A Diretoria da LABRE/SE na pessoa de seu Presidente
o PP6HG JOSE HELIO, convida todo Radio Amador e
PX com seus familiares para participar com suas
presenças a CEIA de NATAL da LABRE/SE programada
para o dia 21 de Dezembro as 20:00 horas em sua
SEDE. A sua participação é de grande valor.
Cleandro Jose Barreto – PU6CJB
Carta de Einstein
Caputh junto a Potsdam, 30 de julho de 1932
Prezado Professor Freud,
A proposta da Liga das Nações e de seu Instituto Internacional para a Cooperação
Intelectual, em Paris, de que eu convidasse uma pessoa, de minha própria escolha, para
um franco intercâmbio de pontos de vista sobre algum problema que eu poderia
selecionar, oferece-me excelente oportunidade de conferenciar com o senhor a respeito de
uma questão que, da maneira como as coisas estão, parece ser o mais urgente de todos
os problemas que a civilização tem de enfrentar. Este é o problema: Existe alguma forma
de livrar a humanidade da ameaça de guerra? É do conhecimento geral que, com o
progresso da ciência de nossos dias, esse tema adquiriu significação de assunto de vida
ou morte para a civilização, tal como a conhecemos; não obstante, apesar de todo o
empenho demonstrado, todas as tentativas de solucioná-lo terminaram em lamentável
fracasso. Ademais, acredito que aqueles cuja atribuição é atacar o problema de forma
profissional e prática, estão apenas adquirindo crescente consciência de sua impotência
para abordá-lo, e agora possuem um vivo desejo de conhecer os pontos de vistas de
homens que, absorvidos na busca da ciência, podem mirar os problemas do mundo na
perspectiva que a distância permite. Quanto a mim, o objetivo habitual de meu
pensamento não me permite uma compreensão interna das obscuras regiões da vontade e
do sentimento humano. Assim, na indagação ora proposta, posso fazer pouco mais do que
procurar esclarecer a questão em referência e, preparando o terreno das soluções mais
óbvias, possibilitar que o senhor proporcione a elucidação do problema mediante o auxílio
do seu profundo conhecimento da vida instintiva do homem. Existem determinados
obstáculos psicológicos cuja existência um leigo em ciências mentais pode obscuramente
entrever, cujas inter-relações e filigranas ele, contudo, é incompetente para compreender;
estou convencido de que o senhor será capaz de sugerir métodos educacionais situados
mais ou menos fora dos objetivos da política, os quais eliminarão esses obstáculos. Como
pessoa isenta de preconceitos nacionalistas, pessoalmente vejo uma forma simples de
abordar o aspecto superficial (isto é, administrativo) do problema: a instituição, por meio de
acordo internacional, de um organismo legislativo e judiciário para arbitrar todo conflito que
surja entre nações. Cada nação submeter-se-ia à obediência às ordens emanadas desse
organismo legislativo, a recorrer às suas decisões em todos os litígios, a aceitar
irrestritamente suas decisões e a pôr em prática todas as medidas que o tribunal
considerasse necessárias para a execução de seus decretos. Já de início, todavia,
defronto-me com uma dificuldade; um tribunal é uma instituição humana que, em relação
ao poder de que dispõe, é inadequada para fazer cumprir seus veredictos, está muito
sujeito a ver suas decisões anuladas por pressões extrajudiciais. Este é um fato com que
temos de contar; a lei e o poder inevitavelmente andam de mãos dadas, e as decisões
jurídicas se aproximam mais da justiça ideal exigida pela comunidade (em cujo nome e em
cujos interesses esses veredictos são pronunciados), na medida em que a comunidade
tem efetivamente o poder de impor o respeito ao seu ideal jurídico. Atualmente, porém,
estamos longe de possuir qualquer organização supranacional competente para emitir
