PROJETO DE EXTENSÃO
Laboratório Interdisciplinar de Jogos Colaborativos
Aprovado pelo edital 05/2014/PROEX
SUMÁRIO
RESUMO................................................................................................................................... 1
JUSTIFICATIVA ..................................................................................................................... 2
REFERÊNCIAL TEÓRICO ................................................................................................... 3
RELAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E CULTURA ........................... 5
RELAÇÃO DO PROJETO COM OUTRAS AÇÕES DA UFCA ....................................... 6
OBJETIVO DO PROJETO..................................................................................................... 6
OBJETIVOS SECUNDÁRIOS DO PROJETO .................................................................... 7
METAS DO PROJETO ........................................................................................................... 7
METODOLOGIA..................................................................................................................... 8
PROCESSOS AVALIATIVOS ............................................................................................. 10
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 10
RESUMO
Os jogos colaborativos são uma forma educativa de interagir com a realidade, criando
uma cultura de cooperação entre os indivíduos, com vistas a valorizar e dinamizar processos
criativos, capazes de (re)significar as relações educacionais. Proporcionar essas atividades
lúdicas na forma de metodologias educativas, de cunho interdisciplinar, valorizando os saberes
e a participação voluntária é a premissa desse projeto.
Este surge ao constatarmos à necessidade de incitar, exercitar e divulgar a proposta
como uma ação (re)educativa, capaz de transformar nosso condicionamento competitivo em
alternativas cooperativas para conviver em grupo.
Para isso, a criação de grupos de estudos, o levantamento e sistematização dessas
atitudes pedagógicas e os relatos de experiência das aplicações metodológica serão utilizados,
em conjunto a eventos, palestras e publicações; com o objetivo de tornar a educação um
processo não-excludente, dinâmico e horizontal dos participantes.
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JUSTIFICATIVA
As metodologias representadas nas tecnologias educacionais voltadas aos jogos
colaborativos propõem uma forma de interagir com a realidade, favorecendo uma cultura onde
as pessoas possam partilhar seus conhecimentos de forma integrada, com menos exclusão e
maior participação. Nossa premissa é facilitar a convivência e possibilitar a construção de
conhecimentos utilizando o poder lúdico, presente nos jogos colaborativos.
Essa proposta surge ao constatarmos à necessidade de incitar, exercitar e divulgar a
proposta dos jogos colaborativos como uma ação (re)educativa, capaz de transformar nosso
condicionamento competitivo em alternativas cooperativas para conviver em grupo.
Compreendemos que a competição e a colaboração são ensinadas e aprendidas por meio
de diferentes formas de interação humana, no entanto, segundo MATURANA (2002), o ser
humano não é naturalmente competitivo e sim um ser colaborativo desde seus primórdios,
depende, portanto, de nossa interação com a realidade em reforçar o modelo atual (competitivo)
ou repensar os processos de interação social.
A realidade é que a competitividade gera uma onda que descaracteriza o ser humano
quanto ser social, favorecendo uns em detrimento de outros, fortalecendo o individualismo e a
racionalidade instrumental.
Este, portanto, justifica-se pela necessidade social de uma ação humanística, onde as
pessoas constroem de forma colaborativa conhecimentos capazes de mudar a cultura de onde
estão inseridos, indo de encontro a se enfatizar o individual em detrimento ao coletivo,
promovendo assim, as relações sociais como processo que ampliam a legitimidade das decisões
que só podem ser alcançadas em discussão, orientados pelos princípios da inclusão, do
pluralismo, da igualdade participativa, da autonomia e do bem comum.
Nesse campo, temos especial atenção com a educação, procuraremos estabelecer uma
conexão entre a utilização de jogos como proposta metodológica e os valores que necessitamos
exercitar para facilitar a relação de ensino/aprendizagem de forma colaborativa e
horizontalizada.
Pretendemos dialogar, portanto, sobre as diferentes dimensões que os jogos
colaborativos alcançam e como estes podem romper as barreiras que separam as dimensões
filosóficas, sociológicas, psicológicas e educacionais, visando uma atitude interdisciplinar em
todo o processo da construção cognitiva.
Proporcionar atividades colaborativas de cunho lúdico possibilitam uma aproximação
do problema apresentado com os estudantes e professores da UFCA e de escolas públicas.
Transversalmente, a utilização destas metodologias educativas podem tornar mais dinâmica as
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aulas, as reuniões e as atividades gerais de grupos, favorecendo um processo de trabalho
conjunto, de forma participativa, através de jogos que estão presentes em toda a história da
humanidade.
