qual a auditoria foi realizada; apresentar as não-conformidades e as observações encontradas; a apresentação resumida das descobertas, de cada um dos auditores; responder às perguntas; e agradecimentos finais. Após a reunião de encerramento, o auditor-líder deve programar uma reunião com os auditores para a elaboração do relatório final da auditoria. Nessa reunião, cada auditor deverá revelar todas as irregularidades encontradas, para serem avaliadas e discutidas por todos. As não-conformidades são classificadas, e o relatório final é elaborado e encaminhado à alta direção. Os registros da reunião de encerramento deverão ser mantidos, incluindo as minutas e a folha de presença. Assim que receber o relatório da auditoria, o grupo da alta direção da empresa deverá revisar as irregularidades apontadas e implementar ações para o aperfeiçoamento do sistema. FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 65 6.5. REL ATÓRIO FINAL DA AUDIT ORIA AUDITORIA O Relatório Final da Auditoria registra os resultados da auditoria e será a única evidência formal da presença dos auditores nas instalações do auditado. É o documento onde a equipe de auditores, sob a coordenação do auditor-líder, apresenta as evidências de conformidade e de não-conformidade. Preparação do relatório final da auditoria e comunicação à direção. Auditoria de acompanhamento das ações corretivas (para as auditorias internas esta atividade só é executada a pedido da direção). O relatório é um instrumento que os administradores da empresa auditada poderão utilizar para divulgar a situação da empresa em relação às questões pertinentes. O escopo do relatório deve atender ao objetivo da auditoria, e os tópicos deverão estar de acordo com o plano da auditoria estabelecida, sendo recomendável a anuência das partes envolvidas para quaisquer modificações na elaboração do relatório, de forma que não haja surpresas para nenhuma das partes. Quaisquer discussões mantidas após a reunião de encerramento e anteriores à distribuição do relatório da auditoria deverão ser tratadas pelo auditor-líder, para evitar que determinações conflitantes cheguem até a direção. 66 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Não existe uma regra para a elaboração de uma relatório de auditoria, porém é recomendável que ele apresente os tópicos essenciais, quais sejam: o escopo e o objetivo da auditoria; os itens específicos da auditoria; os nomes dos membros do grupo de auditoria; o setor do auditado; as datas da auditoria; as áreas ou departamentos que receberam a auditoria; uma lista dos cargos e das pessoas entrevistadas; uma lista de documentos de referência dentro dos quais a auditoria foi conduzida (exemplo: Manual da Qualidade do auditado, padrão do sistema, procedimentos, instruções de trabalho, registros); as descobertas do grupo de auditoria; a avaliação do grupo de auditoria com relação ao nível do cumprimento do recebedor da auditoria com o padrão do Sistema da Qualidade apropriado e quaisquer outros requisitos aplicáveis; o número total das não-conformidades encontradas, juntamente com uma descrição de cada irregularidade encontrada e quaisquer recomendações para que se obtenham as ações corretivas; a avaliação do grupo de auditores sobre a eficiência do Sistema da Qualidade quanto ao cumprimento, à política e aos objetivos da qualidade especificados. FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 67 Embora muitas empresas ofereçam um formato formal para o relatório de auditoria, algumas deixam que o grupo de auditoria, sob a coordenação do auditor-líder, faça o seu próprio design. Apresentamos um modelo no anexo dos documentos. Os relatórios de auditoria são sempre utilizados como pesquisa e como base para se iniciarem as ações preventivas ou corretivas pelo auditado, ou pela direção. Os resultados da auditoria oferecem evidência objetiva e orientação inequívoca em relação às mudanças e aperfeiçoamentos que possam ser necessários em um Sistema da Qualidade. Contanto que os resultados da auditoria sejam objetivos e imparciais, eles podem estimular e direcionar decisões sem preconceitos. Eles podem também influenciar a decisão de efetuar a auditoria de fornecedores externos. Os relatórios de auditoria podem também ser úteis na tomada de decisões financeiras rentáveis relacionadas à melhoria contínua. Sempre interessa à direção que os recursos da organização sejam utilizados da forma mais eficiente. Até mesmo, em se tratando da Qualidade, a direção deve otimizar o custo em relação à Qualidade oferecida. As informações apresentadas no relatório devem auxiliar a direção na tomada de decisões para aprimorar a Qualidade da maneira mais rentável possível. Uma vez que o relatório da auditoria houver sido entregue e aceito, o processo da auditoria será considerado completo. 68 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO A TIVIDADES DE A PRENDIZ A GEM 1) Quais as fases de realização de uma auditoria interna? 2) Quais são os documentos que o auditor deve providenciar para realizar uma auditoria? 3) Ao lavrar uma não-conformidade, quais itens são necessários para que o setor auditado possa traçar a ação corretiva? 4) Qual é a importância de um relatório final de auditoria? Como ele deve ser feito? FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 69 MODELOS DE DOCUMENTOS 70 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 71 M ODELO DE PROCEDIMENTO DE AUDITORIA INTERNA E SEUS ANEXOS 72 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 73 Logo da empresa Revisão: PROCEDIMENTO SISTÊMICO PS 8.2.2 Página: Data: Vigência: Título: Auditorias Internas de Qualidade ELABORAÇÃO: APROVAÇÃO: Nome: Nome: Ass.: Ass.: ( ) Original Cópia: ( ) Controlada ( ) Cópia N.º ( ) Não Controlada 1. OBJETIVO Este padrão estabelece os procedimentos de auditorias internas da Qualidade, atendendo ao requisito 8.2.2 da norma Norma SIQ Construtoras (ISO 9001:2000). 2. RESPONSABILIDADES Representante da Direção: elaborar o Plano Anual de Auditorias Internas, aprovar junto a diretoria, divulgar na empresa conforme previsto no requisito comunicação interna. Coordenador de atividades de auditoria de acordo com o descrito neste P.S. Auditores Internos: conduzir as auditorias conforme o planejado. M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA 74 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Logo da empresa PROCEDIMENTO SISTÊMICO PS 8.2.2 Revisão: Página: Data: Vigência: Título: Auditorias Internas de Qualidade 3. PROCEDIMENTOS Plano de Auditorias O objetivo das auditorias internas é verificar se o Sistema da Qualidade está funcionando como planejado e documentado, bem como avaliar a sua eficácia. A responsabilidade e autoridade em gerenciar as Auditorias Internas da Qualidade é do representante da direção, que estabelece, documenta e implementa o Plano Anual de Auditorias da Qualidade. A freqüência das auditorias internas é semestral. Auditores O representante da direção é quem designará os auditores que irão compor a auditoria. Nessa designação, deve-se observar a independência dos auditores, que não podem ter responsabilidade direta pela área ou processo auditado. Podem ser utilizados como auditores funcionários da empresa ou externos (consultoria), designados especificamente para este fim. Quando a auditoria interna for realizada por um profissional externo (subcontratado), este poderá se utilizar de metodologia própria, desde que apresente um relatório