Jesus
Morte, Ressurreição e Páscoa
04/10/2008 a
10/10/2008
10º encontro
Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa
No tempo de Jesus havia o partido dos saduceus, que não
acreditavam na ressurreição. Essa gente propôs o
Jesus uma questão curiosa em Lc 20,27-38.
Ao ler o texto acima citado, o
que entendeu você da resposta de Jesus?
Em que são diferentes a ressurreição de Lázaro (Jo11) e a
de Jesus? Com qual das duas vai ser mais parecida a
nossa ressurreição?
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10º encontro
Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa
A respeito de morte e ressurreição você vai ouvir pela vida
afora as mais variadas interpretações.
Algumas serão divulgadas por pessoas de boa fé que
acreditam mesmo estar com a verdade. Outros usarão
idéias fantásticas para levar vantagem e enganar os
que não sabem direito em que acreditam.
Veja o que a Bíblia aconselha nesses casos: (2 Tm 3,14-15)
•
Quem tem autoridade para nos ensinar os mistérios
de Deus e a vida? Por quê?
•
Por que é importante conhecer as Sagradas
Escrituras?
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Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa
Ressurreição é a transformação de vida numa coisa melhor.
Vai acontecer depois da morte; mas não precisamos
esperar tanto. Toda vez que transformamos a vida
estamos dando início à ressurreição.
Veja este exemplo de ressurreição:
Almir foi um mendigo durante 20 anos. Era chamado
Maluquinho. Bebia muito e andava sem rumo pelas ruas
de Copacabana, no Rio de Janeiro. Num dia de Ano Novo,
olhando as pessoas que voltavam para casa, sentiu que
gostaria de ter uma vida diferente. Resolveu que não ia
mais beber. O pessoal do bairro, em sinal de apoio, lhe
ofereceu um almoço num restaurante. Almir reconheceu
que foi o almoço mais importante da sua vida. Sentiu-se
valorizado. Hoje ele trabalha num Centro de Saúde, tem
família e declara para quem quiser ouvir:
“A gente pode mudar o destino”.
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Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa
No episódio da paixão e morte de Jesus destaca-se os
seguintes fatos significativos:
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Os membros do Sinédrio prenderam Jesus, interrogaram-no e
entregaram seu caso a Pilatos. (Mc 14,43-15,1)
Os discípulos abandonaram Jesus, e Pedro, o primeiro dos
apóstolos, negou seu mestre. (Mc 14,50; 14, 66-77)
Pilatos condenou Jesus à morte como “rei dos judeus”. (Mc
15,2-15)
Jesus é açoitado depois de condenado à morte. (Mc 15,15)
Jesus morreu na cruz (Mc 15,37). A cruz como suplício tem
origem na Pérsia. É usada pelos romanos na punição de
grandes faltas, como no caso de rebelião. Por sua crueldade,
os judeus a consideravam um “escândalo” e sinal de “maldição
de Deus”.
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Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa
Jesus não morre ingenuamente. A morte veio como
conseqüência de sua vida. Toda sua vida foi doação,
serviço, solidariedade, testemunho do Reino. A morte
também foi doação total. Morreu como viveu. Doando
a vida como serviço, ao reino e aos irmãos.
A morte de Jesus foi pelos mesmos motivos que todo
profeta morre em todos os tempos: colocou os valores
por ele pregados acima da própria conservação da
vida, preferiu morrer livremente a renunciar à verdade,
à justiça, ao ideal da fraternidade universal, à verdade
da filiação divina e da bondade irrestrita de Deus Pai.
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Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa
A morte de Jesus é redentora porque foi conseqüência de
extrema doação, fruto de imensa liberdade, aceitação
interior. Ele assumiu morrer livremente:
“ninguém tira a minha vida, eu a dou livremente”
(Jo 10,18).
A resposta desse sentido redentor da morte de Jesus se
torna visível pela ressurreição. Não podemos entender
a morte de Jesus isolada de sua vida, como também
não podemos entender a sua morte isolada da
ressurreição.
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Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa
Ressurreição de Jesus: a inauguração do Reino
Precisamos entender a ressurreição no contexto de toda a
vida de Jesus.
Jesus, durante toda a sua vida pregou o Reino de Deus.
Reino é a superação total de tudo aquilo que impede a
realização da vida humana em todo o seu esplendo: a
dor, o ódio, a injustiça, a corrupção, o individualismo,
ou seja, o pecado, e a própria morte.
