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FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES EM TECNOLOGIAS NA
EDUCAÇÃO: UMA BREVE APRESENTAÇÃO DO CURSO DE INTRODUÇÃO À
EDUCAÇÃO DIGITAL EM MACEIÓ1
Sílvia da Silva Medeiros2/CEDU/UFAL
RESUMO: Integrante dos processos formativos do Programa Nacional de Formação
Continuada em Tecnologia Educacional – PROINFO Integrado, o Curso de Introdução à
Educação Digital é um curso voltado para professores e gestores das escolas públicas que visa
a inclusão digital destes profissionais, introduzindo os recursos do computador e da internet
para que eles possam refletir sobre a dinamização de suas práticas com o uso destes recursos.
Este artigo tem o objetivo de fazer uma breve apresentação do Curso de Introdução à
Educação Digital em Maceió, que foi iniciado em 2008. O estudo envolve um breve histórico
sobre os projetos federais voltados para a informática na educação, que serviram de alicerce
para as atuais formações em tecnologia educacional, promovidas pelo MEC/SEED e
apresenta uma descrição do Curso de Introdução à Educação Digital até chegar nas formações
realizadas em Maceió.
PALAVRAS-CHAVE: tecnologia educacional; formação continuada; educação digital
1. Introdução:
O desenvolvimento acelerado dos recursos tecnológicos transformou o mundo atual,
fazendo surgir uma nova era, a “Era da Informação,” e a sociedade concebeu um novo modo
de vida, passando a ser chamada de “sociedade do conhecimento.”
Hoje, os recursos tecnológicos e midiáticos estão cada vez mais presentes na vida das
pessoas. Seus avanços proporcionam a democratização do acesso à informação e novas
possibilidades de construção do conhecimento. Nas escolas públicas, o acesso às novas
tecnologias foi considerado por muito tempo um sonho de consumo, mas agora elas se
tornaram realidade. O número de escolas que já possuem ou estão recebendo computadores
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Este artigo é o trabalho de conclusão do Curso (TCC) de Especialização em Formação de Professores em
Mídias na Educação e foi orientado pela professora Drª Georgia Sobreira dos Santos Cêa.
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Aluna do Curso de Especialização em Formação de Professores em Mídias na Educação - Ciclo avançado,
promovido pela Universidade Federal de Alagoas (2009-2010); professora da rede pública municipal de ensino
de Maceió, atuando como técnica-pedagógica da Coordenação de Tecnologia Educacional da Secretaria
Municipal de Educação de Maceió e formadora do Curso de Introdução à Educação Digital.
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do governo federal é cada vez mais crescente. A internet, que era algo distante e impensável
no espaço escolar, já está disponível em muitas escolas estaduais e municipais. O desafio é
fazer o uso consciente destas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem.
O uso das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) exige pessoas capacitadas,
que saibam aplicá-las da forma adequada na sua área de atuação. Na educação, não é
diferente. O professor precisa estar preparado para lidar com as tecnologias na sala de aula. A
participação em formação continuada, que envolva o uso pedagógico das TIC, é uma
alternativa para os professores que acreditam na necessidade de adotar uma nova postura e
pretendem dinamizar e aprimorar a sua prática pedagógica. Ao tratar da formação de
professores, Nóvoa (1996, apud. Almeida, 2000b, p. 109) acentua que: “[...] hoje, formação
não é qualquer coisa prévia à ação, mas que está e acontece na ação”.
Em Maceió, o acesso às TIC já é realidade em boa parte das escolas públicas
municipais. A cada ano, o PROINFO – Programa Nacional de Tecnologia Educacional, do
governo federal, vem ampliando o número de entrega de computadores nas escolas da rede.
Além da distribuição dos computadores com internet, o MEC também promove, desde 2008,
através do PROINFO Integrado, o Curso de Introdução à Educação Digital, com duração de
40 horas.
O Curso de Introdução à Educação Digital é um curso de capacitação para os
professores e gestores das escolas públicas, que visa à inclusão digital e social. Através deste
curso, o professor amplia seus conhecimentos sobre mídias e tecnologias, desenvolve
habilidades básicas com o manejo do computador e aprende a utilizar alguns programas no
ambiente Linux Educacional3.
