Serviço Público Federal Universidade Federal do Pará Centro Tecnológico Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil Daniel Mescoito Gomes Importância do volume útil do poço de sucção na redução do consumo de energia elétrica em Estação Elevatória de Esgoto. Belém (PA) 2010 Daniel Mescoito Gomes Importância do volume útil do poço de sucção na redução do consumo de energia elétrica em Estação Elevatória de Esgoto. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal do Pará, à qualificação para o Mestrado Acadêmico em Engenharia Civil. Universidade Federal do Pará. Área de concentração: Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental. Linha de Pesquisa: Saneamento e Sistemas de InfraEstrutura Urbana. Orientador: Prof. Dr. José Almir Rodrigues Pereira. Belém (PA) 2010 Daniel Mescoito Gomes Importância do volume do poço de sucção na redução do consumo de energia elétrica em Estação Elevatória de Esgoto. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal do Pará, à qualificação para o Mestrado Acadêmico em Engenharia Civil. Universidade Federal do Pará. Área de concentração: Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental. Data de aprovação: _____________ Banca examinadora: José Almir Rodrigues Pereira – Orientador Orientador Titulação Doutor em Engenharia Hidráulica e Saneamento Instituição Universidade Federal do Pará Petrônio Vieira Junior Membro Titulação Doutor em Engenharia Elétrica Instituição Universidade Federal do Pará Lindemberg Lima Fernandes Membro Titulação Doutor em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido. Instituição Universidade Federal do Pará Belém (PA) 2010 DEDICATÓRIA Aos meus pais e grandes mestres da vida: Raimundo Soares Gomes e Maria Madalena Mescoito Gomes, e aos meus irmãos: Fabio e Leonan. Obrigado pelo incentivo e compreensão incondicional nos momentos decisivos de minha vida. BELÉM 2010 AGRADECIMENTOS A Deus pela imensa bondade e sabedoria, pela força espiritual que me deu no decorrer do curso e pelas bênçãos que me proporcionou em todos os momentos de minha vida. Aos meus pais Raimundo e Madalena Gomes pelo incentivo e apoio desde terna infância. Ao Prof. Dr. José Almir Rodrigues Pereira pela inspiração, compreensão, motivação e orientação no desenvolvimento deste trabalho. Procurando sempre transmitir seus conhecimentos, experiências profissionais e de vida. Aos grandes amigos Ana Julia Barbosa, Lucy Anne e Marise pela amizade incondicional e por não medir esforços para ajudar-me na realização deste trabalho. Aos amigos Celine, Claudio, Karina e Gleice pela ajuda e momentos de descontração durante a elaboração desse trabalho. Aos amigos do Grupo de Pesquisa Hidráulica e Saneamento Valdinei, Jaqueline, Débora, Silvana, Claudio Monique, Aline, Kelline, Gilberto, Rafael, Andréia, Marcus, Aldenor e Igor pelo incentivo e compreensão. A todos aqueles, que em determinado momento da minha vida diretamente ou indiretamente, contribuíram para este e para outros trabalhos realizados. SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS ................................................................................................. 16 LISTA DE TABELAS ................................................................................................ 18 RESUMO................................................................................................................... 20 ABSTRACT............................................................................................................... 21 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9 2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 11 2.1 OBJETIVO GERAL .............................................................................................. 11 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................ 11 3 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................. 12 3.1 CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO. .............................................................................................................. 17 3.2 ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO.......................................................... 25 3.2.1 Classificação das Estações Elevatórias de Esgoto .................................... 25 3.2.2 Componentes da estação elevatória de esgoto .......................................... 27 3.3 PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO .................................. 33 3.4 OPERAÇÃO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO SANITÁRIO ........... 46 4 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 58 4.1 FASES DO ESTUDO ........................................................................................... 60 4.2 FASE 1 – DEFINIÇÕES DE CONDIÇÕES OPERACIONAIS ............................... 60 4.3 FASE 2 - SIMULAÇÃO DO BOMBEAMENTO PARA DIFERENTES VOLUMES ÚTEIS NO POÇO DE SUCÇÃO. ............................................................................... 63 4.4 FASE 3 – COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................. 66 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 68 5.1 FASE 1 - DEFINIÇÕES DE CONDIÇÕES OPERACIONAIS................................ 68 5.2 FASE 2 – SIMULAÇÃO DO BOMBEAMENTO PARA DIFERENTES VOLUMES ÚTEIS NO POÇO DE SUCÇÃO. ............................................................................... 75 5.3 FASE 3 – COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS ............................................... 167 6 CONCLUSÕES .................................................................................................... 174 7 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 176 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Participação Percentual dos tipos de geração de energia elétrica no Brasil em outubro de 2003. Fonte: Elaborado com base em dados da Agencia Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. ........................................................................................ 12 Figura 2 – Consumo de energia elétrica no Brasil..................................................... 13 Figura 3 - Indicadores de consumo de energia elétrica de água e esgoto. ............... 14 Figura 4 – Sistema de esgotamento sanitário coletivo. Fonte: Pereira & Soares, 2006. ......................................................................................................................... 17 Figura 5 - Esquema 1 - EEE localizada no meio da rede coletora de esgoto. .......... 19 Figura 6 - EEE localizada entre a rede coletora de esgoto e o corpo receptor. ........ 19 Figura 7 - EEE localizada entre a rede coletora de esgoto e a ETE. ........................ 19 Figura 8 – Layout da Estação de Tratamento de Esgoto do Una. ............................. 21 Figura 9 - Estações Elevatórias e unidades de floculação e gradeamento. .............. 22 Figura 10 - Estações Elevatórias e unidades de floculação e gradeamento. ............ 23 Figura 11 – Layout da Estação de Tratamento de Esgoto da Cesário Alvim. ........... 24 Figura 12 – Classificação das elevatórias de esgoto. ............................................... 25 Figura 13 – Esquema de poço seco. ......................................................................... 26 Figura 14 – Esquema de poço úmido........................................................................ 27 Figura 15 – Componentes da unidade de elevação. ................................................. 27 Figura 16 - Classificação das Bombas Centrifuga..................................................... 29 Figura 17 - Registro de Gaveta ................................................................................. 31 Figura 18 - Válvula de Retenção horizontal .............................................................. 31 Figura 19 - Manômetro analógico.............................................................................. 32 Figura 20 - Vacuômetro analógico. ........................................................................... 32 Figura 21 - Intervalo entre 2 acionamentos do mesmo CMB. ................................... 36 Figura 22 - Critérios para a determinação do tempo de ciclo .................................... 36 Figura 23 – Esquema sistema estação elevatória. .................................................... 41 Figura 24 - Esquema das demandas de energia nos conjuntos motor e bomba....... 43 Figura 25 – Curva característica esquemática de uma bomba centrifuga. ................ 44 Figura 26 - Esquema da curva característica da associação em série e paralelo de duas bombas “A” idênticas. Fonte: adaptado Macintyre (1997). ............................... 45 Figura 27 – Estação Elevatória de Esgoto. ............................................................... 46 Figura 28 – Corrente e conjugado para partida estrela-triângulo de um motor de um motor de gaiola acionamento uma carga com conjugado resistente Cr..................... 48 Figura 29– Fatores de redução K1 e K2 em função das relações de tensão do motor e da rede Um/Um ....................................................................................................... 49 Figura 30– Família de curvas de conjugado x rotação para motores de anéis ......... 52 Figura 31– Partida direta e com soft-starter. ............................................................. 53 Figura 32 – Tensão e corrente no motor ................................................................... 55 Figura 33 – corte da estação elevatória utilizado no estudo. .................................... 58 Figura 34 – Vista em planta da estação elevatória utilizado no estudo. .................... 59 Figura 35 - Fases da metodologia. ............................................................................ 60 Figura 36 – Níveis de Operação................................................................................ 65 Figura 37 – Seqüência de operação 2+1. ................................................................. 65 Figura 38 – Parâmetros hidráulicos adotados na simulação da estação elevatória de esgoto. ...................................................................................................................... 66 Figura 39 – Hidrograma de vazão de esgoto, variando em 24 horas. ....................... 70 Figura 40 - Velocidades das tubulações de sucção e recalque................................. 71 Figura 41 – Curva do sistema para condições máximas e mínimas de vazão, correspondendo ao funcionamento de 2 conjuntos motor e bomba em paralelo. ..... 72 Figura 42 - Família de bomba utilizada na pesquisa. ................................................ 73 Figura 43 – Ponto de operação em paralelo 1+2. ..................................................... 74 Figura 44 – Ponto de operação com 2 CMB operando e 1CMB’S de reserva. ......... 74 Figura 45 – Ponto de operação 1+2 e 2+1. ............................................................... 75 Figura 46 – Volume útil do poço de sucção por tempo de detenção. ........................ 76 Figura 47 – Tempo de operação dos CMB1 para estação elevatória com Volume útil de 283 m³. ................................................................................................................. 78 Figura 48 – Tempo de operação dos CMB2 para estação elevatória com Volume útil de 283 m³. ................................................................................................................. 79 Figura 49 – Variação de nível do poço de sucção com volume útil de 283 m³. ......... 80 Figura 50 – Custo com energia elétrica da EEE para volume 1 (283m³). ................. 82 Figura 51 – Tempo de operação dos CMB1 para estação elevatória com Volume útil de 567 m³. ............................................................................................................... 108 Figura 52 – Tempo de operação dos CMB2 para estação elevatória com Volume útil de 567 m³. ............................................................................................................... 109 Figura 53 – Variação de nível do poço de sucção com volume útil de 567 m³. ....... 110 Figura 54 – Custo com energia elétrica da EEE para volume 2 (567m³). ............... 112 Figura 55 – Tempo de operação dos CMB1 para estação elevatória com Volume útil de 850 m³. ............................................................................................................... 138 Figura 56 – Tempo de operação dos CMB2 para estação elevatória com Volume útil de 850 m³. ............................................................................................................... 139 Figura 57 – Variação de nível do poço de sucção com volume útil de 850 m³. ....... 140 Figura 58 – Custo com energia elétrica da EEE para volume 3 (850m³). ............... 142 Figura 59 - Tempo de funcionamento em (%) durante 24 horas de simulação. ...... 167 Figura 60 - Tempo de funcionamento no horário de ponta. .................................... 168 Figura 61 – Comparação da variação de nível dos poços de sucção com volumes úteis de 283, 567 e 850 m³, respectivamente.......................................................... 170 Figura 62 - Custo da energia elétrica em (R$) durante 24 horas de simulação. ..... 171 Figura 63 – Custo de energia elétrica em (R$) durante 24 horas de simulação...... 172 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Déficit na oferta de saneamento Básico – 2001 (continua) ................... 15 Tabela 2 – coeficientes multiplicativos ao longo de 24 horas de produção de esgoto. (conntinua) ................................................................................................................ 61 Tabela 3 – Vazões de esgoto sanitário. .................................................................... 69 Tabela 4 – Vazões de esgoto sanitário. (Continua) ............................................. 69 Tabela 5 – Tempo de operação dos CMB’s para EEE com volume 1 (283m³) ......... 77 Tabela 6 – Tempo de operação dos CMB’s para EEE com volume 1 em horário de ponta. ........................................................................................................................ 80 Tabela 7 – Tempo de ciclo do CMB 2 para EEE com volume 1. ............................... 81 Tabela 8 – Tempo de ciclo do CMB 2 para EEE com volume 1 . .............................. 82 Tabela 9 – Tempo de operação dos CMB’s para EEE com volume 1 (567m³) ....... 107 Tabela 10 – Tempo de operação dos CMB’s para EEE com volume 2 (567m³) em horário de ponta. ..................................................................................................... 110 Tabela 11 – Tempo de ciclo do CMB 2 para EEE com volume 2. ........................... 111 Tabela 12 – Tempo de ciclo do CMB 2 para EEE com volume 2 . .......................... 112 Tabela 13 – Tempo de operação dos CMB’s para EEE com volume 3 (850m³) ..... 137 Tabela 14 – Tempo de operação dos CMB’s para EEE com volume 3 em horário de ponta. ...................................................................................................................... 140 Tabela 15 – Tempo de ciclo do CMB 2 para EEE com volume 3. ........................... 141 Tabela 16 – Tempo de ciclo do CMB 2 para EEE com volume 3 . .......................... 142 Tabela 17 – Número de Partidas............................................................................. 169 Tabela 18 - Tempo de cliclo máximo, médio e mínimo nas silmulações ................. 171 Tabela 19 – Custo com energia elétrica em 24 horas de simulação ....................... 172 Tabela 20 – Despesa com Energia Elétrica das simulações 1, 2 e 3. ..................... 172 RESUMO O presente estudo avaliou importância do volume útil do poço de sucção na redução de energia elétrica em estação elevatória de esgoto sanitário. Para isso, foi simulado o funcionamento de três estações elevatórias com capacidade de recalcar a vazão de esgoto proveniente do atendimento de cerca de 175.000 pessoas. As estações elevatórias de esgoto sanitário simuladas são compostas por três conjuntos motor e bomba em paralelo 2+1 considerando a variação diária de produção de esgoto (ciclo de 24h) e os tempos de permanência do esgoto sanitário no poço de sucção de 10, 20 e 30 minutos, que resultam em poços de sucção com 283m3, 567m3 e 850m3, respectivamente. Nos resultados foi observado que a as bombas da estação elevatória de esgoto com volume útil de poço de sucção de 850m3 teve menor tempo de funcionamento total em horário de ponta, menor número de partidas do motor se comparadas com os volumes de 283m3 e 567 m3, comprovando, assim, a influencia do volume útil do poço de sucção com a economia com custo de energia elétrica e número de partidas do motor A diferença entre a EEE de esgoto com melhor desempenho (Vu=850m3) e de pior desempenho (Vu-283m3) em função do tempo de funcionamento total, no horário de ponta, número de partidas e de custo de energia elétrica é de 2,5%, 11,51 %, 155% e de 1%, respectivamente. Assim, é possível afirmar que apesar de haver influência do volume útil do poço de sucção na economia de energia elétrica, o recurso utilizado pra construção de um poço de sucção de maior volume não apresentou um bom desempenho no que se refere a custo de energia elétrica levando em consideração o custo construtivo do poço de sucção. ABSTRACT This study evaluated the importance of the suction well useful volume for electric power reduction. Then, it was evaluated the operation of three pump-stations that are responsible for repressing the flow from the wastewater system that assists 175.000 people. The simulated wastewater pump-stations are composed by three motor and bomb groups in parallel 2+1, considering the daily variation of wastewater production (cycle of 24 hours), and the wastewater residence time in the suction well of 10, 20 and 30 minutes, that result in suction wells of 283m³ , 567m³ and 850m³, respectively. The wastewater pump-station, with suction well useful volume of 850m3 ,presented shorter total operational time, and at the critic hours, less motor start-ups, regarding to volumes of 283m3 and 567 m3 , which proves, that way, the influence of the suction well useful volume on the economy of both electric power cost and motor start-up times. However, the difference of the operational total time, at the critic time, motor start-up times and electric power cost is about 2,5%, 11,51 %, 155% and of 1%, respectively, of the worst than it was the suction well with volume of 283m³. Then, it is possible to affirm that, despite of influence of the suction well useful volume in the electric power economy, the worn-out construction investment for a well of larger suction is almost inconceivable, because the difference of constructive cost is considerable and the difference of electric power economy is extremely small. 