Ano XIV - nº 141 - Novembro.2013
>> Igreja Matriz
>> Demonstrativo Financeiro - Outubro 2013
RECEITAS
Nossa Senhora das Mercês
Horários e atendimentos
ENDEREÇO
da Paróquia e Convento
Av. Manoel Ribas, 966
80810-000 Curitiba-PR
Tel. Paróquia: (041) 3335.5752 (sec.)
Tel. Convento: (041) 3335.1606 (freis)
Tel. Catequese: (041) 3336.3982
Dízimo Paroquial ....................................................................... R$
73.347,00
Ofertas ....................................................................................... R$
12.347,00
Espórtulas/Batizados/Casamentos ........................................... R$
2.400,00
Total ........................................................................................... R$
88.094,00
Dizimistas cadastrados .................................................................................. 1212
Dizimistas que contribuíram ........................................................................... 875
Novos Dizimistas ............................................................................................... 08
DESPESAS
DIMENSÃO RELIGIOSA
EXPEDIENTE DA SECRETARIA PAROQUIAL:
De segunda a sexta-feira
Sábado
Das 8h às 12h e das 13h às 18h
das 9h às 12h
HORÁRIO DE MISSAS:
MISSAS
Segunda-feira:
Terça, quarta e quinta-feira:
Sexta-feira:
Sábado:
Domingo:
HORÁRIO
6h30
6h30 e 19h
6h30, 15h e 19h
6h30, 17h e 19h
6h30, 7h30, 9h, 10h30,
12h, 17h e 19h
ENTREAJUDA
Quinta-feira
9h, 15h e 20h
Salários/encargos sociais e férias ............................................. R$
16.075,00
Côngruas .................................................................................... R$
5.424,00
Casa Paroquial (Auxilio Alimentação - IPAS) ............................ R$
3.034,00
Desp.cultos /ornamentação/homenagens ............................... R$
1.989,90
Luz/água/telefone .................................................................... R$
2.621,90
Bancos da Igreja ......................................................................... R$
13.300,00
Conserv. dos imóveis/ Pinturas/Invest .................................... R$
10.366,80
Rouparia / Copa/Costura/ Gás/ Alimentação ........................... R$
1.025,50
Despesas com correios (dizimo) ............................................... R$
415,80
Serviços de contabilidade ......................................................... R$
96,00
Serviços de alarme/ Segurança ................................................. R$
745,76
Manut. de Veículos/Combustíveis/ Seguros ............................ R$
466,36
Material de limpeza .................................................................. R$
1.726,15
Material de expediente/Xerox/Gráficas .................................. R$
2.724,55
NOVENA PERPÉTUA DE NOSSA SENHORA DAS MERCÊS
Revistas/Internet/ Web TV/"O Capuchinho" ............................ R$
1.895,95
Sexta-feira
Plano de Saúde de Func. / farmácia .......................................... R$
1.470,82
Vales transportes,/Alimentação e fretes.................................. R$
3.371,00
Total ..................................................................................... R$
66.749,49
8h30 e 19h
ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
Sexta-feira
Benção com o Santíssimo
das 9h às 19h
às 18h30
BÊNÇÃOS
De segunda a sexta-feira:
Sábado:
das 8h às 11h30 e das 14h às 17h50
das 10h às 12h e das 14h às 17h
Telefone para agendar bênçãos: 41 3335.1606
DIMENSÃO MISSIONÁRIA
Taxa para Arquidiocese Ref. 09/13 ............................................ R$
8.411,40
Taxa para a Província freis Capuchinhos ................................... R$
8.985,68
Mat.Pastoral/Catequético/Cursos / Seminário ........................ R$
1.596,63
Total ..................................................................................... R$
18.993,71
DIMENSÃO SOCIAL
ANIVERSARIANTES
Nossa Paróquia felicita os aniversariantes do mês de novembro, oferecendo a todos a prece comunitária e as intenções na Santa Missa.
Saúde, paz, prosperidade e que nunca falte o amor a Jesus Cristo e Nossa Senhora em suas famílias.
>> Expediente do Boletim
Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz (CIC) ............................ R$
4.000,00
Total ..................................................................................... R$
4.000,00
TOTAL GERAL ....................................................................... R$
89.743,20
>> Ação Social da Paróquia N. Sra. das Mercês
Graças à generosidade dos paroquianos, dizimistas e benfeitores, arrecadamos no
mês de outubro/13, os donativos abaixo discriminados:
DEMONSTRATIVO DAS DOAÇÕES: OUTUBRO/2013
O CAPUCHINHO
Pároco: Frei Pedro Cesário Palma
Vigários Paroquiais: Frei Benedito Félix da Rocha e Frei João Daniel Lovato
Freis do Convento: Frei Moacir Antonio Nasato, Frei Juarez De Bona,
Frei Hélio de Andrade e Frei Luiz Roberto Portella
Jornalista responsável: Luiz Witiuk – DRT nº 2859
Coordenação: Izilda de Figueiredo
Capa: Mayra Armentano Silvério
Diagramação e Arte: Editora Exceuni - (41) 3657-2864 / 3657-4542
Impressão: Press Alternativa - (41) 3047-4511
Tiragem: 5.000 exemplares
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Boletim Informativo da
Paróquia Nossa Senhora das Mercês
Destinatário
Peças de
Roupas
Pares de
Calçados
Diversos
Total
Alimentos
Kg
406 KG
N. Sra. da Luz (Vila)
1563
277
391
2231
Almirante Tamandaré
1194
138
253
1585
350KG
Vila Verde
1200
109
311
1620
230 KG
Setor Mercês
0060
001
001
062
406 KG
TOTAL
4017
525
956
5498
1.392KG
À Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz (CIC), doamos em dinheiro: R$ 4.000,00
para a promoção humana. Agradecemos a você, pela sua generosa doação.
Frei Pedro Cesário Palma - Pároco
novembro.2013
>> Mensagem do Pároco
O mês de novembro nos convida à meditação e ao silêncio
interior para contemplarmos o mistério da vida e da morte. Três
fatos nos levam a esta atitude de maior recolhimento no mês de
novembro: a celebração de todos os santos, o dia de finados e o
encerramento do ano litúrgico.
O Papa Francisco, em sua mensagem do Ângelus do dia de
todos os Santos deste ano, recorda-nos que os Santos foram
pessoas que conheceram o amor de Deus, seguiram a Jesus Cristo de todo o coração, sem condições nem hipocrisias e consumaram a sua vida ao serviço dos outros. O papa considerou, ainda,
que ser santo não é um privilégio de poucos, mas uma vocação
para todos.
Isso nos leva à reflexão neste mês de novembro, para avali-
armos como estamos vivendo nossa vocação à santidade.
O dia de finados nos convida à celebração da vida eterna das
pessoas queridas que já faleceram. É o Dia do Amor, porque amar
é sentir que o outro não morrerá nunca. É celebrar essa vida eterna, pois a vida cristã é viver em comunhão íntima com Deus, agora
e para sempre. É também tempo de meditarmos na vida e na
morte. Essas não são duas realidades que se excluem, mas uma
está contida na outra. Mas a vida é mais forte, e vence. Como
dizia São Francisco de Assis: "É morrendo que se vive para a vida
eterna".
Por fim, o mês de novembro nos possibilita uma reflexão sobre "o fim", quando concluímos o ano litúrgico. Isso nos faz pesar
que tudo nesta vida tem "um fim". Porém não se trata de um fim
destruição, mas plenitude. Tudo caminha para uma finalidade.
Também nossa vida terá seu fim aqui neste mundo, para vivermos eternamente com Deus, no céu.
Contudo, novembro não é um mês triste. É um mês alegre,
porque anima nossa esperança de futuro, quando todos seremos melhores e mais santos; traz-nos a lembrança saudosa
de pessoas queridas que partiram, mas que estão em comunhão
com Deus e em comunhão conosco; lembra-nos o fim de todas as
coisas, como realização plena de tudo.
Um grande abraço e que Deus o(a) abençoe!
Frei Pedro Cesário Palma,
OFMCap.
Deus quer nos visitar,
abramos as portas.......
Ao se aproximar o tempo
feliz do Natal, reencontramos
os caminhos da fraternidade,
da bondade e da paz. Jesus
nasce nos presépios e em nossos corações. Queremos que
Ele nos traga a paz verdadeira
e duradoura e nos ajude a vencer a maldade, a tristeza e a
morte. É tempo da Novena de
Natal em família. Ler juntos a
Palavra de Deus, produzir gestos de amor e gratidão a Deus
e aos irmãos, é forma mais
concreta de experimentar a
novembro.2013
alegria do Natal. Saber que
Jesus vai nascer, é uma coisa,
experimentar a sua presença e
o seu amor, é outra. E nós experimentamos de fato o seu
amor, quando abrimos as portas do coração e de nossas casas, quando partilhamos a fé,
a amizade e a vida. Isso acontece nos pequenos grupos de
famílias que preparam o Natal,
e aqui vai o nosso desafio: convide o seu grupo para permanecer
unido, durante todo o ano.
Dom João Bosco Barbosa de Souza
Presidente do Regional Sul 2 da CNBB
Boletim Informativo da
Paróquia Nossa Senhora das Mercês
3
Santa Cecília, padroeira dos músicos
Dia 22 de novembro, dia do músico e da música queremos agradecer e
homenagear os músicos que prestam
este serviço voluntário à Liturgia, sobretudo nas missas. Esta homenagem
se estende a todos os músicos, mas
especialmente aos que atuam na Igreja das Mercês. Sabemos ser um trabalho que exige primeiramente o dom
da música e depois a disponibilidade
em prestar este serviço, cuja finalidade é enfatizar o que se está celebrando e ajudar a assembleia a rezar melhor.
Agora, apresentemos brevemente
Santa Cecília. Ela é padroeira dos músicos e da música sacra, pois cantou a
Deus quando estava morrendo. Normalmente é apresentada tocando órgão ou outros instrumentos musicais.
