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MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇ A
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MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
Iniciando nosso diálogo
Prezado aluno,
Neste quarto e último módulo você teve a oportunidade de conhecer e refletir os métodos e
técnicas de pesquisa, com a apresentação das características da pesquisa de campo e suas fases,
a indução estatística, a indução por analogia ou semelhança e o método dialético. Todos estes são
métodos para desenvolvimento de uma pesquisa quantitativa e qualitativa nos cursos universitários.
OBJETIVOS
• Conhecer métodos e técnicas e pesquisa;
• Apresentação das características da pesquisa de campo e suas fases;
• Indução estatística;
• Indução por anlogia ou semelhança;
• Método dialético.
Vamos iniciar nosso aprendizado!
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4.1 - OS MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA: ESTATÍSTICO, COMPARATIVO
E DIALÉTICO
REFLITA
A pesquisa é um tipo de estudo que tem uma característica única, que a distingue de outras pesquisas, por exemplo, que realizamos em um supermercado,
para adquirir um imóvel, comprar uma roupa, e várias outras pesquisas. O que
ela tem de ”especial” ou diferente é que precisa seguir o que a ciência propõe
como caminho, isto é, precisa seguir as normas da Metodologia da Pesquisa
Científica. Então, se quisermos conceituar pesquisa científica podemos dizer
que é uma pesquisa elaborada, realizada e redigida segundo os parâmetros da
ciência através de uma Metodologia.
As pesquisas podem acontecer com várias finalidades, por exemplo: A exploratória, que “garimpa” busca conhecimentos sobre algo desconhecido. Em 1980, quando começaram as pesquisas
sobre a AIDS, não se sabia absolutamente nada sobre ela.
A teórica, que segue a anterior, pois busca formar um campo de conhecimento, de teorias
sobre os fatos e fenômenos. Podemos citar como exemplo, nas primeiras décadas do século XX, as
pesquisas em Psicologia, que nascia como ciência.
A pesquisa aplicada, que visa aplicar os conhecimentos teóricos obtidos na vida cotidiana.
Por exemplo, os testes psicológicos para exame de motorista, testes para medir a inteligência, testes
de personalidade, entre outros.
4.1.1 - METODOLOGIA DA PESQUISA
Agora vem a pergunta, como fazer quando precisar realizar uma pesquisa? Existem basicamente alguns tipos de pesquisa, mas as mais comuns são a pesquisa de campo, a de laboratório
(experimental), a bibliográfica, o estudo de caso, entre outros. Iniciemos uma pequena explanação
a respeito de cada uma delas.
4.1.1.1 - PESQUISA DE CAMPO
Imagine acontecer com você algo que já aconteceu com muitos estudantes: seu “chefe” lhe
pede para fazer uma pesquisa sobre um sabonete, pois a empresa pretende lançar um que seja um
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“estouro” no mercado.
O que você faria?
Vamos pensar juntos! Quando você lê “de campo” o que vem logo à cabeça?
IMPORTANTE
Se você pensou “ir ao local onde está o que estou pesquisando”, acertou. Então,
pesquisa de campo é aquela em que vamos observar e colher os dados para
nossa pesquisa “in loco” (no local) sem interferir . Simplesmente vou lá, observo
o que estou estudando/pesquisando, colho os dados que preparei previamente
para então analisá-los, buscando descobrir qual a causa do problema e suas
possíveis conseqüências.
4.1.1.1.1 - FASES OU PASSOS DA PESQUISA DE CAMPO
1- pesquisa bibliográfica: Não posso começar uma pesquisa de campo sem conhecer que pretendo investigar. Como vou elaborar uma entrevista, um questionário
se não conheço a fundo o que vou investigar? O que eu vou observar no local? Que
perguntas eu vou fazer?
Preciso, antes de tudo, buscar conhecimentos teóricos sobre o assunto. Pela leitura
e análise do material que eu selecionei, vou esclarecendo uma porção de dúvidas e
fazendo surgir outras. Para essas, é que vou preparar um material para coletar dados
em campo.
2- coleta de dados: Devo proceder a uma coleta do material que julgo necessário
para sanar minhas dúvidas e satisfazer minha pesquisa. Para a coleta desse material
podemos utilizar o questionário, o formulário e a entrevista. Cada instrumento de coleta tem suas vantagens e desvantagens.
Questionário: É quando o entrevistado preenche de próprio punho as respostas. O
questionário tem a vantagem de ser extremamente rápido, portanto mais barato, pois
atinge um grande número de pessoas de uma só vez. É impessoal (ninguém está o
ouvindo o que ele responde), portanto a pessoa tende a responder com mais veracidade. Mas, tem o inconveniente de exigir certo nível intelectual, para que o pesquisa-
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do saiba ler, interpretar o que você pediu e responder o que está pensando.
Formulário: É quando o pesquisador preenche as respostas dadas pelo entrevistado.
O formulário é mais demorado, pois o pesquisador precisa ir de casa em casa (se
este for o local de sua pesquisa), perguntando e marcando as respostas. O pesquisado pode ficar constrangido com a situação ou com alguma pergunta e mentir. Mas
tem a vantagem de ser mais fidedigno, pois quem pergunta sabe o que e porque está
perguntando, ajudando a interpretação do entrevistado se percebe que este não entendeu a pergunta.
Entrevista: É realizada frente a frente, num diálogo. Esta deve ser previamente preparada pelo pesquisador. A entrevista é a mais fidedigna de todas, pois a pessoa
tem mais liberdade para falar, pois há apenas um roteiro a seguir, e não perguntas e
repostas. Mas tem o inconveniente de ser muito demorado, portanto muito oneroso,
e as pessoas também podem ficar constrangidas ao responder.
