1 APRESENTAÇÃO Caro Aprendiz, Acreditamos ser esta a qualificação mais adequada para todo cidadão do Século XXI e em especial para todos nós participantes deste II Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação que, nesta edição, tem como foco a relação entre multimodalidade e ensino. A aprendizagem é a condição obrigatória para a sobrevivência com dignidade para todos os profissionais contemporâneos, mas principalmente para aqueles que como nós assumimos publicamente a arte de aprender/ensinar. A exemplo de profissionais dos diferentes setores de atividades, os da educação também têm sido desafiados a repensar suas teorias e a reconfigurar suas práticas em razão das mudanças provocadas pelos avanços científico­tecnológicos cada vez mais presentes na sociedade. Em meio a tantas inovações tecnológicas, nós educadores das diversas áreas estamos, oportunamente, começando a nos reunir em fóruns como este para refletir sobre como podemos utilizar todos esses novos recursos sócio­técnicos para “turbinar” a nossa própria aprendizagem e assim nos tornarmos mais competentes na mediação da aquisição do conhecimento por nossos alunos. O principal objetivo deste simpósio é proporcionar a você um espaço de discussão de idéias e de trocas de experiências em ambientes reais e virtuais, a fim de construirmos coletivamente estratégias eficazes que facilitem a aprendizagem dos alunos por meio dos novos dispositivos de informação e comunicação. Agradecemos a você que atendeu ao nosso convite para participar deste evento, seja como conferencista, instrutor ou aluno em mini­curso, apresentador em mesa­redonda, comunicador em sessão individual ou coordenada, expositor de pôster ou mesmo como atento observador das mais de 160 atividades acadêmicas que nestes três dias ocorrerão no campus da UFPE­Recife. Desejamos a você uma agradável convivência, instantes relevantes de reflexão intelectual e momentos inesquecíveis de formação profissional. Esperamos que as idéias e sugestões propostas neste simpósio façam de você um educador mais comprometido com a qualidade da sua própria aprendizagem e mais atento às necessidades de aprendizagem dos seus alunos, utilizando criativamente os instrumentos tecnológicos disponíveis. Seja bem­vindo! A NTON I O C A R LOS X AVI ER Em nome de todos os organizadores e apoiadores deste evento
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 2 SUMÁRIO M ESAS ......................................................................... 04 M I N I CURSOS ................................................................. 11 S ESSÕES DE C OM UNICAÇÃO I NDI VI DUA I S ............................. 12 S ESSÕES DE C OM UNICAÇÃO C OORDEN ADAS .......................... 39 P ÔSTERES .................................................................... 44
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 3 MESAS 17/ 09/ 2008 1 5h45­1 7h1 5 L o cal: Au ditó rio Cen tro de Edu ca ção Mesa­Redonda 1 ACESSI B ILI DADE À I NFORM AÇÃO E SEUS REFLEXOS NA EDUCA ÇÃO Mediador: P rof. Dr. Antonio Carlos Xavier ( UFP E) P rof. Dr. P aulo Gileno Cysneiros (UFP E) LETRAM ENTO I NFORM ACIONAL E EDUCAÇÃO Letramento informacional (information literacy) refere­se a habilidades pessoais para determinar a extensão da informação que se necessita, acessar e avaliar criticamente a informação e suas fontes, incorporá­la na base pessoal de conhecimentos, usando­a efetiva e eticamente para atingir um determiando objetivo. Com a ubiqüidade das tecnologias digitais da informação e comunicação (TIC), o letramento informacional vem se tornando cada vez mais importante em praticamente todos os segmentos educacionais, exigindo novas práticas pedagógicas, novos materiais de ensino e aprendizagem, novas formas de organização do conhecimento. Tais questões serão abordadas no atual contexto educacional e informacional brasileiro. P rof. Dr. Sérgio Robe rto Cos ta (Unincor/ M G) ACESSI B ILI DADE À I NFORM AÇÃO M EDI ADA P OR P RÁTI CAS DE LETRAM ENTOS DI VERSAS EM ESFERAS DI SCURSIV AS M ÚLTIP LAS: REFLEXOS NA EDUCAÇÃO Letrar­se é um processo complexo de se apropriar de estratégias sociocognitivas de leitura e escrita de textos diversos, as quais "instrumentalizam" e capacitam o cidadão a ter acesso à informação que circula em várias meios e esferas sociais em que vive. Essa acessibilidade se dá mediada por práticas de letramentos diversas, espontâneas ou sistematizadas, presentes em várias instituições ou esferas discursivas múltiplas, com reflexos na educação e formação do cidadão e com implicações no repensar certas práticas de ensino tradicionais. P rof. Dr. Lafayette Melo (CEFET­P B) AM BI ENTES VI RTUAI S P AR A AP OIO ESTRATÉGI AS E LI M I TES ÀS AULAS P RESENCI A IS: Neste trabalho, é feita uma análise do uso de ambientes virtuais para o auxílio a aulas presenciais e são feitas uma série de recomendações sobre as estratégias de utilização desses ambientes. Foi analisado o uso de quatro tipos de ambientes em um período de três anos: 1) um site estático baseado em textos; 2) um grupo virtual baseado em textos, interações assíncronas e troca de arquivos; 3) uma plataforma de ensino a distância baseada em vários tipos de textos e interações síncronas e assíncronas e 4) um site dinâmico baseado em textos e na integração de serviços síncronos e assíncronos. Para os casos analisados, verificou­se que o ambiente do tipo 2 é o mais adequado. Contudo, há uma série de limites que envolvem as estratégias adotadas para cada ambiente no que diz respeito às relações contextuais professor­aluno. Pôde­se constatar que esses limites podem ser superados se for considerado como trabalhar melhor as referências às seções dentro de cada ambiente, as relações entre quantidade de funcionalidades e usabilidade ou acessibilidade, o tempo de aprendizado do uso e a preparação para atividades que realmente envolvam o apoio às aulas presenciais e não tarefas que são mais adequadas a um curso a distância. 17/ 09/ 2008 1 5h45­1 7h1 5 L o cal: M ini­Aud itó rio 02 (Térreo Cen tro de Artes e Co munica ção) Mesa­Redonda 2 P ESQUISAS EM M ULTI M ODALIDADE Mediadora: P rofa. Dra. Ermelinda Ferreira (UFP E)
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 4 P rofa. Dra. Angela P aiva Dion ísio (UFP E) ASP ECTOS M ULTIM ODA IS DA ESCRI TA ACADÊM ICA Escrever pôsteres é escrever um texto científico. É, portanto, recorrer a um discurso que comporta, no interior de sua escrita, fotografias, imagens científicas, fórmulas matemáticas, formas geométricas, gráficos etc. Para o aprendiz da escrita científica, a familiaridade com fatos e concepções científicas constitui operações complexas reveladas no ato de escrever. Na representação dessas concepções e desses fatos, a noção de contínuo de informatividade visual é de extrema relevância, uma vez que gêneros visualmente informativos como diagramas, tabelas, gráficos, desenhos anatômicos, mapas, entre outros, levam em consideração no seu processamento várias estratégias de controle retórico (Berhardt, 2004). Van Leeuwen (2004:7­8) salienta que os “atos de fala poderiam ser renomeados atos comunicativos e entendidos como microeventos multimodais nos quais todos os signos presentes combinam para determinar sua intenção comunicativa”. Nesta perspectiva, escrever pôsteres é escrever eventos multimodais. P rofa. Dra. Célia M agalhães (UFM G) GRAM ÁTI CA DO DESI GN V ISUAL, TRA NSCRI ÇÃO M ULTIM ODAL TRADUÇÃO AUDI OV ISUA L: UM A P ROP OSTA DE I NTERF ACE E A pesquisa na área de tradução audiovisual reconhece a interface entre os diferentes signos semióticos que compõem filmes e programas de TV, ou seja, imagens, sons e legendas. Apenas um trabalho na área, entretanto, propõe utilizar uma versão adaptada de transcrição multimodal no ensino de legendagem. Esta proposta discorrerá sobre dois projetos interinstitucionais entre UFMG e UECE, de interface entre transcrição multimodal e tradução audiovisual. Seu objetivo é apresentar resumidamente a fundamentação teórica e metodologia propostas para o desenvolvimento de dois modelos, o primeiro de legendagem para surdos e pessoas de baixa audição e o segundo de audiodescrição para cegos e pessoas com problemas de visão, para uso no ensino de tradução visual no Brasil. A proposta contribui para os estudos em tradução audiovisual bem como para os de transcrição multimodal ao desenvolver a referida interface e ao enfocar a acessibilidade da tradução audiovisual para aqueles com problemas de audição e de visão. P rofa. Dra. Danielle Almeida (UFP B) DO TEXTO ÀS I M AGENS: NOV AS FRON TEIRAS DO LETRAM ENTO A P ARTIR DE UM A P ERSP ECTI VA SÓCI O­SEM IÓTI CA VISU AL O presente trabalho discute as implicações de uma prática pedagógica associada ao conceito de letramento visual, a partir da leitura de textos visuais hipermidiáticos extraídos do universo infantil. Para tanto, a leitura visual aqui proposta faz­se valer dos sistemas de significado oferecidos pela Gramática Visual de Kress e van Leuuwen (1996;2006), os quais ampliam as possibilidades pedagógicas de desenvolvimento da capacidade crítica dos aprendizes ao oferecer subsídios metalinguísticos para a investigação dos elementos composicionais de estruturas imagéticas e seus significados político e socialmente embasados. Sendo assim, o trabalho em questão busca não somente lançar um novo olhar acerca dos aspectos multimodais da linguagem, mas, sobretudo, encorajar a leitura de imagens enquanto códigos dotados de um real significado polissêmico. 18/ 09/ 2008 1 1h15­1 2h3 0 L o cal: Au ditó rio Cen tro de Edu ca ção Mesa­Redonda 1 AUTORI A E P LÁ GIO N A ERA DI GITAL Mediadora: P rofa. Dra. Gilda Lins (UFP E) P rofa. Dra. Angela P aiva Dion ísio (UFP E) I NTERTEXTU AL IDADE, P ARÁFRASE OU P LÁGIO? “Quase todas as palavras e frases que usamos já havíamos ouvido ou visto antes”. Esta é uma afirmação de Charles Bazerman (2006, p.87), ao tratar do tema como os textos se apóiam em outros textos. Então, onde está a criatividade de cada autor, de cada um de nós ao produzirmos um texto? O próprio Bazerman nos dá a resposta: “Nossa originalidade e nossa habilidade como escritores advêm das novas maneiras como juntamos essas palavras para se adequarem às situações específicas, às nossas necessidades e aos nossos propósitos específicos [...]”. Qual o limite, então, então entre intertextualidade, paráfrase e
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 5 plágio? Em que medida a internet influencia a produção de textos com tais práticas? Estas são algumas reflexões que norteiam esta comumicação. P rof. Dr. Sérgio Abranches (UFP E) O QUE FAZER QUAN DO EU RECEBO UM TRABALHO CRTL C + CTRL V? AUTORI A, P IR ATAR I A E P LÁGI O N A ERA DI GI TAL: DESAFIOS P ARA A P RÁTI CA DOCENTE. O artigo discute a autoria nos trabalhos acadêmicos, particularmente dos discentes, no contexto da cibercultura. O pressuposto é a configuração da ordem social, dinamizada pelas TICs, onde a produção da identidade e a do conhecimento passam por transformações paradigmáticas. Discute a relação educação e identidade, apresentando questões para a prática docente e a construção da proposta pedagógica na cibercultura. P rof. Dr. Artur Stanford (UFP E) CONFIGUR AÇÕES J URÍ DICAS DO P LÁGIO NOS GÊN EROS ACADÊM I COS: ÂM BI TO ADM I N ISTRATI VO E JUDI CI ÁRI O. Pode não se usar uma única palavra e estar­se a copiar tudo” (Oliveira Ascensão). O direito porta por expectativa uma resposta à pergunta: “X” é lícito ou ilícito? Como não todo “fato” é um “fato jurídico”, nem tudo socialmente considerado ilícito, juridicamente o é. Sendo trabalhos acadêmicos documentos (públicos ou privados), além de propriedade intelectual, a passagem da suposição à decisão que houve plágio e não reprodução literal, tradução ou paráfrase com referência envolve nuances decisórias administrativas e jurídicas. Identificar qual a ilicitude cometida requer mais que previsão legal (art. 5º, XXXIX, CF: “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”), depende da forma como a administração conduz e se conduz no caso. Uma vez o plágio desconfigurado, sem objeto ilícito, não há punição administrativa (ex.: perda do cargo ou do título acadêmico), civil (ex. danos morais ao orientador) nem penal (violação de direito autoral (art. 185), estelionato (art. 171), fraude (art. 298), falsidade ideológica (art. 299). Para que o caso configure como ato jurídico ilícito, portanto plágio, a atuação da administração deve respeitar os princípios do devido processo legal, da publicidade e da ampla defesa, de forma a evitar que o plagiador venha a ter o direito de depositar e apresentar novo trabalho acadêmico 18/ 09/ 2008 1 1h15­1 2h3 0 L o cal: M ini­Aud itó rio 02 (Térreo Cen tro de Artes e Co munica ção) Mesa­Redonda 2 LI TERATURA, HI P ERTEXTO E EDUCAÇÃ O Mediador: P rof. Dr. Anco Márcio (UFP E) P rofa. Dra. Ermelinda Ferreira (NEH TE/ UFP E) TECNOLOGI A, LI TER ATURA E ARTE Nesta mesa pretende­se reunir alguns dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos do curso de pós­ graduação em Letras da UFPE focalizando a questão do Pós­humanismo, implícita nas representações literárias e artísticas contemporâneas que trabalham com o tema da ciência e tecnologia. P rof. Dr. Lo urival Holanda (UFP E) VI RTUALI DADE, VELOCI DADE E VALOR : AUTORES CONTEM P ORÂ NEOS E OS NOVOS M EIOS. Já não resta dúvida que a realidade virtual faz parte, e cada vez mais, de uma forma nova de compreender e agir sobre o mundo. Sem voltar a falar em crise de civilização, hoje já se pode pensar tal interferência como uma continuidade da aventura humana. Se não há como falar em uma filosofia, uma nova visão de mundo, a partir dos novos meios, não se pode deixar de ver que esses meios mudam tanto a informação, a comunicação, nossa forma de estar juntos, como também nossos corpos assim como o corpo social, a economia. Se não uma inteligência nova, mas seguramente uma nova forma do exercício intelectual desponta e desperta as virtualidades dormidas do projeto humano. Assim, é uma outra sensibilidade social, uma outra estética que entra em cena – e faz da acolhida às conexões sua virtude cardial. O hipertexto alarga o diálogo cultural, responde de modo mais imediato às necessidades, à premência do presente – que tende a tornar todos atores no processo social de construção da cultura. A nova realidade já pede um olhar antropológico (é o tipo humano que muda suas práticas e modos de ser), e um olhar sociopolítico (já é tempo de tentar compreender para aprimorar as intervenções sociopoéticas da cultura).
