Gabarito das Autoatividades
FILOSOFIA GERAL E DA EDUCAÇÃO
(ART – BID – GED – HID – LED – MAD – PED)
2011/1
MÓDULO II
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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES
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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE
FILOSOFIA GERAL E DA EDUCAÇÃO
UNIDADE 1
TÓPICO 1
Questão única: Este assunto rende boas reflexões. Gostaríamos de partilhar
algumas questões mais intrigantes para que você possa tirar suas conclusões
ou discutir com algum interlocutor. Será que a “ágora virtual” permitirá maior
participação política? Poderá um dia o espaço virtual se transformar num
lugar para deliberação de necessidades públicas? Será que a internet só
revolucionou as formas de comercialização?
R.: Os questionamentos desta autoatividade pretendem provocar uma reflexão
sobre os novos contextos que os meios de comunicação estão proporcionando.
Procure identificar os pontos positivos e negativos indicados pelos acadêmicos
sobre cada item apontado nas questões desta autoatividade.
TÓPICO 2
1 Como surgiu a Filosofia?
R.: A Filosofia surgiu no século VI a.C., quando alguns pensadores
resolveram duvidar das explicações mitológicas e começaram a pensar na
possibilidade de explicar a realidade a partir da razão, sem recorrer à fé.
Surgiu gradativamente, em substituição aos mitos e às crenças religiosas, na
tentativa de conhecer e compreender o mundo e os seres que nele habitam.
A formação do pensamento filosófico deu-se na passagem do Mito para a
Razão.
2 Ao pensar sobre o papel da Filosofia, Leão (1991) propôs a seguinte
reflexão: “na era atômica, em que a técnica e a ciência desenvolvem um
vigor planetário, a missão da Filosofia não é corrigir ou substituir-se à ciência.
É apenas ser a catarsis de uma autoconsciência”. O que o pensador está
sugerindo?
R.: A interpretação dos acadêmicos pode estar relacionada aos seguintes
pontos:
● é importante olhar para a própria existência do ser humano;
● o papel da Filosofia não é o de desenvolver técnicas e realizar descobertas
e invenções científicas;
● a Filosofia deve se ocupar das questões humanas;
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● saber das coisas externas e materiais não significa uma maior consciência
sobre a vida e existência humana.
3 Qual a principal diferença entre Filosofia, Ciência e Religião?
R.: A Religião busca as causas e princípios primeiros nos dogmas, crenças
e respostas dadas pela fé. A Ciência depende de seu método de controle
sobre a experiência. A Filosofia relaciona-se com ambas, refletindo sobre
seus princípios e métodos.
TÓPICO 3
1 A consciência não pode ser compreendida unicamente como uma dimensão
puramente psicológica e nem como uma dimensão puramente sociológica.
Como a Filosofia explica esta situação?
R.: Consciência psicológica: é a consciência de si, é a “concentração da
consciência nos estados interiores do sujeito, exige reflexão”. Consciência
sociológica: é a consciência do outro, é “a concentração da consciência nos
objetos exteriores, exige atenção”. Para a Filosofia, a junção dessas duas
atitudes, consciência de si e consciência do outro, dá origem à consciência
crítica, que é uma das funções primordiais da filosofia na sociedade atual.
Assim, a filosofia desenvolve nas pessoas a capacidade de julgar os fatos e
distinguir aqueles que melhor lhes correspondem com a sua consciência. Em
síntese, essa questão pode ser representada da seguinte forma:
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2 O que caracteriza a consciência: mítica, religiosa e racional?
R.: ● A palavra mito vem do grego Mytheos, que significa contar, narrar, falar
alguma coisa para os outros. É uma forma de explicar e compreender a
realidade social e natural diferente da nossa. A consciência mítica caracterizase pela falta de criticidade e o indivíduo não se reconhece em si, mas como
parte do grupo.
● A consciência religiosa tem como base a fé e a aceitação de uma doutrina.
Além disso, tem como princípio que as verdades são infalíveis e indiscutíveis,
cabendo apenas aos indivíduos aceitarem as suas doutrinas.