Não se têm muitas informações sobre
a sua vida. É provável que tenha sido
martirizada entre 176 e 180, sob o império de Marco Aurélio. Escavações
arqueológicas não deixam dúvidas
sobre sua existência, mas sua história
só foi registrada no século V, na narrativa Paixão de Santa Cecília. Santa Ce-
cília é a santa da Igreja Católica que
mais tem basílicas em Roma e uma das
santas mais veneradas da Idade Média.
Cecília ia diaramente participar da
missa celebrada pelo papa Urbano nas
catacumbas da via Ápia, aguardada por
uma multidão de pobres que conhe-
ciam a sua generosidade. Noiva de Valeriano, no dia das núpcias, “enquanto o órgão tocava ela cantava em seu
coração somente para o Senhor” (deste trecho de sua paixão originou-se a
informação que Cecília é a protetora
da música sacra). Depois, quando chegou a noite, a jovem disse a Valeriano: “Nenhuma mão humana pode tocar-me, pois sou protegida por um
anjo. Se você me respeitar, ele amarará você como ele me ama”.
O esposo decepcionado, não teve
alternativa: seguiu o conselho de Cecília. Fez-se instruir e batizar pelo papa
Urbano e depois participou do mesmo ideal de pureza da esposa, recebendo em recompensa a mesma sorte gloriosa: a palma do martírio, ao
qual, pela graça de Deus, foi associado também Tibúrcio, o irmão de Valeriano. Apesar desta narrativa parecer
fruto de piedosa fantasia, historicamente é certo que os mártires Valeriano e Tibúrcio estão sepultados nas
catacumbas de Prestato.
No Ofício das Leituras do dia de
Santa Cecília Santo Agostinho faz um
profundo comentário sobre os Salmos
enunciando: Cantai a Deus com arte e
com júbilo e explica o que significa
‘Cantar a Deus um cântico novo’.
Segue a antífona das Laudes: ‘Bem
cedo, ao romper da aurora, Cecília falou em voz alta: Ó soldados de Cristo
Jesus, despojai-vos das obras das trevas e revisti-vos das armas da luz!’
No dia da música e do músico, externamos novamente os parabéns a
todos os músicos, mas sobretudo
àqueles que colaboram voluntariamente nas celebrações litúrgicas da
nossa Igreja das Mercês.
Fr.. Juarez De Bona,
Fr
capuchinho e também músico
Dia de Finados
“Somos cidadãos do céu, de onde esperamos receber o Senhor Jesus Cristo,
que transformará nosso corpo humilde na forma do seu corpo glorioso....” (Fl 3,20-21)
A instituição de um dia especial no
ano para lembrar aqueles que nos
precederam na eternidade, chamado
também de dia de finados, deve-se a
uma iniciativa tomada pelos monges
beneditinos em 998. O abade Odilon,
superior do mosteiro de Cluny na
França, deu ordem para que em todos
os conventos pertencentes a esta Ordem celebrassem um ofício pelos defuntos na tarde do dia 1° de novembro. Esse costume foi adotado pela
autoridade da Igreja, de tal modo, que
aos poucos, se tornou universal a dedicação do dia 2 de novembro à memória dos irmãos já falecidos.
O apóstolo São Paulo nos diz, em
sua carta “irmãos não queremos que
ignoreis o que se refere aos mortos,
para não ficardes tristes como os outros que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou,
cremos também que Deus levará com
Jesus os que nele morrerem” (1 Ts
4,13-14). Esta exortação de Paulo é
dirigida também a cada um de nós. O
dia dos finados não é dia de tristeza
ou lamento, mas é dia de saudosa recordação, confortada pela fé, que nos
garante que nosso relacionamento
com aqueles que partiram desta vida
terrena não foi interrompido pela
morte, mas é sempre vivo e atuante
pela oração de sufrágio.
É verdade que o fato da morte nos
entristece. Isto porque, não fomos
feitos para a morte e sim para a vida
4
eterna. Cristo nos consola com a certeza da felicidade sem fim, trouxe para
nós a esperança da ressurreição. Sabemos porém, que a morte do cristão, como a de Cristo, será seguida
pela ressurreição. Para os vossos filhos e filhas Senhor, a vida não é tirada mas transformada e desfeita esta
morada terrena, firma-se uma habitação eterna no céu. Possamos nós
merecer um dia ouvir também as palavras confortadoras de Jesus: “Vinde
benditos de meu Pai, possuir o Reino
que vos está preparado desde a criação do mundo” (Mt 25,34)
Boletim Informativo da
Paróquia Nossa Senhora das Mercês
Lembro aqui o Seráfico Pai, Francisco que em 1226, já debilitado e fraco ainda encontra forças para exortar
os que se dirigem a ele. E aos confrades diz: “Meus irmãos, comecemos
tudo de novo porque até agora pouco
ou nada fizemos” (1 Cel 103). Percebendo que mais nada lhe restava Francisco exclama: “Bem vinda irmã minha,
a morte!” E convida aos irmãos Angelo e Leão para cantarem o Cântico do
Irmão Sol, ao qual Francisco acrescenta a última estrofe em louvor a Deus
“por nossa irmã a Morte corporal, da
qual homem algum pode escapar”.
Aproximando-se o momento final,
Francisco deseja ser levado para a capela de Nossa Senhora dos Anjos, na
Porciúncula. Lá, num gesto de abnegação, identificando-se com o Cristo
crucificado, pede que o deixem nu
sobre a terra e diz aos frades: “Filhos
todos, adeus no temor do Senhor. Permanecei sempre Nele. A tentação e a
tribulação estão para chegar. Felizes
os que perseverarem no que começaram. Eu vou para Deus, a cuja graça recomendo-vos todos” (2 Cel 216).
Portanto, Cristo é a raiz da esperança estaremos sempre com o Senhor. Jesus é a razão última do nosso
viver, morrer e esperar como cristão.
Esse é o itinerário que o discípulo deve
percorrer. Pois “ser testemunha de
Cristo é ser testemunha da sua ressurreição (At 1,22)... A esperança cristã na ressurreição está toda marcada
pelos encontros com o Cristo ressuscitado. Ressuscitaremos com Ele,
como Ele, por Ele” (Catecismo Católico n° 995).
A celebração de hoje poderia ser
chamada muito bem de liturgia da esperança. Pois, como “o último inimigo a ser destruído é a morte” (1Cor
15,26), a vitória sobre a morte é o parâmetro da esperança do cristão. Ao
lembrarmos nossos mortos, não apenas nos recordamos deles, mas refazemos dentro de nós a fé na vida eterna. Com o dia de finados, quando sobem aos céus as preces dos corações
que amam, possa recordar a incerteza
da hora da morte. Não sabemos nem
o dia nem a hora. Acima de tudo, que
esta data cristã confirme a certeza da
Ressurreição. A morte é apenas uma
passagem para a vida definitiva. O céu
é o lugar de quem vive na fé.
Frei Luiz Roberto Portella
novembro.2013
“Vi uma multidão imensa…”
“Vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar.
Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro; trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão”(Ap 7,9).
No dia 1º. de novembro lembramos aqueles
que morreram bem e alcançaram a salvação e
já estão no céu pelos méritos da Paixão de Cristo e agora vivem com ele: OS SANTOS, que são
“uma multidão imensa”.
Nós católicos lembramos dos que morreram e
temos certeza que são santos e estão no céu,
mas também aqueles dos quais não temos certeza (no dia dos finados), com esperança lembramos de todos, sem exceção, os anônimos e
desconhecidos. Não excluímos ninguém de nossas preces. Sabemos que os que são salvos, o
são pela misericórdia de Deus, pois ele não quer
a desgraça de ninguém, por isso nossa prece é
uma prece esperançosa.
QUEM SÃO OS SANTOS?
São aqueles que alcançaram a santidade não
pelo seu esforço, pois a santidade não é fruto do
esforço humano, mas é dom do amor de Deus e
resposta da pessoa à iniciativa de Deus.
Os santos e as santas são homens e mulheres que, em sua vida viveram a filiação divina e
deram continuidade a atividade de Jesus de anunciar e testemunhar o amor de Deus para com a
humanidade. Nos santos o mais importante não
é buscar neles milagres extraordinários, mas
perceber que no dia a dia de sua existência, através de pequenos gestos, testemunharam que é
possível viver neste mundo uma experiência antecipada da eternidade e que é o Deus da vida
que abre a cada pessoa a caminho da vida plena
que não tem fim.
CHAMADOS À SANTIDADE
Vejamos o que diz o Concílio Vaticano II a respeito da vocação à santidade. Ele proclama o chamado de todos à santidade. Segundo a Constituição Dogmática Lumen Getium Cristo amou a
Igreja e por ela se entregou para a santificar,
cumulando-a com o dom do Espírito Santo, unindo-a a si para a glória de Deus Pai. Portanto uma
só é a vocação à santidade, pois ela é a vontade
de Deus para todas as pessoas (cf LG 39).
A ordem de Jesus foi explícita: ser perfeito
como o Pai é perfeito (cf Mt 5,48). Síntese do
mandamento da perfeição é o mandamento do
amor (cf Lc 10, 27). Pela vocação batismal vivida
na fé, os seguidores e seguidoras de Jesus, seguem o caminho da santidade, como convém a
santos e santas. Os frutos da santidade aparecem na vida cotidiana e são benéficos para toda
a sociedade humana. Na história da Igreja há
inúmeros exemplos de homens e mulheres que
seguiram o caminho da santidade e são venerados por nós (cf LG 40).
Nos vários gêneros de vida que compõem a
Igreja, não faltam mulheres e homens santos,
abertos ao sopro do Espírito no seguimento de
Jesus Cristo, adorando a Deus Pai em “espírito e
em verdade”: os pastores, presbíteros, os diáconos, os consagrados e as consagradas pelos connovembro.2013
selhos evangélicos; os esposos, as pessoas viúvas, as celibatárias, pessoas enfermas, e todas
as pessoas em seu estado peculiar, são chamadas à santidade pela participação no amor com
o qual Cristo amou a sua Igreja e por ele se entregou (cf LG 41).
