LIVRO DO PR O F E S S OR PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Presidenta: Dilma Rousseff MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA Ministro: Edison Lobão DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO Diretor: Hamilton Moss de Souza MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Ministro: Fernando Haddad Coordenação-Geral de Educação Ambiental (CGEA): José Vicente de Freitas MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE Ministra: Izabella Mônica Vieira Teixeira CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRAS Presidente: José da Costa Carvalho Neto Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – PROCEL Secretário Executivo: José Antônio Muniz Lopes Supervisor: Luiz Eduardo Menandro de Vasconcellos Equipe Técnica: Leonardo Pinho Magalhães, Luciana Lopes Batista Vinagre, José Luiz G. Miglievich Leduc, George Camargo dos Santos, Rudney Espírito Santo Centro de Cultura, Informação e Meio Ambiente – CIMA Diretor de Ensino e Pesquisa: Marcos Didonet Coordenação Técnico-Pedagógica: Lídia Monteiro Andrade da Silva Equipe Técnica: Jaime Pacheco dos Santos, Mara da Silva Rosa Equipe de Produção: Evandro Júnior, Regina Levy e Tiago Muller PROJETO: “Boa Energia nas Escolas” Unidade Móvel de Ensino com Base no PROCEL Educação Iniciativa EDP Vice-presidente de Distribuição e Inovação: Miguel Nuno Simões Nunes Ferreira Setas Área de Eficiência Energética EDP Escelsa Diretor Comercial: Carlos Yoshio Motoki EDP Bandeirante Diretor Comercial: Michel Itkes Operacionalização EDP Escelsa Operacionalização EDP Bandeirante Instituto de Desenvolvimento Integrado para Pense Eco Eficiência Energética e Ações Sociais - IDEIAS Sustentabilidade www.institutoideias.com.br www.penseeco.com.br PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PROCEL NAS ESCOLAS A NATUREZA DA PAISAGEM ENERGIA: RECURSO DA VIDA Livro do Professor Projeto PROCEL EDUCAÇÃO - Educação Básica Coordenação Geral: ELETROBRÁS/PROCEL - Milton Marques ENERGIA: RECURSO DA VIDA Programa de Educação Ambiental “A Natureza da Paisagem” Autoria: CIMA - Marcos Didonet - Walkíria Barbosa - Vilma Lustosa - Iafa Britz Consultoria Técnica: Lineu Belico dos Reis Colaboração: Cláudio Hiroyuki Furukawa e Jamil Haddad Parecer Educacional: Donaldo Bello de Souza com Andréa da Paixão Fernandes, Marise Nogueira Ramos, Mônica de Cássia Vieira e Roberta de Barros do Rego Supervisão Técnica: Milton Marques Supervisão Pedagógica: Lídia Monteiro Redação: Lídia Monteiro e Mara Rosa Revisão e Copidesque: Ana Lúcia Rangel Projeto Gráfico e Editoração: Liliana Neves Cordeiro de Mello Gráficos: Janey Santos Costa Silva Ilustração: Ziraldo com Miguel Mendes Produção Executiva: Tiago Müller Produção Administrativa: Genésio de Oliveira D557n Marcos Didonet A natureza da paisagem: Energia: recurso da vida: livro do professor. / Marcos Didonet. – Rio de Janeiro: CIMA, 2011. 76p. : il. color ; 28 cm. ISBN 85-86402-33-8 (enc.) 1. Educação. 2. Meio ambiente. 3. Energia. I. Centro de Cultura, Informação e Meio Ambiente (Rio de Janeiro, RJ). APRESENTAÇÃO Após 10 anos de implantação do PROCEL NAS ESCOLAS, projeto de educação ambiental de sucesso, que atende a Educação Básica do país, o material de apoio ao professor foi modernizado. Além de atualizar os dados referentes ao setor elétrico brasileiro, buscamos incorporar sugestões de professores, especialistas do setor elétrico e educacional, além de outros parceiros desta jornada. Apresentamos agora este material completamente repaginado. Este livro, por exemplo, foi elaborado pensando nos professores de todas as séries de ensino médio e fundamental. Foram incluídos itens como “Um breve histórico da educação ambiental” e alguns dos seus princípios; o tema gerador Energia; o PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica; o PROCEL NAS ESCOLAS (Educação Básica) e sua metodologia de implantação; a descrição do kit de recursos de apoio pedagógico; novas fontes de consulta. Também foram inseridos um capítulo com a síntese dos conteúdos pedagógicos dos livros indicados para os alunos; uma série de sugestões de atividades, que podem ser devidamente adaptadas à realidade de cada unidade escolar; além de alguns anexos que consideramos interessantes para subsidiar o trabalho em sala de aula. Ao reunir estas informações em um só volume, tivemos como objetivo atender a algumas demandas de professores a fim de facilitar o trabalho de pesquisa desses educadores. Esperamos que as mudanças contribuam para o aperfeiçoamento do projeto e que juntos continuemos a disseminar a idéia de consumo responsável de eletricidade em respeito ao planeta. SUMÁRIO CAPÍTULO 1 EDUCAÇÃO PARA A VIDA SUSTENTÁVEL ..............................................................................................7 1.1 A questão ambiental .....................................................................................................................................8 1.2 Conferências Internacionais de Meio Ambiente e de Educação Ambiental ....................................9 1.3 Princípios da Educação Ambiental ...........................................................................................................10 1.4 Energia – tema gerador de mudanças .....................................................................................................14 CAPÍTULO 2 METODOLOGIA DE IMPLANTAÇÃO DO PROCEL NAS ESCOLAS .............................................15 (EDUCAÇÃO BÁSICA) 2.1 Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – PROCEL ..................................15 2.2 PROCEL NAS ESCOLAS (Educação Básica): Uma corrente de responsabilidade para o uso da energia elétrica ...............................................16 2.3 Resultados do Projeto nos Primeiros 10 Anos de Implantação .......................................................18 2.4 Etapas de Implantação do PROCEL NAS ESCOLAS ...................................................................... 20 2.5 Sistema de Acompanhamento e Avaliação ........................................................................................... 23 CAPÍTULO 3 RECURSOS DE APOIO PEDAGÓGICO ................................................................................................... 25 3.1 Concepção dos materiais .......................................................................................................................... 25 3.2 Componentes do kit de recursos de apoio pedagógico ................................................................... 26 3.3 Conhecendo os materiais ......................................................................................................................... 28 5 CAPÍTULO 4 CONTEÚDOS E SUGESTÕES DE ATIVIDADES ..................................................................................... 32 4.1 Conversando sobre as atividades ............................................................................................................ 32 4.2 Livro 1 ........................................................................................................................................................... 33 4.3 Livro 2 ........................................................................................................................................................... 37 4.4 Livro 3 ............................................................................................................................................................ 43 4.5 Livro 4 ........................................................................................................................................................... 49 4.6 Livro 5............................................................................................................................................................ 53 ANEXOS Anexo 1 - Perguntas Curiosas ........................................................................................................................ 60 Anexo 2 - Ficha do Sistema de Acompanhamento e Avaliação..............................................................63 Anexo 3 - Estimativas do Consumo Mensal dos Principais Eletrodomésticos ................................... 72 Anexo 4 – Principais Direitos e Deveres dos Consumidores de Energia Elétrica ............................ 75 6 capítulo 1 EDUCAÇÃO PARA A VIDA SUSTENTÁVEL A Educação Básica forma as novas gerações. Portanto, tem um papel de destaque na criação do futuro. A educação ambiental é um com- “A educação é um meio indispensável para propiciar, a todas as mulheres e a todos os homens, a capacidade de conduzir suas próprias vidas, exercitar a escolha e a responsabilidade pessoal e aprender através de uma vida sem restrições geográficas, políticas, culturais, religiosas, lingüísticas e de gênero.” ponente essencial da Educação Básica (1) Conferência Ambiente e Sociedade: Educação e Consciência Pública para a Sustentabilidade. , fortalecendo esse Thessaloniki, Grécia, 1997. compromisso especial da escola e dos educadores. O PROCEL NAS ESCO- relacionar os conteúdos seus professores, contribui para LAS (Educação Básica) oferece das suas disciplinas ou áreas de inserir na educação e na forma- às escolas e aos professores da conhecimento à realidade coti- ção dos alunos uma cultura de Educação Infantil, do Ensino Fun- diana dos alunos e da comunidade responsabilidade com o meio damental e do Ensino Médio o escolar e aos principais conceitos ambiente, construindo conhe- conjunto de materiais educativos da educação ambiental; cimentos, valores e atitudes de e a metodologia “A Natureza da Paisagem Energia: Recurso da Vida”, fundamentada nos princípios da educação ambiental recomendados pela UNESCO (2) e nas diretrizes da legislação destacar o enfoque interdisciplinar na compreensão integrada dos múltiplos aspectos envolvendo o ambiente e as conexões entre o local e o global; brasileira (3) , do Ministério da promover ações individuais Educação e do Ministério do e coletivas de combate ao des- Meio Ambiente . perdício de energia elétrica e de (4) O trabalho pedagógico com recursos naturais. o tema gerador “Energia” na Este trabalho pedagógico, fruto Educação Básica possibilita aos da parceria entre o setor elétrico, professores: as escolas da Educação Básica e 7 cidadania, consumo responsável e cuidado com o ambiente, fundamentais na criação de um modo de vida sustentável, solidário e mais justo para a Terra e as futuras gerações. “A educação ambiental é um pré-requisito para mudar valores e possibilitar uma vida mais sustentável no planeta.” Fritjof Capra. III Fórum Social Mundial. Porto Alegre/RS, 2003. 1.1 A QUESTÃO AMBIENTAL “A questão ambiental impõe às sociedades a busca de novas formas de pensar e agir, individual e coletivamente, de novos caminhos e modelos de produção de bens, para suprir necessidades humanas, e relações sociais que não perpetuem tantas desigualdades e exclusão social e, ao mesmo tempo, garantam a sustentabilidade ecológica. Isso implica um novo universo de valores no qual a educação tem um importante papel a desempenhar.” Parâmetros Curriculares Nacionais. Temas Transversais. MEC. Brasília, 1998, p. 180. Até a segunda metade do século XX, os temas ambientais foram tratados principalmente no campo das ciências naturais e a partir de uma visão conservacionista. Embora limitada, essa abordagem trouxe avanços importantes. A criação da Ecologia (5) desenvolveu a pesquisa e o ensino das relações entre as espécies e o seu meio, e os conceitos básicos sobre o funcionamento dos sistemas naturais. Iniciativas para a conservação da natureza e espécies ameaçadas pelo homem resultaram na criação de leis ambientais (códigos florestais, de águas, etc.), parques e outras áreas naturais protegidas. Após a 2ª Guerra Mundial, o modelo de desenvolvimento oriundo da Revolução Industrial inglesa, baseado na ideologia de que o progresso tecnológico e o crescimento econômico geram o bem-estar social, entrou em uma fase de expansão global liderada pelos EUA. O mundo tornou-se cada vez mais industrializado e urbano, interligado por novas tecnologias de transporte e de comunicação. Foram criadas novas formas de conforto e bem-estar para a vida humana. Mas a globalização deste modelo também produziu profundas alterações no ambiente (natural e construído), maiores desigualdades entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento e entre as classes sociais. No campo, o uso de máquinas e produtos químicos na agricultura reduziu os postos de trabalho e provocou migrações para as cidades, que cresceram de forma acelerada. A qualidade de vida 8 nas áreas urbanas foi mais afetada por problemas ambientais como poluição industrial, gases emitidos por veículos, estresse urbano, condições precárias de habitação e saneamento. A oferta contínua de novos produtos industrializados e a massificação do estilo de vida dos países desenvolvidos através dos meios de comunicação formaram a chamada “sociedade de consumo” (e de desperdícios). Para abastecer indústrias e cidades com água, energia e matérias-primas, intensificaramse a destruição de ecossistemas e a exploração de recursos naturais, prejudicando também as condições de vida de muitas comunidades tradicionais que deles dependiam. Nas décadas de 50 e 60, vários fatores contribuíram para despertar a consciência sobre a necessidade de se relacionar a qualidade do ambiente à vida humana: graves acidentes ambientais (6); manifestações sociais (movimentos estudantis, feministas, pacifistas, ecologistas, hippies, etc.) questionando o modelo de economia e sociedade, o estilo de vida e os valores dominantes; divulgação de estudos científicos ligando aspectos econômicos, sociais e políticos às questões de meio ambiente (7) . Em 1972, o Clube de Roma (8) publicou o relatório “Limites do Crescimento”, que causou forte impacto na opinião pública mundial ao prever o esgotamento dos principais recursos naturais, com base em modelos matemáticos, caso não houvesse a redução dos ritmos de crescimento da produção, do consumo e da população. No mesmo ano, a Organização das Nações Unidas – ONU convocou a primeira conferência mundial de meio ambiente. 