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 6 P rof. Dr. Alamir Aquino Co rrêa (UEL) TEM P O, VI RTUALIDADE E M EM ÓRI A: LI TERATUR A E H I P ERTEXTO Um dos principais aspectos a marcar a escrita hipertextual é sua transistoriedade, vez que qualquer texto tem ligação com o outro enquanto durar tal ligação ou durar cada um dos textos. A duração passa a ser menos um conceito de tempo e mais um conceito de espaço, nos termos do durar ou ser duro, logo inquebrantável em tese. Quando se observa o hipertexto que se quer literário, ele depende não só de sua virtualidade, aqui entendida como as ligações, mas de um outro viés – a sua hipertextualidade enquanto processo de compreensão narrativa ou poemática. Há poucas experiências que permitem uma hipertextualidade complexa o suficiente para se colocar como comparável aos mecanismos de tempo da narrativa, do narrar e do narrado, ou mesmo no aspecto da focalização. Ao se pretender uma discussão escolar do assunto, há de se pensar até que ponto a hipertextualidade enquanto procedimento de leitura, a temporalidade de existência dos linques e a memória do leitor se fazem um único processo, inteligível e compreensível, especialmente no que tange ao seu aspecto pedagógico. Minha digressão procurará discutir, em modelo, as dificuldades que ainda estamos a enfrentar nesta área. 18/ 09/ 2008 1 6h15 – 17 h4 5 L o cal: Au ditó rio Cen tro de Edu ca ção Mesa­Redonda 3 LEITURA DE HI P ERTEXTO E NOVOS LETRAM ENTOS Mediadora: P rofa. Dra. Ermelinda Ferreira (UFP E) P rofa. Dra. Ana Elisa Ribeiro (NEHTE/ CEFET­M G) LEITURA DE HI P ERTEXTOS E NOVOS LETRAM ENTOS Diante das possibilidades de novos letramentos (incluindo o letramento digital), deparamos, em sala de aula ou fora dela, com a instabilidade de concepções que pareciam ter esgotado referências e pontos de vista. Concepções ainda desequilibradas como a de hipertexto, as novas relações entre textos “convencionais” e arquiteturas textuais emergentes e gêneros de texto em rede alteraram, de alguma forma, os modos de ler, transformando o "leitor" em "usuário". Quais são as implicações dessas transformações? Como se processa a leitura do texto em rede? O que muda e o que apenas aparentemente se altera? Quem é o novo leitor? São questões que propomos para debate e discussão. P rof. Dr. J úlio César Araújo ( NEHTE/ UF C) OS GÊNEROS DIGI TA IS E A DESCOBERTA DA A UTOR IA EM TEXTOS ACADÊM I COS: UM RELATO DE EXP ERI ÊNCI A Para essa mesa­redonda, trago um relato acerca de uma experiência em andamento com os meus bolsistas de Iniciação à Docência e com os meus alunos de graduação da disciplina Leitura e Produção de Textos Acadêmicos (doravante LPTA). A disciplina se mostra como uma oportunidade ímpar para que os alunos de segundo semestre do curso de letras possam se iniciar na elaboração de trabalhos científicos, atividade que sempre é vista por iniciante como uma tarefa árdua e longa. Para ajudá­los na tarefa específica de produzir um artigo acadêmico, a monitoria, sob a orientação do professor da disciplina, propôs aos alunos a utilização de um e­fórum e de um blog como espaços alternativos de interação. A análise dos dados gerados dessa experiência mostra que os referidos gêneros digitais se mostraram como possibilidades adicionais de exploração e aprendizagem dos conteúdos curriculares de LPTA, pois as interações tanto no e­fórum quanto no blog favoreceram sobremaneira a construção coletiva do conhecimento, uma vez que todos tiveram a oportunidade de discutir e trocar textos acerca de como se faz um artigo científico. O impacto dessa experiência na aprendizagem dos alunos tem sido positivo, já que a análise parcial dos dados nos ajuda a dizer que, durante o semestre, há um crescimento significativo dos alunos no processo da descoberta da autoria na medida em que eles podem (re)construir e (re)elaborar seus artigos científicos à luz da colaboração de seus colegas, monitores e do professor. P rof. Dr. Antonio Carlos Xavier (NEH TE/ UFP E) I DENTI DADE(S) DOCENTE(S) N A ERA DO LETRAM ENTO DIGI TAL O objetivo deste trabalho é discutir a identidade do educador e seu novo perfil acadêmico­intelectual diante das inovações tecnológicas contemporâneas, que exigem a aquisição urgente do chamado letramento digital por ele e por seus alunos. Discute­se a necessidade de um constante estado de “monitoramento reflexivo da ação” por parte de todo docente contemporâneo em face às recentes e variadas práticas sócio­interacionais que vêm surgindo e atingindo diretamente os procedimentos pedagógicos em aulas presenciais e a distância. Apresenta­se como mais um imperativo atual a adoção de uma docência inovadora na forma de expor o tema da aula, articular as contribuições dos
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 7 aprendizes e avaliar a apropriação que estes fazem do conhecimento como o suporte das recentes tecnologias de informação e comunicação. Assim, o grande desafio docente parece ser o de estimular o aprendiz, letrando digital, a transformar a fartura de informações em capital cultural a ser utilizado de modo prudente e decente, ético e estético na sociedade real e no mundo virtual. 18/ 09/ 2008 1 6h15 – 17 h4 5 L o cal: M ini­Aud itó rio 02 (Térreo Cen tro de Artes e Co munica ção) Mesa­Redonda 4 ASP ECTOS TEXTUAL­DISCURSIVOS EM GÊNEROS TEXTUA IS DA I NTERNET Mediadora: P rofa. Dra. Rosângela Lim a (UFP E) P rofa. Dra. Ana Lima (UFP E) ASP ECTOS SI NTÁTI CO­SEM Â NT ICOS DE TEXTOS DO M SN O MSN tem sido um dos meios mais utilizados para a interação entre pessoas de todas as idades, e não apenas com finalidade de ‘bate­papo’. Apesar da sua alta freqüência de uso, poucos trabalhos têm sido publicados sobre os textos que são construídos nesse meio, e menos ainda trabalhos que centrem suas análises em aspectos mais ‘estruturais’ desses textos. Este trabalho tem como objetivo investigar aspectos sintático­semânticos que se apresentam nos textos trocados no MSN, com a intenção de averiguar se há, nesses textos, características sintáticas que lhes sejam específicas, ou seja, se esses textos comportam marcas sintáticas que os distinguem de outros textos. Para a análise, foram selecionados 06 (seis) textos veiculados no MSN, de duração média (entre 20 a 30 minutos), entre interlocutores de variadas faixas etárias e com diferentes graus de intimidade. P rofa. Dra. Normanda Bezerra (CEFET­P E) ESTRATÉGI AS DE SUSTENTA ÇÃO DO TÓP ICO EM FÓRUNS DE DI SCUSSÃO EM AM BIENTE W EB O fórum tem constituído, na Internet, um dos mais versáteis meios de comunicação, utilizado tanto com temas mais formais, como os de teor acadêmico, quanto com temas informais, voltados a situações do cotidiano, como, por exemplo, a avaliação do nível de satisfação do consumidor com um determinado produto ou serviço, a postagem de opinião acerca de um determinado assunto etc. No campo da Lingüística, tem sido discutido se o fórum em ambiente web constitui um gênero emergente ou uma nova forma de comunicação, um suporte midiático onde ocorrem diversos gêneros. Este trabalho, entretanto, objetiva analisar o fórum enquanto hipertexto, portanto não­linear, e investigar como se dá a sustentação do tópico nessa interação de caráter assíncrono. P rofa. Dra. Rosemary Fraga (FACHO/ Universo) A NOTÍ CI A N A W EB: SEM ELHANÇAS E DI FERENÇAS DA NOTÍ CI A I M P RESSSA Nos últimos anos, temos vivido importantes mudanças nas formas de interação social em função das transformações tecnológicas: novos gêneros de texto, transformação de gêneros já conhecidos ou novos suportes de gêneros textuais. Este fenômeno tem proporcionado significativas mudanças no processamento textual, do qual fazem parte elementos lingüísticos propriamente ditos, bem como aspectos discursivos e cognitivos. O presente trabalho objetiva investigar em que medida a notícia na web conserva ou modifica a configuração da notícia impressa: seus aspectos formais, discursivos e ainda a atividade cognitiva empreendida por produtor e leitor na construção dos sentidos. Fundamental aqui é a noção de hipertexto como suporte de textos cujas características de volatilidade, não­linearidade, fragmentariedade, descentração, multissemiose e interatividade imprimem no fenômeno que investigamos o que lhe é próprio ou superdimensionam características que não lhes são específicas, tal como a não­linearidade (MARCUSCHI, 1999; KOCH, 2002). Neste trabalho, constituímos como corpus notícias variadas extraídas dos jornais impressos Diário de Pernambuco e Jornal do Commercio e dos sítios eletrônicos Pernambuco.com, Folha Online e O Globo Online. As análises têm­nos mostrado que, embora o hipertexto seja uma impressionante e poderosa ferramenta tecnológica, nem tudo o que ele nos proporciona é de fato novidade. Por outro lado, temos que considerar que o suporte tem modificado a configuração de gêneros jornalísticos e sua relação com o leitor.
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 8 19/ 08/ 2008 1 1h15­1 2h3 0 L o cal: M ini­Aud itó rio 02 (Térreo Cen tro de Artes e Co munica ção) Mesa­Redonda 1 LEITURA E I NTER AÇÃO EM AVA Mediador: P rof. Dr. Edmilson Borborema (UFP E) P rof. Dr. Lu iz Gomes (Uniso) VOZES QUE ECOAM : A M ULTI M ODAL IDADE NA P ERI FER I A Esta apresentação traz um relato de eventos de multiletramento ocorridos no Vozes que Ecoam, um projeto que tem como objetivo o resgate da subjetividade e da identidade de moradores de bairros periféricos da cidade de Sorocaba (SP). O Vozes que Ecoam é um projeto desenvolvido pela Universidade de Sorocaba, em parceria com uma ONG (Pérola) em dez Sabe­Tudo, quiosques com vinte computadores cada, construídos pela prefeitura local junto a escolas municipais localizadas em zonas periféricas da cidade. No Vozes que Ecoam, os participantes, com idades entre 14 e 40 anos, são levados a, utilizando recursos da internet e as linguagens visual (filmes e fotos), sonora (vozes e músicas) e escrita (em ambiente digital), produzir textos multimodais individuais e colaborativos que possibilitem falar de si mesmos, de suas comunidades e da cidade onde vivem. Esses textos, disponibilizados na web, são lidos e comentados por moradores de outras comunidades envolvidas ou não no projeto, colocando as comunidades em rede. Através da análise de três propostas já desenvolvidas: criação de blogs coletivos e individuais, escrita colaborativa e poesias com imagens, apresentarei reflexões sobre alguns impactos sociais do multiletramento nesse contexto. P rofa. Dra. Abuêndia P adilha (UFP E) A NOTÍ CI A I M P RESSA E A NOTÍCI A V I RTUAL: AP REENSÃO, RETENÇÃO E P RODUÇÃO DE I NFORM AÇÕES Os gêneros textuais presentes na mídia impressa e virtual fundamentam­se em critérios sócio­ comunicaticativos e discursivos. Tais gêneros são de relevância fundamental para o ensino de línguas, uma vez que, por meio deles, os professores capacitam os alunos a “produzir textos e não enunciados soltos”, como lembra Marcuschi, (2002:35) Tendo em vista a relevância dos gêneros no ensino­ aprendizagem de leitura­escrita em ambientes impresso e virtual, este estudo busca examinar o discurso jornalístico informacional no gênero notícia. Os informantes, alunos do Curso de Letras, trabalharam com notícias impressas e virtuais a respeito de um tema central. Ao final de cada leitura de notícias provenientes dos links relacionados à notícia principal, eles redigiram resumos que serviram para ilustrar a compreensão e a retenção das idéias relevantes. Os resultados revelam que, após esse trabalho com a leitura, retenção e produção das idéias presentes nos ambientes impresso e virtual, obtivemos resultados diversos: alguns alunos, por exemplo, demonstraram sua preferência por textos impressos; outros, por sua vez, afirmaram que havia pouca diferença entre os textos trabalhados, enfatizando o conteúdo como fator de distinção entre os textos , comprovando, assim, sua familiaridade com o ambiente virtual. P rofa. Dra. M aria Angélica Freire (UFP I ) P RÁTI CAS DOCENTES EM DI ÁLOGO NOS AM B I ENTES V IRTUA I S DE AP RENDI ZA GEM O objetivo desta comunicação é refletir sobre a construção dialógica e o uso de estratégias de (inter)ação em ambientes virtuais de aprendizagem, tendo como contexto de observação um programa de formação continuada do professor: Práticas docentes em diálogos: pela emergência de novos letramentos na escola. Esse programa, à luz de uma perspectiva contextual­interativa, propõe um estudo com ferramentas de aprendizagem on­line que viabilizem uma interlocução afetiva, tais como webportifólios e wikipédia. Por meio das trocas dialógicas, os participantes podem pensar e repensar suas práticas pedagógicas de modo contínuo, envolvendo os processos: descrever, apreciar, depurar e agir, de modo a elaborar alternativas pedagógicas para o ensino das práticas de leitura e escrita no contexto escolar. 19/ 08/ 2008 1 1h15­1 2h3 0 L o cal: Au ditó rio Cen tro de Edu ca ção Mesa­Redonda 2 P UBLI CIDADE E M Í DI AS NA EDUCAÇÃO A DI STÂ NCI A Mediadora: P rofa. Dra. M aria José Luna (UFP E)
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 9 P rofa. Dra. Nelly Carvalho (UFP E) P UBLI CIDADE NA M ÍDI A I M P RESSA E ELETRÔNI CA: USOS NA SALA DE AULA O discurso publicitário tem característcas informativas/impositivas,usando como estratégias linguísticas, a ordem, a persuasão e a sedução. O suporte (impresso ou eletrônico) vai determinar estas escolhas .O estudo de ambas as modalidades na sala de aula permite detectar as diferenças e fixar os modos de funcionamento da língua em diferentes condições P rofa. Dra. Sonia Sette (UFP E) FORM AÇÃO DE P ROFESSOR EM EAD P rofa. Dra. Virgínia Leal (UFP E) O USO DE NOVAS M Í DI AS EM EAD: QUESTÕES EXP LORATÓRI AS SOBRE CONSTRUÇÃO DE ETHOS E CENOGRAFI A EM DISCURSOS P UBLI CI TÁRI OS Observa­se, na atualidade, que as peças publicitárias, seus modos de produção, finalidades e estratégias, vêm sendo tematizadas nas últimas décadas não só pelos chamados profissionais de comunicação e de marketing, mas também por lingüistas, e, em especial, analistas de discurso, talvez por sua importância estratégica em economias de mercado. Inscrevendo­se no interior das perspectivas teóricas enunciativo­discursivas que fazem dialogar os analistas de discurso de escolas francesas (Maingueneau e Charraudeau, em especial) com Bakthin e seguidores, pretende­se problematizar a questão da cenografia (cf. Maingueneau, 2001, 2005, 2008) como instância de confronto/conflito de vozes na construção de ethos ligados às dicotomias sexo e gênero, em situações de ensino­aprendizagem não presenciais. Focalizar­se­ão de modo privilegiado algumas relações possíveis entre imagem e texto que vão da construção tradicional do feminino e do masculino às construções de imagens de "indiferenciação" de sexo e suas conseqüências em relação à discussão de gênero em sociedades pós­modernas e multiculturais em peças publicitárias, veiculadas em diferentes mídias e de fácil acesso aos participantes de uma turma /sala de ensino­aprendizagem não presencial. Procura­se, portanto, discutir as possibilidades de problematização dos textos iniciais de apresentação de cada participante de turma/ sala, recorrendo do ponto de vista metodológico ao que foi por eles estudado no domínio da publicidade como construção de ethos. 19/ 08/ 2008 1 6h15 – 17 h4 5 L o cal: Au ditó rio Cen tro de Edu ca ção Mesa­Redonda 3 E­LETRAS: OS DESAFI OS DO P RI M EI RO CURSO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCI A DA UFP E Mediador: P rof. Dr. Antonio Carlos Xavier (UFP E) P rofa. Dra. Dilma Luciano (UFP E) LETRAS A DISTÂNCI A: A AP ROP RI AÇÃO DE UM A NOVA CULTURA EDUCACION AL A Universidade Federal de Pernambuco, consciente do seu papel frente à sociedade, aceitou o duplo desafio representado pela necessidade de interiorização da universidade pública e de qualidade e da mudança de paradigma educacional com a oferta de cursos de graduação a distância. Nesse sentido, o primeiro curso de Licenciatura em Letras a Distância constitui um importante momento na história da UFPE, que passa a integrar o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), uma iniciativa do Ministério da Educação para atender a real demanda de formação superior de professores para o ensino fundamental e médio. Inúmeras e várias são as dificuldades encontradas nessa iniciativa de cuja realização depende a apropriação de uma nova cultura educacional, ao observar os seguintes aspectos: (a) parceria com os Pólos de Apoio Presencial, (b) papéis e atribuições do corpo docente, (c) a nova figura de tutor, (d) a implementação da UAB na UFPE, (e) o papel do aluno em um curso a distância. P rofa. Dra. Stella Telles (UFP E) “ FONOLOGI A DO P ORTUGUÊS EM E­LETRAS, ALGUNS AP ON TAM ENTOS" A disciplina Fonologia do Português integra a grade curricular do curso de Letras a distância da Universidade Federal de Pernambuco. Esse é o primeiro curso nessa modalidade na referida Universidade. Sua construção e execução vêm se constituindo um experimento desafiador, porém com avanços significativos. No que concerne à disciplina de Fonologia do Português, em particular, as dificuldades enfrentadas podem ser largamente agrupadas, a partir dos seguintes critérios: 1. da
