dois filamentos que a compõem se separa e se sintetiza, graças à intervenção Ácidos nucléicos e código genético de diferentes enzimas, o filamento complementar. O ARN é o ácido Os ácidos nucléicos são as substâncias responsáveis pela transmissão da herança biológica: as moléculas que regem a atividade da matéria viva, tanto no espaço (coordenando e dirigindo a química celular por meio da síntese de proteínas) como no tempo (transmitindo os caracteres biológicos de uma geração a outra, nos processos reprodutivos). Composição e natureza química. Já no segundo quartel do século XIX o cientista suíço Friedrich Miescher isolou uma substância procedente dos núcleos celulares, à qual chamou nucleína, que passou a ser chamada mais tarde de ácido nucléico, por seu forte grau de acidez. Mas só quando já ia avançado o século XX demonstrou-se que essa substância era na realidade o suporte da herança dos caracteres nos seres vivos. Em 1944, as experiências de Oswald Theodore Avery, Colin M. MacLeod e Maclyn McCarty determinaram que um dos ácidos nucléicos, o ribonucléico, constituído pela pentose ribose, o ácido fosfórico e as bases citosina, uracila (esta ausente do ADN), adenina e guanina. Compõe-se de uma só cadeia helicoidal e apresenta três classes, cada uma das quais cumpre uma função específica na célula: o chamado ARN mensageiro (ARNm), sintetizado pela ação de diversas enzimas a partir de um filamento de ADN que lhe serve de guia, no processo conhecido como transcrição; o ARN ribossômico, componente essencial, junto com as proteínas, dos orgânulos celulares chamados ribossomas; e o ARN de transferência, que translada os diversos aminoácidos (unidades estruturais das proteínas) até onde se está sintetizando uma molécula protéica, sob a direção de um ARNm, e os insere no ponto exato para obter a seqüência exata, no processo denominado tradução. ADN ou ácido desoxirribonucléico podia transferir uma característica biológica de uma bactéria (no caso, um pneumococo) para outra, característica ausente antes da transmissão. Os ácidos nucléicos são moléculas longas e complexas, de elevados pesos moleculares, constituídos por cadeias de unidades denominadas mononucleotídeos. Estes se compõem de um carboidrato ou açúcar de cinco átomos de carbono (uma pentose), de estrutura cíclica pentagonal, ao qual se une por um de seus extremos uma molécula de ácido fosfórico e, por outro, uma base nitrogenada também de estrutura fechada, seja púrica (que tem dois anéis com vários átomos de nitrogênio unidos ao esqueleto carbonado), seja pirimidínica (que consta de um só anel hexagonal no qual se inserem átomos de nitrogênio, oxigênio e, em alguns casos, um radical metila, -CH3). Os componentes variáveis nos mononucleotídeos são as bases, das quais há cinco tipos possíveis -- duas púricas, a adenina e a guanina, e três pirimidínicas, a citosina, a uracila e a timina --, e nessa variabilidade reside o caráter "informativo" dos ácidos nucléicos e sua funcionalidade como moléculas codificadoras de informação biológica. O açúcar ou pentose pode ser de duas classes: em forma de ribose desoxigenada ou desoxirribose, que é a que constitui o esqueleto do ADN, ou, em sua variedade normal, conhecida simplesmente como ribose, própria do ARN. No primeiro caso, originam-se desoxirribonucleotídeos; no segundo, ribonucleotídeos. Os mononucleotídeos se unem entre si para compor, como já foi dito, longas cadeias de centenas ou milhares de unidades que se dispõem em forma de estruturas filamentosas helicoidais, de dupla hélice no caso de ADN e de hélice simples no ARN. A borda de cada hélice é integrada pelas pentoses, que se engancham umas nas outras através dos restos de ácido fosfórico, enquanto o contato entre uma hélice e outra se efetua pelo estabelecimento de enlaces por parte das bases nitrogenadas, obedecendo a determinadas leis bioquímicas. Cada enlace é, pois, o resultado da interação de um par de bases, cada uma das quais correspondente a uma das hélices. O acoplamento das bases não é arbitrário e atende a exigências espaciais, químicas e estruturais muito precisas. Sempre se emparelham uma base púrica e uma pirimidínica: a adenina sempre com a timina ou uracila, e a guanina com a citosina. Ácido desoxirribonucléico. O ADN, ácido desoxirribonucléico, é formado pela pentose desoxirribose, o ácido fosfórico e as bases citosina, timina, adenina e guanina. É a substância responsável pela herança biológica de todos os seres vivos, à exceção de muitos vírus, nos quais esse papel é representado pelo ARN. No período denominado interfase, imediatamente anterior à divisão celular, o ADN experimenta o processo de autoduplicação, ou seja: suas moléculas duplicam-se, de modo que mais tarde, ao formarem-se as duas hélices-filhas a partir de uma única célula-mãe, cada uma delas possa receber a totalidade do material genético. Na autoduplicação, a dupla hélice se abre e cada um dos Na cadeia polinucleotídica de DNA, um conjunto de 3 nucleotídeos corresponde a um aminoácido: são os tripletos. Mas por que 3 nucleótidos? Sabemos de antemão que existem 20 aminoácidos diferentes sendo, por isso, de se esperar que existam pelo menos 20 arranjos de nucleótidos diferentes para que cada arranjo codifique um aminoácido diferente. Se supusermos que cada nucleótido codifica um aminoácido, facilmente compreendemos que tal seria impossível porque apenas existem 4 nucleótidos. Se escolhermos um arranjo de 2 nucleótidos obteríamos um conjunto de 16 arranjos diferentes (levando em conta a repetição de nucleótidos), ainda insuficiente para os 20 aminoácidos que a célula