Reino é uma situação onde Deus tenha soberania e a vida
possa desabrochar com todo o seu esplendor: a
vivência do amor, da partilha, solidariedade, paz,
acolhimento e valorização total da vida, numa
comunhão com o próprio Deus.
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Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa
Ressurreição de Jesus: a inauguração do Reino
A morte de Jesus, no entanto, parece ter sido um fracasso.
Humanamente
morreu
como
um
derrotado.
Frustraram-se as esperanças de libertação (Lc 24,21).
Os apóstolos fugiram (Mc 15,50).
O medo tomou conta dos discípulos (Jo 20,19).
A cruz foi interpretada como maldição e sinal do abandono
de Deus. Seria a morte a última palavra que Deus
pronunciou em Jesus de Nazaré?
A morte teria sido mais forte do que um amor tão
generoso?
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Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa
Ressurreição de Jesus: a inauguração do Reino
Mas eis que algo inaudito e único
aconteceu na história da humanidade. Deus o ressuscitou. Agora
tudo se esclareceu: Deus não
abandonara Jesus de Nazaré.
Ele estava ao seu lado. Ele não
era um amaldiçoado. Jesus não
era um falso profeta, mas o
verdadeiro Messias
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Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa
Ressurreição de Jesus: a inauguração do Reino
Agora se mostrou quanto a pregação de Jesus era verdadeira.
A ressurreição é a realização de tudo o que Jesus anunciou: a
libertação total da humanidade, especialmente do medo e do
domínio da morte. É a vitória de tudo aquilo que Jesus realizou: o
amor, a partilha, a fraternidade no relacionamento humano, a
justiça do Reino, a solidariedade com os pobres e os pequenos.
A ressurreição confirma que tudo o que Jesus fez estava certo; a
evangelização dos pobres, o perdão aos pecadores, a
valorização das mulheres e das crianças, a crítica aos
opressores, a reintegração dos excluídos, a reabilitação da vida.
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Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa
Ressurreição de Jesus: a inauguração do Reino
Agora sabemos:
A ressurreição significa a concretização total a absoluta do
Reino de Deus na vida e na pessoa de Jesus.
Se a rejeição de Jesus pela humanidade não permitiu que
o Reino se concretizasse historicamente, Deus,
porém, que vence o fracasso e faz viver na morte, fez
com que ele acontecesse em Jesus de Nazaré.
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Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa
Ressurreição de Jesus: a inauguração do Reino
Agora podemos clamar:
“Ó morte, onde está a tua vitória?
A morte foi tragada pela vida.”
(1 Cor 15,55).
Não foi a morte que venceu Jesus, foi Jesus que venceu a morte.
Pela ressurreição, Deus reabilitou seu Filho diante da humanidade.
No sepulcro de Jesus começou uma nova etapa da história,
o novo céu e a nova terra.
O velho mundo foi superado. O novo mundo foi inaugurado.
A Páscoa é o primeiro dia da Nova Criação.
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Oração Final
Em Vós está a fonte da vida
Considera, ó homem redimido, quem é aquele que por tua causa está pregado na cruz,
qual a Sua dignidade e grandeza. A Sua morte dá a vida aos mortos; por Sua
morte choram o céu e a terra e fendem-se até as pedras mais duras. Para que do
lado de Cristo morto na cruz, se formasse a Igreja e se cumprisse a Escritura que
diz: olharão para aquele que transpassaram (Jo 19, 37), a divina Providência
permitiu que um dos soldados lhe abrisse com a lança o sagrado lado, de onde
jorraram sangue e água. Este é o preço da nossa salvação. Saído daquela fonte
divina, isto é, no íntimo do seu Coração, iria dar aos sacramentos da Igreja o
poder de conferir a vida da graça, tornando-se para os que já vivem em Cristo
bebida da fonte viva que jorra para a vida eterna.
Levanta-te, pois, tu que amas a Cristo, sê como a pomba que faz o seu ninho na borda
do rochedo (Jr 48,28), e aí, como pássaro que encontrou sua morada (Sl 83,4),
não cesses de estar vigilante; aí esconde como a andorinha os filhos nascidos do
casto amor; aí aproxima teus lábios para beber a água das fontes do Salvador (Is
12,3). Pois esta é a fonte que brota no meio do paraíso e, dividida em quatro rios
(Gn 2,10), se derrama nos corações dos fiéis para irrigar e fecundar a terra
inteira.
Ó eterno e inacessível, brilhante e suave manancial daquela fonte oculta aos olhos de
todos os mortais! Sois profundidade infinita, altura sem limite, amplidão sem
medida, pureza sem mancha.
Das obras de São Boaventura, bispo séc XIII
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