1.2 CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS SOBRE MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, capital da Suécia, de 5 a 16 de junho de 1972 (9) , reuniu delegações de 113 países (inclusive o Brasil) para construir uma visão global sobre a questão ambiental (10) e elaborar um Plano de Ação Mundial. O documento final da Conferência de Estocolmo determinou a realização de “um trabalho de educação em questões ambientais, visando tanto às gerações jovens como aos adultos” (11) , e recomendou a criação do Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA). O PIEA foi oficialmente lançado em 1975, após a definição das suas orientações básicas na Conferência de Belgrado, promovida pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), com educadores de 65 países. Os objetivos, princípios e estratégias que hoje orientam o desenvolvimento da educação ambiental em todo o mundo foram estabelecidos na Primeira Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental (Conferência de Tbilisi), realizada pela UNESCO e pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) em Tbilisi, capital da Geórgia (país da exURSS e da atual CEI), de 14 a 26 de outubro de 1977. Para avaliar os avanços obtidos com o desenvolvimento da educação ambiental em cada país e definir novas estratégias para seu aperfeiçoamento, vêm sendo realizadas conferências decenais, como a Conferência Internacional sobre Educação e Formação Ambientais (Moscou, 1987) e a Conferência Ambiente e Sociedade: Educação e Consciência Pública para a Sustentabilidade (Thessaloniki, Grécia, 1997) (12) . Em 1987, a Comissão Mundial criada pela ONU para analisar os problemas de meio ambiente, pobreza e desenvolvimento econômico divulgou suas conclusões 9 no relatório “Nosso Futuro Comum”, que aponta a construção de um desenvolvimento sustentável como única forma de “atender às necessidades das gerações presentes sem comprometer o atendimento das necessidades das gerações futuras”. Com base nesse relatório, a ONU promoveu em junho de 1992 a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92), reunindo participantes de 172 países. Entre outros resultados importantes, o fórum oficial da Rio-92 elaborou a Agenda 21, plano de ações que os governos se comprometeram a cumprir para alcançar o desenvolvimento sustentável no século XXI (o capítulo 36 trata da educação); e o Fórum das ONGs (encontro da sociedade civil paralelo à Rio-92), criou o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (13) . 1.3 PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL “Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorre com a terra recairá sobre os filhos da terra.” Carta do Chefe Seattle ao presidente dos EUA, 1856. TOTALIDADE E INTERDEPENDÊNCIA Considerar o meio ambiente em sua totalidade e a interdependência entre aspectos naturais (físicos, biológicos e ecológicos) e criados pelo homem (sociais, políticos, econômicos, tecnológicos, histórico-culturais, éticos e estéticos). LOCAL E GLOBAL Estabelecer uma relação mais efetiva entre os processos educativos e a realidade imediata do aluno e da sua comunidade, articulando os problemas ambientais locais às questões regionais, nacionais e globais. “O cuidado com a Terra representa o global. O cuidado com o próprio nicho ecológico representa o local. O ser humano tem os pés no chão (local) e a cabeça no infinito (global).” BOFF, Leonardo. Saber cuidar – ética do humano, compaixão pela terra. Ed. Vozes, Petrópolis, 1999, p. 135. “Constituir um processo contínuo e permanente, começando pela educação infantil e continuando ao longo de todas as fases do ensino formal e não-formal.” Conferência de Tbilisi, recomendação nº 2. PROCESSO PERMANENTE Considerar a educação ambiental um processo permanente de construção de conhecimentos, valores e atitudes que precisa ser continuamente realimentado e não pode ficar restrito a ações pontuais. 10 MUDANÇA DE VALORES, ATITUDES E HÁBITOS “Não adianta só falar do meio ambiente, mas também mudar os comportamentos individuais e sociais. Os exemplos aqui podem ser vários, dos mais simples aos mais complexos, tais como: não fumar nos locais proibidos, não destruir ár vores, economizar energia, etc.” Construir novos valores fundados no respeito e na solidariedade com todas as formas de vida com as quais compartilhamos a Terra, para orientar as mudanças de atitudes e comportamentos nas relações entre os homens e com a natureza e preservar a diversidade ecológica e cultural do planeta para as futuras gerações. REIGOTA, Marcos. O que é educação ambiental. Ed. Brasiliense. São Paulo, 1994, p.33. INTERDISCIPLINARIDADE Exercitar o diálogo entre os saberes das diversas áreas de conhecimento para construir uma compreensão integrada dos múltiplos aspectos do ambiente e das suas inter-relações. (Como uma orquestra, em que cada instrumento dá a sua contribuição particular para tocar, em conjunto, a mesma sinfonia.) 11 “No mundo da vida, os aspectos tomados isoladamente pelas disciplinas estão permanentemente relacionados, como fios de um só tecido.” CARVALHO, Isabel C. M. Em direção ao mundo da vida: interdisciplinaridade e educação ambiental. MEC/UNESCO/UNICEF/Instituto de Pesquisas Ecológicas – IPÊ. Brasília, 1998, p.17. PARTICIPAÇÃO A participação de todas as pessoas e instituições nos processos de transformação das relações entre os seres humanos e com a natureza é a força geradora da criação de sociedades sustentáveis. A educação ambiental é uma prática educativa transformadora que adota a participação como princípio e objetivo em todas as experiências de aprendizagem de sociedades sustentáveis. “A participação cidadã emergiu em toda a região latino-americana como mola-mestra na solução dos problemas ambientais e na proposta de novas formas de conviver em sociedade e com a natureza.” Participação cidadã Incentivar a participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, na resolução de problemas ambientais e na gestão da qualidade do ambiente, como valores inseparáveis do exercício da cidadania. OVALLES, Omar e VIEZZER, Moema. Manual Latino-americano de Educação Ambiental. Ed. Gaia. São Paulo, 1995, p. 15. Participação do aluno no processo educativo Promover a participação dos alunos na organização das suas experiências de aprendizagem, criando oportunidades de tomada de decisões, valorizando suas iniciativas, vivências e habilidades. “Ensinar é um processo que pode deflagrar no aprendiz uma curiosidade crescente, que pode torná-lo mais e mais criador.” FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Ed. Paz e Terra. São Paulo, 1998, p. 27. Participação Institucional/Parcerias “A educação ambiental deve promover a cooperação e o diálogo entre indivíduos e instituições, com a finalidade de criar novos modos de vida”. Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global. Princípio 13. As parcerias promovem a cooperação e o diálogo entre pessoas e instituições, para compartilhar os saberes e os recursos de todos na construção do processo educativo e seus resultados. A parceria é uma aprendizagem coletiva de novas formas de solidariedade e de responsabilidade social. A multiplicação das necessárias transformações, de novos conceitos e de posturas, é facilitada por meio das parcerias institucionais. 12 SUGESTÕES PARA APROFUNDAMENTO: DIAS, Genebaldo Freire. Educação ambiental: princípios e práticas. Editora Gaia. São Paulo, 1992 e reedições atualizadas pelo autor. CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação – a ciência, a sociedade e a cultura emergente. Editora Cultrix. São Paulo, 1982. CAPR A , Fritjof. As conexões ocultas: ciência para um vida sustentável. Editora Cultrix. São Paulo, 2002. CO M I S S ÃO B RU N DT L A N D (Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento). Nosso futuro comum. Ed. FGV. Rio de Janeiro, 1988. CZAPSKI, Silvia. A implantação da educação ambiental no Brasil. Coordenação de Educação Ambiental do Ministério da Educação. Brasília, 1998. LAGO, Antônio e PÁDUA, José Augusto. O que é ecologia. Ed. Brasiliense. São Paulo, 1984. L AYR ARGES, Philippe Pomier (coord.). Identidades da educação ambiental brasileira. Ministério do Meio Ambiente. Diretoria de Educação Ambiental. Brasília, 2004. SATO, Michèle e CARVALHO, Isabel C.M. (org). Educação ambiental – pesquisa e desafios. Artmed Editora. Porto Alegre, 2005. UNESCO. Educação ambiental: as grandes orientações da Conferência de Tbilisi. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA. Série Estudos – Educação Ambiental. Brasília, 1998. NOTAS (1) Art. 2º – A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal. (Lei nº 9.795, de 27/04/1999) – Política Nacional de Educação Ambiental. (2) Conferências Internacionais de Educação Ambiental. (3) LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20/12/96). Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795, de 27/04/1999 e Decreto nº 4.281, de 25/06/2002). (4) PRONEA – Programa Nacional de Educação Ambiental, MMA/MEC, edição 2005. PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais, Tema Transversal Meio Ambiente. (5) A criação da disciplina Ecologia foi proposta pelo biólogo alemão Ernest Haeckel, em 1866. Hoje, o termo Ecologia é utilizado tanto para identificar um campo multidisciplinar de pesquisa científica como os movimentos sociais que atuam na questão ambiental. (6) A morte de milhares de londrinos provocada pela poluição atmosférica de origem industrial (1952) e o nascimento de bebês sem cérebro nas cidades japonesas de Minamata (1953) e Niigata (anos 60) são alguns dos acidentes ambientais que chamaram a atenção da opinião pública para as relações entre a qualidade do ambiente e a saúde humana. (7) Um exemplo clássico é o livro “Primavera Silenciosa”, de Rachel Carson (EUA, 1962), denunciando a contaminação do ambiente e de alimentos pelo uso de DDT na agricultura. (8) O Clube de Roma foi um grupo de cientistas, empresários, economistas e humanistas de 10 países que se reunia na Itália, a partir de 1968, para debater a questão ambiental. (9) 5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente, pois nessa data teve início a primeira conferência internacional sobre a questão ambiental. (10) Conflitos sobre as principais causas dos problemas ambientais (a maior industrialização e consumo nos países desenvolvidos ou a pobreza e o maior crescimento populacional nos países do Terceiro Mundo) marcaram a Conferência de Estocolmo e encontros posteriores. (11) Declaração da ONU sobre o Ambiente Humano, artigo 19. (12) A ONG CIMA apresentou o programa “A Natureza da Paisagem” no Fórum de Práticas Inovadoras da Conferência de Thessaloniki, a convite da UNESCO. (13) O Fórum de ONGs optou pelo conceito de Sociedades Sustentáveis por entender que o conceito de desenvolvimento está ligado a uma visão que privilegia o econômico em detrimento das outras dimensões da vida humana e social. SITES: Ministério da Educação – www.mec.gov.br Ministério do Meio Ambiente – www.mma.gov.br Rede Brasileira de Educação Ambiental – REBEA – www.rebea.org.br 13 1.4 ENERGIA – TEMA GERADOR DE MUDANÇAS Acender uma lâmpada, ligar a TV, guardar alimentos na geladeira, andar à noite nas ruas iluminadas. Essas são apenas algumas das muitas ações cotidianas que realizamos utilizando a energia elétrica para o conforto da nossa vida diária. Somente podemos utilizá-la porque uma fonte natural de energia (a força da água dos rios, um combustível fóssil, um mineral radioativo ou uma biomassa) foi transformada em eletricidade numa usina (hidrelétrica ou termelétrica) e a energia gerada foi deslocada através de quilômetros de redes de transmissão e de distribuição até a nossa cidade, bairro e casa. Algumas das fontes naturais de energia estão se esgotando. Todos os processos de geração provocam, em maior ou menor escala, impactos ambientais. Se desperdiçamos energia, não só aumentamos desnecessariamente a conta de eletricidade de nossa casa mas também contribuímos para aumentar a necessidade de se construir novas usinas, o que causará novos impactos ambientais. E, também, a necessidade de novos investimentos financeiros “Sustentável é a sociedade ou o planeta que produz o suficiente para si e para os seres dos ecossistemas onde ela se situa; que toma da natureza somente o que ela pode repor; que mostra um sentido de solidariedade generacional, ao preservar para as sociedades futuras os recursos naturais de que elas precisarão. Na prática, a sociedade deve mostrar-se capaz de assumir novos hábitos e de projetar um tipo de desenvolvimento que cultive o cuidado com os equilíbrios ecológicos e funcione dentro dos limites impostos pela natureza. Não significa voltar ao passado, mas oferecer um novo enfoque para o futuro comum. Não se trata simplesmente de não consumir, mas de consumir responsavelmente.” Leonardo Boff. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. Petrópolis, RJ. Ed. Vozes, 1999, p. 137. que, direta ou indiretamente, serão pagos pela sociedade. Nem sempre percebemos que somos parte da natureza. E que a ela estamos ligados, também, pelas nossas atitudes diárias e pelos valores que orientam a escolha destas atitudes. Ao optarmos por 14 hábitos de combate ao desperdício de energia elétrica, reduzindo o consumo sem diminuir o nosso conforto, colocamos em prática valores de respeito ao ambiente e participamos de modo efetivo na construção de um mundo mais sustentável. capítulo 1I METODOLOGIA DE IMPLANTAÇÃO 2.1 PROGRAMA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA – PROCEL A energia elétrica é essencial ao desenvolvimento econômico e social e à melhoria da qualidade de vida. A eletricidade é produzida através da transformação de recursos naturais renováveis e não-renováveis. Em toda a cadeia energética (geração, transmissão, distribuição e consumo) ocorrem, em maior ou menor escala, impactos ambientais, sociais e econômicos. A maioria dos brasileiros pertence a um ou mais de um dos segmentos consumidores de energia elétrica, inclusive os dirigentes, profissionais, órgãos públicos e empresas responsáveis pela sua produção. Construir alternativas para atender às necessidades sociais utilizando de modo sustentável a eletricidade e os recursos ambientais é uma responsabilidade de todos: governo, empresas e sociedade. A conservação de energia é a fonte mais limpa e barata existente, uma vez que o uso responsável da energia elétrica reduz o consumo, as contas dos consumidores e a demanda pela ampliação dos sistemas, que acarreta novos custos ambientais e investimentos financeiros. Além disto, a energia conservada pode ser utilizada para melhor atender os atuais consumidores ou levar eletricidade aos brasileiros que ainda não têm acesso a seus benefícios. O Governo Federal, responsável constitucional pela política nacional de energia, criou em 1985 o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – PROCEL, no âmbito do Ministério de Minas e Energia. A secretaria executiva do PROCEL fica sediada na Eletrobrás, empresa holding das empresas federais de energia elétrica do País. O PROCEL atua junto às Concessionárias de Energia Elétrica para reduzir perdas técnicas na geração, transmissão e distri- 15 buição. Desenvolve um amplo leque de ações para promover a conservação de energia junto aos principais segmentos de consumo (indústria, comércio, residências, prédios públicos, iluminação pública, poder público e outros). Criou um prêmio nacional para as empresas que mais se destacam na conservação de energia elétrica em cada segmento e o SELO PROCEL para incentivar a produção e o consumo de eletrodomésticos com maior eficiência energética (igual ou melhor desempenho com menor consumo). Na área de Educação, atua em todos os níveis de ensino (Universidades, Escolas Técnicas e Educação Básica). Informações mais detalhadas sobre o PROCEL: no Livro 5 (capítulo 4) do PROCEL NAS ESCOLAS e no site www.eletrobras. com.br/procel. 