Portanto, para os cristãos a santidade não
pode ser uma linguagem estranha, longínqua,
mas a linguagem da família de Deus.
CAMINHOS E MEIOS DE SANTIDADE
Deus é amor e difundiu seu infinito amor em
nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi
dado. A caridade é cultivada pela oração, pelos
sacramentos principalmente pela Eucaristia e
confirmada pelas boas obras. Este amor dá a
maior prova de si mesmo quando entrega a própria vida. O martírio, que é a máxima semelhança com Jesus Cristo, é a maior prova de amor.
Embora seja concedido a poucas pessoas, todas,
porém, devem estar dispostas a confessar a Cristo e segui-lo no caminho da cruz em meio das
perseguições que nunca faltarão para a Igreja e
para ninguém.
O Pai concede múltiplos dons a homens e a
mulheres de todos os tempos. Segundo a Constituição Dogmática Lumen Gentium o celibato e a
virgindade, abraçados pelo Reino sempre gozam
de grande estima pela Igreja, tornando-se sinal, incentivo do amor e fonte de fecundidade espiritual no mundo. De igual valor e estima são a pobreza e a obediência abraçadas por amor a Cristo e ao seu Evangelho.
Enfim, todos os cristãos são chamados e têm
o compromisso com à santidade e a perfeição do próprio estado de vida, desapegando
seus corações de si próprios e das coisas terrenas. “Os que se servem deste mundo, não se
detenham nele, pois passa a figura deste
mundo”(1Cor 7,31) (cf LG 42).
Amiga e amigo leitor!
Os ensinamentos da Igreja nos dizem que veneramos a memória dos santos e santas não somente a título de exemplo; fazemo-lo ainda mais
para confirmar a união de toda a Igreja no Espírito Santo, pela prática da caridade fraterna. Pois,
como a união a entre os cristãos na terra nos
aproxima de Cristo, da mesma forma a comunhão
com os santos nos une a ele, do qual, como fonte e cabeça, promana toda a graça e a vida de
todo povo de Deus (cf C.I.C. n. 957).
Por isso cremos na comunhão de todos os fiéis em Cristo, dos que ainda peregrinam neste
terra, os falecidos que estão terminando sua purificação, dos que já estão na glória, formamos
todos juntos uma só Igreja (cf C.I.C. n. 962).
Todos os que vivem na graça de Deus estão
em comunhão com ele e com os seus santos. Somos ramos vivos da videira (cf Jo 15,5), membros vivos do Corpo de Cristo, numa comunhão
no amor e na santidade, a caminho da “vida em
plenitude”.
Frei João Daniel Lovato,OFMCap
[email protected]
Vigário paroquial
Boletim Informativo da
Paróquia Nossa Senhora das Mercês
5
>> Nossos Freis
Parabéns, Frei Serafim!
Frei Serafim, desde o início do ano passado faz
parte da fraternidade do Convento das Mercês. No
dia 22 de novembro celebra seu aniversário.
Agradecemos, pois, a Deus o precioso dom de
sua vida.
Frei Ivo Bonamigo, também da fraternidade das
Mercês, compôs esta poesia, apresentando-nos
nosso querido Frei Serafim.
Frei Serafim (João Nissete de Oliveira)
Jaboti – Pr, 22 de novembro de 1937
Joaquim e Geralda estavam felizes,
Pois no dia 22 de novembro de 1937, nasceu,
Belo menino e o chamaram de João,
Até os 20 anos com eles permaneceu.
Nossa Ordem o denominou Frei Serafim,
No dia 11 de fevereiro de 1958, com a vestição iniciou,
E dia 12 de fevereiro de 1959, fez a 1ª profissão,
Dia 12 de fevereiro de 1962, a mesma perpetuou.
Tornou-se um religioso dedicado,
Estatura baixa, mas com vontade alta,
Levou a sério sua opção pelo Senhor,
Procurou ser fiel, sem cometer falta.
Ingressou no postulantado em Irati,
Do frei Bernardo foi bom motorista,
Porteiro do Convento das Mercês, e
Serviçal em Butiatuba entre seminarista.
Viveu em diversas fraternidades,
Em todas elas mostrou qualidade,
Foi bom recepcionista, a serviço da Cúria,
É frei muito humano, com boa hospitalidade.
A figura de frei Serafim Oliveira,
Baixinho, reforçado, barbudo,
Quando chega gente, fala alto,
Sorri, abre a porta e indaga tudo.
Frei Serafim João de Oliveira,
Hoje é seu aniversário e seu dia,
Parabéns por esta data festiva,
Muitos anos se repitam com alegria.
Frei Serafim de Oliveira,
Você é frade mui querido,
A Província tanto o admira,
E também o considera amigo.
Avante na caminhada,
Mantenha firme sua saúde,
Com exemplo transparente,
E a graça divina em plenitude.
Viva frei Serafim de Oliveira,
Frade que tem bom coração,
Amigo de todos: freis e povo,
Receba hoje nossa oração.
Homenagem de
Frei Ivo Severino Bonamigo - OFMCap
6
Boletim Informativo da
Paróquia Nossa Senhora das Mercês
novembro.2013
Vida e Morte
A vida é um dom de Deus, porém estamos de
passagem neste mundo, e a qualquer momento,
podemos perder alguém querido, alguém que amamos.
Apesar de ser um processo natural de todos, e a
única certeza que temos na vida, porque todos passarão por ela, a morte ainda é um mistério, que
desperta nossa curiosidade e ao mesmo tempo nos
assusta, porque o que sabemos a respeito dela é
aquilo que nos garantiu Nosso Senhor Jesus Cristo:
"Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em
mim, ainda que esteja morto, viverá" (Jo 11, 25). E,
ainda: "Em verdade, em verdade vos digo: quem
crê em mim tem a vida eterna" (Jo 6, 47). Sendo
assim, a morte põe fim a nossa peregrinação terrestre, mas não é o fim, para aquele que tem fé ela
é apenas uma passagem para a vida eterna, como
em outra ocasião, afirmou Jesus: "Pois Deus amou
tanto o mundo, que entregou o seu Filho único, para
que todo o que nele crê não pereça, mas tenha vida
eterna" (Jo 3, 16).
Tenho insistido naquilo que é uma verdade: a
morte não foi criada por Deus, ela entrou no mundo pela ação do próprio homem, pelo pecado, como
escreve São Paulo, na Carta aos Romanos: "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado
no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a
morte passou a todos os homens, porque todos
pecaram." (Rm 5,12).
Ao olharmos para a morte devemos valorizar a
vida, como uma forma e oportunidade de nos prepararmos para a eternidade com Deus.
O fundamento para nossa fé em torno da vida
nova que começa na morte está na ressurreição de
Jesus Cristo. Este é o ponto principal de tudo, Jesus
venceu a morte e ressuscitou e esta certeza da fé
descarta completamente qualquer ideia de reencarnação.
Deus ressuscitou seu filho Jesus, como nos exorta São Pedro: Bendito seja Deus, o Pai de nosso Se-
novembro.2013
nhor Jesus Cristo! Na sua grande misericórdia ele
nos fez renascer pela ressurreição de Jesus Cristo
dentre os mortos, para uma viva esperança, para uma
herança incorruptível, incontaminável e imarcescível, reservada para vós nos céus; para vós que sois
guardados pelo poder de Deus, por causa da vossa
fé, para a salvação que está pronta para se manifestar nos últimos tempos(1Pd1,3-5).
O Novo Catecismo da Igreja Católica ensina: "A
visão cristã da morte é expressa de forma privilegiada na liturgia da Igreja: Senhor, para os que creem
em vós, a vida não é tirada, mas transformada. E,
desfeito nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus,
um corpo imperecível" (CIC 1012). E, ainda que:
"Cada homem recebe em sua alma imortal a retribuição eterna a partir do momento da morte, num
Juízo Particular que coloca sua vida em relação à vida
de Cristo, seja por meio de uma purificação, seja
para entrar de imediato na felicidade do céu, seja
para condenar-se de imediato para sempre. Ao entardecer de nossa vida, seremos julgados sobre o
amor" (CIC1022).
Ou seja, se entraremos imediatamente nas alegrias eternas dependerá da observância que tivemos dos mandamentos, da vivencia das Bem-aventuranças, do seguimento a Jesus, da nossa perseverança e de entender que o sofrimento, a cruz tem
que nos santificar. Depende se somos ou não pobres em espirito, carentes de Deus, necessitados
de Deus. Se, de fato buscamos com afinco, com dedicação a antecipação do Reino de Deus, se em nossa vida formos e exercitamos a mansidão, se formos
construtores da paz e se a nossa vida está de acordo
com a justiça de Deus.
Nós fomos criados por Deus para a eternidade,
em Cristo recuperamos essa eternidade que tínhamos perdido pelos nossos pais na desobediência do
paraíso. Jesus ressuscitou e tendo ressuscitado nos
dá a garantia que a morte não é o fim, mas o começo
de uma vida nova em Jesus Cristo.
Padre Reginaldo Manzotti é coordenador da Associação Evangelizar é Preciso - Obra sem fins lucrativos,
benfeitora nacional, que objetiva a evangelização pelos meios de comunicação - e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR).
Apresenta diariamente programas de rádio e TV
que são retransmitidos e exibidos em parceria com
milhares de emissoras no país e algumas no exterior.
Site: www.padrereginaldomanzotti.org.br. Facebook:
www.facebook.com/padrereginaldomanzotti. Twitter:
@padremanzotti
Boletim Informativo da
Paróquia Nossa Senhora das Mercês
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Cristo Rei e o reinado de Deus
O final do ano litúrgico culmina com a festa de "Cristo Rei do Universo". A Igreja celebra Cristo Ressuscitado e Glorificado à direita
do Pai como Senhor da história. O vocábulo
grego "basiléia tou Theou" traduzido por "reino de Deus" (Mc 1,15), indica o governo de
Deus. Na verdade as coisas deveriam acontecer conforme a sua vontade. A vontade de
Deus é que seja realizado seu projeto de amor,
justiça e paz. Enquanto não houver esta busca o reino não aparece, não há manifestação
de sua grandeza, sua luz e sua força. A administração dos homens, quando alicerçada nos
valores da justiça, da ética e do respeito aos
direitos fundamentais dos cidadãos, de antemão torna-se sinal positivo do reino. Diria
que os governos, quanto mais trabalham para
produzir resultados justos, que os bens sejam acessíveis às pessoas menos afortunadas;
espelham o governo de Deus.