Entre nossos objetivos está o de favorecer o trabalho em conjunto, apoiado pela
capacidade do lúdico, visando a participação voluntaria e proporcionando atitudes positivas
para a integração e colaboração em vistas a produção de conhecimento (através de estudos de
caso, produção de artigos e sistematização metodológica) e como forma de afetar o cotidiano
(através de atividades críticas sobre a realidade e a competitividade) dos participantes de nossas
ações.
Estudantes e professores da UFCA e de colégios públicos formam o público direto,
através da participação nas atividades propostas; e indireto, como interlocutor, multiplicador e
divulgador de atividades e valores que propomos para esse projeto.
No estágio inicial vamos realizar o levantamento de ações fundamentadas em jogos
colaborativos, sistematizar essas atividades, impulsionar a criação de metodologias, jogos e
atividades que serão aplicados junto aos estudantes e professores. O papel dos diversos
colaboradores e de outros projetos/atividades de extensão da UFCA e de outras instituições,
assume fundamental importância na formação e articulação dos objetivos desse projeto, deste
modo, formar uma rede que articule as informações sobre o tema, para que assim, possamos
dialogar de forma colaborativa, também é um compromisso que este projeto assume. A partir
destes pontos, poderemos apresentar a comunidade acadêmica, importantes resultados destas
ações e articulações e então repensar e assumir novas estratégias visando a continuidade do
projeto.
REFERÊNCIAL TEÓRICO
A horizontalidade das relações educacionais norteia as referenciais deste projeto, esta
permeia o trabalho de Freire (1987, 1996), sendo estabelecida como uma base dialógica onde
os atores do processo se encontram lado-a-lado, trabalhando em conjunto para criar os
fundamentos necessários da ação pedagógica, entendendo que “ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção” (FREIRE, 1996).
Cabe-nos uma atitude interdisciplinar, que rompa a barreira que separa os
conhecimentos e os horizontalize, afinal os “paradigmas clássicos, fundados numa visão
industrialista predatória, antropocêntrica e desenvolvimentista, estão se esgotando, não dando
conta de explicar o momento presente e de responder às necessidades futuras.” (GADOTI,
2003). Definimos a interdisciplinaridade de acordo com Fazenda (2008) e Gadoti (2003), como
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uma atitude pedagógica que visa romper a barreira positivista de fragmentação das disciplinas,
que reconhece a importância dos diversos saberes e vincula aos participantes, redescobrir seus
talentos e rever suas práticas em torno de uma forma sistêmica da produção cognitiva.
Para que esse diálogo entre educação e interdisciplinaridade ocorra, cabe-nos
compreender o papel fundamental da participação, que segundo Boardenave (1983), “é fazer
parte, tomar parte ou ter parte” em algo, em grupo, levando os atores envolvidos no processo
a “se sentir” parte, reconhecendo-se sujeito do processo de tomada de decisão. Não podemos
pensar uma educação horizontal, fundamentada na interdisciplinaridade, sem oportunizar vias
para a participação.
Os jogos colaborativos são o método ao qual utilizaremos para provocar a participação
no processo educativo, segundo Broto (1997), estes funcionam como uma
“estrutura alternativa onde os participantes jogam com o outro, e não contra o
outro. Joga-se para superar desafios e não para derrotar os outros; joga-se para
se gostar do jogo e pelo prazer de jogar. São jogos onde o esforço cooperativo
é necessário para se atingir um objetivo comum e não para fins mutuamente
exclusivos”.
Os jogos, para Huizinga (2000) e Cailois (1990), fazem parte da história da humanidade,
enchendo de significado atividades lúdicas que são pensadas com uma vocação social, capazes
de interação, com um sentido e contribuem para a socialização de temas e pessoas.
A professora MCGONIAL (2012), afirma que os jogos afetam a realidade de seus
participantes pois oferecem: a) Metas que geram um senso de objetivo claro, b) regras que
estimulam os participantes a explorar criativamente possibilidades, c) trazem um sistema de
feedback claro, que demonstram o progresso para se atingir a meta e d) tudo isso possibilitado
por meio da participação voluntária.
Atingir satisfatoriamente estes pontos seria de difícil acesso metodológico, por isso,
estamos interessados em jogos, digitais ou analógicos, e em atividades colaborativas por meio
destes, visto que, os pontos apresentados são complexos a nossa realidade, mas quando
atingidos através destas atividades lúdicas, provocam o que a psicologia positiva chama de
fluxo, uma forma endógena de se produzir felicidade (MCGONIAL, 2012).
Para que possamos ter essa base assentada em uma participação que possa fazer, tomar
e ter em vistas a se sentir parte (BOARDENAVE, 1983), a colaboração é indispensável no
processo quando contraposto ao conceito de competição.
Quando pensamos em cooperação, a história humana nos remete diretamente aos
homens das cavernas, coletores, das sociedades primitivas, que trabalhavam em conjunto para
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obter seu alimento e possibilitar a sobrevivência do grupo de forma natural (MATURANA,