2.2 PROCEL NAS ESCOLAS (EDUCAÇÃO BÁSICA): Uma corrente de responsabilidade para o uso da energia elétrica O PROCEL NAS ESCOLAS (Educação Básica) promove ações educativas para conservação de energia elétrica em escolas da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, fruto de acordo de cooperação técnica firmado em 1993 entre o Ministério de Minas e Energia – MME e o Ministério da Educação – MEC, e renovado em 1996 e 2004. As ações do programa são coordenadas em âmbito nacional pela ELETROBRÁS, financiadas com recursos do sistema elétrico brasileiro e executadas por Concessionárias de Energia Elétrica de todas as regiões do país. A partir de 1995, o PROCEL NAS E SCOL AS ( Educação Básica) adotou a metodologia e os materiais educativos “A Natureza da Paisagem Energia: Recurso da Vida”, criados pela ONG Centro de Cultura, Informação e Meio Ambiente – CIMA. Técnicos das Concessionárias são capacitados nessa metodologia pela ELETROBRÁS/PROCEL e articulam convênios entre suas empresas e Secretarias estaduais e municipais de Educação, SENAI, SESC e Sindicatos de Escolas Particulares, que selecionam as escolas de suas redes que participarão do programa. Cada escola participante recebe: cursos para professores; recursos de apoio pedagógicos (livros para professores e para alunos de diferentes níveis e séries, álbum seriado, jogo educativo, filmes em vídeo, folder e fichas de cadastramento e acompanhamento); acompanhamento ao trabalho pedagógico, para avaliação e realimentação do processo educativo. Os resultados qualitativos e quantitativos do programa são encaminhados pelas Concessionárias à ELETROBRÁS e à Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, possibilitando o monitoramento do programa em âmbito nacional. 16 Desde a sua criação, até 2004, já participaram do PROCEL NAS ESCOLAS cerca de 16 mil escolas, 120 mil professores e 13.891.224 alunos, gerando a conservação de 1.166.862 mWh de energia elétrica. Após 10 anos de execução, a ELETROBRAS/PROCEL atualizou e aperfeiçoou a metodologia “A Natureza da Paisagem Energia: Recurso da Vida”, em parceria com a ONG CIMA. Esse trabalho foi fruto de uma reflexão coletiva sobre o programa, realizada em três workshops (Brasília - 02/07/2003, São Paulo - 21/05/2004 e Rio de Janeiro - 14 e 15/julho/2004) que reuniram representantes da rede de parceiros do programa (MME, MEC, MMA, ANEEL, Concessionárias, Secretarias de Educação, educadores, ONG CIMA, Instituto Efort e outros) e especialistas convidados. ORGANOGRAMA MME + MEC ANEEL Autorização e compilação dos resultados ELETROBRÁS Coordenação nacional CIMA Metodologia e material didático pedagógico CONCESSIONÁRIA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESCOLA 1 ESCOLA 2 ALUNOS FAMILIARES E A COMUNIDADE 17 ESCOLA 3 2.3 RESULTADOS DO PROJETO NOS PRIMEIROS 10 ANOS DE IMPLANTAÇÃO Entrevista com o coordenador nacional do PROCEL EDUCAÇÃO, engenheiro Milton Marques – Como tem sido a receptividade do PROCEL NAS ESCOLAS de Educação Básica? MM: O projeto, conduzido pelas Concessionárias de energia elétrica, depois de passar pela capacitação feita pelo PROCEL/EDUCAÇÃO, tem aproximado as Concessionárias da comunidade local. Os professores, que são grandes formadores de opinião, já constataram a seriedade do projeto – que em sua metodologia inclui acompanhamento por parte das Concessionárias – e o estão transformando numa ação de alta receptividade. – Quais os resultados mais significativos obtidos pelo projeto, em seus primeiros 10 anos de implantação ? “Metodologia e material didáticopedagógico garantem o sucesso do PROCEL NAS ESCOLAS” MM: Em termos quantitativos, temos estatísticas significativas: Já são cerca de 16 mil escolas, 120.000 professores e 13 milhões de alunos envolvidos com o projeto. Todo esse contingente já retirou do consumo perdulário o equivalente a 4% da produção anual da usina de Itaipu (PR) ou 6% da produção anual da usina de Tucuruí (PA), a maior do país totalmente brasileira. 18 Após 10 anos de experiência, o trabalho conseguiu sensibilizar diversos setores da sociedade. A metodologia utilizada e o caráter interativo do projeto levaram ao êxito do PROCEL NAS ESCOLAS. Em vez de se limitar à discussão teórica sobre assuntos ligados à Energia, o programa tem dois focos centrais: levar informação à população – através dos estudantes – sobre as questões envolvendo o uso da energia e desenvolver ações concretas que tornem a consciência dos grupos humanos que compõem a sociedade mais exigente. Os resultados positivos obtidos têm muito a ver com as técnicas pedagógicas desenvolvidas para passar a informação. Tanto é que hoje outros projetos do PROCEL já fazem parceria com o PROCEL EDUCAÇÃO para ministrar seus cursos de capacitação. A atividade sempre começa com uma jornada de sensibilização. MM: A preservação ambiental, no caso da energia elétrica, está diretamente ligada às usinas que deixaram de ser construídas pelo desperdício evitado. Em termos de potência retirada, isso corresponde a quase um gerador de Itaipu. Existem muitas usinas, no Brasil, cuja potência não chega ao valor da potência de um único gerador de Itaipu. MM: À metodologia de aplicação (A Natureza da Paisagem – Energia); ao material didático/pedagógico e seu conteúdo – conforme determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação(LDB) – , que atende aos objetivos de cada ciclo de ensino da Educação Básica; à linguagem literária e pedagógica com que os conteúdos são abordados; à disponibilidade desse material para as escolas em quantidade suficiente para o desenvolvimento do trabalho; e ao processo de acompanhamento, obrigatório, que ajuda a caracterizar o processo permanente da educação. A capacitação da Concessionária para trabalhar dentro dos quesitos educativos é, também, condição sine qua non para o sucesso do projeto. – A que você atribui o sucesso do projeto? – Qual a expectativa em relação aos próximos anos de implantação? – O que isso representa em termos de preservação ambiental? 19 MM: O grande objetivo é fazer com que todas as Concessionárias de energia elétrica do País abracem essa causa, e possamos atuar pelo menos em três mil escolas por ano. O ideal é que a demanda parta dos usuários do projeto, isto é, das áreas educativas do ensino formal da Educação Básica do Brasil. – Qual a mensagem que você gostaria de deixar? MM: O homem tem arraigado em si um imediatismo febril que, às vezes, o impede de visualizar resultados. Muitos problemas ambientais que lhe parecem imensos o levam a retroceder a prática da ação positiva. A ação, pequenina ou não, tem de ser imediata, mesmo que os resultados sejam coletados a longo prazo. 2.4 A – PREPARAÇÃO ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO DO PROCEL NAS ESCOLAS A1 Reuniões entre a Concessionária e Secretaria de Educação. Apresentação do programa (objetivos, materiais e metodologia) e convite à participação. Assinatura de Acordo de Cooperação Técnica, oficializando a parceria. A Secretaria de Educação define as escolas participantes, segundo critérios próprios. A2 Reunião entre a Concessionária e os(as) Diretores(as) das escolas participantes. Apresentação do programa (objetivos, materiais e metodolo- gia). Entrega à Direção da ficha de cadastro da escola, para preenchimento e devolução no curso de capacitação. A3 Os diretores definem os professores que participarão do curso. Critérios do programa: 5 professores (as) regentes de qualquer nível de ensino, disciplina ou área da Educação Básica; interesse do(a) professor(a) em participar do curso e multiplicar o programa na escola. Sugestão: a participação de um ou mais professores por turno e por nível de ensino em geral facilita a interdisciplinaridade e a multiplicação do programa em toda a escola. A4 Preenchimento da ficha de cadastramento da escola. A Direção preenche a ficha de cadastro da escola, incluindo os dados dos professores que participarão do curso. 20 B – IMPLEMENTAÇÃO B1 Curso PROCEL EDUCAÇÃO (Educação Básica) para os professores Responsável: Técnico da Concessionária, previamente capacitado pela Eletrobrás/PROCEL. Duração: 12 h (3 módulos de 4 horas). Conteúdos básicos: panorama energético; educação ambiental; metodologia do programa; materiais educativos; planejamento das ações na escola; sistema de acompanhamento e avaliação. Entrega à Concessionária da ficha de cadastro da escola, devidamente preenchida pela Direção. Entrega ao professor das fichas de cadastro residencial, acompanhamento da escola e acompanhamento residencial. B2 Entrega dos kits de materiais educativos (ver capítulo 3) Os kits de materiais educativos são entregues à escola pela Concessionária, durante ou logo após o curso. O tipo e a quantidade de materiais variam de acordo com os níveis de ensino e séries oferecidos na escola. Os materiais passam a integrar o patrimônio de cada escola, como recursos de apoio ao trabalho pedagógico. B3 Preenchimento da ficha de cadastro residencial No primeiro momento do trabalho pedagógico, os professores orientam os alunos a observar durante 3 dias o ambiente doméstico e os hábitos de consumo de energia elétrica (próprios e de seus familiares), registrando suas observações na ficha de cadastro residencial. O preenchimento da ficha de cadastro residencial cria o “marco zero” (registro da situação anterior ao processo educativo), que possibilitará o acompanhamento e a avaliação quantitativa (redução do consumo de energia elétrica) e qualitativa (mudança de hábitos) do combate ao desperdício. Os professores recebem as fichas dos alunos e verificam se todas as questões estão preenchidas. Esses dados podem ser utilizados nas atividades educativas e no acompanhamento periódico dos seus resultados pelos professores, alunos e comunidade. B4 Desenvolvimento do programa na Escola Os professores desenvolvem com seus alunos e a comunidade escolar os planos de ações que elaboraram durante o curso do PROCEL. Os horários pedagógicos e outros horários comuns aos professores de cada turno ou área podem ser utilizados para apresentar o programa e os recursos de apoio pedagógico aos professores que não participaram do curso, promovendo o envolvimento de toda a escola. 21 C - ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO C1 Preenchimento das fichas de acompanhamento da escola e residencial antes das reuniões de acompanhamento com a Concessionária. Os professores orientam os alunos a preencher a ficha de acompanhamento residencial, para verificar se o processo educativo gerou mudanças no consumo de energia elétrica e nos hábitos familiares. A Direção e os professores avaliam internamente o desenvolvimento do programa e registram na ficha de acompanhamento da escola os níveis de participação, receptividade e envolvimento com as atividades, materiais e métodos. Sempre que possível, a avaliação interna deve ser realizada em uma ou mais reuniões entre os professores participantes do programa, para troca de experiências, estímulo à interdisciplinaridade e planejamento conjunto. C2 Reuniões de acompanhamento Duas reuniões com a duração de 4 horas (cada). Avaliação qualitativa e quantitativa do desenvolvimento do programa em cada escola, a partir dos relatos dos professores sobre as atividades, resultados, fatores que dificultam e facilitam o trabalho pedagógico. Realimentação do processo educativo, por meio da troca de experiências e de novas informações apresentadas pelos técnicos da Concessionária. Na primeira reunião, os professores entregam à Concessionária as fichas de cadastro residencial, acompanhamento da escola 1 e acompanhamento residencial 1. Na segunda reunião, as fichas de acompanhamento da escola 2 e de acompanhamento residencial 2. 22 2.5 SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO O PROCEL NAS ESCOLAS conta com um prático e objetivo sistema de acompanhamento e avaliação, fundamental para registrar os resultados alcançados em benefício do meio ambiente. Administrado pela concessionária de energia patrocinadora, o sistema informatizado é alimentado com as situações observadas no cotidiano dos alunos e professores ao longo do desenvolvimento do programa, registradas nas fichas de cadastro e acompanhamento. Por essas informações é possível: avaliar o nível de envolvimento dos participantes, a receptividade às atividades propostas e aos materiais oferecidos; avaliar a eficácia do programa na efetiva mudança de hábitos no consumo de energia elétrica; gerar dados para o planejamento e a realimentação do processo educativo. A participação dos professores e alunos na aplicação do sistema é essencial para o contínuo aperfeiçoamento do PROCEL NAS ESCOLAS e, também, para o registro dos resultados construídos por cada escola. 23 FICHAS CADASTRAMENTO DA ESCOLA ACOMPANHAMENTO DA ESCOLA Objetivo Registrar informações administrativas, características da escola (níveis de ensino, número de alunos e professores, etc.) e dados dos professores participantes do curso. Entrega à Escola Reunião Concessionária - Diretores Preenchimento Direção da Escola. Retorno à Concessionária Curso para professores. Objetivo Registrar o desenvolvimento do programa na escola e os seus resultados. Entrega à Escola Curso para professores. Preenchimento Direção e Professores participantes do programa. Retorno à Concessionária A cada reunião de acompanhamento. CADASTRO RESIDENCIAL ACOMPANHAMENTO RESIDENCIAL Objetivo Registrar dados sobre o ambiente doméstico; os hábitos de consumo de energia elétrica do aluno e seus familiares, no momento inicial do trabalho pedagógico. Entrega à Escola Curso para professores. Preenchimento Alunos, sob a orientação de seus professores que tenham optado por incluir esta atividade nos seus planos de ação. Os familiares também podem ser convidados a participar desta atividade. Retorno à Concessionária Primeira reunião de acompanhamento. Objetivo Registrar dados sobre o ambiente doméstico, os hábitos de consumo de energia elétrica do aluno e seus familiares, em dois ou mais momentos distintos do desenvolvimento do trabalho pedagógico. Entrega à Escola Curso para professores. Preenchimento Alunos, sob a orientação de seus professores que tenham optado por incluir esta atividade nos seus planos de ação. Os familiares também podem ser convidados a participar desta atividade. Retorno à Concessionária Primeira e segunda reuniões de acompanhamento. 