● A consciência racional caracteriza-se pela capacidade intelectual de pensar,
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que se manifesta na racionalidade científica e filosófica.
3 Para a Filosofia, quais são os aspectos que caracterizam uma consciência
crítica?
R.: Primeiramente, uma das características principais da consciência crítica
é olhar o mundo de forma negativa, ou seja, dizer um não aos fatos, aos
preconceitos, aos valores, ao que todo mundo diz. Uma segunda característica
da consciência crítica é positiva, procurar questionar, interrogar e buscar saber
o porquê e o para quê das coisas. Além disso, a consciência crítica caracterizase por identificar as segundas intenções ou as verdadeiras intenções que
se têm com as ações e desenvolver nas pessoas um pensamento próprio e
crítico sobre a realidade do cotidiano.
4 Que tipo de consciência predomina na filosofia nietzschiana? Explique-a.
R.: Nietzsche faz uma crítica sistemática a tudo o que passava por aceito. As
verdades são postas em xeque e não porque sejam substituídas por novas
verdades, mas é contestada a própria ideia de verdade, de valor. Além disso,
critica a modernidade, principalmente a crença em uma verdade revelada.
Propõem que assumamos por completo a insegurança de nossa condição.
5 Mas a “verdade”, da qual nossos professores tanto falam, parece ser
seguramente uma coisa bem mais modesta, da qual não se pode recear
nada de desordenado ou excêntrico: ela é uma criatura de humor fácil e
benevolente, que não se cansa de assegurar a todos os poderes estabelecidos
que ela não quer criar aborrecimentos a ninguém; pois, afinal de contas, não
se trata aqui apenas de “ciência pura”? (NIETZSCHE, F. Escritos sobre
educação. Rio de Janeiro: PUC-Rio; São Paulo: Loyola, 2003. p. 151).
Nietzche, filósofo alemão do século XIX, faz uma crítica irônica a uma
concepção naturalizada e abstrata da ciência e da verdade. Pensando na
relação de um professor com o conhecimento, qual das seguintes afirmações
acerca da atuação do professor dá sentido à crítica do autor?
(A) Convencer os seus alunos a consolidar o saber científico.
(B) Preservar os fundamentos das pesquisas já feitas na escola.
(C) Ser um bom transmissor dos saberes instituídos cientificamente.
(D) Colocar em questão a normalidade dos conhecimentos.
(E) Transmitir verdades que ampliem os conhecimentos estabelecidos.
OBS.: Para responder a essa questão, é necessário que o(a) acadêmico(a)
leia a Leitura Complementar desse tópico e tenha em mente a consciência
que predomina em Nietzsche.
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Questão Única: Leia atentamente o texto “As três Peneiras” e relacione cada
um dos conceitos – Verdade, Bondade e Necessidade – com a escola ou
organização onde você trabalha ou estuda.
R.: Nesta questão, cada acadêmico(a) poderá responder de acordo com o
seu entendimento e sua vivência. Além disso, procure ressaltar que esse texto
representa o método socrático, a maiêutica, que tem por finalidade levar as
pessoas a desenvolverem as suas próprias ideias.
TÓPICO 4
Questão Única: A partir da leitura desta seção (Teoria dos dois Mundos, o
Mito da Caverna e Platão e a Educação), procure relacionar a história em
quadrinhos escrita por Maurício de Sousa, inspirada na história do Mito da
Caverna de Platão, com a nossa realidade.
1 Quem é o personagem Piteco na história em quadrinhos?
R.: O personagem Piteco é aquele que vai ao interior da caverna questionar os
que vivem, desde a infância, na caverna. Questiona o modo de vida daqueles
que acham que o mundo todo pode estar representado em uma sombra.
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2 Como é a vida dentro da caverna?
R. O interior da caverna é marcado pela escuridão e pela ilusão de que
o mundo está ali dentro. Além disso, estão apenas assistindo às coisas
acontecerem e acreditam que a verdade está representada numa sombra.
