Número 51 - Ano XIV - Outubro / Dezembro 11
FolhaViva
Jornal dos Clubes da Floresta do Projecto Prosepe
EDITORIAL
Sumário
02
Editorial
04
Clubes da Floresta da Rede PROSEPE.
Dos primórdios à atualidade.
16
Parques Florestais PROSEPE, intra e
extra muros da Escola. O exemplo do
Corvo.
19
Clube das Sequoias lança sementes do
fuuro.
20
Encerramento do ano internacinal das
florestas, no Parque Nacional da PenedaGerês pela ministra do MAMAOT
22
Concursos PROSEPE:
Dendro Placard (Outubro a Dezembro)
28
Dia de São Martinho
30
Quadra Natalícia
32
Click
FICHA TÉCNICA
Folha Viva
Jornal dos Clubes da Floresta do Projecto Prosepe
Número 51 - Ano XIV - Outubro / Dezembro 11
Depois da edição de um número especial,
em que decidimos dar início à divulgação de um
pouco da história deste Projeto, com o objetivo de
dar a conhecer aos mais jovens, bem como aos
Professores que só mais recentemente com ele
contactaram, o que foi este projeto, o que poderia
ter sido e naquilo em que o transformaram.
Não iremos dissertar sobre as razões que o
atiraram para este caminho, pois facilmente se
deduzem, mas vale a pena deixar para a história
algumas memórias de como foi concebido e
dos frutos que este projeto poderia ter dado,
a baixo custo, se tivesse sido encarado pelos
diversos organismos com interesses na floresta
como um projeto que visava promover a sua
ação e não, como vários pensaram, para lhes
fazer qualquer concorrência.
As diversas tentativas para o entregar às
diferentes
tutelas,
com
responsabilidades
na sensibilização da população, são prova
inequívoca do nosso trabalho e dos objetivos que
o norteiam, mas nenhuma delas se disponibilizou
para o receber e, curiosamente, algumas delas
até encetaram tentativas, mais ou menos veladas
ou até mesmo públicas, para lhe encontrarem
substituto “oficial”, mas que não foram capazes de
concretizar, apesar de deterem meios financeiros
poderosos e, por vezes, terem gasto avultadas
verbas com essas tentativas.
No início de mais um ano, letivo e de vida
do PROSEPE, numa conjuntura que, de ano
Cordiais saudações prosepeanas.
O Coordenador Nacional
(Prof. Doutor Luciano Lourenço)
Propriedade: NICIF - Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais, Faculdade de Letras da Universidade de
Coimbra, Aeródromo da Lousã, Chã do Freixo - 3200-395 Vilarinho LSA, Tel.: 239 992 251, Fax: 239 836 733 - Diretor:
Luciano Lourenço - Equipa de redação: Luciano Lourenço, Graça Lourenço, Fernando Félix, Sofia Bernardino, Sofia
Fernandes e autores indicados - Fotografias: Autores Indicados e Membros dos Clubes da Floresta - Composição:
Fernando Félix - Design e paginação: Fernando Félix - Impressão: Gráfica Ediliber - Tiragem: 250 exemplares Periocidade: Trimestral - Distribuição Gratutita - Edição Online em: http://www.nicif.pt/prosepe/publicacoes/MT_Didactico/
JFV - Depósito Legal: 117549/97
Financiado Pelo Fundo Florestal Permanente
2 Folha Viva
para ano, cada vez se vai tornando mais difícil,
decidimos dar conta, através do Jornal Oficial
dos Clubes da Floresta, de mais um pouco do
passado deste projeto, relatando a história dos
Clubes da Floresta da rede PROSEPE. Dos
primórdios à atualidade.
O nosso propósito é, pois, divulgar publicamente
o PROSEPE, não somente no Folha Viva, mas
também em revistas científicas da especialidade,
bem como em fóruns onde se discuta formação
de professores, para se demonstrar que continua
vivo, embora sem visibilidade mediática, bem
como para deixar material disponível para
investigação, se algum historiador ou outro
investigador se quiser dedicar a analisar o que,
depois de Abril de 1974, se fez em Portugal, em
matéria de sensibilização da população escolar,
facultando material para uma análise comparativa
com outros projetos e ações de sensibilização.
Os Clubes da Floresta iniciam, uma vez mais, o
ano letivo, sem qualquer garantia de financiamento
para a realização das suas atividades, mas nem
isso os demoverá do seu principal objetivo: serem
os olhos vigilantes que a floresta não possui.
Ministério da Agricultura,
M a r, A m b i e n t e e
Ordenamento do Território
Folha Viva 3
Clubes da Floresta da rede PROSEPE.
Sofia Fernandes Investigadora estagiária do NICIF A implementação do PROSEPE, no ano letivo
1993/1994 como projeto-piloto e a título meramente
experimental, adveio da necessidade de reunir num
só projeto diversas ações de sensibilização sobre
prevenção de incêndios florestais, decisão essa,
que assentou numa série de ações promovidas
anteriormente, durante o ano letivo 1992/1993,
pela Universidade de Coimbra, através do Instituto
de Estudos Geográficos e pela Comissão Nacional
Especializada de Fogos Florestais (CNEFF).
A excelente aceitação deste projeto a nível
nacional levou a que fosse definida, de raiz, uma
estrutura de suporte à manutenção e correto
desenvolvimento do projeto. Esta situação contribuiu
para que, no ano letivo seguinte, as atividades do
PROSEPE fossem vinculadas à região Centro, de
onde, paulatinamente, foi irradiando, tendo tido um
primeiro avanço, em direção à região do Norte e,
somente depois, ao Sul do país, acabando por numa
fase posterior, se estender às regiões autónomas da
Madeira e dos Açores.
Este alastramento do PROSEPE pelo país
fora e para as ilhas resultou não só da sua valia,
mas também do seu reconhecimento por parte
de diversas entidades, que viram um projecto
pedagógico de grande importância na formação de
cidadãos que assim ficam mais consciencializados
e sensibilizados para os problemas dos incêndios
florestais e dos espaços florestais no nosso país.
Além disso, a pedagogia adotada pelo
PROSEPE, desde há dezanove anos temlhe garantido o “título” do maior projeto de
sensibilização, bem como do mais emblemático e
consistente de todos os projetos desenvolvidos até
a data de hoje na área da sensibilização e educação
florestal no nosso país, por apresentar não só um
grande número de atividades desenvolvidas, mas
também, pela extensa Rede de Escolas Aderentes,
e pelo elevado número de participantes ativos, que
compõem os Clubes da Floresta, desde do ensino
4 Folha Viva
pré-primário ao secundário, incluindo ainda, o
ensino especial e profissional.