1 INTRODUÇÃO A energia elétrica é muito importante para humanidade, podendo ser considerado seu consumo um indicador de desenvolvimento da população mundial. O consumo de energia elétrica possui crescimento quase que continuo no Brasil, apesar da evolução de equipamentos com maior eficiência energética, devido à utilização cada vez maior de aparelhos que consomem energia elétrica. Assim, por este motivo, existe a necessidade do crescimento na geração, transmissão e distribuição desta energia. Este crescimento nem sempre ocorre na mesma proporção do consumo, em razão das faltas de planejamento ou investimento adequado. Esta desproporção pode provocar déficit deste insumo o que pode resultar em racionamento, elevação de preço e cortes temporários no seu fornecimento. No ano de 2001 o Brasil apresentou déficit entre geração e consumo de energia elétrica o que culminou no maior racionamento de energia elétrica da história do país, em termos de abrangência e redução de consumo. O racionamento teve duração de junho de 2001 a fevereiro de 2002 e resultou em acentuada queda de consumo de energia elétrica, influenciando direta ou indiretamente em todos os setores da economia brasileira. O setor de saneamento também foi influenciado pelo racionamento, já que as despesas com energia elétrica nesse setor situam-se na faixa de 10 a 20%, sendo essas despesas, o segundo ou terceiro item mais importante no orçamento destes. De um modo geral, os motores elétricos utilizados em estações elevatórias de água são responsáveis por cerca de 90% das despesas com energia elétrica. A implantação de medidas que possam reduzir os custos com energia elétrica é de suma importância para a viabilidade econômica das empresas que operam os sistemas de água e esgoto, pois o custo de energia elétrica tem sido cada vez mais elevado, principalmente devido à crise no setor energia. 9 Várias pesquisas vêm sendo desenvolvidas no setor saneamento, principalmente em estações elevatórias, com intuito de reduzir o custo com energia elétrica, principalmente no horário de ponta que é o período compreendido por 3 horas durante o dia, estabelecido no ano de 2000 pela agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), já prevendo possível déficit de fornecimento de energia elétrica no Brasil, na Resolução N.º 456, de 29 de novembro de 2000. Uma ferramenta poderosa para a obtenção da garantia da qualidade de processos, bem como, visa uma otimização da rotina operacional que pode ser traduzida em aumentos de produtividade e redução de custos operacionais como o da energia elétrica é a automação. Porém, na região norte, a automação em estações elevatórias de esgoto sanitário é quase inexistente, por ter um custo médio de 30% do custo global do projeto. Vale ressaltar que, os custos de construção de poços de sucção representam em média 35% do custo total construtivo das estações elevatórias de esgoto sanitário, assim pesquisas são necessárias, visando estabelecer a real influência do poço de sucção, visto que o aumento do volume útil demanda um grande investimento construtivo. Este trabalho visa responder o questionamento de projetistas e operadores de estações elevatórias de esgoto sanitário sem automação: O poço de sucção pode ocasionar significativa redução do consumo de energia elétrica em horários de ponta nos sistemas não automatizados? Levando em consideração: o tempo de funcionamento dos conjuntos motor e bomba, no horário de ponta e fora de ponta, número de acionamentos dos conjuntos motor e bomba, variação do nível do poço de sucção e custo de energia elétrica. 10 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Analisar o impacto de diferentes volumes úteis do poço de sucção na redução do consumo de energia elétrica em estações elevatórias de esgoto sanitário, com conjuntos motor e bomba operando em paralelo e sem variadores de velocidade. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Simular o funcionamento de bombas em paralelo 2+1, considerando a variação diária de produção de esgoto (ciclo de 24 horas) e os tempos de permanência do esgoto sanitário no poço de sucção de 10, 20 e 30 minutos; • Comparar tempo de funcionamento, em horário de ponta e fora de ponta, números de acionamentos e variação do nível do reservatório durante 24 horas de simulação; • Analisar custo de energia elétrica para os diferentes volumes úteis simulados. 11 3 REVISÃO DA LITERATURA O uso de fontes de energia e de tecnologias modernas resultou em mudanças qualitativas na vida humana, proporcionando aumento da produtividade econômica e bem-estar da população. É notado que o desenvolvimento urbano vem sendo diretamente relacionado com a oferta de energia elétrica, com impacto em todos os setores da sociedade, como no uso dos recursos naturais, na produção de bens, na infra-estrutura das cidades etc. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL (2007), a matriz energética brasileira é fortemente baseada na geração hídrica, com cerca de 80% da produção de energia elétrica ocorrendo em centrais hidroelétricas, conforme mostrado na Figura 1. Figura 1 - Participação Percentual dos tipos de geração de energia elétrica no Brasil em outubro de 2003. Fonte: Elaborado com base em dados da Agencia Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. A sinergia água e energia elétrica é ainda mais evidente no setor do saneamento, pois cerca de 20% dos custos de exploração de água são relacionados com o consumo de energia elétrica. De acordo com ANEEL (2007), o setor saneamento utiliza 3% (7 milhões de MWh/ano) do total de energia elétrica produzida no Brasil. Em decorrência disso, 12 as empresas prestadoras dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário são clientes expressivos das concessionárias de energia elétrica, conforme ilustrado na Figura 2. Figura 2 – Consumo de energia elétrica no Brasil. Segundo dados do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL) para o Saneamento, quase 3% da energia elétrica distribuída no Brasil são utilizados por empresas de saneamento. Na Figura 3 são mostrados dados de consumo de energia elétrica nas empresas de saneamento de água e esgoto apesar do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS) mostrar baixos Índices de consumo de energia elétrica em esgoto em (kWh/m³) na Região Norte, não significa que essa Região possua sistemas com baixo desperdício de energia elétrica, mas sim possui um baixo índice de tratamento de esgoto sanitário, a saber, Belém que possui cerca de apenas 2% da população atendida por serviço de coleta e tratamento de esgoto. 13 Abrangência Região Empresa de Saneamento Índice Índice Despes de de a por consum consum consum o de o de o de energia. energia energia Elétrica elétrica elétrica (água) (esgoto) SUDESTE SUL MICRORREGIONAL CENTRO-OESTE SUL SUDESTE REGIONAL NORDESTE NORTE Kwh/m3 kWh/m 3 Consumo energia elétrica esgoto Consumo energia elétrica água R$/kwh 1000 kwh/ano 1000 kwh/ano CAER/RR 0,35 0,20 0,21 810 12.632 COSANPA/PA 1,09 0,05 0,18 241 162.199 SANEATINS/TO 0,58 0,09 0,21 217 34.390 AGESPISA/PI 0,53 0,67 0,29 3.635 85.923 CAEMA/MA 0,63 0,03 0,20 978 149.480 CAERN/RN 0,66 0,51 0,27 8.388 125.436 CAGECE/CE 0,55 0,23 0,23 17.369 162.684 CAGEPA/PB 0,81 0,10 0,23 3.581 141.445 CASAL/AL 1,12 0,17 0,19 2.116 126.469 COMPESA/PE 0,72 0,09 0,20 5.385 359.382 DESO/SE 1,11 0,28 0,14 3.269 127.030 EMBASA/BA 0,82 0,20 0,14 48.524 475.507 CEDAE/RJ 0,49 0,10 0,15 39.609 878.471 CESAN/ES 0,49 0,27 0,22 5.389 115.241 COPASA/MG 0,80 0,08 0,21 18.164 643.309 SABESP/SP 0,65 0,28 0,20 228.894 1.813.106 CASAN/SC 0,64 0,44 0,25 9.306 171.361 SANEPAR/PR 0,82 0,16 0,19 28.339 482.234 CAESB/DF 0,84 0,43 0,15 42.846 160.512 SANEAGO/GO 0,77 0,04 0,24 3.233 216.953 CAJ/RJ (Araruama*) 0,75 0,19 0,16 10 14.652 PROLAGOS/RJ (Cabo Frio*) 0,97 0,22 0,14 1.389 30.525 SAAE/ES (Itapemirim*) 0,47 0,35 0,20 168 2.114 SIMAE/SC (Joaçaba*) 0,92 0,39 0,25 64 3.437 Figura 3 - Indicadores de consumo de energia elétrica de água e esgoto. Fonte: SNIS, 2001 14 O consumo de energia elétrica refere-se a diversos usos, com a maior parcela ocorrendo nos equipamentos eletromecânicos das estações elevatórias, que, normalmente, correspondem a cerca de 90% do consumo total. De acordo com SNIS, os gastos com energia elétrica são a segunda maior despesa das empresas de água e esgoto, com as prestadoras de serviços de saneamento básico gastando a ordem R$ 1,5 bilhões com energia elétrica/ano. É preciso que a energia elétrica utilizada para bombeamento do volume de água não utilizado pelo consumidor (perda de água) é de aproximadamente R$ 375 milhões/ano, sendo que nesse valor não estão considerados os números relacionados com esgotamento sanitário, pela falta de informações precisas do volume de esgoto efetivamente coletado, elevado e tratado no Brasil (Pereira & Soares, 2006). Em comparação com as demais regiões do Brasil, a Região Norte é a que apresenta os piores resultados de sistema de água e de esgoto, apresentando déficit de 94, 21% de atendimento com sistema de esgotamento sanitário e de 44,21% de atendimento com sistema de abastecimento de água, conforme pode ser observado na Tabela 1. Tabela 1 – Déficit na oferta de saneamento Básico – 2001 Déficit na oferta de saneamento Básico – 2001 (continua) ABASTECIMENTO DE ÁGUA Domicílios Particulares permanentes, atendimento e déficit – água e Esgoto Resumo para o Brasil e grandes regiões – área urbana Norte 2.249.075 Domicílios urbanos com canalização interna e rede geral de água 1.254.680 55,79 44,21 21,90 Nordeste 8.706.711 7.033.740 1.672.991 80,79 19,21 36,84 Sudeste 19.527.302 18.605.190 922.112 95,28 4,72 20,31 Sul 6.222.740 5.802.228 420.512 93,24 6,76 9,26 Centro-Oeste 2.907.204 2.376.305 530.899 81,74 18,26 11,69 Brasil 39.613.032 35.072.123 4.540.909 88,54 11,46 100,00 Norte 2.249.075 130.297 2.118.778 5,79 94,21 11,32 Nordeste 8.706.711 2.604.505 6.102.206 29,91 70,09 32,60 Grandes regiões Domicílios particulares permanentes urbanos Domicílios urbanos com canalização Interna e Rede geral de água 994.395 Atendimento (%) Déficit (%) % de déficit por grande região (conclusão) 15 Déficit na oferta de saneamento Básico – 2001 ESGOTAMENTO SANITÁRIO Domicílios Particulares permanentes, atendimento e déficit – água e Esgoto Resumo para o Brasil e grandes regiões – área urbana Sudeste 19.527.302 Domicílios urbanos com canalização interna e rede geral de água 1.714.670 Sul 6.222.740 15.416.928 4.110.374 78,95 21,05 21,96 Centro-Oeste 2.907.204 1.029.897 1.877.307 35,43 64,57 10,03 Brasil 39.613.032 20.896.297 18.716.735 52,75 47,25 100,00 Grandes regiões Domicílios particulares permanentes urbanos Domicílios urbanos com canalização Interna e Rede geral de água 4.508.070 Atendimento (%) Déficit (%) % de déficit por grande região 27,55 72,45 24,09 Fonte: Moreira (2006) É preciso observar que a universalização dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário aumentará a demanda do setor na matriz energética brasileira, portanto, é preciso conciliar a expansão desses sistemas de saneamento com: a) O crescimento anual da população urbana brasileira, com taxa de ordem de 1,29% (IBGE, 2005); b) A possibilidade de racionamento de energia elétrica no ano de 2009. (ANEEL, 2007); c) A necessidade de reestruturação e atualização da maioria das empresas de saneamento brasileira para utilização de tecnologias modernas, de programas de planejamento, de automação operacional etc. As respostas para estas questões têm sido buscadas, sobretudo por meio de ações que aumentem a eficiência no uso de água e de energia elétrica nas prestadoras de serviço de saneamento. Por outro lado, instâncias do governo federal têm contribuído para que se avance na gestão energética no setor de saneamento, com a eficiência energética e a redução de perdas de água entrando de vez na agenda do setor, já que, algumas vezes, foram deixadas em segundo plano, face à outras demandas do setor. 16 Atualmente estão em andamento ações voltadas ao uso racional de água e energia no setor de saneamento, como as da Eletrobrás, através do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica pra Saneamento – Procel/Sanear, e do Ministério das Cidades, por meio do Programa de Modernização do Setor de Saneamento (PMSS) e do Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água (PNCDA). Vale observar que a tendência é o aumento da participação do setor de saneamento no consumo de energia elétrica, especialmente pelo crescimento da população requerer a ampliação da capacidade e a abrangência do sistema de saneamento. 3.1 CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO. O sistema de esgoto sanitário é constituído pelo sistema de coleta, elevação, tratamento e destino final, conforme representado na Figura 4. Figura 4 – Sistema de esgotamento sanitário coletivo. Fonte: Pereira & Soares, 2006. O uso de Energia elétrica em sistemas de esgotamento sanitário se deve principalmente pela utilização de conjuntos motor em estações elevatórias e pelos 17 equipamentos eletromecânicos utilizados nos sistemas de tratamento. (MINISTÉRIOS DAS CIDADES, 2007). A quantidade de elevatórias e equipamentos eletromecânicos depende: a) Da topografia do terreno, pois quanto mais plano for o terreno maior a quantidade de elevatórias de recuperação de cotas na rede coletora de esgoto para evitar tubulações profundas; b) Da concepção da estação de tratamento de esgoto, pois conforme o tipo de tratamento terá maior ou menor número de estações elevatórias (elevatória de esgoto Bruto, efluente final, água de drenagem, lodo bruto primário, secundário de recirculação, excedente, primário adensado, secundário adensado, digerido etc.) e equipamentos eletromecânicos em suas unidades como: grades mecanizadas, peneiras rotativas, desarenador mecanizados, bombas dosadoras, exaustores etc. As Estações Elevatórias de Esgoto (EEE) são utilizadas no recalque do esgoto sanitário, de um ponto de cota mais baixa até um ponto em cota mais elevada ou mais distante, e podem ser localizadas no meio ou no final da rede coletora, entre a rede coletora e a ETE ou corpo d’água, no interior da ETE ou entre a ETE e o corpo receptor. A EEE no meio da rede é utilizada no bombeamento do esgoto entre coletores localizados na mesma ou em diferentes bacias de esgotamento, conforme representado na Figura 5. 18 REDE DE COLETA UNIDADE DE ELEVAÇÃO REDE DE COLETA Figura 5 - Esquema 1 - EEE localizada no meio da rede coletora de esgoto. Na EEE localizada no final da rede coletora, o esgoto coletado é bombeado até o corpo receptor ou a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), conforme representado nas Figura 6 e Figura 7, respectivamente. UNIDADE DE ELEVAÇÃO UNIDADE DE COLETA CORPO RECEPTOR Figura 6 - EEE localizada entre a rede coletora de esgoto e o corpo receptor. UNIDADE DE COLETA UNIDADE DE ELEVAÇÃO ETE CORPO RECEPTOR Figura 7 - EEE localizada entre a rede coletora de esgoto e a ETE. Independentemente do porte da EEE, a necessidade de área para a instalação e o permanente consumo de energia elétrica são desvantagens do 19 emprego dessa unidade, razão para o projetista somente utilizar EEE em casos extremos. Pereira e Mendes (2003) citam que as condições ambientais favoráveis, a evolução da tecnologia e a redução de custos (instalação, operação e manutenção) fazem com que as ETEs brasileiras comecem a apresentar todas as etapas do tratamento, o que aumenta a possibilidade de bombeamento de esgoto entre as diferentes etapas do tratamento. Na Figura 8 é mostrado layout com pontos de consumo de energia elétrica em estação de tratamento de esgoto, com unidades para remoção de sólidos grosseiros e em suspensão, decomposição biológica anaeróbia do material orgânico, uso de tratamento complementar físico-químico (coagulação, floculação e flotação), para aumentar a remoção do material orgânico, e desinfecção para inativação dos microrganismos presentes no esgoto sanitário. Nesse tipo de ETE ainda ocorre o desaguamento de lodo e o tratamento e queima de biogás. 20 Consumo de Energia Elétrica Figura 8 – Layout da Estação de Tratamento de Esgoto do Una. Nesse tipo de estação de tratamento de esgoto é notada a presença de equipamentos que consomem energia elétrica, como nas estações elevatória de recirculação, esgoto bruto, lodo, e em unidades como floculação e gradeamento conforme mostrado na Figura 9. 21 Elevatória Recirculação de flotação Bombas dosadoras Elevatória de esgoto bruto Elevatória de lodo Floculadores Gradeamento Figura 9 - Estações Elevatórias e unidades de floculação e gradeamento. Além das diversas elevatórias de esgoto existentes, a estação de tratamento de esgoto sanitário, também é constituída por equipamentos eletrointensivo como: peneira rotativa, desarenador mecanizados, centrifugas, compressor de ar,raspadores e maquinas de preparo de soluções químicas, conforme mostrado na Figura 10. 22 Peneiras rotativas Desarenador mecanizados Centrifugas Compressores Rapadores de superfícies Preparo de polímero Figura 10 - Estações Elevatórias e unidades de floculação e gradeamento. Na Figura 11 é mostrado outro layout de ETE, também baseado na remoção dos sólidos grosseiros e em suspensão, na decomposição biológica anaeróbia do material orgânico, porém sem utilizar tratamento físico-químico (coagulação, floculação e flotação) para complementar a remoção do material orgânico e na inativação dos microrganismos patogênicos do esgoto sanitário. 23 EEE da Sub-Bacia 1 Bacia da E. Nova (Tratamento Preliminar) Esgoto EEE Tamandaré (Tratamento Preliminar) Consumo de Energia Elétrica Descarte de Fundo EE Líquido Drenado Sólidos Calha Parshall Tatamento Preliminar Líquido Desarenador Aterro Sanitário Lodo de Excesso Lodo desaguado Sistema de desaguamento de lodo Líquido Reator Anaeróbio Resídual do tratamento Gases Vem da Superfície EE Lodo de Excesso Tratamento Atmosfera Gases Vem das Calhas Queimador Lodo de Recirculação Tanque de Aeração EE Recirculação de Lodo Decantador Secundário Desinfecção com UV Calha Parshall EE Tratado Calha Parshall Elevada Rio Guamá Figura 11 – Layout da Estação de Tratamento de Esgoto da Cesário Alvim. O consumo de energia elétrica nessa ETE ocorre nas estações elevatórias de esgoto tratado, líquido drenado, recirculação de lodo, lodo de excesso, bem como em e equipamentos como: peneira rotativa, desarenador mecanizados e equipamento de desinfecção ultravioleta. 24 Dessa forma, a partir da identificação do consumo de energia elétrica nessas unidades, é possível estabelecer critérios de análise de desempenho por meio de indicadores operacionais, que possam estabelecer, por exemplo, relação entre níveis de bombeamento operando dentro de valores estabelecidos em projeto, que atenda demandas específicas de energia e fator de potência. Nesse sentido, pode-se observar que o consumo de energia elétrica em estações de tratamento de esgoto depende da concepção utilizada no processo de tratamento de esgoto, contudo é inegável que estações de tratamento de esgoto demandam grande quantidade de energia elétrica, necessitando assim, de operação eficaz e eficiente para o uso racional de energia elétrica. 3.2 ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO Todas as vezes que o escoamento dos esgotos não é possível pela ação da gravidade, faz-se imprescindível o uso das estações elevatórias, as quais irão garantir energia suficiente para tal escoamento (ALEM SOBRINHO, 2000). 3.2.1 Classificação das Estações Elevatórias de Esgoto A estação elevatória pode ser classificada quanto ao tipo de líquido transportado e quanto à posição da instalação da bomba, conforme a Figura 12. CLASSIFICAÇÃO DAS ELEVATÓRIAS DE ESGOTO QUANTO AO LIQUIDO TRASNSPORTADO ESGOTO TRATADO QUANTO AO LOCAL DE INSTALAÇÃO DA BOMBA POÇO SECO ESGOTO BRUTO LODO POÇO ÚMIDO OUTROS Figura 12 – Classificação das elevatórias de esgoto. 25 A estação elevatória é utilizada em varias unidades do sistema de esgotamento sanitário, para transporte de esgoto bruto, esgoto tratado, lodo, produtos químicos etc. Quanto ao local de instalação dos CMB’s, a estação elevatória pode ser classificada pela localização dos conjuntos motor e bombas como elevatória de poço seco ou elevatória de poço úmido. A elevatória de poço seco, também denominada de estação elevatória convencional, é caracterizada, pelo CMB ser posicionado fora do líquido a ser bombeado (TSUTIYA, 2004), conforme mostrado na Figura 13Figura 13. Figura 13 – Esquema de poço seco. A elevatória de poço úmido com CMB submersos, tem sido muito utilizada, pois proporciona maior economia na construção ao dispensar a utilização de casa das bombas, conforme mostrado na Figura 14. 