julgamentos de autoridade incontestável e garantir absoluto acatamento à execução de
seus veredictos. Assim, sou levado ao meu primeiro princípio; a busca da segurança
internacional envolve a renúncia incondicional, por todas as nações, em determinada
medida, à sua liberdade de ação, ou seja, à sua soberania, e é absolutamente evidente
que nenhum outro caminho pode conduzir a essa segurança. O insucesso, malgrado sua
evidente sinceridade, de todos os esforços, durante a última década, no sentido de
alcançar essa meta, não deixa lugar à dúvida de que estão em jogo fatores psicológicos de
peso que paralisam tais esforços. Alguns desses fatores são mais fáceis de detectar. O
intenso desejo de poder, que caracteriza a classe governante em cada nação, é hostil a
qualquer limitação de sua soberania nacional. Essa fome de poder político está
acostumada a medrar nas atividades, de um outro grupo, cujas aspirações são de caráter
econômico, puramente mercenário. Refiro-me especialmente a esse grupo reduzido,
porém decidido, existente em cada nação, composto de indivíduos que, indiferentes às
condições e aos controles sociais, consideram a guerra, a fabricação e venda de armas
simplesmente como uma oportunidade de expandir seus interesses pessoais e ampliar a
sua autoridade pessoal. O reconhecimento desse fato, no entanto, é simplesmente o
primeiro passo para uma avaliação da situação atual. Logo surge uma outra questão:
como é possível a essa pequena súcia dobrar a vontade da maioria, que se resigna a
perder e a sofrer com uma situação de guerra, a serviço da ambição de poucos? (Ao falar
em maioria, não excluo os soldados, de todas as graduações, que escolheram a guerra
como profissão, na crença de que estejam servindo à defesa dos mais altos interesses de
sua raça e de que o ataque seja, muitas vezes, o melhor meio de defesa.) Parece que uma
resposta óbvia a essa pergunta seria que a minoria, a classe dominante atual, possui as
escolas, a imprensa e, geralmente, também a Igreja, sob seu poderio. Isto possibilita
organizar e dominar as emoções das massas e torná-las instrumento da mesma minoria.
Ainda assim, nem sequer essa resposta proporciona uma solução completa. Daí surge
uma nova questão: como esses mecanismos conseguem tão bem despertar nos homens
um entusiasmo extremado, a ponto de estes sacrificarem suas vidas? Pode haver apenas
uma resposta. É porque o homem encerra dentro de si um desejo de ódio e destruição.
Em tempos normais, essa paixão existe em estado latente, emerge apenas em
circunstâncias anormais; é, contudo, relativamente fácil despertá-la e elevá-la à potência
de psicose coletiva. Talvez aí esteja o ponto crucial de todo o complexo de fatores que
estamos considerando, um enigma que só um especialista na ciência dos instintos
humanos pode resolver. Com isso, chegamos à nossa última questão. É possível controlar
a evolução da mente do homem, de modo a torná-lo à prova das psicoses do ódio e da
destrutividade? Aqui não me estou referindo tão-somente às chamadas massas incultas.
A experiência prova que é, antes, a chamada ‗Intelligentzia‘ a mais inclinada a ceder a
essas desastrosas sugestões coletivas, de vez que o intelectual não tem contato direto
com o lado rude da vida, mas a encontra em sua forma sintética mais fácil — na página
impressa. Para concluir: Até aqui somente falei das guerras entre nações, aquelas que se
conhecem como conflitos internacionais. Estou, porém, bem consciente de que o instinto
agressivo opera sob outras formas e em outras circunstâncias. (Penso nas guerras civis,
por exemplo, devidas à intolerância religiosa, em tempos precedentes, hoje em dia,
contudo, devidas a fatores sociais; ademais, também nas perseguições a minorias raciais.)