produz. Contudo, se supusermos que são necessários arranjos com repetição de 3 nucleótidos de ADN para codificar um aminoácido, obtemos um universo de 64 arranjos com repetição possíveis; mais do que o suficiente para os 20 aminoácidos existentes. Através do processo de transcrição os tripletos de ADN são convertidos em códons de ARN. Estes codões são, à semelhança dos tripletos, conjuntos de 3 nucleótidos da cadeia de ARN mensageiro. Este migra para o citoplasma da célula, onde se liga a um ribossoma e a uma molécula de ARN transportador. Através do processo de tradução e utilizando a informação genética do ADN do indivíduo com a molécula de ARN, o ribossoma produz então os aminoácidos para formarem proteínas. No código genético existem códons de finalização (UAA,UGA e UAG) que indicam à célula que a sequência de aminoácidos destinada àquela proteína acaba ali. Existe ainda um códon de iniciação (AUG) que indica que a sequência de aminoácidos da proteína começa a ser codificada ali. Este códon (AUG) codifica o aminoácido Metionina (Met) de forma que todas as proteínas começam com o aminoácido Met. 8) Em um experimento de engenharia genética, alguns pesquisadores introduziram em células bacterianas uma seqüência de DNA ativo, responsável pela produção de insulina humana. A síntese desse hormônio protéico no interior das bactérias é: possível, pois excetuando-se a referida seqüência de DNA, as bactérias apresentam os componentes necessários à síntese de proteínas. Possível, se alem do referido gene tiverem sido introduzidos ribossomos, componentes celulares ausentes em bactérias. Impossível, pois o RNA-mensageiro correspondente a insulina não seria transcrito. Impossível, pois as bactérias não apresentam enzimas capazes de promover as ligações peptídicas encontradas na insulina. Impossível, pois o DNA bacteriano seria destruído pelo DNA humano, e as células perderiam atividade. 9) A oxitocina, hormônio da neuro-hipófise, é quimicamente um polipeptídio formado por oito aminoácidos, na seguinte seqüência: tirosina-prolina-acido glutâmico- ácido aspártico-glicina- cistina leucina-isoleucina. Suponhamos que os RNA-t responsáveis pelo transporte dos aminoácidos até os ribossomo, a fim de possibilitar a síntese protéica, tenham a seguinte codificação: Tirosina- UAC Ácido glutâmico- GAC Prolina- CCU Ácido aspártico- GAU Glicina- GGU Isoleucina- AUG Cistina- UGC Leucina- UUA De acordo com as informações dadas, o DNA responsável pela síntese da oxitocina deve apresentar a seguinte seqüência: ATGGCACTGCTACCAACGAATTAC TACCCTGACGATGGTTGCTTAATG TUGCCTGUGGUTGGTTGCTTUUTG Exercícios ácidos nucléicos e código genético TUCCCTGUGGUTGGTTGCTTUUTG TTGGGACTCCTACCGTGGTTAATG 5) Se uma cadeia de DNA for encontrada a seqüência de bases ATTCTCA, na cadeia complementar haverá: 10) Se fosse possível sintetizar in vitro uma molécula protéica, nas mesmas TAACACT condições em que essa síntese ocorre nas células, utilizando-se ribossomos UAAGAGU obtidos de células de rato, RNA-m de células de sapo, RNA-t de células de TAAGAGT coelho e aminoácidos ativados de células bacterianas, a proteína produzida TUUGUGT teria a estrutura primaria idêntica à: UCCGCCU da bactéria do sapo 6) Qual das seqüências abaixo corresponde ao produto de transcrição do do rato segmento AATCAGAT de uma fita de DNA? do coelho TTAGTGCTA seria uma mistura de todas AAUCACGAU TTACTCGTA UUAGUGCUA UUACUCGUA 7) Suponha-se que no DNA de certas células, haja 20% de guanina e 30% de uma outra base. Nessas células, as porcentagens de citosina, timina e adenina devem ser respectivamente: 30, 30, 30 (D) 20, 30, 30 (B) 30, 30, 20 (E) 20, 20, 20 (C) 30, 20, 30 Núcleo e Cromossomos Nucleoplasma ou cariolinfa O núcleo, presente apenas em células eucarióticas, é onde se localizam os cromossomos. Estes são estruturas tipos de íons, moléculas de ATP, nucleotídios e diversos tipos de enzimas. O nucleoplasma, ou cariolinfa, é a solução que envolve a cromatina e os nucléolos. Nela estão presentes diversos filamentosas portadoras dos genes, nas quais se encontram instruções escritas em código que comandam a produção de praticamente todas as proteínas celulares. Uma vez que as proteínas participam, como enzimas de Cromossomo todas as reações metabólicas, conclui-se que o núcleo é o centro controlador do metabolismo. O constituinte fundamental do cromossomo é uma molécula de DNA, constituida por duas cadeias de nucleotídios O núcleo desaparece temporariamente enquanto a célula está se dividindo. Durante a divisão celular, o envoltório complementares, emparelhadas por meio de pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas. O DNA constitui nuclear fragmenta-se e os cromossomos espalham-se pelo citoplasma. Ao final da divisão celular, cada uma das os genes, que controlam a sintese protéica, e em última análise, todo o funcionamento da célula. Nas células células filhas reconstitui um núcleo idêntico ao da célula original. procarióticas, os genes estão contidos em uma única molécula de DNA circular (isto é, com as extremidades A maioria das células eucarióticas possui apenas um núcleo, mas há exceções. Protozoários ciliados como o unidas), que constitui o cromossomo bacteriano. Nas células eucarióticas, há geralmente vários cromossomos por paramécio, por exemplo, têm dois núcleos. As fibras musculares esqueléticas são multinucleadas, pois originaram- núcleo, cada um deles é um filamento longo, constituido por uma única molécula de DNA associada a proteínas, se da fusão de grande número de células embrionárias denomindadas mioblastos. em um arranjo altamente complexo. O numero de