26 Figura 14 – Esquema de poço úmido. 3.2.2 Componentes da estação elevatória de esgoto Segundo Marques (2004), as estações elevatórias de esgoto são compostas por estrutura física, equipamentos eletromecânicos e equipamentos hidráulicos, conforme mostrado na Figura 15Figura 15. ESTAÇÃO ELEVATÓRIA Estrutura Física Equipamentos Eletro-mecânico Poço de sucção Motor e bomba Casa de Bomba Painel de Tubulação e Órgãos acessórios Tubo e Conexões Equipamentos controle Transformador Figura 15 – Componentes da unidade de elevação. 27 3.2.2.1 Estrutura física • Poço de sucção e casa de bomba Segundo Tsutiya (2005), o poço de sucção de uma elevatória de esgoto é uma estrutura de transição que recebe as contribuições dos esgotos afluentes e as coloca à disposição das unidades de recalque, constituídas de paredes verticais e laje de fundo com inclinação no sentido da sucção das bombas, a fim de evitar a deposição dos materiais sólidos e facilitar sua limpeza. O volume requerido do poço de sucção para se ter um funcionamento adequado dos conjuntos elevatórios depende, principalmente, do número de partidas dos conjuntos elevatórios, da quantidade e da seqüência operacional das bombas. Na casa das bombas são instalados os equipamentos eletromecânicos, hidráulicos e os de controle. 3.2.2.2 Equipamentos Eletro-mecânico • Motor e bomba As bombas são máquinas operatrizes hidráulicas que fornecem energia ao líquido com a finalidade de transportá-lo de um ponto a outro. Normalmente recebem energia mecânica e a transformam em energia de pressão e cinética ou em ambas (AZEVEDO NETTO et al. 1998). Segundo Hydraulic (2007), as bombas podem ser classificadas em quatro classes de bombas: centrifugas, rotativas, de embolo (ou pistão), e de poço profundo (tipo turbina). Atualmente, as bombas rotodinâmicas, mas conhecidas como bombas centrífugas, são as mais utilizadas em sistemas coletivos de esgotamento sanitário com o advento da eletricidade e do motor elétrico (MACINTYRE, 1997). 28 As bombas centrífugas (Figura 16) são bombas hidráulicas que têm como princípio de funcionamento a força centrífuga através de palhetas e impulsores que giram no interior de uma carcaça estanque, jogando líquido do centro para a periferia do conjunto girante (AZEVEDO NETTO et al., 1998). Segundo o Hydraulic (2007), as bombas centrifugas podem ser classificadas quanto sua aplicação, material que são constituídas, liquido transportado e quanto sua orientação no espaço. PUMPS DYNAMIC DISPLACEMENT CENTRIFUGAL AXIAL FLOW SINGLE STAGE MULTISTAGE CLOSED IMPELLER OPEN IMPELLER FIXED PITCH VARIABLE PITCH MIXED FLOW RADIAL FLOW SINGLE SUCTION DOUBLE SUCTION SELF – PRIMING NONPRIMING SINGLE STAGE MULTISTAGE OPEN IMPELLER SEMI OPEN IMPELLER CLODED IMPELLER PERIPHERAL SINGLE STAGE MULTISTAGE SPECIAL EFFECT SELF – PRIMING NONPRIMING JET (EDUCTOR) GAS LIFT HYDRAULIC RAM ELECTROMAGNETIC Figura 16 - Classificação das Bombas Centrifuga. Os motores empregados em bombeamentos normalmente são os elétricos e, excepcionalmente, os térmicos. Os elétricos são máquinas que transformam energia elétrica em mecânica e são os mais empregados de todos os 29 tipos de motores, pois combinam as vantagens de utilização de energia elétrica pelo seu baixo custo de operação, manutenção e investimento e a grande versatilidade de adaptação às cargas dos mais diversos tipos (MACINTYRE, 1997). As bombas para impulsionamento de água ou de esgotos sanitários, normalmente, são acionadas por motores movidos à eletricidade. Não é raro, porém, o emprego de motores alimentados por outras fontes de energia, como, por exemplo, motores de combustão interna, para que haja garantia de continuidade de funcionamento nos períodos em que ocorram falhas no fornecimento de energia elétrica. O próprio gás produzido nas estações de tratamento de esgotos poderá ser uma fonte alternativa de energia. Motores movidos a energia solar também estão começando a ser utilizado em comunidades longínquas e de difícil acesso (CETESB, 1976). Vale ressaltar, os motores de alto rendimento que são aqueles projetados para, fornecendo a mesma potência útil (na ponta do eixo) que outros tipos de motores, consumirem menos energia elétrica da rede (MACINTYRE, 1997). Os motores de alto rendimento apresentam as seguintes características: chapas metálicas de melhor qualidade (aço silício); maior volume de cobre, o que reduz a temperatura de operação; enrolamentos especiais, que produzem menos perdas estatóricas, rotores tratados termicamente, reduzindo perdas rotóricas, altos fatores de enchimento das ranhuras, que provêm melhor dissipação do calor gerado, anéis de curto-circuito dimensionados para reduzir as perdas Joule, projetos de ranhuras do motor são otimizados para incrementar o rendimento (MOTORES, 2007). 3.2.2.3 Tubulações e órgãos acessórios As tubulações são geralmente de ferro fundido com juntas de flange para facilitar o reparo em caso de necessidade. 30 Os principais órgãos acessórios conectados às tubulações de uma estação elevatória são os registros, válvulas de retenção, válvulas de é e os manômetros e vacuômetros. As válvulas ou registros de fechamento são utilizados para efetuar manobras ou interromper o fluxo de água para execução de reparos, normalmente em estações elevatórias são do tipo de gaveta e dotados de flanges. Na Figura 17 é mostrada registro de gaveta. Figura 17 - Registro de Gaveta Fonte: Registro (2007) As válvulas de retenção são destinadas a permitir a passagem da água numa só direção. São instaladas na tubulação de saída para que, em uma inesperada paralisação do bombeamento, o golpe causado pelo retorno da água não cause danos à bomba. Na Figura 18 é mostrada válvula de retenção horizontal. Figura 18 - Válvula de Retenção horizontal Fonte: Válvula (2007) Os manômetros são utilizados para medir pressão e os vacuômetros para medir pressões negativas. Os manômetros e vacuômetro são conectados junto a saída e a entrada da bomba, respectivamente por meio de uma tubulação de diâmetro reduzido. Nas Figura 19 Figura 20 são mostrados manômetros e vacuômetros, respectivamente. 31 Figura 19 - Manômetro analógico. Fonte: Manômetro... (2007) Figura 20 - Vacuômetro analógico. Fonte: Manômetro... (2007) 32 3.3 PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO A Norma Brasileira NBR 12208 “Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário” de 1992, fixa as condições gerais para elaboração de projeto hidráulico sanitário de estações elevatórias de esgoto sanitário. Nessa norma são detalhados os itens técnicos: a) Vazão - Vazões afluente inicial e final. b) Dimensionamento do poço de sucção - Volume útil; - Dimensões e formas do poço de sucção; - Tempo de detenção média. c) Dimensionamento dos condutos - Velocidade de escoamento na sucção e no recalque. d) Seleção dos conjuntos motor-bomba - Vazão de recalque; - Altura manométrica; - NPSH (Net Positive Suction Head) disponível. e) Características operacionais dos conjuntos motor-bomba - Limite de rotação; - Curvas características; - Potência. f) Canal afluente (a montante do poço de sucção) para as seguintes finalidades - Reunião de contribuições; - Reunião de fluxo; - Limite de rotação. - Instalação do extravasor ou canal de desvio (“by pass”); 33 - Instalação de comportas; - Instalação de equipamentos para remoção de sólidos grosseiros; - Instalação de dispositivos de medição; - Inspeção e manutenção. Entre outras especificações, é recomendada adoção de itens de segurança com implantação de sinais sonoros e visuais que possam indicar o potencial de perigo, bem como a interrupção do funcionamento dos conjuntos antes da ocorrência de danos. A seguir são detalhados os seguintes itens: vazão de projeto; poço de sucção; altura manométrica total; potência da bomba; rendimento da bomba e as curvas características das bombas centrífugas. • Vazão de projeto A vazão que se deve recalcar é determinada por meio da concepção básica do sistema de esgotamento, da fixação do período de projeto e das etapas para implantação das obras, e do regime de operação previsto para as elevatórias (TSUTIYA, 2004). • Poço de sucção O poço de sucção é a unidade do sistema de esgotamento sanitário responsável pelo equilíbrio entre os volumes de esgoto produzido e esgoto bobeado e pode ser dimensionado para bombas de rotação constante ou rotação variável. Segundo Alem Sobrinho (2006), os fatores a serem considerados para determinar o volume do poço de sucção são: • Condições asseguradas de vazão satisfatória para evitar situações hidráulicas adversas; • Seleção, projeto e posicionamento das bombas, tubulações e válvulas; 34 • Volume de reserva para absorver eventuais paradas de bombeamento e/ou para absorver incremento de vazões nas horas de pico; • relação entre a vazão afluente e a capacidade das bombas, bem como o numero de partidas por hora para o qual o motor da bomba e o equipamento elétrico foram dimensionados; • volume menor possível, para que o tempo de detenção do esgoto não seja excessivo, evitando-se a septicidade desse esgoto. Entretanto, basicamente, o dimensionamento do volume útil e do volume efetivo do poço de sucção está condicionado aos dois últimos fatores citados, sendo que: • Volume útil é o volume compreendido entre o nível máximo e o nível mínimo de operação do poço (faixa de operação das bombas); e • Volume efetivo para calculo será aquele compreendido entre o fundo do poço e o nível médio de operação das bombas. Vale ressaltar que o volume do poço de sucção deve ser calculado, determinando-se o volume útil e verificando se o tempo de detenção do esgoto no volume efetivo é compatível com as recomendações que serão posteriormente apresentadas. O volume útil do poço de sucção é determinado considerando-se o intervalo de tempo entre partidas sucessivas do motor bomba (tempo de ciclo) e a vazão de bombeamento. Segundo Pereira (2006), o tempo de ciclo (Tc) é o intervalo de tempo entre dois acionamentos do motor. (Figura 21). Esse parâmetro é importância porque, durante a partida do motor da bomba, é gerada uma determinada quantidade de calor. Essa energia liberada em cada partida deverá ser dissipada, sendo que, um número excessivo de partidas poderá levar o motor a um superaquecimento. A 35 dissipação dessa energia é feita através de um intervalo de tempo adequado entre partidas sucessivas do motor bomba. Figura 21 - Intervalo entre 2 acionamentos do mesmo CMB. Para se determinar o tempo de ciclo (Tc) existem diferentes critérios, sendo os mais usuais apresentados a seguia na Figura 22. Autor ou entidade Potencia do motor Tempo de ciclo < 300 CV (720 a 1200 rpm) SABESP >300CV Flomatcher Metcalf & Eddy 6 min Consultar os fabricantes Até 15 HP 10 min 20 a 50 HP 15 min 620 a 200 HP 30 min 250 a 600 HP 60 min Até 20 HP 10 min 20 a 100 HP 15 min 100 a 250 HP 20 a 30 min 250 Hp Consultar os fabricantes Figura 22 - Critérios para a determinação do tempo de ciclo Portanto, o tempo de ciclo serve para proteger o equipamento ao evitar o super aquecimento do motor, sendo igual a soma dos tempos de enchimento e de esvaziamento, como mostrado na seguinte expressão: Tciclo = Tenchiment o + Tesvaziame nto Levando em consideração a equação Q = V , o tempo de enchimento é T a relação entre o volume útil e a vazão de esgoto sanitário afluente (Qes), e o tempo de esvaziamento é a diferença entre a vazão de esgoto bombeada (Qb) e a afluente ao poço úmido, conforme mostrado nas seguintes expressões: 36 Tciclo = Tenchiment o + Tesvaziame nto Tciclo = Vútil Vútil + Qes (Qb - Qes ) Considerando dt =0 dQes dT = Vútil × [- (1/ Qes 2 + (1 / (Qb - Qes)2 ] dQes ) Qes = Qb 2 Tciclo = Vútil Vútil + Qb Qb Qb − 2 2 Tciclo = 2Vútil 2Vútil + Qb Qb Tciclo = 2Vútil + 2Vútil Qb Tciclo = 4Vútil Qb Nessa situação, o volume de enchimento é igual ao volume de esvaziamento. Portanto, o volume útil mínimo será: Vútil = Qb × Tciclo min 37 É recomendável que o tempo de detenção seja inferior a 30 min. porém, dependendo das condições hidráulicas de esgotamento da bacia, ou subbacia que contribui para a elevatória, pode ser difícil conciliar este tempo máximo de detenção com o volume de poço de sucção. A máxima detenção ocorrerá para mínima afluente no inicio de operação da elevatória. O tempo de detenção é um parâmetro importante, uma vez que a permanência excessiva do esgoto bruto no poço acarretará a emanação de gases, danificando a estrutura e o equipamento, alem de criar sérios problemas ao operador. Sendo: Ve = volume efetivo do poço de sucção, m³ Qm = vazão media de projeto, afluente À elevatoria no inicio de operação, m³/min TDH = tempo de detenção no poço, min, Resulta: A finalidade do uso de bombas de rotação variável é manter a vazão da bomba igual à vazão afluente à elevatória. Com isso, o volume do poço será mínimo, pois há necessidade de atender às seguintes condições para o bom funcionamento das bombas: - disposição adequada das tubulações de sucção; - submergência mínima para evitar a entrada de ar na bomba; e controle das bombas. Geralmente, o nível máximo do liquido no poço tem sido definido na cota do coletor afluente e o nível mínimo, acima do topo da voluta da bomba, para manter a bomba afogada e prevenir a entrada de ar. 38 A maioria dos sistemas de controle de bombas de rotação variável necessita uma faixa operacional (faixa de controle) de no mínimo 0,60 cm. Devido às grandes flutuações das vazões afluentes à elevatória e visando a proteção das bombas, deve-se evitar que trabalhem a baixas vazões. Por isso, é recomendável que o volume do poço de sucção para bombas de rotação variável seja dimensionado para a vazão mínima da bomba: Uma boa regra pratica é limitar a vazão mínima a valores não inferiores a 25 – 30% da vazão correspondente no ponto de melhor rendimento na rotação máxima. No entanto, por questões de segurança, é recomendável obter-se do fabricante a vazão mínima para a bomba escolhida. Metcalf & Eddy e WPCF recomendam para o calculo do volume do poço de sucção, tanto para bombas de rotação constante como para bombas de rotação variável, a seguinte expressão: Onde: V = volume mínimo do poço de sucção, m³; Q = capacidade da bomba, m³/min, ou incremento na capacidade de bombeamento, quando uma bomba se encontra em operação e a segunda bomba é ligada, ou a rotação da bomba é aumentada: T = tempo mínimo, em minutos, de ciclo de bombeamento (tempo partidas sucessivas, ou variação na rotação de uma bomba operando entre os limites de uma faixa de controle). Na NBR 12208/1992 – Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário” é recomendado que o Tempo de Detenção Hidráulica (TDH) deve ser o menor possível e, portanto, eventuais folgas nas dimensões do poço de sucção devem ser eliminas, sendo recomendado o maior valor 30 (trinta) minutos. 39 O dimensionamento do poço de sucção é um dos fatores cruciais para uma boa eficiência energética, pois é com base na sua operação que se podem modular cargas ou utilizar a estação de bombeamento nos horários mais favoráveis, evitando as horas de pico. • Altura manométrica total Este parâmetro identifica o potencial da bomba para elevar o líquido até determinado nível. Segundo Crespo (2001), para satisfazer essa demanda de trabalho, o equipamento necessita superar três solicitações simultâneas: Altura geométrica (HG); Perdas de cargas localizadas (∆HL); Perdas de cargas distribuídas (∆HD). A altura manométrica pode ser desdobrada em duas parcelas: A altura manométrica de recalque e altura manométrica de sucção CETESB (1976). A altura manométrica de recalque é a soma geométrica de recalque com as perdas calculadas no trecho correspondente: Hman.rec = HG.rec + JLR + k.(V²/2g) Sendo: . Hman.rec = altura manométrica de recalque, em metros; . HG.rec = altura geométrica de recalque, em metros; . JLR= Perdas de carga distribuída no recalque, em metros; . k.(V²/2g) = Perda de carga localizada, em metros; . k = Coeficiente de perda de carga localizada (valor tabelado) . V = Velocidade da água no trecho, m/s; . g = aceleração da gravidade, em m/s². A altura manométrica de sucção é a soma geométrica de sucção com as perdas calculadas no trecho correspondente. 40 Hman.suc = HG.rsuc + JLs + k.(V²/2g) . Hman.suc = altura manométrica de sucção, em metros; . HG.seuc = altura geométrica de sucção, em metros; . JLS= Perdas de carga distribuída na sucção, em metros. Na Figura 23 é mostrado esquema de unidade elevatória com altura de sucção e altura de recalque. Figura 23 – Esquema sistema estação elevatória. Fonte: Barreto, 2007 Em qualquer cálculo de altura de sucção de bombas tem de ser considerado que não deve ocorrer o fenômeno da cavitação, o qual consiste na ebulição da água no interior dos condutos, quando as condições de pressão caem a valores inferiores a pressão de vaporização (AZEVEDO NETTO, 1998). No interior das bombas, no deslocamento das pás, ocorrem inevitavelmente rarefações no líquido, isto é, pressões reduzidas devido à própria natureza do escoamento, o que favorece a formação de bolhas de ar (SILVESTRE, 1979). Estas bolhas de ar desaparecem bruscamente, condensando-se, quando alcançam zonas de altas pressões em seu caminho através da bomba. Como esta 41 passagem gasoso-líquido é brusca, o líquido alcança a superfície do rotor em alta velocidade, produzindo ondas de alta pressão em áreas reduzidas. Estas pressões podem ultrapassar a resistência à tração do metal e arrancar progressivamente partículas superficiais do rotor, inutilizando-o com o tempo (BLACK, 1979). Na cavitação são ouvidos ruídos e vibrações característicos e quanto maior for a bomba, maiores serão estes efeitos. Além de provocar o desgaste progressivo até a deformação irreversível dos rotores e das paredes internas da bomba, simultaneamente, esta apresentará a progressiva queda de rendimento, caso o problema não seja corrigido. Nas bombas a cavitação geralmente ocorre por altura inadequada da sucção (problema geométrico), por velocidades de escoamento excessivas (problema hidráulico) ou por escorvamento incorreto (AZEVEDO NETTO, 1998) Para garantir boas condições de aspiração das bombas, é necessário o conhecimento do valor do NPSH (net positive suction head). O termo NPSH comumente utilizado entre os fornecedores, fabricantes e usuários de bombas pode ser dividido em dois tipos: o requerido (NPSHr) e o disponível (NPSHd). (SILVESTRE, 1979). - NPSHr é a energia do líquido que a bomba necessita para seu funcionamento interno. Normalmente, o NPSHr é fornecido em metros de coluna de água (TSUTIYA, 2004). - NPSHd é a energia disponível que possui o líquido na entrada de sucção da bomba. Portanto os fatores que influenciam diretamente o NPSH são a altura estática de sucção, o local de instalação, a temperatura de bombeamento e o peso específico, além do tipo de entrada, diâmetro, comprimento e acessórios na linha de sucção que vão influenciar nas perdas de carga na sucção (SILVESTRE, 1979). • Potência fornecida pela Bomba É a potência para elevar a vazão do líquido, de modo a vencer a altura manométrica total (TSUTYA, 2004). É dada por: 42 PL = γQH Onde: PL = Potência líquida fornecida pela bomba (KW; N. m/s) γ = Peso especifico da água (N/m³) H= Altura Manométrica total (m). • Rendimentos ou eficiência da bomba Rendimento de uma bomba é a relação entre a potência fornecida pela bomba ao líquido (potência útil) e a cedida a bomba pelo eixo girante do motor (potência motriz) (MACINTYRE, 1997). Uma bomba recebe energia mecânica por meio de eixo e consume parte desta no funcionamento de suas engrenagens, além de parte da energia cedida pelo rotor ao líquido perde-se no interior da bomba em conseqüência das perdas hidráulicas diversas, da recirculação e dos vazamentos, de modo que só parte da energia recebida do motor é convertida em energia hidráulica útil (BLACK, 1979). Na Figura 24 é mostrado o esquema das demandas de energia nos conjuntos motor e bomba. Figura 24 - Esquema das demandas de energia nos conjuntos motor e bomba. Fonte: Adaptado Macintyre (1997). De acordo com Macintyre (1997), a relação entre a energia útil, ou seja, aproveitada pelo fluido para seu escoamento fora da bomba (que resulta na potência útil) e a energia cedida pelo rotor é denominada de rendimento hidráulico interno da bomba. A relação entre a energia cedida ao rotor e a recebida pelo eixo da bomba é denominada de rendimento mecânico da bomba. A relação entre a energia útil, ou 43 seja, aproveitada pelo fluido para seu escoamento fora da bomba (potência útil) e a energia inicialmente cedida ao eixo da bomba é denominada rendimento hidráulico total da bomba e é simbolizada por ηb, e calcucada pela seguinte equação: ηB = PL γQH = PB PB Sendo: ηb.