Em função da importância de se conhecer experiências formativas na área de
educação, voltadas para o uso das TIC, este artigo tratará do Curso de Introdução à Educação
Digital ofertado em Maceió para professores e gestores da rede pública municipal, visto ser
ele o curso que tem como finalidade apresentar aos professores cursistas as primeiras noções
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Software desenvolvido pelo Centro de Experimentação em Tecnologia Educacional (CETE), do Ministério da
Educação, para colaborar com o atendimento dos propósitos do Proinfo.
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de educação digital.
Num primeiro momento, foi feito um resumo da história dos projetos criados pelo
governo no sentido de aplicar a informática na educação. Em seguida, são apresentadas as
bases legais que fundamentam a utilização das tecnologias na formação continuada para,
então, apresentar o Curso de Introdução à Educação Digital e mostrar como ele é realizado em
Maceió.
Além de fontes como livros e periódicos, neste artigo serão utilizados o material
impresso do curso, organizado pelo MEC (Ministério da Educação), por intermédio da SEED
(Secretaria de Educação a Distância), que serviu de base para boa parte das informações sobre
o Curso de Introdução à Educação Digital contidas neste trabalho, como também, contatos
telefônicos e as informações encontradas nas fichas de inscrição e de avaliação preenchidas
pelos cursistas, que tiveram um valor relevante para o desenvolvimento deste artigo (dados
para o perfil dos cursistas e depoimentos).
2. Breve histórico sobre os projetos criados ao longo do processo de informatização da
educação no Brasil
O interesse do governo brasileiro pela informática na educação iniciou-se na década de
1980, através do Projeto Educom (1985-1991), que tinha por objetivo fomentar o
desenvolvimento da pesquisa multidisciplinar voltada para a aplicação das tecnologias de
informática na educação. Em seguida, foi implementado, em 1987, o Programa de Ação
Imediata em Informática na Educação - Projeto Formar, criado pelo MEC para preparar
professores de todo o país para utilizar a Informática na Educação e trabalharem nos CIEDs Centros de Informática na Educação, como multiplicadores do processo de formação de
outros professores em suas instituições de origem (ALMEIDA, 2000, p. 139).
Em 1989, surge o Programa Nacional de Informática na Educação - Proninfe, criado
pela Portaria Ministerial nº 549/89, para apoiar o desenvolvimento e a utilização das novas
tecnologias de informática no Ensino Fundamental, Médio e Superior e Educação Especial. O
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Projeto Educom e o Proninfe foram projetos pilotos de iniciativa do governo federal que
representaram o início de uma cultura nacional de informática educativa, mas não chegaram
às escolas de ensino básico, permaneceram no campo experimental em universidades,
secretarias de educação e escolas técnicas (LÓES, 2007, p. 35).
O Programa Nacional de Informática na Educação - PROINFO, criado pela Portaria nº
522, de 9 de abril de 1997, desenvolvido pela SEED/MEC, em parceria com os governos
estaduais e municipais, surge como uma expansão do Proninfe, tendo como principal
atribuição a de introduzir o uso das TIC nas escolas públicas, conforme mencionado na sua
criação:
Art. 1º- Fica criado o Programa Nacional de Informática na Educação –
PROINFO, com a finalidade de disseminar o uso pedagógico das tecnologias
de informática e telecomunicações nas escolas públicas de ensino
fundamental e médio pertencentes às redes estadual e municipal (BRASIL,
1997, p. 1).
Em 2007 é elaborada uma revisão do PROINFO, através da Secretaria de Educação a
Distância, que faz surgir uma nova versão do programa. Instituído pelo Decreto nº 6.300, de
12 de dezembro do mesmo ano, o PROINFO passa a ser “Programa Nacional de Tecnologia
Educacional” e postula a integração e articulação de três componentes: a instalação de
ambientes tecnológicos nas escolas (laboratórios de informática com computadores,
impressoras e outros equipamentos e acesso à internet banda larga); a formação continuada
dos professores e outros agentes educacionais para o uso pedagógico das Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC); a disponibilização de conteúdos e recursos educacionais
multimídia e digitais, soluções e sistemas de informação disponibilizados pela SEED/MEC
nos próprios computadores, por meio do Portal do Professor, da TV/DVD Escola, etc.
(FIORENTINI, 2008, p. 5).
O Programa Nacional de Tecnologia Educacional representa um enorme avanço em
relação à versão anterior do Programa, visto que ele não apenas dissemina, mas também
garante a promoção do uso das TIC nas escolas públicas, como apresenta o art. 1º do Decreto
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nº 6300/2007: “O Programa Nacional de Tecnologia Educacional - PROINFO, executado no
âmbito do Ministério da Educação, promoverá o uso pedagógico das tecnologias de
informação e comunicação nas redes públicas de educação básica” (BRASIL, 2007, p. 1).