3- Análise dos resultados: Com os dados em mãos, vamos analisar e interpretar
os dados colhidos para concluir a pesquisa. Para tal, é comum elaborar-se quadros,
tabelas, gráficos, mapas e estatísticas, elas ajudam muito.
Por ora, ficaremos somente com a pesquisa de campo. Nas duas próximas aulas,
você terá a pesquisa experimental e a pesquisa bibliográfica. Passemos agora para
as técnicas de pesquisa que serão úteis para trabalhar e desenvolver os estudos.
I- A Indução Estatística: Baseia-se na análise de amostra generaliza a conclusão.
Exemplo 1: Das cem peças examinadas como amostra, todas estavam de acordo com as especificações técnicas. Logo, as dez mil peças, provavelmente, estarão em conformidade com as especificações
técnicas.
Exemplo 2: Das cem peças apanhadas ao acaso como amostras, cinco não atendiam às especificações técnicas. Logo, das dez mil produzidas, quinhentas não atenderão às especificações técnicas (provavelmente).
As induções estatísticas devem ser representativas e analisadas com
objetividade e espírito científico, pois podem levar as induções apressadas por amostra insuficiente ou por amostragem tendenciosa.
II) Indução Por Analogia ou Semelhança: A partir de semelhança parcial
comprovada entre dois seres, objetos ou fenômenos diferentes é lícito concluir, por semelhanças, não comprovadas como provavelmente reais.
Exemplo 1: No objeto A encontram-se as propriedades X e Y. No ob-
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jeto B encontram-se as propriedades X e Y. Encontrou-se no objeto A
a propriedade Z. Logo, no objeto B existe a propriedade Z (hipoteticamente).
Exemplo 2: O fígado do macaco tem função glicogênica. (A partir de
semelhanças comprovadas entre a fisiologia do homem e do macaco
podemos concluir que, hipoteticamente) o fígado do homem também
tem função glicogênica.
III) O Método Dialético: Segundo os métodos estudados, o mundo, as coisas
estão submetidas a uma regularidade, uma constância. Tudo acontece sempre da mesma forma, num movimento linear. Pôr isso é que podemos estudá-los da maneira que eles propõem.
As idéias têm existência absoluta, isto é, estão lá, prontas; basta estudá-las
para captá-las. Basta o sujeito observar de forma neutra e objetiva seu objeto
de estudo, já que este é imutável.
A sociedade muda muito pouco, tudo se repete num movimento mecânico.
Tudo acontece de forma lógica, harmônica, sem depender de fatores históricos, sociais, econômicos e políticos.
A vida é como um relógio. A realidade é composta de essências imutáveis.
A realidade é conseqüência do pensamento: o pensamento cria a realidade,
tudo se dá a partir das idéias, do imaterial.
Uma coisa é, ou bem isto, ou bem aquilo. Não poder ser, ao mesmo tempo,
isto e aquilo. Ex: uma democracia não é uma ditadura, nem a ditadura é uma
democracia.
Os conceitos são trabalhados em definitivo, mas, Marx acreditava que as coisas não aconteciam dessa forma. Para ele, o mundo está em constante transformação. Para entender um fato, uma coisa, um processo cientificamente, é
preciso estudar/conhecer profundamente não apenas esse fato/coisa em si,
mas tudo que a cerca.
As idéias nada mais são que a matéria absorvida e transformada pelo pensamento, tudo se dá a partir da matéria. O pensamento, a consciência, a idéia
nada mais é que reflexos da realidade. Mas esses reflexos não são passivos,
e sim ativos, pois a realidade influencia a idéia e a idéia influencia a realidade,
num movimento incessante.
O mundo, a sociedade, não é uma realidade estática, parada, não é um “relógio”; mas uma realidade dinâmica, um complexo de processos.
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Uma coisa pode ser isto e aquilo, pois contém em si mesma a sua negação/
transformação: uma democracia (por ex. dos EUA) é democracia para uma
minoria que tem todos os direitos, todo o poder; e é ditadura para a maioria,
para os pequenos, cujos direitos são ilusórios.
Tudo se transforma tudo está em contínua mudança. Por isso, a abordagem
da realidade, o “como” estudá-la; só pode ser feita de maneira que se capte/
apreenda as coisas nesse movimento: como ela (a realidade/fato/fenômeno
estudado) se modifica se desenvolve como transita de uma forma para outra.
O conhecimento tem caráter relativo, parcial, provisório; portanto buscam-se,
não todas as leis de um fenômeno, mas as determinações fundamentais.
Nenhum fato ou idéia pode ser compreendido isoladamente. Deve ser entendido a partir de sua ligação indissolúvel com a realidade, com o todo no qual
se insere. Tudo se relaciona.
4.2 - PESQUISA EXPERIMENTAL OU DE LABORATÓRIO
A pesquisa científica pode ser experimental e não experimental. E o que quer dizer isso?
Quer dizer que há dois tipos de “atuação” em uma pesquisa.
IMPORTANTE
A não experimental, quando acontece uma observação controlada do fato em
estudo, pois o pesquisador não manipula, isto é, não isola, modifica ou altera as
variáveis, não provoca eventos, apenas observa-os e registra-os para analisá-los depois. Isto acontece na pesquisa de campo e a pesquisa bibliográfica, dentre outras.
REFLITA
A pesquisa em que eu posso alterar o curso das coisas para ver o que acontece,
chamamos experimental, pois nós experimentamos alguns fatores que julgamos
serem importantes ou causa do fenômeno que estamos estudando.