= Rendimento ou eficiência da bomba; PB =Potência consumida pela bomba,( KW; N.m/s). • Curvas características das bombas centrifugas Tsutiya (2004) afirma que é de fundamental importância o conhecimento das curvas características das bombas, pois cada bomba é projetada, basicamente, para elevar determinada vazão (Q) a uma altura manométrica total (H) em condições de máximo rendimento, e a medida que o par Q e H se afasta das condições ótimas de operação, o rendimento da bomba tende a diminuir. Na Figura 25 é apresentada esquematicamente a curva característica de uma bomba centrifuga. Figura 25 – Curva característica esquemática de uma bomba centrifuga. Fonte: Adaptado Tsutya (2004) 44 Em elevatórias de água ou de esgoto, e em inúmeras aplicações industriais, o campo da variação da vazão e da altura manométrica pode ser excessivamente amplo, para ser abrangido pelas possibilidades de uma única bomba, mesmo variando a velocidade. Recorre-se então a associações ou ligações de duas ou mais bombas em sério ou paralelo (MACINTYRE, 1997). A associação em série é utilizada quando se deseja variar a altura manométrica e a associação em paralelo é utilizada quando é necessário o aumento da vazão. Na Figura 26 é mostrado o esquema da curva característica da associação em série e paralelo de duas bombas “A” idênticas. Figura 26 - Esquema da curva característica da associação em série e paralelo de duas bombas “A” idênticas. Fonte: adaptado Macintyre (1997). 45 Assim, de uma forma geral, as EEEs de grande e médio porte apresentam os seguintes componentes: • canal de acesso, para redução da velocidade do esgoto; • grade de barras, para retenção do material grosseiro; • caixa de areia, para retenção de partículas inorgânicas; • medidor de vazão, para monitoramento da vazão de esgoto; • poço úmido, para acumulação do esgoto sanitário; • conjuntos motor e bomba - CMBs, para recalque do esgoto; • poço seco, para proteção dos CMBs, do painel de comando e do gerador. • painel de comando, para acionamento dos CMBs; • gerador, para fornecimento de energia; Na Figura 27 são representadas as principais partes da EEE. Figura 27 – Estação Elevatória de Esgoto. Fonte: Campos (1999). A operação dessas unidades requer o desenvolvimento de critérios técnicos que objetivam, principalmente, otimizar o projeto desenvolvido, de forma a garantir seu funcionamento com vistas à redução do consumo de energia e manutenção da vida útil dos equipamentos. 3.4 OPERAÇÃO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO SANITÁRIO A operação de estação elevatória de esgoto deve garantir que a rotina de acumulação e recalque de esgoto para unidades subseqüentes, ocorra conforme programação pré-estabelecida pela administração dessa estação. 46 Atualmente, essa operação conta com a automação que embora, segundo Tsutiya (2005) aumente o custo do sistema, proporciona diminuição de custo com pessoal, consumo de energia elétrica e produtos químicos, além de melhorar a eficiência dos processos e aumentar a segurança. Os principais componentes de automação das estações elevatórias de esgoto sanitário são painéis elétricos locais, instrumentação, unidade controladora, centro de controle operacional e interface homem-máquina, atuadores ou acionamentos. Em Estações Elevatórias de Esgoto o controle da partida tem forte influência na economia de energia elétrica, sempre que possível, a partida de um motor trifásico de gaiola, deverá ser direta, por meio de contatores. Deve ter-se em conta que para um determinado motor, as curvas de conjugado e corrente são fixas, independentes da dificuldade de partida, para uma tensão constante. Nos casos em que a corrente de partida do motor é elevada podem ocorrer as seguintes conseqüências prejudiciais: • Elevada queda de tensão no sistema de alimentação da rede. Em função disto, provoca a interferência em equipamentos instalados no sistema • Os sistemas de proteção (cabos, contatores) deverão ser superdimensionados, ocasionando custo elevado • A imposição das concessionárias de energia elétrica que limitam a queda de tensão da rede. Caso a partida direta não seja possível, devido aos problemas citados acima, pode-se usar sistema de partida indireta para reduzir a corrente de partida. Estes sistemas de partida indireta (tensão reduzida) são • Chave estrela-triângulo • Chave compensadora • Chave série-paralelo 47 • Reostato • Partidas eletrônicas (soft-starter e inversores de freqüências) a) Partida Com Chave Estrela-Triângulo (Ү – ∆) É fundamental para a partida com a chave estrela-triângulo que o motor tenha a possibilidade de ligação em dupla tensão, ou seja, em 220/380V, em 380/660V, em 440/760V, em 1350/2300V, em 2400/4160V ou em 3800/6600V. Os motores deverão ter no mínimo seis bornes de ligação. A partida estrela-triângulo poderá ser usada quando a curva de conjugados do motor é suficientemente elevada para poder garantir a aceleração da máquina com corrente reduzida. Na ligação estrela, o conjugado fica reduzido para 33% do conjugado de partida na ligação triângulo. Por este motivo, sempre que for necessário uma partida estrela-triângulo, deverá ser usado um motor com uma curva de conjugado elevado. Antes de decidir por uma partida estrela-triângulo, será necessário verificar se o conjugado de partida será suficiente para operar a máquina. O conjugado resistente da carga não poderá ultrapassar o conjugado de partida do motor (Figura 28), nem a corrente no instante da mudança para triângulo poderá ser de valor inaceitável. Figura 28 – Corrente e conjugado para partida estrelatriângulo de um motor de um motor de gaiola acionamento uma carga com conjugado resistente Cr. 48 Onde I∆ = Corrente em triângulo IҮ = Corrente em estrela CҮ = Conjugado em estrela C∆ = Conjugado em triângulo Cr = Conjugado resistente tc = tempo de comutação. b) Partida com chave Compensadora (Auto-Transformador) A chave compensadora pode ser usada para a partida de motores sob carga. Ela reduz a corrente de partida, evitando uma sobrecarga no circuito, deixando, porém o motor com um conjugado suficiente para a partida e aceleração. A tensão na chave compensadora é reduzida através de autotransformador que possui normalmente taps de 50, 65 e 80% da tensão nominal. Para os motores que partirem com uma tensão menor que a tensão nominal, a corrente e o conjugado de partida devem ser multiplicados pelos fatores K1 (fator de multiplicação da corrente) e K2 (fator de multiplicação do conjugado) obtidos na Figura 29. Figura 29– Fatores de redução K1 e K2 em função das relações de tensão do motor e da rede Um/Um a. COMPARAÇÃO ENTRE CHAVES “Y – ∆” E COMPENSADORA “AUTOMÁTICA” • Estrela-Triângulo (automática) 49 Vantagens a) A chave estrela-triângulo é muito utilizada por seu custo reduzido para baixas tensões b) Não tem limites quanto ao número de manobras c) Os componentes ocupam pouco espaço d) A corrente de partida fica reduzida para aproximadamente 1/3 Desvantagens a) A chave só pode ser aplicada a motores cujos seis bornes ou terminais sejam acessíveis b) A tensão da rede deve coincidir com a tensão em triângulo do motor c) Com a corrente de partida reduzida para aproximadamente 1/3 da corrente nominal, reduz também o momento de partida para 1/3 d) Caso o motor não atingir pelo menos 90% de sua velocidade nominal, o pico de corrente na comutação de estrela para triângulo será quase como se fosse uma partida direta, o que se torna prejudicial aos contatos dos contatores e não traz nenhuma vantagem para a rede elétrica. • Chave Compensadora (automática) Vantagens a) No tap de 65% a corrente de linha é aproximadamente igual a da chave estrela-triângulo, entretanto, na passagem da tensão reduzida para a tensão da rede, o motor não é desligado e o segundo pico é bem reduzido, visto que o auto-trafo por curto tempo se torna uma reatância b) É possível a variação do tap de 65 para 80% ou até para 90% da tensão da rede, a fim de que o motor possa partir satisfatoriamente. Desvantagens a) A grande desvantagem é a limitação de sua freqüência de manobras. Na chave compensadora automática é sempre necessário saber a sua freqüência de manobra para determinar o auto-trafo. 50 b) A chave compensadora é também mais cara do que a chave estrela triângulo, devido ao auto-trafo c) Devido ao tamanho do auto-trafo, a construção se torna volumosa, necessitando quadros maiores, o que torna o seu preço elevado. c) Partida Com Chave Série-Paralelo Para partida em série-paralelo é necessário que o motor seja religável para duas tensões, a menor delas igual a da rede e a outra duas vezes maior. Este tipo de ligação exige nove terminais no motor e a tensão nominal mais comum é 220/440V, ou seja, durante a partida o motor é ligado na configuração série até atingir sua rotação nominal e, então, faz-se a comutação para a configuração paralelo. d) PARTIDA COM REOSTATO PARA MOTORES DE ANEIS O motor de indução de anéis pode ter uma família de curvas conjugado x velocidade, através da inserção de resistências externas no circuito rotórico. Desta maneira, para uma dada velocidade, é possível fazer o motor fornecer qualquer valor de conjugado, até o limite do conjugado máximo. Assim é possível fazer com que o motor tenha altos conjugados na partida com correntes relativamente baixas, bem como fazê-lo funcionar numa dada velocidade com o valor de conjugado desejado. Em cada uma das curvas da família de curvas, o motor comporta-se de maneira que à medida que a carga aumenta, a rotação cai gradativamente. À velocidade síncrona, o conjugado motor torna-se igual a zero. (Figura 30) 51 Figura 30– Família de curvas de conjugado x rotação para motores de anéis A utilização de motores de anéis, baseia-se na seguinte equação p j2 3 × R2 × I 22 s= = ω0 × T ω0 × T Onde s = escorregamento R2 = Resistência rotórica (Ω) I2 = Corrente rotórica (A) ω0 = rotação síncrona (rad/s) T = Torque ou conjugado do rotor (Nm) Pj2 = perdas no rotor (W) A inserção de uma resistência externa no rotor faz com que o motor aumente o escorregamento, provocando a variação de velocidade. Na Figura 30, vê-se o efeito do aumento da resistência externa inserida ao rotor e) PARTIDAS ELETRÔNICAS • SOFT-STARTER O avanço da eletrônica permitiu a criação da chave de partida a estado sólido a qual consiste de um conjunto de pares de tiristores (SCR, ou combinações de tiristores/diodos), ligados aos bornes de potência do motor. 52 O ângulo de disparo de cada par de tiristores é controlado eletronicamente fornecendo uma tensão variável aos terminais do motor durante a “aceleração”. Este comportamento é, muitas vezes, chamado de “partida suave” (soft-starter). No final do período de partida, ajustável conforme a aplicação, a tensão atinge seu valor pleno após uma aceleração suave ou uma rampa ascendente, ao invés de ser submetido a incrementos ou “saltos” repentinos, como ocorre com os métodos de partida por auto-tranformador, ligação estrela-triângulo, etc. Com isso, consegue-se manter a corrente de partida próxima da nominal e com suave variação, como desejado. (Figura 31) Além da vantagem do controle da tensão (e por conseqüência da corrente) durante a partida, a chave eletrônica apresenta, também, a vantagem de não possuir partes móveis ou que gerem arcos elétricos, como nas chaves mecânicas. Este é um dos pontos fortes das chaves eletrônicas, pois sua vida útil é bem mais longa (até centenas de milhões de manobras) que as chaves mecânicas (poucos milhares de manobras). Figura 31– Partida direta e com soft-starter. Inversor de Freqüência O advento de acionamento de velocidade variável, confiáveis e de custo efetivo, mudou rapidamente os procedimentos mnecânicos. Estes acionamentos, que regulam a velocidade do motor, controlando a tensão e a freqüência da rede, 53 têm aumentado a abrangência das aplicações e possibilidades de controle dos motores C.A. O uso de controle de freqüências ajustável, entretanto, impacta o projeto, desempenho e confiabilidade dos motores CA. Muitos efeitos são positivos. Velocidades baixas significam ciclos menores (portanto fadiga minimizada) dos rolamentos, ventoinhas e outros elementos girantes. A “partida suave” de um motor elimina os altos esforços da partida nos enrolamentos estatóricos e barras do rotor que são usuais quando parte-se motores diretamente á rede. Acionamentos de freqüência ajustável podem influenciar positivamente a vida útil do motor, quando adequadamente aplicados. Há, contudo, uns poucos fatores importantes que devem ser considerados quanto ao uso de motores com acionamento. Estes problemas são bem definidos e administráveis e a seguir abordados. A vivência de problemas com a instalação de acionamentos será significativamente reduzida pela consideração adequada desses fatores já na especificação técnica. Aspectos adicionais na Especificação de Motor com Velocidade Variável Aplicações com velocidade variável possuem a maioria dos problemas das aplicações com motor á velocidade constante, tais com, requisitos específicos da carga, integridade da isolação, vibrações, qualidade dos materiais e da construção. Há cinco aspectos adicionais que devem ser levados atentamente em consideração quando especifica-se motores para aplicações com velocidade variável. Tensão modo comum Quando operando, diretamente á rede, o motor é alimentado pela tensão de entrada trifásica. Com uma fonte de alimentação regular trifásica, a soma de todos os vetores de fase é zero, o neutro é estacionário e é usualmente mantido aterrado. Uma ponte retificadora trifásica é a fonte de alimentação de um motor acionado por Inversor de Freqüência. Em operação, somente duas fases conduzem simultaneamente, portanto, a soma vetorial não é zerada. O centro link CC movimenta-se e tem valores de tensão positivos e negativos com relação ao terra 54 (tensão “Modo Comum”), com magnitudes que variam com ângulo de disparo da ponte retificadora. A magnitude da tensão de Modo Comum em cada perna da ponte pode ser igual a metade da tensão nominal Fase-Neutro. Assim, a tensão total aplicada nas fases do motor com cnversor CA-CA pode ser duas vezes a tensão nominal (norma quando se especifica um motor para operar com variador de freqüência). Harmônicas Os efeitos das harmônicas geradas pelo acionamento podem afetar a operação, vida útil e desempenho do motor. Estes efeitos podem ser divididos em três categorias: aquecimento, dielétrico e mecânico. A Figura 32 ilustra um exemplo de forma de onda de tensão (PWM) e corrente que pode ser fornecida à um motor por um inversor de freqüência. Figura 32 – Tensão e corrente no motor As harmônicas de correntes são aditivos à corrente fundamental e, portanto geram calor adicional nos enrolamentos do motor. Se as harmônicas forem negligenciáveis, haverá calor adicional negligenciável no motor. Mesmo um valor de 30% de distorção de corrente num motor, não gera mais que 8% de calor adiciona (devido principalmente aos enrolamentos do motor que se comportam como filtro). É necessário que o fornecedor do acionamento supra o fornecedor do motor com informações sobre as harmônicas geradas para permitir que o motor seja devidamente projetado com a adequada capacidade absorção/dissipação de calor para contrabalancear qualquer perda e/ou aquecimentos adicionais. Um motor operando com velocidade variável através de um inversor de freqüência devem 55 atender os mesmos limites de elevação de temperatura que o motor operando como uma senóide pura. Freqüência de Chaveamento e ondas estacionárias Além da possibilidade de gerar calor adicional, as formas de ondas dos acionamentos podem ter outros feitos diretos no sistema de isolação dos motores. Todos os acionamentos estáticos utilizam dispositivos eletrônicos de chaveamento na sua secção de inversão. A ação do chaveamento (liga-desliga) produz picos e transientes de tensão e corrente que afetam de forma variada a isolação do motor. Ocasionados pela freqüência de chaveamento, picos de tensão e corrente que afetam de forma variada a isolação do motor. A freqüência e amplitude desses surtos todos influenciam a vida do isolamento e provável forma de defeito. Faixa de Velocidade Apesar da inércia não ser um problema para o motor com partida suave o é para o acionamento. Aplicações centrifugas requerem que o motor e acionamento sejam dimensionados para as condições de máxima velocidade de operação. Na maioria das aplicações com velocidade variável, a máxima velocidade de operação é ou está perto da rotação nominal de um motor padrão ligado diretamente à rede. As operações em baixa velocidade não partilham os mesmos problemas de integridade mecânica das operações em alta velocidade, mas certamente partilham os problemas de mancais, lubrificação e de refrigeração. A mínima velocidade de operação deve ser especificada na Especificação de Dados, tendo em vista que o sistema de refrigeração do motor está ligado intimamente à sua rotação. Operação à velocidade crítica pode resultar em níveis de vibração altos que podem levar a falha por fadiga dos componentes do trem de acionamentos. Para evitar este risco, deve-se especificar uma máquina que tenha qualquer frequencia 56 crítica dentro da faixa de operação pretendida, ou fazer com que o inversor de frequência “pule’ esta rotação. Para a maioria das aplicações com motores de quatro pólos maiores, na faixa de 50% a 100% da velocidade, tal solução é normal. Porém, com motores de dois pólos ou as faixas mais amplas de variação de velocidade, pode haver uma grande oportunidade para o surgimento problemas. Em motores maiores, de mais alta velocidade estas soluções podem ser custosas ou indisponíveis. Utilizar motores que tenham freqüência críticas na faixa de operação é possível, se eles tiverem uma resposta em freqüência bem amortizada. Alternativamente, o controle pode ser bloqueado para operações em freqüências bem definidas, que por sua vez limita a flexibilidade operacional do acionamento. Aspecto na partida Um aspecto positivo na operação de motores com acionamento de freqüência variável é a partida suave. As instalações típicas de acionamentos são configuradas para limitar a corrente do motor a 100% da nominal, eliminando assim os esforços de partida no isolamento do motor e na rede de alimentação. 