Neste contexto, o PROINFO passa a ter uma preocupação maior com a capacitação de
professores e, para tratar especificamente deste assunto, cria o Programa Nacional de
Formação Continuada em Tecnologia Educacional - PROINFO Integrado, que passa a
organizar um conjunto de processos formativos, dentre eles, o Curso Introdução à Educação
Digital (40h). No portal do MEC é disponibilizada uma definição clara sobre o que é o
PROINFO Integrado:
O PROINFO Integrado é um programa de formação voltada para o uso
didático-pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação
(TIC) no cotidiano escolar, articulado à distribuição dos equipamentos
tecnológicos nas escolas e à oferta de conteúdos e recursos multimídia e
digitais oferecidos pelo Portal do Professor, pela TV Escola e DVD Escola,
pelo Domínio Público e pelo Banco Internacional de Objetos Educacionais
(MEC, 2010, p. 1).
Nos anos de 2008 e 2009, o PROINFO Integrado organizou conteúdos e capacitou
professores multiplicadores para 3 cursos: o Curso de Introdução à Educação Digital (40h), o
Curso Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC (100h) e o Curso
Elaboração de Projetos (40h), sendo que os dois primeiros cursos já foram introduzidos pelos
Núcleos de Tecnologia Educacional dos estados e municípios e, o último, tem previsão de ser
implementado em 2010.
Segundo Moresi (2008, p. 1), em Alagoas foram criados dois Núcleos de Tecnologia
Educacional (NTE), por meio do Decreto estadual nº 4.059, de 1 de outubro de 2008: um em
Maceió e outro em Arapiraca. Esses núcleos estão ligados à Secretaria de Estado da Educação
e do Esporte (SEEE) e devem atuar em parceria com as Coordenadorias Regionais de Ensino
e Secretarias Municipais de Educação, para a execução e o acompanhamento das atividades
relacionadas ao PROINFO Integrado. Segundo informações da SEE-AL,
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Cada núcleo terá um coordenador. Dentro de cada um deles teremos
professores multiplicadores, que são especialistas em Tecnologia de
Informação e Comunicação na Educação e, também, os técnicos de suporte
em Hardware, Software e Rede; e um perito em Eletrônica para suporte de
equipamentos. Os núcleos contribuirão para a melhoria da qualidade do
ensino através das formações continuadas dos professores da rede. Estas
formações podem ser semipresenciais e a distância e têm como objetivo
preparar os docentes para o uso efetivo das tecnologias existentes em cada
escola (citado em MORESI, 2008, p. 1).
De acordo com as informações cedidas pela Coordenação de Tecnologia Educacional
da Secretaria Municipal de Educação de Maceió, as primeiras ações no sentido de implantar
um núcleo de tecnologia municipal em Maceió foram iniciadas no ano 2000. Atualmente, o
Núcleo de Tecnologia Educacional do município de Maceió já existe, sendo responsável,
também, por todas as prerrogativas que os núcleos estaduais assumem, tais como: capacitação
de professores, acompanhamento da distribuição de laboratórios de informática, atualização
de dados das escolas com laboratórios no Sistema de Gestão Tecnológica do MEC
(SIGETEC), entre outras. A criação desses núcleos demonstra o movimento que vem
ocorrendo no sistema de ensino estadual e nos sistemas de ensino municipais para consolidar
práticas de tecnologia educacional na rede pública de ensino.
3. Bases legais do uso das tecnologias na formação continuada
A LDBEN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) nº 9.394/96, em seu
Título VI, que trata dos profissionais da educação, em dois de seus artigos, o art. 62 e o art.
67, apresenta a necessidade da utilização das tecnologias na formação continuada e o
compromisso dos sistemas de ensino em promovê-la, respectivamente.
A Lei nº 12.056/2009 acrescenta no art. 62 três parágrafos que reforçam a necessidade
da formação continuada para os docentes e o uso das tecnologias nestas formações:
Art. 62. [...]
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§ 1º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, em regime de
colaboração, deverão promover a formação inicial, a continuada e a
capacitação dos profissionais de magistério.