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Podemos lembrar das experiências de Ciências no ensino fundamental. Numa delas, sobre
a germinação dos feijões e a necessidade do sol para produzir clorofila, os fatores que estavam alterando eram a água (sementes no algodão com água e sem água) e a luz do sol (colocar os potinhos
com sementes expostas à claridade e outra coberta com um copo) para verificar o que ocorria. A
experiência queria demonstrar que a água é um fator importante para a germinação e que o sol é
importante para produzir clorofila.
IMPORTANTE
“Experimentar” significa exercer controle sistemático e controlado sobre as condições que julgamos serem relevante-importantes para o fenômeno que estudamos. Assim, podemos observar quais as condições antecedentes, isto é, quais
as variáveis independentes ou situações que acontecem antes do fato em estudo, que são responsáveis pelo evento ou fenômeno conseqüente, ou variável
dependente assumida como objeto de estudo; isto é, o que acontece como conseqüência da variável independente. Em termos mais simples: “quem” provoca
“o que”.
Denominamos variáveis independentes as diversas condições antecedentes tomadas como
relevantes para o acontecimento de determinado fenômeno. A variável dependente são as conseqüências ou eventos provocados pela variável independente.
Assim, a água é a variável independente que “provoca” a germinação do feijão, a variável
dependente. O sol é a variável independente que “provoca” a elaboração da clorofila, esta, variável
dependente. Portanto, em uma experimentação científica, o pesquisador manipula as variáveis e
controla uma a uma (tanto quanto possível) as variáveis independentes, para verificar qual ou quais
delas são as causas da variável dependente, ou o evento em estudo.
4.2.1 - FASES DA PESQUISA LABORATORIAL
a) Pesquisa bibliográfica: Já sabemos que o primeiro passo de qualquer pesquisa
é sempre a revisão da bibliografia existente sobre o assunto. Para dar sustentação
aos experimentos, precisamos de uma boa fundamentação teórica da temática a ser
pesquisada.
b) Observação: Observar significa aplicar a atenção a um fenômeno ou problema,
captá-lo, retratá-lo como se manifesta. Não que ela só aconteça nesta fase, ela per-
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dura por todo o experimento, mas nesse momento inicial ela é imprescindível para
estabelecer relações próprias do fenômeno em estudo, no local onde ele acontece.
IMPORTANTE
A observação pode ser natural e espontânea ou dirigida e intencional. A observação é natural quando se desenrola sem nenhum preparativo, observamos como
as coisas se desenvolvem. Ela é dirigida ou intencional quando preparamos um
roteiro de observações a se realizar.
E como saber o que observar? Pela pesquisa bibliográfica nos temos uma visão geral
do assunto, conseguimos localizar nosso problema nestas leituras. Então, podemos
desenvolver teses em que situações seriam importantes de se observarem.
Esta é uma etapa muito importante na pesquisa, pois dela pode depender o sucesso
ou o fracasso da mesma. As etapas posteriores da pesquisa ficarão prejudicadas se
não partirem da observação correta e adequada dos fatos. Muitas vezes, pode completar a enumeração das causas antecedentes e variáveis.
c) Hipótese: É o enunciado da solução provável ou da possível solução do problema.
A hipótese deve ser plausível, isto é, razoável; e não pode contradizer evidências.
Deve também ser verificável, isto é, ser possível de ser testada/verificada. Geralmente sua formulação vem escrita em termos de: Se, então.
d) Experimentação: Consiste em colocar à prova a solução ou hipótese que se afirmou como resposta ou solução do problema para serem aprovadas, reprovadas ou
reformuladas. O grande objetivo da experimentação é descobrir qual ou quais das
variáveis independentes são causadoras de determinado evento.
e) Indução: Confirmada a relação constante entre a variável independente e a variável dependente através da experimentação, é licito ampliar-se esta relação para
todos os fenômenos com as mesmas variáveis nas mesmas circunstâncias. A isso
chamamos indução científica. Ela é ampliadora, e a expressão desta ampliação se
chama lei, ou seja, criamos uma regra em que cada vez que determinado fenômeno
for pesquisado dentre daquelas variantes a resposta sempre será a mesma.
A lei é a proposição que enuncia a relação constante entre variável independente e a
variável dependente, após a confirmação dos fatos mediante a experimentação.
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REFLITA
Por isso é que dizemos que a ciência tem condições de PREVER E PREDIZER
eventos. Assim é que o meteorologista prevê como será o tempo amanhã, o
astrônomo prevê eclipses, o geólogo prevê terremotos, porque em presença de
determinadas variáveis antecedentes, ocorrerão determinados eventos.
IMPORTANTE
Além de prever eventos, a ciência pode atuar sobre suas causas, evitando-as,
atenuando-as, ou mesmo, transformando-as. Para os estudantes que estão fazendo uma faculdade e desenvolvem suas pesquisas experimentais, não as fazem somente para constatar fatos do que já existem. Geralmente se avança
nas pesquisas para criar, desenvolver novos produtos na área científica como
também na área tecnológica.
Portanto, em sua área de formação, o professor poderá pedir trabalhos de cunho científico
que exijam de você todo o conhecimento para realização da experiência. Agora é só colocar em
prática.
4.3 - PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
As produções humanas foram guardadas em livros (bibliográfica), artigo e outros documentos citados abaixo. A pesquisa bibliográfica consiste no exame desse material, para levantamento e
análise do que já se escreveu sobre um assunto que adotamos como tema de nossa pesquisa. Em
outras palavras, é a pesquisa onde se examina todo o material que se selecionou acerca do tema
que vai investigar. Este material pode ser dos mais diferentes tipos, além dos citados: revistas, folhetos, CD-ROM, fita cassete, fitas VHS, DVD, filmes, dentre outros.