3 Como é a vida fora da caverna?
R. Para os que viviam dentro da caverna e estavam acostumados com a
escuridão, a vida fora da caverna causava estranheza devido ao excesso
de luminosidade, mas, com o passar do tempo, percebem que o mundo fora
da caverna é muito mais bonito.
4 Que relação se pode fazer entre a história em quadrinhos e a realidade?
R. O final da história em quadrinhos faz uma relação direta com a nossa
realidade. Muitas vezes temos uma visão superficial da realidade e nos
acomodamos com a rotina.
5 Que outros aspectos você descobriu?
R. Esta questão é pessoal e depende do entendimento de cada um. Procure
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explorar as opiniões de cada um.
TÓPICO 4
OBS.: Para responder a essas questões, é necessário que o(a) acadêmico(a)
tenha uma visão geral de cada um dos grandes pensadores gregos.
1 Em um de seus Diálogos, Platão relata uma conversa entre Sócrates e
Menão, na qual aparece o problema da possibilidade de se ensinar a alguém.
Para mostrar sua tese, Sócrates chama um menino ao qual faz perguntas
cujas respostas indicam que ele sabe demonstrar um teorema. O episódio
caracteriza o denominado “método maiêutico” de Sócrates, que consiste em
formular perguntas que induzam a respostas corretas.
Levando em conta esse método socrático, podemos considerar que ensinar é:
(A) Capacitar o aprendiz a dar respostas adequadas a estímulos
apresentados.
(B) Despertar um saber oculto, presente em nossos sonhos.
(C) Ativar as potencialidades latentes, presentes na nossa herança
biológica.
(D) Rememorar um saber já existente em nosso espírito, despertado
pelas perguntas formuladas.
(E) Transmitir o conhecimento, porque ninguém aprende nada por si.
2 No Sétimo Livro do diálogo “A República”, Platão define o que entende por
educação:
“Sócrates – [...] a educação não é como certas pessoas acreditam. Creem
poder infundi-la na alma que não a possui como quem dá visão aos cegos.
Glauco – De fato, assim creem.
Sócrates – Ora, nosso argumento mostra que a faculdade de aprender e
o órgão destinado a esse uso residem na alma de cada um e que, assim
como os olhos só podem sair das trevas para a luz acompanhados de todo o
corpo, também a faculdade da inteligência só pode apartar-se do mundo do
devir por meio de um movimento de toda a alma até que esteja em condição
de contemplar o ser e o que é o mais brilhante do ser, ou seja, aquilo a que
chamamos Bem. Não é assim?
Glauco – Sim.
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Sócrates – Por conseguinte, toda a arte consiste em efetuar essa conversão
da maneira mais simples e mais eficaz”.
FONTE: PLATÃO. A República: Livro VII. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1985. p.
52.
A partir desse diálogo, conclui-se que:
(A) Platão concorda com a visão dos sofistas – considerados na época as
mais conceituadas autoridades em questões pedagógicas –, segundo a qual
educar significa inculcar um saber na alma.
(B) Conhecer, para Platão, significa voltar-se para o seu próprio interior
e lembrar-se de um saber que a alma adquiriu antes da sua existência
no mundo visível.
(C) Educação como conversão significa, para Platão, abdicar da vida
mundana, voltar-se para a luz e assumir uma posição firme de fé, no caso,
a crença nos deuses de Atenas.
(D) Para ativar a inteligência, Platão indica um treinamento para enxergar
e assimilar, com a alma inteira, os fenômenos naturais, a fim de defini-los e
classificá-los em taxionomias perfeitas.
(E) Para que a alma esteja apta a contemplar o ser na sua forma mais perfeita,
Platão defende a ideia de que o corpo humano precisa sair das trevas para
a luz, ou seja, satisfazer plenamente seus apelos e desejos, principalmente
os da beleza.
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3 Assim, a virtude é uma disposição para agir de uma maneira deliberada,
consistindo numa mediania relativa a nós, a qual é racionalmente determinada
e como a determinaria o homem prudente. Mas é uma mediania entre dois
vícios, um pelo excesso, outro pela falta.