§ 2º A formação continuada e a capacitação dos profissionais de magistério
poderão utilizar recursos e tecnologias de educação a distância
§ 3º A formação inicial de profissionais de magistério dará preferência ao
ensino presencial, subsidiariamente fazendo uso de recursos e tecnologias de
educação a distância (BRASIL, 1996, p. 22-23).
No art. 67, a LDBEN assegura a promoção da formação continuada para os
professores da rede pública, por parte dos respectivos sistemas de ensino:
Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais
da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos
planos de carreira do magistério público:
[...]
II – aperfeiçoamento profissional continuado [...] (BRASIL, 1996, p. 23).
Quando se trata da formação continuada de professores em Tecnologia Educacional, a
SEED/MEC elaborou o Decreto nº 6.300, de 12 de dezembro de 2007, que trata do PROINFO
– Programa Nacional de Tecnologia Educacional. No parágrafo único, do Art. 1º, o decreto
apresenta como um dos seus objetivos a capacitação dos professores para o uso das TIC: “São
objetivos do PROINFO: [...] III – promover a capacitação dos agentes educacionais
envolvidos nas ações do Programa” (BRASIL, 2007, p. 1).
4. O Curso de Introdução à Educação Digital
O Curso de Introdução à Educação Digital faz parte do conjunto de processos
formativos do PROINFO Integrado, promovido pela SEED/MEC. Voltado para a formação
de professores e gestores da educação básica de todo país, visando à inclusão digital e social,
tem como objetivo geral:
[...] contribuir para a inclusão digital de profissionais da educação, buscando
familiarizá-los, motivá-los e prepará-los para a utilização significativa de
recursos de computadores (sistema operacional Linux Educacional e
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softwares livres) e recursos da Internet, refletindo sobre o impacto dessas
tecnologias nos diversos aspectos da vida, da sociedade e de sua prática
pedagógica (FIORENTINI, 2008, p.10).
Através do Curso de Introdução à Educação Digital, o professor tem a oportunidade de
conhecer e utilizar o sistema operacional Linux Educacional 3.0. É uma versão mais recente,
que está sendo instalada nos laboratórios de informática das escolas públicas de ensino. Todo
o material impresso (Guia do Formador e Guia do Aluno) e material digital (CD-ROM) do
curso foi organizado para ser aplicado em computadores que tenham o software livre Linux
Educacional. Em cada turma, são distribuídos para os alunos um Guia do aluno (texto-base) e
um CD-ROM constituído por textos em outros meios (sons, imagens, vídeos) e estruturas
(hipertextos).
O Curso de Introdução à Educação Digital possui uma carga horária de 40 horas e está
organizado em nove unidades de estudo e prática, ficando a critério de cada NTE a
organização dos momentos presenciais e a distância, desde que os encontros presenciais
semanais sejam de, no mínimo, 2 horas e que o curso não ultrapasse 10 semanas.
As unidades de estudo do Curso estão assim distribuídas:
- Unidade 1: Tecnologias no cotidiano: desafios à inclusão digital e social;
- Unidade 2: Navegação, pesquisa na internet e segurança;
- Unidade 3: Comunicação mediada pelo computador: correio eletrônico;
- Unidade 4: Debate na rede: bate-papo, lista e fórum de discussão, netiqueta;
- Unidade 5: Elaboração e edição de textos;
- Unidade 6: Apresentação para nossas aulas;
- Unidade 7: Criação de blogs;
- Unidade 8: Cooperação e interação em rede;
- Unidade 9: Soluções de problemas com planilhas eletrônicas.
Para cada unidade de estudo são previstas atividades de aprendizagem que envolvem
conceitos, procedimentos, reflexões e práticas para serem realizadas nos encontros presencias
e no estudo a distância.Também estão disponibilizados vários textos explicativos, sugestões
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de sites, glossário, questionamentos, dicas, etc. Por ser um curso introdutório, a equipe de
elaboração do MEC/SEED disponibilizou o passo-a-passo de várias atividades de execução
no decorrer do curso, apresentando as imagens da tela do computador para que, através da
visualização, os cursistas possam entender melhor a sequência do que deve ser feito na
prática.