A celebrar o seu décimo nono aniversário,
o PROSEPE continua a ser dinamizado pelas
várias “sementes” que ao longo destes anos
foi lançando, e que continua a lançar através
dos Clubes da Floresta inseridos nas escolas
aderentes, onde alguns destes Clubes da Floresta
têm criado raízes muito fortes, funcionando
como verdadeiros polos de sensibilização e de
consciencialização no que respeita à temática
Florestal, abrangendo não só, a comunidade
escolar mas também o público em geral,
acabando por serem vistos como os principais
elos de ligação do PROSEPE com a sociedade.
Além
destes,
o
apoio
incondicional
da extraordinária equipa de professores:
coordenadores distritais, adjuntos e colaboradores,
que trabalha voluntariamente, de braços erguidos,
com grande dedicação e empenho, são de facto
um dos pilares que tem garantido a continuidade do
projeto, sobretudo em anos mais difíceis, por estes
acreditarem que o PROSEPE é uma mais-valia
para uma melhor valorização da Floresta e para
uma mais eficaz prevenção de incêndios florestais
em Portugal, porque aposta na modificação de
atitudes e comportamentos dos jovens, já que o
esforço de todos os envolvidos valerá a pena, num
futuro próximo, daí, estes o defenderem como se
de um filho seu se tratasse.
Esta força de vontade foi sendo ganha ao longo
da evolução do PROSEPE, que foi marcado por um
período de grande crescimento enquanto projeto,
até ao ano letivo 2001/2002, entrando a partir desse
ano até a presente data, numa fase de instabilidade.
Como qualquer outro projeto financiado, a
desestabilização patente no PROSEPE há mais de
10 anos, é fruto de questões financeiras resultantes
do modo como o projeto foi sendo visto por parte
de alguns dirigentes de entidades públicas, o que
Dos primórdios à atualidade.
Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais
acabou por repercutir-se diretamente no modo
como os Clubes da Floresta evoluíram, bem como
nos entraves colocados junto dos professores e
alunos participantes neste projeto.
De um modo geral, nos últimos dezoito anos
de vida, o projeto PROSEPE trabalhou com
59.796 alunos e 4.500 professores, em 686 Clubes
da Floresta, e, a completar o seu décimo nono
aniversário, neste presente ano letivo 2011/2012,
conta com 94 Clubes da Floresta envolvendo
1776 alunos e 276 professores.
Durante os seus primeiros passos registou-se
uma evolução significativa do número de Clubes
da Floresta a aderir, quando este era apoiado
pela CNEFF – Comissão Nacional Especializada
de Fogos Florestais e pelos governos do Doutor
Cavaco Silva e do Eng.º António Guterres, por
reconheceram que o PROSEPE, enquanto projeto
pedagógico, se propunha defender uma causa
nacional (Fig.1).
Verificou-se que, de uma maneira geral, que os
quatro primeiros ciclos dedicados ao: PROSEPE – Fase
experimental, PROSEPE, Floresta Viva e Floresta Com
Vida corresponderam de facto ao momento auge deste
projeto, onde gradualmente se registou um aumento
do número de Clubes da Floresta a aderir ao projeto
(QUADRO I).
QUADRO I – Evolução do número de Clubes desde
do ano letivo 1993/1994 ao ano lectivo 2001/2002.
Ciclo
PROSEPE - fase
experimental
Tema subordinado
A Floresta é imprescindível à Vida. Vamos
todos defendê-la do fogo
Ano letivo
Nº de
Clubes
1993/1994
23
PROSEPE
Escola Sensibilizada é Floresta protegida
1994/1995
59
PROSEPE
Escola Sensibilizada é Floresta protegida
1995/1996
91
PROSEPE
Escola Sensibilizada é Floresta protegida
1996/1997
132
Floresta Viva
A Floresta na origem dos transportes aquáticos
1997/1998
225
Floresta Viva
Florestas: do artesanato à indústria
1998/1999
265
Floresta Viva
A Floresta no futuro, um bem a preservar
1999/2000
319
Floresta Com Vida
(Re)nascer com sementes de esperança
2000/2001
356
Floresta Com Vida
A infância da floresta, como perspectiva de
futuro
2001/2002
357
Fonte dos dados: PROSEPE
Em termos de distribuição espacial o número de
Clubes da Floresta restringiu-se quase aos concelhos
a Norte do rio Tejo, cobrindo substancialmente quase
todos os concelhos com o passar dos anos, com algumas
situações pontuais, na região Sul, especialmente no
Algarve (Fig.2).
A região Noroeste, de um modo geral, é aquela
que registou o maior número de jovens e professores
a aderir à rede PROSEPE, o que poderá ser explicado
pela importância que os incêndios florestais assumem
no Norte do país, sendo para eles, uma mais-valia,
aderir ao PROSEPE a fim de mudar o rumo ao qual os
espaços florestais estão vinculados e, de certo modo,
colmatar os incêndios florestais nessa região.
Fig.1 – Evolução do número de Clubes da
Floresta da rede PROSEPE.
Folha Viva 5
Clubes da Floresta da rede PROSEPE.
Dos primórdios à atualidade.
1993-94
1994-95
1995-96
1996-97
1999-00
2000-01
2001-02
2002-03
1997-98
2003-04
1998-99
2004-05
Fig.2 – Distribuição espacial do número de Clubes da Florestas, entre o ano letivo 1993/1994 até ao ano letivo 2004/2005.
6 Folha Viva
Folha Viva 7
Clubes da Floresta da rede PROSEPE.
Além disso, é de salientar que, o PROSEPE
teve um grande impulso e destaque a nível nacional,
pelos seus Encontros Nacionais, que reuniam
os Clubes da Floresta ativos em que, todo um
conjunto de professores acompanhava os alunos,
num ambiente onde “a brincar se ia aprendendo”.
A estes Encontros não faltou a participação
de diversas entidades, desde Diretores-Gerais e
Secretários de Estado, até Ministros e um deles
contou com a presença do Primeiro-ministro, Eng.º
António Guterres, que todos eles fizeram questão
de marcar presença nos sucessivos Encontros dos
Jovens com a Floresta, entre os anos letivos de
1993/1994 e 2000/2001.