Aristóteles. Ética a Nicômaco.
Com base no trecho anterior, julgue as seguintes conclusões formuladas:
I - A virtude é uma mediania.
II - A mediania é um vício entre dois vícios.
III - O homem prudente determina racionalmente a virtude.
IV - Os vícios são excessos ou faltas.
V - O homem prudente não reconhece o vício.
Agora, assinale a alternativa que apresenta as conclusões certas:
(A) As afirmativas I, III e IV estão corretas.
(B) As afirmativas I, IV e V estão corretas.
(C) As afirmativas II, III e IV estão corretas.
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(D) As afirmativas II, III e V estão corretas.
(E) As afirmativas II, IV e V estão corretas.
TÓPICO 5
1 A partir da leitura deste tópico ou dos conhecimentos que você possui sobre
Paulo Freire, destaque cinco ideias ou pensamentos que você considera
mais importantes e discuta com os seus colegas no próximo encontro
presencial.
R.: Essa questão é de cunho pessoal. Procure discutir com os acadêmicos
de sua turma as principais ideias e pensamentos de Paulo Freire.
OBS: Para responder as questões 2, 3 e 4, é necessário que o(a) acadêmico(a)
tenha uma visão geral do Tópico 5.
2 Assim são os gênios: descobrem ou inventam o óbvio que ninguém vê. Assim
aconteceu com Paulo Freire, que descobriu que o “vovô absolutamente não
viu o ovo”, nem a “vovó viu a ave coisa nenhuma”, mas, ao contrário - com
certeza -, o pedreiro viu a pedra; a cozinheira, o feijão; o lavrador, a enxada,
a soja e o trigo.
FONTE: BOAL, Augusto. Paulo Freire, meu último pai. Pátio - Revista Pedagógica, Porto
Alegre, p. 50, ago./out.1997.
Partindo da ideia implícita no texto, pode-se afirmar que NÃO faz parte da
concepção de educação de Paulo Freire:
(A) A dialogicidade.
(B) A inserção do dominado na cultura da elite.
(C) A utilização de conhecimentos prévios do educando.
(D) A tomada de consciência da situação existencial.
(E) O compromisso com a transformação social.
3 Paulo Freire encanta, desperta o gosto pelo saber, promove e incentiva
o debate em torno das principais questões relacionadas à educação. São
muitos livros, dissertações e teses geradas a partir de seu pensamento. Paulo
Freire defende uma educação:
(A) Em que o sujeito da educação é o educador, sendo os educandos como
vasilhas a serem enchidas; o educador deposita “comunicados” que esses
recebem, memorizam e repetem.
(B) Que valoriza a ciência como forma de conhecimento objetivo, passível de
verificação rigorosa por meio da observação e da experimentação, ou seja,
uma educação positivista em que o elemento primordial é a tecnologia.
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(C) Que conserva a ingenuidade do oprimido, que como tal se acostuma e
se acomoda no mundo conhecido (o mundo da opressão), ou seja, é uma
educação exercida como uma prática da dominação.
(D) Que o oprimido tenha consciência crítica da opressão, que se
disponha a transformar essa realidade; trata-se de um trabalho de
conscientização e politização.
4 Para Paulo Freire, vivemos em uma sociedade dividida em classes,
sendo que os privilégios de uns impedem que a maioria usufrua os bens
produzidos. Freire aponta como um desses bens produzidos e necessários
para concretizar a predisposição humana de ser mais, a educação, da qual
é excluída grande parte da população do Terceiro Mundo.
Esta questão refere-se a dois tipos de pedagogia, que são:
(A) Pedagogia da autonomia e pedagogia da esperança.
(B) Pedagogia da esperança e pedagogia do oprimido.
(C) Pedagogia dos dominantes e pedagogia do oprimido.
(D) Pedagogia dos dominantes e pedagogia da esperança.
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1 Analise o texto sobre “um povo que não batizou o azul” E identifique a
questão investigada e a resposta que os cientistas elaboraram.