57 4 MATERIAL E MÉTODOS No estudo foi considerada estação elevatória de esgoto do tipo convencional, composta de poço seco, 3 conjuntos motor e bomba tipo centrífuga (2+1) e de poço úmido com 5m e 1,5 de altura útil e de reserva, respectivamente, conforme representado na Figura 33. Poço de sucção Poço seco Figura 33 – corte da estação elevatória utilizado no estudo. Essa estação elevatória é constituída por: a) Linha de sucção em ferro fundido com 3,20m de comprimento e de 1,5m de altura geométrica, tendo como singularidade uma entrada de borda, 1 curva de 90º, 1 redução gradual e 1 registro de gaveta aberto; b) Linha de recalque em ferro fundido com 12m de comprimento e 6,40m de altura geométrica, tendo 2 curvas de 90º, 1 redução gradual, 1 registro de gaveta aberto, 1 válvula de retenção e 1 curva de 45º; c) Barrilete em ferro fundido com 37,70m de comprimento e 4,40m de altura geométrica, tendo curvas de 90º, 1 ampliação gradual, 1 registro 58 de gaveta aberto, 1 saída da canalização, 1 tê de passagem direta e 3 Tês de passagem lateral. (Figura 34) . Tubulação Sucção Recalque Barrilete Recalque Recalque CMB1 RESERVA Altura geométrica (m) 1,50 6,70 4,40 Sucção Sucção CMB1 Barrilete Sucção Recalque Barrilete Comprimento (m) 3,20 12,00 37,70 Figura 34 – Vista em planta da estação elevatória utilizado no estudo. . 59 4.1 FASES DO ESTUDO O estudo foi dividido nas três fases, sendo a Fase 1 é composta pela definições operacionais de Hidrograma de vazão de esgoto e definição da curva do sistema e dos níveis de operação no poço de sucção, na Fase 2 será utilizado os dados definidos na Fase 1 para simular a operação do bombeamento da estação elevatórias para diferentes volumes úteis do poço de sucção e na Fase 3 foi comparados os resultados das obtidos da Fase 2 em relação ao custo de energia elétrica com bombeamento e custo construtivo, conforme mostrada na Figura 35. FASES DO ESTUDO FASE 1 – DEFINIÇÕES DE CONDIÇÕES OPERACIONAIS. • ELABORAÇÃO DO HIDROGRAMA DE VAZÃO DE ESGOTO; • DEFINIÇÃO DA CURVA DO SISTEMA E DOS NÍVEIS DE OPERAÇÃO NO POÇO DE SUCÇÃO; FASE 2 - SIMULAÇÃO DO BOMBEAMENTO PARA DIFERENTES VOLUMES ÚTEIS NO POÇO DE SUCÇÃO. FASE 3 - COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS • CUSTO COM ENERGIA ELÉTRICA • CUSTO CONSTRUTIVO Figura 35 - Fases da metodologia. 4.2 FASE 1 – DEFINIÇÕES DE CONDIÇÕES OPERACIONAIS Nessa fase foi elaborado o Hidrograma de vazão de esgoto e determinada a curva do sistema. 60 a) Elaboração do Hidrograma de vazão Inicialmente foram calculadas as vazões de esgoto domestico mínima, média, máxima diária e máxima horária, considerando a população contribuinte de 175.000 habitantes, o coeficiente do dia de maior consumo de água (K1) de 1,2, o coeficiente da hora de maior consumo de água (K2) de 1,5, o coeficiente do dia de menor consumo de água (K3) de 0,5, o coeficiente de retorno (C) de 0,8, a taxa de infiltração (Tinf) de 0,0005 L/s.m, o valor do consumo per capita de água (q) de 250 L/hab.dia e o comprimento de rede coletora de esgoto de 135 Km. Com esses parâmetros foram calculadas as vazões mínima, média e máxima de esgoto sanitário ao longo de um dia, de acordo com as expressões recomendadas na NBR 9649 – Projetos de redes coletoras de esgoto sanitário A vazão média de esgoto sanitário foi multiplicada por coeficientes para representar a variação horária da produção de esgoto sanitário em áreas urbanas, sendo adotada que a vazão mínima e máxima de esgoto ocorrem no horário da madrugada e no comercial, respectivamente, Na Tabela 2 são mostrados os coeficientes adotados na pesquisa. Tabela 2 – coeficientes multiplicativos ao longo de 24 horas de produção de esgoto. (conntinua) HORA COEFICIENTE MUTIPLICATIVO 01:00:00 02:00:00 03:00:00 04:00:00 05:00:00 06:00:00 07:00:00 08:00:00 09:00:00 10:00:00 11:00:00 12:00:00 13:00:00 14:00:00 15:00:00 16:00:00 17:00:00 0,57 0,59 0,58 0,6 0,8 0,84 1 1,05 1,11 1,14 1,14 1,18 1,19 1,17 1,14 1,12 1,08 61 (Conclusão) HORA COEFICIENTE MUTIPLICATIVO 18:00:00 19:00:00 20:00:00 21:00:00 22:00:00 23:00:00 24:00:00 1,04 0,98 0,86 0,86 0,78 0,7 0,57 Os valores de vazão em cada hora foram utilizados na elaboração do Hidrograma de vazão de esgoto, que foi representado graficamente em L/s no eixo das ordenadas em hora no eixo das abscissas, tendo, ainda, os valores das vazões mínima, média e máxima representadas por retas paralelas ao eixo das abscissas. Com isso foram determinadas as vazões de bombeamento da EEE, considerando que: • O valor da vazão da operação em paralelo de 2 CMB’s superior ao valor da vazão máxima diária de esgoto sanitário. • O valor da vazão da operação de 1 CMB foi superior ao valor da vazão mínima diária de esgoto sanitário. b) Definição da Curva do Sistema Nessa etapa foram elaboradas as curvas características do sistema para três conjuntos motor e bomba funcionando em paralelo, com 1 em operação e 2 de reserva (2+1). Essas curvas relacionaram a altura manométrica total do sistema de elevação do liquido com a vazão de bombeamento de esgoto. Para calcular o valor da perda de carga localizada nas tubulações de sucção, de recalque e no barrilete, foram considerados os efeitos das velocidades de bombeamento na operação em paralelo dos CMB’s, sendo utilizada a expressão ∆HL = K (V2/2g) recomendada por Azevedo Neto, 2006. A perda de carga ao longo da canalização de sucção e de recalque foi calculada com o uso da expressão hf=JL, onde J é a perda de caga unitária e L é o comprimento da tubulação. 62 Após cálculos das perdas de carga localizada e ao longo da tubulação foi calculada a altura manométrica utilizando a formula: HMAN. TOT. = HGS+ HGR + HFS+ HFR Para as tubulações de sucção e recalque na operação 2+1, foram adotados os diâmetros comercias que atendessem aos valores adotados de velocidade de sucção de (1,56 m/s) e de recalque (2,0 m/s). Com o Hidrograma de vazão e a curva do sistema foram definidas as características dos CMB’s para rotinas de operação em paralelo dos conjuntos motor e bomba, atendendo as mesmas vazão nominal e altura geométrica. Para isso, foram consultados os gráficos de conjuntos motor e bomba relacionados com a linha de produção de diferentes fabricantes, os quais, via de regra, consistem de diagramas cartesianos em que são especificados o campo de operação de uma serie de bombas do mesmo tipo. Em seguida foram selecionadas as curvas das bombas que atendem a vazão e a altura manométrica da rotina de operação 2+1 na estação elevatória de esgoto, determinado o ponto de operação da bomba, que corresponde à interseção da curva característica da bomba com a curva característica do sistema nas referidas operações em paralelo. Também foi calculada a potência líquida fornecida ou para elevar a vazão (PL) das bombas. 4.3 FASE 2 - SIMULAÇÃO DO BOMBEAMENTO PARA DIFERENTES VOLUMES ÚTEIS NO POÇO DE SUCÇÃO. Inicialmente as simulações do bombeamento na EEE foram realizadas utilizando software EPANET 2.0, porém o software altera a velocidade da bomba para igualar a vazão de entrada (Hidrograma de vazão) com a vazão de saída (vazão da bomba) sem a possibilidade bloquear este comando, as simulações da operação da estação elevatória de esgoto sanitário foram realizadas utilizando o 63 programa Excel, já que o referido trabalho tem o objetivo de realizar a simulação da estação elevatória sem o inversor de freqüência. Assim, na Fase 2 avaliadas diferentes volumes úteis no poço de sucção, considerando os tempos de detenção hidráulica de 10 minutos, 20 minutos e 30 minutos e a seguinte expressão: Qmed = Vútil TDH . É importante observar que o TDH de 30 minutos é o Máximo recomendado pela NBR 12208 – Projeto de estações elevatórias de esgoto, bem como que os TDH de 10 minutos e 20 minutos são valores freqüentemente utilizados em projetos de estações elevatórias de esgoto sanitário. Para os volumes úteis Volume 1, Volume 2, Volume 3 do poço de sucção foram simulados os conjuntos motor e bomba, considerando: a) 24 horas de operação; b) A variação horária da vazão de entrada de esgoto sanitário no poço de sucção, conforme Hidrograma de vazão; c) A capacidade de bombeamento (1+2) com o CMB tendo vazão superior a mínima de esgoto sanitário. d) A capacidade de bombeamento (2+1) com o CMB tendo vazão superior a máxima de esgoto sanitário. e) Três níveis de operação N1=1,5m, N2=4m e N3=6,5, conforme a Figura 36. 64 N3=6,5m 2+1 2,5 m 5, 0 m Volume Útil N2=4 m 1+2 2,5 m N1=1,5m 0+3 Volume Reserva 1,5 m Figura 36 – Níveis de Operação. f) O acionamento de 2 CMB’s,(2+1) quando o poço de sucção atingir o nível Maximo (N3) com desligamento de 1 CMB quando o nível baixar para o nível 2 (N2) e com o desligamento do outro CMB quando atingir o nível mínimo (N1), conforme representado na Figura 37. QESG Enchimento N3 N2 N1 Esvaziamento 2+1 1+2 0+3 QEEE Figura 37 – Seqüência de operação 2+1. As simulações das estações elevatórias de esgoto sanitário com diferentes volumes úteis foram realizadas para determinar: • O tempo de funcionamento dos CMB’s durante 24 horas de simulação. 65 • O tempo de funcionamento dos CMB’s no horário de ponta (18h00min – 21h30min); • Os números de acionamentos dos CMB’s durante 24 horas e no horário de ponta; • A Variação do nível do poço de sucção durante 24 horas; • Custo de energia elétrica médio por metro cúbico bombeado de cada CMB, utilizando tarifas de fornecimento de energia elétrica e custos de serviços adotados na resolução nº. 527 de 06 de agosto de 2007 da Agencia Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. Para os cenários de simulação com diferentes volumes úteis do poço de sucção foram adotados parâmetros hidráulicos descritos na Figura 38: Propriedades Valor Unidade de Vazão Litros/Segundo Formula de perda de carga Hazen Williams Densidade Relativa do liquido 1 Viscosidade relativa do liquido 1 Figura 38 – Parâmetros hidráulicos adotados na simulação da estação elevatória de esgoto. 4.4 FASE 3 – COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS Nessa fase foram comparadas as estações elevatórias de esgoto sanitário com diferentes volumes úteis em função do custo de operação com energia elétrica. Os valores, em porcentagem, da utilização dos conjuntos motor e bomba para as rotinas de operação 2+1, na estação elevatória de esgoto, bem como foi calculado o tempo de ciclo que, segundo Alem Sobrinho (1999), consistem no intervalo de tempo entre duas partidas sucessivas de uma mesma bomba. O consumo energético médio que é: a potencia média, medida por um aparelho integrador, durante o intervalo de tempo de funcionamento calculado utilizando a seguinte equação: 66 Consumo = potencia média x tempo de funcionamento Para calculo do custo diário em reais por metro cúbico de esgoto bombeado foi utilizados tarifas de fornecimento de energia elétrica e custos de serviços adotados na resolução nº. 527 de 06 de agosto de 2007 da Agencia Nacional de Energia Elétrica – ANEEL na analise de energia para operação de três e cinco CMB’s em paralelo. Também foi levada em consideração a modalidade tarifaria horosazonal, que consiste no horário de ponta, que no caso na Companhia de Energia do Estado do Pará a CELPA – Centrais Elétricas do Pará S/A, consiste no período compreendido das 19h00min às 21h00min, exceto aos sábados domingos e feriados definidos por Lei Federal. 67 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO Neste item são apresentados os resultados obtidos na Fase 1 Definições de condições operacionais, na Fase 2 Simulação do bombeamento para diferentes volumes úteis no poço de sucção e na Fase 3 Comparaçao dos resultados. 5.1 FASE 1 - DEFINIÇÕES DE CONDIÇÕES OPERACIONAIS Inicialmente foi calculada a vazão de infiltração de esgoto com uso da expressão: Qinf =L×Tinf Qinf =135000×0,005 Qinf =67,5 L/s (1) Após calculo da vazão de infiltração foi calculado as vazão mínima, média e máxima diária e horária com o uso das seguintes expressões: Vazão mínima de esgoto doméstica C×P×q×K 3 +Qinf 86400 0,8×175.000×250×0,5 Q min = +67,5 86400 Q min =202,5+67,5 Q min = (2) Q min =270 L/s Vazão média de esgoto doméstica C×Pi×q +Qinf 86400 0,8×175000×250 Q méd = +67,5 86400 Q méd =472,6 L/s Q méd = (3) Vazão máxima diária de esgoto doméstica 68 C×Pi×q×K1 +Qinf 86400 0,8×175000×250×1,2 Q maxd = +67,5 86400 Q maxd =553,6 L/s Q maxd = (4) Vazão máxima horária de esgoto doméstica C×Pi×q×K1 xK 2 +Qinf 86400 0,8×175000×250×1,2×1,5 Q maxh = +67,5 86400 Q maxh =796,7 L/s Q maxh = (5) Na Tabela 3 são mostradas as vazões máximas (horária e diária), média e mínima de esgoto sanitário utilizadas na elaboração do Hidrograma de vazão de esgoto. Tabela 3 – Vazões de esgoto sanitário. POPULAÇÃO (hab.) 175000 VAZÃO DE ESGOTO SANITÁRIO (L/s) Mínima Média Máxima diária Máxima horária 270 472,6 553,6 796,7 Na Tabela 4 são mostrados os valores de vazão de esgoto que comporão o Hidrograma de vazão de esgoto, obtidos pela multiplicação dos coeficientes com a vazão média de esgoto. Tabela 4 – Vazões de esgoto sanitário. COEFICIENTE TEMPO MULTIPLICATIVO (HORAS) (A) 01h00min 02h00min 03h00min 04h00min 05h00min 06h00min 07h00min 0,57 0,59 0,58 0,6 0,8 0,84 1 (Continua) VAZÃO MÉDIA DE ESGOTO (L/S) (B) VAZÃO (L/S) (AxB) 472,6 269,4 278,8 274,1 283,6 378,1 397,0 472,6 69 (conclusão) Tempo (horas) Coeficiente multiplicativo (A) 08h00min 09h00min 10h00min 11h00min 12h00min 13h00min 14h00min 15h00min 16h00min 17h00min 18h00min 19h00min 20h00min 21h00min 22h00min 23h00min 00h00min 1,05 1,11 1,14 1,14 1,18 1,19 1,17 1,14 1,12 1,08 1,04 0,98 0,86 0,86 0,78 0,7 0,57 Vazão média de esgoto (L/s) (B) Vazão (L/s) (As) 472,6 496,2 524,6 538,8 538,8 557,7 562,4 552,9 538,8 529,3 510,4 491,5 463,1 406,4 406,4 368,6 330,8 269,4 Na Figura 39 é mostrada a curva de variação de vazão de esgoto, sendo possível observar à redução da vazão de produção de esgoto nos períodos de 19h00min as 00h00min e 01h00min às 06h00min, enquanto que no período de 07h00min as 19h00min, ocorrem maior produção de esgoto. Figura 39 – Hidrograma de vazão de esgoto, variando em 24 horas. A vazão de bombeamento de cada bomba foi estabelecida em 300 L/s, que é 11,11% maior do que a vazão mínima de esgoto sanitário. Para efeito de calculo foi considerado a soma direta das vazões da operação em paralelo dos dois 70 conjuntos motor e bomba, o que resultou na vazão de bombeamento de 600 L/s. Esse valor é 8,3% superior a vazão máxima diária de esgoto sanitário. 5.1.2 – Definição da curva do sistema e dos níveis de operação. Com os dados definidos para o hidrograma de vazão e os valores de vazão de bombeamento foram calculadas as velocidades de sucção e de recalque e do Barrilete. Vale ressaltar, que no cálculo da velocidade de sucção e recalque foi considerado o bombeamento de 1 conjunto motor e bomba, por se tratar de tubulações independentes, o que não ocorre quando é calculada a velocidade no Barrilete que consiste em tubulações comuns que é determinada a partir da soma das vazões recalcadas, conforme mostradas na Figura 40. TUBULAÇÃO Sucção Vazão (m³/s) 0, 300 DN (m) 0,50 V (m/s) 1,53 Recalque 0, 300 0,45 1,89 Barrilete 0, 600 0,8 0,60 Figura 40 - Velocidades das tubulações de sucção e recalque. Após o cálculo das vazões foram obtidos valores de perda de carga total de 1,44 m na operação 2+1, que somado ao valor da altura geométrica resulta na altura manométrica de 10,04 m. Na Figura 41 é mostrada a curva do sistema para condições mínimas e máximas de vazão, correspondendo ao funcionamento de duas bombas centrifugas em paralelo. 71 Curva do Sistema - 2+1 18,0 17,0 16,0 15,0 14,0 Altura Manométrica (m) 13,0 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 Vazão (L/s) 1+2 2+1 Figura 41 – Curva do sistema para condições máximas e mínimas de vazão, correspondendo ao funcionamento de 2 conjuntos motor e bomba em paralelo. A potência instalada considerando fator de segurança igual a 1,10 para de cada bomba, foram obtidos os valores de 61cv para a rotina operacional 2+1. Potência calculada: J × Q × H MAN η × 75 1000 × 0, 300 × 10, 4 Pot = 0, 75 × 75 Pot = 55cv Pot = Potencia instalada Pinst . = Pot × Fseg . Pinst . = 55 × 1,10 Pinst . = 61cv Pinst . = 46,11kW 72 Com dados de capacidade de bombeamento dos CMB’s (600L/s) e altura manométrica nas rotinas operacionais 2+1 (10,04), foi possível identificar, utilizando o catálogo da ABS PUMPS, o conjunto motor bomba AF450/10-W3GB301 que atendeu os requisitos calculados, conforme ilustrado na Figura 42. AF 450/10-W3 GB301 Figura 42 - Família de bomba utilizada na pesquisa. A potencia nominal do conjunto motor bomba da série AF450/10W3GB301 é de 45kW, tensão nominal de 460 V,1-fase / 3-fase 3~, 85,1A de corrente nominal,. 510 A de corrente de partida, 60 Hz freqüência, 86,4 % de rendimento, 0,769 de fator de potência, Grau de proteção IP68, 695 1/min de rotação nominal, torque nominal de 618 Nm e 649 Nm de torque de partida. Na operação com três conjuntos motor e bomba, sendo um funcionando e dois reserva possui capacidade de bombear 300 l/s com rendimento total de 75 %. Na operação 1+2 tem capacidade de elevar o liquido a altura manométrica de 10,5 m atendendo os requisitos calculados, conforme mostrado na Figura 43. 73 Ponto de operação em paralelo 1+2 18,0 17,0 16,0 15,0 14,0 Altura Manométrica (m) 13,0 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 Vazão (L/s) 1+2 1 CMB Figura 43 – Ponto de operação em paralelo 1+2. Na operação com 2 CMB’s operando e 1 CMB de reserva (2+1) o conjunto motor e bomba escolhido possui capacidade de bombeamento de 611 L/s e altura manométrica de 11,4 m atendendo os requisitos calculados, conforme mostrado na Figura 44. Ponto de operação em paralelo 2+1 18,0 17,0 16,0 15,0 14,0 Altura Manométrica (m) 13,0 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 Vazão (L/s) 2+1 2 CMB'S Figura 44 – Ponto de operação com 2 CMB operando e 1CMB’S de reserva. 74 Na Figura 45Figura 45 é mostrado o ponto de operação da bomba com o funcionamento 1+2 e 2+1. Ponto de operação em paralelo 2+1 18,0 17,0 16,0 15,0 14,0 Altura Manométrica (m) 13,0 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1+2 2+1 Vazão (L/s) 1 CMB 2 CMB'S Figura 45 – Ponto de operação 1+2 e 2+1. 5.2 FASE 2 – SIMULAÇÃO DO BOMBEAMENTO PARA DIFERENTES VOLUMES ÚTEIS NO POÇO DE SUCÇÃO. Inicialmente foram calculados os volumes 1, 2 e 3 úteis do poço de sucção utilizando os respectivos tempos de detenção hidráulica de 10 minutos, 20 minutos e 30 minutos e a seguinte expressão: Qmed = Vútil TDH . Cálculo do Volume 1: Volume 1 TDH 3,6 Volume 1 (472,6× )= 60 10 Volume 1=28,36×10 Q med = Volume 1=283,6 m 3 75 Cálculo do Volume 2: Volume 2 TDH 3,6 Volume 2 (472,6× )= 60 20 Volume 2=28,36×20 Q med = Volume 2=567,1m 3 Cálculo do Volume 3: Volume 3 TDH 3,6 Volume 3 (472,6× )= 60 30 Volume 2=28,36×30 Q med = Volume 3=850,7 m 3 Na Figura 46 é representado graficamente o volume 1, 2 e 3 utilizados para realização da simulação do bombeamento no poço de sucção. NA max NA max Volume 1 283,6m³ NA min NA max Volume 2 567,1m³ NA min Volume 3 850,7 m³ NA min Figura 46 – Volume útil do poço de sucção por tempo de detenção. Após a construção do Hidrograma de Vazão de esgoto e definição da curva da bomba e cálculo do volumes 1, 2 e 3, foi calculado o tempo de funcionamento dos conjuntos motor e bomba durante 24 horas para os referidos volumes úteis. 76 Na simulação com volume 1 (283 m³ - TDH 10min), teve o CMB1 ligado por 23,74 horas, enquanto que o CMB2 funcionou por um período de 14,38 da simulação, conforme mostrado na Tabela 5. Tabela 5 – Tempo de operação dos CMB’s para EEE com volume 1 (283m³) CMB1 (min.) CMB2(min.) Tempo (hora) LIGADO DESLIGADO LIGADO DESLIGADO 00:00:00 44,64 15,36 8,04 51,96 01:00:00 60 0 0 60 02:00:00 60 0 0 60 03:00:00 60 0 8,45 51,55 04:00:00 60 0 25,11 34,89 05:00:00 60 0 32,7 27,3 06:00:00 60 0 37,4 22,6 07:00:00 60 0 49,92 10,08 08:00:00 60 0 51,01 8,99 09:00:00 60 0 58,72 1,28 10:00:00 60 0 52,88 7,12 11:00:00 60 0 60 0 12:00:00 60 0 60 0 13:00:00 60 0 51,89 8,11 14:00:00 60 0 60 0 15:00:00 60 0 51,33 8,67 16:00:00 60 0 50,49 9,51 17:00:00 60 0 49,71 10,29 18:00:00 60 0 36,52 23,48 19:00:00 60 0 28,36 31,64 20:00:00 60 0 29,81 30,19 21:00:00 60 0 25,05 34,95 22:00:00 60 0 24,36 35,64 23:00:00 60 0 10,86 49,14 TOTAL 23,74 0,26 14,38 9,62 Na simulação da estação elevatória de esgoto sanitário com volume útil de 283m³ o CMB1 funcionando praticamente o dia inteiro, parando apenas por 15,36 minutos no intervalo das 0h00min as 01h00min, conforme pode ser observado na Figura 47. 