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 10 natureza do conteúdo, 2. do letramento digital do usuário e 3. da adaptação dos usuários ao novo paradigma de curso. Nessta apresentação, iremos expor a estrutura da disciplina e seu funcionamento, refletindo as dificuldades acima consideradas. P rofa. Dra. Siane Gois (UFP E) AUTORI A E DI ALOGISM O NA ESCR I TA DOS ALUNOS DO E­LETRAS Quando, em um contexto de sala de aula, um aluno é chamado pelo professor a se posicionar diante de um texto que leu, há claras variações nas formas através das quais ele dialoga com os autores desses textos se a atividade que ele precise desenvolver for feita na modalidade oral ou escrita de uso da língua. Se, nas salas de aula dos cursos presencias, mesclam­se as modalidades escrita e oral de uso da língua, nos cursos a distância, a comunicação é predominantemente escrita. O nosso objetivo, no presente trabalho, é analisar como os alunos do e­letras tentam dialogar com os autores dos textos lidos. Com o aporte da teoria bakhtiniana, verifica­se uma não­autonomia de escrita, resultante do fato de esse sujeito­autor não se colocar todo na palavra, não tecer um tecido dialógico entre os fios implicados no processo de escrita, sem problematizar essa produção como construto renovável do próprio dizer. 19/ 08/ 2008 1 6h15 – 17 h4 5 L o cal: M ini­Aud itó rio 02 (Térreo Cen tro de Artes e Co munica ção) Mesa­Redonda 4 A M ULTIM ODA LI DADE E OS GÊNEROS TEXTUA I S Mediadora: P rofa. Dra. Angela P aiva Dionísio (UFP E) P rofa. Dra. Re gina Dell´I sola (UFM G) TECNOLOGI AS N A EDUCAÇÃO : A GRAM ÁTICA DO DESIGN DE TEXTOS M ULTIM ODA IS P ARA FI NS DI DÁT I COS A profusão de imagens, nas práticas de escrita, abriu espaço para mudanças do discurso, colocando em evidência a linguagem visual. Neste estudo, pretendo apresentar os efeitos das formas e das características dos textos em que há mais de uma modalidade semiótica em sua composição, com a finalidade de destacar a importância dos modos de interpretar a gramática do design de textos voltados para o ensino de língua portuguesa, com língua estrangeira. P rofa. Dra. Karina Falcon e (Capes­P rodoc/ UFP E) COM QUEM DIALOGA A ACADEM I A ? UM A ANÁLISE DO DI SCURSO M ULTIM ODAL DOS SITES DAS P ÓS­GRADUAÇÕES DA UFP E Este trabalho tem como objetivo investigar questões de natureza epistemológica a partir do estudo dos sites de três programas de pós­graduação da UFPE: Economia, Ciências da Informática e Psicologia. A investigação consiste no estudo da representação da identidade desses programas a partir dos sites, analisando os elementos do discurso multimodal e as bases epistemológicas que os sustentam. Entendemos que essas questões são relevantes para observamos se há a busca por um diálogo entre academia e sociedade, considerando tal diálogo elemento fundamental para a democratização do saber. Situar este estudo no gênero textual site justifica­se pela própria compreensão de gênero aqui assumida: devido a sua relação constitutiva com a prática social, estudar os gêneros é estudar como a sociedade se organiza, já que a interação só é possível de ser realizada a partir desses macro­modelos cognitivos (Marcuschi, 2005). Isso significa entender os gêneros como elementos da estruturação social (Giddens, 1984). Também é norte deste estudo a compreensão do ‘fazer científico’ como uma prática social ampla e democrática. Ou ainda, nas palavras de Sousa Santos (2003:30): a ciência não pode ser vista como uma “prática para si”, pois isso a confinaria num universo que anularia “a dimensão pragmática da reflexão epistemológica”. Por suas distintas ‘reflexões epistemológicas’, tomamos como objeto de estudo essas três áreas do conhecimento. P rofa. Dra. M ediane ira de Souza (UERN ) FOTOGRAFI AS, LEGENDAS E OP I NI Ã O: UM A A NÁ LISE M ULTI M ODA L DE EDI TORI A IS Investigamos, neste trabalho, a relação entre fotografias, legendas e o texto escrito como aspectos constitutivos dos editoriais, observando como essa inter­relação participa da elaboração desse gênero e como contribui para a construção de seu sentido, uma vez que o significado de um texto, contemporaneamente, não reside apenas na escrita, sendo esta uma das muitas maneiras de representar a informação. A ela integram­se recursos semióticos diversos como cores, imagens, gráficos, fotografias e legendas ­ estes dois últimos objetos de nossa análise ­ para compor os
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 11 diversos gêneros em circulação, seja da mídia digital, seja da mídia impressa. O editorial não foge a essa regra, pois é constituído de signos verbais e não­verbais. Nossa análise, realizada em editoriais de revistas de informação e femininas, apóia­se nos estudos da multimodalidade discursiva de Kress & van Leeuwen, (2006) para averiguar a distribuição de informações através de fotografias e legendas bem como de sua imbricação, ou não, com o texto escrito, de modo a compreender o papel dessas semioses na elaboração do editorial. Os resultados obtidos mostram que a opinião veiculada nos editoriais analisados é construída multimodalmente, revelando que as fotografias e legendas utilizadas dialogam com a escrita para compor a significação almejada. MINICURSOS Dias 17, 18 e 19/ 09/ 2008 Hora: 8h às 9 h15 M I NI CURSO 0 1 – DO H I P ERTEXTO À HI P ERI MAGEM N O ENSIN O DE L ÍNGUA ESTRANGEI RA Profª Drª Maria do Rosário Sailler (UFPE) L ocal: Sala 34 no 2 º andar (Centro de Arte s e Com unicação) Emen ta : Formar o aluno sobre a imagem como elemento semiótico, seu papel didático no ensino da língua estrangeira e finalmente sobre a nova imagem digital e suas possiblilidades funcionais (cognitivas e didáticas). M I NI CURSO 02 – M ULTI M ODALI DA DE E ENSI NO: “ LENDO E ESCREVENDO COM P AL AVRAS E I MAGENS” . Profª Drª Iúta Lerche Vieira (UECE) Prof. Dr. Luis Fernando Gomes (Uniso) L ocal: M ini­Auditório 02 no térreo (Centro d e Artes e Co municação ) Emen ta : Atividades práticas de usos da escrita tanto em material impresso quanto digital, com reflexão crítica dos participantes sobre o modo como constroem textos multimodais e integram linguagens. Princípios de hipertexto, multimodalidade e multiletramentos. Espaços de escrita e estratégias para escrever na tela. Explorações em letramento visual. Direcionamentos para o desenvolvimento de uma pedagogia apropriada para o ensino da escrita multimodal. M I NI CURSO 03 – P RODUÇÃO E RECEP ÇÃO DE HIP ERTEXTOS NA INTERNET: M UTAÇÕES NO LER E ESCREVER Prof. Dr. Sérgio Roberto Costa (Unincor/MG) L ocal: Sala 33 no 2 º andar (Centro de Arte s e Com unicação) Emen ta : Noções de texto e hipertexto; noções de gêneros discursivos e textuais; gêneros textuais do discurso eletrônico­digital: produção e recepção e mutações no/do ler/ escrever. M I NI CURSO 04 – USABIL IDADE E A CESSI BI LI DA DE: NOVAS OR I ENTAÇÕES P ARA O USO DAS N OVAS TECNOLOGI AS Prof. Dr. Lafayette Batista Melo (CEFET­PB) L ocal: M ini­Auditório 01 no térreo (Centro d e Artes e Co municação ) Emen ta : Introduzir conceitos de acessibilidade e mostrar como desenvolver melhores práticas para um mundo acessível, através do uso de softwares e da utilização de sites.
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 12 SESSÕES DE COMUNICAÇÃO INDIVIDUAL 17 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO I NDI V IDU A L 01 Hora: 14h às 15h45 Lo cal: Sala 33 (2º andar do Centro de Arte s e Comunicação) TEM A: USO DE TECNOLOGI AS NO ENSI NO DE LE 1. Fabíola Silveira Jorge (CMLA/UECE/FUNCAP) ESTUDO DO DESENVOLV I M EN TO DA COM UNI CAÇÃO ESCR I TA EM I NGLÊS COM O LÍ NGU A ESTRA NGEI R A: UM A EXP ERI ÊNCI A DE P EN P A L ELETRÔN I CO ENTRE ALUNOS BRASI LEI ROS E CANADENSES. Este projeto visa analisar a troca de correspondências entre uma turma de alunos do CEFET­CE e uma turma de alunos canadenses, verificando se o uso de atividades pen pal em meio eletrônico gera melhoria na redação dos alunos pesquisados. É possível que a prática dessa atividade traga maior fluência na escrita, traduzida em aumento no número de idéias, no vocabulário e na complexidade lingüística dos textos. O estudo também pretende verificar até que ponto a troca de experiências por escrito traz ganhos culturais. Este aspecto será observado a partir das informações levantadas na correspondência de pares de alunos dos dois países. Na comunicação em foco, serão discutidos o problema e as condições da investigação, aspectos da metodologia e referencial teórico. 2. Flávia Mauricia Pereira de Carvalho Dias (UFC) A LEI TURA E A U TI LI ZAÇÃO DE M ATER I A I S DE ENSI NO EM LÍ NGUA ESTRANGEIRA P OR M EI O DO COM P UTADOR X A I NTER ATIV I DADE COM O AP RENDI Z. Este artigo trata da utilização de materiais de ensino e a interação com o aluno, mediada por computador. Partiu­se da concepção de uso de materiais como objetos concretos de ensino e como recurso pedagógico na centralização do chamado feedback e das estratégias de leitura mediante o ensino de línguas estrangeiras por computador. Escolheu­se, para tanto, quatro alunos de língua francesa, em que leram um texto e responderam as questões de compreensão textual por meio do computador. O material em questão foi retirado a partir do sítio www.leplaisirdapprendre.com, que, por seu turno, é um “desmembramento” do CAVILAM (programa institucional de aprendizagem de francês LE por multimídia) no qual foi trabalhado o nível básico. Ao final das atividades, evidenciou­se que os estudantes produzem uma significação textual que ultrapassa suas competências leitoras, embora os aspectos cognitivos em relação ao conteúdo, em determinadas situações, estejam aquém do esperado. 3. Maria Verônica A. da Silveira Edmundson (CEFET­PB) EXP LORANDO GÊNEROS: TEXTO DE DI VULGAÇÃO CI ENT ÍFI CA, ABSTRACTS E ARTI GO CI ENTÍ FI CO DA I NTER N ET COM O FONTE DE M A TER IA L DIDÁTI CO P ARA AULAS DE ESP . Nos cursos tecnológicos do CEFET­PB, a disciplina de ESP (Inglês para Fins Específicos) está direcionada para o desenvolvimento das habilidades de leitura de forma a atender às necessidades dos alunos. Venho explorando gêneros textuais que migraram do meio impresso para o meio digital como fonte de material didático e aquisição de informações, de forma a manter os alunos atualizados sobre o que ocorre no meio acadêmico da sua área e afins. O objetivo deste trabalho é apresentar uma experiência em sala de aula no curso de Licenciatura em Química, utilizando os gêneros textuais: “abstracts”, textos de divulgação científica e artigos científicos correlacionados, escritos em língua inglesa para desenvolver habilidades de leitura. Será apresentada a descrição das atividades utilizadas, como utilizei o hipertexto e a Internet em cursos presenciais, bem como o resultado dos dados coletados através de questionários e discussões sobre a relevância deste tipo de atividade. Palavras – Chave: leitura, compreensão, gêneros textuais.
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 13 4. Patricia Vasconcelos Almeida (UNEMAT) TAREFAS P EDAGÓGICAS ONLI N E CRI A DAS P OR ALU NOS DA DI SCIP LI NA DE M ETODOLOGI A DE ENSINO DE L ÍN GUA ESTRA NGEIR A (I NGLÊS) EM UM CURSO DE LETRAS. O objetivo desta comunicação está em apresentar como diferentes tarefas pedagógicas online foram estabelecidas e elaboradas pelos alunos da disciplina de Metodologia de Ensino de Língua Estrangeira (inglês). Importante salientar, que esta comunicação é um recorte de um trabalho de doutorado que teve como objetivo geral analisar, sob a luz da Teoria da Atividade, o procedimento pedagógico dos alunos na referida disciplina quando solicitados a utilizar a Internet para fins didático­pedagógicos. Neste contexto, pudemos avaliar como os sujeitos da pesquisa percebem a Internet enquanto ferramenta no processo de ensino/aprendizagem online da Língua Inglesa, qual habilidades lingüísticas são mais acionadas para a realização da tarefa pedagógica elaborada por eles e as diferentes posturas pedagógicas em relação a possíveis procedimentos didáticos para utilizar um ambiente online a favor do processo de ensino e aprendizagem. 5. Roberto Marcio dos Santos (CEFET­MG) / Jerônimo Coura­Sobrinho (CEFET­MG) AS TECNOLOGI AS E O ENSI NO DE I NGLÊS NO SÉCULO XXI: REFLEXOS NA FORM AÇÃO E NA ATUAÇÃO DO P ROFESSOR. A educação reflete o contexto de transformação e adaptação à nova era digital, e de revisão de concepções e práticas que atenderão a novas demandas. O professor de Inglês de hoje atua dentro desse momento de repensar concepções e práticas, de rever papéis e de se adequar às possibilidades e demandas que as tecnologias trazem. Os ambientes de aprendizagem de Inglês têm se tornado diversificados, múltiplos e complexos. É fato que agora novos gêneros e linguagens e novas formas de “ler” fazem também parte da aprendizagem de um idioma. O ensino de línguas nunca teve tantas possibilidades de suporte em termos de materialidade tecnológica como agora, o que muda concepções relativas ao ensino e aquisição de línguas, dadas as tecnologias acompanhadas das diversas formas e ambientes de aprendizagem possíveis. Esse estudo investiga conseqüências do contexto contemporâneo no ensino de Inglês em escolas públicas e em cursos de idiomas, tentando verificar quais são as crenças e práticas dos profissionais docentes, com o objetivo de delinear sua (possível) competência tecnológica e quais as necessidades para se intervir com eficácia no processo de ensino­aprendizagem de Inglês. Também faz parte da pesquisa uma investigação sobre a formação dos professores atuantes num mundo com novas linguagens acopladas ao ensino­aprendizagem. Assim, é um objetivo caracterizar o perfil e a competência do professor no contexto das tecnologias e paradigmas contemporâneos, destacando e reiterando a importância da preparação e capacitação profissional na busca de melhores práticas. A metodologia usada inclui coleta de dados junto a profissionais e formadores de professores. PALAVRAS­CHAVE: Ensino de inglês mediado por tecnologias; Computador na aprendizagem de inglês; Formação de professores de inglês. 17 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO I NDI V IDU A L 02 Hora: 14h às 15h45 Lo cal: Sala 34 (2º andar do Centro de Arte s e Comunicação) TEM A: AP RENDIZAGEM EM P LATAFORMAS DE EAD 1. Aline Albuquerque Torres (UFAL) Maria Luzia Rocha da Silva (UFAL) O AM BI ENTE M OODLE COM O AP OIO A EDUCAÇÃO ONL I NE. Este artigo discute a mediação do ambiente Moodle nas disciplinas on­line do ensino superior, apresentando um olhar diferenciado para as ferramentas de comunicação síncrona e assíncronas dispostas no ambiente que atuam como mais um espaço de aprendizagem que vai além dos muros da sala de aula. Mostrar o uso do ambiente virtual de aprendizagem Moodle com todos os seus mecanismos de informação, comunicação e cooperação, proporcionando dessa forma grandes oportunidades para a educação a distância, possibilitando a construção do conhecimento de um modo mais rápido e com objetivos mais amplos. Palavras­chave: Ambiente Virtual de Aprendizagem, educação on­line, Educação a distância.