cromossomos no núcleo varia de espécie para espécie. O núcleo tem geralemente forma arredondada, mas há núcleos ovóides, elípticos, ramificados e irregulares, Apesar de variar em número e em tamanho das diferetens espécies eucarióticas, os cromossomos têm sempre a dependendo do tipo da célula. mesma estrutura básica: uma longa molécula de DNA que, a espaços regulares, dá duas voltas sobre um O núcleo celular apresenta quantro componentes fundamentais: carioteca, cromatina, nucléolo e nucleoplasma (ou minúsculo grão constituido por oito moléculas de proteínas chamadas histonas. Os grãos de histonas com DNA cariolinfa). enrolado constituem unidades estruturais, os nucleossomos, que se repetem ao longo do cromossomo. Carioteca ou envelope nuclear Nucleossomos vizinhos associam-se, de modo que o fio cromossômico é enrolado como uma mola helicoidal O núcleo é delimitado pela carioteca, também chamada de envelope nuclear. Em determinados pontos da altamente compacta. Esse fio é denomidado solenóide. carioteca, as duas membranas que a formam se encontram fundidas originando poros, através dos quais ocorre Os cromossomos só podem ser visualizados nas células eucarióticas quando estas estão em processo de divisão troca de substâncias entre o núcleo e o citoplasma. celular. Cada cromossomo produz um outro idêntico e os dois permanecem unidos um ao outro por meio de A membrana externa da carioteca tem continuidade com as membranas do retículo endoplasmático e apresenta proteínas especiais, as coesinas. Essas cópias unidas de um cromossomo duplicado são denominadas ribossomos aderidos à superfície em contato com o citoplasma. A membrana mais interna da carioteca tem cromátides-irmãs. Os cromossomos condensados se apresentam sob a forma da letra “X”. constituição química ligeiramente diferente da membrana externa. Todo cromossomo apresenta uma região especial, o centrômero, em geral localizada em um estrangulamento do A lâmina nuclear, aderida internamente à carioteca, é constituida por uma rede de filamentos intermediários de cromossomo condensado. È por meio dessa região, que os cromossomos duplicados se prendem aos proteína; sua função é dar suporte à carioteca, mantendo a sua forma. Além disso, a lâmina nuclear fornece microtúbulos encarregados de separar as cromátides durante as divisões celulares. pontos de ancoragem aos cromossomos, organizando-os no interior do núcleo. Os Cromatina classificados em quatro tipos, de Cromatina é o termo cromossomos acordo usado com podem a ser posição do atualmente para indicar o conjunto centrômero: de filamentos – cromossomos – centrômero está no meio dos dois presentes no núcleo celular. Cada braços); cromossomo fio (centrômero é um pouco deslocado constituido por uma molécula de da região mediana); acrocêntrico DNA associada a diversos tipos de (centrômero localizado proximo a proteínas. é um longo metacêntrico (o submetacêntrico Observando uma extremidade do cromossomo) e detalhadamente núcleos tratados telocêntrico (centrômero localiza-se com junto a uma das extremidades do corantes nucleares, os cromossomo). citologistas notaram que certas partes da cromatina coravam-se mais intensamente que outras. Eles concluiram que essas partes mais condensadas que o resto e passaram a As extremidades de um cromossomo denomina-las heterocromatina. O restante do material filamentoso do núcleo, menos corado, foi denominado possuem uma organização especial eucromatina. Hoje sabemos que os genes ativos se localizam na eucromatina. e são denominadas telômeros. A característica mais marcante dos telômeros é que, para sintetizar as Complexo de poros extremidades da molécula de DNA que constitui o cromossomo, é necessária uma enzima especial, a telomerase. Os poros nucleares são mais que Na ausência desta enzima, a célula não consegue produzir as extremidades de seus cromossomos e os telômeros simples abertura; em cada um deles há uma complexa estrutura de suas células filhas serão um pouco menos. Até certo ponto, a perda de pedaços das pontas dos cromossomos protéica, não acarreta nenhum problema à célula. Porém, quando há uma perda muito grande na extremidade, a célula denominada complexo de poro, que morre. funciona como uma válvula, abrindo-se Os cromossomos podem ser dividos em duas categorias: autossomos (cromossomos presentes em todas as para dar passagem a determinados células) e cromossomos sexuais (cromossomos que variam entre os sexos e caracterizam células masculinas e materiais, fechando-se em seguida. O femininas). complexo de poro é formado por dezenas de tipos diferentes de Cromossomos homólogos proteínas, que selecionam ativamente o Cromossomos que entre e o que sai do núcleo. homólogos cromossomos iguais são entre si (homo=igual) que juntos formam um par, porém um vem do espermatozóide e o outro vem do óvulo. Esses pares só existem nas células Nucléolo Nucléolos são massas densas e arredondadas presentes dentro do núcleo; eles não têm membrana envolvente, sendo constituidos pela aglomeração de ribossomos em processo de amadurecimento, que logo migrarão para o citoplasma, onde atuarão na síntese de proteínas. O nucléolo é uma estrutura dinâmica, um cromossomo organizador somáticas, que são diplóides (2n). do nucléolo produz continuamente moléculas de RNA ribossômico, que se acumulam ao seu redor e se associam a proteínas específicas para contituir os ribossomos. O nucléolo é um aglomerado dinâmico de particulas ribossômicas em formação. Num par, os dois homólogos possuem genes para os mesmos caracteres. Esses localização idêntica genes têm nos dois cromossomos (genes alelos). Na célula-ovo ou zigoto, um cromossomo é herdado do pai e outro da mãe e ficam emparelhados. Na maioria dos organismos multicelulares, cada célula do corpo do indivíduo possui dois conjuntos de cromossomos equivalentes, isto é, em cada célula, os cromossomos são iguais dois a dois, no que se refere ao tamanho e a forma. Os dois representantes de cada par cromossômico são responsáveis por uma debilidade mental bem mais grave). A Síndrome caracteriza-se pela presença do cariótipo chamados de cromossomos homólogos (do grego homoios, igual, semelhante). 