de auditoria. Esse profissional receberá tratamento específico, para fins de Avaliação de Desempenho e Qualificação, como fornecedor conforme estabelece o PD 7.4 – Qualificação/Contratação de Fornecedores e Prestadores de Serviço. Para a seleção dos auditores internos – funcionários da empresa –, é necessário que eles possuam no mínimo um ano de experiência na empresa, evidenciando conhecimento técnico e das características da empresa, bem como é desejavel possuir ou estar cursando nível superior, ou, no mínimo, 2º grau completo. Para estarem qualificados, os auditores devem possuir treinamento técnico e prático, para a realização de auditorias internas, M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 75 Logo da empresa PROCEDIMENTO SISTÊMICO PS 8.2.2 Revisão: Página: Data: Vigência: Título: Auditorias Internas de Qualidade por profissional ou instituição habilitada, bem como o conhecimento do Manual da Qualidade e Procedimentos da empresa. Na reunião de análise crítica, o relatório de auditoria será analisado. Da mesma forma será avaliada a performance dos auditores, decidindo por sua exclusão ou manutenção do Cadastro de Auditores Internos Qualificados (Anexo 2), ou a necessidade de treinamento, sendo levados em consideração o conhecimento, atualização, postura, imparcialidade e objetividade dos auditores. O representante da direção mantém registros que comprovem a qualificação dos auditores. Preparação das Auditorias No mínimo 15 dias antes de cada auditoria, o representante da direção deverá formalizar e informar as áreas a serem auditadas através de memorando, acompanhado do Programa de Auditoria Interna (Anexo 3), que também deverá ser fixado nos editais. A elaboração de um checklist como instrumento de apoio, desde que compatível com o escopo da auditoria, poderá ser utilizado, a critério dos auditores. Execução da Auditoria a) Reunião de Abertura A auditoria deve se iniciar com uma reunião da equipe auditora com o responsável pela área auditada e funcionários por ele designados, com o objetivo de reafirmar o escopo e objetivos da auditoria, efetuar acertos operacionais (consenso do Programa de Auditoria) e confirmar a data e horário da reunião de encerramento. M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA 76 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Logo da empresa PROCEDIMENTO SISTÊMICO PS 8.2.2 Revisão: Página: Data: Vigência: Título: Auditorias Internas de Qualidade b) Exame A equipe auditora deve buscar evidências objetivas de que o sistema está implementado conforme planejado, e é eficaz, utilizando-se de meios apropriados, tais como entrevistas, análise de documentos, observação das rotinas executadas etc. As não-conformidades que possam vir a ser identificadas deverão ser registradas no formulário Relatório de Não-Conformidades, conforme previsto no PS 8.3/8.5 – Controle de Produto NãoConforme, Ações Corretivas e Preventivas. As não-conformidades devem ser reconhecidas pelo representante da área auditada. c) Reunião de Encerramento Ao término da auditoria, com o Relatório de Auditoria em mãos (Anexo 4), o auditor deverá se reunir com o responsável pela área auditada para: entregar o Relatório de Auditoria, entregar uma cópia de cada Relatório de Não-Conformidade; e acordar prazos para as ações corretivas. Acompanhamento das Ações Corretivas O responsável pela área auditada deve informar na reunião de encerramento os prazos previstos para as ações corretivas. O auditor deve acompanhar a eficácia das ações corretivas, registrando seu encerramento em campo apropriado do Relatório de NãoConformidade. M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 77 Logo da empresa PROCEDIMENTO SISTÊMICO PS 8.2.2 Revisão: Página: Data: Vigência: Título: Auditorias Internas de Qualidade A diretoria da empresa analisa os resultados das auditorias nas análises críticas, realizadas conforme o item 5.6 do Manual da Qualidade. Anexos ANEXO 1: Plano Anual de Auditoria da Qualidade ANEXO 2: Cadastro de Auditores Internos Qualificados ANEXO 3: Programa de Auditoria Interna da Qualidade ANEXO 4: Relatório de Auditoria Interna de Qualidade M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA 78 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Logo da empresa PROCEDIMENTO SISTÊMICO PS 8.2.2 Revisão: Página: Data: Vigência: Título: Auditorias Internas de Qualidade M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 79 Logo da empresa PROCEDIMENTO SISTÊMICO PS 8.2.2 Revisão: Página: Data: Vigência: Título: Auditorias Internas de Qualidade M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA 80 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Logo da empresa PROCEDIMENTO SISTÊMICO PS 8.2.2 Revisão: Página: Data: Vigência: Título: Auditorias Internas de Qualidade M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 81 Logo da empresa PROCEDIMENTO SISTÊMICO PS 8.2.2 Revisão: Página: Data: Vigência: Título: Auditorias Internas de Qualidade M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA 82 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 83 L IST A ISTA DE VERIFIC AÇÃO PAR A QUALIFICAÇÃO PELO SIQ C ONSTRUT OR AS LISTA DE VERIFICAÇÃO AUDITORIA INTERNA NÍVEL A Data: Itens: Equipe de Auditores: Auditor-Líder: 84 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 85 ITEM DESCRIÇÃO 4 4.1 Sistema de Gestão da Qualidade Requisitos Gerais CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO Está estabelecido, documentado, implementado, mantido e melhorado continuamente um Sistema de Gestão da Qualidade, atendendo, de maneira evolutiva, aos requisitos especificados? Está definido um diagnóstico da situação inicial da empresa quando do desenvolvimento do Sistema de Gestão da Qualidade? Estão definidos claramente os subsetores e tipos de obra abrangidos pelo Sistema de Gestão da Qualidade? Estão estabelecidos listas de serviços de execução e de materiais de forma controlada, respeitando-se as exigências específicas? Estão identificados os processos necessários para o Sistema de Gestão da Qualidade e sua aplicação por toda a empresa construtora? Está estabelecido um planejamento para o desenvolvimento e implementação do Sistema de Gestão da Qualidade, estabelecendo responsáveis e prazos para cada requisito e obtenção dos diferentes níveis de qualificação? Estão determinados critérios e métodos para assegurar que a operação e o controle dos processos especificados sejam eficazes? Está assegurada a disponibilidade de recursos e informações necessárias para apoiar a operação e o monitoramento dos processos especificados? A empresa tem monitorado, medido, analisado e implementado ações necessárias para atingir os resultados planejados e a melhoria contínua dos processos especificados? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA 86 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ITEM DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO A empresa tem controlado processos externos que afetem a conformidade do produto em relação aos requisitos especificados? 4.2 Requisitos de Documentação 4.2.1 Generalidades A documentação do Sistema de Gestão da Qualidade está constituída de declarações documentadas da política da Qualidade e dos objetivos da Qualidade? A documentação do Sistema de Gestão da Qualidade está constituída do Manual da Qualidade e de Planos da Qualidade de obras? A documentação do Sistema de Gestão da Qualidade está constituída de procedimentos documentados requeridos pelo presente referencial? A documentação do Sistema de Gestão da Qualidade está constituída de documentos identificados como necessários pela empresa construtora para assegurar a efetiva operação e controle de seus processos? A documentação do Sistema de Gestão da Qualidade está constituída de registros da Qualidade requeridos por este referencial? 