É a pesquisa mais utilizada por estudantes (especialmente os universitários). Podemos dizer
que a maioria dos problemas de pesquisas são solucionadas por ela. E, como já vimos, é o primeiro
passo de todas as outras pesquisas.
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Os principais passos para realizá-la são:
- Escolha do tema
- Delimitação ou especificação do tema
- Problematização do tema
- Seleção do material
- Documentação
- Redação final
A escolha do tema pode partir do professor (quando ele dá o tema ao estudante ou aos grupos), e então não há tantos problemas ao estudante. E pode ficar a critério do estudante (a).
Escolher um tema para pesquisar não é tão fácil quanto parece. Existem algumas sugestões
que podem facilitar esse “tormento”. Devemos preferir temas de domínio pessoal (ou do grupo, caso
o trabalho seja em grupo), ou seja, aquele que possuímos maior afinidade. Pode ser um assunto que
realçou o interesse durante as exposições de aulas, ou mesmo, aquela temática em uma disciplina
que você teve maior curiosidade. Aquele assunto que você sempre se interessou. São “pistas” ótimas para se escolher um tema para pesquisar. As leituras que serão necessárias serem realizadas
não será um sacrifício, pelo contrário, será um prazer. O resultado sai com muito menos esforço do
que se pesquisasse um tema pelo qual não nos interessa.
Outros fatores que auxiliam nessa escolha é ter aptidão para assunto, verificar o tempo disponível para realizá-la, os recursos materiais disponíveis e sua relevância.
Em seguida devemos delimitar ou especificar o tema, isto é, através de uma leitura exploratória, determinar o que será pesquisado (sujeito da pesquisa) e o que você quer conhecer desse
sujeito (objeto da pesquisa).
Uma forma muito usual de delimitar o sujeito da pesquisa é determinar tempo (quando?) e
espaço (onde?) que ela abrangerá.
Assim, podemos ter como sujeito de uma pesquisa a mente do homem e como objeto de
estudo o desenvolvimento dela em determinado período e lugar. Por exemplo: o desenvolvimento da
mente da criança brasileira do zero aos seis anos de idade.
A partir daí, começamos uma rigorosa busca de material que trate desse tema. É importante
selecionar os mais recentes onde, pressupõe-se, já estejam inseridos os mais antigos. Começamos
então a documentação dos textos que contém o tema. Recorremos ao Tema 1.
Então, documentar nada mais é do que o ato de comprovar o que se fala, de analisar o “acervo de textos decisivos para o esclarecimento ou demonstração do problema escolhido como tema
pelo pesquisador”.
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Será feita uma leitura criteriosa e seletiva com o objetivo de coletar material para resolver
o problema proposto. Não é preciso ler tudo o que o autor escreveu, basta ler com critérios, com
atenção para captar o relevante e fundamental (exposto como problema no projeto de pesquisa).
Para selecionar o que ler ajuda muito ler as “orelhas” do livro (dobra da capa), o índice e a
introdução. São excelentes meios de selecionarmos material para análise.
IMPORTANTE
Começamos a análise. Uma maneira prática de fazê-la é fazer uma documentação (fichamento): ler, analisar e sintetizar o material selecionado, gravá-lo (no
disquete e no computador, para não correr riscos de extraviá-los) e imprimi-lo.
Essas sínteses pessoais ou fichamentos devem conter a bibliografia completa
do texto, resumo com principais idéias e pequena apreciação própria.
Em seguida, vem o ponto alto da pesquisa: o trabalho com este material. É necessário reler,
estudar, conferir, analisar tudo o que foi coletado. Aqui se percebe se é preciso programar novas
pesquisas ou ampliar outras pesquisas.
Estrutura-se então a redação final. Chegou o momento de pensar na apresentação material
da pesquisa. Qualquer trabalho deverá apresentar três partes logicamente encadeadas: a introdução, o desenvolvimento ou corpo do trabalho e a conclusão.
INTRODUÇÃO: Por suas características, é escrita depois do conteúdo do trabalho
estar pronto, ou seja, depois do desenvolvimento e da conclusão. Apresenta o problema, mostra o estágio de desenvolvimento em que ele está a relevância da pesquisa
realizada. Deve conter o estado da questão, relevância da própria pesquisa para o
estado da questão, enfoque das idéias principais (sem estender-se), destaque das
principais fontes e referências utilizadas. Deve conter aproximadamente 20% das
quantidades de páginas do trabalho. A introdução é uma apresentação do trabalho.
Ela deve demonstrar o que é a pesquisa com clareza e objetividade, motivando o
leitor a ler e pesquisar o conteúdo desenvolvido do trabalho.
DESENVOLVIMENTO: É a parte extensa do trabalho (cerca de 70%). É a fundamentação lógica do trabalho de pesquisa, cuja finalidade é expor, demonstrar e debater
o material coletado frente à problematização levantada. Aqui se desenvolve a idéia
principal, onde se torna explícito o que estava implícito, onde o complexo torna-se
simples, onde se analisa e se compreende o problema estudado, tornando claro tudo
o que estava obscuro. É a etapa onde se explica, discute, fundamenta e enuncia proposições. Dá ao autor o domínio do assunto.
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MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
CONCLUSÃO: Fase final do trabalho. É o fechamento da pesquisa, onde tudo o se
une e se completa. Consiste em uma retomada dos resultados coletados com a pesquisa. Apresentamos estes resultados confirmando nossa tese de trabalho com argumento decisivo sem maiores comentários. Ressalta o alcance e as conseqüências
dos esclarecimentos prestados com possíveis méritos de seus avanços em termos de
respostas para a problemática.