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 14 2. Carloney Alves de Oliveira (UFAL) Elton Casado Fireman (UFAL) AM BI ENTE M OODLE COM O AP OIO AO CURSO DE ESP ECI A LIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR DA ESCOLA DE GESTORES/ UFAL. Novas formas de pensar, de agir e de comunicar são introduzidas como hábitos corriqueiros. Nunca tivemos tantas alterações no cotidiano, mediadas por múltiplas e sofisticadas tecnologias. Por isso, o curso de especialização em gestão escolar vinculado ao Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica do Ministério da Educação tem como apoio o moodle com mecanismos de comunicação síncrona e assíncrona num processo criativo para o desenvolvimento de novas formas de aprendizagem. Neste sentido, o objetivo do estudo é analisar as ferramentas disponibilizadas nas salas ambientes para estímulo à colaboração e construção do conhecimento. Para tanto, partimos do seguinte questionamento: as ferramentas disponibilizadas nas salas ambientes do curso favorecem o trabalho coletivo, interação entre professores e alunos? Como percurso metodológico, proponho a realização de uma pesquisa com enfoque qualitativo. Para a discussão sobre o problema levantado, travaremos diálogo com alguns teóricos e documentos a saber: Alves (2003), Barbosa (2005), Kenski (2007), Mercado (1998), Pallof (2002), Pfromm (1998), Silva (2003), PNEG/MEC (2008), dentre outros. Espera­se que estas implicações sejam úteis para todos os educadores preocupados em analisar as novas metodologias de ensino que representam uma real inclusão dos AVA proprocionados pelo atual avanço técnico­científicos nas práticas pedagógicas. 3. Cynara Maria da Silva Santos (UFAL)/ Jivaneide Araujo Silva Costa (UFAL) / Maria Luzia Rocha da Silva (UFAL) AS TI C E SEU USO EM EAD COM O FERRAM ENT A DE I NFORM AÇÃO NO TRABALHO DOCENTE. O presente artigo traz algumas considerações sobre o surgimento de novas tecnologias utilizadas na prática da Educação a Distância, trazendo com isso, novas possibilidades de transmissão de informação e interação entre professores e alunos. Trata­se, também, de um trabalho que tenta evidenciar a atual exigência de profissionais qualificados e acima de tudo capacitados para lidar com essas novas tecnologias, entendendo que essa capacitação só poderá ser alcançada através de uma postura acadêmica inovadora. 4. Giselle Cazetta (Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército Brasileiro­ DEP/RJ) P RÁTI CAS DOCEN TES EM DI ÁLOGO. O objetivo desta comunicação é refletir sobre a construção dialógica e o uso de estratégias de (inter)ação em ambientes virtuais de aprendizagem, tendo como contexto de observação um programa de formação continuada do professor: Práticas docentes em diálogos: pela emergência de novos letramentos na escola. Esse programa, à luz de uma perspectiva contextual­interativa, propõe um estudo com ferramentas de aprendizagem on­line que viabilizem uma interlocução afetiva, tais como webportifólios e wikipédia. Por meio das trocas dialógicas, os participantes podem pensar e repensar suas práticas pedagógicas de modo contínuo, envolvendo os processos: descrever, apreciar, depurar e agir, de modo a elaborar alternativas pedagógicas para o ensino das práticas de leitura e escrita no contexto escolar. 5. Maria das Graças Barros (UEPB) EDUCAÇÃO A DISTÂ NCIA E A I NTERA TI VIDADE NOS AM BI ENT ES V IRTU A IS DE AP RENDI ZA GEM : CONSTRU I NDO A AP RENDIZAGEM COLABORATIV A. Com o uso das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTICs), a EAD proporciona a interação entre pessoas, alunos e professor, que pode ser mais acentuada do que em muitas salas de aula presenciais, e, dependendo da proposta do curso e da plataforma de aprendizagem viabilizada, as ferramentas tecnológicas utilizadas para sua otimização farão o diferencial porque oportunizarão maior interatividade e ajudarão na construção de uma proposta sóciointeracionista. A Educação a Distância utiliza ferramentas tecnológicas para a realização do processo de aprendizagem, a compreensão desse papel na mediação pedagógica, constitui­se num debate que se amplia para o questionamento: até que ponto as ferramentas tecnológicas, promotoras de aprendizagem colaborativa, oportunizam aos alunos a ressignificação do conhecimento, ou seja, oportunizam uma relação de construção de significados. Este trabalho tem por objetivo analisar o Ambiente Virtual de Aprendizagem (Moodle) enquanto plataforma integradora de ferramentas tecnológicas e pedagógicas, propiciadora de aprendizagem, dando destaque às interfaces tecnológicas interativas, analisando as que são potencializadoras e quais são os inibidores, a partir do conceito de interatividade e identificar possíveis dificuldades dos alunos no uso das ferramentas de aprendizagem colaborativa e ao mesmo tempo buscar indicadores que apontem para a superação dos obstáculos e disseminação das soluções.
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 15 17 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO I NDI V IDU A L 03 Hora: 14h às 15h45 Lo cal: Sala 47 (2º andar do Centro de Arte s e Comunicação) TEMA: GÊN EROS DI GI TA I S E SUAS I M P L I CAÇÕES LI N GÜÍ STI CO­P EDAGÓGI CAS 1. Cleber Pacheco Guimarães (UFPE) TAGS: P ALAVRAS­CH AVE EM BLOGS. O propósito do trabalho é estudar as palavras­chave para postagens em blogs, e como se dá a escolha de tais termos. Após uma explanação sobre estas palavras­chave (tags) e seu funcionamento, tentaremos averiguar se há procedimentos ― critérios ― recorrentes para a escolha/eleição destes termos. A análise será feita à luz da Semântica, da Lexicologia e da Lingüística Sistêmico­Funcional ― no uso dos termos processo (para verbos) e participantes (para os sujeitos, objetos e predicativos relacionados a esses verbos) ―. Concomitantemente, serão sugeridas algumas propostas de trabalho com tags em sala de aula. 2. Tadeu Rossato Bisognin (UFRGS) DO IN TER NETÊS AO LÉXI CO DA ESCRI TA DOS JOVENS NO ORKUT. Este trabalho descreve características da escrita empregada em recados e depoimentos do site de relacionamentos Orkut. O suporte teórico é dado pela Lingüística de Corpus, área que analisa com auxílio do computador os padrões de uso da língua em textos reais. Os corpora analisados com a ferramenta WordSmith Tools foram 1) de estudo (depoimentos e recados) com 553.875 palavras, 2) de referência (amostras de fala e escrita) com 1.289.949 palavras e 3) de contraste (textos escolares, jornalísticos e didáticos) com 571.090 palavras. Entre as regularidades e especificidades, deu­se maior atenção à riqueza vocabular, às palavras mais freqüentes, às variações ortográficas, aos indícios de oralização e à variedade de forma e conteúdo. Concluiu­se ser o internetês basicamente uma expressão gráfica com 20% de alterações ortográficas em seu léxico, com variações quanto à riqueza vocabular, sem significativas diferenças de riqueza vocabular comparado a redações escolares e textos jornalísticos. Quanto à freqüência, as palavras da escrita do Orkut mostraram­se bastante similares às do português falado, apresentando­se num continuum em que a oralidade e escrita se fundem. O trabalho postula que o internetês no Orkut é um dialeto diastrático, um socioleto dos internautas jovens, com alguns poucos traços repercutindo sobre a escrita escolar. 3. Tatiana Lourenço de Carvalho (POSLA/UECE/FUNCAP) P ROFESSORES DE IDI OM AS E OS USOS DOS GÊNEROS DIGITA I S. Não é novidade que a popularização da comunicação mediada pelo computador tem revolucionado as práticas de linguagens. Nunca se escreveu e leu tanto e nas mais variadas formas de gêneros textuais como atualmente. Nesse contexto surge os gêneros da mídia digital ou, como preferem Marcuschi (2005), Gêneros digitais. Por isso decidimos investigar sobre como o professor de línguas, seja ela materna ou estrangeira, está se comportando diante das formas de utilização da linguagem na Internet. De maneira geral, pretendemos apresentar como esses docentes lidam com os gêneros emergentes tanto em contextos pessoais como profissionais. 4. Wanda Maria Braga Cardoso (UFPE) ORGAN I ZAÇÃO SI NTÁTICA E SELEÇÃO LEXI CAL NOS E­M A I LS E CARTAS ENV I ADOS A UM P ROGRAM A DE RÁDI O. Este trabalho aborda o e­mail e a carta enviados a um programa de rádio, no caso, Programa do Mução, sob o ponto de vista dos estudos discursivos sobre gêneros, de perspectiva sociointeracionista. Objetiva­se com isso analisar comparativamente esses gêneros, caracterizando­os em seu contexto, descrevendo os recursos lingüísticos em cada um deles, especificamente no âmbito da organização sintática e seleção lexical. Para tanto, parte­se da compreensão de que o uso da língua é uma atividade recíproca que, neste caso, busca garantir o equilíbrio de participação no jogo interacional entre ouvintes­escreventes e o radialista endereçado. Entende­se que nesse jogo o texto é co­ construído, ou seja, os ouvintes que escrevem e­mails e cartas identificam­se com o programa radiofônico e , sobretudo, com a linguagem utilizada pelo radialista, provocando uma troca contínua entre eles.
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 16 5. Welber Amaro Santos De Souza VI ABI LI ZA NDO E ADM I N ISTRA NDO L ABORATÓRI OS DE I NFORM ÁTI CA COM SOFTW ARE LI VRE. É relevante a utilização de laboratórios de informática na construção de ambientes de aprendizagem para favorecer o processo ensino/aprendizagem de alunos nas escolas. Há, contudo, grande escassez de computadores e software em muitas escolas, principalmente as instituições públicas, que sofrem com a falta de recursos financeiros e tecnológicos para criação e manutenção de laboratórios de informática. Além disso, tem se tornado cada vez mais importante, a necessidade de maior controle de utilização dos laboratórios, principalmente no que se refere ao acesso à internet. Propomos neste artigo apresentar uma arquitetura de laboratório de informática baseada em software livre e servidor de estações, o que permite considerável redução de custos e investimentos em software e hardware além de possibilitar maior controle de utilização. 17 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO I NDI V IDU A L 04 Hora: 14h às 15h45 Lo cal: M ini­Auditório 02 (Térre o do Centro de Artes e Comunicação) TEM A: M ULTI M ODAL IDADE E CONSTRU ÇÃO DE SENTI DO 1. Carlos Alberto Ribeiro Santa Rosa Júnior (UFPE) M ULTIM ODALI DADE E TARÔ: A CONSTRUÇÃO DE SENTI DO NO DI SCURSO DIV I NATÓR I O. O presente trabalho tem por escopo examinar como são atribuídos significados às cartas do tarô, a partir da observação, descrição e análise dos elementos verbais e pictóricos que compõem as lâminas tarológicas. Como objeto de nossa pesquisa, são investigados quais recursos textuais verbais e não­ verbais encontram­se empregados na elaboração dos Arcanos Maiores do Tarô de Marselha. Foram tomados como base para esta investigação os pressupostos teóricos e metodológicos da Multimodalidade Discursiva (Kress e Van Leeuwen, 1996 e 2001) e da Semiótica Social (Van Leeuwen, 2005), considerando a linguagem um sistema social de significados usado pelos falantes com os propósitos específicos de produzir sentidos, exercer influência sobre os outros e entender os contextos em que estão inseridos. Partindo da idéia de que cada carta do tarô é um texto multimodal, foi possível observar, nos resultados de nossas análises, o relevante papel desempenhado pelos diversos modos de representação que participam da composição das cartas (tais como cores, números, objetos cênicos, nome e posição das figuras, etc.) e de que forma eles contribuem para a construção da sua simbologia e da sua associação a aspectos "positivos" ou "negativos" da vida. 2. Cecília Barbosa Lins Aroucha (UFPE) UM A LEI TURA M ULTI M ODAL EM M AP AS. O mapa, que tem como uma de suas funções principais, informar sobre determinado lugar, teve suas funções ampliadas e modificadas com o passar do tempo e com o surgimento de novas tecnologias. Também ocorreram mudanças na forma, no suporte e na disposição das informações em mapas. Essas informações são veiculadas através de recursos semióticos e variam de acordo com a finalidade do mapa. Neste estudo, investigaremos as funções desses recursos semióticos, constituintes dos mapas. O corpus foi selecionado em panfletos, sites da internet e jornais da cidade do Recife, em junho de 2007. Após a coleta, decidimos analisar dois mapas de duas categorias: de roteiro e de turismo. Considerando o mapa um gênero de caráter visual e multimodal, o referencial teórico se constituiu de (Miller 1984, Kress & Van Leeuwen 1996, Bakhtin 1997, Kostelnick & Hasset 2003, Kress 2003, Marcuschi 2005, 2005b, Dionisio 2005 e Bazerman 2005, 2006). Muitos dos recursos encontrados nas análises são comuns aos dois tipos de mapas e são dispostos de forma coesa, visando à construção do sentido deste gênero visual. Tais recursos correspondem aos objetivos dos mapas, e são suficientes aos fins a que se propõem. 3. Giselda dos Santos Costa (CEFET­PI) M ULTIL ETRAM ENTO VI SUAL NA W EB. O objetivo deste trabalho é exemplificar como o professor pode analisar criticamente uma imagem multimodal digital (multiplicidade de signos) nos cursos de tecnólogo de informática, baseado na gramática visual de Kress e van Leeuwen (1996) que analisa as maneiras como as imagens representam as relações entre as pessoas, os lugares e os objetos que nelas estão retratados. Este trabalho mostra uma análise dos processos de representação narrativa que elas podem ser de negociação ou de não­negociação, estando ou não interagindo entre si, além de sugerir que o
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 17 professor precisa desenvolver habilidades pedagógicas no ambiente escolar sobre letramento crítico visual. 4. Leonardo Pinheiro Mozdzenski (UFPE) DA OBRA­P RIM A AO P ASTICH E: M ULTI M ODALIDADE E I NTER I CON ICI DADE NOS 'QUADRÕES' DE M AURÍ CIO DE SOUSA. Este trabalho objetiva identificar, descrever e analisar, com base na Análise Multimodal do Discurso (Kress & van Leeuwen, 1996 e 2001), alguns aspectos das relações intertextuais que permeiam cinco obras expostas na mostra "História em Quadrões", de Maurício de Sousa: Mônica no Nascimento de Vênus, Mônica Lisa, A Criação do Cebolinha, O Cochilo e Dança do Papa­Capim. Para tanto, examinaremos criticamente não só como se estabelecem os processos de intericonicidade entre as telas originais e suas releituras, mas também quais são os efeitos de sentido (re)construídos a partir dos novos quadros em exposição (cf. Bazerman, 2004; Arbex, 2000). Nesta investigação, também nos propomos a apresentar e discutir, nos "Quadrões", a noção de pastiche enquanto fenômeno intericônico característico do pós­modernismo, presente em boa parte da produção artística contemporânea (Charaudeau & Mangueneau, 2004; Jameson, 1993 e 1997). A partir de um olhar multimodal crítico sobre esse fenômeno, concluímos que os "Quadrões" integram a tendência mundial de pastichização que rege a arte atual, evidenciando a incapacidade de realizar uma ruptura, um 'gesto de escárnio' com relação aos discursos das correntes estéticas já estabelecidas (Santiago, 1989). 5. Wellington Vieira Mendes (UERN) A CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS M ULTIM ODALI DADE. NO BLOG: UM ESTUDO SOBRE Os diversos gêneros discursivos, presentes com grande persistência no cotidiano das pessoas, são característicos por possuírem, na sua forma de constituição e de apresentação, mais do que textos escritos ou imagens justapostas aleatoriamente. Este trabalho tem a finalidade de analisar como a presença de diferentes modos de representação (multimodalidade) contribuem para a construção de sentidos nos post’s escritos em um weblog selecionado a partir de um site de busca. Para tanto, cinco post’s do blog intitulado “Palavras quase ocultas de um ser real...” são analisados, considerando os postulados da Lingüística Sistêmico­Funcional evidenciados nos tópicos da Gramática Visual (KRESS & LEEUWEN, 2006). Como o weblog é um gênero produzido com uma interface simples, ou seja, com um clique de mouse se inserem imagens, sons e/ou vídeos, acredita­se que as marcas multimodais corroboram decisivamente para a construção dos sentidos pretendidos pelo autor do blog e pelos seus visitantes. Logo, os dados levantados para análise sugerem que todo o arranjo visual existente no gênero não funciona apenas como um “enfeite”, mas, ao contrário, está de tal forma imbricado com os demais modos de representação que o significado é materializado tão somente a partir dessa (inter)relação, conscientemente “configurada” pelo produtor do weblog. 18 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO I NDI V IDU A L 05 Hora: 9h15 às 11h Lo cal: Sala 33 (2º andar do Centro de Arte s e Comunicação) TEM A: AP RENDIZAGEM COLABORATIV A NA W EB 1. Ana Beatriz Gomes Carvalho (UFPB) A W EB 2.0, EDUCAÇÃO A DI STÂNCI A E O CONCEI TO DE AP RENDI ZAGEM COLABORATI V A NA FORM AÇÃO DE P ROFESSORES. O conceito da Web.2.0 surge pela primeira vez em 2004, com o objetivo de criar uma sustentabilidade teórica para as mudanças que ocorreram na rede mundial de computadores. Com o surgimento destas ferramentas na rede, observamos uma mudança de paradigma que deu origem ao conceito de escrita colaborativa. Apesar dos questionamentos acerca da terminologia, não resta dúvida que os espaços para a produção e publicação de conteúdos são muito diferentes, facilmente realizados pelos internautas, que eram muito limitados até o surgimento destas novas ferramentas. Verifica­se uma necessidade de mudanças para a superação de uma atuação passiva, transformando­se em colaboração ativo no ciberespaço. As possibilidades de aprendizagem colaborativa com a Web 2.0 surgem como uma resposta à tradicional estrutura estática da Internet com poucos emissores e muitos receptores (como a televisão), começando a adotar uma nova plataforma onde as aplicações são fáceis de usar e permitem que haja muitos emissores, muitos receptores e uma quantidade significativamente mais alta de intercâmbios e cooperação. Os cursos de licenciatura a distância usam
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 18 os AVA’s como ferramentas de comunicação com seus alunos, apresentando uma estrutura bastante similar aos outros formatos de produção e publicação de textos e imagens, usados na web. 2. Andre Alexandre Padilha Leitão (CEFET­PE) VERBETES DA W I KIP EDI A COM O GÊN ERO DIGI TA L: CON TEÚDO, ESTI LO E CONSTRUÇÃO COM P OSICI ONA L. A discussão sobre hipertexto e gêneros digitais ocupa, atualmente, um lugar de destaque nas pesquisas lingüísticas e sua interface com a tecnologia. Nosso trabalho busca contribuir com estes estudos visando caracterizar o gênero verbete de enciclopédia on­line, especificamente do projeto Wikipedia, uma enciclopédia livre e gratuita construída a partir da colaboração de voluntários em todo mundo através da Internet. Partimos da concepção de gênero definida por Bakhtin (2004) a fim de identificar o conteúdo, o estilo e a construção composicional deste gênero digital e, assim, responder a pergunta central do nosso trabalho: os hiperdocumentos do projeto Wikipedia caracterizam­se como verbetes enciclopédicos? Dessa maneira, não só estaremos caminhando rumo a uma caracterização deste gênero – o verbete enciclopédico, mas também suscitando novos estudos que busquem explorar as características constitutivas de novos gêneros digitais a partir da concepção bakhtiniana dos gêneros discursivos. 3. Fernando Silvio Cavalcante Pimentel (UNIT) Maria Lúcia Serafim (UEPB) Ana Paula de Souza do Ó (UEPB) AP RENDI ZA GEM COLABORATI V A E I NTER ATIV I DADE N A EXP ERI ÊNCI AS COM O GOOGLE DOCS NO ENSI NO DE GRADUAÇÃO. W EB: O artigo apresenta a ferramenta Docs, disponível no "pacote Google", como alternativa ao contexto da prática pedagógica docente superior, na busca de promover um aprendizado mais significativo e colaborativo.Estrutura­se na experiência orientada por educadores de cursos de graduação de Matemática e Gestão da Tecnologia da Informação, da Universidade Tiradentes­Pólo Faculdade Integrada Tiradentes ­ FITS, e do Curso de Licenciatura em Computação da Universidade Estadual da Paraíba, em Campina Grande.Por meio da pesquisa analisam­se as várias funções da ferramenta GOOGLE DOCS em processos de ensino­aprendizagem como possibilitadora de atitudes colaborativas no universo da interatividade virtual para alunos de graduação nas modalidades presencial e a distância. 4. Brenda Lyra Guedes (UNIFOR) OS P AIS E A CLASSIFI CA ÇÃO I NDI CA TI VA: UM A RELA ÇÃO FU NDAM ENTAL. Tendo em vista a presença marcante e atuante dos meios de comunicação para com o universo infanto­juvenil, registrou­se a necessidade do desenvolvimento de políticas públicas e outros tipos de iniciativas rumo a uma caminhada em prol da defesa e da promoção dos direitos de uma minoria específica, a saber, as crianças e os adolescentes brasileiros. Neste contexto, a Classificação Indicativa, respaldada pelo Ministério da Justiça, em parceria com organizações civis, foi identificada como tal e teve sua proposta discutida e debatida por pais, e/ou responsáveis, residentes na cidade de Fortaleza­CE (Brasil), numa coleta de informações sobre a adequação e a validação do instrumento; especificamente no que diz respeito às relações existentes entre a comunicação, a educação e a família. Além disso, foi posta à prova a hipótese de que a Classificação Indicativa existe para determinadas famílias e crianças, tendo esta sido confirmada através da realização de uma pesquisa de caráter qualitativo e quantitativo. 5. Conceição de Maria dos Santos Pacheco (CEFET­MA) TELECEN TROS COM O FERRAM ENTA DE M UDANÇA N A EDUCAÇÃO DA REDE M UNI CIP AL DE SÃO LU ÍS/ M A. Os Telecentros adotados hoje em quase todos os países, representam o discurso da democratização da informação através da possibilidade do uso do computador como ferramenta que está a disposição da comunidade do entorno da escola. Isto representa a materialização de uma educação que possibilita a participação das pessoas na construção de sua própria história através da utilização de um instrumento que, em princípio serviria como “terminal” e, que passa a ser utilizado como um ponto “inicial” de um processo de reflexão e ação sobre o próprio conhecimento. Pois, dessa forma, pode receber informações e emitir sua opinião simultaneamente utilizando as mais variadas formas disponíveis de comunicação dentro desse sistema de comunicação é que o computador e as possibilidades que esse permite. A presente pesquisa trata­se de um estudo de caso, cujos objetivos são verificar a ocorrência do Telecentro como uma ferramenta educacional de mudança para a comunidade atendida haja vista a necessidade de integrar a tecnologia ao processo de atender às demandas educacionais existentes no Brasil. Palavras­chave: Telecentro, inclusão digital, educação.