Após a fase inicial, observou-se uma
crescente tendência na redução do número de
Clubes da Floresta aderentes à rede PROSEPE
(QUADRO II), marcado na passagem dos anos
letivos:
• 2001/2002 para 2002/2003, numa redução em
34 Clubes da Floresta;
• 2002/2003 para 2003/2004 com menos 122
Clubes da Floresta;
• 2004/2005 para 2005/2006 numa redução em
20 Clubes da Floresta;
• 2006/2007 para 2007/2008 com menos 34
Clubes da Floresta;
• 2008/2009 para 2009/2010 numa redução na
ordem de 88 Clubes da Floresta.
• 2010/2011 para 2011/2012, com menos de 16
Clubes da Floresta.
Pela primeira vez, observou-se uma redução
considerável no número de Clubes da Floresta
aderentes, na passagem do ano letivo de 2001/2002
para o ano 2002/2003, reflexo das sucessivas
mudanças de dirigentes que ocorreram no seio
da instituição que financiava o projeto, antes da
sua extinção, que consequentemente acabou por
destabilizar, de certa forma, o bom funcionamento
do PROSEPE.
A partir deste momento, o projeto foi registando
uma progressiva redução no número de Clubes
8 Folha Viva
Dos primórdios à atualidade.
QUADRO I – Evolução do número de Clubes do ano
letivo 2001/2002 ao ano lectivo 2011/2012.
Ciclo
Tema subordinado
Ano
letivo
Nº de
Clubes
Floresta Com Vida
A infância da floresta, como perspectiva de futuro
2001/2002
357
Floresta ConVida
Olhar pela Floresta
Ano Cinzento - Olhar
pela Floresta
Conhecer, Sentir e
Viver…a Floresta
Floresta, sistema em equilíbrio
2002/2003
323
Na floresta há espaço para a aventura
2003/2004
201
O uso múltiplo da floresta
2004/2005
201
181
Vamos viver a floresta
2005/2006
Entre a cinza e o verde, você decide
2006/2007
193
Floresta em Festa
2007/2008
159
Floresta on-line
2008/2009
180
Mexa-se na (e pela) Floresta
2009/2010
92
Floresta, Fonte de bem-estar
2010/2011
110
Floresta, Fonte de Vida
2011/2012
100
2005-06
2006-07
2007-08
2009-10
2010-11
2011-12
Fonte dos dados: PROSEPE
2008-09
Fig.3 – Distribuição espacial do número de Clubes da Floresta, entre o ano letivo 2005/2006 até ao ano letivo 2011/2012.
Folha Viva 9
Clubes da Floresta da rede PROSEPE.
da Floresta (Fig.3), resultando dos fracos apoios
financeiros, mas, sobretudo, da falta de disponibilidade
por parte dos professores e alunos em dedicar-se ao
projeto devido à elevada carga horária escolar, e ao
fraco apoio dos dirigentes das escolas.
Um dos momentos mais críticos, no
funcionamento deste projeto ocorreu na
passagem do ano letivo 2008/2009 para o ano
letivo 2009/2010, onde a significativa redução
do financiamento do PROSEPE, que já se vinha
a fazer sentir uns anos atrás (comprovada pela
gradual redução dos Clubes da Floresta ativos)
levou a que a Coordenação Nacional se visse na
obrigação de interromper as suas funções, tendo
ficado a continuidade do projeto, nas mãos de cada
um dos Clubes participantes.
O retorno da Coordenação Nacional às suas
funções, no ano letivo seguinte, e algum apoio
financeiro, ainda que não em tempo util e embora,
pouco significativo alimentou de novo a esperança.
Contudo, muitas têm sido as tentativas para
manter o projeto, não só por parte de toda a
equipa aderente a este projeto, mas também, por
parte dos ex-alunos prosepianos, que se vêem
na graça de transmitir às novas gerações aquilo
que conheceram e aprenderam com o PROSEPE,
criando ou até mesmo reativando antigos Clubes
da Floresta.
A cada novo ano letivo, o regresso dos Clubes
da Floresta é caracterizada pela apresentação
de uma série de atividades propostas pela
Coordenação Nacional, cuja principal finalidade
é incentivar os jovens prosepianos a explorar
as potencialidades que a Floresta tem para
oferecer, num sentido de sensibilizar e de criar
responsabilização junto destes.
Os entraves colocados ao PROSEPE, ao
longo destes últimos anos levaram a que, de um
modo geral, o número de atividades propostas
começasse a ser mais reduzido.
10 Folha Viva
Os concursos fazem parte integrante do
PROSEPE desde o seu início, no ano letivo
1993/1994, que visando promover efetivamente
a execução, por alunos e professores, de vários
trabalhos de âmbito escolar, relacionados com
atividades desenvolvidas a implementar em espaços
florestais. Por outro lado, visando promover as
corretas atitudes a tomar na Floresta, procurando
sempre reduzir o numero de incêndios florestais
e a área ardida. Nesse ano letivo, foi lançado o
primeiro concurso com sete temas abrangendo
banda desenhada (fig.4), desenho, cartaz, versos,
prosa, fotografia e vídeos.
Dos primórdios à atualidade.
Os Clubes vencedores tiveram a possibilidade
de participar na cerimónia de atribuição de prémios,
materializado no Encontro Nacional de Coimbra.
Nos anos letivos seguintes foram introduzidos
novos temas de trabalho desde monografias, selo
de correio a trabalhos a três dimensões (fig.5).
A) Monografia sobre
“O Carvalho” pelos
alunos do Clube da
Floresta, Escola EB
2/3 de Oliveira do
Hospital
A partir do ano letivo 2001/2002, os concursos
começaram a ser restringidos nomeadamente,
às comemorações do Dia de São Martinho
(Quadras de São Martinho) (fig.6) e Quadra
Natalícia (Árvores, Presépios, Postais de Natal)
(fig.7), a trabalhos a três dimensões como Maio(s)
PROSEPE (fig.8) e Polenix, por exemplo (fig.9)
e ao trabalho cibernético, nomeadamente, ao
nível da atualização da página web do Clube da
Floresta (fig.10).
A
B
B)Trabalhos a três
dimensões – “A
Floresta na origem
dos transportes
aquáticos” – Clube
da Floresta da Escola
Sec. de Pombal.
Fig. 6 – Quadra de São Martinho levada a
concurso.