No desenvolvimento dessas três etapas da pesquisa bibliográfica, utilizamos dados para fundamentar a escrita. Estes dados são apresentados por referência a outras obras e autores através
das citações.
4.4 - CITAÇÕES (NBR10520)
Quando se quer transcrever o que um autor escreveu. Esta citação ocorre quando transcrevo
ipsis litere o que o autor escreveu e destaco estes dizeres e cito a fonte .
4.4.1 – CITAÇÃO DIRETA
a) Citação Direta Curta (NBR 12256) (com menos de 3 linhas) - Deve ser feita na
continuação do texto, entre aspas, não ocorrendo nenhum destaque.
Ex.: Maria Ortiz, moradora da Ladeira do Pelourinho, em Salvador, que de
sua janela jogou água fervendo nos invasores holandeses, incentivando os
homens a continuarem a luta. Detalhe pitoresco é que na hora do almoço,
enquanto os maridos comiam, as mulheres lutavam em seu lugar. Este fato levou os europeus a acreditarem que “o baiano ao meio dia vira mulher” (MOTT,
1988: 13).
Obs.: MOTT – autor do texto citado de que faz a citação.
1988 - o ano de publicação da obra deste autor na bibliografia.
13 - refere-se ao número da página onde o autor fez a citação (NBR 10520).
b) Citação Direta Longa (com 3 linhas ou mais) - As margens são recuadas à direita em 4 cm, em espaço um (1) (O texto deve ser digitado em espaço 1,5), com a letra
menor que a utilizada no texto e sem aspas (NBR 10520, item 4.4).
Ex.: Além disso, a qualidade do ensino fornecido era duvidosa, uma vez que
as mulheres que o ministravam não estavam preparadas para exercer tal função.
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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇ A
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
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A maior dificuldade de aplicação da lei de 1827 residiu no provimento das
cadeiras das escolas femininas. Não obstante sobressaírem as mulheres no
ensino das prendas domésticas, as poucas que se apresentavam para reger
uma classe dominavam tão mal aquilo que deveriam ensinar que não logravam êxito em transmitir seus exíguos conhecimentos. Se os próprios homens,
aos quais o acesso à instrução era muito mais fácil, se revelavam incapazes
de ministrar o ensino de primeiras letras, lastimável era o nível do ensino nas
escolas femininas, cujas mestras estiveram sempre mais ou menos marginalizadas do saber (Saffioti, 197, p. 193).
4.4.2 - CITAÇÃO INDIRETA
É a citação de um texto, escrito por outro autor, sem alterar as idéias originais. Ou então: eu
reproduzo sem distorcer, com minhas próprias palavras, as idéias desenvolvidas por outro autor.
(Pode ser chamada também de paráfrase).
Ex.: Somente em 15 de outubro de 1827, depois de longa luta, foi concedido às mulheres o
direito à educação primária, mas mesmo assim, o ensino da aritmética nas escolas de meninas ficou
restrito às quatro operações. Note-se que o ensino da geometria era limitado às escolas de meninos,
caracterizando uma diferenciação curricular de escola para escola. (COSENZA, 1993, p. 6).
4.4.3 – LOCALIZAÇÃO DA CITAÇÃO
a) No texto, a citação vem logo após o texto, conforme nos exemplos acima.
b) Em nota de rodapé, da página onde aparece a citação. Neste caso coloca-se um
número ou um asterisco sobrescrito que deverá ser repetido no rodapé da página.
c) no final de cada parte ou capítulo. As citações aparecem em forma de notas no
final do capítulo. Devem ser numeradas em ordem crescente. Esta é pouco utilizada.
d) No final do trabalho. Todas as citações aparecem no final do trabalho listadas em
ordem numérica crescente, no todo ou por capítulo. Esta também é pouco utilizada.
Após o desenvolvimento dessas três etapas, delimitamos a estrutura definitiva do trabalho,
baseando-se em quantos capítulos iremos estruturar a nossa escrita e partimos para a redação da
monografia científica.
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TEMA 4
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
4.5 - ASPECTOS TÉCNICOS DA REDAÇÃO CIENTÍFICA
Esse texto foi elaborado para tentar simplificar a vida escolar do(a) estudante matriculado(a)
nos cursos de graduação, para que aliado aos livros disponíveis nas bibliotecas da Universidade e
do próprio estudante, constantes na referência bibliográfica possa auxiliá-lo no percurso acadêmico,
bem como servir de suporte para o seu futuro TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) ou uma monografia.
O material apresentado encontra-se com fonte maior do que a norma para melhor visualização do aluno e as bordas encontradas nas páginas são elementos ilustrativos para indicação de
página.
A partir do momento que o aluno ingressa na “academia” tem contato com uma nova gama
de propostas de estudos e pesquisa e nessa linha que estamos direcionando o trabalho acadêmico,
apresentado aqui de uma forma completa, para poder ajudá-los na formatação de uma pesquisa.
IMPORTANTE
O momento é de reflexão, de entendermos o sentido real de uma pesquisa.
Não cabe para um estudante do ensino superior confundir pesquisa com cópia,
transcrição . As partes mais importantes de um texto ou um livro vão ser o embasamento teórico de um trabalho e não a parte principal. Em uma faculdade temos
que estar atentos à discussão, a argumentação, sobre o assunto pesquisado,
concluir e principalmente apresentar a fonte, a bibliografia.
Apresentamos, de uma forma completa, no formato de uma monografia, mas temos que ter o
bom senso em saber o que vai ser apresentado em um simples resumo de um capítulo de uma obra,
levantamento de um tema simples, ou um trabalho de respostas a um questionário.
