Ficha de Unidade Curricular Unidade Curricular Designação Vídeo e Cinema Experimental Área Científica CSH – Som e Imagem Ciclo de Estudos 1º Ciclo - Licenciatura Carácter: Obrigatória Semestre: 4º ECTS: 3 Tempo de Trabalho: Horas de Contacto: 38 Ensino Teórico (T): 5 Ensino Teórico-Prático (TP): 10 Práticas Laboratoriais (PL): 20 Orientação Tutorial (OT): 3 Horas de Trabalho Autónomo: 38 Total: 76 1 PRÉ-REQUISITOS: Não tem. 2 2.1 OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM: GERAIS: Desde o momento da constituição da indústria cinematográfica que se assistiu ao desenvolvimento paralelo do campo do chamado cinema experimental ou de vanguarda, enquanto terreno privilegiado de invenção formal e iconográfica, responsável pelo constante questionamento da linguagem e dos encadeamentos dominantes a favor da criação de novas formas de organização do discurso. Questões como a da transformação do dispositivo cinematográfico, a das diversas formas de apropriação e de reciclagem de materiais preexistentes, ou a do desenvolvimento de uma obra assumidamente centrada na primeira pessoa foram assim longamente trabalhadas num contexto de exploração tanto das propriedades específicas do cinema como das suas múltiplas possibilidades de cruzamento com os outros domínios artísticos, que as práticas videográficas vieram prosseguir e transformar através do confronto com as suas próprias características distintivas. A disciplina incidirá sobre alguns dos diversos aspectos desenvolvidos neste contexto, procurando traçar um percurso que dê conta das suas principais linhas de força, numa conjuntura marcada pela crescente visibilidade e influência do trabalho das vanguardas junto de diversas zonas da prática audiovisual contemporânea. 2.2 ESPECÍFICOS: 1. Compreender a importância e o papel do campo do chamado cinema experimental ou de vanguarda no questionamento da linguagem dominante e na criação de novas formas de organização do discurso. 2. Reconhecer algumas das principais linhas de força que atravessam a história do chamado cinema experimental ou de vanguarda e da vídeo-arte. 1 3. Reconhecer as relações entre as práticas videográficas e o campo do cinema experimental, tanto a partir das suas linhas de continuidade como das transformações impostas pela mudança de suporte. 4. Ter a capacidade de assumir uma atitude crítica em relação às vertentes da produção audiovisual contemporânea mais associadas às questões trabalhadas no âmbito do cinema experimental e da vídeo-arte. 5. Dotar os alunos de uma sensibilidade à questão da experimentação que se possa reflectir no seu próprio trabalho sobre diferentes suportes audiovisuais. 2.3 TRANSVERSAIS: 1. Desenvolver capacidades cognitivas e metodológicas suficientes para a profissionalização. 2. Desenvolver competências necessárias a um trabalho autónomo. 3. Relacionar diferentes áreas de conhecimento e saberes. 4. Adquirir competências de comunicação linguísticas em diferentes suportes, suficientes para um percurso escolar/profissional internacional. 5. Desenvolver a capacidade de organização e sistematização do conhecimento. 6. Desenvolver a capacidade de pesquisa, consulta e redacção segundo diferentes fontes de informação. 3 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Introdução – O papel da experimentação no cinema e nas práticas videográficas. Dois casos exemplares: Un chien andalou, de Luis Buñuel e Salvador Dalí, e Film, de Samuel Beckett. 1 – Referências históricas: as vanguardas dos anos 20 e o cinema abstracto. 2 – Referências históricas: o cinema subjectivo americano. 3 – Referências históricas: o cinema underground e o filme estrutural. 4 – Referências históricas: a constituição do campo da vídeo-arte. 5 – “Entre as imagens”: o diálogo entre imagem fixa e imagem em movimento, imagem filmada e imagem construída. 6 – O trabalho sobre found footage. As principais formas de utilização de found footage desenvolvidas no âmbito do cinema experimental. 