Um governo participativo, com projetos
justos, não deixa de ser em certa medida uma
"democracia de Deus", como bem lembrou o
teólogo Leonardo Boff: "Em tempos que os
governos monárquicos quase desapareceram, em lugar de "reino de Deus" seria mais
apropriado chamar "democracia de Deus". O
poder de Cristo Rei, foi na prática um paradoxo: a negação de todo reinado, a "onipotência sem poder" no sofrimento e na cruz.
A prática de Jesus era bastante diferenciada do sistema dos governos monárquicos,
que, com freqüência conferiam poder absoluto ao rei. No período da monarquia Israelita o rei, não detinha todo o poder, pois o Senhor é o único rei. Seu governo deveria revelar a realeza de Deus pela prática da justiça e
da misericórdia. Quando isso não acontecia,
o rei recebia fortes críticas, sendo denunciado pelas injustiças e abuso de poder (cf. 1Rs
21). Diante das frustrações dos reinados dos
reis, o reino de Deus passou a ser associado
ao anúncio da esperança messiânica, como
uma libertação futura. Um futuro messias
deverá vir.
No período neo-testamentário, os contrastes entre reino dos homens e reino de Deus
foi bem claro nas palavras de Jesus ao governador Pôncio Pilatos: "Meu reino não é deste mundo" (Jo 18,36). Isso significa que o governo de Deus não era igual àqueles governos e impérios que dominam e tiranizam.
"Entre vós não deve ser assim", dizia ele ensinando seus discípulos: "Aquele que quiser
ser grande seja o servidor". "Quem quiser ser
o primeiro seja o servo de todos"(Mc 10,43).
Em nosso tempo embora, não apareça a dominação na forma monárquica e na forma da
ditadura de tempos passados, surgem outras
formas de poder, que até escapam ao controle dos governantes: é a dominação econômica, o poder do mercado e do capital. Quando
há crise nesse setor, todos sofrem as conseqüências negativas. Constata-se ainda: quan-
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Boletim Informativo da
Paróquia Nossa Senhora das Mercês
to maior a tirania do lucro, que se reflete na
busca da hegemonia de grupos econômicos;
mais se evidencia o distanciamento do ideal
humanitário. Por mais que a competição no
mercado, tenha também aspectos positivos,
no sentido de aumentar as possibilidades de
aquisição e opção dos consumidores; se não
houver leis mais rígidas em favor dos cidadãos, instaura-se também uma "tirania" e
"dominação" do poder econômico. Nesse
caso, o reino já não é de Deus. O grande pecado contra Deus, dizia Dom Oscar Romero: "é
fazer do dinheiro um ídolo". Chegando a esse
ponto o Deus verdadeiro fica excluído e também o ser humano, sua imagem e semelhança acaba em segundo plano, apenas útil enquanto capaz de produzir ou consumir. O reino de Deus é um reino feito de homens e
para a humanidade e não pode deixar lugar
para o anti-reino, que não governa, mas destrói as relações humanas.
O livro de Daniel bem descreveu a fisionomia dos reinados tiranos da sua época (Dominação dos Selêucida 175-160 a.C) com a
imagem simbólica de animais ferozes que
matam e devoram. No entanto, em meio
àqueles animais o autor visualizou alguém
como "Filho do Homem" (Dn 7,14). Essa imagem refletia o sonho da realização de um governo humano, que tem sentimento, compaixão, solidariedade. A visão reflete a linha profética do código da Aliança que regula relações de uma sociedade mais humana e justa.
É significativa a imagem de Deus pastor, que
cuida, se compadece da ovelha fraca, reúne
as dispersas (Ez 34), tem humanidade. Assim,
o Deus da Aliança é aquele que tem compaixão. "O rosto divino de Deus se revela no rosto humano dos homens de hoje" (Papa Bento
XVI -Doc.Aparecida). Por isso Jesus glorificado também se revela com aparência humana, e o critério no julgamento será a prática
da misericórdia. "Quando o Filho do Homem
vier em sua glória" (Mt 25,31), para aqueles
que foram misericordiosos, dirá: "tive fome
e me destes de comer", "tive sede e me destes de beber", "vinde benditos do meu Pai".
Ele é o rei que assume os direitos dos homens: comer, beber, vestir-se, ter saúde. Por
causa da humanidade de Jesus em favor dos
últimos da sociedade, Deus Pai o glorificou à
sua direita, com poder e glória. Com razão
dizia Tertulhano: "A glória de Deus é a vida do
ser humano". Assim o reino de paz e justiça
acontece, quando os governos olharem para
os últimos da sociedade e tiverem a promoção da vida como valor maior. Assim o reino,
irradia sua luz, então "a justiça e paz se abraçam, amor e verdade se encontram" (Sl 84,11).
Frei Vicente Artuso.
Professor do curso de mestrado
em Teologia da PUCPR
novembro.2013
O Tempo do Advento
INTRODUÇÃO
Estamos no último mês do Ano Litúrgico. Eis
que se aproxima o inicio de mais um Ano Litúrgico que vejo como uma grande oportunidade para
celebrarmos a vida, para sentirmos o quanto Deus
nos ama e nos quer perto dele. E o tempo do Advento vai nos preparar para vivermos profundamente todos os aspectos do Ano Litúrgico.
MAS O QUE É O ADVENTO?
O Advento vem da palavra latina “Adventus”,
que quer dizer chegada. Quer dizer, chegou a hora
de prepararmos para a grande solenidade do Santo Natal do Senhor. Para nós cristãos, essa preparação já nos traz grande alegria, nos deixa na
expectativa, onde esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivemos o arrependimento, promovendo a fraternidade e a Paz. A duração deste tempo
é de quatro semanas.
A espiritualidade do Avento
A espiritualidade do Advento aponta para valores essenciais na vida dos cristãos, como “a
alegria expectante e vigilante, a esperança, a pobreza, a conversão”.
Alegria, porque vemos Deus cumprindo a suas
promessas: “o Salvador virá”; essa alegria deve
não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que
se espera vai acontecer com certeza. Não é uma
ficção, mas uma realidade concreta e atual. O que
a Igreja espera é o que esperava Israel e já foi
realizado em Cristo, mas que só se consumará
definitivamente na “parusia” (volta) do Senhor.
Por isso, a Igreja canta com voz forte: “Marana
tha”! Vem Senhor Jesus!
Esperança porque, como diz São Paulo a Timóteo Cristo é a nossa esperança. O que se espera é
que todas as coisas sejam renovadas, todas as
nossas misérias sejam suprimidas, pecados e fraquezas serão transformados e fortalece a nossa
paciência diante de tantas dificuldades e tribulações da vida.
Conversão porque se não retornamos a Cristo
com todo o nosso ser não há como viver a alegria
e a esperança na expectativa da vinda do Senhor.
É necessário, como fez João Batista, que “preparemos o caminho do Senhor “ nas nossas próprias
vidas, nos dispondo para a oração e numa profunda leitura orante da palavra de Deus. Pobreza,
não só material, mas aquela pobreza que nos faz
abandonar e depender inteiramente de Deus e
não dos bens terrenos, pois Jesus viveu em tudo a
condição humana menos o pecado. O Filho de
Deus colocou-se inteiramente nas mãos do Pai.
Personagens bíblicos deste tempo
Isaías é o profeta que, durante os tempos difí-
novembro.2013
ceis do exílio do povo eleito, levava a consolação
e a esperança. Na segunda parte do seu livro, dos
capítulos 40 - 55 (Livro da Consolação) anuncia a
libertação, fala de um novo e glorioso êxodo e da
criação de uma nova Jerusalém, reanimando assim os exilados. As principais passagens deste
livro são proclamadas durante o tempo do Advento num anúncio perene de esperança para os
homens de todos os tempos. Ele que no capítulo 7
do seu livro já anuncia a vinda do Senhor
João Batista é o último dos profetas e segundo
o próprio Jesus, “mais que um profeta”, “o maior
entre os que nasceram de mulher”, o mensageiro
que veio diante d’Ele a fim de lhe preparar o caminho, anunciando a sua vinda (Lc 7, 26 - 28), pregando aos povos a conversão, pelo conhecimento
da salvação e perdão dos pecados (Lc 1, 76s). A
figura de João Batista como precursor aponta o
Senhor como presença já estabelecida no meio
do povo. Assim ele encarna todo o espírito do Advento. Por isso ele ocupa um grande espaço na
liturgia desse tempo, em especial no segundo e no
terceiro domingo.
José se destaca nos textos bíblicos como o esposo de Maria, o homem justo e humilde que aceita
a missão de ser o pai adotivo de Jesus. Ao ser da
descendência de Davi e pai legal de Jesus, José
tem um lugar especial na encarnação, permitindo
que se cumpra em Jesus o título messiânico de
“Filho de Davi”. José é justo por causa de sua fé,
modelo de fé dos que querem entrar em diálogo e
comunhão com Deus.
Maria de Nazaré: a mulher do sim a Deus e do
serviço aos irmãos. Maria tem algumas referências significativas, sobretudo na versão Lucas,
autor do Evangelho da Infância. São textos que
impõem Maria de Nazaré como um modelo de espera atenta do Senhor. É por isso que, com João
Baptista, ela é uma das figuras que a liturgia propõe à nossa consideração e que pode ajudar-nos
a viver de forma mais empenhada e coerente o
nosso “caminho de advento”. (Joaquim M.G. Mendes scj).
Símbolos do Advento
Existem muitos símbolos referentes ao Advento e Natal. Aqui gostaria de destacar apenas dois:
a cor dos paramentos e a coroa do Advento.