24 AVALIAÇÃO DO CURSO Objetivo Registrar a avaliação dos professores sobre as atividades e os conteúdos do curso. Entrega e devolução Curso para professores. Preenchimento Professores participantes do curso. Orientações básicas para preenchimento das fichas: Todas as perguntas precisam ser respondidas, para melhor aproveitamento do potencial do sistema; Deve haver apenas uma resposta para perguntas que não admitem respostas múltiplas. Os modelos das fichas do Sistema de Acompanhamento e Avaliação estão no Anexo 2. capítulo 1II RECURSOS DE APOIO PEDAGÓGICO 3.1 CONCEPÇÃO DOS MATERIAIS A elaboração dos materiais do projeto envolveu um conjunto de profissionais de diversas áreas: especialistas em energia elétrica, legislação educacional e educação ambiental; educadores de diferentes formações; escritores, redatores e roteiristas; Ziraldo e sua equipe de criação; a Memória da Eletricidade/Eletrobrás (pesquisa e editoração); produtores gráficos e revisores. O texto técnico-científico elaborado pelos especialistas em energia e o parecer dos especialistas em legislação educacional sobre a adequação dos conteúdos às diferentes séries e níveis de ensino fundamentaram o trabalho de criação de textos e ilustrações, sob a supervisão da equipe pedagógica e dos consultores técnicos do CIMA e da Coordenação do PROCEL/ Eletrobrás. O núcleo temático AM BIENTE - ENERGIA - CON SERVAÇÃO DA ELETRICIDADE é desenvolvido em todos os materiais, com diferentes tratamentos e níveis de apro- fundamento, de acordo com o público ao qual se dirige cada material. O Livro 5, voltado para os alunos do Ensino Médio, apresenta com maior abrangência e aprofundamento os conteúdos recomendados pelos especialistas em energia e educação. Por isso, sugerimos que este livro também seja utilizado como material técnico-científico de apoio pelos professores de todos os segmentos. Nos Livros 1, 2, 3 e 4 para alunos do Ensino Fundamental, optou-se por uma abordagem que privilegia a sensibilização do aluno a partir de histórias com 25 personagens de fácil identificação e situações do cotidiano, envolvendo energia, natureza, família e escola. Deste modo, o professor poderá explorar as múltiplas dimensões do processo educativo (saberes, vivências, afetividade, etc.) para construir conhecimentos, valores e atitudes. Houve, também, o cuidado de destacar os elos entre a aprendizagem construída na escola e a vida cotidiana, bem como tornar o aluno protagonista de ações individuais e coletivas de produção de conhecimento, mudança de hábitos e participação comunitária. As ilustrações, cuja proporção em relação ao texto é sempre maior nas séries iniciais, ressaltam ou complementam os conteúdos dos textos, oferecendo ao professor o recurso de imagens que também podem ser trabalhadas no processo educativo. O Livro Infantil valoriza a linguagem visual para desenvolver desde cedo hábitos adequados do consumo de eletricidade. O texto pode ser lido pelo educador para seus alunos. O Álbum seriado é formado por pranchas com ilustrações e frases curtas, cada uma contendo na base as sugestões de temas que podem ser trabalhados a partir dela. Esse material de apoio pode ser utilizado com os diversos segmentos, inclusive em turmas com menor ou nenhum domínio da linguagem escrita. É particularmente recomendado para os alunos da Educação de Jovens e Adultos – EJA, uma vez que suas faixas etárias em geral não correspondem às dos alunos das mesmas séries do Ensino Fundamental e poderiam considerar “infantis” os livros a eles dirigidos. O jogo educativo ELETROCLIQUE possibilita ao professor trabalhar os conteúdos do projeto a partir de uma atividade lúdica. Prevê a participação de duplas de jogadores, favorecendo o exercício do diálogo, da argumentação, da cooperação e da negociação. A importância da estratégia é muito maior do que o peso do fator sorte, estimulando a concentração e a análise comparativa na escolha de alter- nativas. Apresenta duas versões, permitindo a sua utilização em turmas com níveis diferentes de domínio da linguagem escrita. O vídeo conta as aventuras de uma família altamente consumidora de eletricidade que fica, de repente, sem energia elétrica. Diante da situação, promove uma assembléia familiar para discutir seus hábitos de consumo. A linguagem dinâmica e divertia torna este material interessante e acessível a todos os públicos. O Livro do Professor apresenta um breve histórico da educação ambiental e seus princípios; o tema gerador Energia; o PROCEL; o PROCEL NAS ESCOLAS e a metodologia de implantação do projeto; o kit de recursos pedagógicos e sua concepção; os conteúdos dos materiais; e sugestões de atividades. 3.2 COMPONENTES DO KIT DE RECURSOS DE APOIO PEDAGÓGICO A escola participante do PROCEL NAS ESCOLAS (Educação Básica), além do curso de capacitação para um grupo de seus professores, recebe um kit de materiais ou recursos de apoio pedagógico para facilitar a abordagem do tema Conservação de Eletricidade. Escolhemos o nome recursos de apoio pedagógico pois entendemos que estas são suas características e função, uma vez que preferimos não os enquadrar como didáticos ou paradidáticos e por terem como objetivo apoiar o trabalho do professor de sensibilizar os alunos, através da educação ambiental, a ponto de provocar mudanças em atitudes de desperdício de eletricidade. O kit de recursos de apoio pedagógico completo é composto de 7 livros, 1 jogo, 1 álbum seriado e 1 vídeo elaborados especialmente para o PROCEL NAS ESCOLAS (Educação Básica). Cada livro visa a um público específico. O álbum seriado, o jogo e o vídeo podem ser utilizados com vários públicos. Cada escola recebe os livros recomendados para as séries e 26 segmentos de ensino a que atende, além dos recursos que podem ser trabalhados em todos, inclusive na Educação de Jovens e Adultos – EJA. Conhecendo os segmentos de ensino e séries que sua escola atende, verifique na tabela ao lado os componentes do kit que sua escola recebeu e, em caso de dúvida, consulte a empresa do setor elétrico que distribuiu os materiais. Após o recebimento dos materiais, estes passam a integrar o patrimônio da escola. Kit de recursos de apoio pedagógico A NATUREZA DA PAISAGEM ENERGIA: RECURSO DA VIDA, do PROCEL NAS ESCOLAS Educação Básica MATERIAIS PÁGINAS Livro Infantil 16 Alunos da Educação Infantil Livro 01 16 Alunos de 1ª e 2ª séries do Ensino Fundamental Livro 02 32 Alunos de 3ª e 4ª séries do Ensino Fundamental Livro 03 32 Alunos de 5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental Livro 04 64 Alunos de 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental Livro 05 80 Alunos do Ensino Médio e Professores de todos os segmentos Livro do Professor 76 Professores de todos os segmentos Álbum seriado 12 Alunos de todas as séries e níveis de ensino. EJA – Educação de Jovens e Adultos. Jogo Educativo ****** Alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. EJA – Educação de Jovens e Adultos. Vídeo educativo ****** Alunos de todas as séries e níveis de ensino. EJA – Educação de Jovens e Adultos. 27 PÚBLICO RECOMENDADO 3.3 CONHECENDO OS MATERIAIS Livro Infantil Alunos de Educação Infantil Uma história sobre o combate ao desperdício, criada e ilustrada pelo cartunista Ziraldo. Livro 1 Alunos de 1ª e 2ª séries do Ensino Fundamental É o relato de um encontro entre um menino e um velho rio. E esse encontro é tão especial que promove no menino aprendizados tais como: o que é natureza; como o homem faz parte dela; como a humanidade é criativa e usufrui os recursos do planeta para gerar eletricidade e ter conforto. Assinala que a excessiva exploração desses recursos causa danos ao ambiente e, em alguns casos, essa exploração serve para alimentar o desperdício. E que cabe ao ser humano rever comportamentos, passando a cuidar do planeta com o mesmo cuidado que o planeta cuida do homem. 28 Livro 2 Alunos de 3ª e 4ª séries do Ensino Fundamental O livro conta a história de Miguel, um menino de 10 anos muito curioso e “perguntador”. No início do texto, Miguel começa a perceber no ambiente em que vive como a energia está em toda parte e “faz as coisas funcionarem”: a natureza, seu corpo, seus brinquedos, os carros, a geladeira, etc. Miguel tem diversas curiosidades sobre energia: de onde vem?; como é “fabricada”?; sempre existiu?; será que um dia vai acabar? Um almoço de família na casa do Tio Jordão é a oportunidade de Miguel descobrir respostas para as suas perguntas e muitos outros temas relacionados à energia. Livro 3 Alunos de 5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental Acompanhamos as descobertas de Maria que, iniciando a adolescência, vai tomando consciência dos processos de transformação em seu corpo e na sua vida. Aos poucos ela estabelece relações entre o que aprende na escola e nos livros com o mundo em que vive. E os aplica junto com seu pai na solução de problemas ligados à economia doméstica e ao consumo de energia elétrica. 29 Livro 4 Alunos de 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental Ciça, André e seus colegas de turma vivenciam diversas experiências de aprendizagem, promovidas pelos seus professores, que geram novos conhecimentos, valores e ações de respeito ao meio ambiente, cidadania e uso responsável da eletricidade. Livro 5 Alunos de 1ª a 3ª séries do Ensino Médio O livro apresenta os temas Energia, Energia e Meio Ambiente, Energia Elétrica e Conservação da Eletricidade, detalhando aspectos científicos e sociais. 30 Álbum Seriado Todos os públicos O material contém onze pranchas com ilustrações e frases sobre os principais temas do programa: energia na natureza e na vida social; história da energia; cadeia energética da eletricidade; esgotamento de recursos naturais e impactos ambientais ligados à geração e ao consumo de energia; combate ao desperdício; dicas de segurança. Na base de cada prancha, o professor encontrará os principais conteúdos que podem ser trabalhados a partir das frases e ilustrações. Jogo ELETROCLIQUE Alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio O jogo é um circuito cujo o percurso permite que até quatro duplas de jogadores acumulem pontos através de cartelas com mensagens educativas. Vídeo “A casa dos des-ligados” Todos os públicos Uma família discute e modifica os seus hábitos de consumo de eletricidade, após uma súbita falta de energia. 31 capítulo 1V CONTEÚDOS E SUGESTÕES DE ATIVIDADES 4.1 CONVERSANDO SOBRE AS ATIVIDADES A s atividades escolares podem ao mesmo tempo desenvolver a autonomia e a cooperação entre os alunos. A idéia é que eles se percebam, ao longo do processo educativo, capazes de sonhar, pensar, fazer e transformar. Que descubram que são autores de sua própria história e participantes ativos da história coletiva, em diversos ambientes físicos e simbólicos que se cruzam – como a escola, a família, a sociedade e o planeta. Que atuam como elo na cadeia ecológica e social. Que observem que são cidadãos interdependentes uns dos outros ao mesmo tempo que cada indivíduo é uma peça única no grande quebra-cabeça da existência. Assim, sempre que possível, proponha trabalhos que sejam desenvolvidos em duas etapas: uma individual e outra coletiva; que utilizem recursos e diferentes linguagens; e que estimulem várias habilidades, sem privilegiar a memorização em detrimento da criatividade, por exemplo. Outro aspecto que deve ser levado em conta na hora do planejamento das atividades é a percepção do quanto a energia está presente na vida cotidiana, como, por exemplo: no sol, em todos os ciclos da natureza, nos seres vivos, no corpo humano, nos veículos de transportes, nos tratores, máquinas agrícolas e industriais, na iluminação das casas, ruas, comércio e indústria, nos eletrodomésticos, nos produtos que consumimos, no sistema de abastecimento que leva água até as torneiras, no empenho de um time em ganhar um jogo, num grupo de pessoas que luta por uma causa. Qualquer desses “fios do tecido da vida” pode ser escolhido para iniciar a tecelagem do conhecimento, tomando o cotidiano como ponto de partida e chegada do processo educativo. As atividades que apresentamos levam em conta alguns assuntos tratados nos livros e 32 demais recursos educativos que oferecemos. Mas a criatividade humana (particularmente a dos educadores) é uma fonte ilimitada de sabedoria, e por essa razão não tivemos a pretensão de esgotar nem os assuntos, nem os recursos educativos. Nosso desejo é que estas sugestões cooperem também para a autonomia dos educadores. Por isso oferecemos um conjunto de anexos que podem subsidiar as atividades dos educadores. Dentre eles, destacamos: estimativa de consumo mensal dos principais eletrodomésticos e principais direitos e deveres dos consumidores de energia elétrica. Adotamos como estratégias para apresentar as sugestões de atividades: identificar os principais conteúdos de cada livro e alguns trabalhos que podem ser desenvolvidos com os alunos das séries para as quais o material foi recomendado. 4.2 LIVRO 1 APRESENTANDO OS CONTEÚDOS O encontro de um menino com um velho rio cria uma atmosfera mágica para abordar questões e conceitos fundamentais de educação ambiental tais como: A relação natureza e ser humano. Os recursos naturais e o uso que fazemos deles. Os impactos ambientais provocados pelo uso indiscriminado dos recursos naturais. A eletricidade, sua geração e o conforto que ela proporciona. O desperdício e suas conseqüências. Dicas de como usar eletricidade sem desperdício. Cuidados com o ambiente – pequenos gestos de carinho com o planeta ao alcance de todos. 33 SUGERINDO ATIVIDADES OBJETIVO: ENTRAR EM CONTATO COM A ESTÓRIA E SEUS PRINCIPAIS CONTEÚDOS. A leitura da pequena estória, com uma bonita ilustração, que pode despertar a curiosidade e muitas viagens lúdicas nas crianças, é por si só uma interessante atividade. Quando for o caso de alunos que ainda não dominem a leitura, ela pode ser feita pelo educador. Transformando-se assim numa contação de estória, pode ser acompanhada por uma dramatização, na qual os alunos se envolvam. Os alunos poderão confeccionar (com papel, tecidos e outras sucatas) fantoches ou cenário para reproduzir ou recriar a estória. OBJETIVO: APRESENTAR A IDÉIA DE AMBIENTE NO QUAL NOS INSERIMOS. Numa roda de conversa, inicie orientando os alunos a fazer uma observação do ambiente da sala de aula. Pergunte-lhes que componentes eles identificam, qual a cor, o formato, para que servem e de onde vêm esses componentes (da natureza, da fábrica, da loja, etc.). Contribua com outras perguntas, observações, e se necessário complemente as informações dos alunos de forma a ampliar a compreensão de ambiente. Em seguida distribua pedaços de papel colorido para que os alunos expressem, por meio de palavras ou desenhos, os elementos observados. Cole os trabalhos dos alunos numa grande folha de papel, formando um mosaico sobre a sala de aula. Esta mesma atividade pode ser feita para produzir móbiles. Neste caso, forme grupos de alunos que, usando papel, fios, cola, fitas adesivas e palitos de sorvete, construam, em equipe, uma peça contendo os elementos por eles identificados. Use esses móbiles para enfeitar a sala de aula ou outros ambientes que você e seus alunos desejarem. A partir desta atividade prática, os alunos podem ser orientados a exercitar a observação em outros ambientes conhecidos por eles. 34 OBJETIVO: DESENVOLVER EM CONJUNTO ASPECTOS COGNITIVOS E AFETIVOS NA RELAÇÃO COM A NATUREZA E COM OS OUTROS. Leve seus alunos a semear e acompanhar o crescimento de uma planta. Use como recursos sementes de crescimento rápido (alpiste,feijões etc.) e sucatas (potinhos de manteiga, garrafas de pet, etc.) onde eles possam colocar um pouco de terra e semear. O cuidado em garantir a presença de luz solar e de água adequados para o crescimento da planta dará ótimas oportunidades para vários desdobramentos do objetivo, a critério do educador. Quando as plantas tiverem crescido, podem ser replantadas num vaso ou canteiro, de acordo com a disponibilidade. A roda de conversas é uma atividade com múltiplas possibilidades, nela se podem tratar vários assuntos, dentre os quais:o cuidado com a higiene da sala de aula e demais dependências da escola; respeito aos colegas; atitudes que podemos tomar para deixar o ambiente mais gostoso. Estimule os alunos a agir de acordo com as conclusões do grupo e também a sugerir novos assuntos. OBJETIVO: IDENTIFICAR OS RECURSOS DA NATUREZA A PARTIR DOS QUAIS SE PODE OBTER A ELETRICIDADE. Após a leitura do trecho da estória em que o rio conta para o menino que os homens sabem fazer a mágica de transformar várias coisas em luz , distribua uma matriz de papel com figuras de vários elementos, entre os quais sol, rio, vento, e peça que alunos assinalem aqueles que podem produzir eletricidade. Ofereça uma cesta com recortes de revistas e jornais velhos para que os alunos pesquisem os recursos da natureza que podem produzir eletricidade, e façam com ela uma colagem, formando um mural de onde vem a eletricidade. Depois