As unidades de estudos foram elaboradas com a intenção de abrir um espaço de
reflexão, familiarização e preparação para o uso dos computadores e seus aplicativos (Writer,
Impress, Calc4, etc.), bem como, apresentar os recursos tecnológicos disponíveis na internet,
havendo a preocupação em considerar os conhecimentos prévios e a vivência
de cada um sobre os temas envolvidos:
Trabalhamos com a intenção de criar oportunidades de aprendizagem de
edição, navegação, pesquisa, comunicação e produção que pudesse ser
gratificante aos cursistas, articulando-as à experiência prévia, oriunda da
trajetória social, tecnológica e educacional de cada um, como base para o
conhecimento, incorporação e uso consistente das tecnologias digitais na
vida cotidiana e profissional (FIORENTINI, 2008, p. 27).
4.1 Proposta pedagógica do curso
Segundo Almeida (2000a, p. 38), as práticas pedagógicas de utilização de
computadores se concretizam através de duas abordagens: instrucionista e construcionista. Na
abordagem instrucionista, a atuação do professor não exige muita preparação, pois ele deverá
selecionar o software de acordo com o conteúdo previsto, propor as atividades para os alunos
e acompanhá-los durante a exploração do software. A consequência desse enfoque tecnicista
reflete na prática a “tecnização” dos conteúdos e das relações humanas. Isso, na realidade,
afasta o professor da possibilidade de assegurar um aprofundamento do seu conhecimento
sobre os vários aspectos que constituem o seu universo de ação. Um fato que acaba gerando a
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São softwares livres do BrOffice.org. disponíveis no Linux Educacional: Writer: possibilita a criação e edição
de textos e, também, a criação de páginas para serem visualizadas na Internet; Calc: possibilita a criação, edição
e apresentação de planilhas eletrônicas; Impress: permite fazer apresentações de slides.
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desvalorização da função do professor, caracterizando o atual estado de precariedade do
processo educativo (PRADO, 1999, p. 19)
Na abordagem construcionista, o computador deixa de ser o detentor do conhecimento
e passa a ser uma ferramenta utilizada para a construção do conhecimento e para o
desenvolvimento do aluno. O conhecimento não é fornecido ao aluno para que ele dê as
respostas: é o aluno quem conduz a ação. Quanto ao professor construcionista, Almeida
(2000a, p. 77) afirma que:
Na abordagem construcionista, cabe ao professor promover a aprendizagem
do aluno para que este possa construir o conhecimento dentro de um
ambiente que o desafie e o motive para a exploração, a reflexão, a depuração
de ideias e a descoberta. [...] Além disso, o professor cria situações para usar
o microcomputador como instrumento de cultura, para propiciar o pensarcom e o pensar-sobre-o-pensar e identificar o nível de desenvolvimento do
aluno e seu estilo de pensar.
A proposta pedagógica do Curso de Introdução à Educação Digital, elaborada pela
equipe da SEED/MEC, tem por base os seguintes fundamentos pedagógicos:
- Formação contextualizada significativa que busca envolver o cursista na análise e
solução de problemas/questões que fazem parte de sua vivência;
- Promoção da autonomia do sujeito;
- Interação na aprendizagem e construção do conhecimento;
- Tecnologias como meio e não como fim;
- Relação ação/reflexão/ação constante;
- Ênfase na aplicação prática no trabalho docente.
Os fundamentos pedagógicos apresentados na proposta do Curso de Introdução à
Educação Digital revelam um posicionamento construcionista, mas, que, na prática, acaba
havendo uma mistura das duas abordagens (instrucionista e construcionista). Para Almeida
(2000), esta é uma situação que deve ser vivenciada pelo professor em formação, quando ela
diz que:
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É necessário que, no processo de formação, haja vivências e reflexões com
as duas abordagens de uso do computador no processo pedagógico
(instrucionista e construcionista). E que sejam analisados seus limites e seu
potencial, de forma a dar ao professor autonomia para decidir qual a
abordagem com que vai trabalhar (ALMEIDA, 2000b, p. 111).
5. O Curso de Introdução à Educação Digital em Maceió
De acordo com os dados informados pela Coordenação de Tecnologia Educacional da
Secretaria Municipal de Educação de Maceió, o PROINFO, desde sua criação em 1997 até
2009, já disponibilizou 56 laboratórios de informática para as escolas do ensino fundamental
do município de Maceió. A previsão é de que, em 2010, sejam distribuídos mais 20 novos
laboratórios de informática na rede e ocorram cerca de 24 ampliações de laboratórios já
existentes.