7 - O “estudo visual”. A análise do cinema através dos próprios meios do cinema. 8 – Formas experimentais descritivas: a paisagem e o tratamento do espaço. 9 – O eu filmado. O diário, a autobiografia e o auto-retrato. 10 – Uma estética do narcisismo? A auto-exposição e o trabalho sobre os limites do figurável. 11 – A aproximação das artes plásticas ao cinema. A abordagem das diferentes componentes da experiência cinematográfica. 12 – A passagem do filme à instalação. A concepção de instalações-vídeo por cineastas a partir dos seus próprios filmes. 4 4.1 METODOLOGIA DE APRENDIZAGEM PRESENCIAL 1) Aula teórica – Metodologia expositiva, assente no visionamento e análise de obras do campo do cinema experimental e da vídeo-arte, e na apresentação e discussão de textos correspondentes às 2 diferentes problemáticas contidas no programa. 2) Teórico /prática – Metodologia expositiva, assente no visionamento e análise de obras do campo do cinema experimental e da vídeo-arte, e na apresentação e discussão de textos correspondentes às diferentes problemáticas contidas no programa. 3) Práticas Laboratoriais – Metodologia expositiva, assente no visionamento e análise de obras do campo do cinema experimental e da vídeo-arte, e na apresentação e discussão de textos correspondentes às diferentes problemáticas contidas no programa. 4) Orientação Tutorial – Discussão dos trabalhos em curso. 4.2 AUTÓNOMA Assente na leitura e análise de textos facultados pelo docente relacionados com os diferentes conteúdos programáticos da disciplina. 5 AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS Elementos de avaliação: Trabalho escrito de análise de uma obra cinematográfica ou videográfica relacionada com as questões abordadas ao longo do programa (Ponderação: 45%). Realização de um trabalho em vídeo a partir de imagens e sons preexistentes (Ponderação: 45%). Participação oral nas aulas (Ponderação: 10%). Critérios de Avaliação : Grau de adequação do trabalho desenvolvido aos conteúdos programáticos e aos objectivos da disciplina. 6 6.1 BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA Bellour, Raymond – Entre-Imagens: Foto, Cinema, Vídeo, Campinas, Papirus, 1997 Bellour, Raymond – L’Entre-Images 2: Mots, Images, Paris, P.O.L., 1999 Brenez, Nicole – Cinémas d’avant-garde, Paris, Cahiers du cinéma, 2006 Sitney, P. Adams – Visionary Film: The American Avant-Garde, 1943-2000, Nova Iorque, Oxford University Press, 2002 6.2 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR Albera, François – L’avant-garde au cinéma, Paris, Armand Colin, 2005 Beauvais, Yann e Bouhours, Jean-Michel (dir.) – Monter / Sampler: l’échantillonage généralisé, Paris, Centre Georges Pompidou/Scratch Projection, 2000 Bellour, Raymond e Duguet, Anne-Marie (dir.) – Communications, nº 48, “Vidéo”, Paris, Seuil, 1988 Bellour, Raymond; David, Catherine; Van Assche, Christine (dir.) – Passages de l’image, Paris, Centre Georges Pompidou, 1990 Bourriaud, Nicolas – Postproduction, Nova Iorque, Lukas & Sternberg, 2001 Brenez, Nicole – De la figure en général et du corps en particulier: L’invention figurative au cinéma, Paris/Bruxelas, De Boeck & Larcier, 1998 Brenez, Nicole e Lebrat, Christian (dir.) – Jeune, dure et pure! Une histoire du cinéma d’avant-garde et expérimental en France, Paris/Milão, Cinémathèque française/Mazzotta, 2001 Brougher, Kerry (org.) e Ferguson, Russell (ed.) – Art and Film Since 1945: Hall of Mirrors, Los Angeles, The Museum of Contemporary Art, 1996 3 Hall, Doug e Jo Fifer, Sally (ed.) – Illuminating Video: An Essential Guide to Video Art, São Francisco, Aperture/BAVC, 1990 Hanhardt, John G. (ed.) – Video Culture: A Critical Investigation, Rochester, Visual Studies Workshop Press, 1986 Iles, Chrissie – Into the Light: The Projected Image in American Art 1964-1977 (cat.), Nova Iorque, Whitney Museum of American Art, 2001 MacDonald, Scott – The Garden in the Machine: A