4.2.2 Manual da Qualidade A empresa construtora possui Manual da Qualidade descrevendo a estrutura básica da documentação, incluindo ou referenciando os procedimentos documentados que fazem parte do Sistema? O Manual da Qualidade da empresa construtora inclui os subsetor(es) e tipo(s) de obras abrangido(s) pelo Sistema de Gestão da Qualidade? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 87 ITEM DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO O Manual da Qualidade da empresa construtora inclui os detalhes e justificativas para quaisquer exclusões de requisitos deste referencial? O Manual da Qualidade da empresa construtora descreve a seqüência e interação entre os processos do Sistema de Gestão da Qualidade? 4.2.3 Controle de Documentos A empresa construtora possui procedimento documentado de controle de documentos? A empresa construtora aprova documentos quanto à sua adequação, antes de sua emissão? Como é assegurado que os documentos da Qualidade estão na sua versão atual? Como a empresa construtora trata os documentos obsoletos? Como é assegurado que os documentos são analisados criticamente e aprovados quanto à sua adequação, por pessoal autorizado? Como a empresa construtora procede quando há alterações nos documentos da Qualidade? Como a empresa construtora evidencia que os documentos estão disponíveis e acessíveis em todos os locais onde são executadas as operações? Como é realizado o controle de documentos externos e como é feita a sua distribuição? 4.2.4 Controle de Registros Estão estabelecidos e mantidos procedimentos documentados, relativos aos registros da Qualidade quanto a: M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA 88 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ITEM DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO a) identificação; b) armazenamento; c) proteção; d) recuperação; e) tempo de retenção; e f) descarte. Os registros da Qualidade são legíveis, identificáveis e recuperáveis? 5 Responsabilidade da Direção da Empresa 5.1 Comprometimento da Direção da Empresa A direção da empresa está comprometida com o desenvolvimento e a implementação do Sistema de Gestão da Qualidade e com a melhoria contínua de sua eficácia? (evidências) A direção da empresa construtora tem comunicado aos seus profissionais e àqueles de empresas subcontratadas a importância de atender aos requisitos do cliente, assim como aos regulamentares e estatutários? Existe uma política de Qualidade definida e documentada, assim como os objetivos para a Qualidade? Quais indicadores são utilizados para se avaliar a evolução da empresa com relação aos objetivos estabelecidos? A direção da empresa construtora tem garantido a disponibilidade de recursos necessários para o desenvolvimento e implementação do Sistema de Gestão da Qualidade e com a melhoria continua? A direção da empresa construtora tem conduzido as análises críticas do Sistema de Gestão da Qualidade? 5.2 Foco no Cliente Os requisitos dos clientes estão determinados e são atendidos? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 89 ITEM DESCRIÇÃO 5.3 Política da Qualidade CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO A Política da Qualidade está apropriada aos propósitos da empresa construtora? A Política da Qualidade inclui o comprometimento com o atendimento aos requisitos e com a melhoria contínua da eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade? A Política da Qualidade proporciona uma estrutura para o estabelecimento e análise crítica dos objetivos da qualidade? A Política da Qualidade está comunicada a todos os níveis pertinentes da empresa construtora, seguindo um plano de sensibilização previamente definido? A Política da Qualidade está entendida, em grau apropriado, pelos profissionais da empresa construtora. A Política da Qualidade é analisada criticamente para manutenção de sua adequação? 5.4 Planejamento 5.4.1 Objetivos da qualidade Os objetivos da Qualidade são mensuráveis de acordo com as funções e níveis pertinentes da organização? Os objetivos da Qualidade incluem aqueles necessários para atender aos requisitos aplicados à execução das obras da empresa? Estão definidos indicadores de acompanhamento dos objetivos da qualidade? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA 90 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ITEM DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO Está implementado um sistema de medição dos indicadores definidos? Existe um acompanhamento da evolução dos indicadores definidos, para verificar o atendimento dos objetivos da Qualidade? 5.4.2 Planejamento do Sistema de Gestão da Qualidade O Planejamento do Sistema de Gestão da Qualidade está sendo realizado de acordo com os requisitos especificados no item 4.1 da norma, bem como de acordo com os objetivos da Qualidade? As mudanças no Sistema de Gestão da Qualidade são planejadas e implementadas? 5.5 Responsabilidade, Autoridade e Comunicação 5.5.1 Responsabilidade e Autoridade As responsabilidades e autoridades estão definidas na documentação do Sistema de Gestão da Qualidade e são devidamente comunicadas na empresa construtora? 5.5.2 Representante da Direção da Empresa Quem é o representante da direção da empresa construtora e onde está a sua designação? Onde estão definidas as responsabilidades do representante da direção da empresa construtora? O representante da direção da empresa construtora tem assegurado os processos necessários para que o Sistema de Gestão da Qualidade sejam estabelecidos de maneira evolutiva, implementados e mantidos? O representante da direção da empresa construtora tem promovido a conscientização sobre os requisitos do cliente em toda a empresa? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 91 ITEM DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO O representante da direção da empresa construtora tem relatado o desempenho do Sistema de Gestão da Qualidade, assim como as necessidades de melhorias? 5.5.3 Comunicação Interna A direção da empresa construtora tem estabelecido internamente os processos de comunicação apropriados, incluindo a comunicação da eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade? 5.6 Análise Crítica pela Direção 5.6.1 Generalidades São mantidos registros onde o Sistema da Qualidade é analisado criticamente pela administração em intervalos definidos, de forma a assegurar a sua contínua pertinência, adequação e eficácia? A análise crítica tem incluído a avaliação de oportunidades para melhoria e necessidades de mudanças no Sistema de Gestão da Qualidade, e estão inclusos a Política da Qualidade e os objetivos de Qualidade? 5.6.2 Entradas para a Análise Crítica Estão inclusos nas entradas para a análise crítica o desempenho atual e oportunidades de melhoria, em função: a) do desempenho dos processos e da análise da conformidade do produto? b) das situações das ações corretivas? c) de mudanças que possam afetar o Sistema de Gestão da Qualidade? d) dos resultados de auditorias anteriores? e) das retroalimentações do cliente? f) das situações das ações preventivas? g) do acompanhamento permanente dos indicadores da qualidade? h) das ações de acompanhamento de análises críticas anteriores? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA 92 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ITEM DESCRIÇÃO 5.6.3 Saídas da Análise Crítica CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO Estão inclusas nos resultados da análise crítica pela direção: a) a melhoria da eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade e de seus processos? b) a melhoria do produto com relação aos requisitos do cliente? c) a necessidade de recursos? 6 Gestão de Recursos 6.1 Provisão de Recursos A empresa construtora tem provido os recursos necessários para o nível de qualificação em que se encontra? A empresa construtora tem provido os recursos necessários para melhorar continuamente a eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade e para aumentar a satisfação dos clientes de acordo com os seus requisitos? 6.2 Recursos Humanos 6.2.1 Designação de Pessoal As pessoas com responsabilidades definidas no Sistema de Gestão da Qualidade possuem as competências necessárias para assumi-las (escolaridade, qualificação profissional, treinamento, experiência e habilidade)? 6.2.2 Treinamento, Conscientização e Competência Estão determinadas as competências necessárias para o pessoal que executa trabalhos que possam afetar a qualidade do produto? A empresa providencia o treinamento do pessoal para satisfazer as necessidades de competência? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 93 ITEM DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO A empresa construtora avalia a eficácia das ações executadas? A empresa construtora assegura que o seu pessoal está consciente da pertinência e importância de suas atividades e de como elas contribuem para atingir os objetivos da Qualidade? São mantidos registros apropriados de escolaridade, qualificação profissional, treinamento, experiência e habilidade? 6.3 Infra-estrutura A empresa construtora tem identificada, mantida, e provida a infra-estrutura necessária para a obtenção da conformidade do produto incluindo: a) canteiros de obras, escritórios da empresa, demais local de trabalho e instalações associadas? b) ferramentas e equipamentos relacionados ao processo de produção? c) serviços de apoio (tais como abastecimentos em geral, áreas de vivência, transporte e meios de comunicação)? 6.4 Ambiente de Trabalho A empresa construtora tem determinado e gerenciado as condições do ambiente de trabalho para a conformidade com os requisitos do produto? 7 Execução da Obra 7.1 Planejamento da Obra 7.1.1 Plano da Qualidade da Obra Para cada obra, a empresa construtora, tem elaborado e documentado um plano de qualidade da obra? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA 94 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ITEM DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO Como é assegurado que este plano contempla: a) a estrutura organizacional da obra e definição das responsabilidades? b) programa de treinamento específico da obra? c) relação de materiais e serviços de execução controlados? d) procedimento de execução e inspeção, incluindo a identificação dos materiais e serviços de execução controlados que são submetidos a ensaios laboratoriais para a obra em questão, assim como os registros dos controles realizados? e) identificação das especificidades da execução da obra e determinação das respectivas formas de controle, assim como os registros dos controles realizados? f) identificação dos processos críticos para a qualidade da obra e atendimento das exigências dos clientes, bem como de suas formas de controle e registros dos controles realizados? g) objetivos da qualidade específicos para a execução da obra e atendimento das exigências dos clientes, associados a indicadores? h) identificação das especificidades no que se refere à manutenção dos equipamentos considerados críticos para a qualidade da obra e atendimento das exigências dos clientes? i) projeto do canteiro? j) qual o destino dado aos resíduos sólidos e líquidos produzidos pela obra? 7.1.2 Planejamento da Execução da Obra A empresa construtora tem planejado, programado e controlado o andamento da execução da obra, e tem registrado os controles de andamento realizados? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 95 ITEM DESCRIÇÃO CONFORMIDADE 7.2 Processos Relacionados ao Cliente 7.2.1 Determinação de Requisitos Relacionados à Obra CONSTATAÇÃO A empresa construtora deve determinar: a) requisitos especificados pelo cliente, entrega da obra e assistência técnica pós-entrega? b) requisitos não especificados pelo cliente, mas necessários para o uso especificado ou intencional? c) obrigações relativas à obra, incluído requisitos regulamentares e legais? d) qualquer outro requisito determinado pela empresa construtora? 7.2.2 Análise Crítica dos Requisitos Relacionados à Obra Como é assegurado que a proposta, o contrato ou o pedido do cliente são analisados criticamente antes de sua aceitação? Verifique se a análise crítica contempla: a) se os requisitos da obra estão definidos; b) se as divergências entre a proposta e o contrato estão resolvidas; c) se a empresa construtora têm capacidade para atender aos requisitos determinados. Os registros dos resultados das análises críticas e das ações resultantes estão mantidos? Verifique, caso o cliente não tenha apresentado seus requisitos documentados, se a empresa construtora os confirmou antes da aceitação. Quando os requisitos da obra forem alterados, a empresa construtora tem assegurado que os documentos pertinentes estão contemplados e que o pessoal pertinente é notificado sobre as alterações feitas? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA 96 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ITEM DESCRIÇÃO 7.2.3 Comunicação com o Cliente CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO A empresa construtora tem determinado e implementado meios de comunicação com os clientes, quanto a: a) tratamento de propostas, contratos e emendas; b) informações sobre a obra; c) retroalimentação do cliente, incluindo suas reclamações. 7.3 Projeto 7.3.1 Planejamento da Elaboração do Projeto A empresa construtora tem planejado e controlado o processo de elaboração do projeto da obra destinada ao seu cliente? Durante o planejamento a empresa construtora tem determinado: a) as etapas do processo de elaboração do projeto, levando em consideração as diferentes especialidades técnicas? b) a análise crítica e verificação apropriadas a cada etapa do processo de elaboração do projeto, levando em consideração as diferentes especialidades técnicas? c) as responsabilidades e autoridades para o projeto? A empresa construtora tem gerenciado as interfaces entre as diferentes especialidades técnicas (internas e externas) envolvidas no projeto para assegurar a comunicação eficaz e a designação clara de responsabilidades? As saídas do planejamento da elaboração do projeto estão atualizadas apropriadamente e de acordo com a evolução do projeto? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 97 ITEM DESCRIÇÃO 7.3.2 Entradas de Projeto CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO As entradas do processo de projeto relativas aos requisitos da obra estão definidas e os respectivos registros estão mantidos? Nas entradas do processo estão inclusos: a) requisitos funcionais e de desempenho? b) requisitos regulamentares e legais aplicáveis? c) quando pertinente, informações provenientes de projetos similares anteriores? d) quaisquer outros requisitos essenciais para o projeto? As entradas estão sendo analisadas criticamente quanto à sua adequação? 