47, XXY ou em mosaicos. Os pacientes são altos e magros, com membros inferiores relativamente longos. Após a Alterações cromossomiais puberdade os sinais de hipogonadismo se tornam óbvios. Os testículos permanecem pequenos e os caracteres sexuais secundários continuam subdesenvolvidos . Cada planta e animal se caracteriza por um conjunto de cromossomos, representado uma vez em células haplóides (por exemplo gametas e esporos) e duas vezes em células diplóides. Cada espécie tem um número específico de cromossomos. Mas, as vezes ocorre irregularidades na divisão Aneuploidias Autossômicas nuclear, ou podem acontecer "acidentes" (como os de radiação) nos cromossomos de interfase de modo que se podem formar células ou organismos inteiros com genomas aberrantes. Tais aberrações cromossômicas podem Síndrome de Down incluir genomas inteiras, cromossomos isolados inteiros, ou só partes de cromossomos. As aberrações Doença congênita caracterizada por malformações dos órgãos (coração, rins), retardamento mental de moderado cromossômicas podem ser numéricas ou estruturais e envolver um ou mais autossomos, cromossomos sexuais ou a severo, língua espessa, pés e mãos de pequenas dimensões, alterações nas feições. É resultante de uma ambos. As aberrações cromossômicas numéricas incluem os casos em que há aumento ou diminuição do número anormalidade na constituição cromossômica: os indivíduos afetados apresentam um cromossomo extra - que se do cariótipo normal da espécie humana, enquanto as aberrações cromossômicas estruturais incluem os casos em acrescenta ao par de número 21 - em suas células (por esta razão a doença é também denominada trissomia do que um ou mais cromossomos apresentam alterações de sua estrutura Assim, os citologistas reconhecem: 21). O termo mongolismo é um sinônimo usual: a presença de fendas palpebrais oblíquas faz lembrar os (1)Alterações no Número de Cromossomos (Heteroploidia) indivíduos das raças orientais. A freqüência com que esta síndrome se manifesta é de uma para cada 500 crianças (2)Alterações na Estrutura dos Cromossomos. nascidas vivas e é superior para concepções em mulheres com idade acima de 40 anos. A Sindrome de Down ou trissomia do 21, é sem dúvida o distúrbio cromossômico mais comum e a mais comum forma de deficiência mental A heteroploidia pode atingir conjuntos inteiros de cromossomos (euploidia) ou perda ou adição de cromossomos congênita. Geralmente pode ser diagnosticada ao nascimento ou logo depois por suas características dismórficas, inteiros isolados (aneuploidia). Todas essas alterações possuem um importante efeito sobre o desenvolvimento, que variam entre os pacientes, mas produzem um fenótipo distintivo. Os pacientes apresentam baixa estatura e o pois ao alterar a estrutura nuclear normal podem produzir alterações fenotípicas. crânio apresenta braquicefalia, com o occipital achatado. O pavilhão das orelhas é pequeno e dismórfico. A face é Alterações no número de cromossomos achatada e arredondada, os olhos mostram fendas palpebrais e exibem manchas de Brushfield ao redor da As variações numéricas são de dois tipos: as euploidias, que originam células com número de cromossomos múltiplo do número haplóide, e as aneuploidias, que originam células onde há falta ou excesso de algum(ns) margem da íris. A boca é aberta, muitas vezes mostrando a língua sulcada e saliente. As mãos são curtas e largas, freqüentemente com uma única prega palmar transversa ("prega simiesca"). cromossomo(s). Assim, euploidias são alterações de todo genoma; quanto a esse aspecto os indivíduos podem Síndrome do Duplo Y - 47-XYY ser haplóides (n), diplóides (2n), triplóides (3n), tetraplóides (4n), enfim, poliplóides (quando há vários genomas em É um dos cariótipos mais freqüentemente observados. Despertou grande interesse após observar-se que a excesso). Euploidias são raras em animais, mas bastante comuns e importantes mecanismos evolutivos nas proporção era bem maior entre os detentos de uma prisão de segurança máxima, sobretudo entre os mais altos, plantas. Não se conhecem pessoas que sejam totalmente euplóides, mas existem abortos 3n e 4n. Células do que na população em geral. poliplóides cujo número de cromossomos alcança 16n são encontradas na medula óssea, no fígado e nos rins Trissomia do Triplo-X 47-XXX normais, além de ocorrerem em células de tumores sólidos e leucemia. A figura 1 mostra o cariótipo de uma célula As mulheres com trissomia do X não são fenotipicamente anormais. Nas células 47, XXX, dois dos cromossomos teraplóide(4n) humana. X são inativados e de replicação tardia. Quase todos os casos resultam de erros na meiose materna. Algumas As aneuploidias devem-se à não separação (ou não-segregação) de um (ou mais) cromossomo(s) para as células- mulheres com trissomia do X são identificadas em clínicas de infertilidade e outras em instiuições para retardados filhas durante a meiose ou durante as mitoses do zigoto A não-segregação na mitose decorre do não-rompimento mentais, mas provavelmente muitas permanecem sem diagnóstico. do centrômero