Os paramentos deste tempo litúrgico levam a
cor roxa. A única exceção é o terceiro domingo do
Advento, Domingo Gaudete ou da Alegria, cuja cor
tradicionalmente usada é a rósea, em substituição ao roxo, para revelar a alegria da vinda do
Salvador que está bem próxima.
A coroa do Advento tem a forma de circular
representando a eternidade. Os Cristãos utiliza-
ram a Guirlanda ou coroa do Advento como um
símbolo de esperança e amor divino. O material
da qual é formada, galhos de pinheiros e azevinho, é verde como a esperança e seu laço vermelho, simboliza o amor de Deus aos homens. As
quatro velas simbolizam os 4 domingos do advento (cf. <ideeanunci ai.wordpress.com/2010/11/
30/símbolos-do-advento/)
O Advento deve ser celebrado com sobriedade
e com discreta alegria. Não se canta o Glória, para
que na festa do Natal, nos unamos aos anjos e
entoemos este hino como algo novo, dando glória
a Deus pela salvação que realiza no meio de nós.
Pelo mesmo motivo, o diretório litúrgico da CNBB
orienta que flores e instrumentos sejam usados
com moderação, para que não seja antecipada a
plena alegria do Natal de Jesus.
Conclusão
“O Advento é ponto de partida e ponto de chegada do ano litúrgico (espiral do tempo). A Igreja
se prepara para o Natal, recordando o nascimento histórico de Cristo. O Advento apresenta sempre a tríplice “vinda” de Cristo: Cristo veio, Cristo
vem, Cristo virá (ontem, hoje e sempre). É esta a
chave de leitura dos textos litúrgicos do advento. Cristo veio. Mas de que adianta se
ele não vem agora para cada pessoa? “Nós
é que temos que nascer para Ele” (fr.Walter
Hugo). Portanto, Advento é também o nosso
tempo; estamos sempre no “advento” de nós
mesmos. Cada um vive no Antigo Testamento
de si mesmo. Celebrando sua vinda histórica,
realiza-se sua vinda atual no mistério do culto, realizando-se assim, mais uma etapa da preparação da
última vinda de Cristo. A Igreja vive e celebra esta
tensão do “já presente” e do ainda “por vir”. Cristo é sempre aquele que ainda deve vir e continua
chegando para cada um e para todo o mundo”
( h tt p : / / w w w.f ra n c i s c a n o s . o r g . b r /
?p=5869#sthash.E2rxFS6L.dpuf; cf. também: CIC n.
524 ).
Aproveito para desejar a todos os nossos leitores um tempo de graças na espera alegre do
Santo Natal.
Frei Benedito Félix
da Rocha
Vigário Paroquial
[email protected]
Boletim Informativo da
Paróquia Nossa Senhora das Mercês
9
Um dia para agradecer
Na educação familiar é muito comum a mãe ou o
pai incentivar o filho, desde muito pequeno, a agradecer quando recebe algo – um doce, um presente
– de alguém. Assim, bem cedo na vida a criança aos
poucos vai entendendo que o reconhecimento, a
gratidão é um valor que precisa fazer parte do seu
viver.
A importância dessa experiência é fundamental
para que o ser humano passe a entender que os
benefícios, sejam materiais ou espirituais, que a
vida lhe dá não são fruto apenas da sua competência, inteligência ou trabalho. Ninguém evolui sozinho, ninguém cresce isoladamente, ninguém é bom
apenas por si mesmo. O que somos também é fruto
das oportunidades que tivemos. Todo ser humano
desfruta do fato de estar em sintonia com o seu
semelhante e se beneficia também, nesse crescimento, dos dons recebidos do seu Criador, tão necessário e essencial para a vida espiritual quanto o
ar que se respira. Agradecer é reconhecer o nosso
limite diante da realidade, assumir a importância
das outras pessoas em nossa caminhada, testemunhar a presença de Deus em nossa vida.
O sentimento de gratidão é tão antigo quanto o
próprio ser humano. As diversas culturas sempre
buscaram um momento para celebrá-lo. Alguns
países transformaram em lei esse gesto e instituíram a quarta quinta feira do mês de novembro como o Dia de Ação de Graças, inclusive com
feriado nacional, como ocorre nos Estados Unidos.
Na cultura norte-americana, o costume de se ter
um dia para dar graças, vem desde o ano de 1621,
quando pela primeira vez uma comunidade se reúne para agradecer a Deus a colheita abundante que
garantiria o sustento de todos. Até hoje, nos Estados Unidos, o Dia de Ação de Graças, além do feriado nacional, é celebrado com muita intensidade e
com um profundo significado na vida das famílias e
comunidades, mantendo aquela conotação também
religiosa. Trata-se de uma data em que se reconhece os benefícios da ação de Deus na vida de um povo.
No Brasil, embora também se comemore o Dia
de Ação de Graças, contudo sua celebração não carrega o mesmo peso cultural que tem para o americano. Não importa a nação, o país, ou o continente a
que se pertença. O ato de agradecer ou ser grato é
dos mais nobres no ser humano. A gratidão faz parte do sentimento mais nobre cultivado pelos homens e mulheres de bem.
É na capacidade de agradecer que se identifica o
bem e o benefício da solidariedade, manifestação
de um coração marcado pelo amor que recebe os
benefícios da vida e é capaz de dizer “obrigado”.
O ato de agradecer é capaz de estender o olhar
bem mais além do horizonte desta vida terrena e
reconhecer a presença e a atuação da dimensão divina na vida do ser humano, Deus. As primeiras comunidades cristãs entenderam isto perfeitamente, concitadas pelos apóstolos. Na Carta aos Efésios
está escrito: “Entretei-vos uns com os outros com
salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor com todo o vosso coração,
dando graças continuamente por tudo, em nome
do Senhor Jesus Cristo, ao Pai e Deus” (Ef 5,19). Para
quem valoriza a dimensão da fé em sua vida entende que aquele que é grato a Deus saberá também
ser grato com os seus semelhantes igualmente portadores e compartilhadores dos bens materiais e
espirituais.
O Dia de ação de graças, que acontece na quarta
quinta-feira de novembro é uma oportunidade para
que aquela criança que aprendeu a manifestar sua
gratidão até pelos pequenos atos de bondade recebidos, agora adulta, manifeste em família, em
comunidade, o reconhecimento da presença de
cada um e de Deus em sua vida.
A virtude da gratidão além de enobrecer o cristão, proporciona felicidade de viver, oportuniza o
compartilhar da alegria de reconhecer o bem no
próximo e, também, o que é extremamente importante, reconhece que todo o bem que recebe vem
de Deus, que concede como Pai bondoso para que
seus filhos construam um mundo de partilha, felicidade e alegria.
Obrigado, meu Deus, no Dia de Ação de Graças e
em todos os dias.
Luiz Witiuk
Jornalista e professor
A misericórdia de Deus no Evangelho de Lucas
O Evangelho de Lucas, estudado esse ano no curso bíblico da Paróquia Nossa Senhora das Mercês,
apresenta já nas suas primeiras páginas um tema
de elevada importância e beleza: a misericórdia de
Deus. Vários acontecimentos possibilitam um “clima de misericórdia”: Maria exulta no Senhor e diz
que “sua misericórdia perdura de geração em geração” (Lc 1,50); as pessoas se alegram, pois Deus cumulou Isabel com sua misericórdia (Lc 1,58); Zacarias também canta a misericórdia (Lc 1,72), e fala do
coração misericordioso de nosso Deus (Lc 1,78),
além de outros relatos que serão abordados a seguir.
Entretanto, em três momentos Lucas destaca o
tema da misericórdia: no relato da viúva de Naim
(7,13), na parábola do bom samaritano (10,33) e na
história do filho que retorna a casa do pai (15,20).
Nesses relatos a palavra grega traduzida como misericórdia/compaixão é “splanchnizomai”.
Originalmente, “splanchton” dizia respeito às estranhas do animal que era sacrificado, especialmente aquelas mais valiosas: coração, pulmões, fígado,
baço e rins. No Novo Testamento, é traduzido como
“mover-se de compaixão”. Porém o significado é
muito mais profundo: é sempre uma atitude de Cristo – compaixão messiânica – diante da desesperadora necessidade humana.
Leia o relato da viúva de Naim (Lc 7,11-17). Nesse texto, vários detalhes saltam aos olhos do leitor:
há dois grupos distintos, um que acompanha o cortejo fúnebre, e outro junto a Jesus; Jesus está chegando à cidade: quem ele vê: a multidão? Não, ele
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Boletim Informativo da
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enxerga a mulher, e imediatamente viu a sua dor –
“o Senhor, ao vê-la, ficou comovido” (Lc 7,13). Frei
Ildo Perondi, que trabalha esse tema na sua tese de
doutorado, diz que “Jesus viu alem das aparências.
Não viu somente uma mãe viúva; viu e sentiu seus
sentimentos, sua dor, sua esperança, que acabava
naquela dia, pois ela perdia tudo o que possuía.
Perdia o fruto das suas entranhas, o filho que havia
gerado e criado com amor... E então as entranhas
de misericórdia de Jesus se contraíram” (PERONDI,
Ildo. De Cafarnaum a Naim: caminhando nos passos
de Jesus. São Leopoldo: Oikos, 2013. p. 71).
Essa é a misericórdia do Senhor apresentada por
Lucas. Um gesto que nossas palavras nem conseguem traduzir com precisão. Há profundidade e grandeza na compaixão de Deus, a ponto de suas entranhas se contraírem em favor de outra pessoa. Jesus
vê com precisão e profundidade: lá onde enxergaríamos uma multidão, ele vê uma mulher; onde
veríamos uma mulher chorando, ele vê o desespero de uma mãe que já não tinha mais ninguém por
ela.