A) Àrvore de natal
B) Postal de natal
C)Selo da Floresta
C
Fig.4 – Banda desenhada intitulada “Um Morcego
no Agroal” do Clube da Floresta da Escola C+S de
Freixianda.
C) Presépios
Fig. 5 – Exemplos de trabalhos realizados pelos
Clubes da Floresta, por tema de concurso.
Fig. 7 – Temas apresentados a concurso na
Quadra Natalícia.
Folha Viva 11
Clubes da Floresta da rede PROSEPE.
Fig. 8 – Maio(s) PROSEPE.
Além dos concursos, que acompanham
o PROSEPE desde o seu nascimento, uma
outra atividade de grande importância que tem
alimentado este projeto ao longo destes de dezoito
anos, são as atividades comemorativas realizadas
pelos Clubes da Floresta durante o ano letivo, em
datas oportunas, da qual algumas são facultativas
e outras são consideradas obrigatórias.
De entre as comemorações obrigatórias
salientam-se:
• Dia de São Martinho, celebrado a 11 de
novembro, num ambiente de muita alegria
e diversão onde os Clubes da Floresta
presenteiam a comunidade escolar com o
tradicional magusto de São Martinho, jogos
populares (corrida de sacos, tração da corda,…),
colocam ainda em exposição os seus trabalhos
elaborados à base de materiais provenientes da
Floresta, que culminam com quadras e lendas
sobre São Martinho, bem como com algumas
receitas gastronómicas que recorrem ao uso da
castanha (fig.12).
Os festejos neste dia possibilitam aos novos
Clubes da Floresta darem-se a conhecer à
população escolar.
A
Dos primórdios à atualidade.
• Dia da Floresta Autóctone, como o próprio
nome indica, a comemoração deste dia a 23
de novembro, é direcionada para a Floresta
Autóctone, onde, ao longo do dia, são realizadas
inúmeras atividades que vão desde percursos
pelo espaço envolvente/próximo da escola,
com apanha de sementes e folhas de plantas
herbáceas, arbustos e árvores, até à sementeira
(fig. 13a) ou à plantação de espécies autóctone
no espaço escolar (fig.13b). Neste dia são
ainda realizadas as Olimpíadas da Floresta –
Fase Escola, onde é dada a possibilidade dos
jovens testarem os seus conhecimentos sobre
os recursos e as potencialidades que a Floresta
oferece ao Homem (fig.13c).
• Quadra Natalícia, o começo do mês de
dezembro traz com ele o renascer do espírito
natalício junto dos jovens prosepianos, onde
mais uma vez, a imaginação e a criatividade
de cada membro dos Clubes da Floresta é
colocada à prova, através da construção de
postais, presépios e árvores de Natal com
base em materiais provenientes da Floresta ou
em materiais recicláveis. A exposição destes
materiais traz ao espaço escolar um ambiente
natalício muito peculiar (fig.14a,b,c).
A
A) Sementeira
A) Árvore de natal
B) Postal de Natal
B
Fig. 9 – Polenix a três dimensões.
B) Plantação
de espécies
autóctones
A) Jogos
populares
B
Fig. 10 – Concurso de Atualização da página web
dos Clubes da Floresta.
12 Folha Viva
C) Magusto tradicional de
castanha assada
B) Doce de castanha
Fig.12 – Atividades comemorativas do Dia de São
Martinho.
C
C) Olimpíadas
da Floresta –
Fase Escola
Fig.13 – Atividades comemorativas do Dia da
Floresta Autóctone.
C) Presépios
Fig.14 – Festejos da Quadra Natalícia com
exposição de trabalhos realizados pelos Clubes
da Floresta.
Folha Viva 13
Clubes da Floresta da rede PROSEPE.
• Dia do PROSEPE, comemora-se a 4 de março,
num ambiente de grande festividade e de muita
alegria, já que, é o dia dedicado a marcar o
nascimento do PROSEPE, sendo celebrado em
todo o país pelos Clubes da Floresta.
O momento auge, que marca o início desta
celebração é alcançado no hastear da bandeira
PROSEPE ao som dos hinos do PROSEPE e
do Clube da Floresta da escola, cujos membros
se apresentam todos devidamente equipados
e acompanhados ainda das insígnias do Clube
(mascote, estandarte,…) dando a conhecer à
comunidade escolar a sua atividade, enquanto,
vigilantes da Floresta.
As atividades realizadas são muito variadas, em
função das possibilidades de cada Clube, desde
a realização de palestras sobre a importância
e objetivos do PROSEPE junto da comunidade
escolar, até peças de teatro de apelo à proteção
da Floresta (fig.15a).
O Clube da Floresta neste dia expõe o seu
espólio à escola, monstrando troféus e trabalhos
realizados por eles ao longo do ano, de modo a
cativar mais adeptos (fig. 15b).
No exterior da escola, alguns Clubes da Floresta
optam por apostar na plantação de novas
espécies autóctones, garantindo não apenas
o embelezamento do espaço mas também a
missão de sensibilizar para a necessidade da
sua conservação (fig. 15c).
Fig.15a - Peça de Teatro preparada pelos Clubes
da Floresta
14 Folha Viva
Fig.15b - Exposição do espólio do Clube da
Floresta
Dos primórdios à atualidade.
Fig.16a - a) Atividade de limpeza de uma área
florestal
A concretização de cada uma destas
atividades é prova viva da atividade dos Clubes
da Floresta e de como estes jovens prosepianos
estão a crescer e a querer mudar o rumo das
nossas florestas. Todas elas, facultativas e/ou
obrigatórias, permitam difundir os ideais ao qual o
PROSEPE está votado.
Contudo, apesar dos obstáculos com que
os Clubes da Florestase se têm deparado, a
sua participação nas atividades lançadas pela
Coordenação Nacional salienta bem que os Clubes
estão de mãos erguidas, dispostos a continuar
a missão a que se propuseram quando da sua
formação: Serem os olhos vigilantes que a
Floresta não tem.
Referências bibliográficas
Fig.15c - Plantação de espécies autóctones
• Dia Mundial da Floresta, a celebração do dia
Mundial da Floresta, a 21 de março é o culminar
da designada “Semana da Floresta”, onde
durante uma semana, as atividades dos Clubes
da Floresta se pretendem com visitas a espaços
florestais e respetiva limpeza do mesmo (fig.
16a); visitas a hortos (fig. 16b) cujo fim é dar a
conhecer a biodiversidade existente; colocação
de placas identificadoras de espécies (fig. 16c)
e plantação de novas espécies florestais, sendo
muitas destas espécies originárias do parque
florestal do Clube da Floresta.