2002). Essa é uma forma de participação colaborativa vista na história humana. Maturana
(2002), nos descreve, em contra partida a cooperação, que a competição é um fenômeno cultural
e humano, e não constitutivo do biológico, portanto, antinatural do ser humano.
Concluímos esse referencial compreendendo que as ações voltadas aos jogos
colaborativos são capazes de fomentar a participação, visto que valorizam o conjunto, a
conquista de metas que seriam impossíveis de forma individual. Buscaremos reconhecer e
sistematizar essas experiências (ações, atitudes e metodologias), que vão de encontro ao
paradigma individualista formado pela racionalidade instrumental, viabilizando a formação de
uma cultura da participação voluntária e colaborativa, aproximada ao conceito dialógico que,
segundo Tenório (2005), amplia a legitimidade das decisões que só podem ser alcançadas em
processos de discussão, orientados pelos princípios da inclusão, do pluralismo, da igualdade
participativa, da autonomia e do bem comum. Dialogando assim com os princípios Freirianos
e com uma atitude interdisciplinar que reconhece o valor dos diversos saberes e da integração
entre estes.
RELAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E CULTURA
Realizaremos o levantamento e a sistematização de jogos colaborativos, que serão
apresentados através de seminários, palestras, site, redes sociais e e-books para professores e
estudantes como forma de dinamizar o processo ensino/aprendizagem de forma indissociada
como metodologia educacional.
O projeto visa a criação de um grupo de estudos sobre o tema e os temas transversais
para essa sistematização, buscando além de compreender conceitos, operacionalizar a utilização
destas metodologias com todos os participantes, tornando está uma sistematização criativa e
participativa, não sendo meramente reprodutora de conteúdo.
O processo criativo de construção de jogos está ligado a estes estudos, entre os temas
para se trabalhar com esta metodologia estão a cultura popular, os saberes locais, o território, a
saúde, a educação, as questões tecnológicas, a pratica desportiva, as brincadeiras infantis, a
sustentabilidade e os direitos humanos fundamentais como temas transversais dessa construção
cognitiva. O que, dentro do grupo de estudos, cabe aprofundar as discussões e a escolha dos
temas transversais de maior relevância.
A ação de extensão visa o princípio do acesso a informação, da participação voluntária
e da ludicidade; reconhecido na formação e levantamento de uma rede de projetos, atividades
e ações sobre o tema, com a participação de outras instituições, empresas e profissionais afins;
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para que possamos viabilizar uma melhor dialogicidade dos objetivos deste projeto. Cabe-nos
cooptar através de pesquisa estas fontes e atores para fortalecer a construção coletiva.
RELAÇÃO DO PROJETO COM OUTRAS AÇÕES DA UFCA
Este projeto pretende criar vínculos com outras atividades da Universidade Federal do
Cariri por meio de parcerias, facilitação e colaboração nas suas diversas ações e pesquisas,
estando alinhado com as perspectivas dos Programas Institucionais de Extensão – PIEs, na linha
temática: Relação entre universidade e escola básica, distinguimos este como um importante
ponto de apoio em promover a articulação entre os demais projetos voltados a educação.
O LIEGS – Laboratório Interdisciplinar de Estudos em Gestão Social, através do GSE
– Gestão Social nas Escolas, se alinha a nosso pensamento quanto ao uso de jogos como
metodologias educacionais, promovendo o protagonismo juvenil através do jogo “O Despertar
do Dragão”, inspirado na história de Dragão do Mar. Essa ação provoca uma vontade
participativa e um desejo sincero de parceria, visando compreender e sistematizar a ação para
que se possa difundi-la como prática pedagógica de atitude interdisciplinar.
O PAIDEIA – Cidade educadora, tem a perspectiva de trabalhar os saberes populares e
(re)significar as relações educativas assumindo a cidade e o território como grandes espaços
educadores, nessa perspectiva, este projeto pode ser parceiro de ações lúdicas e em estudos
voltados a metodologias educacionais.
A PROEN – Pró-Reitoria de Ensino, tem importante papel em nossas ações a partir do
momento que é potencial geradora de demanda podendo, em conjunto, promover atividades
colaborativas para os estudantes e professores da IES.
A PROEX – Pró-Reitoria de Extensão, por meio do ENEX e dos diversos projetos, é
outro potencial articulador de demandas. Durante o ENEX promoveremos atividades lúdicas
de cunho educativo, através dos jogos colaborativos com os estudantes e professores da IES e
visitantes, com o intuito de evidenciar as práticas sistematizadas e estudadas pela equipe, além
de apresentar os resultados de nossas atividades.
OBJETIVO DO PROJETO
Essa proposta surge ao constatarmos à necessidade de incitar, exercitar e divulgar a
proposta dos jogos colaborativos como uma ação (re)educativa, capaz de transformar nosso
condicionamento competitivo em alternativas cooperativas de cunho interdisciplinar.
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OBJETIVOS SECUNDÁRIOS DO PROJETO
 Fomentar a criação de metodologias, jogos e atividades que serão aplicadas junto aos
estudantes e professores;