Na medida em que as escolas recebem computadores, a necessidade de utilizá-los na
prática pedagógica se torna imprescindível. A participação dos professores na formação
continuada de cursos voltados para o uso do computador na sala de aula é fundamental para
que eles se sintam preparados para aplicar a informática educativa no seu dia-a-dia. O Curso
de Introdução à Educação Digital é uma opção para os professores das escolas que possuem
laboratório de informática desenvolverem habilidades com os recursos do computador e da
internet e refletirem sobre propostas de dinamização do trabalho em sala de aula com o uso
destas tecnologias. Quanto à formação continuada sobre o uso das novas tecnologias na
educação, Mercado (2002, p. 21) afirma que:
O processo de formação continuada permite condições para o professor
construir conhecimento sobre as novas tecnologias, entender por que e como
integrar estas na sua prática pedagógica e ser capaz de superar entraves
administrativos e pedagógicos, possibilitando a transição de um sistema
fragmentado de ensino para uma abordagem integradora voltada para a
resolução de problemas específicos de interesse do aluno.
Na rede municipal de ensino de Maceió, as formações do Curso de Introdução à
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Educação Digital foram iniciadas no 2º semestre de 2008, no laboratório de informática do
Núcleo de Tecnologia Municipal. A intenção do grupo é expandir as capacitações para que
elas sejam realizadas nas escolas que já possuem laboratório.
Antes de dar início às formações com os professores, os professores-multiplicadores
do Núcleo de Tecnologia Municipal foram submetidos a uma capacitação oferecida pela
equipe do MEC/SEED e receberam um Guia do Formador, que apresenta todo um conjunto
de orientações sobre o curso. Segundo Lóes (2007, p. 38), “[...] o multiplicador é um agente
de mudança educacional, que sensibiliza e motiva os professores para a necessidade da
integração das tecnologias no processo de ensino e aprendizagem”.
As turmas são formadas por professores das escolas que possuem laboratório e, para
cada turma, são oferecidas 25 vagas. A ideia é a de que os professores participantes do curso
se tornem multiplicadores na própria escola. Nóvoa (1991, p. 30, apud UFAL, 2009, p. 36)
mostra que: “[...] a formação continuada deve estar articulada com o desempenho profissional
dos professores, tornando as escolas como lugares de referência”.
A divulgação do Curso de Introdução à Educação Digital é feita por telefone, por email, por ofício às escolas e, atualmente, pela Plataforma Freire. Os professores interessados
procuram o setor responsável e preenchem uma ficha de inscrição, contendo: dados pessoais,
dados profissionais, etc. Todos os professores inscritos são incluídos no sistema do PROINFO
Integrado, criado pelo MEC para manter o cadastro de cursistas, cursos e turmas de formação.
O Plano de Trabalho do Curso de Introdução à Educação Digital, organizado pela
equipe de formadores, segue as orientações do Guia do Formador, fazendo as adaptações de
acordo com cada turma e de acordo com o perfil dos cursistas. A distribuição da carga-horária
de 40h do curso foi planejada da seguinte forma: 7 encontros presencias, com duração de 4
horas (totalizando 28h), complementados por 12 horas de estudo a distância.
Nos encontros presenciais são distribuídos, para cada aluno, as apostilas
confeccionadas pelo MEC/SEED (Guia do aluno) e o CD-ROM, contendo em formato digital
todo o curso. Para cada encontro, são organizadas apresentações de slides sobre as unidades
de estudo do curso e, no final, os cursistas preenchem uma ficha de avaliação na qual eles
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destacam: o nível de satisfação do curso, os pontos positivos, os pontos negativos, sugestões
etc.
O quadro abaixo apresenta um resumo geral do número de inscritos/participantes
desde que o curso foi implementado, no 2º semestre de 2008, até o final de 2009:
Execução do Curso de Introdução à Educação Digital (40h) em Maceió-2008/2009
Ano
Matrícula inicial
Concluintes
2008
78
47
2009
90
66
Total
168
113
Fonte: NTM Maceió/AL, 2009.
O quadro revela que o número de professores que se inscrevem para participar das
formações em tecnologias educacionais ainda é muito tímido. Alguns se inscrevem, mas não
participam efetivamente do curso. De acordo com os dados apresentados, o percentual de
professores inscritos nas formações que não compareceram ou desistiram do curso ficou em
cerca de 40% em 2008 e 27% em 2009. Apesar do indício de queda nos percentuais, o índice
de evasão/desistência é relativamente alto diante da necessidade que há de professores
familiarizados com as TIC nas escolas que possuem laboratórios de informática. De acordo
com a pesquisa feita por telefone com os professores desistentes, a falta de disponibilidade de
horário para participar de cursos de formação, o não funcionamento dos laboratórios e as
máquinas sucateadas são os principais fatores determinantes para a evasão/desistência dos
inscritos.