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 19 18 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO I NDI V IDU A L 06 Hora: 9h15 às 11h Lo cal: Sala 34 (2º andar do Centro de Arte s e Comunicação) TEM A: AP RENDIZAGEM EM AM BI ENTES P RESENCIA I S E VIRTUA I S 1. Guilherme Lima Moura (UFPE) TODO ENSI NO É A DI STÂ NCI A!: REFLEXÕES SOBRE A I NVI ABI LI DADE I NSTRUCI ON I STA DA P RESENÇA NUM A EXP ERIÊNCI A DE EAD. Este texto propõe reflexões sobre o significado da presença, justificadora das salas de aula como espaços privilegiados de experiências de aprendizagem e comumente entendida como uma relação de natureza física triplamente qualificada: tridimensional, multi­sensorial e síncrona. Ao descrever recente experiência de ensino à distância, mantém em mente uma questão norteadora: “que significa estar presente numa situação de ensino­aprendizagem?”. A suposição de que a presença é requisito viabilizador mínimo para a aprendizagem é integrante do “paradigma instrucionista”, frontalmente criticado neste texto a partir dos pressupostos epistemológicos: primeiro, é improvável que alguém efetivamente ensine algo a outro alguém; segundo, é desejável (porém não imprescindível) que alguém inspire, estimule, provoque outro alguém para que ele aprenda; terceiro, conhecimento só surge da elaboração própria, ou seja, numa prática de pesquisa. A não compreensão destes pressupostos causa frustrações de parte a parte na relação educador­educando. Ao alegar a inviabilidade biológica do instrucionismo (e da instrução), chega à conclusão que lhe deu título: “todo ensino é à distância!”. A distância aqui implica no espaço da autonomia e das possibilidades epistemológicas do aprendiz. Por outro lado, todo aprendizado ocorre na presença. Ou seja, aquele que aprende faz isso na medida em que se entrega à experiência. 2. Flávia Pereira de Araújo (UFRPE) Sérgio Francisco Tavares de Oliveira Mendonça A I NCORP ORAÇÃO DA TEOR I A DA FLEXI BI LI DADE COGN I TIV A EM AM BI ENTES VI R TUA IS DE AP RENDI ZAGEM P ARA I NCR EM ENTAR A AP RENDI ZA GEM EM SALA DE AUL A P RESENCI A L Frente ao desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação na sociedade, este trabalho analisa a experimentação do uso de ambientes virtuais de aprendizagem na prática pedagógica, com o escopo de ressignificar as ferramentas do ensino à distância no ensino presencial a partir de uma abordagem centrada na Teoria da Flexibilidade Cognitiva, e, observar a produção colaborativa de conhecimento entre o sujeito (professor/aluno), de uma escola pública estadual da Região Metropolitana do Recife, quanto à aplicação do conhecimento de maneira flexível em novos contextos situacionais. 3. Hildonice de Souza Batista (UFBA) Jocenildes Zacarias Santos (NTE/UFBA) A P RÁXIS P EDAGÓGI CA EM AM BI EN TES VIRTU A IS DE AP RENDIZAGEM : UM A P OSSI BI LI DADE DE EDUCAR P OR M EIO DA TRA NSDISCI P LI N AR IDADE Repensar a práxis pedagógica é meta constante no processo educativo, tal questão está diretamente vinculada aos espaços virtuais de aprendizagem e as modalidades de ensino que buscam novas linguagens para as trocas de aprendizagens na ambiência escolar, transcendendo, portanto, o universo das conservadoras práticas pedagógicas por meio de um pensar Transdisciplinar que solicita novas atitudes no campo educativo. Portanto, este artigo aborda a questão da Práxis pedagógica em ambientes virtuais de aprendizagem, bem como, as possibilidades de um trabalho transdisciplinar em ambientes virtuais de aprendizagem. 4. Rosana Sarita de Araujo ((UFAL) LETRAM ENTO DI GI TAL: CONCEI TO E P RÉ­CONCEI TOS O presente trabalho tem como objetivo nortear o encadeamento de alguns conceitos que configuram o significado do termo letramento digital. Envolve discussões acerca do significado do termo letramento, bem como sobre as influências das Tecnologias da Informação e Comunicação sobre o sujeito letrado e o mundo globalizado. Pontua como o letramento digital implica na composição de novos suportes/portadores de texto e no desenvolvimento de novas habilidades e competências de leitura e escrita mediante o contexto hipertextual e a composição dos gêneros virtuais. Conclui enfatizando as incidências do letramento digital no campo educacional.
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 20 5. Rodrigo Alves Oliveira (UFRPE/UAB) HIP ERT EXTO AUX I L IA NDO N A IN TRODUÇÃO A P ROGRAM AÇÃO. O trabalho apresenta uma nova metodologia de ensino de programação, conteúdo presente na maioria dos cursos que envolvam técnicas computacionais. Utilizando o hipertexto, programas básicos são apresentados diretamente do código fonte, especificando a função de cada código ou comando da linguagem específica, comentados através do hipertexto, nao modificando assim a estrutura do programa. 18 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO I NDI V IDU A L 07 Hora: 9h15 às 11h Lo cal: Sala 46 (2º andar do Centro de Arte s e Comunicação) TEM A: CONCEI TOS, CARACTER Í STICAS E AP LI CAÇÕES DO HI P ERTEXTO 1. Alberto Ramos de Lima (UFPE) COM P ANHEIROS V I RTUA I S DE AP RENDIZAGEM NOS ESP AÇOS DO HIP ERT EXTO. Este trabalho tem como foco principal apresentar alguns perfis de Companheiros Virtuais Inteligentes aplicados a Ambientes de Aprendizado, abordando três agentes pedagógicos já existentes (VICTOR, ADELE e LuCy) e descrevendo sucintamente características e comportamentos de cada um deles. Além disso, a comunicação se propõe a dar uma visão geral sobre Ambientes Virtuais de Aprendizado (AVAs) e Companheiros Virtuais de Aprendizado (CVAs), buscando ressaltar a importância dos mesmos e os benefícios advindos da integração deles no hipertexto. 2. Ana Cristina Lobo Sousa (UFC) HIP ERT EXTUAL IDADE E HI P ERTEXTO: SERIA REDU NDÂ NCIA? No âmbito da Lingüística tem­se constatado que os critérios generalizantes atribuídos ao hipertexto têm fomentado discussões antagônicas frente ao que deve ou não ser considerado como hipertexto. O objetivo desta comunicação é analisar os critérios pelos quais se define o hipertexto na tentativa de torná­lo mais operacional e didático. Para o alcance deste objetivo, propomos uma investigação, de natureza teórica, que se inscreve na base epistemológica das formulações teórico­filosóficas de Bakhtin, relativa aos conceitos de enunciação e de enunciado. Nosso percurso teórico­metodológico é construído, primeiramente, com uma discussão dos argumentos apresentados por pesquisadores que sustentam a continuidade e a novidade do hipertexto. A seguir, analisamos os dados oriundos de algumas pesquisas que tratam das novas práticas discursivas em meio digital e ilustramos, considerando o que a estrutura bidimensional do papel nos permite, com alguns hipertextos. Este exercício de análise e de reflexão autoriza­nos propor uma teoria enunciativa de linguagem que considera o hipertexto tanto uma nova enunciação, por ser virtual, como um objeto teórico que permite ancorar gestos de ler e de escrever. Além disso, permite­nos pensar a hipertextualidade e o hipertexto como termos distintos, no qual este último é parte daquele. 3. Débora Liberato Arruda Hissa (UECE) LI NKS H I P ERTEXTU AI S: AN ÁLI SE TI P OLÓGI CAS. DE ALGUM AS CLASSI FI CAÇÕES Trata­se de um estudo exploratório sobre os links no ambiente hipertextual a fim de mostrar que, embora todos os links operem da mesma maneira, envolvam o mesmo ato e encerrem praticamente com o mesmo resultado (uma tela nova que aparece), esses elos não são os mesmos, possuem distintas classificações, portanto não implicam o mesmo tipo de relação semântica. Queremos identificar algumas formas de interação entre elementos hipertextuais para mostras que elas vão muito mais além do que a simples relação enunciado­comentário comumente presumida pelos usuários do hipertexto. Uma análise sobre os hipertextos não deve estar somente no conhecimento das unidades informativas ou das formas em que elas podem estar organizadas dentro da fragmentariedade constitutiva do meio virtual e sim nas possibilidades que o ele oferece de construir um pensamento, um discurso ou um enunciado a partir da interconexão feita por seus elementos estruturais (nós e links), assim versaremos acerca das tipologias de links encontradas em estudos como o de Codina (1998) e Gomes (2007) com o objetivo de verificar se elas representam os links que encontramos nos hipertextos educacionais, fazendo um apanhado geral dos elementos constitutivos desenvolvidos para este modo de enunciação multimodal.