Foi deliberada a minha insistência naquilo que é a mais típica, mais cruel e extravagante
forma de conflito entre homem e homem, pois aqui temos a melhor ocasião de descobrir
maneiras e meios de tornar impossíveis qualquer conflito armado. Sei que nos escritos do
senhor podemos encontrar respostas, explícitas ou implícitas, a todos os aspectos desse
problema urgente e absorvente. Mas seria da maior utilidade para nós todos que o senhor
apresentasse o problema da paz mundial sob o enfoque das suas mais recentes
descobertas, pois uma tal apresentação bem poderia demarcar o caminho para novos e
frutíferos métodos de ação.
Muito cordialmente,
A. Einstein.
Humilhação aos judeus
Mulher: Sou a maior porca da cidade, eu tenho relacionamento somente com judeus.
Homem: Eu levo só garotas alemães para meu quarto.
Fonte: A VIDA NO FRONT
Hiroshima: Memórias De Um
Sobrevivente
Desejo apagar esta repugnante e desagradável lembrança de minha memória. O seis de
agosto vem de novo este ano [1993], como sempre. Sei que está é a minha última chance
para registrar, em três partes, o que sofri. No fatídico dia de 6 de agosto de 1945, eu era
um terceiroanista do Departamento de Ciências, Faculdade de formação de professores
de Hiroshima (hoje em dia, a licenciatura em matemática da Universidade de formação de
Professores de Hiroshima). Em meados do meu primeiro ano [1943], ouvíamos muitas
vezes que as condições da guerra estavam piorando e que a frente de guerra estava se
expandindo sem limites. Quase todos os estudantes foram recrutados para o exército. Mas
ainda havia alguns na faculdade, pois éramos aspirantes a Professores no futuro. Mas a
situação mudou gradualmente. Estudantes de ciências humanas foram também
recrutados, somente deixaram ficar os estudantes de ciências naturais como nós. A guerra
continuou a piorar. Finalmente fomos mobilizados em abril, como trabalhadores no
estaleiro Mitsubishi na vila de Eba, na cidade de Hiroshima. O estaleiro construía
transportes de tropas da classe de 10.000 toneladas. A primeira tarefa que me foi
designada foi a de soldar placas de aço, usando volumosos macacões feitos de um tecido
duro, contendo chumbo. Mas depois de um pouco, fui transferido para uma posição de
treinamento para estudantes do ginásio Shudo e do curso secundário da Escola de
Comércio de Hiroshima. Nosso alojamento era um hotel chamado Kinsuikan, situado em
Miyajima, um local famoso por sua paisagem. Íamos diariamente ao estaleiro de barco.
Levava uma hora para irmos. Estávamos sempre expostos aos perigos de ataques aéreos
feitos por caças saindo dos porta-aviões americanos e ao contato com minas. Tínhamos
prontos pedaços de tábuas de madeira no barco, para substituir os coletes salva-vidas.
Duas horas gastas no ir e vir eram preciosas para descansar e ler livros. Quanto a comida,
estávamos sempre com fome. Arroz misturado com soja triturada, ou bolinhos de Eba
feitos de trigo moído e estragão eram uma festa para nós.