explore com os alunos a força produzida por esses recursos de forma lúdica, fazendo com eles cata-ventos coloridos, pequenas rodas-d’água. 35 OBJETIVO: IDENTIFICAR A PRESENÇA DA ELETRICIDADE E O CONFORTO QUE ELA PROPORCIONA AO NOSSO DIA-A-DIA. A partir do trecho em que o menino conta para o velho rio várias coisas que usam a energia elétrica, pergunte se eles conhecem outras coisas movidas a eletricidade que não foram citadas pelo menino. Depois, estimule os alunos a identificar, dentre os confortos que a eletricidade oferece, os seus preferidos. Conte com os alunos os itens mais votados, promovendo uma eleição do preferido dos preferidos. Leve seus alunos a comparar o dia-a-dia das pessoas em duas situações: com eletricidade e sem eletricidade. Faça uma paródia com a poesia de Vinicius de Moraes, “Era uma casa muito engraçada, não tinha teto não tinha nada....”, e apresente o início de um texto contando uma viagem imaginária a uma cidade sem energia elétrica e deixe lacunas para que eles preencham, enumerando que serviços e objetos não poderia haver nessa cidade. OBJETIVO: IDENTIFICAR COMO PODEMOS USAR A ELETRICIDADE SEM DESPERDÍCIO. Tão importante quanto a descoberta da leitura nesta fase é o estimulo à escrita. Após a leitura das dicas encontradas no livro 1, a fim de valorizar a realidade imediata de cada aluno, estimule-os a redigir pequenos textos, bilhetes (por exemplo, para seus pais, irmãos ou amigos) com mensagens para que apaguem a luz acesa ao sair de um cômodo, desligar a TV antes de dormir, etc. 36 4.3 LIVRO 2 APRESENTANDO OS CONTEÚDOS Através de Miguel, um menino de 10 anos, muito “perguntador”, e sua família , somos levados a viajar, entre outros pelos seguintes conteúdos: A relação homem e natureza; A importância da energia para os processos naturais como a fotossíntese e o ciclo da água; A presença da energia na fabricação dos produtos que consumimos; Os recursos naturais com fontes de energia; Os impactos ambientais provocados pelo uso indiscriminado dos recursos naturais; A história da energia; A eletricidade, sua produção e o conforto que ela proporciona; Horário de verão; Horário de pico de consumo de eletricidade; Fontes alternativas de geração elétrica; O desperdício de eletricidade e como evitá-lo. 37 SUGERINDO ATIVIDADES OBJETIVO: ENTRAR EM CONTATO COM A ESTÓRIA E SEUS PRINCIPAIS CONTEÚDOS. A leitura deste livro pode ser feita de várias maneiras em sala, dentre elas uma leitura silenciosa que visa à concentração . É possível também promover uma leitura participativa, em que cada aluno é convidado a ler, em voz alta, uma parte do texto e é estimulado a fazer comentários a respeito do que leu. Ou ainda uma leitura dirigida, interrompida em pontos pré-selecionados pelo educador para discutir algumas idéias, conceitos e palavras-chave. Por exemplo: quem na turma tem perguntas sem respostas na cabeça? Qual é o “combustível alimentar” mais comum entre os alunos? O que é mesmo fotossíntese? Como se fabrica eletricidade? O que é horário de pico de consumo? Pesquisando as perguntas de Miguel que aparecem no primeiro capítulo, os alunos podem encontrar no livro e fora dele algumas respostas bem interessantes, passando a se envolver com os temas do texto. A leitura pode ainda ser o ponto de partida para se produzir uma dramatização, na qual os alunos se envolvam. Os alunos poderão confeccionar ( com papel, tecidos e outras sucatas) fantoches ou cenário para reproduzir ou recriar a estória. 38 OBJETIVO: APRESENTAR A IDÉIA DE AMBIENTE NO QUAL NOS INSERIMOS. Promova um debate com os alunos sobre o ambiente escolar, levando-os a identificar o que é natural e o que é fruto da construção humana. E também o que gostam e o que não gostam nesse ambiente. A partir das observações apresentadas, produza com eles um diagnóstico ambiental rudimentar. E se algum problema ambiental for encontrado (como a presença de pontos de lixo ou problemas com a rede de distribuição de eletricidade), discuta com eles como podem contribuir para uma solução. Oriente seus alunos a exercitar estas observações em outros ambientes conhecidos por eles. OBJETIVO: DESENVOLVER EM CONJUNTO ASPECTOS COGNITIVOS E AFETIVOS NA RELAÇÃO COM A NATUREZA E COM OS OUTROS. Estimule em seus alunos o gosto pelos passeios ao ar livre. Promova, quando possível, uma visita a uma área natural que possa ser admirada. Aproveite a história da figueira com quem Miguel tem familiaridade e promova uma discussão sobre a importância dos vegetais para a vida no planeta e a necessidade de preservá-los. Aproveite também para trabalhar a importância de manter esses locais sem poluição, evitando deixar lixo durante a visita ou mesmo promovendo excursão de limpeza, se for o caso. 39 Se a escola tiver área própria ou próxima que possa ser usada pelos alunos, desenvolva jogos corporais ao ar livre, aproveitando para criar laços afetivos entre os alunos e o local. Caso não haja áreas naturais próximas, selecione fotos ou recortes de revistas e faça uma exposição de diferentes paisagens naturais. Estimule seus alunos a apreciar diferentes aspectos da natureza, fale sobre o clima nessas áreas, comparando-as com a área habitada pelos alunos. Depois os alunos podem elaborar pequenas redações sobre as paisagens a que foram apresentados ou ainda montar o mural das favoritas, com as imagens escolhidas por eles. OBJETIVO: IDENTIFICAR COMO OS RECURSOS NATURAIS TÊM SIDO UTILIZADOS, COMO FONTE DE ENERGIA AO LONGO DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE. Convide seus alunos a participar do passeio no túnel do tempo do tio Jordão. Complemente essas informações oferecendo para pesquisa livros de história, material colhido na internet, ou faça uma visita orientada a museus, fazendas, fábricas e outras construções antigas que contenham peças utilizadas para iluminação (a óleo de baleia, por exemplo) ou para facilitar o trabalho humano, como os moinhos de cereais, rodas d’água, máquinas a vapor, etc. Após a visita ou leitura do material, estimule-os a elaborar em grupo um pequeno relatório, ou um painel de colagem sobre o que foi pesquisado. Proponha a seus alunos uma pequena redação com o tema: “Numa cidade imagin imaginária as máquina são movidas a ...” Deixe que a imaginação deles preencha esses espaços sugerindo recursos e modos de usar a energia que a humanidade nunca utilizou. 40 OBJETIVO: IDENTIFICAR A PRESENÇA DA ELETRICIDADE E O CONFORTO QUE ELA PROPORCIONA AO NOSSO DIA-A-DIA. Use o texto sobre a falta de eletricidade durante o almoço na casa do Tio Jordão como ponto de partida. Após a leitura, apresente aos alunos uma série de perguntas, entre elas: Que outras coisas eles conhecem que são movidas a eletricidade e que não foram citadas? Que objetos e locais parariam de funcionar, se faltasse luz no bairro ou nas redondezas? Faça uma lista das observações dos alunos no quadro de giz. Depois, estimule os alunos a identificar, entre os confortos que a eletricidade oferece, os seus preferidos ou o que eles consideram o mais importante. OBJETIVO: TRABALHAR DIFERENTES ASPECTOS DE DESPERDÍCIO EM GERAL E DE ELETRICIDADE EM PARTICULAR. Construir brinquedos com sucatas trazidas pelos alunos constitui uma ótima oportunidade de mostrar como materiais que seriam colocados no lixo podem ganhar novos usos. E como essas matérias-primas acabam sendo desperdiçadas. A confecção de papel reciclado é também uma maneira fácil e gostosa de mostrar aos alunos como algo que estava sem uso pode ganhar vida nova. Estimule ao máximo a criatividade dos alunos na produção de cartões, que eles podem dar de presente para os pais, amigos, etc. Na conversa sobre desperdício, Miguel pensou em dar para outras crianças os brinquedos que não usa mais. Discuta com os alunos sobre essa idéia de Miguel e a importância de compartilhar melhor os bens e recursos disponíveis. Planeje com eles atividades que estimulem valores e práticas solidárias como, por exemplo, uma feira de troca solidária na turma ou na escola, com cada aluno trazendo algo que não queira mais para trocar com os colegas. 41 Apresente as dicas de dona Emília (a avó de Miguel) de como evitar o desperdício de eletricidade. Promova um debate sobre os hábitos de consumo de eletricidade mais comuns nas residências. Depois utilizem (com os alunos que concordarem) as fichas de cadastro residencial e algumas semanas depois apliquem as fichas de acompanhamento residencial. Esta atividade oferece aos alunos a oportunidade de observar seu consumo residencial, identificando os hábitos de desperdício e ensinando como podem mudá-los. 42 4.4 LIVRO 3 APRESENTANDO OS CONTEÚDOS A história de Maria começa com seus questionamentos sobre a utilidade do estudo (que tão bem conhecemos), ao mesmo tempo que está bastante atenta aos processos de mudanças que estão lhe ocorrendo, e assim ela vai explorando, entre outros, os seguintes conteúdos: Capítulo 1 As transformações que ocorrem no ambiente; a necessidade da energia para as transformações; fotossíntese; cadeia alimentar; desperdício e lixo. Capítulo 2 Energia; ciclo da água; recursos para geração da eletricidade; cadeia da produção de eletricidade; potencia e voltagem; conforto que a eletricidade proporciona; uso de eletricidade com segurança; como se mede o consumo doméstico. Capítulo 3 O PROCEL NAS ESCOLAS; hábitos de consumo da eletricidade com desperdício e hábitos de consumo sem desperdício. 43 SUGERINDO ATIVIDADES OBJETIVO: ENTRAR EM CONTATO COM A ESTÓRIA E SEUS PRINCIPAIS CONTEÚDOS. A leitura deste livro pode ser feita de várias maneiras em sala, como a leitura silenciosa, que estimula a concentração e a atenção dos alunos. É possível também promover uma leitura participativa em que cada aluno é convidado a ler, em voz alta, uma parte do texto e é estimulado a fazer comentários a respeito do que leu. Ou ainda uma leitura dirigida, interrompida em pontos pré-selecionados pelo educador para discutir algumas idéias, conceitos e palavras-chave. Por exemplo: Quem se sente estranho de vez em quando? Quem anda percebendo as transformações em seu próprio corpo? Que outras transformações ele observa na natureza? Qual a importância do sol para a vida no planeta? O que é ciclo da água? O que é cadeia alimentar? Que recursos usamos para gerar eletricidade? Como a eletricidade chega à nossa casa? Como podemos usar a eletricidade sem desperdício e com segurança? OBJETIVO: APRESENTAR A IDÉIA DE AMBIENTE, DIFERENCIANDO ASPECTOS NATURAIS E CONSTRUÍDOS. Promova o dia de olhar a escola. Nesse dia os alunos são levados a percorrer as dependências da escola, com um olhar observador, anotando no caderno em duas colunas: numa o que é natural e na outra o que é construído. Amplie esta atividade sugerindo que eles anotem também problemas que encontrarem (como a presença de lixo no pátio ou fios de eletricidade em mau estado de conservação). Discuta com eles como podem contribuir para uma solução e promovam então o dia de cuidar da escola, para encaminhar os problemas encontrados, seja apresentando à Direção ou autoridades competentes as reivindicações adequadas, fazendo campanha de limpeza na escola, convidando um eletricista para resolver o problema dos fios... 44 Esta atividade vai possibilitar também que seus alunos percebam que são elementos ativos e interagentes no ambiente escolar. Estimule seus alunos a observar e interagir com outros ambientes além da escola. OBJETIVO: DESENVOLVER EM CONJUNTO ASPECTOS COGNITIVOS AFETIVOS NA RELAÇÃO COM A NATUREZA E COM OS OUTROS. Estimule em seus alunos o gosto pelos passeios ao ar livre e por paisagens naturais. Promova, quando possível, visitas a áreas naturais que possam ser admiradas. Aproveite também para trabalhar a importância de manter esses locais limpos, evitando deixar lixo durante a visita ou mesmo promovendo excursão de limpeza, se for o caso. Se a escola tiver área própria ou próxima que possa ser usada pelos alunos, desenvolva jogos corporais de cooperação ao ar livre, aproveitando para criar laços afetivos entre os alunos e o local. O sonho de Maria pode ser usado como ponto de partida para estimular o gosto pela leitura de clássicos infanto-juvenis, como os livros de Monteiro Lobato. 45 OBJETIVO: ENTENDER O QUE É ENERGIA, IDENTIFICANDO DIFERENTES FORMAS PRESENTES NO COTIDIANO E OS PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO QUE A ENERGIA PROMOVE. Na própria sala de aula, os alunos podem observar e listar várias formas de energia: força da gravidade, iluminação, energia física, etc. Oriente seus alunos a observar algumas cenas cotidianas, como a força do vapor que sai de uma panela com água fervendo, capaz de mover a tampa. Colocando ao sol uma bacia com água, pode-se verificar que, aos poucos, o líquido muda de temperatura. Durante a brincadeira de “cabo-de-guerra”, os alunos, divididos em dois grupos, puxando uma corda em sentidos opostos, têm a oportunidade de sentir a própria energia e de perceber como as forças aplicadas à corda alternam-se entre equilíbrio e desequilíbrio. Usar manuais e outras publicações que ilustrem como são produzidas algumas formas de energia. Elabore uma folha de exercícios na qual os alunos associem objetos e aparelhos ao tipo de energia necessária ao seu funcionamento. OBJETIVO: VERIFICAR A IMPORTÂNCIA DA ENERGIA SOLAR PARA OS SERES VIVOS E A MANEIRA COMO O FLUXO ENERGÉTICO ATRAVESSA A CADEIA ALIMENTAR. Experiência controlada em sala de aula: coloque duas plantas da mesma espécie em lugares onde a energia solar incida de forma diferente. Oriente os alunos a acompanhar e comparar seu crescimento. E depois a elaborar conclusões da experiência. Observando o deslocamento da luz solar na escola e em casa, oriente seus alunos a investigar a diferença de umidade e luz entre os cômodos, em função da quantidade de raios solares que recebem. 46 Após pesquisa, os alunos devem elaborar um painel do ciclo da água, no qual o sol ganhe o merecido destaque. Promover uma dramatização sobre a cadeia alimentar. Construindo um terrário, os alunos terão oportunidade de observar os ciclos de água e energia presentes na natureza. OBJETIVO: DESENVOLVER UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DO CONSUMO DA ENERGIA. Entrevistar uma pessoa da Terceira Idade ou oriunda de área rural permite formar a noção de que os modos de vida (e de uso da energia) variam no tempo e no espaço. OBJETIVO: COMPREENDER O QUE É COMBATER O DESPERDÍCIO. Partindo da fala de Maria, mostre a seus alunos que combater o desperdício não é perder o conforto, mas sim deixar de fazer coisas que fazemos sem perceber que são desnecessárias, como dormir com a TV ligada. 47 OBJETIVO: DIFUNDIR HÁBITOS DE CONSUMO RESPONSÁVEL. Promova um debate sobre os hábitos de consumo de eletricidade mais comuns nas residências. Como Maria ajudou seu pai a organizar as contas de casa, mostre aos alunos que eles também podem fazer algo em sua própria casa. Exercite com eles os cálculos do consumo: Potência do equipamento x tempo que ele fica ligado x os dias de uso ao longo do mês = ao consumo mensal deste equipamento O consumo mensal dos equipamentos x a tarifa = ao custo da conta de eletricidade Depois utilizem (com os alunos que concordarem) as fichas de cadastro residencial e algumas semanas depois apliquem as fichas de acompanhamento residencial. Esta atividade oferece aos alunos a oportunidade de observar seu consumo residencial, identificando os hábitos de desperdício e ensinando como podem mudá-los. Lembre aos alunos que combater o desperdício, além da solidariedade, com a natureza é um exercício de compartilhamento dos recursos com os demais. Use também as dicas que o Guto apresenta sobre uso com segurança. 