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 21 4. Heloisa Cristina da Silva Leandro (UFPB) HIP ERT EXTO: CON CEI TOS, CAR ACTER Í STI CAS E DESAFI OS EM UM A REDE VI RTUAL DE AP RENDIZAGEM . A sociedade da informação caracteriza­se pelo consumo cada vez maior de estoques de informação. Isso é conseqüência de uma sociedade cujos pilares info­educacionais nos direcionam às tecnologias intelectuais para comunicá­los de forma criativa, dinamizada e interativa. Nesse sentido, o hipertexto proporciona um novo olhar à prática pedagógica quando o profissional docente introduz em sua metodologia de ensino abordagens tecnológicas, formando um “mix” entre impresso e virtual. Os discentes adquirirão uma nova postura perante a interface hipertextual, a de ciberarquizador, posto que eles hierarquizarão a sua própria pesquisa segundo as suas expectativas, visualizando o professor como um auxiliador ou colaborador. Assim, nossa pesquisa pressupõe que o uso da tecnologia hipertextual pode transformar o perfil dis/docente, comunicar blocos informacionais nas mais diversas modalidades além de abrir um viés para os desafios de uma aprendizagem não tradicional. 5. Jose Guibson Delgado Dantas (Universidade de Málaga) O HIP ERTEX TO NO ENSI NO U N IVERSI TÁRI O DAS RELAÇÕES P ÚBLI CAS. O Hipertexto constitui uma forma de apresentação (na maior parte das vezes) textual do conhecimento de forma não linear, muito similar ao modo que o cérebro trabalha. É através deste instrumento que o estudante explora e interage com a base de conhecimento. Os usuários podem seguir vários caminhos diferentes através do material ou através de rotas criadas por eles mesmos ou outros estudantes. Este tipo de material apresenta uma série de qualidades interativas, controle por parte do usuário, natureza associativa e outras ações que o torna especialmente adequados para o ensino das Relações Públicas, campo do conhecimento das Ciências da Comunicação que requer um alto nível de conhecimento e informação por parte de seus professores, profissionais e estudantes. Neste texto analisaremos as características do hipertexto e as considerações e problemas que acarretam o aprendizado do mesmo a partir de visão flexível e libertadora do ensino universitário. 18 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO I NDI V IDU A L 08 Hora: 9h15 às 11h Lo cal: Sala 47 (2º andar do Centro de Arte s e Comunicação) TEM A: ENSI NO DE L Í NGUA P ORTUGUESA A DISTÂNCI A 1. Ana Carolina de Laurentiis Brandão (UFU) E­TA NDEM : CONTR IBU IÇÕES P ARA A FORM AÇÃO DO P ROFESSOR DE LÍ NGU A I NGLESA E LÍ NGU A P ORTUGUESA COM O LÍ NGU A ESTRA NGEIR A. O e­tandem, uma modalidade in­tandem mediada pela internet, pode ser definida como uma aprendizagem na qual duas pessoas com diferentes línguas maternas estabelecem uma parceria para aprender mais sobre o outro e sua cultura, ajudar o outro a melhorar suas habilidades lingüísticas e trocar conhecimentos adicionais. Existem três princípios que devem ser assegurados neste tipo de aprendizagem: as línguas não podem ser misturadas; a reciprocidade; e a autonomia. Este projeto de pesquisa de mestrado se baseia em uma pareceria de e­tandem via chat a ser estabelecida entre alunos do curso de letras com habilitação em línguas portuguesa e inglesa da Unemat e alunos de uma instituição no exterior. Objetivando verificar a utilidade do regime de tandem para o processo de aprendizagem de língua inglesa dentro de uma universidade, e avaliar os processos colaborativos e autônomos implícitos nesse tipo de aprendizagem, utilizamos como referencial teórico os trabalhos de autores, tais como, Brammerts e Little (1996), Calvert (1992), Moran (2001; 2004), Paiva (2001) e Telles e Vassallo (2006). Esperamos que esta pesquisa contribua para a formação de professores em pré­serviço, capacitando­os para a utilização da tecnologia como recurso para o ensino e aprendizagem de língua inglesa e língua portuguesa como língua estrangeira. 2. Jaiane Ramos Barbosa (UFC) / Lavina Lúcia Vieira Lima (UFC) P OR UM A VÍ RGULA : AP LI CAÇÃO DE UM OBJ ETO DE AP RENDI ZAGEM DE LÍ NGU A P ORTUGUESA NA ESCOLA. Nesse trabalho, discutiremos a utilização de um tipo de material digital voltado prioritariamente para o uso na escola, como ferramenta de auxílio no processo de ensino­aprendizagem, principalmente em áreas nas quais os alunos costumam apresentar dificuldades, como Matemática e Língua Portuguesa. O Objeto de Aprendizagem (OA) intitulado Por Uma Vírgula, com conteúdo de Pontuação e baseado em atividades multimídias e interativas, foi utilizado por alunos de 6º e 7º anos, em aulas de Português no laboratório de informática de uma escola da Rede Municipal de Fortaleza. Procurou­se observar as trocas comunicativas entre os alunos na resolução das atividades, o papel do professor
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 22 durante a aula e a interação dos alunos entre si com o OA, bem como a opinião deles sobre o uso da tecnologia na escola, a fim de perceber o impacto do uso desse material digital no cotidiano escolar. Os resultados demonstram que, embora necessite de um maior planejamento prévio para ser utilizado – o que não ocorreu durante a presente pesquisa – o OA estudado pode auxiliar na aprendizagem de conceitos sintáticos, motivando os usuários através de situações de interação entre os pares, pela comparação dos resultados, o que favoreceu a compreensão do conteúdo pelos alunos. 3. Paulo Sergio Rezende (CENAC­SP) COM P UTADOR, I M AGENS E TEXTOS; A RECONSTRUÇÃO DE I DENTIDADE DE REFUGI ADOS NO BRASI L. Este trabalho apresenta uma proposta de investigação do processo de re/co­construção identitária dos participantes de um curso de língua portuguesa para refugiados no Brasil, considerando a utilização do computador em Oficinas Presenciais Temáticas. Considerando a ótica do pensamento complexo, a pesquisa procurará revelar os possíveis papéis que as oficinas desempenham no processo de reconstrução da identidade a partir da interpretação das experiências vividas. As Oficinas Presenciais Temáticas fundamentam­se no conceito de Oficinas Virtuais Temáticas (Rezende, 2003), que, por sua vez, representam uma releitura do conceito de Oficinas Virtuais propostas por Freire (2000, 2003), as quais, embasadas na abordagem tridimensional (Freire, 1998, 2000), buscam promover uma associação entre experiência, reflexão e prática. A partir dos textos coletados que compreendem, mensagens eletrônicas trocadas entre pesquisador e professora, informações registradas nos encontros presenciais entre pesquisador e professora, e professora e alunos, será possível investigar o fenômeno de re/co­construção de identidade da professora do curso. 4. Valéria Maria Cavalcanti Tavares (CMF/HIPERGED) O COM P UTADOR COM ACESSO À IN TERNET NO COTIDIA NO DA SALA DE AULA DE LÍ NGUA P ORTUGUESA: UM RELATO DE EXP ER IÊNCI A. O presente trabalho tem como objetivo relatar uma experiência de ensino de leitura e produção textual em língua portuguesa integrando gêneros escritos e orais, em conjunto com o ensino de informática, realizada em uma escola pública de Fortaleza. As atividades que compõem essa experiência objetivam desenvolver nos alunos habilidades como navegar na Internet, pesquisar, selecionar conteúdos, verificar autoria, sintetizar informações, elaborar apresentação com o uso de slides e apresentar o resultado da pesquisa. Visando atingir os objetivos propostos, os alunos realizaram atividades de pesquisa na Internet sobre os personagens lendários do folclore brasileiro, elaboraram uma apresentação oral com o uso de slides e produziram um texto narrativo de assombração. Participaram da pesquisa 85 alunos do 6º ano do Ensino Fundamental, com grande desnível quanto ao uso do computador e acesso à Internet, além do domínio da leitura e da escrita. Os dados foram coletados através de diários de classe, produzidos pelo professor, questionários respondidos pelos alunos, além do produto final elaborado e apresentado pelos sujeitos em sala de aula. Os resultados parciais mostram uma maior motivação dos alunos na realização das atividades de leitura e escrita e uma melhor integração com o computador e a Internet. 5. Rebeca Rannieli Alves Ribeiro (UFCG) A P RODUÇÃO DE ESCR I TA NOS M ÓDULOS VI RTU AI S DO P ROGRAM A DE FORM AÇÃO CONTI NU ADA EM M ÍDIAS N A EDUCAÇÃO. A educação a distância via internet permite que cursistas se encontrem num mesmo ambiente de aprendizagem, o qual deverá permitir a interação entre os participantes de um curso para a construção de conhecimentos. É sob este princípio que o governo federal tem viabilizado o Programa de Formação Continuada em Mídias na Educação que tem por objetivo contribuir para a formação continuada de professores da Educação Básica para o uso pedagógico das mídias no processo de ensino e de aprendizagem. O conteúdo deste curso é disponibilizado por meio de módulos virtuais, que enfocam cada mídia, sendo solicitadas atividades de escrita para a avaliação do cursista professor. Diante disso, este trabalho, baseado em pesquisa de mestrado em andamento, buscou relacionar os gêneros disponibilizados nos hipertextos dos módulos do Curso Mídias para a leitura com as atividades neles solicitadas. Nossa hipótese é que há uma divergência entre os gêneros disponibilizados e os solicitados, revelando, possivelmente, um descompasso entre as concepções de escrita correlacionadas na atividade que envolve ensino e aprendizagem com mídias à distância. Para explicar a correlação entre os gêneros existentes, fundamentamo­nos na concepção interacionista sócio­discursiva da escrita apoiados em autores como Bazerman (2005,2007), Bronckart (1999), Garcez (1998), Kleiman (1995,2001), Xavier (2005).
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 23 18 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO I NDI V IDU A L 09 Hora: 9h15 às 11h Lo cal: M ini­Auditório 01 (Térre o do Centro de Artes e Comunicação) TEM A: FORM AÇÃO DOCENTE NA M ODALI DADE A DISTÂNCI A 1. Jane Aparecida Gonçalves de Souza (UFJF­MG) A FA CED/ UFJ F FRENTE AO DI SCUR SO DA EAD UM A A N ALISE ENTRE TEORI A E P RÁTI CA Este artigo tem como foco a discussão sobre o ensino na modalidade a partir da seguinte questão: como está sendo implantado o Curso de Pedagogia a Distância na Universidade Federal de Juiz de Fora. Não devemos esquecer que a Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96 valoriza a qualificação dos profissionais, destacando a possibilidade de capacitação em serviço, utilizando, para isso, os recursos da educação a distância. Como justificativa para este estudo cabe destacar, a necessidade de analisar, refletir e discutir este modelo de educação, uma vez que, a modalidade se expande enormemente no Brasil, e será, nos próximos anos, um dos principais meios de formação de adultos, tanto na graduação como nos cursos de especialização. No caso específico de formação de professores, objeto principal das políticas públicas da EAD hoje no país, o próprio formato dos cursos, em grande parte determinado pelas maneiras como os conteúdos são apresentados, constituem­se em modelo de relação ensino­aprendizagem a partir dos quais os futuros professores tenderão a construir seus modos de trabalho. 2. Andrea Santana de Vasconcelos (UFCG) FORM AÇÃO CONTI NU ADA ONLI NE: O USO DAS NOVAS TECNOLOGI AS DIGI TA IS COM VI STAS A UM A TRA NSP OSI ÇÃO DI DÁTI CA As novas tecnologias da informação e da comunicação têm causado inúmeras mudanças na sociedade, das quais se destaca a formação continuada de professores através da Internet. Este é, pois, nosso objeto de estudo, que tem como base o programa Mídias Integradas na Educação (MEC), cuja finalidade é promover a formação contínua de docentes, preparando­os para uso pedagógico de quatro mídias: rádio, TV e vídeo, impressa e internet. O conteúdo do curso é dividido em módulos, cada um deles abordando uma mídia específica. Tomando­os como objetos de estudo, investigamos as estratégias usadas no ambiente de ensino/aprendizagem do curso básico do Mídias para que os cursistas possam transpor os conhecimentos adquiridos para a sala de aula. Com isso, objetivamos: (1) descrever tarefa(s) de um dos módulos que solicite do cursista uma atividade de transposição didática e (2) indicar como o cursista coloca em andamento o processo de transposição didática. Nossa análise parte de dois pontos fundamentais: apresentação dos conceitos durante o curso e apreensão desses conceitos por parte dos professores participantes. A análise tem como subsídios teóricos os trabalhos de Tardif (2002), Perrenoud (1996), Gabriel (2006), Bronckart (1998), Barton e Hamilton (2000), Xavier (2005), Lino de Araújo (2004), Araújo (2007), dentre outros 3. Jose Enildo Elias Bezerra (ISEP­PE) CAP ACI TAÇÃO A DI STÂ NCI A P ARA P ROFESSORES NA EDUCAÇÃO DE J OVENS E ADULTOS ­ EJ A A necessidade de capacitar cada vez mais profissionais da área de educação, é um desafio para todos aqueles que estão inseridos no processo de criação de novos cursos. A tarefa da Educação a Distância (EAD) é de superar as limitações, sejam elas de ordem geográfica, físicas, sociais e econômicas. A disposição de Leis e Parâmetros Curriculares não é suficiente para estabelecer critérios específicos para o trabalho com professores que lecionam para um público que tem características diferentes do ensino regular, assim como são os alunos da educação de jovens e adultos (EJA). O público­alvo desta pesquisa são professores que atuam na EJA, com formação em magistério ou em cursos de licenciaturas em fase de conclusão e que tenham ou não capacitação para atuar como professores­ tutores na educação a distância, o intuito deste trabalho é contribuir para uma melhor formação de professores, visando desenvolver competências a cerca das transformações nos últimos anos sobre a Proposta Curricular de Jovens e Adultos (PCEJA), A intenção é demonstrar a contribuição dada em um curso a distância para aceleração de conquistas previstas no PCEJA para professores do segundo seguimento (Ensino Fundamental), trazendo novos rumos para capacitação de professores oriundos da educação de jovens e adultos.
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 24 4. Beatriz de Basto Teixeira (UFJF­MG) Eliane Medeiros Borges (UFJF­MG) DESAFI OS DA IM P LEM EN TAÇÃO DE CURSO DE EAD: A EXP ER IÊNCI A DA P EDAGOGI A UAB/ UFJ F A partir da experiência de coordenadoras de curso de Pedagogia no sistema Universidade Aberta do Brasil, o trabalho propõe uma reflexão sobre o diálogo entre gestores e coordenadores de curso em EAD para adequação dos custos financeiros da implementação desse programa a uma qualidade entendida como satisfatória nessa modalidade. A qualidade diz respeito aos objetivos pretendidos pela formação de professores em ambiente virtual e à formatação de um curso que utilize de maneira intensiva os recursos tecnológicos disponíveis aliados à atuação de professores e tutores da maneira mais “próxima” possível aos alunos. A experiência tem demonstrado que é possível a adequação das pretensões pedagógicas às expectativas governamentais em relação ao programa UAB, desenhadas nos itens financiáveis do planejamento do curso. Tais itens, definidos nas planilhas dos cursos, podem direcionar o seu desenvolvimento segundo modelos mais inovadores, expressos na oferta de contratação de tutores, que facilita a mediação pedagógica por meio dos canais tecnológicos e de suas linguagens múltiplas. A partir da consideração dos desafios postos à concepção e práticas das políticas públicas para a efetiva realização do trabalho pedagógico, nossa experiência constata que é possível construir cursos com dinâmicas e linguagens mais afins às potencialidades das novas tecnologias. 5. Myllena Calheiros Lopes (UFAL) FORM AÇÃO DOCENTE EM CONTEXTOS AP RENDI ZA GEM VI RTU A I S DE ENSI NO­ O artigo vem elucidar questões relacionadas a Formação de Profissionais de Educação de Ensino Superior no locus virtual de ensino­aprendizagem. Tendo como base, o Curso de Capacitação de Docentes da Região Nordeste para o Sistema Universidade Aberta do Brasil, especificamente a Formação de Professores de Pernambuco – CEFET­PE, formação na qual acompanhei como professora­ tutora. Foi possível categorizar algumas variáveis pertinentes para formalização avaliativa, tais como: os resultados alcançados, as dificuldades encontradas e as propostas para solucionar as dificuldades encontradas. É salientar afirmar que a formação docente na Educação a Distância solicita o desenvolvimento de certas habilidades e competências para o favorecimento do indivíduo em formação, tais como: a autonomia, a pesquisa e seriedade no cumprimento de atividades inerentes ao curso. 18 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO I NDI V IDU A L ­ 10 Lo cal: M ini­Auditório 02 (Térre o do Centro de Artes e Comunicação) Hora: 9h15 às 11h TEM A: EXP ER IÊNCI AS P EDAGÓGI CAS M ULTI M ODAI S 1. Paula Carolei (Faculdade Sumaré/SP) ROTEI RI ZAÇÃO DE HI P ERTEX TOS P ARA CURSOS ONLI NE: DESCRI ÇÃO E TEN TATI V A DE P REVI SÃO DOS M OVIM ENTOS I M ERSI VOS. Esse artigo parte da análise dos Movimentos Hipertextuais em cursos on­line que observei durante a pesquisa de doutorado do Curso de Especialização em Design Instrucional para o Ensino on­line. Depois de analisar os movimentos observados, passei a estudar a forma que os alunos têm de roteirizá­los e, assim, descrevê­los e prevê­los considerando a participação do usuário/leitor. Um dos movimentos fundamentais para a participação desse usuário foi a Imersão. Percebi que a imersão sensorial, promovida pelos ambientes 3D e dispositivos que ampliam ou enganam os sentidos, é apenas uma face do movimento imersivo, que não envolve apenas sensação e pensamento, ou seja, estruturas cognitivas e sensoriais, mas também envolvem sentimento e intuição. Testamos os vários tipos de ambientes, situações e formas de construção de propostas e personagens. Percebemos que é preciso romper com formas mais tradicionais de transmissão de conteúdo e roteirização de produtos educacionais baseados em pergunta­resposta. Esses formatos de atividades têm um baixo potencial imersivo e diminuem a potencialidade interativa dos produtos. As atividades que propõem problematização, contextualização, preocupação com estruturas arquetípicas, além de ampliarem o movimento imersivo e também contribuem paras os outros movimentos hipertextuais fundamentais para o processo educacional como: reflexão, colaboração, autoria e mapeamento das experiências.