R.: Investigavam se a linguagem humana evoluiu para se adequar à forma
como vemos o mundo ou se a forma como vemos o mundo depende do modo
como usamos a linguagem. A descoberta feita em Papua-Nova Guiné sugere
que a classificação das cores pode variar segundo a cultura.
2 O que é epistemologia?
R. A epistemologia é “o estudo metódico e reflexivo do saber, de sua organização,
de sua formação, de seu desenvolvimento, de seu funcionamento e de seus
produtos intelectuais.” (JAPIASSU, 1975, p. 16). O termo epistemologia foi
introduzido por J. F. Ferrier em 1854 e é utilizado comumente diante de outros
termos como Gnosiologia, Teoria do Conhecimento, significando o modo de
tratar os problemas do conhecimento. Etimologicamente, “epistemologia”
significa discurso, estudo (logos) sobre a ciência (episteme).
3 Quais são as principais formas de se conhecer o mundo?
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R. Conhecimento mítico ou religioso, senso popular, conhecimento científico,
conhecimento filosófico, conhecimento artístico.
4 Procure lembrar e anotar algumas questões que desafiam o conhecimento
humano.
R. Nesta questão, os acadêmicos poderão se lembrar de questões como:
Qual a origem do universo? Qual a origem da vida? O que há depois da
morte? Quem é o ser humano?
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TÓPICO 2
Questão única: Resgate algum texto que você tenha desenvolvido no passado
e procure identificar se há algum argumento distorcido, conforme critérios
estudados neste tópico.
R.: Esta questão depende da capacidade de autocorreção e aplicação dos
critérios apresentados neste tópico. Promova uma socialização do que cada
acadêmico(a) conseguiu identificar.
TÓPICO 3
Questão única: Você pôde perceber que a ética teve diferentes compreensões
ao longo da história do pensamento. Procure sintetizar cada uma das
concepções de ética apresentando as principais ideias e qual a principal
crítica que se pode fazer.
a) Concepção socrática: para Sócrates, é virtuoso quem é sábio e pratica o
bem, do contrário, quem não conhece o bem e não o pratica é infeliz. Aqueles
que praticam o mal o fazem por ignorância. Crítica: dificuldade de encontrarmos
o que é certo e errado apenas pelos caminhos do conhecimento.
b) Concepção cristã: para a concepção cristã, a nossa virtude se define na
relação com Deus e não com a sociedade. Crítica: será que o ser humano
não pode encontrar, por si só, o que é certo e o que é errado, necessita do
auxílio divino para praticar o bem?
c) Concepção kantiana: propõe que o conceito ético seja extraído do fato
de que cada um deve se comportar de acordo com princípios universais
aplicáveis a todos, sem exceções, desde que se exija do próximo o mesmo
que exigimos de nós. Crítica: dificuldade de alcançar um consenso entre os
indivíduos sobre o que é certo e o que é errado.
d) Concepção marxista: para Marx, numa sociedade onde vivem exploradores
e explorados, é a moral da classe dominante que predomina. Somente
poderá existir uma moral verdadeira quando vivermos numa sociedade sem
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classes. Crítica: como seria esta sociedade sem classes e sem propriedade
privada?
e) Concepção relativista: para a concepção relativista, cada pessoa deve
definir o que é certo e o que é errado, tendo como referências as suas próprias
convicções. Crítica: como conciliar os interesses de cada um?
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1 Quais as principais semelhanças e diferenças entre a Ética e a Lei?
R.: As principais semelhanças entre a ética e a lei são: ambas apresentamse como normas que devem ser seguidas por todos; procuram propor uma
melhor convivência entre os indivíduos; resultam de um caráter histórico e
social que se orienta por valores próprios de uma determinada sociedade.