77 CMB1 - VOLUME 1 (283 m³) 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0 0 : 0 0 : 0 0 0 0 : 0 0 : 1 0 0 0 : 0 0 : 2 0 0 0 : 0 0 : 3 0 0 0 : 0 0 : 4 0 0 0 : 0 0 : 5 0 0 0 : 0 0 : 6 0 0 0 : 0 0 : 7 0 0 0 : 0 0 : 8 0 0 0 : 0 0 : 9 0 LIGADA 0 0 : 0 0 : 0 1 0 0 : 0 0 : 1 1 0 0 : 0 0 : 2 1 0 0 : 0 0 : 3 1 0 0 : 0 0 : 4 1 0 0 : 0 0 : 5 1 0 0 : 0 0 : 6 1 0 0 : 0 0 : 7 1 0 0 : 0 0 : 8 1 0 0 : 0 0 : 9 1 0 0 : 0 0 : 0 2 0 0 : 0 0 : 1 2 0 0 : 0 0 : 2 2 0 0 : 0 0 : 3 2 DESLIGADA Figura 47 – Tempo de operação dos CMB1 para estação elevatória com Volume útil de 283 m³. Na simulação da estação elevatória de esgoto sanitário com volume útil de 283m³ o CMB 2 funcionou no intervalo 00h:00min a 01h:00h por 8,04 minutos (13,4%), e no intervalo de 01h:00mim as 03h:00min permaneceu desligado. No intervalo de 03h: 00min as 04h: 00min o CMB2 permaneceu 8,42 minutos (14,00%) funcionando, no intervalo de 04h00min as 05h: 00min o CMB2 permaneceu 25,11 (41,85%) funcionando, no intervalo 05h: 00min as 06h: 00min o CMB2 permaneceu ligado por 32,7 minutos (54,5%), no intervalo de 06h:00min as 07h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 37,34 minutos (62,23%), no intervalo de 07h:00min as 8h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 49,92 minutos (83,20%), no intervalo de 08h:00min as 9h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 51,01 minutos (85,01%), no intervalo de 09h:00min as 10h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 58,72 minutos (97,86%). No intervalo de 10h:00min as 11h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 52,88 minutos (88,13%), no intervalo de 11h:00min as 12h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 60 minutos (100%), no intervalo de 12h:00min as 13h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 60 minutos (100%), no intervalo de 13h:00min as 14h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 51,89 minutos (86,48%), no intervalo de 14h:00min as 15h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 60,0 minutos (100%), no 78 intervalo de 15h:00min as 16h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 51,33 minutos (85,55%), no intervalo de 16h:00min as 17h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 50,49 minutos (84,15%), no intervalo de 17h:00min as 18h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 49,71 minutos (82,85%), no intervalo de 18h:00min as 19h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 36,52 minutos (60,86%), no intervalo de 19h:00min as 20h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 28,36 minutos (47,26%), no intervalo de 20h:00min as 21h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 29,73 minutos (49,55%), no intervalo de 21h:00min as 22h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 24,96 minutos (41,60%), no intervalo de 22h:00min as 23h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 24,36 minutos (40,60%), no intervalo de 23h:00min as 24h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 10,86 minutos (18,10%), conforme pode ser observado na Figura 48. CMB2 - VOLUME 1 (283 m³) 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0 0 : 0 :0 0 0 0 0 : 0 :0 1 0 0 0 : 0 :0 2 0 0 0 : 0 :0 3 0 0 0 : 0 :0 4 0 0 0 : 0 :0 5 0 0 0 : 0 :0 6 0 0 0 : 0 :0 7 0 0 0 : 0 :0 8 0 0 0 : 0 :0 9 0 LIGADA 0 0 : 0 :0 0 1 0 0 : 0 :0 1 1 0 0 : 0 :0 2 1 0 0 : 0 :0 3 1 0 0 : 0 :0 4 1 0 0 : 0 :0 5 1 0 0 : 0 :0 6 1 0 0 : 0 :0 7 1 0 0 : 0 :0 8 1 0 0 : 0 :0 9 1 0 0 : 0 :0 0 2 0 0 : 0 :0 1 2 0 0 : 0 :0 2 2 0 0 : 0 :0 3 2 DESLIGADA Figura 48 – Tempo de operação dos CMB2 para estação elevatória com Volume útil de 283 m³. Na Tabela 6 é mostrado que o CMB1 para EEE com Volume 1 permaneceu funcionando por 3 horas interruptas no horário de ponta (19:00 as 21:00), enquanto que o CMB 2 funcionou durante 1,39 horas. 79 Tabela 6 – Tempo de operação dos CMB’s para EEE com volume 1 em horário de ponta. HORARIO DE PONTA CMB1 (min.) CMB2(min.) Tempo (hora) LIGADO DESLIGADO LIGADO DESLIGADO 19:00:00 60 0 28,36 31,64 20:00:00 60 0 29,81 30,19 21:00:00 60 0 25,05 34,95 TOTAL (hora) 3,00 0,00 1,39 1,61 Por meio da análise da variação de nível do poço de sucção podem ser observados dados importantes da operação da estação elevatória de esgoto sanitário como: numero de acionamentos durantes e tempo de ciclo máximos, mínimos e médios dos conjuntos motor e bomba, conforme mostrado na Figura 49. Figura 49 – Variação de nível do poço de sucção com volume útil de 283 m³. Na simulação da estação elevatória de esgoto sanitário com volume 1 (283m³), quando o nível do poço de sucção alcançar o nível de 6,50m o CMB2 entra em funcionamento, ou seja, cada crista do gráfico mostra o acionamento do CMB2, sendo assim pode-se afirmar que o CMB 1 partiu 1 vez durante 24 horas de simulação, enquanto que o CMB2 partiu 25 vezes. Vale ressaltar, que o tempo entre duas partidas do motor é chamado tempo de ciclo, como CMB 1 partiu apenas 1 vez durante toda a simulação não foi 80 possível contabilizar o tempo de ciclo, porém o CMB2 teve o tempo de ciclo máximo, mínimo e médio de 3h:28min, 00h26min e 01h06min, respectivamente, conforme mostrado na Tabela 7. Tabela 7 – Tempo de ciclo do CMB 2 para EEE com volume 1. N° CMB2 1 03h04min 2 00h55min 3 00h33min 4 00h26min 5 00h32min 6 00h36min 7 00h44min 8 00h54min 9 01h33min 10 03h28min 11 02h18min 12 01h43min 13 00h41min 14 00h35min 15 00h32min 16 00h31min 17 00h31min 18 00h44min 19 00h33min 20 00h33min 21 00h33min 22 00h39min MÁXIMO 03h28min MÍNIMO 00h26min MÉDIO 01h06min A EEE com poço de sucção de volume 1 (283m³) teve um custo com energia elétrica de R$ 296,79 , sendo que o CMB1 teve custo de energia elétrica em horário de ponta e fora de ponta de R$ 47,25 e R$ 140,00, respectivamente e o CMB2 teve custo de energia elétrica em horário de ponta e fora de ponta de R$ 21,85 e R$ 87,70, respectivamente, conforme mostrado na Figura 50 e na Tabela 8. 81 R$ 160,00 VOLUME 1 (283M³) R$ 140,00 R$ 120,00 R$ 100,00 R$ 80,00 PONTA F.PONTA R$ 60,00 R$ 40,00 R$ 20,00 R$ CMB1 CMB2 Figura 50 – Custo com energia elétrica da EEE para volume 1 (283m³). Tabela 8 – Tempo de ciclo do CMB 2 para EEE com volume 1 . CUSTO COM ENÉRGIA ELÉTRICA PARA OPERAÇÃO DE EEE COM VOLUME DO POÇO DE SUCÇÃO DE 283M³ CUSTO DE ENERGIA ELÉTRICA EM HORÁRIO DE PONTA CUSTO DE ENERGIA ELÉTRICA EM HORÁRIO F.PONTA TOTAL/DIA CMB1 47,25 140,00 187,25 CMB2 21,85 87,70 109,55 TOTAL 69,10 227,70 296,79 A seguir é mostrado o detalhamento dos cálculos da simulação da operação do poço de sucção com volume útil de 283 m³ por hora. 82 00h:00min – 01h:00min Volume útil = 283m³ 36 m³ 18,0 m³ 18,42 m³ 18,42 m³ 18,0 m³ 18,0 m³ 126,12 m³ 18,42 m³ 18,42m³ 283,00 m³ 0 m³ 156,87 m³ 0:00 1:00 15,36 min. 8,04min. 36,6min. CMB1 CMB2 283 (18,42 − 0) T1 = 15,36min. T1 = 141,5 (18,42 − 18) T3 = 336,9min. > 60min. T3 = x (18,42 − 18) x = 15,37m ³ 36,6 = CMB desligado CMB ligado T3 = 60 − T1 − T2 141,5 (18,42 − 36) T2 = 8,04min. T2 = T3 = 60 − 15,36 − 8,04 T3 = 36,6min. 83 01h:00min – 02h:00min Volume útil = 283m³ 18,0 m³ 18,99 m³ 18,0 m³ 126,12 m³ 66,73 m³ 18,99m³ 156,87 m³ 216,27 m³ 1:00 2:00 60 min. CMB1 CMB2 126,12 (18,99 − 18) T1 = 127,39min. > 60min. T1 = x (18,99 − 18) x = 59,4m³ 60 = VF = 156,87 + 59,4 VF = 216,27m3 CMB desligado CMB ligado T1 = 60min. 84 02h:00min – 03h:00min Volume útil = 283m³ 18,0 m³ 18,70 m³ 18,0 m³ 66,73 m³ 24,73 m³ 18,70 m³ 258,27 m³ 216,27 m³ 2:00 3:00 60 min. CMB1 CMB2 66,73 (18,70 − 18) T1 = 95,32min. > 60min. T1 = T1 = 60min. x (18,70 − 18) x = 42m³ 60 = VF = 216,27 + 42 CMB desligado VF = 258,27m3 CMB ligado 85 03h:00min – 04h:00min Volume útil = 283m³ 19,27 m³ 36 m³ 18,0 m³ 36,0 m³ 36,0 m³ 24,73 m³ 19,27 m³ 19,27 m³ 283,00 m³ 258,27 m³ 100,76 m³ 19,27m³ 141,5 m³ 182,24 m³ 3:00 4:00 19,47 min. 8,42min. 32,08min. CMB1 CMB2 24,73 (19,27 − 18) T1 = 19,47min. T1 = 141,5 (19,27 − 18) T3 = 111,4min. > 60min. T3 = x (19,27 − 18) x = 40,74m³ 32,08 = CMB desligado CMB ligado T3 = 60 − T1 − T2 141,5 T2 = (19,27 − 36) T2 = 8,45min. T3 = 60 − 19,47 − 8,45 T3 = 32,08min. VF = 141,5 + 40,74 VF = 182,24m3 86 04h:00min – 05h:00min Volume útil = 283m³ 18,0 m³ 24,94 m³ 36 m³ 36 m³ 18,0 m³ 36,0 m³ 100,76 m³ 24,94 m³ 24,94 m³ 283,00 m³ 182,24 m³ 136,26 m³ 24,94 m³ 141,5 m³ 24,94m³ 283,00 m³ 5,24 m³ 141,5 m³ 4:00 5:00 12,79 min. 14,51 min. 12,32 min. 20,38 min. CMB1 CMB2 100,76 (24,94 − 18) T1 = 14,51min. T1 = 141,5 (24,94 − 36) T2 = 12,79min. T2 = 141,5 (24,94 − 18) T3 = 20,38min. T3 = 141,5 (24,94 − 36) T4 = 12,79min. T4 = x (24,94 − 36) x = 136,26m ³ 12,32 = CMB desligado CMB ligado VF = 141,5 + 136,26 VF = VF = 156,87 + 59,4 VF = 216,27m3 87 05h:00min – 06h:00min Volume útil = 283m³ 36,0 m³ 28,36 m³ 18,0 m³ 28,36 m³ 28,36 m³ 146,74 m³ 141,5 m³ 18,0 m³ 36,0 m³ 141,5 m³ 36,0 m³ 37,55 m³ 28,36 m³ 28,36 m³ 283,00 m³ 36,0 m³ 28,36 m³ 283,00 m³ 141, m³ 5:00 0,68 min. 6:00 13,65 min. 18,52 min. 13,65 min. 13,5 min. CMB1 CMB2 5,24 (28,36 − 36) T1 = 0,68min. T1 = 141,5 (28,36 − 18) T2 = 13,65min. T2 = 141,5 (28,36 − 36) T3 = 18,52min. T3 = 141,5 (28,36 − 18) T4 = 13,65min. T4 = 141,5 (28,36 − 36) T5 = 18,52min. T5 = VF = 141,5 + 103,95 VF = 37,55m3 CMB desligado CMB ligado x (28,3 − 36) x = 103,95m ³ 13,5 = 88 06h:00min – 07h:00min Volume útil = 283m³ 36,0 m³ 30,48 m³ 18,0 m³ 30,48 m³ 141,5 m³ 30,48 m³ 36,0 m³ 141,5 m³ 36,0 m³ 30,48 m³ 30,48 m³ 30,48 m³ 283,00 m³ 141,5 m³ 18,0 m³ 36,0 m³ 141,5 m³ 114,4 m³ 141,5 m³ 6:00 7:00 6,80 min. 11,33 min. 11,35 min. 25,63 min. 4,91 min. CMB1 CMB2 37,55 (30,48 − 36) T1 = 6,80min. T1 = 141,5 (30,48 − 18) T2 = 11,33min. T2 = 141,5 (30,48 − 36) T3 = 25,63min. T3 = 141,5 (30,48 − 18) T4 = 11,33min. T4 = 141,5 (28,36 − 36) T5 = 18,52min. T5 = VF = 141,5 + 27,10 VF = 114,4m3 CMB desligado CMB ligado x (30,48 − 36) x = 27,10m ³ 4,91 = 89 07h:00min – 08h:00min Volume útil = 283m³ 36,0 m³ 32,03 m³ 18,0 m³ 36,0 m³ 36,0 m³ 114,4 m³ 32,03 m³ 141,5 m³ 32,03 m³ 32,03 m³ 141,5 m³ 57,7 m³ 141,5 m³ 283,00 m³ 7:00 8:00 28,81 min. 10,08 min. 21,11 min. CMB1 CMB2 114,4 (32,03 − 36) T1 = 28,81min. T1 = 141,5 T2 = (32,03 − 18) T2 = 10,08min. 141,5 (32,03 − 36) T3 = 35,64min. T3 = VF = 141,5 + 83,80 VF = 57,7m3 CMB desligado CMB ligado x (32,03 − 36) x = 83,80m ³ 21,11 = 90 08h:00min – 09h:00min Volume útil = 283m³ 36,0 m³ 33,73 m³ 18,0 m³ 36,0 m³ 36,0 m³ 57,7 m³ 33,73 m³ 141,5 m³ 33,73 m³ 33,73 m³ 141,5 m³ 83,39 m³ 141,5 m³ 283,00 m³ 8:00 9:00 25,41 min. 8,99 min. 25,60 min. CMB1 CMB2 57,7 (33,73 − 36) T1 = 25,41min. T1 = 141,5 T2 = (33,73 − 18) T2 = 8,99min. 141,5 (33,73 − 36) T3 = 62,33min. T3 = VF = 141,5 + 58,11 VF = 83,39m 3 CMB desligado CMB ligado x (33,73 − 36) x = 58,11m ³ 25,6 = 91 09h:00min 10:00min Volume útil = 283m³ 36,0 m³ 34,58 m³ 18,0 m³ 18,0 m³ 83,39 m³ 34,58 m³ 34,58 m³ 141,5 m³ 83,39 m³ 141,5 m³ 141,5 m³ 9:00 10:00 58,72 min. 1,28 min. CMB1 CMB2 83,39 (34,58 − 36) T1 = 58,72min. T1 = VF = 141,5 + 21,22 VF = 162,72m3 CMB desligado CMB ligado x (34,58 − 18) x = 21,22m ³ 1,28 = 92 10h:00min 11:00min Volume útil = 283m³ 18,0 m³ 34,88 m³ 36,0 m³ 36,0 m³ 120,28 m³ 34,88 m³ 34,88 m³ 141,5 m³ 283,0 m³ 162,72 m³ 82,28 m³ 9:00 10:00 7,12 min. 52,88 min. CMB1 CMB2 120,28 (34,88 − 18) T1 = 7,12min. T1 = 141,5 (34,88 − 36) T2 = 126,33min. T2 = x (34,88 − 36) x = 59,22m ³ 52,88 = CMB desligado CMB ligado VF = 141,5 + 59,22 VF = 82,28m3 93 11h:00min 12:00min Volume útil = 283m³ 36,0 m³ 35,16 m³ 36,0 m³ 82,28 m³ 35,16 m³ 31,88 m³ 141,5 m³ 141,5 m³ 11:00 12:00 60 min. CMB1 CMB2 82,28 (35,16 − 36) T1 = 97,95min. T1 = VF = 82,28 + 50,4 VF = 31,88m3 CMB desligado CMB ligado x (35,16 − 36) x = 50,4m ³ 60 = 94 12h:00min – 13h:00min Volume útil = 283m³ 36,0 m³ 35.93 m³ 36,0 m³ 35,73m³ 15,68 m³ 31,88 m³ 141,5 m³ 141,5 m³ 12:00 13:00 CMB1 CMB2 31,88 (35,73 − 36,00) T1 = 118,07min T1 = 60 = x (35,73 − 36,0) x = 16,20m3 v F = 31,88 − 16,20 v F = 15,68m3 CMB desligado CMB ligado 95 13h:00min – 14h:00min Volume útil = 283m³ 35,43 m³ 36,0 m³ 35,43m³ 18,00m³ 36,0 m³ 35,73m³ 36,0 m³ 35,16m³ 127,60 m³ 15,68 m³ 141,5 m³ 141,5 m³ 283 m³ 141,5m³ 13:00 14:00 8,11 min. 27,50 min. 24,39 min. CMB1 CMB2 15,68 (35,43 − 36,00) T1 = 27,50min T1 = 141,5 (35,43 − 18,00) T2 = 8,11min T2 = 141,5 (35,43 − 36,00) T3 = 248,24min T3 = 24,39 = v F = 141 − 13,90 CMB desligado v F = 127,60min CMB ligado x (35,43 − 36,0) x = 13,90m3 96 14h:00min – 15h:00min Volume útil = 283m³ 35,16 m³ 36,0 m³ 36,0 m³ 35,15m³ 127,60 m³ 77,20 m³ 141,5 m³ 141,5m³ 14:00 15:00 CMB1 CMB2 127,60 (35,16 − 36,00) T1 = 151,9min T1 = x (35,16 − 36,00) x = 50,40min 60 = v F = 127,60 − 50,4 CMB desligado v F = 77,2m3 CMB ligado 97 15h:00min – 16h:00min Volume útil = 283m³ 36,0 m³ 32,88m³ 35,31m³ 36,0 m³ 18,0 m³ 34,31m³ 36,0 m³ 34,31m³ 131,96m³ 77,2 m³ 141,5 m³ 141,5 m³ 141,5m³ 283m³ 15:00 16:00 27,50 min. 8,67 min. 5,65 min. CMB1 CMB2 141,5 (34,31 − 18,00) T2 = 8,67min T2 = 77,20 (34,31 − 36,00) T1 = 45,68min T1 = T = 45,68 + 8,67 T = 54,35min 141,5 (34,31 − 36,00) T3 = 83,72min T3 = x (34,31 − 36,00) x = 9,54min 5,65 = v F = 141,5 − 9,54 v F = 131,96m3 CMB desligado CMB ligado 98 16h:00min – 17h:00min Volume útil = 283m³ 32,88m³ 18,0 m³ 32,88m³ 36,0 m³ 32,88m³ 131,96 m³ 141,5 m³ 141,5 m³ 18,0 m³ 36,0 m³ 31,75m³ 141,5m³ 115,45m³ 141,5m³ 141,5m³ 16:00 17:00 9,51 min. 42,14 min. 8,35 min. CMB1 CMB2 131,96 (32,88 − 36,00) T1 = 42,14min T1 = 141,5 (32,88 − 18,00) T2 = 9,51min T2 = 141,5 (32,88 − 36,00) T3 = 45,35min T3 = x 8,35 = (32,88 − 36,00) v F = 141,5 − 26,05 v F = 115,45m3 CMB desligado CMB ligado x = 26,05m3 99 17h:00min – 18h:00min Volume útil = 283m³ 31,75m³ 36,0 m³ 18,0 m³ 31,75m³ 31,75m³ 115,45 m³ 141,5 m³ 141,5 m³ 36,0 m³ 31,75m³ 36,0 m³ 141,5m³ 31,75m³ 141,5m³ 141,5m³ 17:00 18:00 27,16 min. 10,29 min. 22,55 min. CMB1 CMB2 115,45 (31,75 − 36,00) T1 = 27,16min T1 = 141,5 (31,75 − 18,00) T2 = 10,29min T2 = 141,5 (31,75 − 36,00) T3 = 33,29min T3 = 22,55 = v F = 141,5 − 95,83 v F = 45,67m3 x (31,75 − 36,00) CMB desligado CMB ligado x = 95,83m3 100 18h:00min – 19h:00min Volume útil = 283m³ 30,05m³ 36,0 m³ 18,0 m³ 30,015m³ 30,05 36,0 m³ 30,05 141,5m³ 45,67 m³ 141,5 m³ 141,5 m³ 18,0 m³ 30,015m³ 141,5m³ 141,5m³ 36,0 m³ 30,05m³ 36,0 m³ 141,5 m³ 111,4m³ 141,5m³ 18:00 19:00 23,78 min. 11,74 min. 7,67 min. 11,74 min. 5,06 min. CMB1 CMB2 45,67 (30,05 − 36,00) T1 = 7,67min T1 = 141,5 (30,05 − 18,00) T2 = 11,74min T2 = 141,5 (30,05 − 18,00) T4 = 11,74min T4 = 141,5 (30,05 − 36,00) T3 = 23,78min T3 = v F = 141,5 − 30,10 v F = 111,4m3 CMB desligado CMB ligado T5 = 5,06 5,06 = x (30,05 − 36,00) x = 30,10m3 101 19h:00min –20h:00min Volume útil = 283m³ 36,0 m³ 26,94 m³ 18,0 m³ 18,0 m³ 36,0 m³ 36,0 m³ 36,0 m³ 111,4 m³ 26,94 m³ 26,94 m³ 141,5 m³ 26,94 m³ 26,94 m³ 283,00 m³ 141,5 m³ 137,34 m³ 26,94 m³ 283,00 m³ 141,5 m³ 141,5 m³ 19:00 20:00 15,82 min. 12,29 min. 15,61 min. 15,82 min. 0,46 min. CMB1 CMB2 111,4 (26,94 − 36) T1 = 12,29min. T1 = 141,5 (26,94 − 18) T2 = 15,82min. T2 = 141,5 (26,94 − 36) T3 = 15,61min. T3 = 141,5 (26,94 − 18) T4 = 15,82min. T5 = 0,46min. x 0,46 = (26,94 − 36) x = 4,16m ³ VF = 141,5 + 4,16 VF = CMB desligado CMB ligado T4 = 102 20h:00min –21h:00min Volume útil = 283m³ 36,0 m³ 26,65 m³ 18,0 m³ 18,0 m³ 36,0 m³ 137,34 m³ 26,65 m³ 141,5 m³ 26,65 m³ 141,5 m³ 26,65 m³ 26,65 m³ 283,00 m³ 36,0 m³ 141,5 m³ 36,0 m³ 26,65 m³ 21,8 m³ 261,2 m³ 261,2m³ 20:00 21:00 14,6 min. 16,35min. 15,13 min. 13,84 min. CMB1 CMB2 137,34 (26,65 − 36) T1 = 14,68min. T1 = 141,5 T2 = (26,65 − 18) T2 = 16,35min. 141,5 (26,65 − 36) T3 = 15,13min. T3 = 141,5 (26,65 − 18) T4 = 16,35min. x (26,65 − 18) x = 119,71m ³ 13,84 = VF = 141,5 + 119,71 VF = 261,21m3 CMB desligado V = 283 − 261,21 CMB ligado V = 21,8m3 T4 = 103 21h:00min –22h:00min Volume útil = 283m³ 36,0 m³ 18,0 m³ 24,67 m³ 36,0 m³ 18,0 m³ 18,0 m³ 36,0 m³ 21,8 m³ 24,67 m³ 261,2 m³ 24,67 m³ 24,67 m³ 283,00 m³ 141,5 m³ 24,67 m³ 283,00 m³ 24,67 m³ 141,5 m³ 71,6 m³ 211,4 m³ 21:00 3,26 min. 22:00 12,48 min. 21,21min. 12,48 min. 10,48 min. CMB1 CMB2 21,8 (24,67 − 18) T1 = 3,26min. T1 = 141,5 (24,67 − 36) T2 = 12,48min. T2 = 141,5 (24,67 − 18) T3 = 21,21min. T3 = 141,5 (24,67 − 36) T4 = 12,48min. T4 = T5 = 10,48min. VF = 141,5 + 69,90 VF = 211,4m3 x 10,48 = (24,67 − 18) x = 69,90m ³ CMB desligado CMB ligado 104 22h:00min –23h:00min Volume útil = 283m³ 36,0 m³ 18,0 m³ 24,39 m³ 36,0 m³ 18,0 m³ 18,0 m³ 18,0 m³ 71,68 m³ 24,39 m³ 211,4 m³ 24,39 m³ 24,39 m³ 283,00 m³ 141,5 m³ 24,39 m³ 126,81 m³ 24,39 m³ 141,5 m³ 283,00 m³ 156,19 m³ 22:00 23:00 12,18 min. 11,20 min. 22,14min. 12,18 min. 2,3 min. CMB1 CMB2 71,6 (24,39 − 18) T1 = 11,20min. T1 = 141,5 T2 = (24,39 − 36) T2 = 12,18min. 141,5 (24,39 − 18) T3 = 22,14min. T3 = 141,5 (24,39 − 36) T4 = 12,18min. T4 = T5 = 2,3min. x 2,3 = (24,39 − 18) x = 14,69m ³ VF = 141,5 + 14,69 VF = 156,19m3 CMB desligado VF = 283 − 159,19 CMB ligado VF = 126,81m3 105 23h:00min –24h:00min Volume útil = 283m³ 36,0 m³ 18,0 m³ 22,97 m³ 18,0 m³ 18,0 m³ 126,81 m³ 22,97 m³ 156,19 m³ 22,97 m³ 283,00 m³ 24,39 m³ 24,06 m³ 258,94 m³ 141,5 m³ 23:00 24:00 25,51min. 23,63 min. 10,86 min. CMB1 CMB2 126,81 (22,97 − 18) T1 = 25,51min. T1 = 141,5 T2 = (22,97 − 36) T2 = 10,86min. 141,5 (22,97 − 18) T3 = 64,1484min. T3 = VF = 141,5 + 117,44 VF = 258,94m3 CMB desligado CMB ligado x (22,97 − 18) x = 117,44m ³ 23,63 = 106 Na simulação com volume 1 (567 m³ - TDH 20min), teve o CMB1 ligado por 23,58 horas, enquanto que o CMB2 funcionou por um período de 14,37 da simulação, conforme mostrado na Tabela 9. Tabela 9 – Tempo de operação dos CMB’s para EEE com volume 1 (567m³) CMB1 (MIN) CMB2(MIN) TEMPO (HORA) LIGADO DESLIGADO LIGADO DESLIGADO 00:00:00 34,65 25,35 16,12 43,88 01:00:00 60 0 0 60 02:00:00 60 0 0 60 03:00:00 60 0 0 60 04:00:00 60 0 11,06 48,94 05:00:00 60 0 37,1 22,9 06:00:00 60 0 51,3 8,7 07:00:00 60 0 41,26 18,74 08:00:00 60 0 52,73 7,27 09:00:00 60 0 49,8 10,2 10:00:00 60 0 60 0 11:00:00 60 0 60 0 12:00:00 60 0 60 0 13:00:00 60 0 60 0 14:00:00 60 0 53,33 6,67 15:00:00 60 0 49,64 10,36 16:00:00 60 0 60 0 17:00:00 60 0 39,39 20,61 18:00:00 60 0 36,48 23,52 19:00:00 60 0 28,29 31,71 20:00:00 60 0 27,3 32,7 21:00:00 60 0 22,09 37,91 22:00:00 60 0 24,41 35,59 23:00:00 60 23,58 0 0,42 21,78 38,22 14,37 9,63 TOTAL Na simulação da estação elevatória de esgoto sanitário com volume útil de 283m³ o CMB1 funcionando praticamente o dia inteiro, parando apenas por 34,65 minutos no intervalo das 0h00min as 01h00min, conforme pode ser observado na Figura 51. 