O seis de agosto
Saímos do porto de Miyajima e chegamos ao estaleiro de Eba uns poucos minutos depois
das oito horas, como sempre. Estava quente e o céu limpo, sem nuvens. Pouco antes das
oito, uma sirene de ataque aéreo soou. Nos abrigamos enquanto reclamávamos, porque já
estávamos acostumados à sirene. Logo o alerta foi cancelado. O encontro da manhã foi
feito como sempre e uma chamada dos alunos do ginásio foi feita também. Fui até o
segundo andar acertar alguns papéis. Estava conferindo a presença dos alunos enquanto
mantinha minhas costas diretamente para o epicentro. De repente, uma luz azulada brilhou
como um arco voltaico, como a luz de uma máquina de solda, ou como magnésio
queimando. O mundo ficou branco. De forma instintiva, pensei que tivesse havido um
grande acidente na companhia de fornecimento de gás no distrito de Kannon ou na
subestação transformadora em Misasa. Corri para a janela que estava bem aberta ao
exterior, para ventilar. Olhei na direção do possível acidente. Observei uma nuvem
amarela-avermelhada subindo como fogo de artifício, alto para o céu, cercada por fumaça
negra como carvão. (Naquela época, como não tinha idéia do que seria uma bomba
atômica, nunca imaginaria que uma nuvem de cogumelo estava para surgir). No mesmo
momento, de longe, casas voavam um pouco e então caiam, esmagando-se no chão como
peças de um jogo de dominó. Era igual a branca arrebentação de uma onda, vindo em
minha direção, enquanto ficava em pé na praia. A onda se aproximou de forma inabalável
(mais tarde, isto seria chamado de onda de choque da explosão). Me senti terrível pela
primeira vez. Tinha que fazer alguma coisa, o segundo andar onde estava logo seria
esmagado. Um amigo próximo, o Sr. Soma ou o Sr. Yoshikawa gritaram algo. Corri para
debaixo da mesa e segurei a respiração, esperando que alguma coisa acontecesse. Em
apenas alguns segundos eu vi o relâmpago e me enfiei debaixo da mesa. Então, de
repente, o chão desabou com um imenso som. Uma maciça nuvem de poeira se levantou.
Naquele momento, eu congelei. Senti que a bomba tinha explodido logo na minha frente.
Mas nenhum explosão aconteceu. Senti sem sombra de dúvida que a bomba era uma
granada cegante e arrastei-me lentamente. Descobri que o chão tinha desabado com a
explosão. Meu amigo gritou: ―seu olho direito está ferido!‖ Toquei meu olho e somente
senti um monte de sangue na minha palma. Mas não sentia nenhuma dor. A explosão
tinha arrebentando os caixilhos das janelas em pedacinhos e estilhaços devem ter
penetrado minha sobrancelha. O sangue correndo tinha caído no meu olho e perdi a visão.
Apoie-me no ombro do meu amigo para correr para a sala de enfermaria do escritório,
cambaleando. Surpreendentemente, duzentas ou trezentas pessoas já estavam na fila.
Quase todos tinham sofrido queimaduras. Mais tarde soube que muitas das pessoas na
fila tinham morrido. Tive sorte no meu azar, pois não fiquei exposto diretamente à
explosão. Todos os ferimentos eram na minha face. Todas as tentativas de parar com o
sangramento falharam. O sangue continuar a fluir. Minhas roupas estavam de tal forma
manchadas pelo sangue derramado que poderiam dar a impressão que estava
gravemente ferido. Fui levado para a frente da fila e fizeram quatro pontos, depois de
desinfetarem de forma rápida a ferida. Quanto sorte tive. Meus olhos estavam bem. Só
quando minha sobrancelha foi cortada, a pele caiu e o sangue entrou no olho, causando
uma cegueira temporária. Foi dito que não havia maneiras de ajudar as vítimas de
queimadura, só aplicar ungüento branco. Então fui colocado em uma tábua de madeira e
deixado no chão de um prédio que estava inclinado pelo sopro da explosão. No meu peito
estava uma etiqueta de papel em que estava escrito o meu nome, local de nascimento,
idade e tipo sangüíneo. Ao meu redor estavam muitas vítimas de queimadura, gemendo
de dor. As peles das pessoas vivas estava apodrecendo e soltando um cheiro intolerável.
As pessoas estavam agonizando e morrendo lentamente, gemendo ―ai, ai, água, água‖.
Fui deixado entre eles. Não sabia ao certo que horas eram, mas uma vez vi um céu azul
sem nuvens, coberto por uma nuvem negra como carvão na direção de Koi e parecia que
era uma chuva torrencial. Por volta das três da tarde, o ferry Enamimaru chegou para nos
apanhar. Voltei aos meus alojamentos em Miyajima. Na manhã seguinte, o dia sete de
agosto, as pessoas saudáveis foram para Hiroshima para limpar a cidade. Mas deixou-se
que os feridos descansassem nos alojamentos.