no início da anáfase ou da perda de algum cromossomo por não ter ele se ligado ao fuso. A não-segregação na meiose é devida a falhas na separação dos cromossomos ou das cromátides, que se separam ao acaso para um pólo ou outro. Na meiose a não-segregação tanto pode ocorrer na primeira divisão como na Segunda. No primeiro caso, o gameta com o cromossomo em excesso, em lugar de ter apenas um dos cromossomos de um dado par, ou seja, terá um cromossomo paterno e um materno. No segundo, o gameta com o cromossomo em excesso terá dois cromossomos paternos ou dois maternos. Quando em conseqüência desses processos de não-segregação falta um cromossomo de um dado par, isto é, quando o número de cromossomos da célula é 2n - 1, diz-se, que a célula apresenta monossomia para este cromossomo. Se faltam os dois elementos do mesmo par 2n - 2, tem-se nulisomia. Se, pelo contrário, houver aumento do número de cromossomos de um determinado par, a célula será polissômica para o cromossomo em questão; ela será trissômica, tetrassômica, pentassômica etc., conforme tiver 1, 2 ou 3 cromossomos a mais, sendo, nesses casos, o seu número cromossômico designado por (2n + 1), (2n + 2), (2n + 3) etc. Euplodias Células portadoras de euploidias possuem quantidade de cromossomos que difere da normal em números inteiros e de lotes n. Na espécie humana, a ocorrência das euploidias é incompatível com o desenvolvimento do embrião, determinando a ocorrência do aborto. Casos em que a quantidade de cromossomos for de três ou mais lotes cromossômicos completos (3n, 4n, etc...) são chamados de poliploidias. Alterações na estrutura dos cromossomos São alterações que não modificam a quantidade de cromossomos de uma célula, mas determinam o aparecimento de cromossomos anormais. As aberrações que vamos descrever a seguir quase sempre implicam em problemas sérios , inclusive na formação de gametas . Isso porque durante a meiose, o cromossomo com a deficiência pareia de forma anômola com seu homólogo que não sofreu alteração, afetando o andamento , do processo meiótico. A gravidade das manifestações de uma deficiência depende dos genes ausentes. Um exemplo humano é a sindrome de cri du chat, em que falta um fragmento do braço curto do cromossomo 5. Outro exemplo é o cromossomo 22 curto ("cromossomo Filadélfia"), associado a uma forma de leucemia. As duplicações são menos graves que as deficiências porque não provocam falta de informações genéticas. Exemplos, a seguir: Deficiência ou Deleção Um pedaço de cromossomo é perdido neste tipo de anomalia , que implica a perda de muitos genes . Deficiências são percebidas durante o pareamento de cromossomos na meiose . Inversão Um pedaço de cromossomo se quebra , sofre rotação de 180º e solda-se novamente em posição invertida. Por causa da alteração da ordem dos genes, o pareamento dos Origem das Aneuploidias homólogos na meiose. As aneuploidias podem se originar de anomalias ocorridas na meiose (isto é, serem pré-zigóticas) ou nas mitoses Translocação do zigoto (pós-zigóticas). Quando a não-segregação é pré-zigótica, ela pode ter ocorrido na espermatogênese ou na ovulogênese. Na origem de indivíduos com dois cromossomos X e um Y, a contribuição feminina é maior do que a masculina ; por outro lado, 77% dos casos onde há apenas um X tem origem em erros ocorridos na espermatogênese. Nas aneuploidias autossômicas, a influência da idade materna leva a supor que a participação feminina é maior do que a masculina. As aneuploidias produzidas por erros na mitose do zigoto ou na segmentação dos blastômeros são menos freqüentes. Trata-se da troca de pedaços entre cromossomos não-homólogos , diferentemente do que ocorre no crossing-over, fenômeno normal e corriqueiro. Fala-se em translocaçào reciproca e heterozigota, em que apenas um elemento de cada par sofre a troca. Na hora do pareameto meiótico , ocorre uma figura em forma de cruz . É possível que a translocação tenha sido um mecanismo de formação de novas espécies. Há umas hipóteses sobre algumas espécies de drosófilas , todas com um numero diferente de cromossomos , que poderiam ter se originado de uma espécie ancestral , a partir de translocações de diversos tipos Aneuploidias dos cromossomos sexuais Síndrome devida a uma aberração cromossômica, caracterizada por fenótipo feminino, nanismo, infantilismo genital, disgenesia das gônadas (ovários reduzidos) e malformações diversas. O cariótipo é 45, X em 60% dos casos. As meninas com esta síndrome são identificadas ao nascimento ou antes da puberdade por suas características fenotípicas distintivas. As anormalidades envolvem baixa estatura, disgenesia gonadal, pescoço alado, tórax largo com mamilos amplamente espaçados e uma freqüência elevada de anomalias renais e cardiovasculares. Síndrome de Klinefelter 47-XXY Síndrome que associa no homem jovem um desenvolvimento anormal dos seios (ginecomastia), atrofia testicular, ausência de formação de espermatozóides (azoospermia) e uma elevação da concentração do hormônio hipofisário FSH. (O cariótipo mais comum é 47, XXY. Na sua forma habitual, porém não de regra, a síndrome de Klinefelter pode ser acompanhada de deficiência intelectual. As demais variantes cromossômicas são as A resposta do geneticista aliada aos seus conhecimentos permite afirmar, exceto: Exercícios núcleo e cromossomos / alterações a) o DNA do cromossomo Y e das mitocôndrias apresenta genes que determinam a cor da pele humana. b) o DNA mitocondrial é de origem materna c) o cromossomo Y apresenta genes exclusivamente paternos cromossomiais d) segundo este estudo, somente o genoma de indivíduos do sexo masculino pode ser utilizado para a 1) No intercâmbio de substâncias entre o núcleo e o citoplasma estão diretamente implicados os: a) cromossomos determinação da ancestralidade paterna. 