107 CMB1 - VOLUME 2 (567 m³) 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0 0 : 0 0 : 0 0 0 0 : 0 0 : 1 0 0 0 : 0 0 : 2 0 0 0 : 0 0 : 3 0 0 0 : 0 0 : 4 0 0 0 : 0 0 : 5 0 0 0 : 0 0 : 6 0 0 0 : 0 0 : 7 0 0 0 : 0 0 : 8 0 0 0 : 0 0 : 9 0 LIGADA 0 0 : 0 0 : 0 1 0 0 : 0 0 : 1 1 0 0 : 0 0 : 2 1 0 0 : 0 0 : 3 1 0 0 : 0 0 : 4 1 0 0 : 0 0 : 5 1 0 0 : 0 0 : 6 1 0 0 : 0 0 : 7 1 0 0 : 0 0 : 8 1 0 0 : 0 0 : 9 1 0 0 : 0 0 : 0 2 0 0 : 0 0 : 1 2 0 0 : 0 0 : 2 2 0 0 : 0 0 : 3 2 DESLIGADA Figura 51 – Tempo de operação dos CMB1 para estação elevatória com Volume útil de 567 m³. Na simulação da estação elevatória de esgoto sanitário com volume útil de 567m³ o CMB 2 funcionou no intervalo 00h:00min a 01h:00h por 16,12 minutos (27%), e no intervalo de 01h:00mim as 04h:00min permaneceu desligado. No intervalo de 04h00min as 05h: 00min o CMB2 permaneceu 11,06 (18%) funcionando, no intervalo 05h: 00min as 06h: 00min o CMB2 permaneceu ligado por 37,1 minutos (62%), no intervalo de 06h:00min as 07h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 51,3 minutos (86%), no intervalo de 07h:00min as 8h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 41,26 minutos (69%), no intervalo de 08h:00min as 9h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 52,73 minutos (88%), no intervalo de 09h:00min as 10h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 49,8 minutos (83%). No intervalo de 10h:00min as 11h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 60 minutos (100%), no intervalo de 11h:00min as 12h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 60 minutos (100%), no intervalo de 12h:00min as 13h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 60 minutos (100%), no intervalo de 13h:00min as 14h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 60 minutos (100%), no intervalo de 14h:00min as 15h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 53,33 minutos (89%), no intervalo de 15h:00min as 16h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 49,64 minutos (83%), no intervalo de 16h:00min as 17h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 60 minutos 108 (100%), no intervalo de 17h:00min as 18h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 39,39 minutos (66%), no intervalo de 18h:00min as 19h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 36,48 minutos (61%), no intervalo de 19h:00min as 20h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 28,29 minutos (47%), no intervalo de 20h:00min as 21h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 27,30 minutos (46%), no intervalo de 21h:00min as 22h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 22,09 minutos (37%), no intervalo de 22h:00min as 23h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 24,41 minutos (41%), no intervalo de 23h:00min as 24h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 21,78 minutos (36%), conforme pode ser observado na Figura 52. CMB2 - VOLUME 2 (567 m³) 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0 0 : 0 :0 0 0 0 0 : 0 :0 1 0 0 0 : 0 :0 2 0 0 0 : 0 :0 3 0 0 0 : 0 :0 4 0 0 0 : 0 :0 5 0 0 0 : 0 :0 6 0 0 0 : 0 :0 7 0 0 0 : 0 :0 8 0 0 0 : 0 :0 9 0 LIGADA 0 0 : 0 :0 0 1 0 0 : 0 :0 1 1 0 0 : 0 :0 2 1 0 0 : 0 :0 3 1 0 0 : 0 :0 4 1 0 0 : 0 :0 5 1 0 0 : 0 :0 6 1 0 0 : 0 :0 7 1 0 0 : 0 :0 8 1 0 0 : 0 :0 9 1 0 0 : 0 :0 0 2 0 0 : 0 :0 1 2 0 0 : 0 :0 2 2 0 0 : 0 :0 3 2 DESLIGADA Figura 52 – Tempo de operação dos CMB2 para estação elevatória com Volume útil de 567 m³. Na Tabela 10 é mostrado que o CMB1 para EEE com Volume 2 permaneceu funcionando por 3 horas interruptas no horário de ponta (19:00 as 21:00), enquanto que o CMB 2 funcionou durante 1,29 horas. 109 Tabela 10 – Tempo de operação dos CMB’s para EEE com volume 2 (567m³) em horário de ponta. HORARIO DE PONTA CMB1 (min.) CMB2(min.) Tempo (hora) 19:00:00 LIGADO 60 DESLIGADO 0 LIGADO 28,29 DESLIGADO 31,71 20:00:00 60 0 27,3 32,7 21:00:00 60 0 22,09 37,91 TOTAL 3,00 0,00 1,29 1,71 Por meio da análise da variação de nível do poço de sucção podem ser observados dados importantes da operação da estação elevatória de esgoto sanitário como: numero de acionamentos durantes e tempo de ciclo máximos, mínimos e médios dos conjuntos motor e bomba, conforme mostrado na Figura 53. Figura 53 – Variação de nível do poço de sucção com volume útil de 567 m³. Na simulação da estação elevatória de esgoto sanitário com volume 2 (567m³), quando o nível do poço de sucção alcançar o nível de 6,50m o CMB2 entra em funcionamento, ou seja, cada crista do gráfico mostra o acionamento do CMB2, sendo assim pode-se afirmar que o CMB 1 partiu 1 vez durante 24 horas de simulação, enquanto que o CMB2 partiu 13 vezes. Vale ressaltar, que o tempo entre duas partidas do motor é chamado tempo de ciclo, como CMB 1 partiu apenas 1 vez durante toda a simulação não foi possível contabilizar o tempo de ciclo, porém o CMB2 teve o tempo de ciclo máximo, 110 mínimo e médio de 6h:00min, 00h49min e 02h07min, respectivamente, conforme mostrado na Tabela 11. Tabela 11 – Tempo de ciclo do CMB 2 para EEE com volume 2. N° CMB2 1 03h48min 2 00h49min 3 01h03min 4 01h12min 5 01h51min 6 06h00min 7 02h13min 8 01h21min 9 01h08min 10 01h03min 11 01h08min 12 01h12min MÁXIMO 06h00min MÍNIMO 00h49min MÉDIO 02h07min A EEE com poço de sucção de volume 2 (567m³) teve um custo com energia elétrica de R$ 294,81 , sendo que o CMB1 teve custo de energia elétrica em horário de ponta e fora de ponta de R$ 47,25 e R$ 138,92, respectivamente e o CMB2 teve custo de energia elétrica em horário de ponta e fora de ponta de R$ 20,39 e R$ 88,26, respectivamente, conforme mostrado na Figura 54 e na Tabela 12. 111 R$ 160,00 VOLUME 2 (567M³) R$ 140,00 R$ 120,00 R$ 100,00 R$ 80,00 PONTA F.PONTA R$ 60,00 R$ 40,00 R$ 20,00 R$ CMB1 CMB2 Figura 54 – Custo com energia elétrica da EEE para volume 2 (567m³). Tabela 12 – Tempo de ciclo do CMB 2 para EEE com volume 2 . CUSTO COM ENÉRGIA ELÉTRICA PARA OPERAÇÃO DE EEE COM VOLUME DO POÇO DE SUCÇÃO DE 567M³ CUSTO DE ENERGIA ELÉTRICA EM HORÁRIO DE PONTA CUSTO DE ENERGIA ELÉTRICA EM HORÁRIO F.PONTA TOTAL/DIA CMB1 47,25 138,92 186,17 CMB2 20,39 88,26 108,65 TOTAL 67,64 227,17 294,81 A seguir é mostrado o detalhamento dos cálculos da simulação da operação do poço de sucção com volume útil de 567m³ por hora. 112 00h:00min – 01h:00min Volume útil = 567m³ 36 m³ 0 m³ 18,42 m³ 18,42 m³ 567 m³ 18,0 m³ 18,0 m³ 126,12 m³ 283,5 m³ 18,42m³ 567 m³ 156,87 m³ 0:00 1:00 25,35 min. 16,12min. 18,53min. CMB1 CMB2 567 (18,42 − 0) T1 = 25,35min. T1 = 283,5 (18,42 − 18) T3 = 675min. > 60min. T3 = x (18,42 − 18) x = 7,71m³ 18,38 = CMB desligado CMB ligado T3 = 60 − T1 − T2 283,5 (18,42 − 36) T2 = 16,12min. T2 = T = 25,35 + 16,12 T3 = 60 − 25,5 − 16,12 T3 = 18,38min. 113 01h:00min – 02h:00min Volume útil = 567m³ 18,00 m3/min 18,99 m³ 275,78m3 216,38m3 291,22m3 350,62m3 1:00 2:00 60min. CMB1 CMB2 275,78 (18,99 − 18) T1 = 278,56min. > 60min. T1 = VAC = 291,22 + 59,4 VAC = 350,62m3 CMB desligado CMB ligado T1 = 60min. x (18,99 − 18) x = 59,4m ³ 60 = 114 02h:00min – 03h:00min Volume útil = 567m³ 18,00 m3/min 18,70 m³ 216,38 174,38m3 350,62m3 392,62m3 2:00 3:00 60min. CMB1 CMB2 216,38 (18,70 − 18) T1 = 309,11min. > 60min. T1 = T1 = 60min. VF = 350,62 + 42 VF = 392,62m3 CMB desligado V = 567 − 392,62 CMB ligado V = 174,38m 3 x (18,70 − 18) x = 42m ³ 60 = 115 Volume útil = 567m³ 03h:00min – 04h:00min 18,00 m3/min 19,27 m³ 174,38m3 98,18m3 392,62m3 468,82m3 3:00 4:00 CMB1 CMB2 174,38 VF = 392,62 + 76,2 (19,27 − 18) VF = 468,82m3 T1 = 137,3min. > 60min.não − ok V = 98,18m3 T1 = 60min. T1 = CMB desligado CMB ligado x (19,27 − 18) x = 76,2m ³ 60 = 116 04h:00min – 05h:00min Volume útil = 567m³ 36 m³ 18 m³ 24,94 m³ 98,18 18,0 m³ 41,99 m³ 283,5 m³ 24,94 m³ 567 m³ 468,82 m³ 24,94 283,5 525 m³ 4:00 5:00 11,06min. 14,14 min. 34,8min. CMB1 CMB2 98,18 (24,94 − 18) T1 = 14,14min. T1 = 283,5 (24,94 − 18) T3 = 40,85min T3 = CMB desligado CMB ligado T3 = 34,8 283,5 (24,94 − 36) T2 = 11,06min. T2 = T = 14,14 + 11,06 T = 25,2 < 60 − OK x (24,94 − 18) x = 241,51 34,8 = 117 05h:00min – 06h:00min Volume útil = 567m³ 28,36m3 36 m³ 18m³ 28,36 m³ 42m3 28,36 m³ 567 m³ 18,0 m³ 88,21 m³ 283,5 m³ 283,5m3 525 m³ 478,78 m³ 5:00 6:00 37,10min. 4,05 min. 18,85min. CMB1 CMB2 42 (28,36 − 18) T1 = 4,05min. T1 = 283,5 (28,36 − 18) T3 = 27,36min T3 = x (28,36 − 18) x = 195,28m ³ 18,85 = CMB desligado CMB ligado T = 4,05 + 37,10 + 27,36 = 68,51min. > 60min. 283,5 (28,36 − 36) T2 = 37,10min. T2 = VF = 283,5 + 195,28 VF = 478,78 T3 = 60 − 37,10 − 4,05 T3 = 18,85min 118 06h:00min – 07h:00min Volume útil = 567m³ 30,48m3 36 m³ 18m³ 30,48 m³ 88,21m3 30,48 m³ 569 m³ 18,0 m³ 263,04 m³ 283,5 m³ 283,5m3 498,98 m³ 303,96 m³ 6:00 7:00 51,3min. 9,06 min. 1,64min. CMB1 CMB2 88,22 (30,48 − 18) T1 = 7,06min. T1 = 283,5 (30,48 − 36) T2 = −51,3min. T2 = T3 = 1,64 x (30,48 − 18) x = 20,46m³ VF = 283,5 + 20,46 1,64 = CMB desligado CMB ligado 119 07h:00min – 08h:00min Volume útil = 567m³ 263,04m3 32,03 m³ 303,96 m³ 36 m³ 32,03m3 36 m³ 18m³ 263,04 m³ 283,5 m³ 303,96 m³ 567 m³ 7:00 8:00 41,26min. 18,94 min. CMB1 CMB2 263,04 (32,03 − 18) T1 = 18,94min. T1 = x (32,03 − 18) x = −163,80m ³ 41,26 = CMB desligado CMB ligado 283,5 (32,03 − 36) T2 = 71,41min. > 60min− não − ok T2 = T2 = 60 − 18,94 T2 = 41,26min 120 08h:00min – 09h:00min Volume útil = 567m³ 18 m³ 36m³ 32,93 m³ 119,7m3 169,15 m³ 33,73 m³ 283,5 m³ 397,85 m³ 283,5 m³ 8:00 9:00 52,93 min. 9,27min. CMB1 CMB2 119,7 (33,73 − 36) T1 = 52,73min. T1 = x (33,73 − 18) x = 114,35m ³ 9,27 = VF = 283,5 + 114,35 CMB desligado CMB ligado VF = 397,85 121 09h:00min – 10h:00min Volume útil = 567m³ 36m2 34,58m3 36 m³ 18m³ 34,58 m³ 169,15m3 212,79 m³ 34,58 m³ 397,85 m³ 283,5 m³ 567 m³ 9:00 10:00 10,20 min. CMB1 CMB2 169,15 (34,58 − 18) T1 = 10,20min. T1 = 283,5 (34,58 − 36) T2 = −199,64min > 60min T2 = T2 = 60 − 10,20 T2 = 49,8min x (34,58 − 36) x = 70,71m ³ 49,8 = CMB desligado CMB ligado VF = 283,5 + 70,71 122 10h:00min – 11h:00min Volume útil = 567m³ 36m³ 34,88 m³ 3 212,79m 145,59 m³ 283,5 m³ 283,5 m³ 10:00 11:00 60min CMB1 CMB2 212,79 (34,88 − 36) T1 = −189,9min. > 60min. T1 = T1 = 60min x (34,88 − 36) x = −67,2m ³ 60 = VF = 212,79 − 67,2 CMB desligado CMB ligado VF = 145,59m ³ 123 11h:00min – 12h:00min Volume útil = 567m³ 36m2 35,16m2 36m³ 35,16 m³ 3 145,59m 95,19 m³ 283,5 m³ 283,5 m³ 11:00 12:00 60min CMB1 CMB2 145,59 (35,16 − 36) T1 = −173,32min. > 60min. T1 = CMB desligado CMB ligado T1 = 60min x 60 = (35,16 − 36) x = −50,4m ³ VF = 145,59 − 50,4 VF = 95,19m ³ 124 12h:00min – 13h:00min Volume útil = 567m³ 36m³ 35,73m³ 3 95,19m 79 m³ 283,5 m³ 283,5 m³ 12:00 13:00 60min CMB1 CMB2 95,19 (35,73 − 36) T1 = 352,55min T1 = CMB desligado CMB ligado T1 = 60min x 60 = (35,73 − 36) x = 16,20m ³ VF = 95,19 − 16,20 VF = 79m ³ 125 13h:00min – 14h:00min Volume útil = 567m³ 36 35,43 36m³ 35,43m³ 99,00m3 44,8 m³ 283,5 m³ 283,5 m³ 13:00 14:00 60min CMB1 CMB2 99,00 (35,43 − 36) T1 = 139,59min > 60min T1 = CMB desligado CMB ligado T1 = 60min x 60 = (35,43 − 36) x = −34,2m ³ VF = 99 − 34,2 VF = 44,8m ³ 126 14h:00min – 15h:00min Volume útil = 567m³ 18m³ 36 m³ 35,16 m³ 44,8m2 169m2 169,05 m³ 35,16 m³ 283,5 m³ 567 m³ 397,95 m³ 14:00 15:00 53,33 min. 6,67min. CMB1 CMB2 44,8 (35,16 − 36) T1 = 53,33min. T1 = 283,5 (35,16 − 18) T2 = 16,52min. T2 = T = 25,35 + 16,12 53,33 + 16,52 = 69,85 > 60min T2 = 60 − 53,33 T2 = 6,67min x (35,16 − 18) x = 114,45m ³ VF = 283,5 + 114,45 6,67 = CMB desligado CMB ligado VF = 397,95m3 VF = 169,05 127 15h:00min – 16h:00min Volume útil = 567m³ 36 m³ 18 m³ 34,31 m³ 169,05 397,95 m³ 199,6 m³ 283,5 m³ 34,31 m³ 567 m³ 283,5 m³ 15:00 16:00 10,36 min. 49,64min. CMB1 CMB2 169,05 (34,31 − 18) T1 = 10,36min. T1 = 283,5 (34,31 − 36) T2 = 169,95min. > 60min T2 = T2 = 60 − 10,36 T2 = 49,64min 49,64 = x (34,31 − 36) CMB desligado 3 x = 83,89m VF = 283,5 − 83,89 CMB ligado VF = 199,61m3 128 16h:00min – 17h:00min Volume útil = 567m³ 36m³ 3 199,61m 12,41 m³ 283,5 m³ 283,5 m³ 16:00 17:00 60min CMB1 CMB2 199,61 (32,88 − 36) T1 = 63,97min > 60min T1 = T1 = 60min x 60 = (32,88 − 36) x = −187,2m ³ VF = 199,61 − 187,2 VF = 12,41m ³ CMB desligado CMB ligado 129 17h:00min – 18h:00min Volume útil = 567m³ 18 m³ 36 m³ 31,75 m³ 36 m³ 12,41m3 31,75 m³ 567 m³ 128,5 m³ 31,75 m³ 283,5 m³ 567m3 283,5 m³ 17:00 2,92 min. 18:00 20,61min. 36,47min. CMB1 CMB2 12,41 (31,75 − 36) T1 = 2,92min. T1 = 283,5 (31,75 − 18) T2 = 20,61min. T2 = 283,5 (31,75 − 36) T3 = 66,70min. > 60min. T3 = 60 − 2,92 − 20,61 x (31,75 − 36) x = 154,99m³ VF = 283,5 − 155 T3 = 36,47min. VF = 128,5 T3 = 36,47 = CMB desligado CMB ligado 130 18h:00min – 19h:00min Volume útil = 567m³ 18 m³ 36 m³ 30,05 m³ 36 m³ 128,5m3 30,05 m³ 283,5 m³ 283,5m³ 194,91 m³ 30,05 m³ 567m3 283,5 m³ 18:00 19:00 23,52min. 21,59 min. 14,89min. CMB1 CMB2 128,5 (30,05 − 36) T1 = 21,59min. T1 = 283,5 (30,05 − 18) T2 = 23,52min. T2 = 283,5 (30,05 − 36) T3 = 47,64min. T3 = 14,89min = x (30,05 − 36) CMB desligado 3 x = −88,59m T3 = 21,59 + 23,52 + 47,64 > 60min VF = 283,5 − 88,59 T3 = 60 − 21,59 − 23,52 VF = 372,0 CMB ligado T3 = 14,89min 131 19h:00min – 20h:00min Volume útil = 567m³ 36 26,94 18 m³ 36 m³ 36 m³ 194,91m3 26,94 m³ 283,5 m³ 283,5m³ 222,08 m³ 26,94 m³ 567m3 283,5 m³ 19:00 20:00 31,91min. 21,51 min. 6,78min. CMB1 CMB2 194,91 (26,94 − 36) T1 = 21,51min. T1 = T = 53,22 283,5 (26,94 − 18) T2 = 31,91min. T2 = 283,5 (26,94 − 36) T3 = 31,29min. T3 = T = 53,22 + 31,29 > 60min T3 = 60 − 53,22 6,78min = x (26,94 − 36) CMB desligado 3 x = 61,42m VF = 283,5 − 61,42 CMB ligado VF = 222,08m3 T3 = 6,78min 132 20h:00min – 21h:00min Volume útil = 567m³ 36 m³ 222,08m3 26,65 m³ 250,31 m³ 26,65m³ 283,5 m³ 283,5m³ 36 26,65 18 m³ 36 m³ 26,65 m³ 567m3 283,5 m³ 20:00 21:00 32,7min. 23,75 min. 3,55min. CMB1 CMB2 222,08 (26,65 − 36) T1 = 23,75min. T1 = 283,5 (26,65 − 36) T3 = 30,32min. > 60min T3 = 3,55min = x (26,65 − 36) T = 56,52 T3 = 60 − 56,52 x = 33,19m VF = 283,5 − 33,19 283,5 (26,65 − 18) T2 = 32,7min. T3 = 3,48min VF = 250,31m3 T2 = CMB desligado 3 CMB ligado 133 21h:00min – 22h:00min Volume útil = 567m³ 250,31m3 30,65 m³ 24,67 m³ 283,5 m³ 283,5m³ 18 24,67 18 m³ 36 m³ 24,67 m³ 283,5 m³ 21:00 22:00 32,7min. 22,09” CMB1 CMB2 250,31 (24,67 − 36) T1 = −22,09min. T1 = T = 22,09 + 42,50 = 64,59 > 60min 283,5 T2 = (24,67 − 18) T2 = 42,50min. T2 = 60 − 22,09 T2 = 37,91min 37,91min = x (24,67 − 18) CMB desligado CMB ligado x = 252,85m3 VF = 283,5 − 252,85 VF = 30,65m3 134 22h:00min – 23h:00min Volume útil = 567m³ 36 m³ 36 m³ 24,39m³ 30,65m3 18 m³ 86,69 m³ 3 24,39 m³ 283,5m 24,39 m³ 283,5 m³ 536,35m³ 283,5m 480,31 m³ 22:00 23:00 24,41min. 4,79 min. 30,8min. CMB1 CMB2 30,65 (24,39 − 18) T1 = 4,79min. T1 = n ∑T = 60min. 0 283,5 (24,39 − 36) T2 = 24,41min. T2 = T = 29,2min 283,5 (24,39 − 18) T3 = 44,36min. T3 = T = 29,2 + 44,36 = 73,56 > 60min T3 = 60 − 29,2 30,8min = x (24,39 − 18) CMB desligado 3 x = 196,81m VF = 283,5 − 196,81 CMB ligado VF = 86,69m3 T3 = 30,8min 135 23h:00min – 24h:00min Volume útil = 567m³ 567 18 m³ 22,97m³ 86,69m3 36 m³ 18 m³ 181,49 m³ 3 22,97 m³ 480,31m³ 283,5m 22,97 m³ 283,5 m³ 283,5m 385,53 m³ 23:00 24:00 21,75min. 17,69 min. 20,53min. CMB1 CMB2 86,69 (22,97 − 18) T1 = 17,69min. T1 = 283,5 (22,97 − 36) T2 = 21,95min. T2 = 283,5 (22,97 − 18) T3 = 57,04min. > 60min T3 = ∑T > 60 20,53min = x (22,97 − 18) CMB desligado 3 x = 102,03m VF = 283,5 + 102,03 CMB ligado ∑T ≤ 60min T3 = 60 − 17,69 − 21,75 T3 = 20,53min 136 Na simulação com volume 3 (850 m³ - TDH 10min), teve o CMB1 ligado por 23,23 horas, enquanto que o CMB2 funcionou por um período de 14,68 da simulação, conforme mostrado na Tabela 13. Tabela 13 – Tempo de operação dos CMB’s para EEE com volume 3 (850m³) CMB1 (min.) CMB2(min.) Tempo (hora) LIGADO DESLIGADO LIGADO DESLIGADO 00:00:00 13,85 46,15 13,85 46,15 01:00:00 60 0 10,67 49,33 02:00:00 60 0 0 60 03:00:00 60 0 0 60 04:00:00 60 0 22,4 37,6 05:00:00 60 0 23,2 36,8 06:00:00 60 0 56,5 3,5 07:00:00 60 0 29,71 30,29 08:00:00 60 0 60 0 09:00:00 60 0 60 0 10:00:00 60 0 60 0 11:00:00 60 0 60 0 12:00:00 60 0 60 0 13:00:00 60 0 60 0 14:00:00 60 0 35,24 24,76 15:00:00 60 0 60 0 16:00:00 60 0 60 0 17:00:00 60 0 31,95 28,05 18:00:00 60 0 56,74 3,26 19:00:00 60 0 12,47 47,53 20:00:00 60 0 42,71 17,29 21:00:00 60 0 18,34 41,66 22:00:00 60 0 18,71 41,29 23:00:00 60 0 28,05 31,95 TOTAL 23,23 0,77 14,68 9,32 Na simulação da estação elevatória de esgoto sanitário com volume útil de 283m³ o CMB1 funcionando praticamente o dia inteiro, parando apenas por 46,15 minutos no intervalo das 0h00min as 01h00min, conforme pode ser observado na Figura 55. 137 CMB1 - VOLUME 3 (850 m³) 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0 0 : 0 0 : 0 0 0 0 : 0 0 : 1 0 0 0 : 0 0 : 2 0 0 0 : 0 0 : 3 0 0 0 : 0 0 : 4 0 0 0 : 0 0 : 5 0 0 0 : 0 0 : 6 0 0 0 : 0 0 : 7 0 0 0 : 0 0 : 8 0 0 0 : 0 0 : 9 0 0 0 : 0 0 : 0 1 Série1 LIGADO 0 0 : 0 0 : 1 1 0 0 : 0 0 : 2 1 0 0 : 0 0 : 3 1 0 0 : 0 0 : 4 1 0 0 : 0 0 : 5 1 0 0 : 0 0 : 6 1 0 0 : 0 0 : 7 1 0 0 : 0 0 : 8 1 0 0 : 0 0 : 9 1 0 0 : 0 0 : 0 2 0 0 : 0 0 : 1 2 0 0 : 0 0 : 2 2 0 0 : 0 0 : 3 2 Série2 DESLIGADO Figura 55 – Tempo de operação dos CMB1 para estação elevatória com Volume útil de 850 m³. Na simulação da estação elevatória de esgoto sanitário com volume útil de 850m³ o CMB 2 funcionou no intervalo 00h:00min a 01h:00h por 13,85 minutos (23,10%), no intervalo de 01h: 00min as 02h: 00min o CMB2 permaneceu 10,67 minutos (17,8%) funcionando. No intervalo de 02h: 00min as 04h: 00min o CMB2 permaneceu desligado, no intervalo de 04h00min as 05h: 00min o CMB2 permaneceu 22,4 (37,3%) funcionando, no intervalo 05h: 00min as 06h: 00min o CMB2 permaneceu ligado por 23,2 minutos (38,7%), no intervalo de 06h:00min as 07h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 56,5 minutos (94,2%), no intervalo de 07h:00min as 8h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 29,71 minutos (49,5%), no intervalo 9h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 60 minutos (100%), de 08h:00min as no intervalo de 09h:00min as 10h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 60 minutos (100%). No intervalo de 10h:00min as 11h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 60 minutos (100%), no intervalo de 11h:00min as 12h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 60 minutos (100%), no intervalo de 12h:00min as 13h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 60 minutos (100%), no intervalo de 13h:00min as 14h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 60 minutos (100%), no intervalo de 14h:00min as 138 15h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 35,24 minutos (58,7%), no intervalo de 15h:00min as 16h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 60 minutos (100%), no intervalo de 16h:00min as 17h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 60 minutos (100%), no intervalo de 17h:00min as 18h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 31,95 minutos (53,3%), no intervalo de 18h:00min as 19h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 56,74 minutos (94,6%), no intervalo de 19h:00min as 20h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 12,47 minutos (20,8%), no intervalo de 20h:00min as 21h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 42,71 minutos (71,2%), no intervalo de 21h:00min as 22h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 18,34 minutos (30,6%), no intervalo de 22h:00min as 23h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 18,71 minutos (31,2%), no intervalo de 23h:00min as 24h:00min o CMB2 permaneceu ligado por 28,05 minutos (46,8%), conforme pode ser observado na Figura 56. CMB2 - VOLUME 3 (850 m³) 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0 0 : 0 :0 0 0 0 0 : 0 :0 1 0 0 0 : 0 :0 2 0 0 0 : 0 :0 3 0 0 0 : 0 :0 4 0 0 0 : 0 :0 5 0 0 0 : 0 :0 6 0 0 0 : 0 :0 7 0 0 0 : 0 :0 8 0 0 0 : 0 :0 9 0 0 0 : 0 :0 0 1 LIGADO Série1 0 0 : 0 :0 1 1 0 0 : 0 :0 2 1 0 0 : 0 :0 3 1 0 0 : 0 :0 4 1 0 0 : 0 :0 5 1 0 0 : 0 :0 6 1 0 0 : 0 :0 7 1 0 0 : 0 :0 8 1 0 0 : 0 :0 9 1 0 0 : 0 :0 0 2 0 0 : 0 :0 1 2 0 0 : 0 :0 2 2 0 0 : 0 :0 3 2 DESLIGADO Série2 Figura 56 – Tempo de operação dos CMB2 para estação elevatória com Volume útil de 850 m³. Na Tabela 14 é mostrado que o CMB1 para EEE com Volume 3 permaneceu funcionando por 3 horas interruptas no horário de ponta (19:00 as 21:00), enquanto que o CMB 2 funcionou durante 1,23 horas. 