5.1 Observações sobre o perfil dos professores que participam do Curso de Introdução à
Educação Digital em Maceió
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Neste estudo, a forma utilizada para identificar o perfil dos professores que participam
do Curso de Introdução à Educação Digital foi a análise da ficha de inscrição. Nela, os
professores expõem dados relevantes que contribuem para que seja traçado o perfil do grupo.
Além da ficha, no decorrer do curso também é possível coletar outras informações através das
respostas dadas às atividades do curso, diálogos e fichas de avaliação do curso. Para tratar do
perfil dos professores participantes do curso, foram analisadas 20 (vinte) fichas de inscrição
de uma turma de 2009, correspondendo a uma amostra de cerca de 22% dos inscritos nesse
ano.
Após a análise das fichas, ficou evidenciado que a maioria dos professores
participantes do Curso de Educação Digital é do sexo feminino. Numa turma de 20 inscritos,
18 são mulheres (90%) e apenas 2 são homens (10%), sendo que 12 professores lecionam em
turmas dos anos iniciais do ensino fundamental (60%) e apenas 8 dão aulas em turmas do 6º
ao 9º ano (40%). Quanto ao nível de escolaridade, mais da metade (55%) tem pós-graduação.
Em relação à habilidade com o computador, a grande maioria (85%) assumiu que já tem
habilidade. Apesar da maioria ter afirmado que tem acesso à internet em casa (75%), um
pequeno grupo (25%) admitiu que só acessa a internet no trabalho ou em lan house. A turma é
formada basicamente por professores com mais de 40 anos (70%). O estado civil da maioria é
casado (60%).
Os dados coletados das fichas de inscrição dos cursistas mostram que o interesse
maior pelo Curso de Introdução à Educação Digital vem das professoras dos anos iniciais do
ensino fundamental, com idade acima de 40 anos. Mesmo havendo uma maioria que tem pósgraduação e que afirma ter habilidade com o computador, é possível constatar que estas
profissionais não tiveram acesso às tecnologias na sua formação e, na prática, apresentam
dificuldade e um certo “temor”, como revelam os depoimentos de duas cursistas:
Ao realizar a inscrição para esta oficina mantive uma expectativa bastante
relevante, uma vez que tinha receio de utilizar o computador. No entanto,
percebi que era apenas medo, hoje estou mais aberta e consegui aprender
MUITO em tão pouco tempo [...] (Professora-cursista A).
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[...] tenho bastante dificuldade em mexer com computador, não tenho muito
tempo também para adquirir a prática. [...] Anotei tudo que pude, porque
quando acabo de fazer, já esqueci (Professora-cursista B).
É um grupo interessado em melhorar o seu desempenho em sala de aula com auxílio
do computador e da internet, que tem consciência da necessidade de introduzir as TIC na sua
prática pedagógica. Os depoimentos abaixo mostram a opinião de alguns cursistas:
Eu queria me atualizar nos programas de tecnologia educacional do MEC
para não ficar à margem da inclusão digital das escolas (Professora-cursista
C).
Foi de grande importância pra mim [o curso], pois foi o primeiro contato
com o computador [...]. Me sinto um pouco insegura ainda, mas aprendi
muito, o suficiente para iniciar uma nova perspectiva (Professora-cursista
D).
O curso foi muito instrutivo, de todos os pontos de vista, afinal aqui se dá
uma oportunidade a pessoas que trabalham muito tempo na área educacional,
mas não tiveram a oportunidade de entrar nesse mundo maravilhoso que é a
área de informática. Aqui as pessoas descobrem que a computação não
apenas servirá para dar complemento a seus trabalhos, ou seja, em sua vida
profissional, acabam descobrindo que a informática também os ajudará em
seus projetos pessoais, projetos esses, que talvez nem existissem antes dessas
pessoas sentarem nessas cadeiras (Professor-cursista E).