11) A cromatina, presente no núcleo interfásico aparece durante a divisão celular com uma organização estrutural b) nucléolos diferente, transformando-se nos: c) complexo de poros a) cromômeros d) ribossomos b) cromossomos 2) Se uma célula perdesse a capacidade de produzir o nucléolo, qual das seguintes atividades celulares seria diretamente prejudicada? b) síntese de lipídios 12) Determinado animal apresenta em suas células diplóides 20 pares de cromossomos. Ao termino da meiose, o c) síntese de proteínas numero de cromossomos presentes em um gameta produzido por este animal é: d) digestão intracelular a) 5 3) Célula diplóide é aquela em que: a) existem dois cromossomos não homólogos b) o cariótipo é formado por dois conjuntos haplóides c) o cariótipo é formado por dois conjuntos diplóides d) cada cromossomo apresenta dois centrômeros e) não existe tal célula d) 44 A XXX e) 45 A XX b) 10 c) 20 d) 40 e) 80 13) Num laboratório, o núcleo de uma célula da espécie A foi retirado e implantado numa espécie B, cujo núcleo havia sido previamente removido. Caso esta célula-ovo desenvolvesse até a formação de um novo individuo, ele teria as características da espécie A ou as da espécie B? Justifique. 14) Dois cientistas realizaram uma experiência com o objetivo de estudar a transmissão das informações contidas nos genes do núcleo de células de diferentes tecidos. Núcleos de óvulos de rã não-fertilizados foram substituídos 4) A constituição genética do indivíduo com síndrome de Klinefelter é: b) 44 A XXY d) cromocentros e) cromonemas a) produção de ATP a) 44 A XY c) centrômeros c) 44 A X0 por núcleos de células somáticas, retiradas de uma mesma rã. Os cientistas observaram que a grande maioria destas células, com seus novos núcleos, resultaram na formação de embriões normais. Explique por que: (A) esses núcleos transplantados de células somáticas de diferentes tecidos deram origem a indivíduos normais e 5) Um homem com cariótipo 47, XYY pode originar-se da união de dois gametas, um com 24 cromossomos e outro com 23. O gameta anormal: a) é um óvulo idênticos; (B) o resultado da experiência seria diferente se tivessem sido usados núcleos de células germinativas. 15) Responder a questão com base no cariótipo humano b) é um espermatozóide c) pode ser um óvulo ou um espermatozóide d) é uma ovogônia representado ao lado: O cariótipo de um individuo do sexo ( ) com sinsdrome de ( ): a) feminino – Klinefelter e) é uma espermatogônia b) masculino – Klinefelter 6) Uma célula que apresenta grande quantidade de síntese de proteínas tende, em geral, a apresentar um grande nucléolo. Explique a relação. c) masculino – Down d) feminino _ Turner e) masculino _ Turner 7) Os cromossomos humanos podem ser estudados em células do sangue. Essa análise pode ser feita tanto em linfócitos quanto em hemácias? Por quê? 8) Associe as colunas: 1. Genoma 3. Cromossomo 2. Gene 4. Cariótipo 16) Dados os esquemas de cromossomos, podemos classificá-los conforme a posição do centrômero: ======0====== =======0==== I =========0= II ( ) segmento do DNA que contém instrução para a formação de uma proteína ( ) estrutura formada por uma única molécula de DNA, muito longa, associadas a proteínas, visível durante a a) os cromossomos I e II são metacêntricos e o II é submetacêntrico. divisão celular b) os cromossomos I e III são metacêntricos e o II é acrocêntrico ( ) conjunto de genes de uma espécie c) os cromossomos I, II e III são metacêntricos. d) Apenas o cromossomo II é metacêntrico A sequência correta é: a) 1 – 2 – 3 b) 2 – 3 – 1 d) 3 – 2 – 4 e) 3 – 4 – 1 e) Os cromossomos I, II e III são, respectivamente, metacêntrico, submetacêntrico e acrocêntrico. c) 2 – 4 – 1 17) Qual das seguintes estruturas celulares é responsável pela formação dos ribossomos? a) reticulo endoplasmático 9) Em julho de 2002, a Unesp tornou-se a primeira instituição brasileira a produzir um clone animal a partir do b) complexo de Golgi núcleo de uma célula adulta. Pesquisadores da faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, do câmpus de c) centríolo Jaboticabal, removeram o núcleo de uma célula obtida da cauda de uma vaca da raça Nelore (animal A) e d) nucléolo injetaram-no no óvulo anucleado de uma vaca de abatedouro (animal B). Posteriormente, este óvulo foi implantado e) lisossomo no útero de uma vaca mestiça holandesa (animal C). Do desenvolvimento deste óvulo resultou a bezerra Penta. Nas células da bezerra Penta há: a) DNA nuclear do animal A e DNA mitocondrial do animal C b) DNA nuclear do animal A e DNA mitocondrial do animal A c) DNA nuclear do animal A e DNA mitocondrial do animal B d) DNA nuclear do animal B e DNA mitocondrial do animal C e) DNA nuclear do animal C e DNA mitocondrial do animal A 10) Abaixo esta transcrito um pequeno trecho de uma recente entrevista, concedida à Revista Galileu pelo cientista Sérgio Danilo Pena, da Universidade de Minas Gerais, que liderou uma pesquisa genética sobre a composição étnica do povo brasileiro. GALILEU: “É correto a noção de que a maior parte dos brasileiros tem algum antepassado com pai branco europeu e mãe negra ou índia?” PENA: “’É. Meu caso é exatamente esse. Meu cromossomo Y é europeu e meu DNA mitocondrial é ameríndio.” III Divisão Celular Nesta fase os cromossomos duplos ocupam o plano equatorial do aparelho mitótico. Divisão celular é o processo pelo qual uma célula se transforma em duas células-filhas. Nesse