Fig.16b) Visita a um horto
LOURENÇO, Luciano (2005), Dez anos de
Sensibilização e Educação Florestal, 1993/1994
– 2002/03, Núcleo de Investigação Científica de
Incêndios Florestais, Coimbra, p.128
LOURENÇO, Luciano (2006), Floresta conVida,
2003/2004 – 2005/06, Núcleo de Investigação
Científica de Incêndios Florestais, Coimbra, p.104
LOURENÇO, Luciano (2011), Olhar pela Floresta,
2006/07 – 2008/09, Núcleo de Investigação
Científica de Incêndios Florestais, Coimbra, p.77
Fig.16c) Colocação de placas identificadoras de
espécies
Folha Viva 15
Parques Florestais Prosepe, intra e extra
Fátima Cruz, Coordenadora Distrital de Coimbra
Tendo em consideração
que o Clube da Floresta é o
motor de sensibilização para
a importância da floresta e
preservação do ambiente,
tanto na comunidade escolar, como na comunidade
local, pretendemos divulgar com este trabalho
algumas das atividades desenvolvidas por este
clube, dentro e fora da escola.
Algumas das atividades desenvolvidas intra
muros estiveram relacionadas com a construção
do Mini-Parque nos terrenos anexos à escola,
nomeadamente limpeza, arrelvamento, fertilização
do solo, construção de uma estufa, colocação de
ninhos e de placas em madeira com o nome vulgar
e científico das várias espécies vegetais, colocação
de mesas, caixotes do lixo, estrados em madeira
para os trilhos onde a relva é mais pisada e cercas
em madeira para os canteiros com flores, que tanto
embelezam o jardim. Foram realizadas algumas
actividades dramáticas neste espaço tendo como
principal objectivo a sensibilização dos alunos para
a importância da preservação do ambiente. Sempre
que possível estas actividades eram registadas em
vídeo, para posteriormente serem utilizadas nas
aulas para uma maior sensibilização dos alunos.
Relativamente às atividades desenvolvidas
extra muros da escola, é de salientar uma experiência
pioneira que consistiu na “Reflorestação da Serra
da Atalhada”, no ano lectivo de 1995/1996. Nesta
atividade foram plantadas espécies autóctones tais
como: carvalhos, castanheiros, aveleiras, bétulas,
ciprestes, faias e plátanos. Para tal foi muito
importante a visita de estudo à Mata da Margaraça,
visto que a Serra da Atalhada fez parte da mesma
mancha florestal. Esta visita foi orientada por uma
bióloga em serviço nesta mata, tendo os alunos tido
oportunidade de identificar as várias espécies da
flora existente, o modo de plantação e transplante
de algumas espécies. Também contámos com
16 Folha Viva
muros da Escola. O exemplo do Corvo
Profesora Coordenadora do Clube da Floresta “O Corvo”
a colaboração do Instituto de Conservação da
Natureza (ICN), na cedência de espécies vegetais
e com a colaboração da Câmara Municipal de
Penacova que nos cedeu o espaço na Serra da
Atalhada.
Após a plantação, este espaço foi alvo de
visitas regulares tendo em vista a preservação
deste local. Para tal os alunos do clube da floresta
acompanhados dos professores responsáveis
procederam à adubação e rega ajudados pelos
Reflorestação da Serra da Atalhada com a
presença do Coordenador Nacional do Prosepe
Bombeiros Voluntários de Penacova. Para
assinalar este contributo do Clube da Floresta, foi
colocada uma placa em madeira, identificativa da
escola no ano lectivo 1996/1997, na presença do
Sr. Coordenador Nacional do Prosepe.
No ano lectivo 1999/2000 foi publicado o
“Roteiro Geológico do Concelho de Penacova”.
O Grupo de Arqueologia e Arte do Centro (GAAC) e a
Câmara Municipal de Penacova promoveram a sua
edição. Para a execução desta obra os membros
deste Clube da Floresta efectuaram deslocações
aos locais visados no livro, designadamente ao
Botão, Palheiros, Casal de Sto Amaro, Livraria
do Mondego, Estrada de Miro, Penedo de Castro
e Moinhos de Gavinhos. Para além de muitas
informações acerca dos locais acima referidos,
este roteiro integra ainda as principais unidades
estratigráficas. Apesar do seu conteúdo fortemente
didáctico, assume-se também como um contributo
para o conhecimento, defesa e valorização do
património natural de Penacova. È de salientar que o
antigo Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio,
recebeu um exemplar desta obra, na altura da sua
deslocação à Lousã no âmbito das Jornadas sobre
a Fileira Florestal por si organizadas.
Membros do Clube da Floresta “Corvo” na entrega
do Roteiro Geológico do concelho de Penacova
ao Presidente da Républica Dr. Jorge Sampaio.
Folha Viva 17
Parques Florestais Prosepe, intra e extramuros
da Escola. O exemplo do Corvo
Clube das Sequóias lança
sementes de futuro!
Rosa Maria Carvalho, Directora do Agrupamento de Escola de Infías
No ano lectivo 2010/2011 e no âmbito do
Projecto “BOSQUES DO CENTENÁRIO”, UMA
OUTRA FORMA DE CELEBRAR A REPÚBLICA,
o Clube da Floresta participou neste projeto que
tinha como objetivo plantar um pequeno bosque de
100 espécies autóctones no Parque Verde, numa
organização conjunta do Município de Penacova,
Autoridade Nacional Florestal e da Quercus. Além
da plantação das espécies vegetais, pinheiros
mansos, carvalhos alvarinhos e azevinho, os
alunos foram sensibilizados para a importância da
manutenção dos bosques de floresta autóctone,
através de vários tipos de ações, tais como a
recolha de sementes, sementeiras e plantações ou
a limpeza e manutenção deste tipo de floresta.
Com o trabalho desenvolvido no clube
da floresta pretendemos contribuir para o
desenvolvimento da formação cívica dos alunos,
incutindo-lhes conceitos, princípios, valores e
atitudes que permitam uma utilização sustentável
do ambiente florestal.
18 Folha Viva
A sustentabilidade é um dos
temas fortes da agenda mundial,
do ponto vista ecológico
ambiental e social, e constitui,
para todos nós, um desafio
a atingir. Tendo por base a
Educação para o ambiente, que
abrange vários níveis de actuação, os quais vão
desde a vizinhança local até ao planeta inteiro, ela
exige de todos nós uma atitude pró-activa. Ao integrar
o PROSEPEÉ esta atitude que, nestes últimos anos,
tem marcado o Clube da Floresta das Sequóias da
Escola Básica e Secundária de Infías – Vizela .