A ética faz referências à conduta humana na sociedade sob a ótica do bem
e do mal, determinada pelo costume e que tem como objeto de análise a
moral. A lei se expressa de maneira mais concreta na sociedade; a ética se
caracteriza por ser mais informal, enquanto que a lei se apresenta como um
instrumento formal, escrito e promulgado; a ética poderá assumir uma variação
no âmbito de um mesmo grupo, enquanto que a lei se apresenta como sendo
única para um determinado grupo; o não cumprimento de uma norma ética
poderá provocar uma rejeição do grupo ou um isolamento do transgressor,
enquanto que o não cumprimento de uma lei ou a sua desobediência gera
uma penalidade ao transgressor; o âmbito de abrangência da ética é maior,
atingindo vários aspectos da vida humana, enquanto que a lei se restringe
a questões específicas de condutas sociais; a ética se caracteriza mais pela
liberdade dos indivíduos, enquanto que a lei é imposta para o cumprimento
obrigatório de todos os indivíduos do grupo.
2 De acordo com o texto “Virtudes Profissionais”, procure conceituar cada
uma das palavras que caracterizam a ética na vida profissional.
a) Responsabilidade: agir de maneira favorável aos interesses da equipe e
de seus clientes, dentro e fora da organização.
b) Lealdade: um funcionário leal defende a organização, tem orgulho de fazer
parte dela. Apresenta sugestões em seu ambiente de trabalho.
c) Iniciativa: fazer algo no interesse da organização.
d) Honestidade: confiança que nos é depositada.
e) Sigilo: o respeito aos segredos das pessoas, dos negócios e das
empresas.
f) Competência: “a função de um citarista é tocar cítara, e a de um bom
citarista é tocá-la bem” (Aristóteles).
g) Prudência: analisar situações complexas e difíceis e tomar as decisões
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com maior segurança.
h) Coragem: “o homem que evita e teme a tudo, não enfrenta coisa alguma,
torna-se um covarde” (Aristóteles).
i) Perseverança: não desanimar diante das decepções ou mágoas...
j) Compreensão: qualidade que ajuda na aproximação e no diálogo
profissional.
k) Humildade: admitir que não é o dono da verdade.
l) Imparcialidade: posição justa nas situações que terá que enfrentar.
m) Otimismo: acreditar na capacidade de realização das pessoas; demonstrar
energia e bom humor.
TÓPICO 4
Questão única – A partir das leituras feitas sobre os dilemas da estética,
procure interpretar esta obra de arte de Leonardo da Vinci, adotando estas
duas concepções de compreensão do belo:
FIGURA 2 – MONALISA (entre 1503 e 1507) DE LEONARDO DA VINCI
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FONTE: Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6a/Mona_Lisa.
jpg>. Acesso em: 30 jun. 2005.
a) O belo como manifestação pura do objeto.
R.: As qualidades do objeto é que o tornam belo, independente da minha
vontade. Portanto, a beleza na obra de arte “Monalisa” é uma propriedade
do objeto, cabendo-nos apenas a aproximação desse ideal de beleza.
b) O belo como representação subjetiva do sujeito.
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R.: Nessa representação, o belo se expressa de forma diferente em cada
indivíduo, tendo influência de sua cultura e da educação recebida. No obra
de arte “Monalisa”, cada um terá a sua interpretação. Uns poderão achar
belo, enquanto outros não. Essa concepção de belo representa uma ideia de
valor, em que a beleza não é uma propriedade das coisas ou realidade em si
mesma, mas algo que a sociedade ou o indivíduo determina como belo.
UNIDADE 3
TÓPICO 1
Questão única: Depois de ler este tópico, organize sua opinião e registre-a
nas linhas que seguem.
R.: Essa questão solicita a opinião de cada acadêmico(a) sobre o tema. Peça
para socializar algumas respostas que analisam os aspectos positivos, as
que analisam os aspectos negativos e ainda as que fazem uma síntese entre
os aspectos positivos e negativos.
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1 Na atualidade, como o trabalho pode ser compreendido?
R.: Para muitos, o trabalho é visto como dificuldade, algo ruim, que se faz
contra a vontade, enquanto que, para outros, o trabalho é considerado algo
que enobrece e dignifica os seres humanos, essencial à vida. De maneira
geral, podemos afirmar que trabalho é “toda ação transformadora (material ou
intelectual) do homem, realizada na natureza e na sociedade em que vive.”