As partes que compõem o Trabalho Acadêmico:
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS:
CAPA;
FOLHA DE ROSTO;
FOLHA DE APROVAÇÃO;
FOLHA DE DEDICATÓRIAS (OP);
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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇ A
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
FOLHA DE AGRADECIMENTOS (OP);
EPÍGRAFE (OP)
RESUMO;
LISTA DE TABELAS (OP);
LISTA DE ILUSTRAÇÕES (OP);
SUMÁRIO;
ELEMENTOS TEXTUAIS:
INTRODUÇÃO;
CORPO OU CAPÍTULOS;
CONCLUSÃO;
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS:
BIBLIOGRAFIA;
GLOSSÁRIO (OP);
ANEXOS (OP).
Obs: OP – Elemento opcional
Instituição de Ensino
(caixa alta e baixa; negrito e centrado)
Nome do aluno
(caixa alta; negrito e centrado)
Título
(caixa alta ; negrito e centrado)
Cidade
ano
(caixa alta e baixa; negrito e centrado)
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TEMA 4
TEMA 4
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
Instituição de Ensino
(caixa alta e baixa; negrito e centrado)
Nome do aluno
(caixa alta; negrito e centrado)
Título
(caixa alta ; negrito e centrado)
Cidade
ano
(caixa alta e baixa; negrito e centrado)
Capa
A capa é a apresentação do trabalho, ela nos remete a quem fala, a quem escreve. É a primeira impressão de quem recebe um trabalho e deve, então, ser feita com muito cuidado e zelo,
cativando o leitor. Há muita discussão sobre capa.
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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇ A
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
TEMA 4
A Folha de Rosto
Instituição de Ensino
(caixa alta e baixa; negrito e centrado)
Nome do aluno
(caixa alta; negrito e centrado)
Título
(caixa alta ; negrito e centrado)
Trabalho de metodologia científica do Curso (coloca-se o
nome do curso) da Universidade Camilo Castelo Branco sob orientação do prof. (coloca-se o nome do professor)
para aferição de avaliação.
Cidade
ano
(caixa alta e baixa; negrito e centrado)
Neste item, estamos dizendo para o leitor a que se destina o trabalho: uma disciplina, um
módulo, para cumprimento do Regime de Estudos Dirigidos – RED ou Trabalho de Conclusão de
Curso - TCC.
Em qual o curso que esse trabalho se insere? Licenciatura em Letras, Licenciatura em Matemática, Superior de Tecnologia em Informática, Bacharelado em Administração – linha de formação
específica: Geral, Marketing ou Gestão de Negócios.
Qual o professor que supervisiona esse trabalho? Deve-se sempre informar a titulação do
professor, se Mestre: Prof. (a) Ms, se Doutor: Prof. (a) Dr (a).
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TEMA 4
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
Também se deve indicar se o trabalho finaliza um módulo, um estágio, uma disciplina ou um
curso. Ex: (...) para aferição de nota..., para conclusão do curso de..., para o TCC - exigência parcial
para obtenção do certificado do curso de...
Esse item deve estar sempre alinhado e justificado a direita da folha.
Folha de aprovação
Examinador: (nome)..... Assinatura: .......................
Instituição: ...............................................................
Nota: ....................
Aprovado em: (data)
Ex: Profª. Dr. João da Silva assinatura____________
Instituição: Universidade Camilo Castelo Branco
Nota:
Aprovado em
É importante e obrigatória para uma monografia ou um TCC a folha de aprovação.
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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇ A
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
TEMA 4
Folha de dedicatória
Dedico esse trabalho aos meus avós.
É opcional e deve ser apresentada com os dizeres na margem inferior direita, em itálico. Válido para uma monografia ou um TCC.
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TEMA 4
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
Folha de agradecimentos
Agradeço aos meus amigos familiares por entender a
minha ausência no momento de minha formação.
Agradeço aos professores desta honrada instituição por
terem passado o máximo de si para produzir o nosso
saber.
A folha de agradecimento também é opcional e deve ser apresentada na margem inferior,
centrada e tabulada. Válido para uma monografia ou um TCC.
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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇ A
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
TEMA 4
Resumo
Resumo
nomnomnoimnom nomnomnomnomnomnomnomnomnomnom nomnomnoimnomnomnomnomnomnomnomnomnomnomnom nomnomnoimnomnomnomnomnomnomnomnomnomnomnom
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Palavras-chave: nomnomnomnomnomnomnomnom
O resumo é um breve apanhado geral do trabalho já concluído; ele também pode ser escrito
em Língua Inglesa (Abstract), quando necessário colocaremos na mesma página, resguardadas
todas as proporções (do tamanho da página):
O resumo em um trabalho simples é opcional, mas é exercício para o futuro TCC (Trabalho
de Conclusão de Curso), uma monografia e artigos científicos.
Exemplos de início de um resumo de trabalho:
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TEMA 4
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
O presente trabalho aborda...
A monografia em questão trata...
Os principais tópicos abordados neste trabalho são...
É importante frisarmos que o resumo é do trabalho que fizemos e não do tema geral. O aluno,
muitas vezes se estende resumindo o assunto e não o trabalho. Lembramos que ele é pontuador,
deve ter em média 250 palavras. O máximo de palavras que a NBR 6028:2003 permite é de 500
palavras.
No caso do resumo devemos trabalhar com espaçamento entre linhas simples.
As palavras-chaves são aqueles que encontramos escritas nas diversas páginas do trabalho
e que se repetem várias vezes, aconselhamos que o aluno apresente quatro ou cinco palavras.
Resumo
nomnomnoimnomnomnomnomnomnomnomnomnomnomnom
nomnomnoimnomnomnomnomnomnomnomnomnomnomnom
Palavras-chaves: mmmm,mmmm,mmmm,mmmm.