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 25 2. Etiane Valentim da Silva (UFPE) Fatima Maria Leite Cruz (UFPE) A EDUCAÇÃO N A SOCI EDADE DA INFORM AÇÀO: UM OLHAR SOBRE O P AP EL E A FORM AÇÃO DOCEN TE O ADVENTO DA “SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO” FAZ PARTE DO NOSSO COTIDIANO E ALTERA RADICALMENTE O NOSSO DIA­A­DIA, EXIGINDO QUE OS SUJEITOS SOCIAIS SEJAM CAPAZES DE SE RELACIONAREM DE FORMA CRÍTICA, CRIATIVA E AUTÔNOMA COM AS NOVAS TECNOLOGIAS E A COMUNICAÇÃO DE MASSA QUE INVADEM O MUNDO ATUAL. NESSE CONTEXTO, E CONSIDERANDO QUE O PROCESSO EDUCATIVO SE RELACIONA INTIMAMENTE COM O CONTEXTO SOCIAL, NOVOS DESAFIOS SÃO IMPOSTOS À ESCOLA, NO QUE DIZ RESPEITO AO PROCESSO DE ENSINO­ APRENDIZAGEM, A PARTIR DA UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS TECNOLÓGICOS DE ENSINO, ARTICULADOS A NOVAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS. CONSIDERANDO ESSAS REFLEXÕES, SOBRE A RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA EDUCACIONAL, EMERGE A QUESTÃO DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR COMO UMA DAS EXIGÊNCIAS DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA, A QUAL VEM EVIDENCIANDO A NECESSIDADE DE UMA MAIOR QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL JUNTO AO USO DAS TECNOLOGIAS NO CONTEXTO ESCOLAR. NESSA LINHA DE REFLEXÃO, ENTENDEMOS QUE TRANSFORMAR AS ESCOLAS SERÁ UM EXERCÍCIO E UM INVESTIMENTO POUCO EFICAZ SEM A CRIAÇÃO DE CONDIÇÕES PARA QUE OS PROFESSORES, COMO PROFISSIONAIS E CIDADÃOS, POSSAM ACEITAR O DESAFIO DA REFORMA DE SEU PAPEL FRENTE AOS DESAFIOS DA “SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO”. DESSA FORMA, PARECE­NOS IMPRESCINDÍVEL REFLETIR SOBRE O PAPEL E A FORMAÇÃO DOCENTE, FRENTE À CHEGADA DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS. 3. Rose Karla Cordeiro Lessa (UFAL) P OR UM A P EDAGOGIA CU LTURA LM ENTE SENSÍ V EL EM EAD Esta é uma pesquisa de interface Sociolingüística­Educação­Tecnologia que investigou a aprendizagem do tema variação lingüística em cursos de Pedagogia em EaD. A escolha desta modalidade justifica­se porque, conforme Pinto (2007), até recentemente somente 3,1% dos professores atuantes na rede pública de ensino em Alagoas possuem o nível superior. Sendo assim a EaD representa uma alternativa para a formação superior dos professores em serviço e os que, a partir da Lei 9.394/96, fossem contratados. Em pesquisas anteriores (PIBIC/CNPq, 2004­2005; 2005­2006) constatamos que professores apresentaram lacunas de conhecimento científico­acadêmico referentes ao tema variação lingüística. Supomos então que nos cursos de Pedagogia reside esta carência. Adotamos como fundamentação teórica estudos na área da Sociolingüística Variacionista e Educacional (LABOV, 1972, BAGNO, 1999, 2004, 2007; BORTONI­RICARDO, 2001, 2004, 2005; CAVALCANTE, 2000, 2006, POSSENTI, 2004), bem como na área das TIC em Educação (BRUNNER, 2004; CASTELLS, 1999; KENSKI, 2007; MORAN, 2006, 2007; PALLOFF, 2004; SILVA, 2006; SILVA e SANTOS, 2006, entre outros). Como abordagem metodológica, adotamos a pesquisa qualitativa nos moldes etnográficos (CRESWELL, 2007; MACEDO, 2006; MOREIRA, e CALEFFE, 2006; LUDKE e ANDRÉ, 1986). Os resultados demonstram que a estrutura curricular da instituição pesquisada propõe a abordagem do tema, mas que o aprendizado crítico e reflexivo depende, em grande parte, de variáveis intervenientes peculiares de um curso na modalidade a distância – acompanhamento tutorial, o nível e formas de interação, as propostas de utilização dos recursos tecnológicos – influenciando e diferenciando na qualidade da formação profissional. 4. Clécida Maria Bezerra Bessa (PROLING/UFPB) Mônica Câmara (PROLING/UFPB) Maria Vanice Lacerda Barbosa (PROLING/UFPB) P OR UM A I NTERP RETA ÇÃO DA IM AGEM FOTOJ ORNALÍSTI CA ‘NOÉ NA P ORTA’: ASP ECTOS M ULTI M ODA I S o vivenciar a época do visual, percebemos o mundo por meio de imagens, símbolos, gráficos e desenhos. Cada vez mais os estudiosos de várias áreas reconhecem que a linguagem escrita se faz completa somente por meio da linguagem da imagem, prova disso é o interesse recente por estudos sobre o fotojornalismo que dá exemplos de como a imagem dá força aos discursos e os torna mais atrativos, persuasivos e argumentativos. Dessa forma, por meio de leituras da foto "Noé na Porta", da fotojornalista paraibana Mônica Câmara buscamos fazer uso das teorias da imagem, sistematizadas e utilizadas pelos pesquisadores Gunther Kress e Theo van Leeuwen em sua Gramática do Design Visual. Assim, buscaremos nos referenciar teoricamente em Almeida (2006), Kress e Theo van Leeuwen (1996), dentre outros. Para tanto, analisamos aspectos representacionais, composicionais e interacionais da imagem, critérios analíticos por meio dos quais abordamos a multimodalidade discursiva, identificando e classificando os aspectos estéticos e de sentido, produzidos por uma imagem fotojornalística. Nossos resultados comprovam as hipóteses da teoria que mostram que a imagem fotojornalistica apresenta­se como espaço de criação, comunicação e reprodução de valores, crenças e ideologias presentes no nosso meio social.
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 26 Flávia mendes de Andrade e Peres (UFRPE) DI ALOGI SM O E ALTERI DADE: UM ESTUDO DAS CONTEX TUAI S EM AM BIENTES I NFORM ATIZADOS 5. CONFIGURAÇÕES A partir de uma perspectiva sócio­histórica em psicologia, assumimos as idéias de Cognição Situada e Distribuída para o estudo das práticas sociais em ambientes informatizados. Acompanhamos o processo de desenvolvimento­uso de software através da videografia de atividades de equipes em fábricas de software, seguindo os produtos daí advindos até seus respectivos usos em práticas de usuários finais. Focalizamos os campos semióticos (discurso, gesto, registro e artefatos) e analisamos as transformações das configurações contextuais (Goodwin, 2000) em tais práticas. Atentos para os aspectos dialógicos (Bakhtin, 2002; 2003) que podem ser depreendidos das análises, vimos relações dialógicas não apenas entre humanos que gesticulam e falam, mas entre outros sociais que se enunciam também em artefatos e registros, já que têm suas vozes encapsuladas na interface dos programas. Um dos principais pontos destacados com a análise foi a distância entre os gêneros discursivos das práticas em fábricas de software e os gêneros discursivos das práticas dos usuários. Esta distância tem repercussões no uso dos softwares. Assim, apontamos para a necessidade de engajamento mútuo entre as práticas de desenvolvedores e usuários e especificamos um caminho para este engajamento, focalizado concretamente na noção de alteridade. 18 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO I NDI V IDU A L – 11 Hora: 14h às 15h45 Lo cal: Sala 33 (2º andar do Centro de Arte s e Comunicação) TEM A: GÊNEROS DIGI TAI S E SUAS I M P LI CAÇÕES L I NGÜÍ STI CAS 1. Carla Edila Santos da Rosa Silveira (UFPR) RELAÇÕES ENTRE A ESCRITA E A OR A LI DADE NA CONSTRUÇÃO TEXTU AL DO GÊNERO " DEP OIM ENTO DO ORKUT" . A proposta converge com Marcuschi (2005) e Snyder (2001) quanto a desdobramentos do uso de novas tecnologias de comunicação nas práticas de letramento, em que ressaltamos a escrita e a leitura como uma das práticas colaborativas na interação em ambiente digital através de textos que inovam pela articulação com a linguagem hipertextual. A observação ampara­se em Chartier (2002), que percebe rupturas na ordem dos discursos inseridos na web em termos de um novo modo de escrever, uma nova percepção do texto e um novo suporte da cultura letrada. É ainda a partir de Bakhtin (1997), Beaugrande (1997), Xavier (2005) e Crystal (2005) que tratamos de relações com o uso da escrita marcada pela oralidade na construção textual de depoimentos publicados na versão brasileira do site Orkut, o que resulta de análise preliminar (SILVEIRA, 2008) da constituição desse gênero discursivo. Nesse levantamento, foram apontadas características intergenéricas e outras particularidades que atribuímos ao comportamento recorrente dos depoimentos. Assim, encontramos condições ao desenvolvimento de uma hipótese a fim de situar o gênero depoimento do Orkut em um ponto de intersecção entre comunicações pessoais e públicas no domínio da escrita próximo da modalidade oral dentro do contínuo dos gêneros textuais, conforme propõe Marcuschi (2007). 2. Karine Viana Amorim (UFCG) (TRÊS) M ÍDI AS NA EDUCAÇÃO: UM A EXP ERI ÊNCI A N A FORM AÇÃO I N I CIA L E CONTI NU ADA DE LETRAS. Este trabalho relata uma experiência do projeto “Articulando saberes na prática de ensino: formação pré­serviço e continuada de professores de língua portuguesa para o uso de mídias na sala de aula”, juntamente com o curso Mídias na Educação (UFCG/MEC/SEED/DPCEAD). Esse projeto discutiu, com um aluno/estagiário de Letras, uma professora de escola pública e a pesquisadora, a importância da aquisição do letramento digital em três mídias – TV/DVD, Internet e Material Impresso (módulos do curso supracitado). Como parte do projeto, foi aplicada uma seqüência didática, com alunos do oitavo ano da Escola Estadual de Aplicação, objetivando elaborar e realizar uma entrevista com um oficial da Polícia Militar sobre o tema Segurança Pública. Após a realização da entrevista, os alunos procederam a retextualização, e a equipe do projeto (estagiário, professora e pesquisadora) montou a entrevista impressa e elaborou o site ligadosemsegurancapublica.googlepages.com, que apresenta experiência completa. Como conclusão do projeto, confirmamos algo já sabido – ausência de uma disciplina no curso de Letras sobre o uso de mídias na sala de aula –; observamos o envolvimento do estagiário e
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 27 da professora na elaboração da seqüência didática, bem como nas discussões teóricas e o envolvimento dos alunos no que chamaram de “conversa com um policial”. 3. Marta Furtado da Costa (UFPB) Rodrigo Gusmão de Carvalho Rocha LI STA DE DI SCUSSÃO: UM A P ERSP ECTIV A DE AP RENDIZA GEM A LÉM DA SALA DE AU LA. A evolução dos recursos tecnológicos dita as novas perspectivas interacionais, sobretudo no que diz respeito às relações de ensino e aprendizagem. Nessa perspectiva, novos instrumentos são lançados mão em benefício dos interesses educacionais. Um conjunto de relações é possibilitado pelo uso da internet, dessa forma, estendendo as atividades discursivas propostas em sala de aula. Como instrumento de continuidade da discussão dos conteúdos veiculados em sala de aula, a lista de discussão configura­se como uma importante ferramenta para a consolidação dos conteúdos. O objetivo deste trabalho é analisar e discutir a pertinência do referido gênero destinado a propósitos educacionais. 4. Nara Hiroko Takaki (UNIP) NAV EGANDO CRI TI CAM EN TE DENTRO E FORA DA UN I VERSI DADE. Tendo em vista as atuais demandas relacionadas aos letramentos na sociedade contemporânea, tornam­se cada vez mais relevantes as implementações customizadas na sala de aula por meio da utilização de produtos criativos de outras formas midiáticas. Igualmente importante é a expansão da capacidade interpretativa do cidadão. A partir dessa base, o objetivo do presente trabalho é apresentar e discutir como estudantes universitários interpretam um evento relacionado a questões de raça e identidades. O referido trabalho baseia­se em teorias recentes sobre multiletramentos, especialmente o letramento crítico e suas implicações na educação (Derrida, 1997; Gee, 2004; Lankshear & Knobel, 2005; Luke & Freebody, 1997; Ricoeur, 1978; Van Leeuwen, 2006, 2007) e é parte de uma pesquisa de doutorado cuja metodologia enfoca a natureza exploratória­qualitativa na qual as perspectivas dos participantes de pesquisa são consideradas. 5. Robson Santos de Oliveira (UFPE) A REP RESENTAÇÃO DO SELF NA I N TERNET/ W EB (CH AT) E A NOÇÃO BAKHTI N I A NA DE P OLIFON I A E CARNALI ZAÇÃO: UM A P ERSP ECTI VA DI ALÓGI CA. Trabalho a ser apresentado com objetivo de evidenciar a representação do self nos chats sob a perspectiva filosófica bakhtiniana (como o self representa a si mesmo e como interage com os outros selfs representados), considerando­se os aspectos dialógicos de polifonia e carnavalização, presentes na construção dos enunciados e na própria arquitetônica sócio­cognitiva­semiótica do ambiente de interação virtual. O autor propõe demonstrar investigações no gênero chat sob o enfoque filosófico bakhtiniano, apresentando hipóteses preliminares referenciadas no estudo de Bakhtin das obras de Dostoiévski e Rabellais, como a noção de polifonia e carnavalização, possíveis de serem encontradas neste ambiente virtual: o chat. Interessa­nos:1) a questão de como a pessoa se expressa no chat, considerando os aspectos de construção de identidade, representando a si mesma, através da metáfora das máscaras de nicknames; 2) bem como o fenômeno da polifonia (eqüipolência das vozes, expressão da autoconsciência, etc.) e da carnavalização (traços do riso, do ambiente democrático, da liberdade expressiva, etc.) identificados no chat, tanto pelo sujeito que cria um duplo icônico para representar­se como pelo outro que faz o mesmo. O estudo pretende verificar sob esta perspectiva dialógica bakhtiniana o universo textual e interacional da comunicação humana nos chats. 18 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO I NDI V IDU A L – 12 Hora: 14h às 15h45 Lo cal: Sala 34 (2º andar do Centro de Arte s e Comunicação) TEM A: M ULTI M ODAL IDADE EM GÊN EROS TEXTUAI S E DIGI TA IS 1. Helga Vanessa Assunção de Souza (UFPE) Morgana Soares da Silva (UFPE) CONJ UNTOS E SI STEM AS DE GÊN EROS: FENÔM ENOS FU NDAM ENTA I S P ARA A EXECUÇÃO DE DI SCIP L I N A DO E­LETRAS.