Com as suas iniciativas o Clube tem desenvolvido
um conjunto de atividades e contribuído para
a formação dos nossos jovens, em prol de um
ambiente e futuro sadios. Um dos grandes objetivos
tem sido sensibilizar e educar para a preservação
da floresta, através do conhecimento da sua
importância socioeconómica, cultural e ambiental
e da adopção de comportamentos e atitudes
apropriadas para a conservação da floresta no
meio onde estamos inseridos. Partilho da opinião
do Príncipe Carlos (de Inglaterra) quando nos diz
que “no fim de contas, este é o único planeta que
temos de habitar. Nenhum outro capaz de suportar
a vida foi, até agora, descoberto”.
Neste
contexto,
quero
dirigir
um
agradecimento especial a todos os que
participaram e nos ajudaram, através da integração
das actividades do Clube das Sequóias, a
CONHECER, SENTIR E VIVER A FLORESTA
e a assumi-la como FONTE DE BEM-ESTAR.
À equipa de professores e alunos do Clube
das Sequóias o meu obrigado, pela disponibilidade
de tempo, pela oportunidade de irmos mais longe,
por promoverem a abertura da escola ao meio.
Agradeço a parceria com o PROSEPE e,
em particular, agradeço ao Coordenador Dr.
Jorge Lage, pelo constante incentivo e estimulo
fazendo com que os professores da equipa
do Sequóias espalhem sementes de futuro.
Estou certa que elas se tornarão numa floresta
humana, em perfeito equilíbrio com a natureza.
Folha Viva 19
Encerramento do ano internacional das florestas
Ministra da Agricultura, do Mar, do
Jorge Lage, Coordenador
Assunção Cristas encerrou a sessão com uma
intervenção em que mostrou ter uma ideia central
que conduza a uma estratégia de desenvolvimento
do sector florestal, dentro de um desenvolvimento
sustentável do binómio, Ambiente e da Floresta.
Na manhã do dia 14 de Dezembro, a Ministra
da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento
do Território, Assunção Cristas, presidiu ao
encerramento do Ano Internacional das Florestas,
no complexo florestal do Parque Nacional PenedaGerês (PNPG), acompanhado do Secretário de
Estado das Florestas, Eng. Daniel Campelo.
Várias entidades ligadas ao sector florestal,
a Protecção Civil Distrital, os Presidentes ou
representantes dos Municípios que abrangem
o PNPG e o Director do PNPG associaram-se a
este encerramento.
Usaram da palavra no auditório do Vidoeiro, o
Presidente do Município de Terras de Bouro, que
continua a ter uma visão desfocada do que é uma
área protegida ou um parque nacional. O PNPG
tem valor porque é um parque e o desenvolvimento
deve ser sustentável dentro desta realidade.
Falou-se da plantação de 20.000 árvores. Um
número redondo e interessante. Mas, não se disse
nada sobre a limpeza de um palmo deste Parque
ou de outros, de forma a evitarem-se os incêndios.
O Director do PNPG mostrou-se preocupado
com as árvores invasoras (leia-se mimosas) e com
os incêndios.
Para nós, são estes dois fogos (o fogo verde
das mimosas que lambe toda a biodiversidade e o
dos incêndios) que, ano após ano, vão consumindo
o encanto deste parque.
20 Folha Viva
A perspectiva de sustentabilidade requer
um equilíbrio entre a fileira florestal de produção,
que já gera uma receita de 200 milhões de euros,
e a sustentabilidade das áreas específicas,
sejam elas de lameiros, folhosas ou ripícolas.
A Ministra apelidou o PNPG de “Joia da Coroa”
e lembrou que se deve aumentar a área nacional
protegida e conservá-la, sendo importante a acção
do ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e
Floresta). Para tal é preciso aproveitar as sinergias
e trabalhar-se em rede o que passa por: mais
no Parque Nacional da Peneda-Gerês pela
Ambiente e do Ordeamento do Território
Distrital de Braga, PROSEPE
prevenção e acção preventiva e mais gente no
terreno, sendo preciso juntar o FFP (Fundo Florestal
Permanente) e o FCN (Fundo de Conservação
da Natureza), ambos geridos pelo novel ICNF.
O
enorme
endividamento
do
sector
amarra-o a compromissos, herdados do
anterior governo, de 45 milhões de euros,
enquanto apenas dispõe de 20 milhões.
Lembrou que a Floresta é o nosso
«pulmão verde» e consumidor de carbono.
No final, Assunção Cristas plantou, com
entusiasmo, com os Alunos da EB 1 do Gerês, um
carvalho no Vidoeiro e outro na mítica Pedra Bela.
Acreditamos que quer a Ministra
do MAMAOT, quer o Secretário de
Estado das Florestas, conheçam
bem o trabalho do PROSEPE/
Clubes da Floresta o da prevenção
de incêndios florestais pela
educação. Trabalho que através
dos Alunos dos Clubes da Floresta
sensibiliza a comunidade escolar, a
comunidade educativa e a família,
para que vejam na Floresta uma
grande riqueza nacional e um
bem a preservar, por um Portugal
mais verde e com mais esperança.
Foi pena que o Município
não quisesse dar a conhecer um
trabalho estruturante desenvolvido,
ano após ano, pelos Clubes da
Floresta o «Ouriço», da EB 2,3 de
Terras de Bouro, e a «Águia-real»,
de Rio Caldo, preferindo lançar
mão de trabalhos escolares para o
momento.
Folha Viva 21
Concursos PROSEPE:
Sofia Bernardino, Investigadora estagiária do NICIF Inserido nas atividades complementares do
ano letivo de 2011/2012 – Floresta, Fonte de Vida
- e organizado pela Coordenação Nacional do
PROSEPE, no âmbito do Ciclo Conhecer, Sentir e
Viver…a Floresta, foi criado o Concurso DENDRO
PLACARD.