Os depoimentos acima apresentados foram extraídos das fichas de avaliação
preenchidas pelos cursistas no final do curso. Nestas fichas, os alunos dão sua opinião sobre o
curso, os pontos positivos, pontos negativos, dão sugestões, opiniões, fazem uma autoavaliação, etc. São informações de extremo valor, que dão condições para o grupo da
formação melhorar o seu trabalho, fazer reflexões sobre o que deu certo e o que precisa
melhorar em outras formações.
É importante destacar que, na sociedade atual, não há mais espaço para o professor
introspectivo, alienado, que não aceita mudanças ou incapaz de enxergar a revolução
tecnológica que vem acontecendo nos últimos tempos. Mercado (2002) traça o perfil
adequado para o professor na era da informação, quando diz que:
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A sociedade do conhecimento exige um novo perfil de educador, ou seja,
alguém: comprometido com as transformações sociais e políticas, com o
projeto político-pedagógico assumido com e pela escola; competente,
evidenciando uma sólida cultura geral que lhe dê condições de desenvolver
uma prática interdisciplinar e contextualizada, dominando novas tecnologias;
crítico, que revele, através da sua postura, suas convicções, os seus valores,
a sua epistemologia e a sua utopia, fruto de uma formação permanente;
aberto a mudanças, ao novo, ao diálogo, à ação cooperativa; exigente, que
promova um ensino exigente, realizando intervenções pertinentes e
desafiadoras que ajudem os alunos a avançarem de forma autônoma nos seus
processos de estudos e interativo, que concorra para a autonomia intelectual
e moral dos seus alunos, trocando conhecimento com profissionais da área e
com os alunos no ambiente escolar (MERCADO, 2002, p. 17, grifo do
autor).
6. Considerações Finais
Nos últimos anos, o governo federal, em regime de colaboração com os estados e
municípios, tem equipado a maioria das escolas públicas brasileiras com computadores e
internet banda larga. No entanto, estas ações não são o suficiente para que haja uma mudança
significativa na educação. Não basta a escola adquirir recursos tecnológicos e outros materiais
pedagógicos sofisticados e modernos. É preciso ter professores capazes de atuar e de recriar
ambientes de aprendizagem. Isso significa formar professores críticos, reflexivos, autônomos
e criativos para buscar novas possibilidades, novas compreensões, tendo em vista contribuir
para o processo de mudança do sistema de ensino (PRADO, 2000, p. 14).
Através do MEC/SEED, vários cursos de formação continuada voltados para a área de
tecnologia educacional vêm sendo ofertados para os professores de todo o país. O Curso de
Introdução à Educação Digital e os demais cursos que integram o PROINFO Integrado
representam um avanço no que se refere à políticas públicas nacionais voltadas para a
formação do professor. A participação nestes cursos é um primeiro passo para os professores
que desejam se familiarizar com os recursos do computador e da internet e desenvolver novas
práticas na sala de aula com a utilização das tecnologias.
17
A implementação do Curso de Introdução à Educação Digital em Maceió representa
uma grande conquista para a formação continuada dos professores da rede municipal de
ensino. Os depoimentos dos cursistas revelam que a participação no curso os torna mais
reflexivos, mais abertos às mudanças e, principalmente, desmitifica o medo do computador.
Muita coisa ainda precisa ser feita. Além de computadores e internet funcionando plenamente
e cursos de formação continuada, é preciso haver um espaço aberto nas escolas, preparado
para novas práticas, que aceite as possíveis transformações que ocorrerão com a mudança de
postura do professor. Para que sejam alcançadas mudanças efetivas no processo ensinoaprendizagem, é essencial que o “professor de sala de aula” participe efetivamente da
idealização e da execução dessas mudanças. É preciso, ainda, que haja a compreensão, por
parte desse professor e dos demais envolvidos no processo educacional, de que a “aula” não
deve acontecer apenas em sua sala, mas também – e principalmente – em espaços alternativos
(SETTE S., AGUIAR, SETTE J. S. A, 2000, p. 21). Segundo o Prof. Dr. Ladislau Dowbor
“[...] É necessário repensar a escola e a educação no sentido mais amplo. A escola deve ser
menos lecionadora e mais organizadora de conhecimento, articuladora dos diversos espaços
do conhecimento” (DOWBOR, 2001). É, de fato, um desafio à pedagogia tradicional, porque
significa introduzir mudanças no processo de ensino e aprendizagem e, ainda, nos modos de
estruturação e funcionamento da escola e de suas relações com a comunidade (LÓES, 2007, p.
39).
Referências
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professores, v. 1. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação,
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