O mesmo gesto, assim como a palavra “splanchnizomai”, também está presente no ato de amor e
compaixão que leva o samaritano a socorrer a pessoa espancada e abandonada à beira do caminho
(Lc 10,33), indicando que “mover-se de compaixão”
é empregar todos os meios, tempo, forças e vida
para salvar a pessoa que vive um momento de profundo caos. E repete-se na história do pai que de
longe vê o filho, corre ao seu encontro e o acolhe
com beijos e abraços (Lc 15,20).
A Salvação é fruto da misericórdia de Deus. Por
isso, somente Jesus é o veículo do splanchnizomai,
portador da verdadeira e profunda misericórdia e
compaixão. No Filho se revela a bondade, o perdão
e a graça de Deus. Ele é o verdadeiro bom samaritano, que toma em seus braços a humanidade que
estava à beira do caminho, cuida das suas chagas e a
cura (Lc 10,33-34).
Que este tema, tão caro à teologia de Lucas, inspire-nos a nos aproximar mais do Senhor, que é sempre misericordioso, e que sejamos pessoas sensíveis à crise humana, ecológica, social, espiritual...,
não como gente que quer sofrer, mas como cristãos
e cristãs que também desejam ser solidários, tomar nos braços e cuidar das feridas dos outros. Isso
é misericórdia e compaixão!
Paz e Bem!
Frei Rogério Goldoni Silveira, OFMCap
[email protected]
novembro.2013
>> Catequese em Ação
Gincana Bíblica
A gincana bíblica com os catequisandos e seus pais foi um completo sucesso. Agradecemos a todos que participaram. Foi um momento especial em que
aumentamos nossos conhecimentos religiosos em uma agradável brincadeira em família
Reunião dos catequistas
No último dia 27 às
nove da manhã aconteceu mais uma das reuniões para a formação
para catequistas. Irmã
Francisca acolheu a todos com muito carinho
e passou a palavra para
o catequista João Guilherme Lourenço que
conduziu o grupo a um
momento de relaxamento e espiritualidade, em sintonia consigo mesmo. Em seguida
passou a palavra para
Frei Pedro que agradeceu pelo trabalho prestado na catequese, destacando a importância desse ministério, ressaltando ainda a necessidade de convidarmos mais pessoas para
trabalho na catequese. Após as palavras do Frei
Pedro, Irmã Francisca passou a palavra para a catequista Maria Cláudia Lourenço estudante do IPAPPI
Curso de Parapsicologia que apresentou o que sig-
Dia de todos os Santos
No dia 1º de novembro comemoramos o Dia de
Todos os Santos com uma festa em honra a todos os
santos, conhecidos e desconhecidos. No fim do segundo século, professos cristãos começaram a honrar os que haviam sido martirizados por causa da
sua fé e, achando que eles já estavam com Cristo no
céu, oravam a eles para que intercedessem a seu favor. A comemoração regular começou quando, em 13
de maio de 609 ou 610 DC, o Papa Bonifácio IV dedicou o Panteão — o templo romano em honra a todos
os deuses — a Maria e a todos os mártires. Você sabe
qual é o único santo brasileiro?
nifica o IPAPPI, as três escolas de parapsicologia, a
Escola Espírita, a Escola Católica e a Científica Independente.
E que parapsicologia é uma ciência que estuda
os fenômenos paranormais e destacou a mente
humana como o agente desencadeador da fenomenologia paranormal.
Avisos da Catequese
- A catequese manterá seus encontros até a última semana de novembro, e instruções serão dadas aos
pais sobre o próximo ano.
- A confraternização de final de ano entre pais, catequizandos e catequistas acontecerá na primeira
semana de dezembro.
novembro.2013
Resposta: É também um frei, São Frei Galvão, ou Santo
Antonio de Sant’Ana Galvão
Boletim Informativo da
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Obras de caridade de Santa Isabel da Hungria
- Padroeira da Ordem Franciscana Secular - Festa Litúrgica: 17 de novembro
Santa Isabel da Hungria passou à
história como sendo nobre e, ao mesmo tempo, como alguém que viveu
um completo desapego das coisas e
de si mesma. A todos acolhia sem distinção, pobres, mendigos, leprosos,
coxos, etc., encontravam na jovem
duquesa o amparo e o consolo.
Ao lado de seu esposo Ludovico,
mostrou-se sábia, forte, corajosa e
justa nas intenções de zelar pelo bem
estar e felicidade do povo. Admirava
os exemplos de Francisco e Clara de
Assis e por isso, a princípio Isabel quis
viver uma pobreza voluntária total, no
que foi desaconselhada pelo seu diretor espiritual, Conrado de Marburgo, que a aconselhou a viver as virtudes do seu estado.
Sua doçura e abnegação, fortemente enlaçadas por um grande amor
a Deus e aos pobres foram causa de
um intenso apostolado missionário
junto aos sofridos e por isso mesmo
suas práticas de caridade foram objeto das bênçãos divinas, que provou a
virtude se sua serva com admiráveis
milagres e prodígios.
Ludovico apoiava e auxiliava a
amada esposa em suas grandes obras
de caridade e chegava até mesmo a
passar horas da noite ajoelhado ao seu
lado, segurando-lhe as mãos enquanto ela rezava.
Isabel tinha 20 anos quando ficou
viúva. Com a morte do marido, começou para Isabel um calvário de sofrimentos e, ao mesmo tempo, de heroísmo. Os parentes do marido, achando que ela estava esbanjando os bens
da família com a ajuda que prestava
aos necessitados, a expulsaram da
corte.
Com seus três filhinhos, e mais as
ajudantes, ela se refugiou num convento de Marburgo: lá, tomou o hábito da Ordem Terceira de São Francisco.
Dedicava-se a uma intensa vida de
oração e, ao mesmo tempo, com a indenização recebida pelos bens que
lhe haviam injustamente retirado,
servia, ela mesma, aos pobres e aos
doentes. Conseguiu construir até um
hospital para os abandonados.
O que Santa Isabel fez foi realmente viver com os pobres. Desempenhava pessoalmente os serviços mais elementares do cuidado com os doentes:
lavava-os, ajudava-os precisamente
nas suas necessidades mais básicas,
vestia-os, tecia-lhes roupas, compartilhava a sua vida e o seu destino e,
nos últimos anos, teve de sustentarse apenas com o trabalho das suas próprias mãos.(…) disse o Cardeal Ratzinger, na ocasião arcebispo de Munique
Certamente o mais famoso milagre narrado a seu respeito foi o chamado Milagre das Rosas. Dela contase que certa vez, quando levava pães
para os pobres nas dobras de seu manto, encontrou-se com seu marido, que
voltava da caça. Ludwig estranhou a
conduta da esposa, que parecia esconder algo, talvez insuflado pela astúcia
de seu irmão Henrique ou da própria
mãe, Sofia. O diálogo entre os dois ficou famoso nos anais das lendas de
santos. "O que tu levas no avental Isabel?" Ao que a jovem princesa respondeu, trêmula: "São rosas,meu senhor!" Espantado por vê-la curvada ao
peso de sua carga, ele abriu o manto
que ela apertava contra o corpo e
nada mais achou do que belas rosas
frescas e orvalhadas, embora fosse
inverno e não fosse época de flores.
Isabel, o Anjo Nobre da Caridade,
veio a falecer com apenas 24 anos, no
ano de 1231.
Colaboração:
Antonio Aquiles Zeni Sartori - OFS
>> Parapsicologia - nº 67
OLHO GORDO EXISTE?
"Eu tinha um vaso muito lindo de
avenca. Recebi uma visita e a planta
morreu, secou". Quantas vezes ouvimos histórias como essas sobre plantas que secam, filhotes ou pequenos
animais que morrem inexplicavelmente! São situações relativamente
freqüentes e popularmente atribuídas
ao mau olhado, olho seca-pimenteira
ou olho gordo.
Na verdade não é o olho, nem a
inveja que produzem estes efeitos. Se
não for por falta de água ou por ação
de algum fungo, broca ou uma doença, trata-se da energia (telergia) de
alguém que esteve próximo. Essa
energia pode ser de alguém da própria casa ou de uma pessoa visitante.
O dano (ou o benefício) causado nas
plantas e em outros pequenos seres
vivos pode ser maior ou menor dependendo da fragilidade e delicadeza da "vítima". O efeito nocivo depende também do maior ou menor desequilíbrio parapsicológico da pessoa
que emite a telergia.
Os efeitos nocivos só acontecem
por dois motivos. 1. A presença, a poucos metros de distância, de uma pessoa paranormal capaz de exteriorizar
energia. 2. Esta pessoa paranormal
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terá que estar mal, em desarmonia,
vivenciando conflitos, sofrimentos.
Ora, quando alguém está mal percebe-se isso no seu rosto, no seu olhar.
Certamente é daí que surgiram expressões como "mau olhado", "olho
gordo".
Quando o paranormal, capaz de
exteriorizar sua energia, é uma pessoa equilibrada, harmonizada, nenhuma planta seca, nenhum animal
morre na sua presença. Ao contrario,
sua energia pode fazer as plantas,
aves e animais pequenos cresceram
mais bonitos e saudáveis. Exemplo
disso é o crescimento exuberante
de violetas que recebem imposição das mãos ou o carinho de cuidadores que conversam com elas.
Quantos benzedores ficaram conhecidos por curar, com seus benzimentos, infecções em animais. Com
sua energia destruíam os microorganismos e vermes que adoeciam o rebanho.
Muitas experiências científicas já
foram feitas sobre a ação da telergia
em plantas e pequenos seres vivos.
Experiências de duas Universidades
de Montreal, no Canadá, do Centro
Latino Americano de Parapsicologia
Boletim Informativo da
Paróquia Nossa Senhora das Mercês
em São Paulo e do Dr. Richard da Silva, com bacilos da tifóide, comprovaram a exteriorização e ação da energia corporal humana em plantas e pequenos animais. Todas mostram que há influência sim, mas só de bem perto.
Os grandes animais domésticos:
gato, cachorro, cavalo etc. podem ficar doentes e até morrer, mas não é
pela ação da telergia. Eles tem vínculo afetivo com as pessoas, sentem saudade, são hipersensíveis e têm capacidade de transformar o sofrimento
em sintomas orgânicos e doenças. É o
mesmo processo que acontece com as
pessoas.