(CORDI et al., 2000, p. 195).
2 Como o trabalho era compreendido: nas primeiras comunidades primitivas;
entre os gregos; pela Igreja Católica na Idade Média; e pelo sistema
capitalista?
R.: a) Nas primeiras comunidades primitivas: o trabalho era realizado por
todos os integrantes da tribo. Não tinham a finalidade de obter lucros, apenas
de satisfazer as necessidades do grupo.
b) Entre os gregos: o trabalho braçal não era valorizado, apenas os cidadãos
livres é que dedicavam o seu tempo livre à reflexão e à contemplação das
ideias.
c) Pela Igreja Católica: seguiam um princípio paulino: “quem não trabalha,
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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES
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não deve comer”. Porém, a Igreja condenava qualquer tipo de trabalho que
tinha por interesse a usura.
d) Pelo sistema capitalista: no sistema capitalista, o trabalho passa a ser visto
como uma mercadoria: o trabalhador vende a sua força de trabalho para os
donos do capital.
3 Quais as consequências para a sociedade da introdução das máquinas no
processo produtivo para a sociedade?
R.: As máquinas passam a substituir a ferramenta e a energia humana. A
produção passa a ser feita nas fábricas e cada operário realiza uma parte do
processo. Os patrões, donos dos meios de produção, assumem o controle da
indústria e eliminam os antigos núcleos domésticos de produção.
4 Quais as razões que levam as pessoas a trabalharem?
R.: As pessoas trabalham por diversas razões:
● para satisfazer suas necessidades básicas;
● devido à coação direta, como no trabalho forçado;
● em troca de um salário;
● em razão de um desejo de ajudar e servir a outros;
● em decorrência de um sentido de dever ou de reciprocidade;
● por interesse no próprio trabalho;
● para manter as relações sociais no local de trabalho;
● para mostrar aos outros que se faz uma contribuição à sociedade ou que
se tem certas habilidades;
● devido ao status social associado ao trabalho;
● para fugir do tédio;
● para se divertir;
● por hábito;
5 Comente a seguinte afirmação de Marx: “o trabalho alienado se
apresenta como algo externo ao trabalhador, algo que não faz parte de sua
personalidade”.
R.: Para Karl Marx, “o caráter alienado do trabalho aparece claramente no
fato de que, desde que não exista um constrangimento físico ou qualquer
outro, fugimos dele como se fosse a peste”.
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6 Quais os diferentes sentidos de alienação? Explique-os.
R.: a) Alienação com respeito ao produto de seu trabalho: torna-se objeto
de seu trabalho ao dono do capital, sendo tratado como coisa estranha, e o
produto do seu trabalho não lhe pertence.
b) Alienação com respeito à própria atividade do trabalho: na sociedade
capitalista, o trabalho deixa de ser do operário. Esse fica alienado à atividade
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do próprio trabalho.
c) Alienado com respeito à vida da espécie: o homem fica relegado às funções
dos animais. Disso resulta que o homem somente se sente livre em suas
funções animais: no comer, no beber, no criar e em tudo o que concerne à
habitação e ao trajar; mas, em suas funções humanas, sente-se como um
animal.
d) Alienação com respeito aos demais homens: como o homem é o resultado
de suas relações, temos como consequência a alienação do homem com
respeito a outro.
7 Como o ser humano pode se realizar no mundo do trabalho?
R.: Segundo Marx, o trabalho deve ser visto com os olhos de um artista.
“Uma expressão da criatividade e da inteligência humana, que possibilita
a transformação da natureza, constituindo uma fonte de prazer e alegria.”
(GALLO, 1997, p. 49).
TÓPICO 3
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Questão única: Para que você possa compreender todos os aspectos
apresentados neste tópico, sugerimos que siga os seguintes passos:
• Leia novamente este tópico e procure destacar as palavras ou ideias centrais
que aparecem ao longo do texto.