O oito de agosto
Hoje, fui ao estaleiro em Eba, junto com alguns amigos meus. Meu rosto estava quase que
totalmente embrulhado em bandagens, exceto o meu olho esquerdo. Então fui ao centro
de Hiroshima. Como não haviam meios de transporte, tive que fazer toda a distância a pé.
Primeiro visitei o Sr. Matsuoka, no distrito Minami Kan-non, onde estava me hospedando.
Nada restava lá. Mandado pelos ares ou queimado, não sabia. Não havia nenhum traço.
Naturalmente, minhas coisas, tais como cama, livros e outras coisas, não existiam. Não
sabia se meu tio e minha tia Matsuoka tinham sobrevivido ou não. Mesmo hoje, não sei de
seus destinos. Não tinha escolha, a não ser perambular até a escola em
Higashisendamachi. Tanto quanto a vista alcançava, tudo estava totalmente incinerado em
cinzas. Somente muros destruídos de concreto pontilhavam a paisagem. A esquerda e
direita havia incontáveis corpos, ainda não removidos. Algumas pessoas olhavam os
cadáveres, procurando seus parentes. Outros empilhavam a madeira meio queimada das
casas, para incinerar os restos. Fiquei vagando pela cidade, cheia dos cheiros da morte.
Quando cheguei na ponte, soldados das tropas Akatsuiki estavam recuperando um imenso
número de cadáveres do fundo do rio, usando barcos de desembarque. Todos os corpos
estavam completamente nus. Alguns dos corpos permaneciam com as mão para cima,
outros com as pernas torcidas em agonia. Estavam inchados pela água, branco-pálidos. A
cena era muito lúgubre para lembrar, mesmo hoje em dia.Finalmente cheguei na
faculdade, passando pela ponte Takano. Todos os prédios de madeira da faculdade e os
dormitórios estavam totalmente queimados, em ruínas. Somente a biblioteca na direita e a
estrutura externa dos prédios do laboratório de ciências, nos fundos, foram poupados. Ao
lado da entrada da frente, o corpo queimado de um cavalo fora deixado, soltando um fedor
insuportável. Percebendo que nada restara, fui até o endereço queimado dos Hasimotos,
meus amigos, cujo marido tinha ido para a guerra e somente as mulheres tinham ficado
para trás. Como os tinha ajudado a construir um abrigo de bombas subterrâneo e colocado
coisas importantes lá, estame me preocupando com eles.Fiquei mais calmo ao achar
provas de coisas enterradas terem sido escavadas, pois isto era um sinal que meus
amigos tinham sobrevivido. (Muitos anos atrás, fui a Hiroshima, mas lá não havia pistas
para perguntar sobre o destino da família Hashimoto). Então caminhei para Shiragamisha,
pela avenida do bonde, para obter na praça municipal um certificado de flagelado. Não me
preocupava de forma alguma com a minha cara miserável, embrulhada em bandagens,
pois quase todas as pessoas estavam feridas e também perambulavam pelas ruas como
zumbis em bandagens. Um bonde queimado, somente com a estrutura de aço restando,
estava largado no meio da rua. Postes elétricos estavam inclinados e fios queimados
balançavam dentro da janela. Virei à esquerda no cruzamento do quarteirão Kamiya e
caminhei pelos destroços do Pavilhão de Promoção Industrial da Prefeitura de Hiroshima
(depois chamado de cúpula da Bomba Atômica), a ponte em forma de ―T‖ de Aioi, Dobashi
e o distrito de Fukushima. Continuei a caminhar em direção ao distrito Ibi. Tão longe
quanto a vista alcançava, toda a cidade estava queimada até as cinzas, pontilhada de
muros de concreto que antes tinham sido prédios. Chapas de zinco queimadas soltavam
rangidos nas janelas radioativas. Passei pelas ruínas e destroços, evitando os corpos dos
mortos, cobertos com tapetes. Finalmente cheguei na estação Ibi passando pela cidade
morta, onde não havia sinais de uma só vida, cheia do cheiro dos cadáveres. Peguei um
bonde em Miyajima e voltei para o hotel. Caminhei ao redor da cidade morta por oito dias,
várias horas todos os dias. Como era bobo. Me arrependo de meu comportamento tolo de
perambular. Nunca mais. Não desejo ver de novo tal inferno na terra. Não desejo mesmo
me lembrar dele. Este é o limite do que posso descrever. Deixem-me dizer uma última
palavra: agora é um mundo pacífico. Vivemos em riqueza material e liberdade de palavra.