As crianças são profundamente
sugestionáveis e a sugestionabilidade é tanto maior quanto menor a idade. Captam em altíssimo grau todo
tipo de emoções das pessoas com
quem tenham contato, principalmente daquelas com quem tem mais vínculo afetivo. Por essa razão, em muitos casos, quando a mãe ou o pai,
ou ambos, resolvem os seus conflitos, quando se harmonizam, a
criança imediatamente começa a
melhorar. O bem estar dos pequenos
depende em grande medida da serenidade e do equilíbrio psicológico dos
adultos que as cercam.
O "mau olhado", o feitiço, não atinge pessoas adultas. Nos casos em que
um feitiço parece fazer efeito, não se
trata de interferência de forças exteriores, mas da ação da própria mente
e da telergia da vítima sobre seu próprio corpo. Nesse caso o melhor caminho é o conhecimento, o equilíbrio
psicológico e uma fé madura.
Parapsicólogo Flávio Wozniack
CURSO em 4 etapas: COMO SUPERAR
SOFRIMENTOS E APRENDER A PERDOAR.
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novembro.2013
Nossa Senhora das Graças e a Medalha Milagrosa
A devoção a Nossa Senhora das Graças e da Medalha Milagrosa tem sua origem em Paris, na França, no ano de 1830.
Catarina Labourè há poucos meses tinha ingressado no noviciado das Filhas da
Caridade, na Casa Mãe situada na Rue Du
Bac. Desde criança Catarina tinha uma
afeição filial a Nossa Senhora. Com o falecimento de sua mãe, pediu a Santíssima
Virgem que fosse sua única mãe e com
muita frequência rezava na capela que
ficava próxima a sua casa em Fain-lesMoutiers, França.
Durante o noviciado, especialmente
no dia 18 para 19 de julho e 27 de novembro, Catarina Labourè foi agraciada com
as manifestações da Santíssima Virgem
na Capela da Casa Mãe, local que nos dias
de hoje é frequentada diariamente por
milhares de peregrinos.
A MEDALHA
A missão confiada pela Virgem Maria
em 1830 a Catarina Labourè em 1830, “
Fazei, disse-lhe Maria durante uma aparição, cunhar uma Medalha conforme este
modelo, as pessoas que a trouxerem ao
pescoço, receberão muitas graças”, foi
um sinal do amor de Deus pela humanidade, manifestado na maternidade de
Maria. O modelo, era a Virgem Maria,
com as mãos estendidas emitindo raios
de luz, com a inscrição: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.
Como é natural, foi preciso a Catarina
Labouré um certo tempo para conseguir
que seu confessor falasse com o Arcebispo de Paris, Monsenhor de Quelém. Finalmente, as primeiras medalhas foram cunhadas em 1832, logo distribuídas
e solicitadas por toda a França e, em
breve, por toda a Europa, acompanhadas
de uma tal profusão de curas e conversões que então só se falava na Medalha
Milagrosa.
No decorrer dos dez anos que vão de
1832 a 1842, foram cunhadas e distribuídas mais de cem milhões de Medalhas
Milagrosas! Sobre tantos milhões de
lábios havia pois ressoado, através de
toda a Europa, a invocação: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. A Medalha é a expressão da maneira de agir de Deus, quando
vem no meio de nós, quando quer se revelar a nós. É sempre com meios pobres e
inesperados: uma gruta, um burrinho sobre o qual monta, uma cruz, a dos escravos... Para compreender todo o alcance
da mensagem da Medalha, precisamos
despir-nos de nosso orgulho para nos revestirmos do espírito de humildade.
Numa linguagem simples e universal,
a Medalha dirige-se, principalmente, a
todos os que têm um coração de pobre.
Comunicando a Medalha ao mundo,
Maria espera que ela seja, não apenas um
sinal de Amor, mas também um convite à
fé absoluta neste Amor: “As graças serão
abundantes para as pessoas que a trouxerem com inteira confiança”. Maria procura despertar nossa confiança em Deus.
Quer fazer de nós associados seus e não
apenas assistidos pela graça.
A Medalha só atinge seu verdadeiro
objetivo quando suscita esta confiança no
coração de cada um.
A inscrição até então desconhecida:
“Ó Maria concebida sem pecado, rogai
por nós que recorremos a vós”, revela-nos
a identidade profunda de Maria: ela é a
Imaculada Conceição. Escolhida para ser
a Mãe de Jesus, Maria é cumulada de graças e preservada de todo pecado. Além
disso, Maria nossa Mãe, nos diz que pede
a Deus e intercede a favor de cada um de
nós, como o fez em Caná.
O anverso da Medalha revela o
Amor. Maria Imaculada, com as mãos
abertas, cheias de luz, é a mensageira de
um Deus que nos ama e que não cessa de
vir ao nosso encontro. Em Maria, tudo fala
de amor. Ela é o sorriso de Deus para os
homens.
Pelo reverso da Medalha, o projeto de
amor de Deus pelos homens, nos é lembrado. Maria nos indica o lugar que ocupa no mistério de Cristo: seu coração é
transpassado por uma espada perto do
de seu Filho coroado de espinhos, seu
monograma é encimado pela Cruz. Maria está no centro do mistério da Igreja:
as doze estrelas evocam os doze Apóstolos escolhidos por Cristo.
O reverso da Medalha descreve as exigências do Amor. “O M encimado por uma
Cruz e os dois corações dizem bastante”,
diz Catarina. Eles simbolizam a estreita
colaboração de Maria na missão de Jesus
até o sofrimento, na paixão e na morte.
Jesus e Maria nos mostram o caminho do
amor verdadeiro e fiel. Para amar de verdade, é preciso estar pronto a doar sua
vida até o fim, para fazer viver os outros.
É uma ilusão pensar que é fácil amar.
Usar a Medalha é aprender com Maria a rezar, a meditar com o coração. A
oração Mariana na rua “du Bac”, após a
proclamação da escolha particular de
Deus: “Ó Maria concebida sem pecado”,
toma a forma de um apelo, de uma invocação: “rogai por nós”. Mas além do apelo, Maria convida-nos a pôr o nosso coração na invocação: “que recorremos a vós”.
Em Curitiba a Novena Perpétua da
Medalha Milagrosa acontece todas as
segundas-feiras, às 17h30 na Capela da
Casa Provincial das Filhas da Caridade.
Avenida Manoel Ribas, 02. Em preparação a festa de 27 de novembro, de 18 a
26, uma novena especial se realiza todos os dias às 19 horas.
Ontem, hoje e sempre, Nossa Senhora nos convida “VINDE AOS PÉS DO ALTAR, AQUI AS GRAÇAS SERÃO ABUNDANTES”.
Fonte de Pesquisa e maiores informações:
Site – http://www.filhasdacaridade.com.br
www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com
Irmã Neriuza Franco – FC
Apresentação de Nossa Senhora no Templo
Esta mesma memória que a Igreja
celebra no dia 21 de novembro de cada
ano, a apresentação de Nossa Senhora no Templo, não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas pistas no chamado proto-evangelho de Tiago, livro
de Tiago, ou ainda, na História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real
alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova,
construída em 543, perto do templo
de Jerusalém.
Os manuscritos não canônicos,
contam que Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que
nasceu Maria, cuja infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus,
impelida pelo Espírito Santo desde sua
concepção imaculada. Tanto no Oriente, quanto no Ocidente observamos
esta celebração mariana nascendo do
novembro.2013
meio do povo e com muita sabedoria
sendo acolhida pela Liturgia Católica,
por isso esta festa aparece no Missal
Romano a partir de 1505, onde busca
exaltar a Jesus através daquela que,
muito bem, soube isto fazer com a
vida, como partilha Santo Agostinho,
em um dos seus Sermões:
“Acaso não fez a vontade do Pai a
Virgem Maria, que acreditou pela fé,
que pela fé concebeu e que foi escolhida dentre os homens para que dela
nos nascesse a salvação; criada por
Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade
do Pai e por isto mais valeu para ela
ser discípula de Cristo do que ser a
mãe de Cristo; maior felicidade gozou
em ser discípula do que ser a mãe de
Cristo. E assim Maria era feliz porque
já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o
na mente e no coração”.
A Beata Maria do Divino Coração
dedicava devoção especial à festa da
Apresentação de Nossa Senhora, de
modo que quis que os atos mais importantes da sua vida se realizassem
neste dia.
Foi no dia 21 de novembro de 1964
que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª
Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e
declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja.
Maria, a Mãe de Jesus e nossa Mãe,
é invocada pelas pessoas de coração
simples e humilde que com muito
amor e carinho a chamam pelos seus
vários nomes: Nossa Senhora das Mercês ou de Aparecida, Nossa Senhora
da Luz ou da Paz, Nossa Senhora das
Dores ou do Amparo... Não importa o
título que lhe damos pois é a mesma
Mãe que nós chamamos para nos dar
força, coragem e vida.
Nossa Senhora das Mercês ou Nossa Senhora da Apresentação, rogai por
nós!
Frei Hélio de Andrade, OFMCap
Boletim Informativo da
Paróquia Nossa Senhora das Mercês
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Melhores Pais - Melhores filhos
A melhor forma de ser feliz é na
família... e o nosso melhor exemplo é
a família de Nazaré.
O ser humano tem uma necessidade inata de amar e ser amado.
Quando a pessoa se casa, geralmente tem a intenção de viver um
relacionamento verdadeiro, intenso e
duradouro.
Então por quê há tantas separações? Qual é a causa?
Será que acaba o amor, o encanto?
Ou o desencontro é consigo mesmo?
Segundo Thomas Verny, psiquiatra
infantil canadense, em seu livro “Bebês do Amanhã”, o ideal seria que
toda pessoa antes de se casar fizesse
um inventário de sua vida, compreendendo suas inseguranças, medos,
ressentimentos. E assim, só depois de
reprogramar esses sentimentos negativos, contrairia matrimônio.