48 4.5 LIVRO 4 APRESENTANDO OS CONTEÚDOS Num ambiente escolar, Ciça, André e seus colegas de turma aprendem muitas coisas com o professor Sérgio e demais professores e partilham com o leitor, dentre outros, os seguintes conteúdos: Capítulo 1 Conceito de Energia; Tipos de Energia: potencial e cinética; Fontes primárias de energia; Fontes renováveis e não-renováveis de energia; Formas de energia; História da energia. Capítulo 2 A Eletricidade; Cadeia energética da eletricidade; Impactos ambientais da geração elétrica; Matriz energética; O setor elétrico brasileiro; Horário de pico de consumo; Conceitos de potência e tensão; Cuidados com segurança. Capítulo 3 Conceito de desenvolvimento sustentável; Aspectos sociais da distribuição de energia; Dicas práticas de uso da eletricidade sem desperdício; Reciclagem e reaproveitamento também são formas de combate ao desperdício. 49 SUGERINDO ATIVIDADES OBJETIVO: ENTRAR EM CONTATO COM A ESTÓRIA E SEUS PRINCIPAIS CONTEÚDOS. A leitura de cada capítulo dá oportunidade aos alunos de entrar em contato com os conteúdos abordados e acima mencionados. E serve como ponto de partida para o aprofundamento que cada educador considerar mais adequado, por exemplo: O professor de Ciências pode aprofundar os aspectos físicos da manifestação da energia e da eletricidade, bem como os processos de transformação envolvidos, enquanto o professor de Geografia pode dar ênfase aos aspectos econômicos e sociais desse uso, dentre outras possibilidades. E assim os vários saberes podem ser construídos e conectados, a critério do educador e da realidade dos alunos. OBJETIVO: APRESENTAR A IDÉIA DE AMBIENTE NO QUAL NOS INSERIMOS. A aula no parque do professor Sérgio, no capítulo 1, oferece dicas de como abordar a questão com os alunos. Sabemos que a realidade das escolas varia muito, e, mesmo que não seja possível levar seus alunos para uma aula ao ar livre, é possível levá-los a observar um ambiente próximo, identificando os elementos que o compõem e as formas de energia nele existentes. Partindo dessas observações, é possível ampliar a concepção de ambiente. Até chegar ao conceito de ambiente como totalidade, incluindo os fatores bióticos e abióticos do planeta, os naturais e os criados pela humanidade tanto no aspecto histórico como no sociocultural. 50 OBJETIVO: DISCUTIR OS USOS DA ENERGIA E DA ELETRICIDADE E COMO ISSO AFETA A VIDA DAS PESSOAS. Explore recursos visuais como vídeos, revistas e outras publicações para resgatar aspectos históricos do modo de produção de diferentes grupos sociais, atentando para as formas de energia mais utilizadas. Oriente seus alunos a fazer entrevistas com adultos nascidos antes de 1940, abordando alguns aspectos da urbanização brasileira: construção dos primeiros arranha-céus, chegada e popularização dos automóveis, mudança nos utensílios domésticos como o fogão – que passou a ser a gás e, em algumas casas, é elétrico –, compra da primeira geladeira e do primeiro televisor, etc. Os alunos podem desenvolver uma pesquisa similar à que Ciça e Adriana apresentam no capítulo 2. OBJETIVO: CONHECER A CADEIA DA ELETRICIDADE. As famosas feiras pedagógicas propiciam uma ótima oportunidade para os alunos aprenderem construindo, explicando ou observando maquetes da cadeia elétrica (elaboradas com sucatas), em que aparecem hidrelétricas, linhas de transmissão, subestações, transformadores, postes e fios (que fazem chegar a eletricidade às residências, fábricas e lojas). 51 OBJETIVO: DISCUTIR OS IMPACTOS AMBIENTAIS E SOCIAIS DECORRENTES DA PRODUÇÃO DE ELETRICIDADE. A história de Adriana traz à tona a questão dos impactos ambientais e sociais decorrentes da construção de hidrelétricas de grande porte. Oriente seus alunos para a pesquisa dos impactos causados pelos demais processos de geração elétrica. Depois, deixe claro para eles que a eliminação do desperdício é algo que está ao nosso alcance e contribui para adiar a construção de novas usinas. OBJETIVO: DISCUTIR OS HÁBITOS DE CONSUMO RESPONSÁVEL DE ENERGIA E A CONTRIBUIÇÃO DESTE PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. Há uma série de estratégias e atividades, apresentadas pelos professores de Ciça e André. Sintase à vontade para adaptá-las à realidade de sua escola ou à necessidade de sua disciplina, como por exemplo construir a matriz energética da residência dos alunos, promover o concurso das contas de eletricidade, etc. Exercite com eles os cálculos do consumo: Potência do equipamento x tempo que ele fica ligado x os dias de uso ao longo do mês = ao consumo mensal desse equipamento O consumo mensal dos equipamentos x a tarifa = ao custo da conta de eletricidade Utilize (com os alunos que concordarem) as fichas de cadastro residencial e algumas semanas depois aplique as fichas de acompanhamento residencial. Esta atividade oferece aos alunos a oportunidade de observar seu consumo residencial e identificar os hábitos de desperdício, orientando-os sobre como podem mudá-los. Alunos e professores podem se envolver numa campanha pela melhoria do uso da eletricidade na comunidade – seja distribuindo na vizinhança da escola cópias da lista de dicas de uso da eletricidade com segurança ou de como evitar o desperdício, seja distribuindo um material publicitário redigido pelos alunos. 52 4.6 LIVRO 5 APRESENTANDO OS CONTEÚDOS Este livro, recomendado para alunos do Ensino Médio, abrange vários aspectos do tema energia, dentre os quais destacamos os seguintes conteúdos: Capítulo 1 Conceito de Energia; Tipos: energia potencial e energia cinética; Manifestações de energia; Formas de energia; Fontes de energia: primárias/secundárias; renováveis e não-renováveis; Leis da energia e História da energia. Capítulo 2 Conceito de meio ambiente; Energia e meio ambiente; Impactos ambientais decorrentes da exploração dos recursos naturais para a produção de energia; O “Choque do petróleo” e suas conseqüências; O atual modelo de desenvolvimento; O que vem a ser desenvolvimento sustentável; Iniciativas necessárias para o desenvolvimento sustentável; Matriz energética mundial e Matriz energética brasileira. Capítulo 3 A Energia elétrica; Conceitos de eletricidade – Potência, tensão e corrente; Configuração básica do sistema elétrico no Brasil; A geração de eletricidade – os diversos tipos de usinas; Principais usinas brasileiras; Impactos ambientais da cadeia da eletricidade; Fontes alternativas de geração elétrica; Curva de carga e Horário de pico de consumo; Horário de verão. Capítulo 4 Conservação de eletricidade; As Conferências Internacionais sobre as questões ambientais; O que é o PROCEL e sua atuação; Diferença entre racionamento e conservação; Segurança no uso da eletricidade; Dicas de uso sem desperdício no âmbito doméstico. 53 SUGERINDO ATIVIDADES OBJETIVO: DELIMITAR O CONCEITO DE ENERGIA. A partir da leitura do primeiro capítulo (itens 1.1 e 1.2), estimule seus alunos a fazer perguntas. Depois passe a explorar as formas de energia que são necessárias para que a própria aula aconteça. OBJETIVO: DISTINGUIR AS FONTES RENOVÁVEIS DE ENERGIA DAS FONTES NÃO-RENOVÁVEIS. Após a leitura do item 1.3 do primeiro capítulo, os alunos podem elaborar dois painéis: um de fontes renováveis e outro de fontes não-renováveis de energia, utilizando recortes de revistas e jornais velhos. OBJETIVO: IDENTIFICAR AS MUDANÇAS QUE O USO DA ENERGIA TEM PROMOVIDO NO MODO DE VIDA DAS SOCIEDADES AO LONGO DO TEMPO. Aproveite a leitura do item 1.6 para abordar aspectos históricos do uso da energia e promover uma reflexão sobre o atual modelo de consumo. Oriente seus alunos a promover entrevistas com pessoas nascidas antes de 1940, sobre alguns aspectos da urbanização brasileira: construção dos primeiros arranha-céus; chegada e popularização dos automóveis; mudança nos utensílios domésticos como o fogão – que passou a ser a gás e em algumas casas é elétrico; compra da primeira geladeira e do primeiro televisor, etc. Utilizando letras de música e textos literários de diferentes épocas, que citem o uso de energia, ou textos literários de época e de historiadores, promova pesquisas e discussões sobre hábitos e costumes relacionados ao consumo de energia. 54 OBJETIVO: COMPARAR OS CUSTOS FINANCEIROS, SOCIAIS E AMBIENTAIS DA GERAÇÃO ELÉTRICA E O CONFORTO E O BEM-ESTAR QUE A ELETRICIDADE PROPORCIONA. Promover debates utilizando slides ou fotos das principais cachoeiras do Brasil e artigos sobre o desenvolvimento que as usinas hidrelétricas proporcionam, como fomentadores da discussão. Montar dois painéis ou murais: Um sobre os impactos, com imagens e notícias sobre desastres de petroleiros, chuva ácida, aumento do efeito estufa e poluição do ar. E outro com os benefícios que a energia e particularmente a eletricidade proporcionam, com imagem dos equipamentos e máquinas que facilitam a vida das pessoas. Fórum da Eletricidade: Cada grupo de alunos da turma responsável aprofunda a pesquisa sobre um tipo de geração da energia elétrica, suas vantagens e desvantagens. A turma que realizou a pesquisa apresenta os resultados para outra(s) turma(s) convidada(s). Os alunos debatem as vantagens e desvantagens de cada tipo de geração e, ao final do debate, elegem a fonte mais sustentável. 55 OBJETIVO: DISCUTIR O ESGOTAMENTO DOS RECURSOS NATURAIS. A partir de informações coletadas em textos, jornais, revistas e sites os alunos podem promover um debate sobre o atual modelo de desenvolvimento e os recursos naturais utilizados. Promovendo a comparação da matriz energética mundial com a matriz energética brasileira, podem-se discutir qual a fonte predominante em cada uma e o risco de esgotamento. OBJETIVO: IDENTIFICAR AS FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA E SEUS BENEFÍCIOS PARA O AMBIENTE. Os alunos podem formar grupos para coletar informações em textos, jornais, revistas e sites e apresentar os resultados em forma de seminário. Fonte: http://www.iea.org Fonte: Site MME / BEN (Balanço Energetico Nacional Obs.: Ano de racionamento. 56 OBJETIVO: IDENTIFICAR AS ETAPAS DA CADEIA DE ELETRICIDADE. Partindo da tomada ou do interruptor, o professor pode levar os alunos a observar os fios do prédio da escola, do poste na rua, e a seguir o caminho inverso que a eletricidade percorre até a usina geradora. Parte desse caminho poderá ser observada ao vivo, e as outras partes podem ser esclarecidas pelas ilustrações dos livros do projeto. Os alunos podem reproduzir esse caminho em forma de desenho ou maquetes. USINA HIDRELÉTRICA SUBESTAÇÃO ELEVADORA LINHAS DE (GERAÇÃO) DE TENSÃO TRANSMISSÃO SUBESTAÇÃO CONSUMO REBAIXADORA FINAL DE TENSÃO OBJETIVO: SITUAR AS PRINCIPAIS USINAS ELÉTRICAS BRASILEIRAS, IDENTIFICANDO OS SEUS TIPOS. No capítulo 3, há um mapa com as principais usinas brasileiras; use-o como referência. Utilize mapas -mundi para os alunos assinalarem, com três cores diferentes, as hidrelétricas, termelétricas e usinas nucleares. A partir dos mapas com a localização das hidrelétricas, é possível calcular a distância entre elas e os grandes centros urbanos. Modelar um mapa do Brasil utilizando papel reciclado e outros recursos das artes plásticas para reproduzir a localização das principais usinas de eletricidade. 57 OBJETIVO: VERIFICAR O CONSUMO DOMÉSTICO E HÁBITOS DE DESPERDÍCIO. Exercite com os alunos os cálculos do consumo: Potência do equipamento x Tempo que ele fica ligado x Número de dias de uso ao longo do mês = Consumo mensal desse equipamento Consumo mensal dos equipamentos x Custo da tarifa = custo da conta de eletricidade Utilize (com os alunos que concordarem) as fichas de cadastro residencial e algumas semanas depois aplique as fichas de acompanhamento residencial. Esta atividade oferece aos alunos a oportunidade de observar seu consumo residencial, identificando os hábitos de desperdício e orientando-os sobre como podem mudá-los. OBJETIVO: DISCUTIR OS HÁBITOS DE CONSUMO RESPONSÁVEL DE ENERGIA E A CONTRIBUIÇÃO DESTE PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. Promover um painel integrado com as pesquisas feitas por diferentes grupos de alunos, deixando claras as conexões entre os temas: 1) Os recursos naturais utilizados como fonte de energia 2) Exploração dos recursos naturais e a degradação ambiental 3) A degradação ambiental e a perda de qualidade de vida 4) A sociedade de consumo e sua constante necessidade de energia 5) Desigualdades sociais e o atual modelo de desenvolvimento 6) Hábitos de desperdício 7) Hábitos de consumo responsável Como recursos, os alunos podem utilizar o livro 5, o livro do professor, jornais e outras publicações. Lembramos que esta atividade pode ser realizada envolvendo professores de diferentes disciplinas, constituindo um projeto interdisciplinar, da mesma forma que as feiras pedagógicas. 58 SUGESTÕES PARA PESQUISA NA INTERNET Ministério de Minas e Energia – MME .................................................................................................. www.mme.gov.br Centrais Elétricas Brasileiras – ELETROBRÁS ..................................................................... www.eletrobras.com.br Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – PROCEL ................. www.eletrobras.com.br/procel Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL ................................................................................www.aneel.gov.br Operador Nacional do Sistema – ONS.................................................................................................. www.nos.org.br Centro de Pesquisas de Energia Elétrica – CEPEL .................................................................................. www.cepel.br Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito – CRESESB ... www.cresesb.cepel.br Centro Brasileiro de Energia Eólica – CBEE ................................................................................... www.eolica.com.br Centro Nacional de Referência em Biomassa – CENBIO .......................................................... www.cenbio.org.br Centro da Memória da Eletricidade no Brasil ..................................................... www.memoria.eletrobras.com.br ILUMINA – Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico ............................ www.ilumina.org.br Energia Brasil ................................................................................................................................ www.energiabrasil.gov.br Energia Elétrica – o site .....................................................................................................................www.eletrica.com.br Ambiente Brasil (Canal Energia)........................................................................................ www.ambientebrasil.com.br ABC da Energia ..............................................................................................................................www.abcdaenergia.com TV Cultura – Alô Escola ...............................................................................................www.tvcultura.com.br/aloescola Fundação L´Hermitage ............................................................................................................. www.amigodaagua.com.br A maioria das concessionárias de energia elétrica disponibiliza em seus sites informações e dados para pesquisa escolar. Consulte a concessionária da sua região. 