• Após reler e destacar as ideias centrais do texto, procure elaborar um resumo
do tópico, comparando as ideias entre si, identificando as semelhanças e as
diferenças.
R.: Esta autoatividade se caracteriza mais como uma orientação de como rever
o assunto apresentado. Portanto, é uma questão subjetiva e que poderá ser
feita individualmente ou em grupo. Caro(a) Professor(a)-Tutor(a) Externo(a),
você poderá seguir o resumo do tópico que está no Caderno de Estudos da
disciplina para conduzir a discussão.
TÓPICO 4
1 Faça um resumo das principais ideias que definem o Positivismo.
R.: As ideias destacadas podem ser as seguintes:
● Estuda a realidade como fato.
● Prima pela certeza, precisão e neutralidade.
● O conhecimento é produto de uma investigação sistemática, rigorosa e
exata.
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2 Faça um resumo das principais ideias que definem a Fenomenologia.
R.: As ideias destacadas podem ser as seguintes:
● Estuda a realidade como fenômeno.
● O conhecimento depende da consciência humana.
● A intencionalidade humana interfere sobre a compreensão da realidade.
3 Faça um resumo das principais ideias que definem o Marxismo.
R.: As ideias destacadas podem ser as seguintes:
● Estuda a realidade em seu contexto histórico.
● A pesquisa marxista (dialética) entende o ser humano como um ser histórico,
que reage ao mundo através do trabalho.
● O motor de todas as transformações reside na luta de classes.
4 Destaque três ideias centrais do paradigma holístico e comente-as.
R.: As ideias destacadas podem ser as seguintes:
● Estuda a unidade e a totalidade, sem fragmentar e dicotomizar.
● Diferente do paradigma mecanicista, no modelo holístico a realidade não
é compreendida nos fragmentos, mas, sim, na totalidade.
● Possibilita uma pesquisa que tenha um intercâmbio entre ciência, filosofia,
religião, arte e senso popular.
● Ciência, filosofia, religião, arte e senso popular são conhecimentos que pouco
interagem. No modelo holístico, a proposta é aproximar os conhecimentos
que não se excluem, mas que se complementam.
● Enfoque sistêmico – no interior de cada objeto, existem múltiplas relações
que se interligam ao exterior.
● Trata-se de uma compreensão que supera a limitação e a separação,
propondo a conexão e a interligação.
TÓPICO 5
1 Em seu parecer, qual a importância de se ensinar a pensar?
R.: A resposta a essa pergunta é de cunho pessoal e poderá ter por fundamento
as informações apresentadas na seção 2 deste tópico.
2 O que caracteriza o pensar na Filosofia?
R.: É um pensar reflexivo, que duvida e investiga continuamente as
possibilidades. O objetivo não se concentra em responder definitivamente,
mas de refletir sobre as possibilidades provisórias. Assim, o pensar filosófico
caracteriza-se pela capacidade de refletir com crítica e criatividade.
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3 O que caracteriza o pensar na Ciência?
R.: Para a Ciência, o ato de pensar está ligado à capacidade de examinar sob
critérios definidos, métodos, os fatos observados. Pensar é o exercício mental,
no qual se estudam os fatos, investigam-se e examinam-se as evidências,
formulam-se hipóteses e concluem-se a partir de deduções ou induções. O
esforço de pensar tem por objetivo maior organizar as observações de forma
que se obtenha respostas definitivas.
4 O que caracteriza o pensar na Religião?
R.: Na acepção da Religião, o ato de pensar relaciona-se com o ato de
acreditar. Pensar é articular as crenças sobre dados e princípios, de forma
que se obtenham conclusões de fé. O objetivo maior é encontrar as razões
divinas para questões humanas e mundanas.
5 Destaque três operações do pensamento que você considera fundamentais
para o desenvolvimento das habilidades de raciocínio.
R.: Essa resposta terá por base a seção 6 do tópico e depende do ponto de
vista de cada acadêmico(a). Peça para socializarem as respostas e discuta
as razões apresentadas.
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FILOSOFIA GERAL E DA EDUCAÇÃO.indd