Em meu livro “Laços Invisíveis no
Relacionamento...” acentuo que um
ou os dois cônjuges poderão ter atitudes, na maioria das vezes, inconscientes, e que funcionam como verdadeiros “venenos” no relacionamento
(vícios como álcool e drogas - ilusão
de felicidade; desarmonia sexual; indiferença - mata o amor; imaturidade
- a pessoa casa achando que o (a) outro (a) tem que fazê-lo (a) feliz; dificuldade financeira; críticas - a pessoa
gostaria de ter casado com uma cópia de
si mesmo; mau-humor; competição; falta
de verdadeiro diálogo; ciúme anormal –
imaginário verdadeiro; e, em especial, a
falta de espiritualidade).
A arte de educar filhos é a missão
mais nobre e difícil que Deus nos concedeu.
Sabedoria é colocar os conhecimentos em prática. Que Deus nos ilumine nessa linda e maravilhosa missão de pais e, nos ajude a nos tornamos cada dia mais “sábios”, para construirmos um mundo melhor.
Importante ressaltar algumas sugestões para que nossos filhos se tornem adultos mais harmonizados, de
“bem com a vida”, alegres e felizes.
Todo filho desde a sua concepção
merece sentir-se bem-vindo, valorizado, muito amado e com muita afetividade.
A melhor forma de educar os filhos
é dar limites com um diálogo tranquilo. Crianças que têm limites, sentemse mais seguras, protegidas e são mais
sociáveis. A falta de limites deixa a criança insegura e agressiva. É necessário salientar que a criança tem que
sentir-se amada, apesar da atitude
errada que praticou. Um exemplo:
você vai corrigir uma criança de um ano
e meio, que foi agressiva com alguém.
Deixa-a no cantinho para pensar no
tempo correspondente a sua idade ou seja, no caso do exemplo, um minuto e meio e, depois ao tirá-la do castigo, abraça-a com carinho.
Ressalta-se que a criança tem necessidade de tempo para ser criança.
Ou seja, não devemos sobrecarregála com excessos de atividades. Outra
questão é o incentivo aos exercícios
físicos e uma boa alimentação, para
que vá adquirindo o gosto e hábito por
uma vida saudável. Devem os pais desenvolverem uma certa cumplicidade
com os filhos, no sentido de terem atividades juntos, pelo menos um dia da
semana. A criança deve sentir que a
sua família é seu “porto seguro”.
Comece a plantar em seus filhos a
semente das palavras mágicas como
“obrigado”, “por favor”, “com licença”
e “desculpe”. Também observar, admirar e, respeitar a natureza.
Valorize a escola. Imagine seu filho como um passarinho. Um das asas
seria a escola e a outra, os pais. As duas
precisam estar em harmonia para que
a criança possa alçar vôos.
Incentive a vida espiritual. Todas
as noites, depois do beijo ou abraço
de “boa noite”, procure rezar a oração
“Santo Anjo”, para que a criança vá desenvolvendo uma “amizade” e uma
cumplicidade com Deus e, assim, sinta-se “protegida”.
Quando perceber uma qualidade
de seu filho ou uma atitude positiva,
manifeste e verbalize a sua aprovação. O elogio “levanta” a criança e a
crítica destrutiva o “afunda”.
Uma técnica interessante, que
pode nos ajudar muito, é a hipnopedia. Consiste num segmento da hipnose em que são feitas sugestões du-
rante o sono da criança, com ótimos
resultados. Os pais poderão realizá-la
com a finalidade de ajudar a criança
na melhora de sua autoestima, bem
como auxiliar na resolução de problemas (fobias, depressão, enurese, bruxismo, hiperatividade, dificuldade de
aprendizagem e concentração). Na
hipnopedia, a mãe ou o pai, ao repetir o texto, passa a demonstrar comportamento de amor e parceria. Essa
repetição faz com que se interiorize
cada frase dita.
“Sabedoria é colocar o conhecimento em prática”. Que Deus nos ilumine nessa linda e maravilhosa missão de pais e, nos ajude a nos tornamos cada dia mais “sábios”, para construirmos um mundo melhor.
Vou encerrar esse texto com a palavra AMAR. Ou seja, Abrace mais (seu
filho, seu cônjuge, seus amigos), Medite mais, Ame mais e Ria mais.
Ana Maria Fagundes Arana
Parapsicóloga Hipnóloga e
ex Odontopediatra - Fone: 3225 3526
Autora dos livros: “O Caminho para se
Conhecer e se Harmonizar” e
“Laços Invisíveis no Relacionamento...”
A FAMÍLIA E AS FINANÇAS
Uma pesquisa realizada este ano
nos Estados Unidos revelou que 40%
dos casais que se separaram, a causa
foi financeira. Hoje sabemos que 80%
das brigas ou conflitos dentro de uma
família tem como pano de fundo questões econômicas. Quando falta o dinheiro, pior ainda! Tem até um ditado
que diz: "Quando a miséria entra pela
porta, o amor vai embora pela janela".
O ajuste financeiro entre o casal
precisa começar no namoro. É ali o
tempo de conhecer as crenças que
cada um carrega sobre dinheiro, riqueza, economia, luxo, prosperidade, sonhos financeiros. Cada um precisa saber se o outro é uma pessoa econômica, se sabe guardar dinheiro, se
possui algum problema de comprar
compulsivamente ou de desperdiçar
em prazeres passageiros; saber se o
outro, outra é transparente no que
ganha e gasta.
O dinheiro pode aproximar e afas-
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tar as pessoas, causar repulsa e apego. A sociedade estimula a mostrar riqueza, e o ter, hoje, virou sinônimo
do ser. Isto pode levar o casal a se exceder no trabalhar para ostentar um
padrão de vida em vista do status. Isto
Boletim Informativo da
Paróquia Nossa Senhora das Mercês
pode levá-los a esquecerem de viver
momentos felizes, sair para passeios,
jantares, para estar juntos, com os filhos e não sacrificar o precioso tempo
da convivência familiar.
Como o caso do filho que no jantar
perguntou ao pai quanto custa uma
hora de trabalho dele. O pai não quis
responder e até foi grosso com o filho. Mas acabou falando: "custa uns
três reais à hora".
O filho imediatamente pediu um
real ao pai. Este se irritou e mandou o
filho pra cama. Depois repensou sua
atitude e foi lá no quarto falar com o
filho e pedir desculpa. Deu ao filho
um real e este radiante de alegria pulou da cama e abriu uma gaveta onde
havia dois reais e então disse ao pai:
"venda uma hora do seu trabalho para
ficar comigo!"
O equilíbrio financeiro é resultado
de uma vida emocional equilibrada no
amor, na confiança, na aceitação e no
pertencimento. Infelizmente muitos
casais acabam preenchendo a si mesmos, ao outro e aos filhos com coisas.
Como se quisesse dizer: "Não consigo
te dar meu amor, meu tempo, meu
carinho, então te dou presentes, coisas".
Num próximo artigo darei algumas
dicas para que o casal tenha uma saúde financeira que dê paz e harmonia
para toda a família.
Josué Ghizoni - Educador financeiro
e parapsicólogo
E-mail: [email protected]
da Equipe do SOS Família Mercês
novembro.2013
FATOS DA VIDA PAROQUIAL
>> ACONTECEU
Boas vindas aos novos dizimistas do mês de Outubro-13
Luiz Henrique da Silva, Hilda da Silva, Jeferson Ziemmer, Thais Eliane Klug, Laersion Jorge Badotti, Rosi de Fátima Wolff Morgado, Anderson Luis
Dorigon Leal, Rozalia Mazuroski.
Ministro Provincial dos Freis Capuchinhos
visita a Paróquia Nossa Senhora das Mercês
"A nossa Ordem tem tradição missionária de
seguir o exemplo do seu fundador São Francisco de Assis, grande missionário no seu tempo.
Levou e testemunhou Jesus através da Palavra
em sua terra natal e também no oriente. Francisco é missionário testemunhando Jesus pobre, humilde, crucificado e ressuscitado. Na
vida fraterna devemos testemunhar a partilha
da Palavra com simplicidade e esperança. Servir com alegria a Deus, aos irmãos e às comunidades. Assim, como freis capuchinhos damos
testemunho no mundo da minoridade franciscana."
(Frei Cláudio Sérgio de Abreu).
novembro.2013
No período de 1º a 05 de novembro, nossa Paróquia recebeu a ilustre visita do Frei Cláudio Sérgio
de Abreu, Ministro Provincial da Província São Lourenço de Brindes dos Frades Menores Capuchinhos
do Paraná e Santa Catarina, eleito em 2011. Nestes cinco dias esteve recolhido com seus confrades do Convento e Paróquia N.Sra. das Mercês, em celebrações, orações e diálogo, e para
finalizar sua visita, num gesto de desprendimento e acolhimento, recebeu os paroquianos
e líderes de movimentos e pastorais da comunidade das Mercês para uma conversa animada e descontraída.
Com o apoio de seu vigário provincial Frei Rivaldo Vieira, frei Cláudio transmitiu aos presentes um
breve relato sobre a presença dos freis capuchi-
nhos na comunidade das Mercês, contando um pouco da história dos primeiros freis que aqui estiveram, e deram início a obra dos capuchinhos, até os
que hoje aqui se encontram, e perseveram no serviço da fraternidade, caridade, orientação espiritual, confissões, adoração ao Santíssimo, celebrações e bênçãos.
Estiveram presentes 55 paroquianos, evidenciando 100% de representatividade das Pastorais e
Movimentos.
Alguns líderes emocionados contaram, também,
um pouco da sua história, vivência e respeito, admiração e gratidão que sentem pelos Freis Capuchinhos das Mercês. Foi, para todos os presentes
um momento especial, traduzido por alegria, valorização, serenidade, conforto e paz.
Boletim Informativo da
Paróquia Nossa Senhora das Mercês
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Paróquia Nossa Senhora das Mercês
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Ano XIV - nº 141 - Novembro.2013