59 anexo 1 PERGUNTAS CURIOSAS Estas são algumas das perguntas feitas por alunos e recolhidas ao longo do tempo , por empresas do setor elétrico, particularmente da CPFL. Para que servem as bolas alaranjadas localizadas nos fios das torres de transmissão? Servem como sinalizadores para os pilotos de helicópteros e aviões, evitando que estes veículos se enrolem nos fios. Por que os fios da maioria das redes de distribuição de energia elétrica não são encapados? Em função dos espaçamentos (distância entre os fios), não é necessário o encapamento para isolá-los. Também para permitir dissipação de calor dos fios. Pode-se observar que nas redes de distribuição de cabos isolados os espaçamentos entre esses condutores são bem menores. Por que quando falta luz na minha casa não falta na casa do vizinho? Provavelmente porque o poste defronte de sua casa é o final de dois circuitos elétricos e as casas estão ligadas em circuitos diferentes. Também pode ser decorrente de problemas na instalação elétrica da sua casa. Por que, às vezes, a energia fica fraca? A energia fica mais fraca porque a rede fica sobrecarregada, ou seja, existem muitas casas utilizando a energia no mesmo instante. Isso faz com que a tensão (ou voltagem) diminua, reduzindo a força que dá a intensidade da luz, tornando-a fraca. A energia elétrica pode ser armazenada? Em grande quantidade, não. À medida que ela é gerada, já é transmitida e distribuída. Só é possível armazenar pequenas quantidades, como por exemplo nas pilhas ou nas baterias de automóveis. 60 Como se forma o raio? Em decorrência do atrito com o ar, as nuvens ficam carregadas de eletricidade. Quando a carga elétrica da nuvem se torna muito grande, atinge um ponto crítico e se descarrega: surge uma corrente elétrica – o raio –, que provoca o aquecimento das massas de ar. Estas, ao se chocarem, produzem fortes vibrações no ar, manifestadas por intenso barulho – os trovões – que acompanham os relâmpagos. Os raios podem ocorrer entre as nuvens, entre uma nuvem e a terra, e mesmo no interior de uma nuvem. Os raios são atraídos por pontas agudas que se elevam na direção das nuvens, como prédios, arvores, etc. Os edifícios mais altos, portanto, devem ser protegidos por pára-raios, que são hastes ligadas a placas de metal que conduzem as descargas elétricas com segurança para a terra. Pode-se armazenar energia do raio? Em termos práticos não, porque até o momento não existe um equipamento para isso. Por que acaba a energia em dias de chuvas? Normalmente em dias de chuva existe uma grande quantidade de descargas atmosféricas (raios), fazendo com que se crie uma corrente elétrica (induzida) na rede que caminha pelos fios até chegar nos fusíveis dos transformadores, queimando-os. Chuvas com ventos podem provocar quedas de arvores sobre os fios de transmissão de energia, quebrando-os ou causando curtos-circuitos, interrompendo desse modo o fornecimento de energia. Por que o pássaro pousa no fio e não leva choque? Porque ao pousar num único fio ele não fecha o circuito que provocaria o choque. Mas não tente imitá-lo! Se ele encostar em dois fios vai levar um choque. Por que o peixe-elétrico dá choque? Qualquer músculo, ao contrair-se, produz eletricidade, mas em pouquíssima quantidade. Os peixes-elétricos são animais que desenvolveram essa propriedade. Seus órgãos elétricos são músculos transformados. É necessário apenas um pequeno contato para a liberação dessa energia. Algumas espécies, para imobilizar uma presa, são capazes de produzir descargas elétricas de até 600 Volts, porém com baixa corrente. Por que o vaga-lume acende a “lampadinha”? Vaga-lume é inseto de hábitos noturnos e possui órgãos que emite luz, fenômeno chamado de bioluminescência. Tem por finalidade facilitar a sua reprodução, pois é por causa dela que a fêmea reconhece os machos da mesma espécie. 61 É verdade que um vasilhame com água colocado em cima do medidor de luz faz a conta de luz ficar mais barata? Não existe qualquer justificativa científica para esse procedimento. Trata-se de uma lenda popular que nasceu assim: Uma vez um restaurante colocou várias garrafas, que eram usadas para regar as plantas, sobre a caixa do medidor de luz. Alguém passou por ali e perguntou a razão daquilo, e, por brincadeira, a resposta foi: “Para economizar energia.” Cortar o desperdício de eletricidade é que pode fazer a conta ficar mais barata. Como acende a iluminação pública? Cada poste que possui iluminação é equipado com um relê automático (fotocélula) que acende as lâmpadas ao escurecer e as apaga ao amanhecer. Se você viu alguma lâmpada acesa durante o dia, avise o escritório da Concessionária da sua cidade, para que eles consertem o equipamento e o desperdício de energia elétrica diminua. Para que servem os transformadores que ficam nos postes? Para transformar a tensão de 13.800 volts ou outra similar da rede para 127 volts, ideal para utilização em residências. Em algumas cidades a tensão (ou voltagem) de fornecimento de energia, em vez de 127V (ou 110V como se diz), é de 220V. Com essa tensão de 220V, o consumo de energia é maior ou menor que em 127V (ou 110V)? O medidor de energia elétrica mede a potência multiplicada pelo tempo. A potência é igual ao produto da tensão pela corrente elétrica (VI). Para um mesmo agrupamento de potência conhecida que está ligado na tomada, o produto da tensão pela corrente é sempre o mesmo. Tomemos como exemplo o consumo de um chuveiro elétrico de 4.400W de potência. Se ele estiver instalado num local com tensão de 110V, por ele circulará uma corrente de 40A. Nesse caso, a energia consumida em 2 horas será: 110V x 40A x 2h = 8.800Wh O mesmo chuveiro de 4.400W de potência instalado num local de tensão de 220V terá circulando nele uma corrente de 20A. A energia consumida em 2 horas será: 220V x 20A x 2h = 8.800Wh Ou seja, a energia consumida em ambos os casos é a mesma. 62 anexo 1I FICHAS DO SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO 63 ������������� �������� ������������� ��������������� CADASTRO DA ESCOLA 1. IDENTIFICAÇÃO NOME ___________________________________________________________________ DATA DE PREENCHIMENTO______/ _____ / ______ ENDEREÇO (Rua, Av., Etc) ________________________________________________________________________ CEP __________- ______ BAIRRO ________________________ CIDADE ___________________ UF ______ TEL.( ) ________________FAX ( ) _______________ HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO _____________ A _______________DIRETOR(A) _______________________________________________ Professores Capacitados Matéria lecionada Período de trabalho M T DDD+Tel e-mail N Contato Outros 2. CARACTERIZAÇÃO Vinculação ( ) Federal Cursos ( ) Pré-escolar ( ) Fundamental (1ª a 4ª Séries) ( ) Fundamental (5ª a 8ª Séries) ( ) Ensino Médio Outro(S). Qual (is)? ____________________ Espaço Físico ( ) Estadual ( ) Municipal ( ) Mista Outra. Qual? _______ ( ) até 2 salas de aula ( ) de 3 a 5 salas de aula ( ( ) de 11 a 15 salas de aula ( ) de 16 a 20 salas de aula ( ) mais de 20 salas de aula ( ) auditório ( ) sala de informática ( ) oficina de arte ( ) biblioteca ( ) quadra esportiva ( ) sala de leitura TOTAL Administrativa Pré-escolar Fundamental 1ª/4ª séries Fundamental 5ª/8ª séries Ensino Médio ) de 6 a 10 salas de aula ( )sala de video 4. NÍVEL DE CONHECIMENTO 3. POPULAÇÃO INTERNA Qual o nível de conhecimento sobre os projetos de conservação de energia desenvolvidos pela concessionária de energia elétrica de sua região? Alunos Professores Muito Pouco Nada Alunos Conhecido Conhecido Conhecido Professores Eficiência Energética Alunos de Prédios Públicos Professores Eficiência Energética Alunos Professores TOTAL (05) Particular Alunos Professores em Iluminação Pública Empresas de saneamento ambiental Procel nas Escolas PARA USO DA CONCESSIONÁRIA NOME DA CONCESSIONÁRIA ________________________________________________________________________________________ Nº DA FICHA _________________________________________________________ DATA DA DIGITAÇÃO __________________________ 64 ������������� ��������������� ������������� �������� CADASTRO RESIDENCIAL I Informe seus dados e hábitos da sua casa em relação ao meio ambiente e, especialmente, quanto ao uso de energia elétrica. NOME DO ALUNO _____________________________________________________________________________________________________ ENDEREÇO (Rua, Av., Etc) ________________________________________________________________________ CEP __________- ______ BAIRRO ________________________ CIDADE ___________________ UF ______ TEL.( ) ________________FAX ( ) _______________ ESCOLA _________________________________________________________________ DATA DE PREENCHIMENTO______/ _____ / ______ MARQUE COM UM X AS RESPOSTAS CERTAS 1. Marque o número de pessoas que moram na sua casa, contando com você: (01) (02) (03) (04) (05) (06) (07) (08 ou mais) 2. Descubra e marque os tipos de energia que são utilizados na sua casa para fazer funcionar equipamentos, aparelhos e lâmpadas: ( ) gás encanado ( ) gás de bujão ( ) energia elétrica ( ) lenha ( ) Coleta de lixo regular ( ) Água tratada ( ) Sistema de esgoto ( ) Relógio de luz ( ) Fossa ( ) Nenhum desses 3. Marque os itens existentes na sua casa 4. Se na sua casa tem chuveiro elétrico, informe quanto tempo, em média, você gasta no banho: __________minutos Se você não tem chuveiro elétrico, assinale aqui ( ) 5. Observe a região onde mora, em especial, a sua rua e sua própria casa, e marque com um X as situações que perceber: ( ) Há lixo acumulado nas ruas. ( ) Há lixo acumulado no quintal das casas. ( ) Há um rio próximo e as pessoas costumam jogar lixo nele. ( ) Há muitos fios embolados nos postes. ( ) Os vizinhos costumam lavar as calçadas com muita água. ( ) Na minha casa tem mais lâmpadas incandescentes (lâmpada comum) do que fluorescentes (lâmpada ‘fria’). ( ) Não encontrei nenhuma destas situações. 6. Durante três dias, observe cada espaço da sua casa e marque com um X as situações que perceber: PRIMEIRO DIA ( ) A TV está ligada, mas não tem ninguém assistindo. ( ) A luz está acesa, mas o dia ainda está claro e entra boa claridade pela janela. ( ) A luz está acesa, mas não há ninguém no cômodo. ( ) Alimentos foram guardados na geladeira ainda quentes. ( ) O ferro de passar roupas foi ligado para passar apenas poucas roupas. ( ) Não encontrei nenhuma dessas situações. 65 ������������� ��������������� ������������� �������� CADASTRO RESIDENCIAL II SEGUNDO DIA ( ) A TV está ligada, mas não tem ninguém assistindo. ( ) A luz está acesa, apesar da claridade que entra pela janela. ( ) A luz está acesa, mas não há ninguém no cômodo. ( ) Alimentos foram guardados na geladeira ainda quentes. ( ) O ferro de passar roupa foi ligado para passar apenas poucas roupas. ( ) Não encontrei nenhuma dessas situações. TERCEIRO DIA ( ) A TV está ligada, mas não tem ninguém assistindo. ( ) A luz está acesa, apesar da claridade que entra pela janela. ( ) A luz está acesa, mas não há ninguém no cômodo. ( ) Alimentos foram guardados na geladeira ainda quentes. ( ) O ferro de passar roupa foi ligado para passar apenas poucas roupas. ( ) Não encontrei nenhuma dessas situações. 7. Observe quanto tempo, em média, as pessoas da sua casa levam para tomar banho. ( ) Menos de 10 minutos ( ) de 10 a menos de 15 minutos ( ) de 15 a menos de 20 minutos ( ) de 20 a menos de 30 minutos ( ) 30 minutos ou mais 8. Somando os salários e outros ganhos de todas as pessoas da sua casa, o total é: ( ) Menos de R$100,00 ( ) de R$100,00 a menos de R$250,00 ( ) de R$250,00 a menos de R$500,00 ( ) de R$500,00 a menos de R$1.000,00 ( ) de R$1.000,00 a menos de R$1.500,00 ( ) de R$1.500,00 a menos de R$2.000,00 ( ) R$2.000,00 ou mais 9. Se a sua casa tem marcador de consumo de eletricidade (‘relógio’), vocês recebem a ‘Conta de luz’. Então, agora faça o seguinte cálculo: multiplique o valor pago na última conta de luz por 100. Divida o resultado pelo total dos ganhos da família. R$ ________, ____ de luz X 100 = ............. R$ ___________, ____ de ganhos Se você não tem marcador de eletricidade, assinale aqui ( ) 10. Descubra o que as pessoas na sua casa fazem quando é preciso economizar: ( ) Gastam menos água ( ) Não deixam as luzes acesas desnecessariamente ( ) Comem menos ( ) Assistem TV por menos tempo ( ) Gastam menos em diversão ( ) Usam menos o ferro de passar roupa ( ) Tomam outras providências. Quais? ____________________________________________________________________ 11. Descubra qual o número do seu relógio e anote. (Esta informação você encontra na conta de luz): _______________________________ 12. Se você recebe conta de luz, investigue nela quantos KWh sua família gastou no último mês e anote aqui _____________________KW/h PARA USO DA CONCESSIONÁRIA NOME DA CONCESSIONÁRIA ______________________________________________________________________________________ Nº DA FICHA _________________________________________________________ DATA DA DIGITAÇÃO ________________________ 66 ������������� ��������������� ������������� �������� CURSO DE CAPACITAÇÃO NOME: _______________________________________________________________________________________________________________ ESCOLA: _____________________________________________________________________________________________________________ MARQUE COM “ X” A OPÇÃO CORRETA: AVALIANDO A CAPACITAÇÃO: Ótimo Bom Regular Ruim Organização ( ) ( ) ( ) ( Metodologia ( ) ( ) ( ) ( ) ) Conteúdo ( ) ( ) ( ) ( ) Capacitadores ( ) ( ) ( ) ( ) Local ( ) ( ) ( ) ( ) Carga horária ( ) ( ) ( ) ( ) AVALIANDO AS ATIVIDADES: Ótimo Bom Regular Ruim Oficina de conceitos Ambientais/Energéticos ( ) ( ) ( ) ( ) A metodologia “A Natureza da Paisagem” ( ) ( ) ( ) ( ) Exibição de vídeos ( ) ( ) ( ) ( ) Oficina Reciclando Atitudes ( ) ( ) ( ) ( ) Palestras ( ) ( ) ( ) ( ) Trabalhos em grupo ( ) ( ) ( ) ( ) Orientações e dicas ( ) ( ) ( ) ( ) Preparação para o trabalho ( ) ( ) ( ) ( ) EM RELAÇÃO AOS CONCEITOS TRANSMITIDOS Bem compreendido Compreendido, porém exigindo maior aprofundamento Necessitando de novas explicações Não compreendido 1. Ambiente ( ) ( ) ( ) ( 2. Educação Ambiental ( ) ( ) ( ) ( ) ) 3. Cidadania ( ) ( ) ( ) ( ) 4. Qualidade de Vida ( ) ( ) ( ) ( ) 5. Energia ( ) ( ) ( ) ( ) ) 6. Conservação de energia ( ) ( ) ( ) ( 7. Combate ao desperdício de energia ( ) ( ) ( ) ( ) 8. Uso Eficiente de Energia ( ) ( ) ( ) ( ) Idéias e sugestões: _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________ PARA USO DA CONCESSIONÁRIA NOME DA CONCESSIONÁRIA ________________________________________________________________________________________ DATA DO CURSO _____________________________________________________ 67 ������������� �������� ������������� ��������������� ACOMPANHAMENTO DA ESCOLA I ( ) 2º Acompanhamento ( ) 1º Acompanhamento MARQUE O Nº DO ACOMPANHAMENTO 1. IDENTIFICAÇÃO NOME DA ESCOLA_________________________________________________________ DATA DE PREENCHIMENTO______/ _____ / ______ Professores Capacitados atuantes no período Matéria lecionada Período de trabalho M T DDD+Tel e-mail N Contato Outros 2. ENVOLVIMENTO ASSINALE COM UM X AS RESPOSTAS CORRETAS QUANTIDADE DE PESSOAS EFETIVAMENTE ENVOLVIDAS COM O PROGRAMA PROFESSORES ALUNOS FUNCIONÁRIOS TOTAL administrativos PRÉ-ESCOLAR FUNDAMENTAL 1ª. a 4ª.séries FUNDAMENTAL 5ª. a 8ª. séries ENSINO MÉDIO TOTAL CONDIÇÕES DE TRABALHO NO PERÍODO ÓTIMO BOM REGULAR RUIM Apoio da Concessionária ( ) ( ) ( ) ( ) Apoio da direção da escola ( ) ( ) ( ) ( ) Envolvimento dos alunos ( ) ( ) ( ) ( ) Envolvimento dos familiares dos alunos ( ) ( ) ( ) ( ) Envolvimento dos funcionários ( ) ( ) ( ) ( ) Envolvimento dos demais professores ( ) ( ) ( ) ( ) 3. QUAIS AS DISCIPLINAS QUE ADERIRAM AO PROGRAMA? ASSINALE COM UM X AS RESPOSTAS CORRETAS PRÉ-ESCOLAR FUNDAMENTAL 1ª a 4ª séries 5ª a 8ª séries FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO Lingua Portuguesa ( ) ( ) ( ) ( ) Matemática ( ) ( ) ( ) ( ) Ciências ( ) ( ) ( ) ( ) História ( ) ( ) ( ) ( ) Geografia ( ) ( ) ( ) ( ) Educação Física ( ) ( ) ( ) ( ) Educação Religiosa ( ) ( ) ( ) ( ) Outras. Quais? 