O concurso é dirigido a todos os membros
dos Clubes da Floresta do PROSEPE inscritos no
presente ano letivo e pretende-se o envolvimento
de alunos e Professores, membros dos Clubes
da Floresta, numa maior dinâmica de interação
com o espaço florestal e com a Comunidade
Escolar, cujo objetivo é o de sensibilizar, educar e
apelar para uma maior consciência e importância
ecológica, ambiental, sócio-cultural e económica
da floresta, através da exploração/descoberta do
espaço florestal e dos seus recursos naturais,
que se tornam essenciais na vida do quotidiano,
graças aos produtos e serviços associados ao
setor florestal, sendo toda a informação reunida
e depois exposta divulgada no Dendro Placard.
Os objetivos do concurso não ficam por aqui, pois
importa também fomentar junto dos mais novos,
um espírito crítico e criativo acerca da importância
que a Floresta assume e consequentemente dos
problemas que lhe estão associados, tornandoos conscientes e voltados para a realidade
e dotando-os assim de capacidades para
agirem de uma forma salutar com a floresta.
O concurso consiste na construção de
placards (fig. 1), a partir de materiais provenientes
da Floresta, para concretizar uma exposição com
uma periodicidade mensal, com um tema diferente
todos os meses. A exposição é realizada na escola,
em espaço nobre, onde inclui informação sobre as
atividades do Clube da Floresta e sobre os temas
em concurso com a finalidade de sensibilizar toda
a comunidade escolar e não apenas os jovens
pertencentes aos Clubes da Floresta.
22 Folha Viva
Dendro Placard
Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais
Nacional onde se procede à sua disponibilização
na página Web Oficial do PROSEPE, onde todos
podem ver os trabalhos realizados, divulgandose assim, para uma comunidade mais alargada, a
importância da Floresta!
Preparação dos Dendro Placards
Fig. 1: Base da construção do Dendro Placard.
Preparação dos Dendro Placards
Neste concurso os membros dos Clubes da
Floresta participantes devem desenvolver um
Placard, todos os meses, de Outubro a Junho,
sendo que cada mês é alusivo a um tema diferente
(Tabela I) sempre relacionado com o ambiente
florestal e os seus recursos.
Tabela I – Temas em concurso correspondentes a
cada mês.
Fig. 2: Alguns dos materiais utilizados na
construção dos Dendro Placards.
Quando concluída a atividade, o trabalho final
fica em exposição, na escola, num espaço nobre,
com a finalidade de sensibilizar toda a comunidade
escolar e não apenas os jovens pertencentes a
cada Clube, incutindo-lhes também conhecimentos
e valores acerca da Floresta, dos seus recursos e a
necessidade da sua proteção (fig. 3).
Mensalmente o concurso atribui prémios (fig.
4) aos três melhores Dendro Placards construídos,
enriquecendo assim os Clubes da Floresta com
uma séries de materiais didáticos e pedagógicos
importantes para o sucesso da sensibilização
e incentivando-os a continuarem o excelente
trabalho de exploração e descoberta dos recursos
que o espaço florestal contêm a par das ameaças
de que são alvo.
Fig. 4: Prémios Dendro Placard
Na construção do Placard são permitidos
todos os tipos de materiais com destaque, claro,
para aqueles que sejam oriundos da Floresta e que
estejam bem integrados no tema mensal (fig. 2).
Esta tarefa deve ser acompanhada pelo Professor
Coordenador do Clube da Floresta!
Fig. 3: Exposição do Dendro Placard em espaço
nobre na Escola.
Para os Clubes da Floresta ficarem sujeitos
a concurso, o resultado final do Dendro Placard
no seio escolar é fotografado, juntamente com a
área envolvente onde este está inserido. Essas
fotografias são enviadas para a Coordenação
Neste âmbito, a avaliação dos trabalhos é
realizada, no mês seguinte ao da entrega dos
trabalhos, por um júri constituído pela Coordenação
Nacional e por mais cinco Coordenadores Distritais
do PROSEPE. Cada elemento do júri consulta os
trabalhos no Ciberespaço do PROSEPE, através
da internet, e classifica-os de acordo com vários
critérios, entre eles o respeito pelas normas
regulamentares, a criatividade e inovação na
abordagem do tema proposto, o sentido estético
do conjunto do trabalho, a capacidade de atração
da comunidade escolar e o uso de materiais
Folha Viva 23
Concursos PROSEPE:
provenientes da Floresta, classificando-os com um
número de 1 até 5 (em que 1 é insuficiente, 5 é
excelente).
A divulgação dos vencedores também é feita
através da internet, durante a última semana de
cada mês, prosseguindo-se posteriormente com a
atribuição e entrega dos prémios (Tabela II).
Tabela II – Prémios a atribuir aos vencedores do
concurso Dendro Placard.
Balamço do concurso (Outubro - Dezembro)
O concurso conta com 49 (quarenta e nove)
Clubes da Floresta inscritos, correspondendo a
mais de 1140 jovens membros dos Clubes, estando
distribuídos em Portugal Continental pela região
Norte e Centro (fig. 5).
No primeiro período letivo, no mês de Outubro,
com o tema “Castanhas e Castanheiros” foram
desenvolvidos 26 Dendro Placards, cujos trabalhos
premiados foram para: primeiro lugar, clube “Os
Mochos” de Estarreja, do Distrito de Aveiro; para
segundo lugar, o Clube “Cerquinhos da Sicó” de
Pombal, distrito de Leiria; e terceiro lugar, o Clube
“Vamos dar a mão à Natureza” de Vila Nova de
Famalicão, do distrito de Braga.
No mês de Novembro, com o tema “Diferentes
Formas de vida numa Floresta Autóctone” foram
realizados 25 trabalhos pelos Clubes da Floresta,
em que os premiados foram o Clube “Bolota
Radical” de Alijó, do distrito de Vila Real, o Clube
“Bioverdes” de Barcelos, do distrito de Braga e o
Clube “Os Mochos”, de Estarreja, do distrito de
Aveiro, com o 1º, 2º e 3º prémio, respetivamente.
No mês de Dezembro associados ao tema
“A Floresta que dá vida à Quadra Natalícia” foram
enviados 24 trabalhos desenvolvidos no âmbito do
concurso e os premiados foram: 1.º prémio Clube
“Cerquinhos da Sicó”; 2.º prémio, Clube “Nemus”
e 3.º prémio Clube “Os Gnomos”.
Nas páginas seguintes o Polenix irá mostrar a
excelência dos quadros vencedores...