caso, dividir estão voltados para os polos opostos. Ocorre um equilíbrio de forças. significa duplicar, pois as novas células são capazes de crescer e de ser transformar em células idênticas à Anáfase original. A divisão celular é a maneira pela qual organismos unicelulares se reproduzem e as células dos Inicia-se quando os centrômeros tornam-se funcionalmente duplos. Com a separação dos centrômeros, as organismos multicelulares se multiplicam, possibilitando o crescimento. Cada um de nós já foi uma única célula, a cromátides separam-se e iniciam sua migração partir do qual surgiram, por divisões celulares sucessivas, as dezenas de trilhões de células que forma nosso em direção aos pólos. O centrômero precede o corpo. resto da cromátide. Os cromossomos são A divisão de uma célula em duas é um empreendimento extraordinário porque as células-filhas são exatamente puxados pelas fibras do fuso e assumem um equivalentes quanto aos aspectos cromossômicos e genético. Por exemplo, o núcleo de cada célula humana tem formato característico em V ou L dependendo do 46 cromossomos, cada um constituido por uma molécula de DNA; a cada divisão celular, essas moléculas são tipo de cromossomo. A anáfase caracteriza-se duplicadas e distribuidas eqüitativamente para as células-filhas. Essa distribuição é facilitada pela condensação de pela migração polar dos cromossomos. cada cromossomo, que toma a forma de um bastão compacto. A condensação evita que os filamentos Telófase cromossômicos se emaranhem durante sua separação para a formação das células-filhas. A célula em divisão A telófase inicia-se quando os cromosomos-filhos reestrutura todo o seu esqueleto, montando um sistema microtubular que movimenta os cromossomos. alcançam os pólos. Os cromossomos começam a se desenrolar, num processo inverso a Prófase. Estes Finalmente, todo o aparato usado na divisão é desfeito e a célula reassume suas funções específicas. A divisão da cromossomos agrupam-se em massas de célula faz parte do que os biólogos denominam de ciclo celular; este é um período que se inicia com a origem da cromatina que são circundadas pôr cisternas célula, a partir da divisão de uma célula pré-existente, e termina quando ela se divide em duas células-filhas. Os de retículo endoplasmático, os quais se citologistas dividem o ciclo celular em duas etapas: divisão celular (mitose) e intérfase. Durante a interfase os fundem para formar um novo envoltório filamentos cromossômicos permanecem descondensados e distribuidos no interior do núcleo, constituindo a nuclear. cromatina. É no periodo de intérfase que o DNA cromossômico está em plena atividade, produzindo moléculas de Citocinese RNA com instruções para a síntese de proteínas. É também durante a intérfase que a célula cresce e que as É o processo de clivagem e separação do moléculas de DNA dos cromossomos de duplicam, preparando a célula para a próxima divisão. citoplasma. A citocinese tem início na Os cromossomos adotam uma orientação radial, formando a placa equatorial. Os cinetócoros das duas cromátides anáfase e termina após a telófase com a formação das células filhas. Em células Interfase: G1, S e G2 Com base no período em que os cromossomos se duplicam, subdivide-se a interfase em três fases: G1, que antecede a duplicação do DNA cromossômico; S, período em que o DNA cromossômico esta sendo duplicado; G2, que sucede a duplicação. Durante a fase S a quantidade de DNA no núcleo é duplicado. Considerando um ciclo celular de 24 horas, a maior parte dele seria passada em interfase; 9 a 11 horas em G1, 8 a 10 horas em S, e 4 a 5 horas em G2; a divisão celular ocupa um tempo relativamente curto do ciclo, entre 30 minutos e uma hora. Células que não se dividem com freqüência encontram-se segundo os cientistas, em G0 (G zero). A fase G0 é definida como uma variante da fase G1, à qual a célula pode retornar, retomando seu ciclo normal. animais forma-se uma constricção, ao nível da zona equatorial da célula mãe, que progride e estrangula o citoplasma. Esta constrição é devida a interação molecular de actina e miosina e microtúbulos. Como resultado de uma divisão mitótica teremos duas células-filhas com número de cromossomos iguais a da célula-mãe. Atividade de síntese no ciclo celular O conteúdo de proteínas total de uma célula típica aumenta mais ou menos continuamente durante o ciclo. Da mesma maneira a síntese de RNA continua constante, com exceção da fase M, a maioria das proteínas são sintetizadas durante as diferentes fases do ciclo, portanto o crescimento é um processo contínuo e constante, interrompido brevemente na fase M, quando o núcleo e a célula se dividem. O período mitótico caracteriza-se pela baixa atividade bioquímica. Durante este período a maior parte da atividades metabólicas, e em especial a síntese de macromoléculas, esta deprimida. É fácil compreender a queda de síntese de RNA que caracteriza a mitose, pois a condensação da cromatina para formar cromossomos deve bloquear a possibilidade de transcrição. Meiose Organismos simples podem reproduzir-se através de divisões simples. Este tipo de reprodução assexuada é Mitose simples e direta e produz organismos geneticamente iguais. A reprodução sexual por sua vez, envolve uma A mitose é um processo de divisão celular, característico de todas as células somáticas vegetais e animais. É um mistura de genomas de dois indivíduos, para produzir um indivíduo que difere geneticamente de seus parentais. O processo continuo que é dividido didaticamente em 4 fases: Prófase, metáfase, anáfase, telófase, nas quais ciclo reprodutivo sexual envolve a alternância de