7.3.3 Saídas de Projeto As saídas do processo de projeto estão documentadas de maneira que possam ser verificada em relação aos requisitos de entrada? As saídas do processo de projeto atendem aos requisitos de entrada do processo do projeto? As saídas de projeto são aprovadas antes da liberação? As saídas do processo de projeto fornecem informações apropriadas para aquisição de materiais e serviços e para a execução da obra, incluindo indicações dos dispositivos regulares e legais aplicáveis? Quando pertinente, são utilizadas informações de projetos similares anteriores? As saídas do processo de projeto, quando pertinente, contêm ou referenciam os critérios de aceitação para a obra? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA 98 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ITEM DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO As saídas do processo de projeto definem as características para o seu uso seguro e apropriado? 7.3.4 Análise Crítica de Projeto São realizadas, em estágios apropriados e de forma planejada, análises críticas sistemáticas do projeto? As análises críticas do projeto avaliam a capacidade de os resultados atenderem plenamente aos requisitos de entrada? Estão garantidas nas análises críticas a compatibilização do projeto, e estão identificados todos os tipos de problemas e as ações necessárias? Nas análises críticas de projeto estão envolvidos representantes das especialidades técnicas concernentes ao estágio de projeto? Estão mantidos os registros dos resultados das análises críticas e as subseqüentes ações necessárias? 7.3.5 Verificação do Projeto A verificação do projeto está sendo executada conforme o planejado e está sendo assegurado que as saídas atendam aos requisitos de entrada? Estão sendo mantidos os registros dos resultados da verificação e das ações necessárias subseqüentes? 7.3.6 Validação de Projeto A validação do projeto apresenta-se como conclusão do processo de análise crítica e procura assegurar que o produto resultante atende aos requisitos de uso ou aplicação especificados ou pretendidos? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 99 ITEM DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO Estão sendo registrados os resultados da validação e as ações de acompanhamento subseqüentes? No registro do processo de validação estão inclusas as hipóteses e as avaliações aplicáveis que garantam que o desempenho pretendido seja atingido? 7.3.7 Controle de Alterações de Projeto As alterações de projeto estão identificadas, e os registros são mantidos? As alterações são analisadas criticamente, verificadas e validadas, de modo apropriado, e aprovadas antes de sua implementação? Está inclusa na análise crítica das alterações de projeto a avaliação do efeito das alterações no produto como um todo ou em suas partes? Estão mantidos os registros dos resultados da análise crítica de alterações e de quaisquer ações necessárias? 7.3.8 Análise Crítica de Projetos Fornecidos pelo Cliente A empresa construtora tem realizado análise crítica dos projetos do produto como um todo ou de suas partes em decorrência de um contrato? A empresa construtora tem previsto a forma segundo a qual procede à análise crítica de toda a documentação técnica do contrato? Na necessidade de quaisquer ações, apontadas pela análise crítica, a empresa construtora tem informado tal fato e comunicado ao cliente propostas de modificações e adaptações necessárias? Os registros dos resultados das análises críticas de projetos fornecidos pelo cliente estão mantidos? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA 100 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ITEM DESCRIÇÃO 7.4 Aquisição 7.4.1 Processo de Aquisição CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO A empresa construtora tem assegurado que a compra de materiais e a contratação de serviços estão conforme os requisitos especificados de aquisição? 7.4.1.1 Processo de Qualificação de Fornecedores A empresa construtora tem estabelecido critérios de qualificação de seus fornecedores, tomando-se como base os requisitos especificados nos documentos de aquisição? A empresa construtora tem mantido atualizados os registros de qualificação de seus fornecedores e de quaisquer ações necessárias? 7.4.1.2 Processo de Avaliação de Fornecedores A empresa construtora tem estabelecido, de maneira evolutiva, critérios para avaliar o desempenho de seus fornecedores, tomando como base a capacidade do fornecedor em atender aos requisitos especificados nos documentos de aquisição? A empresa construtora tem mantido atualizados os registros de avaliação de seus fornecedores e de quaisquer ações necessárias? 7.4.2 Informações para Aquisição A empresa construtora tem assegurado, de maneira evolutiva, a adequação dos requisitos de aquisição especificados antes da sua comunicação ao fornecedor? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 101 ITEM DESCRIÇÃO 7.4.2.1 Materiais Controlados CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO A empresa construtora tem garantido que os documentos de compra de materiais controlados descrevem claramente o que está sendo comprado, incluindo especificações técnicas (tipo, grau, classe, normas técnicas etc.)? 7.4.2.2 Serviços Controlados A empresa construtora tem garantido que os documentos de contratação de serviços de execução controlados descrevem claramente o que está sendo contratado, incluindo especificações técnicas (requisitos para aprovação, normas técnicas, qualificação profissional etc.)? 7.4.2.3 Serviços Laboratoriais A empresa construtora tem garantido que os documentos de contratação de serviços laboratoriais descrevem claramente o que está sendo contratado, incluindo especificações técnicas? 7.4.2.4 Serviços de Projetos e Serviços Especializados de Engenharia A empresa construtora tem garantido que os documentos de contratação de serviços de projeto e serviços especializados de engenharia descrevem claramente o que está sendo contratado, incluindo especificações técnicas? 7.4.3 Verificação do Produto Adquirido A empresa construtora tem instituído e implementado, de maneira evolutiva, inspeção ou outras atividades necessárias que assegurem que o produto adquirido atenda aos requisitos de aquisição especificados? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA 102 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ITEM DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO Estão estabelecidos, de maneira evolutiva, procedimentos documentados de inspeção de recebimento para todos os materiais e serviços de execução controlados? Estão declaradas nas informações para aquisição as providências de verificação pretendidas e o método de liberação de produto, quando a empresa construtora ou seu cliente pretenderem executar a verificação nas instalações do fornecedor? 