Abstract
nomnomnoimnomnomnomnomnomnomnomnomnomnomnom
nomnomnoimnomnomnomnomnomnomnomnomnomnomnom
Keys words: mmmm, mmmm, mmmm, mmmm.
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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇ A
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
TEMA 4
Sumário
Sumário
Introdução ............................................................. 00
1 – (Nome do Capítulo) ......................................... 00
1.1 – (Nome do subcapítulo) ................................. 00
1.2 – (Nome do subcapítulo) ................................. 00
2 - (Nome do Capítulo) .......................................... 00
3 – Conclusão ....................................................... 00
Anexos .................................................................. 00
Bibliografia ............................................................ 00
No Sumário nos deparamos com a paginação do trabalho. A primeira página a ser paginada
(numerada) deve ser a Introdução; para os demais tópicos do trabalho deve-se usar algarismo arábico para marcar capítulos, subcapítulos, conclusão.
A introdução, bibliografia e anexos não devem aparecer como capítulos, somente vão ser
paginados.
A contagem, não a numeração, acontece após a folha de rosto, isso não quer dizer que serão
páginas constantes no sumário. No sumário somente aparecem os elementos textuais (introdução,
capítulos e conclusão) e pós-textuais (bibliografia e anexos)
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TEMA 4
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
Introdução
Introdução
nomnomnoimnomnomnomnomnomnomnomnomnomnomnom
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nomnomnoimnomnomnomnomnomnomnomnomnomnomnom nomnomnoimnomnomnomnomnomnomnomnomnomnomnom nomnomnoimnomnomnomnomnomnomnomnomnomnomnom
A introdução é uma breve apresentação do trabalho a ser desenvolvido. Ela será o contato
principal do leitor com a obra e será a partir dela que o leitor dará início aos capítulos. Ela apresenta
a justificativa do tema a ser desenvolvido, o objetivo, a hipótese, o conteúdo dos capítulos e alguns
aspectos da conclusão do trabalho (anteprojeto).
O aluno deve ter o cuidado de não cair na tentação de contar e resolver todo o trabalho aqui,
pois se assim o fizer deixará a discussão dos capítulos sem sentido.
A NBR 14724: 2005, reforça o conceito que a introdução nos remete a aspectos importantes
para compreensão do texto, além de tratar de objetivo.
É a partir da introdução que vamos fazer a confrontação do que será dissertado e concluído.
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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇ A
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
TEMA 4
Capítulos
1 – (Nome do capítulo)
Deve ser apresentado no meio da página e centrado.
O corpo pode ser dividido em vários capítulos ou constar de um único capítulo.
Pode-se selecionar os capítulo por:
O corpo é o desenvolvimento do trabalho, é a argumentação sobre um determinado assunto.
Ordem cronológica;
Ordem de assunto.
Desenvolvimento
O desenvolvimento é a alma do trabalho, é o momento que o pesquisador vai demonstrar
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TEMA 4
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
suas habilidades de redigir sobre seu Tema;
O desenvolvimento é o ato dissertativo sobre o Tema. São os capítulos; a construção formal
do texto; a argumentação.
Cada capítulo iniciará uma nova folha. O mesmo não é valido para os sub capítulos ou subtítulos.
Devemos ter sempre fixo na elaboração da pesquisa que os capítulos são alinhados com a
hipótese afirmada na introdução, em uma ação harmoniosa entre as partes do trabalho.
Sempre o último capítulo deve amarrar o tema da pesquisa e a hipótese levantada, levando
o leitor a entender o problema discutido na pesquisa e participar da conclusão.
Conclusão
3 - Conclusão
Este item deve ser apresentado no meio da página e
centrado.
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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇ A
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TEMA 4
A conclusão de um trabalho não deve ser muito extensa e muito menos repassar todos os
tópicos já abordados.
Nas conclusões e recomendações os resultados considerados valiosos e finais para a compreensão e exame da problemática estudada serão aqui apresentados.
É importante salientar que a conclusão tem que estar alinhada com o tema proposto, com
o objetivo e a hipótese do trabalho. Aqui estará sendo apresentado a confirmação, a afirmação, do
problema proposto.
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TEMA 4
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
Para SEVERINO, 2011, p. 103, a conclusão é:
(...) a síntese para qual caminha o trabalho. Será breve e visará recapitular sinteticamente os resultados da pesquisa elaborada até então.
Da importância da conclusão como fechamento do trabalho, a conclusão é expressa em termos de síntese dos elementos relevantes analisados no trabalho.
Bibliografia
Bibliografia
Este item deve ser apresentado no meio da página e
centrado.
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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇ A
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
TEMA 4
A bibliografia é a fonte de referência de onde foi feita a pesquisa, é o embasamento teórico
sobre o assunto pesquisado. Muitas vezes um texto solto deve ser apresentado quando sua importância for relevante.
Para cada tipo de referência deve-se seguir uma norma livro, revista, jornal... Vale a pena
conferir as normas em SEVERINO, 2011.
A NBR: 14724: 2005 traz a bibliografia como referência bibliográfica o que devemos lembrar
que para ser referência os autores de estar citados no texto dos capítulos, referenciados.
Segue a orientação:
Para livros:
SOBRENOME DO AUTOR, Nome e sobrenome. Título: subtítulo. Edição. Cidade: Editora, ano de publicação.
Para revista (artigos assinados):
SOBRENOME DO AUTOR, Nome e sobrenome. Título do artigo. Nome da
revista, cidade, volume da revista, número da edição, páginas ou página do
artigo, mês e ano da publicação.
