Metodologia -
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ
CENTRO DE LETRAS E ARTES
ESCOLA DE BELAS ARTES
PPGAV- Poéticas Interdisciplinares
Período : 01/2012 Professora: Maria Luiza Fragoso
Metodologia
Ementa.
Iniciação metodológica para o trabalho científico no campo da pesquisa em arte: tipos de
conhecimento e de trabalhos artístico/científicos. Normas para o estudo e redação do texto
cientificamente organizado. Elementos que compõem o Projeto de Pesquisa em Arte.
Planejamento, etapas e desenvolvimento do Projeto de Pesquisa em Arte. Métodos e técnicas
para o trabalho acadêmico e científico. Tipos e instrumentos de pesquisa. O uso da biblioteca, a
documentação, o fichamento, as citações, as referências bibliográficas, as referências
iconográficas, o uso de imagens, etc. Elaboração de sumários, de metodologia de pesquisa e do
cronograma para o trabalho de conclusão de curso.
Objetivos.
Fornecer diretrizes lógicas, metodológicas e técnicas para a realização do projeto de pesquisa no
campo das artes; para a produção de adequados hábitos de estudos, de leitura, de análise e
redação de textos acadêmicos; para a utilização de instrumentos de trabalho e de pesquisa
científica, bem como para a sistematização do conhecimento quando da elaboração do trabalho
de dissertação e tese, segundo as normas da ABNT. Acompanhar, motivar e assessorar os alunos
no desenvolvimento do projeto de pesquisa; orientar quanto à estrutura, documentação, citações e
referências bibliográficas, bem como, quanto à organização formal do trabalho.
Conteúdo Programático:
1.
Fundamentos do pensamento científico moderno e contemporâneo.
Biblio:
Marilena Chauí. Convite à filosofia. – Unidade 7 – As ciências. Capítulos 1 a 5.
DEMO, Pedro. Conhecimento moderno: sobre ética e intervenção do conhecimento. –
Petrópolis, RJ : Vozes, 1997.
Atividades: Fichamentos - seminários.
2. Como se faz uma tese.
Bilbio:
ECO, Umberto. Como se faz uma tese.
SOUZA SANTOS, Boaventura de. Introdução a uma ciência pós-moderna. – Rio de Janeiro :
Graal, 1989.
DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. O Que é a Filosofia? São Paulo: Editora 34, 1992.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 22a. ed. São Paulo. Cortez,
2002.
MORENO E SOUZA, Patrícia da Silva. Guia para apresentação de trabalhos acadêmicos:
1
diretrizes para normalização dos acadêmicos da FACCAT . Tupã, 2008.
SILVA, Edna Lúcia de, e MENEZES, Estera M.. Metodologia da Pesquisa e Elaboração da
Dissertação. 3. ed. rev. Atual. – Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC,
2001.
Atividades: Fichamentos – seminários – estudos de caso.
3.
A natureza da pesquisa artístico/científica.
3.1 Atelier/Laboratório.
3.2 Inter e Transdisciplinaridade.
3.3 Documentação – registro - obra.
Biblio:
FOUCAULT, Michel. Isto não é um cachimbo.
MEDEIROS, Maria Beatriz de. (Org.). Arte em pesquisa: especificidades. – Brasília : Editora
do Programa de Pós-Graduação em Arte/Universidade de Brasília.
BRITES, Blanca e TESSLER, Elida (Orgs.). O meio como ponto zero: metodologia da
pesquisa em artes plásticas. – Porto Alegre : Ed. Universidade/UFRGS, 2002.- (Coleção
Visualidades;
ZAMBONI, Silvio. A pesquisa em arte: um paralelo entre arte e ciência. – Campinas, SP :
Autores Associados, 1998. – (Coleção Polêmicas do nosso tempo ; 59)
Atividades: Fichamentos – seminários – estudos de caso.
Introdução.
Se o fazer uma tese é uma imposição, norma ou lei, a tese é, paradoxalmente, uma atividade
lúdica que apanha diversas perspectivas em contraponto, exacerba dinamicamente os contrastes
e nos faz descobrir nova maneira de ler ou de ver o já visto ou lido.
A tese é, em primeira mão, uma descoberta de arquitetura reflexiva presente em toda
investigação; logo, a ciência como atividade transforma-se na faina artística que inventa para
revelar as dimensões invisíveis, incógnitas, submersas, recônditas, múltiplas, sensíveis,
complexas. Ciência e arte dialogando concretamente no dia a dia de cada página que se volta nos
fichamentos bibliográficos, em todo conhecimento compilado na tradução de uma hipótese, na
ousadia de uma montagem metodológica, na humildade de quem desconfia do que descobriu, na
segurança de poder ir além: descoberta como invenção, resposta contida na pergunta e,
sobretudo, o prazer do jogo. A tese tem algo a ver com a invenção. Uma receita às avessas: a
descoberta. – Lucrécia D’Aléssio Ferrara – Como se faz uma tese – Apresentação à edição
brasileira.
-------------------------------------------------(...) as pesquisas e seus resultados são também atos sociais (...) especialmente se acreditar que o
que tem a dizer é algo bastante importante para levar os leitores a mudar de vida, modificando o
modo de pensar.(...) Seu projeto lhe dará a oportunidade de participar das mais antigas e
respeitadas discussões da humanidade, conduzidas por Aristóteles, Marie Curie, Albert Einstein,
Margaret Mead, Santo Agostinho, os estudiosos do Talmude, todos aqueles, enfim, que,
contribuindo para o conhecimento humano, livraram-nos da ignorância e do erro. Eles e inúmeros
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outros estiveram um dia no ponto em que você está agora, Nosso mundo, hoje, é diferente por
causa das pesquisas deles. Não é exagero afirmar que, se bem feita, a sua mudará o mundo de
amanhã. – Wayne C. Booth, Gregory G, Colomb, Joseph M. Williams. – A arte da pesquisa.