gerações de células haplóides, com gerações de células ocorrem grande modificações no núcleo e no citoplasma. O desenvolvimento das sucessivas fases da mitose são diplóides. A mistura de genomas é realizada pela fusão de células haplóides que formam células diplóides. dependentes dos componentes do aparelho mitótico. Posteriormente novas células diplóides são geradas quando os descendentes de células diplóides se dividem pelo Aparelho Mitótico processo de meiose. Com exceção dos cromossomos que determinam o sexo, um núcleo de célula diplóide O aparelho mitótico é constituído pelos fusos, centríolos, ásteres e cromossomos. O áster é um grupo de contém duas versões similares de cada cromossomo autossomo, um cromossomo paterno e um cromossomo microtúbulos irradiados que convergem em direção do centríolo. Cada cromossomo é composto por duas materno. Essas duas versões são chamadas de homólogas, e na maioria das células possuem existência como estruturas simétricas: as cromátides, cada uma delas contém uma única molécula de DNA. As cromátides estão cromossomos independentes. Quando o DNA é duplicado pelo processo de replicação, cada um desses ligadas entre si através do centrômero, que é uma região do cromossoma que se liga ao fuso mitótico, e se localiza cromossomos é replicado dando origem as cromátides que são então separadas durante a anáfase e migram para num segmento mais fino denominado de constricção primária. os polos celulares. Desta maneira cada célula filha recebe uma cópia do cromossomo paterno e uma cópia do Fases da Mitose cromossomo materno. Vimos que a mitose resulta em células com o mesmo número de cromossomos, se ocorresse a fusão dessas células, teríamos como resultado células com o dobro de cromossomos e isso ocorreria Prófase em progressão. Exemplificando: O homem possui 46 cromossomos, a fusão resultaria em uma célula com 92 Nesta fase cada cromossomo é composto pôr duas cromátides resultantes cromossomos. A meiose desenvolveu-se para evitar essa progressão. A meiose ocorre nas células produtoras de da gametas. Os gametas masculinos e femininos (espermatozóides e óvulos) são produzidos nas gônadas femininas duplicação do DNA no período S. Estas e masculinas. A meiose é precedida por um período de interfase (G1, S, G2) com eventos semelhantes aos cromátides estão unidas pelos filamentos do observados na mitose. Podemos definir meiose como sendo o processo pelo qual número de cromossomos é centrômero. A Prófase caracteriza-se pela reduzido a metade. Na meiose, a célula produzida possui apenas a metade do número de cromossomos, ou seja, contração dos cromossomas, que tornam-se somente um cromossomo no lugar de um par de homólogos. O gameta é dotado de uma cópia do cromossoma mais curtos e grossos devido ao processo de enrolamento (condensação). ou Os materno ou paterno. A meiose é um processo que envolve duas divisões celulares com somente uma duplicação helicoidização nucléolos de cromossomos. se desorganizam e os centríolos, que foram duplicados durante a interfase, migram um par para cada pólo celular. O citoesqueleto se desorganiza e seus elementos vão constituir-se no principal componente do fuso mitótico que Fases da Meiose inicia sua formação do lado de fora do núcleo. O fuso mitótico é uma estrutura bipolar composta por microtúbulos e A meiose ocorre apenas nas células das linhagens germinativas masculina e feminina, e é constituída por duas proteínas associadas. O final da Prófase, divisões celulares: Meiose I e Meiose II. também é denominada de pré-metáfase, sendo a Interfase - Antes do início da meiose I as células passam por um processo semelhante ao que ocorre durante a principal intérfase das células somáticas. Os núcleos passam pelo intervalo G1, que precede o período de síntese de DNA, característica desta fase, o desmembramento do envoltório nuclear em período S, quando o teor de DNA é duplicado, e pelo intervalo G2. pequenas vesículas que se espalham pelo Meiose I - A meiose I é subdividida em quatro fases, denominadas: Prófase I, Metáfase I, Anáfase I, Telófase I citoplasma. Prófase I - A prófase I é de longa duração e muito complexa. Os cromossomos homólogos se associam formando Metáfase pares, ocorrendo permuta (crossing-over) de material genético entre eles. Metáfase I - Há o desaparecimento da membrana nuclear. Forma-se um fuso e os cromosomos pareados se alinham no plano equatorial da célula com seus centrômeros orientados para pólos diferentes. Anáfase I - Os dois membros de cada bivalente se separam e seus respectivos centrômeros com as cromátidesirmãs fixadas são puxados para pólos opostos da célula. Os bivalentes distribuem-se independentemente uns dos outros e, em conseqüência, os conjuntos paterno e materno originais são separados em combinações aleatórias. Telófase I - Nesta fase os dois conjuntos haplóides de cromossomos se agrupam nos pólos opostos da célula. Meiose II - A meiose II tem início nas células resultantes da telófase I, sem que ocorra a Intérfase. A meiose II também é constituída por quatro fases: Prófase II - É bem simplificada, visto que os cromossomos não perdem a sua condensação durante a telófase I. Assim, depois da formação do fuso e do desaparecimento da membrana nuclear, as células resultantes entram logo na metáfase II. Metáfase II - Os cromossomos subdivididos em duas cromátides unidas por um centrômero prendem-se ao fuso. Anáfase II - Após a divisão dos centrômeros as cromátides de cada cromossomo migram para pólos opostos. Telófase II - Forma-se uma membrana nuclear ao redor de cada conjunto de cromátides. Exercícios divisão celular