Field Guide to Independent Films about Place, Berkeley/Los Angeles/Londres, University of California Press, 2001 Mitry, Jean – Le cinéma expérimental: Histoire et perspectives, Paris, Seghers, 1971 Noguez, Dominique – Éloge du cinéma experimental, Paris, Musée national d’art moderne du Centre Georges Pompidou, 1979 Parfait, Françoise – Vidéo: un art contemporain, Paris, Éditions du Regard, 2001 Russell, Catherine – Experimental Ethnography: The Work of Film in the Age of Video, Durham/Londres, Duke University Press, 1999 Wees, William C. (ed.) – Recycled Images: The Art and Politics of Found Footage Films, Nova Iorque, Anthology Film Archives, 1993 Youngblood, Gene – Expanded Cinema, Nova Iorque, Dutton, 1969 7 RECURSOS FÍSICOS 7.1 ESPAÇOS Auditório. 7.2 EQUIPAMENTOS Leitores de DVD e de VHS, projector de vídeo e tela de projecção, sistema de reprodução sonora. 8 PLANIFICAÇÃO SEMANAL 4 Semana 01 tipo duração T 2,5 horas Descrição Apresentação do conteúdo programático, da metodologia e da forma de avaliação da disciplina. Trabalho autónomo – 2,5 horas Ler textos disponibilizados pelo docente. Descrição Introdução – O papel da experimentação no cinema e no vídeo. Dois casos exemplares: Un chien andalou, de Luis Buñuel e Salvador Dalí, e Film, de Samuel Beckett. Trabalho autónomo – 2,5 horas Ler textos disponibilizados pelo docente. Descrição Trabalho autónomo – 2,5 horas Ler textos disponibilizados pelo docente. TP PL OT Semana 02 tipo duração T 2,5 horas TP PL OT Semana 03 tipo duração T TP 2,5 horas Referências históricas: as vanguardas dos anos 20 e o cinema abstracto. PL OT Semana 04 tipo duração T TP 2,5 horas PL OT Semana 05 tipo duração T TP 2,5 horas PL OT Semana 06 tipo duração T TP PL 2,5 horas OT Semana 07 tipo duração T TP PL 2,5 horas Descrição Trabalho autónomo – 2,5 horas Ler textos disponibilizados pelo docente. Referências históricas: o cinema subjectivo americano. Descrição Trabalho autónomo – 2,5 horas Ler textos disponibilizados pelo docente. Referências históricas: o cinema underground e o filme estrutural. Descrição Trabalho autónomo – 2,5 horas Ler textos disponibilizados pelo docente. Referências históricas: a constituição do campo da vídeo-arte. Descrição Trabalho autónomo – 2,5 horas Ler textos disponibilizados pelo docente. “Entre as imagens”: o diálogo entre imagem fixa e imagem em movimento, imagem filmada e imagem construída. OT Semana 08 tipo duração T TP PL 2,5 horas Descrição Trabalho autónomo – 2,5 horas Ler textos disponibilizados pelo docente. O trabalho sobre found footage. As principais formas de utilização de found footage desenvolvidas no âmbito do cinema experimental. OT Semana 09 tipo duração T TP PL 2,5 horas Descrição Trabalho autónomo – 2,5 horas Ler textos disponibilizados pelo docente. O “estudo visual”. A análise do cinema através dos próprios meios do cinema. OT Semana 10 tipo duração T TP PL 2,5 horas Descrição Trabalho autónomo – 2,5 horas Ler textos disponibilizados pelo docente. Formas experimentais descritivas: a paisagem e o tratamento do espaço. OT 5 Semana 11 tipo duração T TP PL 2,5 horas OT Semana 12 tipo duração T TP PL 2,5 horas Descrição Trabalho autónomo – 2,5 horas Ler textos disponibilizados pelo docente. O eu filmado. O diário, a autobiografia e o auto-retrato. Descrição Trabalho autónomo – 2,5 horas Ler textos disponibilizados pelo docente. Uma estética do narcisismo? A auto-exposição e o trabalho sobre os limites do figurável. OT Semana 13 tipo duração T TP PL 2,5 horas Descrição Trabalho autónomo – 2,5 horas Ler textos disponibilizados pelo docente. A aproximação das artes plásticas ao cinema. A abordagem das diferentes componentes da experiência cinematográfica. OT Semana 14 tipo duração T TP PL 2,5 horas Descrição Trabalho autónomo – 2,5 horas Ler textos disponibilizados pelo docente. A passagem do filme à instalação. A concepção de instalações por cineastas a partir dos seus próprios filmes. OT 6