Realizar levantamento e sistematização de ações fundamentadas em jogos
colaborativos;

Redescobrir talentos e rever práticas em torno de uma forma interconectada de produção
cognitiva;

Criação de grupo de estudos sobre o tema e temas transversais;

Provocar a participação no processo educativo através dos jogos colaborativos;

Fomentar uma cultura da participação voluntária e colaborativa;

Cultivar interlocutores, multiplicadores e divulgadores de atividades e valores que
propomos para esse projeto;

Primar pela horizontalidade das relações educacionais;

Formar uma rede que articule as informações sobre o tema;

Fomentar a participação de outros projetos por meio de diálogo constante;

Promover atividades lúdicas de cunho educativo transversalmente a eventos da UFCA
e parceiros;
METAS DO PROJETO

Criação de em um grupo de estudos sobre jogos colaborativos, de caráter aberto a
participação voluntária;

Exerceremos atividades de levantamento de ações, pesquisas e relatos que envolvam
jogos colaborativos;

Eleger iniciativas para serem aplicadas de acordo com seus referenciais metodológicos,
em caráter experimental, junto a escolas públicas e a UFCA;

Elaboração de relatos de experiência que contextualizarão à coleta de depoimentos e
registro de situações e casos relevantes que ocorreram durante a implementação dos
jogos colaborativos;

Apresentar esses levantamentos e relatos de experiência por meio de livros (em formato
digital ou impresso), seminários, conferências e encontros;

Produzir um jogo colaborativo a ser utilizado como ferramenta metodológica educativa;