68 ������������� ��������������� ������������� �������� ACOMPANHAMENTO DA ESCOLA II 4. RESULTADOS ASSINALE COM UM X AS RESPOSTAS CORRETAS NÍVEIS DE ENVOLVIMENTO DOS ALUNOS COM OS MÉTODOS UTILIZADOS MUITO ENVOLVIDOS INDIFERENTES POUCO ENVOLVIDOS (01) Cartazes ( ) ( ) ( ) (02) Feiras pedagógicas com projetos específico sobre energia ( ) ( ) ( ) (03) Aulas expositivas ( ) ( ) ( ) (04) Palestras ( ) ( ) ( ) (05) Textos complementares ( ) ( ) ( ) (06) Pesquisas feitas pelos alunos ( ) ( ) ( ) (07) Inserção do tema nos projetos da escola ( ) ( ) ( ) (08) Eventos específicos sobre energia voltados para família/comunidade ( ) ( ) ( ) NÍVEIS DE ENVOLVIMENTO DOS ALUNOS COM OS RECURSOS UTILIZADOS MUITO ENVOLVIDOS INDIFERENTES POUCO ENVOLVIDOS Jogo pedagógico ( ) ( ) ( Vídeo do PROCEL ( ) ( ) ( ) ) Livros do PROCEL ( ) ( ) ( ) Álbum seriado do PROCEL ( ) ( ) ( ) 5. ENTRE AS IDÉIAS DE REDUÇÃO DO DESPERDÍCIO DE ENERGIA ELÉTRICA LISTADAS ABAIXO, QUAIS FORAM EFETIVAMENTE COLOCADAS EM PRÁTICA NA ESCOLA NOS ÚLTIMOS 6 MESES? (01) As luzes de salas que não estão sendo usadas permanecem apagadas (02) Equipamento(s) foi(ram) trocado(s) por similares que consomem menos energia (03) Foram trocadas lâmpadas incandescentes fluorescentes por lâmpadas fluorescentes compactas (04) Foram trocadas lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes (05) Implantação de uma CICE (06) Palestras sobre o tema para funcionários e professores Outra(s). Qual(is)? ______________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________ Idéias e Sugestões? ____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________ PARA USO DA CONCESSIONÁRIA NOME DA CONCESSIONÁRIA ___________________________________________ PERÍODO DE APURAÇÃO (Mês/Ano) _____________ Nº DA FICHA _________________________________________________________ DATA DA DIGITAÇÃO __________________________ 69 ������������� ��������������� ������������� �������� ACOMPANHAMENTO RESIDENCIAL I MARQUE O Nº DO ACOMPANHAMENTO ( ) 1º Acompanhamento ( ) 2º Acompanhamento Informe seus dados e os atuais hábitos das pessoas que moram na sua casa em relação ao consumo de energia elétrica ESCOLA _________________________________________________________________ DATA DE PREENCHIMENTO______/ _____ / ______ NOME DO ALUNO _____________________________________________________________________________________________________ Preencha estes campos apenas se houve alterações nos últimos 3 meses ENDEREÇO (Rua, Av., Etc.) ________________________________________________________________________ CEP __________- ______ BAIRRO ______________________ CIDADE ____________________ TEL.( ) ____________________E-MAIL ________________________ MARQUE COM UM X AS RESPOSTAS CERTAS 1. Marque o número de pessoas que moram na sua casa, contando com você: (01) (02) (03) (04) (05) (06) (07) (08 ou mais) 2. Marque os itens existentes na sua casa ( ) Coleta de lixo regular ( ) Água tratada ( ) Sistema de esgoto ( ) Relógio de luz ( ) Fossa ( ) Nenhum desses 3. Durante três dias, observe cada espaço da sua casa e marque as situações que perceber: PRIMEIRO DIA ( ) A TV está ligada, mas não tem ninguém assistindo. ( ) A luz está acesa, mas o dia ainda está bem claro e entra boa luz pela janela. ( ) A luz está acesa, mas não há ninguém no cômodo. ( ) Alimentos foram guardados na geladeira ainda quentes. ( ) O ferro de passar roupa foi ligado para passar apenas poucas roupas. ( ) Não encontrei nenhuma dessas situações SEGUNDO DIA ( ) A TV está ligada, mas não tem ninguém assistindo. ( ) A luz está acesa, mas o dia ainda está bem claro e entra boa luz pela janela. ( ) A luz está acesa, mas não há ninguém no cômodo. ( ) Alimentos foram guardados na geladeira ainda quentes. ( ) O ferro de passar roupa foi ligado para passar apenas poucas roupas. ( ) Não encontrei nenhuma dessas situações. TERCEIRO DIA ( ) A TV está ligada, mas não tem ninguém assistindo. ( ) A luz está acesa, mas o dia ainda está bem claro e entra boa luz pela janela. ( ) A luz está acesa, mas não há ninguém no cômodo. ( ) Alimentos foram guardados na geladeira ainda quentes. ( ) O ferro de passar roupa foi ligado para passar apenas poucas roupas. ( ) Não encontrei nenhuma dessas situações. 4. Observe quanto tempo, em média, as pessoas da sua casa levam para tomar banho. ( ) Menos de dez minutos ( ) de 15 a menos de 20 minutos ( ) de 10 a menos de 15 minutos ( ) de 20 e menos de 30 minutos ( ) 30 minutos ou mais 5. Somando os salários e outros ganhos de todas as pessoas da sua casa, o total é: ( ( ( ( ) ) ) ) Menos de R$100,00 de R$250,00 a menos de R$500,00 de R$1.000,00 a menos de R$1.500,00 R$2.000,00 ou mais ( ) de R$100,00 a menos de R$250,00 ( ) de R$500,00 a menos de R$1.000,00 ( ) de R$1.500,00 a menos de R$2.000,00 70 ������������� ��������������� ������������� �������� ACOMPANHAMENTO RESIDENCIAL II 6. Se a sua casa tem marcador de consumo de eletricidade (‘relógio’), vocês recebem a ‘Conta de luz’. Então, agora faça o seguinte cálculo: multiplique o valor pago na última conta de luz por 100. Divida o resultado pelo total dos ganhos da família. R$ ________, ____ de luz X 100 = ............. R$ ___________, ____ de ganhos Se você não tem marcador de eletricidade, assinale aqui ( ) 7. Você aprendeu que 1.000W é igual a 1 KW. Se na sua casa tem chuveiro elétrico, ele consome 4.400W por hora, ou seja, 4.4KWh. Calcule quanta energia elétrica é gasta no seu banho: 4.4KWh x ........Minutos = ............ KWh 60 minutos Se você não tem chuveiro elétrico, assinale aqui ( ) 8. Marque as situações que você percebe hoje em sua casa: ( ) Temos novos equipamentos elétricos que não tínhamos antes. ( ) Substituímos equipamento(s) elétrico(s) por novo(s) e mais econômico(s). ( ) As tarifas de energia elétrica estão mais elevadas. ( ) Temos equipamento(s) elétrico(s) que não estamos mais usando. ( ) Todos de casa estão se esforçando para reduzir o desperdício de energia elétrica. ( ) Poucos estão se empenhando em reduzir o desperdício de energia elétrica. ( ) Não identifico nenhuma destas situações. 9. Descubra o que as pessoas na sua casa estão fazendo quando é preciso cortar despesas: ( ) Gastam menos água. ( ) Não deixam as luzes acesas desnecessariamente. ( ) Comem menos. ( ) Assistem TV por menos tempo. ( ) Gastam menos em diversão. ( ) Usam menos o ferro de passar roupa. ( ) Tomam outras providências. Quais?_______________________________________________________________________ 10. Como você se define depois que aprendeu a evitar o desperdício de energia: ( ) Estou sempre vigiando e ensinando para que não desperdicem energia elétrica. ( ) Faço a minha parte. Eu não desperdiço energia elétrica. ( ) Só lembro deste assunto quando estou na escola. 11. Como você classificaria as atividades de que você participou ou os recursos que o professor usou sobre energia? Muito interessantes Interessantes Pouco interessantes Nada interessantes Cartazes ( ) ( ) ( ) ( ) Feira cientifica ( ) ( ) ( ) ( ) Concursos ou competições ( ) ( ) ( ) ( ) Aulas do professor ( ) ( ) ( ) ( ) Palestras de pessoas de fora ( ) ( ) ( ) ( ) Livros do PROCEL ( ) ( ) ( ) ( ) Video do PROCEL ( ) ( ) ( ) ( ) Pesquisas que você fez ( ) ( ) ( ) ( ) Outras. Quais?________________________________________________________________________________________________________ 12. Se você recebe conta de luz, investigue nela quantos KWh sua família gastou no último mês e anote aqui ________________KW/h PARA USO DA CONCESSIONÁRIA NOME DA CONCESSIONÁRIA ___________________________________________ PERÍODO DE APURAÇÃO (Mês/Ano) _____________ Nº DA FICHA _________________________________________________________ DATA DA DIGITAÇÃO __________________________ 71 anexo III ESTIMATIVA DO CONSUMO MENSAL DOS PRINCIPAIS ELETRODOMÉSTICOS Fonte: Site do PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica. Aparelhos elétricos Potência Média Watts Dias estimados Uso/Mês Média Utilização/ Dia Consumo Médio Mensal (Kwh) ABRIDOR/AFIADOR 135 10 5 MIN 0,11 APARELHO DE SOM 3 EM 1 80 20 3H 4,8 APARELHO DE SOM PEQUENO 20 30 4H 2,4 AQUECEDOR DE AMBIENTE 1550 15 8H 186,0 AQUECEDOR DE MAMADEIRA 100 30 15 MIN 0,75 AR-CONDICIONADO 7.500 BTU 1000 30 8H 120 AR-CONDICIONADO 10.000 BTU 1350 30 8H 162 AR-CONDICIONADO 12.000 BTU 1450 30 8H 174 AR-CONDICIONADO 15.000 BTU 2000 30 8H 240 AR-CONDICIONADO 18.000 BTU 2100 30 8H 252 ASPIRADOR DE PÓ 100 30 20 MIN 1,0 BARBEADOR/DEPILADOR/ MASSAGEADOR 10 30 30 MIN 0,15 BATEDEIRA 120 8 30 MIN 0,48 BOILER 50 E 60 L 1500 30 6H 270,0 BOILER 100 L 2030 30 6H 365,4 BOILER 200 A 500 L 3000 30 6H 540,0 BOMBA D’ÁGUA 1/4 CV 335 30 30 MIN 5,02 BOMBA D’ÁGUA 1/2 CV 613 30 30 MIN 9,20 BOMBA D’ÁGUA 3/4 CV 849 30 30 MIN 12,74 BOMBA D’ÁGUA 1 CV 1051 30 30 MIN 15,77 BOMBA-AQUÁRIO GRANDE 10 30 24 H 7,2 BOMBA-AQUÁRIO PEQUENO 5 30 24 H 3,6 72 Aparelhos elétricos Potência Média Watts Dias estimados Uso/Mês Média Utilização/ Dia Consumo Médio Mensal (Kwh) CAFETEIRA ELÉTRICA 600 30 1H 18,0 CHURRASQUEIRA 3800 5 4H 76,0 CHUVEIRO ELÉTRICO 3500 30 40 MIN ** 70,0 CIRCULADOR AR GRANDE 200 30 8H 48,0 CIRCULADOR AR PEQUENO/MÉDIO 90 30 8H 21,6 COMPUTADOR/IMPRESSORA/ ESTABILIZADOR 180 30 3H 16,2 ENCERADEIRA 500 2 2H 2,0 ESPREMEDOR DE FRUTAS 65 20 10 MIN 0,22 EXAUSTOR FOGÃO 170 30 4H 20,4 EXAUSTOR PAREDE 110 30 4H 13,2 FACA ELÉTRICA 220 5 10 MIN 0,18 FERRO ELÉTRICO AUTOMÁTICO 1000 12 1H 12,0 60 30 5 MIN 0,15 FOGÃO ELÉTRICO 4 CHAPAS 9120 30 4H 1094,4 FORNO MICROONDAS 1200 30 2O MIN 12,0 FREEZER VERTICAL/HORIZONTAL 130 30 8H 31,2 FRIGOBAR 70 30 10 H 21,0 FRITADEIRA ELÉTRICA 1000 15 30 MIN 7,5 GELADEIRA 1 PORTA 90 30 10 H 27 GELADEIRA 2 PORTAS 130 30 10 H 39 GRILL 900 10 30 MIN 4,5 LÂMPADA FLUORESCENTE COMPACTA – 11W 11 30 5H 1,65 LÂMPADA FLUORESCENTE COMPACTA – 15 W 15 30 5H 2,2 LÂMPADA FLUORESCENTE COMPACTA – 23 W 23 30 5H 3,5 LÂMPADA INCANDESCENTE – 40 W 40 30 5H 6,0 LÂMPADA INCANDESCENTE – 60 W 60 30 5H 9,0 LÂMPADA INCANDESCENTE -100 W 100 30 5H 15,0 LAVADORA DE LOUÇAS 1500 30 40 MIN 30,0 LAVADORA DE ROUPAS 500 12 1H 6,0 FOGÃO COMUM 73 Aparelhos elétricos Potência Média Watts Dias estimados Uso/Mês Média Utilização/ Dia Consumo Médio Mensal (KWh) LIQUIDIFICADOR 300 15 15 MIN 1,1 MÁQUINA DE COSTURA 100 10 3H 3,9 MÁQUINA DE FURAR 350 1 1H 0,35 MICROCOMPUTADOR 120 30 3H 10,8 MOEDOR DE CARNES 320 20 20 MIN 2,1 MULTIPROCESSADOR 420 20 1H 8,4 NEBULIZADOR 40 5 8H 1,6 OZONIZADOR 100 30 10 H 30,0 PANELA ELÉTRICA 1100 20 2H 44,0 PIPOQUEIRA 1100 10 15 MIN 2,75 RÁDIO ELÉTRICO GRANDE 45 30 10 H 13,5 RÁDIO ELÉTRICO PEQUENO 10 30 10 H 3,0 RÁDIO-RELÓGIO 5 30 24 H 3,6 SECADOR DE CABELOS GRANDE 1400 30 10 MIN 7,0 SECADOR DE CABELOS PEQUENO 600 30 15 H 4,5 SECADORA DE ROUPAS GRANDE 3500 12 1H 42,0 SECADORA DE ROUPAS PEQUENA 1000 8 1H 8 20 30 24 H 14,4 TORNEIRA ELÉTRICA 3500 30 30 MIN 52,5 TORRADEIRA 800 30 10 MIN 4,0 TV EM CORES – 14” 60 30 5H 9,0 TV EM CORES – 18” 70 30 5H 10,5 TV EM CORES – 20” 90 30 5H 13,5 TV EM CORES – 29” 110 30 5H 16,5 TV EM PRETO-E-BRANCO 40 30 5H 6,0 TV PORTÁTIL 40 30 5H 6,0 VENTILADOR DE TETO 120 30 8H 28,8 VENTILADOR PEQUENO 65 30 8H 15,6 VIDEOCASSETE 10 8 2H 0,16 VIDEOGAME 15 15 4H 0,9 SECRETÁRIA ELETRÔNICA 74 anexo 1V DIREITOS E DEVERES DOS CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA Fonte: Site da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica. Setembro/2005. DIREITOS DIREITOS DIREITOS DIREITOS Fornecimento de energia elétrica a todos os consumidores com qualidade e continuidade asseguradas; Executar, por sua opção, as obras necessárias ao seu fornecimento, com a devida participação financeira do concessionário; Rever o contrato de fornecimento (consumidores em alta tensão), após implantar medidas de conservação de energia; Ter os equipamentos de medição vistoriados periodicamente pelo concessionário, segundo critérios estabelecidos na legislação metrológica. O consumidor poderá exigir a qualquer tempo uma aferição dos medidores; No caso de inexistência de medidores, o faturamento deverá ser feito com base nos valores mínimos faturáveis; No caso de defeito no medidor, o período máximo de retroação para cobrança dos valores não medidos é de um mês; Ser informado, quando da efetivação do pedido de fornecimento, sobre as opções de faturamento que podem ser exercidas pela unidade consumidora; As faturas devem conter informações sobre a qualidade do fornecimento, além de ser possível incluir a cobrança de outros serviços, desde que previamente autorizado pelo consumidor; Solicitar a entrega da fatura em outro local que não a unidade consumidora, devendo arcar com eventuais custos adicionais; Disponibilização de seis datas de vencimento da fatura, para a escolha do consumidor; Quando houver pagamento em duplicidade da fatura, o concessionário deverá fazer a devolução até o próximo vencimento; A multa por atraso está limitada a 2% do valor total da fatura; 75 No caso de suspensão de fornecimento indevida, o concessionário deverá providenciar a religação, sem qualquer ônus, no prazo máximo de quatro horas após o pedido; Deverá ser informado permanentemente sobre os cuidados especiais para a utilização da energia elétrica, bem como ser cientificado de seus direitos e deveres; Está assegurado o ressarcimento por danos ocasionados em virtude do fornecimento de energia elétrica; Ser avisado com quinze dias de antecedência, no caso de suspensão do fornecimento por falta de pagamento; Os consumidores que façam uso de equipamentos vitais à preservação da vida humana, que dependem de eletricidade, deverão ser avisados sobre interrupções programadas, com antecedência mínima de cinco dias úteis. DEVERES DEVERES DEVERES DEVERES Observar as normas técnicas dos órgãos oficiais, do concessionário, da ABNT; com especial atenção aos aspectos de segurança; Instalar em local adequado e de fácil acesso os dispositivos necessários para a colocação do medidor e equipamentos de proteção; Manter sob sua guarda, na condição de depositário fiel e gratuito, os equipamentos de medição do concessionário; As instalações elétricas internas da unidade consumidora que estiverem em desacordo com as normas deverão ser reformadas ou substituídas; Declarar toda a carga elétrica que será utilizada na unidade consumidora; 76 Celebrar contrato de fornecimento ou de adesão com o concessionário; Informar ao concessionário a atividade que será desenvolvida na unidade consumidora; Fazer os pagamentos correspondentes aos serviços prestados pelo fornecimento da energia.