O BICHO HOMEM
Albert Araújo
Sou o próprio bicho...
Que se destrói... Que se corrói...
Suicido-me sem necessidade
E o mundo...
Cada vez mais se multiplica
Mas o viver é muito difícil e duro
Vejam os campos
As florestas
Os rios e lagos
Tornar-se-ão símbolos
De tristeza e destruição no futuro.
Sou o bicho homem...
A máscara que esconde a minha tristeza
Pode morrer meus olhos,
Carregarei a cruz da dor,
Que futuro terei!?...
Se ao destruir o meu mundo
Estarei exterminando a mim mesmo!?...
Sou o próprio bicho...
Devoro o teu alimento!...
A paisagem bela... Está morta
Engasga-te ver as crianças cegas
As mulheres ímpares
Suas mãos mutiladas...
Por culpa da própria desumanidade!...
Sou o bicho homem!...
Agora me pergunto!!
Onde está o sol!?
Para onde foram os rios!?...
E as paisagens?...
E os mares enegreceram...
E as flores!? Não há primavera!...
Terei medo de mim mesmo...
Quisera ser mais humano!..
Detestar a guerra
Não ser um fratricida
Obedecer às leis da natureza...
Não sou mais o bicho homem!
Agora sou humano!...
O BICHO HOMEM
Poema de: ALBERTO ARAÚJO
Ano: 2007
Música Rosa de Hiroxima/Secos e Molhados
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