7.5 Operação de Produção e Fornecimento de Serviço 7.5.1 Controle de Operações A empresa construtora tem planejado e realizado a produção e o fornecimento de serviço sob condições controladas? As condições controladas incluem, de modo evolutivo, e quando aplicável: a) disponibilidade de informações que descrevem as características do produto? b) disponibilidade de procedimento de execução, quando necessário? c) uso de equipamentos adequados? d) disponibilidade e uso de dispositivos para monitoramento e medição? e) implementação de monitoramento e medição? f) implementação de liberação, entrega, e atividades pós-entrega? g) manutenção de equipamentos considerados críticos para o atendimento das exigências dos clientes? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 103 ITEM DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO Está incluso na atividade de entrega o fornecimento ao cliente de Manual de Uso, Operação e Manutenção, contendo as principais informações sobre as condições de utilização das instalações e equipamentos, bem como orientações para a operação e manutenção da obra executada ao longo da sua vida útil? 7.5.1.1 Controle dos Serviços de Execução Controlados A empresa construtora, de maneira evolutiva, garante que procedimentos de serviços de execução controlados incluam: a) realização e aprovação do serviço? b) definição de procedimento documentado de realização do processo, se a empresa construtora adquirir um serviço externo controlado, que garanta que o fornecedor o implemente e assegure o controle desse processo? c) tenha analisado criticamente e aprovado procedimento documentado de realização do serviço definido pela empresa externa subcontratada e assegurado o seu controle de inspeção? d) quando apropriado, qualificação do pessoal que realiza o serviço ou da empresa subcontratada? 7.5.2 Validação de Processos A empresa construtora tem validado todos os processos de produção e de fornecimento de serviço onde a saída resultante não possa ser verificada por monitoramento ou medição subseqüente? A validação tem demonstrado a capacidade desses processos de alcançar os resultados planejados? A empresa construtora tem tomado providências necessárias para esses processos, incluindo quando aplicável: M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA 104 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ITEM DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO a) critérios definidos para análise crítica e aprovação dos processos? b) aprovação de equipamento e qualificação de pessoal? c) uso de métodos e procedimentos específicos? d) requisitos para registros? e) revalidação? 7.5.3 Identificação e Rastreabilidade 7.5.3.1 Identificação Quando apropriado, a empresa construtora tem identificado o produto ao longo da produção, a partir do recebimento e durante os estágios de execução e entrega? A identificação tem tido por objetivo garantir a correspondência inequívoca entre projetos, produtos, serviços e registros gerados, evitando erros? No caso de materiais estruturais, a identificação tem objetivado a rastreabilidade? Os requisitos de monitoramento e de medição da situação dos produtos estão sendo assinalados adequadamente e estão indicando a conformidade ou não deles em relação às inspeções e aos ensaios feitos? A empresa construtora garante que os materiais controlados não sejam usados por ela ou por outra enquanto não tenham sido controlados ou enquanto suas exigências específicas não tenham sido verificadas? Os materiais que forem aplicados antes de terem sido controlados estão formalmente identificados para uma posterior localização e correção em caso do não-atendimento às exigências feitas? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 105 ITEM DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO A empresa construtora tem garantido que os serviços de execução controlados e suas etapas subseqüentes não sejam iniciados, por ela ou por empresa subcontratada, enquanto não tenham sido controlados ou enquanto suas exigências específicas não tenham sido verificadas? 7.5.3.2 Rastreabilidade A empresa contratante tem garantido a rastreabilidade, ou identificação única dos locais de utilização de cada lote, nos casos cujos materiais controlados não possam comprovar sua qualidade através da medição e monitoramento antes da sua aplicação? A empresa contratante tem mantido os registros de tal situação? 7.5.4 Propriedade do Cliente A empresa construtora tem identificado, verificado, protegido e salvaguardado a propriedade do cliente fornecida para uso ou para incorporação no produto? Nos casos em que a propriedade do cliente seja perdida, danificada ou considerada inadequada para uso, a empresa construtora tem informado ao cliente tais fatos? A empresa contratante tem mantido registros dessas situações? 7.5.5 Preservação de Produto A empresa construtora tem garantido, de maneira evolutiva, para os materiais controlados, a correta identificação, manuseio, estocagem e condicionamento, preservando a conformidade deles em todas as etapas do processo de produção? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA 106 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ITEM DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO A empresa construtora tem preservado a conformidade dos serviços de execução controlados em todas as etapas do processo de produção, até a entrega da obra? 7.6 Controle de Dispositivos de Medição e Monitoramento A empresa construtora tem determinado as medições e monitoramentos assim como os dispositivos de medição e monitoramento necessários para evidenciar a conformidade do produto com os requisitos determinados? Estão estabelecidos processos para assegurar que a medição e o monitoramento possam ser realizados e sejam realizados de maneira coerente com os requisitos de medição e monitoramento, incluindo dispositivos de medição, quando necessário, para assegurar resultados válidos, sendo que estes deverão ser: a) ajustados ou reajustados, como necessário? b) identificados para que a calibração possa ser determinada? c) protegidos contra ajustes que possam invalidar o resultado da medição? d) protegidos de dano e deterioração durante o manuseio, manutenção e armazenamento? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 107 ITEM DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO A empresa construtora tem avaliado e registrado a validade dos resultados de medições anteriores, quando constatar que o dispositivo não está conforme os requisitos? Ela tem tomado providências apropriadas no dispositivo e em qualquer produto afetado? A empresa construtora tem mantido e registrado os resultados de calibração e verificação? 8 Medição, Análise e Melhoria 8.1 Generalidades A empresa construtora, de maneira evolutiva, tem planejado e implementado os processos necessários para o monitoramento, medição, análise e melhoria que: a) demonstrem a conformidade do produto? b) assegurem a conformidade do Sistema de Gestão da Qualidade? c) melhorem continuamente a eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade? Obs.: deverão estar inclusas a determinação dos métodos aplicáveis, as técnicas estatísticas e a abrangência de seu uso. 8.2 Medição e Monitoramento 8.2.1 Satisfação do Cliente A empresa construtora tem monitorado as informações relativas à percepção dos clientes quanto ao atendimento de seus requisitos? Os métodos de obtenção e uso dessas informações estão determinados? