A Refração da Luz Luiz A luz, ao passar de um meio para outro, sofre um desvio na sua trajetória e, ao retornar ao meio original, é possível perceber que ocorre um deslocamento entre a trajetória antes de entrar na água e depois de sair dela. Esta atividade é uma forma de representar esse comportamento da luz, onde o raio de luz terá a sua direção e sentido representados por uma seta incidindo em uma superfície de separação entre dois meios distintos. Para esta atividade, os meios envolvidos serão a água e o ar (a parede do recipiente que contém a água, por ser muito estreita comparada com a largura do próprio recipiente, pode ser desprezada). A trajetória da luz (representada nos dois meios pelos segmentos de reta) deverá levar os alunos a levantar hipóteses sobre o fato de a luz mudar de direção. Eles devem criar um modelo para tentar explicar o acontecimento. Objetivo Quando o aluno olhar, através da água, a reta desenhada no papel, o que ele enxerga é a luz que sai da reta e chega até o olho do observador – ou seja, a imagem da reta. Dar condições para o aluno perceber que a luz muda a trajetória ao passar de um meio para outro durante a sua propagação. Material Para cada grupo: • Recipiente de acrílico, plástico ou vidro transparente de aprox. 10x6 cm. • Água • Régua Público Alvo Esta atividade será aplicada aos alunos do ensino médio, após eles já terem noção de como se dá o processo da visão e também conhecer as leis da refração. Nesta tarefa os alunos poderão ser agrupados em 5 ou 6, de forma que seja possível o acompanhamento e a participação de todos. Procedimento 1 – Colocar água em um recipiente retangular e colocá-lo sobre uma folha de sulfite, próximo do centro. Marcar a localização do recipiente, fazendo seu contorno com um lápis na posição em que se encontra. 2 – Traçar uma reta no papel em direção ao recipiente, inclinada em relação à normal da parede deste: 3 – Pedir para um aluno olhar através do recipiente e com o auxílio de uma régua desenhar o que ele enxerga como sendo a continuidade da reta que ele vê, do outro lado do recipiente. Este recipiente retangular foi feito com um berçário para peixes, com pingos de cera (de vela) fechando os buraquinhos de baixo. 4 – Retirar o recipiente e unir os dois traços. Pode-se repetir a atividade para outras inclinações da primeira reta. Questionamentos Perguntar ao aluno – A reta vista pelo observador está realmente no local onde ela é percebida? Por que não houve um alinhamento entre os dois traços? Se o aluno disser que foi por que não foi tomado o devido cuidado, pedir para outro aluno do grupo repetir o procedimento. Propor ao aluno que, se a primeira reta representa o caminho percorrido pela luz até encontrar o recipiente com água, a segunda reta é como ele enxerga a luz ao sair do recipiente. Se o segundo traço, desenhado por ele representa a continuidade da imagem do primeiro, que estava do outro lado do frasco com água, por que após a retirada da água não aparece a continuidade? Será que ocorre algo na água para provocar a mudança no alinhamento das retas? Que diferença existe entre a água e o ar para que isto aconteça? Considerações finais O aluno deverá elaborar um modelo teórico que procure dar uma explicação para esse fato observado. Esta atividade poderá ser repetida utilizando outros materiais em vez de água, como um bloco de acrílico ou bloco de vidro. Para comprovar que os traços feitos pelos alunos correspondem à trajetória da luz, o professor poderá, ao final da atividade, usar uma ponteira laser ou o projetor de fenda, e fazer coincidir as retas traçadas com o caminho percorrido pela luz. (no caso da ponteira laser, pode ser necessário adicionar uma gotinha de leite à água, para deixá-la mais turva e tornar perceptível o caminho da luz). O material produzido pelos alunos também poderá ser utilizado posteriormente para discutir a relação entre os ângulos de incidência e os ângulos de refração (Lei de SnellDescartes)