BIBLIOGRAFIA:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – Trabalhos acadêmicos - Apresentação NBR 14724. Rio de Janeiro. Agos/ 2002
BRITES, Blanca e TESSLER, Elida (Orgs.). O meio como ponto zero: metodologia da pesquisa em
artes plásticas. – Porto Alegre : Ed. Universidade/UFRGS, 2002.- (Coleção Visualidades; 4)
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 12ª. Edição. São Paulo : Editora Ática, 2000.
DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. O Que é a Filosofia? São Paulo: Editora 34, 1992.
DEMO, Pedro. Conhecimento moderno: sobre ética e intervenção do conhecimento. – Petrópolis, RJ
: Vozes, 1997.
DESCARTES, René. Discurso do método; tradução Fernando Melro. – Mira Sintra – Mem Martins,
Portugal : Publicações Europa-América, 1977.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese; tradução Gilson Cesar Cardoso de Souza. 21ª. Edição. –
São Paulo : Perspectiva, 2007. – (Estudos; 85)
FOUCAULT, Michel. Isto não é um cachimbo .
MEDEIROS, Maria Beatriz de. (Org.). Arte em pesquisa: especificidades. – Brasília : Editora do
Programa de Pós-Graduação em Arte/Universidade de Brasília.
______________. Aisthesis: estética, educação e comunidades.Chapecó: Editora Argos, 2007.
MORENO E SOUZA, Patrícia da Silva. Guia para apresentação de trabalhos acadêmicos: diretrizes
para normalização dos acadêmicos da FACCAT . Tupã, 2008.
SILVA, Edna Lúcia de, e MENEZES, Estera M.. Metodologia da Pesquisa e Elaboração da
Dissertação. 3. ed. rev. Atual. – Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, 2001.
SOUZA SANTOS, Boaventura de. Introdução a uma ciência pós-moderna. – Rio de Janeiro : Graal,
1989.
___________. Um Discurso sobre as Ciências.Edições Afrontamento;
Porto; 1988.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 22a. ed. São Paulo. Cortez,
2002.
ZAMBONI, Silvio. A pesquisa em arte: um paralelo entre arte e ciência. – Campinas, SP : Autores
Associados, 1998. – (Coleção Polêmicas do nosso tempo ; 59)
Leituras complementares.
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico: Elaboração de
trabalho na
graduação. 5a. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
BAUER, Martin W. e Gaskell. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático;
tradução Pedrinho A. Guareschi. – 6ª. Ed. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2007.
BOOTH, Wayne C. et al. (Orgs.). A arte da pesquisa; tradução Henrique A. Rego Monteiro. – 2ª. Ed.
– São Paulo : Martins Fontes, 2005. – (Ferramentas)
CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação: a ciência, a sociedade e a cultura emergente; tradução Álvaro
3
Cabral. – São Paulo : Editora Cultrix, 1993.
CYRANKA, Lúcia Furtado de Mendonça; SOUSA, Vânia Pinheiro de. Orientações para normalização
de trabalhos acadêmicos. 6a ed. Juiz de Fora: Editora UFJF. 2000.
DAMÁSIO, António. O Erro
de Descartes.
Lisboa: Publicações Europa-América, 1997.
FRANÇA, Júnia Lessa et al. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. 5a ed.
Belo Horizonte. Ed. UFMG 2001.
GAARDNER, Jostein. O mundo de Sofia: romance da história da filosofia; tradução João Azenha Jr..
– São Paulo : Companhia das Letras, 1995.
KUHN, Thomas S.. A estrutura das revoluções científicas; tradução Beatriz Vianna Boeira e Nelson
Boeira.- 3ª. Ed. – São Paulo : Editora Perspectiva, 1994. (Debates ; 115)
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Metodologia Científica. 3a ed. São Paulo: Atlas, 2000.
LAVILLE, Christian e DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa
em ciências humanas; tradução Heloísa Monteiro e Francisco Settineri. – Porto Alegre : Artmed ;
Belo Horizonte : Editora UFMG, 1999.
PARRA FILHO, Domingos. Metodologia científica. São Paulo: Futura, 3a reimpressão, 4a ed. abril
de 2001.
PLAZA, Julio e TAVARES, Monica. Processos criativos com os meios eletrônicos: poéticas digitais. –
São Paulo : Editora Hucitec, 1998.
RUDIO, Franz Vitor. Introdução ao Projeto de Pesquisa, 29 ed. Petrópolis: Vozes, 2001
RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 4a ed. São Paulo: Atlas,
1996.
SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. 10 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Um discurso sobre as ciências. 12ª. Ed. – Porto, Portugal : Edições
Afrontamento, 2001. (Colecção ; Histórias e Ideias / 1)
METODOLOGIA DE ENSINO:
Aulas teóricas expositivas com discussões em grupo sobre a bibliografia indicada. Aplicação de
avaliações progressivas por meio de seminários e discussões em grupo, avaliação final ao término
do semestre com produção de monografia abordando os processos metodológicos das pesquisas
individuais.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
O processo de avaliação é contínuo, durante o qual o aluno é observado quanto a sua disciplina,
assiduidade, criatividade. Serão realizadas aulas teóricas, baseadas em leituras pré-determinadas
no cronograma de aula, quando os alunos serão avaliados por sua participação nas discussões e
compreensão do conteúdo. Serão realizados seminários ao longo do semestre e cobrada uma
monografia no final. Freqüência mínima de 75% uo no máximo 4 faltas.
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