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA 108 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ITEM 8.2.2 DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO Auditoria Interna A empresa construtora tem executado auditorias internas em intervalos planejados para determinar se o Sistema de Gestão da Qualidade: a) está conforme as disposições planejadas, os requisitos desta Norma e os requisitos do Sistema de Gestão da Qualidade por ela instituídos? b) está mantido e implementado eficazmente? As auditorias internas da qualidade são programadas segundo o planejado, levando em consideração a situação e a importância dos processos e áreas a serem auditadas, bem como os resultados das auditorias anteriores? Os critérios da auditoria, o escopo, a freqüência e os métodos para auditoria estão definidos? Os processos definidos pelo Sistema de Gestão da Qualidade são auditados pelo menos uma vez por ano? Estão asseguradas a objetividade e a imparcialidade do processo de auditoria? Estão estabelecidos e mantidos procedimentos documentados para as responsabilidades, para os requisitos de planejamento, para execução das auditorias, para o relato dos resultados e para a manutenção dos registros? O responsável pela área a ser auditada tem tomado, sem demora, as ações necessárias para eliminar as causas das não-conformidades detectadas? As atividades de acompanhamento incluem a verificação das ações tomadas e o relato dos resultados de verificação? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 109 ITEM 8.2.3 DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO Medição e Monitoramento de Processos A empresa construtora tem aplicado métodos adequados para monitoramento e, quando aplicável, para medição dos processos do Sistema de Gestão da Qualidade? Os métodos aplicados para o monitoramento têm demonstrado a capacidade dos processos em alcançar os resultados planejados? Quando os resultados planejados não são alcançados, são efetuadas as correções e ações corretivas, apropriadamente, para que assegurem a conformidade do produto? 8.2.4 Inspeção e Monitoramento de Materiais e Serviços de Execução Controlados e da Obra Estão estabelecidos procedimentos documentados de inspeção e monitoramento das características dos materiais controlados e dos produtos resultantes dos serviços de execução controlados, a fim de verificar o atendimento aos requisitos especificados? Está estabelecido procedimento documentado para inspeção das características finais da obra antes de sua entrega, que confirme a conformidade às especificações e necessidades do cliente quanto ao produto acabado? Os registros de entrega indicam a(s) pessoa(s) autorizada(s) a liberar o produto? Há controle de que todas as providências planejadas tenham sido satisfatoriamente concluídas antes da liberação dos materiais e da liberação e entrega dos serviços de execução controlados da obra? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA 110 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ITEM 8.3 DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO Controle de Materiais e de Serviços de Execução Controlados e da Obra Não-conformes A empresa construtora tem assegurado, de maneira evolutiva, através de um procedimento documentado, que os materiais controlados, os produtos resultantes dos serviços de execução e a obra a ser entregue ao cliente que não estejam de acordo com os requisitos definidos sejam identificados e controlados para evitar o seu uso, liberação ou entrega não-intencional? A empresa construtora tem tratado os materiais controlados, os serviços de execução controlados ou a obra não-conformes segundo uma ou mais das seguintes formas: a) execução de ações para eliminar a não-confomidade detectada? b) autorização do seu uso, liberação ou aceitação sob concessão por uma autoridade pertinente e, onde aplicável, pelo cliente? c) execução de ação para impedir a intenção original de seu uso ou aplicação original, sendo possível a sua reclassificação para aplicações alternativas? Estão mantidos os registros sobre a natureza das não-conformidades e das ações subseqüentes tomadas, incluindo as concessões obtidas? A empresa construtora tem reverificado, para demonstrar a conformidade com os requisitos, o material, o serviço de execução ou a obra não-conforme corrigida? A empresa construtora tem tomado as ações apropriadas em relação aos efeitos, ou potenciais efeitos, da não-conformidade, quando a não-conformidade do material, do serviço de execução ou da obra for detectada após a entrega ou no início de seu uso? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 111 ITEM 8.4 DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO Análise de Dados A empresa construtora tem determinado, coletado e analisado dados apropriados que demonstrem a adequação e eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade e que avaliem onde melhorias contínuas podem ser realizadas? Obs.: os dados gerados são provenientes dos resultados do monitoramento, das medições e de outras fontes pertinentes. A análise de dados fornecem informações relativa a: a) satisfação do cliente? b) conformidade com os requisitos do produto? c) características da obra entregue, processos de execução de serviços controlados e materiais controlados, tendências de desempenho, incluindo desempenho operacional dos processos e oportunidades para ações preventivas? d) fornecedores? 8.5 Melhoria 8.5.1 Melhoria Contínua A empresa construtora tem melhorado continuamente a eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade, através do uso da Política da Qualidade objetivos da Qualidade, resultados de auditorias, análise de dados, ações corretivas e preventivas e análise crítica pela direção? 8.5.2 Ação Corretiva A empresa construtora tem executado ações corretivas para eliminar as causas de não-conformidades detectadas para que não voltem a se repetir? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA 112 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ITEM DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO As ações corretivas são proporcionais aos efeitos das não-conformidades detectadas? Está estabelecido procedimento documentado que defina os requisitos para: a) análise crítica de não-conformidade, incluindo reclamações de clientes? b) determinação das causas das não-conformidades? c) avaliação da necessidade de ações para assegurar que aquelas não-conformidades não ocorrerão novamente? d) determinação e implementação de ações executadas? e) registro dos resultados de ações executadas? f) análise crítica de ações corretivas executadas? 8.5.3 Ação Preventiva A empresa construtora tem definido as ações que eliminem as causas das não-conformidades potenciais que evitem a sua ocorrência? As ações preventivas são proporcionais aos efeitos dos problemas potenciais? Está estabelecido procedimento documentado que defina os requisitos para: a) identificação de não-conformidades potenciais e suas causas? b) avaliação da necessidade de ações para evitar a ocorrência de não-conformidades? c) definição e implementação de ações necessárias? M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 113 ITEM DESCRIÇÃO CONFORMIDADE CONSTATAÇÃO d) registros de resultados de ações executadas? e) análise crítica de ações preventivas executadas? Nota: Este é um modelo de lista de verificação que poderá ser aperfeiçoado ou apresentar um layout mais adequado, caso a equipe auditora considere conveniente. A lista de verificação poderá refenciar também os procedimentos e registros da empresa correlatos a cada registrro. A terminologia adotada também pode ser adequada à utilizada no SGQ da empresa. M AT E R I A L O R I E N T AT I V O TA A TIVIDADES DE A UT O - AVALIAÇÃO 116 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 117 A TIVIDADES DE A UT O - AVALIAÇÃO Aqui deve ser incluída a prova do treinamento presencial 1) A auditoria é um mecanismo para determinar a efetividade do Sistema de Gestão da Qualidade atual e identificar áreas que necessitem de ações corretivas ou melhorias; consiste em uma avaliação planejada e documentada. Com base nesse conceito, assinale a alternativa que não compactua para a realização de uma auditoria. a) Confirmar se o sistema atingiu os objetivos da Qualidade planejados. b) Confirmar se os elementos do Sistema da Qualidade cumprem com o conjunto de requisitos preestabelecidos. c) Garantir que o Sistema da Qualidade tenha sido implementado e que não-conformidades sejam detectadas com o objetivo de achar culpados. d) Avaliar um fornecedor antes que os preparativos contratuais sejam feitos. e) Confirmar se o Sistema da Qualidade do fornecedor está instalado. 