Realizar arranjos a fim de formular uma rede de estudos aberta sobre jogos
colaborativos.
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METODOLOGIA
Nossas atividades se darão inicialmente com base em um grupo de estudos sobre jogos
colaborativos, de caráter aberto a participação voluntária, presencial, visando promover o
compartilhamento e a aprendizagem coletiva de conhecimentos e saberes. Neste grupo
discutiremos texto dos principais autores ligados ao tema e metodologias para implementação,
bem como temas de interesse transversal, através de encontros quinzenais, onde os textos e
temas serão debatidos e estudados.
A dinâmica do encontro consiste numa apresentação inicial do tema, realizada por um
dos membros logo na abertura dos trabalhos. Na sequência, o grupo debate as ideias em torno
do tema e elege um relator, que produzirá, ao final da discussão, um relatório contendo a síntese
das conclusões do grupo, que será disponibilizado através de meio eletrônico (site).
A cada ciclo de estudos será gerado um Fórum de Discussões no próprio site, a fim de
que os diversos participantes possam trocar ideias entre si, dando margem para que sejam
afloradas dúvidas, divergências e pontos de consenso, permitindo o efetivo aprendizado
colaborativo.
Por meio de contato com pesquisadores e entidades que trabalham com jogos
colaborativos, pretendemos, a curto prazo, articular uma rede de colaboradores através do site
do projeto, visando reunir informações e discussões (a partir de um fórum aberto) em um local
onde os participantes possam trocar ideias e experiências.
A partir de ferramentas de mapeamento colaborativo de ações educativas, notícias em
meios de comunicação, atividades documentadas de extensão universitária, estudos de pósgraduação e pesquisa em repositórios científicos; exerceremos, a médio prazo, atividades de
levantamento de ações, pesquisas e relatos que envolvam jogos colaborativos. Para
posteriormente, descrevermos os resultados destes estudos. Algumas destas iniciativas serão
eleitas, de acordo com os seguintes pontos a serem avaliados pelos participantes: a) Capacidade
de integração dos atores, b) apreço pelo interdisciplinar, c) criatividade e inovação, d) clareza
das metas e objetivos, e) sistema de regras evidente e f) possibilidade de feedback da atividade.
As atividades eleitas serão aplicadas de acordo com seus referenciais metodológicos,
em caráter experimental, junto a escolas públicas e a UFCA. A partir destas aplicações,
realizaremos pesquisa qualitativa, através de análise do discurso (MINAYO, 2013), por meio
de entrevistas com os participantes visando a elaboração de relatos de experiência que
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contextualizarão à coleta destes depoimentos e registro de situações e casos relevantes que
ocorreram durante a implementação, de acordo com as normas da ABT (2014).
Esses levantamentos e relatos de experiência serão apresentados, a longo prazo, por
meio de livros (em formato digital ou impresso) e a médio prazo em seminários, conferências
e encontros. O grupo de estudos terá papel de suporte nas ações e decisões, bem como fomentará
o suporte bibliográfico para a produção destas obras.
Utilizando-se dos conceitos criativos e metodologias de game design e concepção de
jogos colaborativos (SALEN e ZIMMERMAN, 2012a, 2012b, 2012c, 2012d; MCGONIAL,
2012), iremos produzir, a logo prazo, um jogo colaborativo a ser utilizado como ferramenta
metodológica educativa, com temática escolhida de forma participativa por meio de discussões
transversais do grupo de estudos, visando sempre a interdisciplinaridade e a relação mútua da
educação.
O desenvolvimento deste jogo colaborativo e as demais metodologias estudadas,
sistematizadas e aplicadas servirão de base para uma sequência de mediações, através de
encontros e seminários, com estudantes e professores de escolas públicas e desta IES, visando
a construção coletiva do tema e multiplicação capaz de incitar, exercitar e divulgar a proposta
dos jogos colaborativos como uma ação (re)educativa, capaz de transformar nosso
condicionamento competitivo em alternativas cooperativas de cunho interdisciplinar. Os
participantes terão a oportunidade, através da construção coletiva, de redescobrir talentos e
rever práticas, à medida que as diversas experiências são destacadas durantes estes encontros.
Em todo o processo estaremos entrando em contato com os diversos projetos e
atividades da UFCA, objetivando lançar um convite formal para o trabalho conjunto, capaz de
legitimar as ações propostas de forma democrática.
Por fim, desejamos culminar o projeto participando do ENEX com uma proposta de
interseção lúdica para os participantes, em parceria com a PROEX (final de 2015), através da
apresentação de jogos, práticas e metodologias colaborativas a todos os participantes,
convidando membros da rede para fazer parte de palestras e apresentações de seus trabalhos,
bem como, construindo um canal de parceria com associações e ONGs voltados a cultura lúdica
que possam estar monitorando a prática destes jogos oferecidos ao público, em conjunto com a
equipe do projeto, durante a duração do evento.
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PROCESSOS AVALIATIVOS
A avaliação se dará através de reuniões de grupo, trimestralmente, sintetizando as
principais atividades através de um relatório comparativo entre metas, objetivos e atividades
propostas buscando-se discutir sobre o resultado obtidos em cada atividade. Os participantes
das ações poderão participar por meio de questionários, fórum aberto e do grupo de estudos.
Através dos questionários podemos mensurar de que forma o projeto está sendo visto e
como as ações estão sendo percebidas pelos participantes. Por meio do fórum aberto (site) os
participantes poderão opinar e qualificar as ações, de forma subjetiva, discutindo sobre
melhorias do processo e da sistematização. O s membros do grupo de estudos podem participar
das reuniões trimestrais de avaliação, auxiliando no processo com relatos e ideias para a
melhoria das ações implementadas. Todos estes dados funcionam como base para melhorias
em atividades futuras.
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SALEN, Katie e ZIMMERMAN, Eric: Regras do jogo: Fundamentos do design de jogos. São
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__________________________, Eric: Regras do jogo: Fundamentos do design de jogos. São
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Paulo – SP: Blucher, 2012a. Volume 4.
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