Dendro Placard
Mês: Outubro
Tema: Castanhas e Castanheiros
1.º Classificado:
Clube da Floresta
“Os Mochos”
E.B. 2-3 Prof. Dr. Egas Moniz
2.º Classificado:
Clube da Floresta
“Cerquinhos a Sicó”
E.B. 2-3 Marquês de Pombal
3.º Classificado:
Clube da Floresta
“Vamos dar a mão à Natureza”
Centro Social de Bairro
Fig. 5: Distribuição espacial dos Clubes da
Floresta aderentes ao concurso Dendro Placard.
24 Folha Viva
Folha Viva 25
Concursos PROSEPE:
Mês: Novembro
Tema: Diferentes Formas de vida numa Floresta Autóctone
1.º Classificado:
Clube da Floresta
“Bolota Radical”
E.B. 2-3+Sec. D Sancho II
2.º Classificado:
Clube da Floresta
“Bioverdes”
E.B. 2-3 de Manhente
26 Folha Viva
3.º Classificado:
Clube da Floresta
“Os Mochos”
E.B. 2-3 Prof. Dr. Egas Moniz
Dendro Placard
Mês: Dezembro
Tema: A Floresta que dá vida à Quadra Natalícia
1.º Classificado:
Clube da Floresta
“Cerquinhos sa Sicó”
E.B. 2-3 Marquês de Pombal
2.º Classificado:
Clube da Floresta
“Nemus”
E.B. 2-3 de Passos José
3.º Classificado:
Clube da Floresta
“Gnomos”
E.B. Amadeo de Souza Cardoso
Folha Viva 27
Dia de São
Foram ainda elaborados marcadores de
Os alunos do clube da
Floresta “Bolota Radical, páginas decorados com elementos alusivos ao
da E.B. 2/3 com Sec. D. S. Martinho, nomeadamente rimas, lenda de S.
Sancho II - Alijó , para a Martinho e receitas com castanhas.
celebração do Dia de São
Martinho realizaram várias quadras e desenhos
relativos à festividade que, posteriormente, foram
colocados nos cartuchos, elaborados pelos alunos,
e distribuídos na cantina à comunidade escolar
com as castanhas assadas.
Os alunos do clube foram para as cantinas da
escola colocar e distribuir as castanhas assadas
nos cartuchos feitos por eles.
Os cartuchos foram
“Dendro do Placard”.
Quadras Vencedoras
O S.Martinho está a chegar
A lareira vou acender
Para as castanhas assar
E contigo as comer
expostos no placard
Martinho
Os
elementos
do
Clube da Floresta “Escudo
Florestal” da Esc. Sec.
Frei Gonçalo Azevedo,
desafiaram os alunos das
turmas do 7.º ano a participarem no Concurso
Polenix. Os elementos do clube interagiram com
os materiais apreendendo as técnicas e ao mesmo
tempo colocaram à prova toda a sua criatividade.
Os elementos do clube são empreendedores
natos! Investiram na compra das castanhas,
contaram-nas e, com a ajuda da cozinheira assaramnas. Depois distribuíram-nas por cartuchos catitas.
No intervalo grande, alguns elementos gritavam:
“Olha a castanha quentinha”... Alunos e professores
correram a comprar o seu cartucho! Os cartuchos
foram produzidos pelo Escudo Florestal a partir de
papéis de revistas. Ao final do dia houve ainda outro
Cada elemento do clube foi desafiado a criar
magusto, desta vez para os pais/Encarregados de
quadras com as palavras Prosepe e/ou Polenix
Educação e Professores
e, depois, decalcaram em papel várias formas
de folhas (Castanheiro e Plátano), recortaram e
escreveram em cada molde a sua quadra. As obras
foram aleatoriamente coladas no Placard para
assim serem divulgadas.
Castanhas, castanhas
assadas com sal
quentinhas, quentinhas
que não te fazem mal
Na rua está um vendedor
De castanhas assadas
É um esforço de amor
Que faz feliz a rapaziada
28 Folha Viva
Folha Viva 29
Quadra
Os elementos do Clube da Floresta
“Salvadores da Floresta”, da E. B. 1 de Panóias,
para um Natal mais ecológico procederam,
entusiasticamente,
à
construção
de
um
Presépio, Postais e Árvore de Natal, através do
aproveitamento de materiais provenientes da
floresta (pinhas, bogalhos, musgo, palha e madeira,
pinheiro com uma pinha e bagas de azevinho,
rolhas de cortiça), bem como, do aproveitamento
de materiais/reciclagem (pacotes de leite).
O Presépio e a Árvore de Natal foram colocados
em exposição na EB2/3 do Cávado (sede do
Agrupamento), os Postais de Natal foram expostos
na escola do clube, para dar a conhecer aos
colegas do segundo e terceiro anos de escolaridade
o que fazemos no nosso clube da Floresta.
30 Folha Viva
Os alunos do Clube da
Floresta “Mocho”, da E.B. 2/3
de Afonso de Paiva, para a
celebração da Quadra Natalícia
(re)construíram a árvore de Natal do ano passado.
A estrutura da árvore foi reaproveitada do ano
anterior e revestida com materiais da Natureza,
recolhidos pelos alunos. Foi fixado na estrutura
ramos de pinheiro revestindo toda a estrutura, por
fim foi decorado com frutos e flores secas (camélia,
palmeira, pinhas e roseira).
Natalícia
Os alunos do Clube da Floresta “Verdinhos”
da E. B. 1/JI Merelim S. Pedro, para a celebração
da Quadra Natalícia procederam à realização de
Postais de Natal. Esta actividade contou com a
participação de 22 alunos, que começaram por
fazer uma pesquisa na internet sobre a origem dos
Postais de Natal.
Numa segunda fase, decidiram quais os
materiais que iriam utilizar, pelo que optaram por
usar materiais provenientes das árvores: serrim,
fitas de madeira, rolhas de cortiça e folhas de
árvores. O papel utilizado era todo reciclado. De
salientar a grande ajuda que o pai de uns dos alunos
lhes deu, visto ser carpinteiro e vizinho da escola
e que lhes cedeu o serrim e as fitas de madeira.
Depois foi deitar mãos à obra e o resultado foi
surpreendente. Ficaram lindos!
Depois de acabados foram para exposição
no átrio da EB2/3 do Cávado, conjuntamente
com os trabalhos dos outros Clubes da floresta,
pertencentes a este Agrupamento de Escolas.
Folha Viva 31
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32 Folha Viva
Clube das Floresta “Os Bioverdes”
da E.B. 2-3 de Manhente, Barcelos
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Número 51 - Ano XIV - Outubro / Dezembro 11