Para jornal (artigo assinado):
SOBRENOME DO AUTOR, Nome e sobrenome. Título do artigo. Nome do
jornal. Data completa do dia(dia.mês.ano). página. Caderno.
Para internet (artigo assinado):
SOBRENOME DO AUTOR, Nome e sobrenome. Título do artigo. http://www.
(dados do acesso). Acesso em {dia Mês (abreviado) ano}.
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TEMA 4
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
Anexos
Anexos
Este item deve ser apresentado no meio
da página e centrado.
Anexo 01
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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇ A
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
TEMA 4
Para cada anexo deve-se incluir uma página e numerá-lo em seqüência.
Os anexos são fotos, pinturas, documentos e informações que não caibam no corpo, mas
são de suma importância para compreensão e esclarecimento do tema.
Pode-se utilizar os anexos como referência para discussão dos capítulos anteriores. Ex: No
anexo X, p. X o gráfico aponta...
Todo anexo deve ser trabalhado com legenda quando fotos, gráficos, para explicar de onde
veio a informação ou o que significa essa informação.
A Formatação do trabalho
O trabalho acadêmico deve ser digitado em folha branca, papel A4, tamanho 12, cor normal
preta, fonte Arial ou Times New Romam. O espaçamento entre linhas é 1,5pt segundo a versão NBR
17724:2005.
A configuração da página é:
120
Superior: 3cm
Inferior: 2cm
Esquerda: 3cm
Direita: 2cm
TEMA 4
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
RECAPITULANDO
Neste quarto e último módulo você teve a oportunidade de conhecer e refletir os métodos e
técnicas de pesquisa, com a apresentação das características da pesquisa de campo e suas fases,
a indução estatística, a indução por analogia ou semelhança e o método dialético. Todos estes são
métodos para desenvolvimento de uma pesquisa quantitativa e qualitativa nos cursos universitários.
No item dois tratamos sobre a pesquisa experimental, a qual podemos alterar os dados para
verificar os resultados. Verificamos que este tipo de pesquisa tem fases, como a pesquisa bibliografia, ou seja, o referencial teórico, a observação, a hipótese, a experimentação e a indução. Estes
elementos são essenciais para a pesquisa experimental.
No item três tratamos sobre a pesquisa bibliográfica, ou seja, a pesquisa mais exigida nos
bancos escolares. Descrevemos como formular o tema, problema e hipótese para o desenvolvimento de uma verdadeira pesquisa e não simplesmente uma cópia de livros e de outros trabalhos.
Por último, tratamos dos aspectos técnicos da apresentação de um trabalho científico com
as normas da ABNT, na produção da capa, folha de rosto, sumário a referência bibliográfica e outros
itens indispensáveis à veracidade da produção de conhecimento científico.
Este foi o curso de Metodologia por Ensino à distância, lembrando que sempre necessitamos
aprofundar o conteúdo aqui estudado com uma bibliografia disponível para consulta.
Boa aprendizagem e boas produções de pesquisa científica.
121
REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
[1] LÈVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34. 2ª edição. 2000.
[2] FERNANDES, M.C. P.; Fernandes, J.R. Uma Experiência Construtivista Usando Um Ambiente de Software Baseado na Web” ‚ trabalho apresentado no VII Congresso Internacional de
Educação a Distância da ABED em S. Paulo (08/2000); IV COINFE na UERJ (11/2000); II Conferência Internacional em Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação “Challenges 2001/
Desafios 2001” na Universidade do Minho em Portugal (05/2001).
[3] DEMO, Pedro. Educar é diferente de ensinar. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. Caderno Empregos. 08/outubro/2000 - p. 1.
[4] ABREU, S. Teorias da Aprendizagem. Curso Megalogo on-line: Projetos usando Animação 1.
Disponível em: <http://www.cnotinfor.com.br>. Acesso em: 20/02/2001.
[5] LUCENA C.J.P., Fuks H. A Educação na Era da Internet. Rio de Janeiro: clubedofuturo. 2000.
Texto do primeiro tema adaptado por: Ismail Moreira de Andrade Reis do texto original de: Maria
Cristina Pfeiffer Fernandes e José Rodrigues Fernandes
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e documentação - Referências - Elaboração. NBR 6023 . Rio de Janeiro, 2000.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e documentação – Trabalhos
acadêmicos – Apresentação. Nbr 14724. Rio de Janeiro, 2001.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Numeração progressiva das seções de
um documento. NBR 6024. Rio de Janeiro, 1989.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Resumos – NBR 6028. Rio de Janeiro,
1989.
BARROS, A. J. da S. & LEHFELD, N. A. de S. Fundamentos da Metodologia Científica: Um guia
para iniciação científica. São Paulo: Makron Books, 2000.
________________________________________. Projeto de Pesquisa: Propostas Metodológicas. Petrópolis: Vozes, 2001.
CERVO, A. L. e BERVIAN, P. A. Metodologia Científica. São Paulo: Makron Books, 2009.
GIL, A. C. Como elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
LAKATOS, E. M. & MARCONI, M. de A. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo:
Atlas, 2010.
RUIZ, J. A. Metodologia Científica: Guia para eficiência nos estudos. São Paulo: Atlas, 1996.
SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 2011.
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Anotações
ANOTAÇÕES
Chegou a sua vez!
Aproveite o momento para sintetizar o que foi abordado neste tema, identificando as ideias
principais. Lembre-se de que essa é uma atividade de sistematização dos conceitos compreendidos, por isso você pode desenvolvê-la aqui em Anotações, ou se preferir, em seu
Diário Reflexivo, disponível no Ambiente Virtual da Disciplina.
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Anotações
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Download

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