As vezes acho estranho: porque estou vivo? Provavelmente posso estar ―ficando vivo‖. Só
tenho um sentimento de gratidão, nenhuma reclamação ou insatisfação. Sempre agradeço
a sociedade. Gostaria de dar alguma coisa de volta à sociedade.
Takeharu Terao
Despedida de amigo de trabalho
Se por um instante Deus esquecesse de que somos uma
marionete de pano e nos presenteasse com mais um
pouco de vida ao teu lado, possivelmente não diríamos
tudo o que pensamos, mas definitivamente pensaríamos
em tudo o que dissemos.
Por tanto, pensando no que dissemos, fizemos e
sentimos, percebemos que os momentos de história que
realizamos juntos foram mais grandiosos do que
pequenos.
Trabalhamos, mas também rimos muito, e podemos
dizer que se Deus nos concedesse mais um pouco de
vida ao seu lado, morreríamos de tanto rir.
Neste momento palavras perdem o sentido diante das
lágrimas contidas na saudade que iremos sentir, mas
sorriso é o que te demonstraremos neste instante por
ser o motivo deste até logo, a realização de mais uma
vitória em sua vida.
Sempre há um amanhã e a vida nos dá sempre mais uma
oportunidade para fazermos as coisas bem, e temos que
aproveitar cada oportunidade, por isso sabemos que
você tem que ir, mas ficaremos aqui torcendo pelo seu
sucesso hoje e sempre. Que você faça mais histórias
maravilhosas e intensas como foi a nossa.
Hoje é apenas a última vez que você verá as pessoas
que conviveu no trabalho, mas o início de uma vida de
convivência de amigos eternos.
Festivo o tradicional café da labre sempre programado no
primeiro sábado de cada mês. Foi homenageado pela Diretoria
da Labre o radio amador PP6SL SAMUEL LEMOS que recebeu
das mãos do Presidente o PP6HG JOSE HELIO o trouféu
passado pelo PP6PP FERNANDO representante em nosso Estado
da
RODADA
PIAUENSE.
Na
oportunidade
falou
o
PP6PP
FERNANDO da importância do trouféu para o radio amador não
só como um incentivo mas o reconhecimento daquilo que se
propõe.
RODADA INTER BRASILEIRA
Olá meus Amigos,
Formulamos
o
presente,
para
convidar
todos
radioamadores e respectivas famílias, a participarem do 7º
EIRI, a ser realizado nos dias 20, 21 e 22 de janeiro de
2012, na cidade de São Bento do Sul - SC.
Sentir-nos-emos muito honrados com a presença de cada
um de vocês.
Maiores informações poderão ser obtidas no Site:
www.wix.com/pp5wm47/setimoeiri
Um grande abraço a todos
PP5WM – CARLOS
Divulgação - PY3IA – RODEMA
“Deus fez os abismos para que o homem
compreendesse as montanhas. Fez o fogo para
que o homem valorizasse as águas. E fez você
para que com ELE descobrisse a vida que há
pela sua frente e encontrasse a felicidade.
Portanto ... Seja Feliz”
Parabens
Jose Helio PP6HG – Presidente
Valfredo Santos PP6VS – Vice Presidente
Sandoval Silva – PP6SK – Pres. Conselho
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QTC 10-DEZ-2011