139 Tabela 14 – Tempo de operação dos CMB’s para EEE com volume 3 em horário de ponta. HORARIO DE PONTA CMB1 (min.) CMB2(min.) Tempo (hora) LIGADO DESLIGADO LIGADO DESLIGADO 19:00:00 60 0 12,47 47,53 20:00:00 60 0 42,71 17,29 21:00:00 60 3,00 0 0,00 18,34 41,66 1,23 1,77 TOTAL Por meio da análise da variação de nível do poço de sucção podem ser observados dados importantes da operação da estação elevatória de esgoto sanitário como: numero de acionamentos durantes e tempo de ciclo máximos, mínimos e médios dos conjuntos motor e bomba, conforme mostrado na Figura 57. Figura 57 – Variação de nível do poço de sucção com volume útil de 850 m³. Na simulação da estação elevatória de esgoto sanitário com volume 3 (850m³), quando o nível do poço de sucção alcançar o nível de 6,50m o CMB2 entra em funcionamento, ou seja, cada crista do gráfico mostra o acionamento do CMB2, sendo assim pode-se afirmar que o CMB 1 partiu 1 vez durante 24 horas de simulação, enquanto que o CMB2 partiu 9 vezes. Vale ressaltar, que o tempo entre duas partidas do motor é chamado tempo de ciclo, como CMB 1 partiu apenas 1 vez durante toda a simulação não foi possível contabilizar o tempo de ciclo, porém o CMB2 teve o tempo de ciclo máximo, 140 mínimo e médio de 7h:00min, 1h26min e 03h07min, respectivamente, conforme mostrado na Tabela 15. Tabela 15 – Tempo de ciclo do CMB 2 para EEE com volume 3. Nº CMB2 1 2 3 4 5 6 7 8 MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO 03h50min 01h26min 01h55min 07h00min 03h03min 01h53min 01h44min 01h51min 07h00min 01h26min 03h07min A EEE com poço de sucção de volume 3 (850m³) teve um custo com energia elétrica de R$ 293,92 , sendo que o CMB1 teve custo de energia elétrica em horário de ponta e fora de ponta de R$ 47,25 e R$ 136,55, respectivamente e o CMB2 teve custo de energia elétrica em horário de ponta e fora de ponta de R$ 19,30 e R$ 90,82, respectivamente, conforme mostrado na Figura 58 e naTabela 16 – Tempo de ciclo do CMB 2 para EEE com volume 3 .Tabela 16. 141 R$ 160,00 VOLUME 3 (850M³) R$ 140,00 R$ 120,00 R$ 100,00 R$ 80,00 PONTA F.PONTA R$ 60,00 R$ 40,00 R$ 20,00 R$ CMB1 CMB2 Figura 58 – Custo com energia elétrica da EEE para volume 3 (850m³). Tabela 16 – Tempo de ciclo do CMB 2 para EEE com volume 3 . CUSTO COM ENÉRGIA ELÉTRICA PARA OPERAÇÃO DE EEE COM VOLUME DO POÇO DE SUCÇÃO DE 850M³ CUSTO DE ENERGIA CUSTO DE ENERGIA ELÉTRICA ELÉTRICA EM HORÁRIO F.PONTA EM HORÁRIO DE PONTA (R$) TOTAL/DIA (R$) (R$) CMB1 47,25 136,55 183,80 CMB2 19,30 90,82 110,12 TOTAL 66,55 227,37 293,92 A seguir é mostrado o detalhamento dos cálculos da simulação da operação do poço de sucção com volume útil de 850 m³ por cada hora de simulação. 142 00h:00min – 01h:00min Volume útil = 850m³ 18,0 m³ 18,42 m³ 36 m³ 18,42 m³ 425 181,5 2+1 425 850m³ 2+1 1+2 425 1+2 0:00 1:00 13,85 min. 46.15 min CMB1 CMB2 T = 1 850 (18,42 −0) T1 = 46,15min. 425 T2 = (36-18,42) T2 = 24,7 min T2 = 60 − 46,15 T2 = 13.85 13,85 x x = (36 – 18,48) = 243,48 CMB desligado CMB ligado V = 245 – 243,48 v 181,5 143 01h:00min – 02h:00min Volume útil = 850m³ 36 m³ 18,42 m³ 18,0 m³ 18,99 m³ 18,0 m³ 181,5 m³ 425 m³ 425 m³ 473,8 m³ 1:00 2:00 10,67 min. 49,33min. CMB1 CMB2 T1 = 181,5 ) (18,99 - 36 T1 = 10,67min. T = 60 - 10,67 = 49,33min 2 49,33 X = (18,99 - 18) CMB desligado CMB ligado T2 = 425 X = 48,83m³ (18,99 - 18) T = 429,29 min. 2 144 02h:00min – 03h:00min Volume útil = 850m³ 18,0 m³ 18,70 m³ 473,8 m³ 515,8m³ 2:00 3:00 60 min. CMB1 CMB2 T1 = 473,8 (18,70 - 18) T1 = 676,8min. 60 = x CMB ligado CMB desligado (18,70 - 18) X = 42m³ 145 03h:00min – 04h:00min Volume útil = 850m³ 18,0 m³ 19,27m³ 18,0 m³ 334,2m³ 126,12 m³ 18,42m³ 156,87 m³ 515,8 m³ 3:00 4:00 60min. CMB1 CMB2 334,2 T1 = (19,27 - 18,00) T1 = 263,14min. Vf = Vinc + V Vf = 515,8 + 73,2 = 589m³ V = 850-589 CMB desligado CMB ligado Não OK >60min 60 V = (19,27-18) X= 73,2m³ 146 04h:00min – 05h:00min Volume útil = 850m³ 18,00 m³ 24,94 24,94 m³ 36 m³ 261 m³ -850 m³ 425 425 = 589 m³ 602,3 5:00 177,3 m³ 425 m³ 6:00 22,4min. 37,6min. CMB1 CMB2 T = 1 261 T = 37,6 + 38,42 (24,94 -18) T = 37,6 min. T = 76,00. 1 T = 2 T2 425 (24,94 - 36) = 38, 42min. 22,4=x/(24,94-36) X=247,7m³ Vf = 850 – 241 Vf = 60,3m³ CMB desligado CMB ligado Não OK >60min T2 = 22,4 min 147 05h:00min – 06h:00min Volume útil = 850m³ 36,00 m³ 28,36 m³ 28,36 m³ 18,0 m³ 43,75m³ 177 m³ 425 m³ 425 m³ 806,24m³ 5:00 6:00 36,6min. 23,2min. CMB1 CMB2 T = 1 177 (28,36 – 36,0) T = 23,2min. T = 23,2 + 41,02 T = 64,22 1 T = 2 425 (28,36 - 18) T = 41,02min. T2 = 60 – 23,2 T 2 = 36,6min. x (28,36 − 18) x = 381,24m³. 36,8 = V = 425 + 381,24 V = 806,24 CMB desligado CMB ligado 2 148 06h:00min – 07h:00min Volume útil = 850m³ 18,0 m³ 30,48 m³ 36 m³ 30,48 m³ 43,75 m³ 113,12 m³ 850 m³ 2+1 1+2 806,24m³ 425 m³ 6:00 7:00 56,5min. 3,50min CMB1 CMB2 43,75 (30,48 − 36) T1 = 3,50min. T1 = 850 T2 = (30,48 − 36) T2 = 153,98min. > 60min T2 = 60 − 3,5 T3 = 56,5min. x 56,5 = (30,48 − 36) x = −311,88m ³ Vf = 850m³ − 311,88 Vf = 538,12m ³ CMB desligado CMB ligado V = 538,12 − 425 V = 113,12 149 07h:00min – 08h:00min Volume útil = 850m³ 36,0 m³ 32,03 m³ 32,03 m³ 18 m³ 36,0 m³ 32,03 m³ 113,12m³ 18,42 m³ 425m³ 420,2 m³ 850 m³ 425m³ = 845 m³ 425 m³ 7:00 8:00 30,90min. 28,49min. 1,21min CMB1 CMB2 113,12 (32,03 − 36) T1 = −28,49min. 425 T2 = (32,03 − 18) T2 = 30,29min T1 = T3 = 1,21 x (32,03 − 36) x = −4,80m ³ 1,21 = CMB desligado CMB ligado T = 28,49 + 30,29 = 58,78 150 08h:00min – 09h:00min Volume útil = 850m³ 36,0 m³ 33,73m³ 420,2m³ 284m³ 425m³ 425m³ 8:00 9:00 60min. CMB1 CMB2 420,2 (33,73 − 36) T1 = 185,11min. > 60min T1 = T1 = 60min 60 = X = −136,2m ³ Vf = 420,2 − 136,2 CMB desligado Vf = 284m ³ CMB ligado X (33,73 − 36) 151 09h:00min – 10h:00min Volume útil = 850m³ 36,0 m³ 34,58 m³ 484 m³ 198,8 m³ 425 m³ 425 m³ 9:00 60min. 10:00 0 CMB1 CMB2 284 (34,58 − 36) T1 = −200min. > 60min T1 = T1 = 60min 60 = x = −85,2m ³ Vf = 284 − 85,2 Vf = 198,8m ³ CMB desligado CMB ligado x (34,58 − 36) 152 10h:00min –11h:00min Volume útil = 850m³ 36,0 m³ 34,88 m³ 198,8m³ 131,6 m³ 425 m³ 425 m³ 10:00 11:00 60min. CMB1 CMB2 198,8 (34,88 − 36) T1 = −117,5min. > 60min T1 = T1 = 60min Vf = 198,8 − 67,2 Vf = 131,6m ³ CMB desligado CMB ligado x (34,88 − 36) x = −67,2m ³ 60 = 153 11h:00min –12h:00min Volume útil = 850m³ 36,0 m³ 35,16 m³ 131,6 m³ 81,12 m³ 425m³ 425 m³ 11:00 12:00 60min CMB1 CMB2 131,6 (35,6 − 36,00) T1 = 156,6min. > 60min.ñok T1 = CMB desligado CMB ligado T1 = 60min. x (35,16 − 36) x = −50,40m ³ 60 = 154 12h:00min – 13h:00min Volume útil = 850m³ 36 m³ 35,73 m³ 81,2m³ 63,2 m³ 425 m³ 425m³ 12:00 13:00 60min. CMB1 CMB2 81 (35,7 − 36) T1 = −270,6min. > 60min ñOK T1 = CMB desligado CMB ligado x (35,7 − 36) x = −18m ³ 60 = 155 13h:00min – 14h:00min Volume útil = 850m³ 35,43m³ 36 m³ 63,2 m³ 29 m³ 425 m³ 425 m³ 13:00 14:00 60min. CMB1 CMB2 63,2 (35,43 − 0) T1 = 110,87min. > 60min. T1 = T1 = 60min x (35,43 − 36) x = −34,2m ³ 60 = CMB desligado CMB ligado Vf = 63,2 − 34,2 Vf = 29m ³ 156 14h:00min – 15h:00min Volume útil = 850m³ 36 m³ 35,16 m³ 18 m³ 35,16 m³ 35,16 m³ 18 m³ 35,16 m³ 29m³ 36 m³ 18,0 m³ 425m³ 424,4 m³ 425m³ 425 m³ 850m³ 283,00 m³ 425m³ 14:00 15:00 34,52 min. 24,76min. 0,72min . CMB1 CMB2 29 (35,16 − 36) T1 = 34,52min. T1 = 425 T2 = (35,16 − 18) T2 = 24,76min. T3 = 0,72 x 35,16 − 36 x = −0,60m ³ 0,72 = CMB desligado CMB ligado Vf = 425 − 0,60 Vf = 424,4m ³ T = 34,52 = 24,76 T = 59,28 157 15h:00min – 16h:00min Volume útil = 850m³ 34,31 m³ 36,0 m³ 424,4m³ 323 m³ 425 m³ 425m³ 15:00 16:00 60min. CMB1 CMB2 424,4 (34,31 − 36,00) T1 = −251,12min. > 60min ñOK T1 = T1 = 60min. Vf = 424,4 − 101,4 Vf = 323m ³ CMB desligado CMB ligado x (34,31 − 36,00) x = −101,4m ³ 60 = 158 16h:00min – 17h:00min Volume útil = 850m³ 36 m³ 32,88 m³ 323m³ 135 m³ 425 m³ 425m³ 16:00 17:00 60min. CMB1 CMB2 323 (32,88 − 36) T1 = −103,52 > 60min ñOK T1 = T1 = 60min Vf = 323 − 187,2 Vf = −135,8m ³ CMB desligado CMB ligado x (32,88 − 36) x = −187,2m ³ 60 = 159 17h:00min – 18h:00min Volume útil = 850m³ 31,75 m³ 36 m³ 18,0 m³ 31,75 m³ 39,32 m³ 135,8 m³ 18,42m³ 18,0 m³ 385,32 m³ 425 m³ 425 m³ 425 m³ 17:00 18:00 31,05min. 28,05min. CMB1 CMB2 135,8 (31,75 − 36,00) T1 = 31,95min. T1 = 425 (31,75 − 18) T2 = 30,9min. T2 = T2 = 60 − 31,95min T2 = 28,05min. x (31,75 − 18) x = 385,68m ³ 28,05min. = CMB desligado CMB ligado Vf = 425 + 38,68 Vf = 810,68m ³ T = 31,95 + 30,9 T = 62,85 > 60min ñOK 160 18h:00min – 19h:00min Volume útil = 850m³ 18,0 m³ 30,05 m³ 39,32 m³ 30,05 m³ 36 m³ 850 m³ 87,39 m³ 425 m³ 425 m³ 810,68 m³ 425 m³ 18:00 19:00 3,26 min. 56,74min. CMB1 CMB2 39,32 (30,05 − 18) T1 = 3,26min. T1 = 425 (30,05 − 36) T2 = 71 − 42 > 60min. T2 = Vf = 425 − 337,60 Vf = 87,39 CMB desligado CMB ligado T2 = 60 − 3,26 x (30,05 − 36) x = −337,60m ³ T2 = 56,74 = 161 19h:00min – 20h:00min Volume útil = 850m³ 18,0 m³ 26,94 m³ 36,94 m³ 18 m³ 26,94 m³ 11 m³ 87,39m ³ 399.36 m³ 850 m³ 425 m³ 425 m³ 425 m³ 19:00 20:00 9,64 min. 47,53min. 2,83 min. CMB1 CMB2 87,39 (26,94 − 36,0) T1 = 9,64min. T1 = 425 (26,94 − 18) T2 = 47,53min. T2 = T = 57,17OK T3 = 60 − 9,64 − 47,53 Vf = 425 − 25,63 T3 = 2,83 Vf = 399,36 x 2,88 = 25,63m ³ x = 25,63m ³ CMB desligado CMB ligado 162 20h:00min – 21h:00min Volume útil = 850m³ 36 m³ 26,65 m³ 26,65 m³ 18 m³ 18,0 m³ 275,44 m³ 399,36 m³ 149,5 m³ 425 m³ 425 m³ 425 m³ 20:00 126,12 m³ = 156,87 m³ 21:00 17,29min. 42,71min. CMB1 CMB2 399,36 (26,65 − 36) T1 = 42,71min. T1 = 425 (26,65 − 18) T2 = 49,13min. T2 = T = 42,71 + 49,13 = 91,84 > 60ñOK T2 = 60min− 42,71 = 17,29min Vf = 425 − 149,55 x (26,65 − 18) x = 149,55m ³ Vf = 574,55 17,29 = CMB desligado CMB ligado 163 21h:00min – 22h:00min Volume útil = 850m³ 24,67 36 m³ 24,67 m³ 18,0 m³ 18,0 m³ 275,45 m³ 213,02 m³ 850 m³ 18,42m³ 425 m³ 574,55m³ 21:00 22:00 18,71 min. 41,29 min. CMB1 CMB2 275,45 T1 = (24,67 − 18) T1 = 41,29min. 425 (24,67 − 36) T2 = 37,51min. Vf = 850 − 211,98 CMB desligado T = 41,29 + 37,51 = 78,80 > 60min Vf = 638,02 CMB ligado T2 = 60min− 41,29 = 18,71min Vf = 425 x (24,67 − 36) x = −211,98m ³ Vf = 213,02 T2 = 18,71 = 164 22h:00min – 23h:00min Volume útil = 850m³ 36 m³ 18,42 m³ 24,39 m³ 18 m³ 158,80 m³ 231,02m³ 425 m³ 425m³ 691,20 m³ 22:00 23:00 18,34min. 41,66min. CMB1 CMB2 213,02 (24,39 − 360) T1 = 18,34min. 425 T2 = (24,39 − 18) T2 = 66,51min. T1 = T = 18,34 + 66,51 T = 84,85 > 60min x (24,39 − 18,0) x = 266,20m ³ 41,66 = CMB desligado CMB ligado Vf = 425 − 266,20 Vf = 691,20m³ Vf = 158,80m³ 165 23h:00min – 24h:00min Volume útil = 850m³ 22,97 m³ 18,0 m³ 18,0 m³ 22,97 m³ 59,51 m³ 158,80m³ 850 m³ 425 m³ 691,20m³ 23:00 24:00 31,95 min 28,05 CMB1 CMB2 158,80 T1 = (22,97 − 18) T1 = 31,95min. 425 (22,97 − 36) T2 = 32,61min. T2 = T = 31,95 + 32,61 T = 64,56min > 60min T2 = 60 − 31,95 T2 = 28,05 x 28,05 = (22,97 − 36) x = 365,49min Vf = 425 − 365,49 Vf = 59,51m³ CMB desligado CMB ligado 166 167 5.3 FASE 3 – COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS Com as simulações foi possível observar que o CMB1 da estação elevatória com poço de sucção com volume útil de 850 m³ teve menor tempo de funcionamento durante 24 horas de simulação, funcionando 2,2% menos que o CBM1 da EEE com volume útil do poço de sucção de 283 m³ e 1,5% menos que EEE com volume útil do poço de sucção de 567m³. (Figura 59) TEMPO DE FUNCIONAMENTO 24 22 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 CMB1 CMB2 VOLUME 1 (283M³) VOLUME 2 (567 M³) VOLUME 3 (850M³) CMB1 23,74 23,58 23,23 CMB2 14,38 14,37 14,68 Figura 59 - Tempo de funcionamento em (%) durante 24 horas de simulação. No horário de ponta, que no caso na Companhia de Energia do Estado do Pará a CELPA – Centrais Elétricas do Pará S/A, consiste no período compreendido das 19h00min às 21h00min, exceto aos sábados domingos e feriados definidos por Lei Federal a EEE com poço de sucção com volume útil de 850 m³ teve menor tempo de funcionamento, conforme mostrado na Figura 60. 167 168 TEMPO DE FUNCIONAMENTO EM HORÁRIO DE PONTA 3,5 3 2,5 2 1,5 CMB1 1 CMB2 0,5 0 VOLUME 1 (283M³) VOLUME 2 (567 M³) VOLUME 3 (850M³) CMB1 3 3,00 3,00 CMB2 1,39 1,29 1,23 Figura 60 - Tempo de funcionamento no horário de ponta. Nas três simulações o CMB 1 funcionam durante as três horas do horário de ponta, fato esse ocorrido devido ao horário de ponta compreendido pelos horários 19:00 as 21:00 coincidirem com o horário de pico do Hidrograma de vazão de esgoto, fazendo assim os conjuntos motor e bomba trabalharem com diferenças muitos pequenas. A EEE com volume de poço de sucção com volume 1 (283m³) teve o maior tempo de funcionamento do CMB2 (1,39 horas), enquanto que a EEE com Volume 3 teve o menor tempo de funcionamento do CMB2 em horário de ponta (1,23horas), perfazendo assim uma diferença 11,51% do menor para maior tempo de funcionamento do CMB2 no horário de ponta. O número de acionamento está relacionado com o desgaste dos CMB’s e com a interferência no sistema elétrico devido o aumento da corrente, podendo alterar o bom funcionamento de outros equipamentos ligados ao mesmo circuito. Analisando as simulações da estação elevatória em função ao número de acionamento, foi observado que o poço de sucção com volume útil de 850 m³ (TDH=30min) teve o total 10 partidas, no poço de sucção com volume útil de 567 m³ (TDH=20min) teve o total 14 partidas (44% maior do que o volume útil 850m³) que na estação elevatória de esgoto sanitário com volume útil de 283m³ (TDH=10min) 168 169 que teve 25 partidas (155% maior que no volume útil de 850m³), conforme observado na Tabela 17. Tabela 17 – Número de Partidas. N° DE PARTIDAS CMB1 CMB2 VOLUME 1 (283m³) 1 25 VOLUME 2 (567m³) 1 13 VOLUME 3 (850m³) 1 9 Vele ressaltar que, o tempo de ciclo é um parâmetro importante, pois durante a partida do motor da bomba, é gerada uma determinada quantidade de calor. Essa energia liberada em cada partida deverá dissipada, sendo que, um número excessivo de partidas poderá levar o motor a um superaquecimento. A dissipação dessa energia é feita através de um intervalo de tempo adequado entre partidas sucessivas do motor da bomba. O número de partida e o tempo de ciclo podem ser visualizados por meio da variação do nível do poço de sucção, sendo cada crista do gráfico corresponde a uma partida do motor do CMB2 e a distância entre dois picos mostram o tempo de ciclo do CMB2, conforme mostrado na Figura 61. 169 170 Volume de 283m³ Volume de 567m³ Volume de 850m³ Figura 61 – Comparação da variação de nível dos poços de sucção com volumes úteis de 283, 567 e 850 m³, respectivamente O tempo de ciclo da bomba varia de acordo com Hidrograma de vazão de esgoto, possuindo tempo máximo, médio e mínimo. (Tabela 18) 170 171 Tabela 18 - Tempo de cliclo máximo, médio e mínimo nas silmulações TEMPO DE CICLO SIMULAÇÃO MÁXIMO MÉDIO MÍNIMO VOLUME 1 (283m³) 03h28min 01h06min 00h26min VOLUME 2 (567m³) 06h00min 02h07min 00h49min VOLUME 3 (850m³) 07h00min 03h07min 01h26min Em relação ao custo de energia elétrica em horario de ponta as simulações nao tiveram variações significativas em relação ao volume útildo poço de sucção. O volume 850m³ teve custo de R$ 66,55 que foi menor ncusto em horarário de ponta, enquanto que o volume 283m³ teve maior custo de energia elétrica em horário de ponta que é de R$ 69,10, conforme mostrado na Figura 62. Figura 62 - Custo da energia elétrica em (R$) durante 24 horas de simulação. Em relação ao custo total com ennergia eletrica a simulacao com volume útil de 850m³ obteve tambem melhor desempenho, com custo diário de R$ 293, 92, enquanto que a simulação da estação elevatória de esgosto sanitário com volume de poço de sucção de 283m³ teve o pior custo diário de enegia elétrica de R$ 296,80, mostrando assim influencia direta com o custo de operação com o vlume de sucção, conforme mostrado na Tabela 19 e Erro! Fonte de referência não encontrada. . 171 172 Tabela 19 – Custo com energia elétrica em 24 horas de simulação CUSTO COM ENERGIA ELÉTRICA VOLUME 283m³ VOLUME 567m³ VOLUME 850m³ (R$) (R$) (R$) PONTA 69,10 67,64 66,55 FORA DE PONTA 227,7 227,17 227,37 TOTAL 296,80 294,81 293,92 Figura 63 – Custo de energia elétrica em (R$) durante 24 horas de simulação Apesar da Estação Elevatória de Esgoto com maior volume útil de poço de sucção (volume 850m³) apresentar melhor desempennho em relação ã estação elevatória com menor volume útil de poço de sucção (volume 283m³) a diferença entre os resultados é de apenas 3,83%. Em relação ao custo diário de energia elétrica nas estações elevatórias de esgoto funcionando conjuntos, motor e bomba, operando em paralelo com volume útil diferentes, tiveram influência no custo diário. O volume 850m³ teve melhor desempenho (R$ 293,92), e volume 567m³ teve custo 0,5% maior e o volume 283m³ teve o pior desempenho, com 1% maior. Na Tabela 20 é mostrada a despesa diária, mensal e anual com energia elétrica para volumes 1, 2 e 3. Tabela 20 – Despesa com Energia Elétrica das simulações 1, 2 e 3. 172 173 Despesa com energia elétrica (R$) Volume útil do poço de sucção (m³) Dia Mês Ano 283,6 296,80 8.904,00 106.848,00 567,1 294,81 8.844,30 106.131,60 850,7 293,92 8.817,62 105.811,38 Ainda na Tabela 20 é possível observar que a diferennça anual entre a estação elevatória que teve menor custo com energia eletrica anual (volume 850m³) e a maior com volume de 283m³ foi de apenas R$ 1.036,62. 173 174 6 CONCLUSÕES Esse trabalho buscou responder a pergunta: qual influencia do volume útil do poço de sucção na economia de energia elétrica? Para isso foram realizadas simulações com três EEE de esgoto com volumes úteis de poço de sucção de 283 m³, 567 m³ e 850 m³ calculados a partir do tempo de detenção hidráulica de 10, 20 e 30 minutos, respectivamente. Analisando os resultados foi possível constatar que durante 24 horas de simulação, o tempo de funcionamento variou apenas de 2,5%, do menor volume de poço de sucção (283m³) para o maior (850m³). No horário de ponta, compreendido entre as 19 às 21 horas, os conjuntos motor e bomba das EEE com poço de sucção de volume 850m³ funcionaram 11,51%, menos se comparado com o conjunto motor e bomba na EEE com o poço de sucção com o volume de 283m³. Em relação ao número de partida o poço de sucção com volume maior partiu 155% menos se comparado com o poço de sucção de menor volume útil. Vale ressaltar que, o número de partida é parâmetro importante, pois durante a partida do motor acoplado a bomba, é gerada uma determinada quantidade de calor. Essa energia liberada em cada partida deverá ser dissipada, sendo que, um número excessivo de partidas em curto intervalo de tempo poderá levar o motor a um superaquecimento. A estação elevatória com maior volume de poço de sucção (850m³) também obteve melhor resultado em relação ao custo diário com energia elétrica, tendo, porém economia de apenas 1% em relação a EEE com volume de 283m³. Fazendo uma projeção anual de operação, a estação elevatória com o maior volume economizaria apenas R$ 1.036, 62 em relação a estação elevatória com o volume útil maior. Assim, é possível afirmar que o investimento gasto para construção de um poço de sucção com maior volume útil, objetivando economizar energia elétrica em horário de ponta, não atende o principio da eficiência. Visto que, a diferença de custo construtivo é elevado em relação a economia de energia elétrica. Contudo, a 174 175 construção de poços de sucção pequenos pode ocasionar dano ao conjunto motor e bomba pelo freqüente acionamento e parada, esse problema pode ser solucionado com a utilização de equipamentos como soft- starter e inversores de freqüência. 175 176 7 REFERÊNCIAS ALEM SOBRINHO, P.; TSUTIYA, M. T. Coleta e transporte de esgoto sanitário. São Paulo: Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. 2000. ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Atlas de Energia Elétrica do Brasil2ª Edição, ANEEL, Brasília, Brasil. Disponível em <http://www.aneel.gov.br/imagens/icones_arquivos/ICONEzip.gif >, 2007. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12208 - Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário. Rio de Janeiro, 1992. AZEVEDO NETTO, J. M., ET al. - Manual de Hidráulica, Ed. Edgard Blucher Ltda, 8ª Edição, São Paulo, 1998. BARBOSA, Juliana Maria. Operação de bombas em sistemas de abastecimento de água. 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