2) A auditoria interna é utilizada como ferramenta de aperfeiçoamento nas empresas. Das ações abaixo citadas, identifique a que não compactua para uma auditoria efetiva. a) Fica a cargo do auditor a decisão acerca da efetividade das ações quanto ao atendimento dos objetivos. b) Planejar cuidadosamente cada ação. c) Acompanhar efetivamente a implantação das ações corretivas e preventivas que se fizerem necessárias. d) Avalizar a necessidade quanto à introdução de melhorias ou ações corretivas. e) Investigar o Sistema da Qualidade, procurando provas de não-conformidade e detectando áreas de ineficiência. 118 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 3) O vocabulário da Qualidade que é baseado na ISO 9000 possui terminologias e significados específicos. O resultado de um processo corresponde a: a) Conformidade b) Produto c) Estrutura Organizacional d) Processo e) Fornecedor 4) As auditorias podem ser classificadas quanto ao tipo, ao propósito e ao escopo. Assinale a alternativa que representa, respectivamente, a classificação de auditorias apresentada: a) Auditoria de processo, auditoria de terceira parte e auditoria completa. b) Auditoria do Sistema da Qualidade, auditoria de segunda parte e auditoria de processo. c) Auditoria completa, auditoria parcial e auditoria de produto. d) Auditoria de primeira parte auditoria de processo e auditoria parcial. e) Auditoria de terceira parte, auditoria de acompanhamento e auditoria de processo. 5) Em relação à auditoria-interna, compete ao auditor verificar se os elementos do Sistema da Qualidade foram adequadamente implementados e comunicar claramente os resultados da auditoria. Assinale a ação que não compete ao auditor: a) Confirmar a eficácia das ações corretivas, caso solicitado b) Ocultar quaisquer obstáculos importantes encontrados durante a realização da auditoria c) Ser discreto a respeito de informações privilegiadas d) Ser objetivo e imparcial e) Documentar todas as observações FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 119 6) Experiência, aptidões e traços pessoais são os destaques de um auditor eficiente. Durante uma auditoria, o auditor encontrará maiores dificuldades se: a) Transmitir uma atmosfera de confiança b) Tiver paciência c) Estabelecer um relacionamento amigável d) Ser imparcial e) Inflexível às mudanças e adaptabilidades 7) A versão 2000 da ISO 9001, bem implementada e bem auditada, torna-se um instrumento fantástico de gerenciamento global, fornecendo dados para análise de resultados por processos. O SIQ Construtoras alinha-se com os requisitos da ISO, compreendendo oito princípios definidos. Quando definimos que "um resultado almejado é obtido, mais eficientemente, quando as atividades e os recursos relacionados são administrados como um processo", estamos falando de qual dos oito princípios: a) Melhoria contínua b) Foco no cliente c) Abordagem de processo d) Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores e) Abordagem factual para a tomada de decisão 8) Entre os princípios da Ética Profissional de um auditor, assinale o que não se adapta aos postulados básicos de uma conduta ética: a) Mesmo vinculado à empresa, o auditor atenderá aos princípios de ética e observará as normas técnicas e os padrões de auditoria b) O auditor assumirá inteira responsabilidade técnica pelos serviços de auditoria por ele prestados c) O auditor deve abster-se de praticar atos ou participar, por qualquer forma, de outras atividades incompatíveis com os postulados fundamentais de uma auditoria d) O auditor deve negligenciar efeitos graves na execução de qualquer trabalho profissional e no seu respectivo relato e) O auditor deve relatar prontamente qualquer irregularidade encontrada durante a auditoria. 120 – QUALIDADE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 9) Durante a execução de uma auditoria interna, qual atitude não pode ser tomada pelo auditor: a) Não seguir a orientação do auditor-líder b) Comprovar pessoalmente as informações verbais recebidas c) Estar seguro das suas conclusões antes de registrar uma não-conformidade d) Evitar relacionar pessoas com não-conformidades ou com deficiências e) Fazer perguntas durante a auditoria de modo claro e preciso, e de compreensão pelo auditado, evitando linguagem técnica e de difícil entendimento 10) Uma das etapas do Processo da Auditoria refere-se ao preenchimento de um documento onde é registrado o resultado da auditoria realizada. Esse documento será utilizado como instrumento para divulgar a situação da empresa em relação à Qualidade. Estamos aqui nos referindo a qual processo: a) Planejamento da Auditoria b) Execução da Auditoria c) Reunião de Abertura d) Conclusão da Auditoria e) Relatório Final da Auditoria FORMAÇÃO DE AUDITORES – PRINCÍPIOS E PROCESSOS – 121 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACKOFF, Russell L. The Art of Problem Solving Accompanied by Ackoff’s fables. Nova York: John Wiley & Sons, 1978. AMBROZEWICZ, P. Qualidade na Prática: conceitos e ferramentas. AMBROZEWICZ, P. Sistema de Qualidade: Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat. AMBROZEWICZ, P. SIQ-C: Metodologia e Implantação – metodologia, serviços e materiais. AMBROZEWICZ, P. Formação de Auditores: princípios e processos. AMBROZEWICZ, Paulo Henrique Laporte. SENAI - Departamento Regional do Paraná. Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade e Habitat - Workshop 1. DET, 2000. AMBROZEWICZ, Paulo Henrique Laporte. SENAI - Departamento Regional do Paraná. Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade e Habitat - Workshop 2. DET, 2000. AMBROZEWICZ, Paulo Henrique Laporte. SENAI - Departamento Regional do Paraná. Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade e Habitat - Workshop 3. DET, 2000. AMBROZEWICZ, Paulo Henrique Laporte. SENAI - Departamento Regional do Paraná. Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade e Habitat - Workshop 4. DET, 2000. AMBROZEWICZ, Paulo Henrique Laporte. SENAI - Departamento Regional do Paraná. Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade e Habitat - Workshop 5. DET, 2000. AMBROZEWICZ, Paulo Henrique Laporte. SENAI - Departamento Regional do Paraná. Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade e Habitat - Workshop 6. DET, 2000. AMBROZEWICZ, Paulo Henrique Laporte. SENAI - Departamento Regional do Paraná. Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade e Habitat - Workshop 7. DET, 2000. ALAGARTE, Waldir. 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