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 28 O presente trabalho objetiva mapear os conjuntos e sistemas de gêneros envolvidos na execução de uma disciplina on­line do Curso de Letras a Distância da UFPE. Tal investigação justifica­se porque a produção de gêneros diversos que interagem entre si diminuem a distância entre os participantes. A partir do relacionamento em cadeia desses gêneros, efetivado através da intertextualidade, os professores dão aula, os alunos executam atividades, a equipe pedagógica se comunica e, ao final, uma etapa do curso é concluída, sendo o aluno aprovado ou reprovado na disciplina. Metodologicamente, procedemos a um estudo de caso constituído pelas seguintes etapas: 1) coleta de gêneros produzidos pelos participantes do curso; 2) mapeamento dos conjuntos e sistemas de gêneros; 3) análise qualitativa do corpus, textos produzidos numa disciplina do E­Letras. Na análise desse corpus, investigamos os seguintes problemas de pesquisa: Quais conjuntos e sistemas de gêneros estão envolvidos na realização de uma disciplina on­line? Diante da análise dos dados, constatou­se que a atividade social estudada só se realiza através de gêneros textuais que medeiam as interações. Para responder aos problemas investigados em nosso estudo, baseamo­nos na Escola Norte­americana de Análise de Gêneros, ancorando­nos nas pesquisas de Bazerman (1995, 2005, 2006, 2007). 2. Lucélio Dantas de Aquino (UERN) RECURSOS VI SUAIS, EDI TOR I AL E ENSI NO. Neste trabalho, analisamos a presença da multimodalidade em editoriais buscando compreender a sua contribuição na elaboração deste gênero, bem como pretendemos apontar caminhos para o trabalho com a multimodalidade no ensino de língua materna. Para tanto, selecionamos doze editoriais, coletados dos suportes: Agenda Cultural, Revista JC, Almanaque Saraiva, UERN, Seleções, Giro e Universitária News. Amparamo­nos nas discussões sobre gêneros textuais de Bakhtin (2000) e Marcuschi (2005); nos estudos sobre multimodalidade de Dionísio (2005), Kress e van Leeuwen (2006) e Mozdzenski (2006); e nas discussões sobre o gênero editorial de Souza (2006). Verificamos que os editoriais analisados apresentam em sua composição elementos não verbais, tais como cores e fontes diversificadas, que corroboram com a construção de sentidos, dialogando com o texto verbal do gênero analisado. Tais resultados nos fizerem compreender que o ensino do gênero editorial, bem como o de outros gêneros opinativos, não deve deixar de considerar os aspectos multimodais. Devemos, pois, fazer uso do editorial em sala de aula com vistas a proporcionar aos discentes a construção de um letramento visual, pois a eles não basta apenas ter um conhecimento sistemático da leitura e escrita, mas compreender esse gênero em sua toda a sua complexidade. 3. Noelma Cristina Ferreira dos Santos (UEPB) GÊN EROS TEXTU AI S DA M Í DI A IM P RESSA: REFLEXÕES SOBRE A P ROP OSTA DE TRABALHO DE UM CURSO DE FORMAÇÃO DE P ROFESSORES. Mídias Integradas na Educação é um curso a distância, oferecido pelo MEC, para formação continuada de professores do ensino fundamental e médio. O Material do Mídias é disponibilizado através da plataforma do e­proinfo e é dividido em três ciclos: o básico, o intermediário e a especialização. Cada ciclo é dividido em módulos, dentre os quais chama­nos atenção o Módulo Material Impresso do Ciclo Intermediário, cujo enfoque é em Gêneros textuais. Nosso objetivo geral é analisar a concepção de gênero textual inerente a esse curso. Especificamente, pretendemos investigar como a concepção adotada no módulo se reflete nas atividades elaboradas pelos alunos. O nosso interesse se justifica, primeiramente, porque o curso é oferecido, completamente, a distância e, em segundo lugar, porque é oferecido para professores de várias áreas e não apenas de língua portuguesa. Precisamos refletir se é possível haver uma compreensão da complexidade do trabalho com gêneros textuais diante dessas condições: ensino a distância e professores de áreas diversas. Inicialmente, fazemos a análise do conteúdo do módulo, num segundo momento, das atividades propostas e sua relação com o conteúdo e, finalmente, investigamos a repercussão que o conteúdo tem nas atividades produzidas pelos alunos. 4. Roberta Varginha Ramos Caiado (UFPE/Universo) LI VROS DIDÁTI COS DE LÍ NGU A P ORTUGUESA: O TRATAM ENTO DADO AOS M ATERI A IS TEXTU A IS RELACI ON ADOS ÀS NOVAS TECNOLOGI AS DA I NFORM AÇÃO E COM UN I CAÇÃO. Nossa pesquisa teve por objetivo identificar e analisar a presença e as possíveis situações de uso dos materiais textuais relacionados às novas tecnologias da informação e comunicação (TIC) em Livros Didáticos de Português (5ª a 8ª série), aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático de 2005 e de 2008. Concordando com Batista e Rojo (2005), entendemos que o manual didático representa uma oportunidade especial de acesso gratuito à leitura e à escrita dos mais variados gêneros textuais e constitui um conjunto de possibilidades de ensino, a partir das quais a escola seleciona seus saberes, os organiza e os aborda. Examinando todas as coleções aprovadas pelo PNLD 2005 e 2008 identificamos aquelas que se propunham a trabalhar com as novas TIC. Tendo localizado oito coleções que atendiam ao critério mencionado, estabelecemos categorias de análise. Constatamos um
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 29 predomínio de textos (de gêneros variados) extraídos de sites da internet, bem como indicações de sites para pesquisa, ao lado de uma presença muito reduzida de e­gêneros, produção de e­gêneros e “linguagem digital”. Os dados apontam, portanto, que a realidade digital apresenta, ainda, baixa representatividade nos manuais didáticos que acompanham o cotidiano do trabalho do professor e do aluno em nossas escolas. 5. Hainer Bezerra de Farias (Centro das Mulheres do Cabo) SOCIEDADE OR AL: CONTR I BU I ÇÕES TEÓRI CAS P AR A UM A RADI OFON I A EDUCA TIVA. O presente texto faz a reflexão das contribuições dos estudos sobre as sociedades orais para a educação radiofônica, estabelecendo um paralelo entre as teorias e a utilização contemporânea do meio rádio. 18 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO I NDI V IDU A L – 13 Hora: 14h às 15h45 Lo cal: Sala 47 (2º andar do Centro de Arte s e Comunicação) TEM A: EXP ER IÊNCI AS P EDAGÓGI CAS M ULTI M ODAI S 1. Antonio Luciano Pontes (UECE) A SALI ÊNCIA V ISUA L EM DICI ONÁR IOS ESCOLARES O texto lexicográfico define­se como um texto multimodal, isto é, composto por mais de um modo de representação, compreendendo elementos verbais e não­verbais em sua constituição: em uma página do dicionário, além do código escrito, outras formas de representação como a cor e o tamanho da letra, a diagramação da página, a formatação do texto, a presença de ilustrações visuais, etc. interferem na mensagem a ser transmitida, assumindo várias funções e sentidos. Por isso não podemos lê­lo ou consultá­lo, prestando atenção apenas à mensagem escrita, pois esta co­existe com uma série de elementos representacionais, também semióticos. Nosso trabalho objetiva, então, estudar os dicionários escolares brasileiros, tendo em vista os aspectos de saliência presentes em sua composição visual. O corpus compõe­se de dicionários escolares. A análise baseia­se nas categorias de composição de texto multimodal, segundo Kress e Leeuwen (1996). A análise revela várias funções, em termos de saliência visual, voltadas aos aspectos gráficos. As funções identificadas: a) a de ajudar o consulente a encontrar o tema do enunciado lexicográfico; b) a de distinguir as informações contidas dentro da microestrutura; c) a de remeter o leitor a outras partes do texto lexicográfico; d) a de localizar palavras em uma página do dicionário. 2. Francisco Edmar Cialdine Arruda (UECE) ASP ECTOS M I CROESTRUTUR A IS DO DI CION ÁRI O ELETRÔN I CO DA LÍ NGUA BRASILEIR A DE SI NA I S 2005 No Brasil, ao contrário do que acreditamos, existem diversas comunidades lingüísticas minoritárias, das quais podemos destacar a comunidade surda e a LIBRAS, como sua língua natural. Após sua oficialização como língua pela lei no. 10.436 de 24 de Abril de 2002, o interesse sobre Surdez se intensificou, haja vista o crescimento de pesquisas sobre o tema nos cursos superiores. Como conseqüência dessas pesquisas temos a produção de dicionários de LIBRAS, em especial dicionário eletrônico, utilizado como corpus deste trabalho. Os dicionários eletrônicos são produtos resultados de estudos que unem a Lexicografia, a Lingüística Hipertextual. No entanto, é necessário que se ressalte que, do mesmo modo que seus equivalentes em papel, os dicionários eletrônicos não são perfeitos e devem ser analisados constantemente sob a luz das teorias acima. Nosso objetivo nessa comunicação é apenas apresentar uma análise da microestrutura do referido dicionário eletrônico. Este estudo é parte de uma pesquisa maior em que elaboraremos uma proposta de uma microestrutura para um dicionário escolar de ciências para surdos. Tal pesquisa faz parte dos estudos promovidos pelo LETENS – Grupo de estudos em Lexicografia, Terminologia e Ensino – do Mestrado de Lingüística Aplicada da UECE, sob orientação do prof. Dr. Antônio Luciano Pontes. 3. Dannytza Serra Gomes (UFC) FAL IBRAS E SI NG W EBM ESSAGE: NOVA S TECNOLOGI AS P AR A A TRADUÇÃO LÍ NGU A P ORTUGUESA/ LI BRAS Este trabalho tem como objetivo identificar vantagens e desvantagens dos softwares Falibras e Sign WebMessage, que são tradutores de língua portuguesa/libras, com o intuito de verificar o qual contribui de forma mais adequada à educação dos surdos. Os softwares podem favorecer o
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 30 desenvolvimento do letramento digital desses indivíduos, além de difundir a escrita da língua de sinais, tão pouco conhecida mesmo entre os portadores de deficiência auditiva. Pretendemos, com este trabalho, estimular e ampliar as pesquisas que trazem o computador como ferramenta básica para o ensino de indivíduos com necessidades especiais, mais especificamente os surdos. 4. Marcelo El Khouri Buzato (Unicamp) M ULTIM ODALI DADE E P RÁTI CAS DI GI TA IS: O P AP EL DOS OBJ ETOS FRONTEIR I ÇOS Objetiva­se com essa comunicação divulgar parte da fundamentação teórica, assim como alguns dados preliminares, do projeto de pesquisa Práticas Fronteiriças na Inclusão Digital, em andamento desde fevereiro de 2008, sob coordenação do apresentador. Trabalha­se, no projeto, com os conceitos de multimodalidade e transmodalidade, essa última entendida como a possibilidade de um elemento semiótico participar de duas modalidades distintas (verbal e visual, por exemplo) simultaneamente, para interlocutores diferentes ou que interpelam diferentemente o texto (digital). Associado a esses conceitos está o funcionamento de que certos dispositivos, textos, idéias e/ou maneiras de fazer que atuam como objetos fronteiriços (boundary objects), isto é, artefatos(concretos ou simbólicos) que circulam entre comunidades de prática distintas, viabilizando o diálogo e a interpenetração entre as práticas. Buscar­se­á descrever e discutir o funcionamento de alguns dos objetos fronteiriços já identificados pela pesquisa, assim como sugerir implicações dessas discussões para a educação em línguas, para a formação de professores e para a produção de materiais didáticos. 5. Ismar Inácio dos Santos Filho A FOTOGRAFI A NA CONSTRUÇÃO DE SENTI DOS EM REP ORTAGENS DE DIVULGAÇÃO CIENTÍ FICA A revista Nova Escola é compreendida como uma agência de formação de professores e que, a partir de 2000, tem nas reportagens que abordam o processo de ensino­aprendizagem de leitura e produção de textos a divulgação científica dos estudos de linguagem como o modo específico de produzir significados (SANTOS FILHO, 2007a; 2007b; 2008). Assim, tomando esses textos como dispositivo pedagógico, buscamos compreender a participação da fotografia, enquanto gênero (BARONAS, 2004) intercalado, na construção de sentidos nas referidas reportagens. Para alcançar este objetivo, analisamos as fotografias nesse gênero entre as edições n° 135 (set/2000) e nº 213 (jun/jul/2008), refletindo sobre sua “construção” e os mecanismos de hibridização ao gênero macro, focalizando, desta forma, os diversos sistemas semióticos. O corpus de análise é o material coletado para a pesquisa “A dialogia entre a revista Nova Escola e o professor­leitor: implicações para o trabalho docente” (SANTOS FILHO, 2007b), com exceção das reportagens publicadas no último ano. Tomamos como arcabouço teórico, para a análise, a Teoria da Multimodalidade, a partir de Kress e Van Leeuwen (1996) e dos estudos de Dionísio (2005), Pimenta e Santana (2007), Pinheiro e Magalhães (2006) e Vieira (2007), dentre outros. 19 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO I NDI V IDU A L SCI – 14 Hora: 9e15h às 11h Lo cal: Sala 33 (2º andar do Centro de Arte s e Comunicação) TEM A: HI P ERTEX TO, HIP ERM Í DI A E AP RENDI ZAGEM 1. José Carlos Leandro (UFPE) A DIM ENSÃO DO IDEOLÓGI CO NA DI SCURSI V IDADE DAS I M AGENS NO HIP ERT EXTO O presente artigo pretende refletir sobre a trajetória da linguagem imagética e discursiva de Eliseo Verón. Nosso objetivo é fazer uma exposição sobre alguns aspectos em que a imagem foi objeto de estudo em várias correntes teóricas que discutiram a ideologia como expressividade discursiva e polissêmica. Inserimos nesta perspectiva a discussão sobre a imagem nos discursos hipermidiáticos, especificamente a partir de seus pressupostos sobre o seu papel na construção do(s) efeito(s) de sentido nos discursos. Num primeiro momento, iremos expor, recorrendo aos estudos da Análise do Discurso, a polissemia em que se encontra eivada a noção de discurso, inserindo­se nesta perspectiva a discussão sobre a relevância da imagem na produção textual. Posteriormente, vamos nos ater a estudos que analisam a imagem e o texto, sobretudo na perspectiva da hipermodalidade. 2. Kátia Cilene da Silva (UFPE) Diógenes Maclyne Bezerra de Melo (UFPE)
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 31 SI GNI FI CADO OU TECNOLOGI A: QUAL DESSES ELEM ENTOS É P REP ONDERA NTE NA I NTERAÇÃO ENTRE SUJ EITO­TEX TO OU SUJ EI TO­ HIP ERT EXTO, RESP ECTIV AM ENTE? O presente trabalho discute o processo de interação evidenciando dois elementos. O significado ou a tecnologia vem como estes elementos que podem ser fatores de potencialização da interação entre sujeito­texto e sujeito­hipertexto, respectivamente. Com isso, o objetivo é verificar se o significado no texto faz o sujeito ter melhor interação ou se esta melhor interação está ligada apenas às tecnologias do hipertexto. Assim, com a análise dos materiais coletados, pretende­se oferecer subsídios para discussão dos resultados, os quais foram obtidos através da interação de leitores com textos e hipertextos. Espera­se identificar qual dos elementos (significado/tecnologia) é mais influente na interação e apontando­se os possíveis caminhos para construção de textos e hipertextos mais interativos. 3. João Gomes da Silva Neto (UFRN) Taciana de Lima Burgos (UERN) ESTRUTURA H IP ERM ÍDI A DE ENSI N O A DI STÂ NCI A V I A W EB COM O ESP AÇO DE I NTER AÇÃO E AVAL I AÇÃO No Brasil, o uso dos computadores e das estruturas hipermídia na educação representa uma realidade cada vez mais crescente e passou a exigir dos professores novos letramentos. Nesse sentido, em 2007, o MEC lançou o Programa de Formação Continuada em Mídias na Educação, voltado para o uso da TV, vídeo, rádio, impressos e internet. Os conteúdos do Mídias são distribuídos em diferentes módulos temáticos através do portal educacional www.eproinfo.com.br. O nosso trabalho visa analisar como o usuário cursista se relaciona com os elementos hipermidiáticos (cor, som, hipertexto, vídeo, imagem, elementos gráficos e animação) das interfaces dos quatro módulos que integram o ciclo intermediário do Mídias, já que cada elemento deve ser identificado, lido, compreendido, interpretado e memorizado quando empregado de forma individual ou em conjunto. Esse relacionamento é, num primeiro momento, observado em termos de interação sujeito/elementos hipermidiáticos, numa perspectiva analítica em que tais elementos são percebidos como recursos indissociáveis de ensino e aprendizagem no campo de EaD. De modo mais específico, pensamos a interação do sujeito aprendiz/máquina, considerando a complexidade dos fatores envolvidos nessa relação, notadamente as demandas cognitivas aí envolvidas. A análise baseia­se numa amostragem de questionários de avaliação da interface feita pelos cursistas desse ciclo. A pertinência se dá uma vez que o modelo de avaliação aplicado para medir o letramento dos cursistas do programa inclui ações como: a localização de conteúdos textuais, imagéticos e sonoros; postagem de atividades em áreas determinadas; interação em fóruns de discussão e salas de bate­papo, e a criação de atividades que relacionem diferentes mídias, ou seja: um formato avaliativo que depende inteiramente da estrutura hipermídia. Esperamos, com isso, contribuir para o avanço dos estudos sobre as relações interativas entre os elementos os usuários dessa estrutura e os elementos verbais e não­verbais das interfaces nessa modalidade de educação. 4. Daniel de Mello Ferraz (USP) A I NTERP RETAÇÃO DE I M AGENS E HI P ER IM AGENS P ELO ALU NO UN IVERSI TÁRI O O homem tipográfico, ou seja, aquele que faz da escrita linear seu modo principal de entender a realidade (McLuhan in Lima 2002) não representa mais os contextos social e educacional do séc. XXI uma vez que as transformações providas com a invenção/desenvolvimento das novas tecnologias sugerem uma mudança de paradigmas de leitura: o novo leitor deve lidar com as imagens e sons presentes em livros, e­books, cinema e cinema digital e com a não­linearidade da comunicação própria ao livro impresso. Essas transformações, como pequenas revoluções, introduzem a multimodalidade dos textos ao cotidiano e conseqüentemente alteram a maneira de lermos bem como o próprio conceito do ler. À luz das teorias dos multiletramentos (Cope & Katantziz 1996) e dos letramentos digitais (Lankshear & Snyder 2000, Monte Mor 2007, Castells 1999), a presente comunicação investiga a leitura e interpretação de textos multimodais (hipertextos e textos imagéticos) pelo aluno universitário brasileiro. 5. Diógenes Maclyne Bezerra de Melo (UFPE) Kátia Cilene da Silva (UFPE) TRANSM I SSÃO DE I NFORM AÇÃO: A TELEV ISÃO COM O M EIO DE I NCLU I R P ARA EXCLU IR P ESSOAS Este artigo discute a influência das informações sobre as pessoas, por meio das mídias. Para isso, a televisão foi escolhida por ser um instrumento através do qual quase todas as pessoas são apresentadas às mesmas informações, independente de classe social. A pretensão é oferecer subsídios para refletir se as informações divulgadas, pela televisão, incluem para excluir as pessoas de classe
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 32 mais humilde. A valorização dessa mídia aos costumes das classes sociais dominantes, a sua influência no processo de inclusão do cidadão pelo acesso à informação e o processo posterior de exclusão vem para enfatizar tal discussão, considerando­se que o fato de ter acesso à informação não significa ter acesso à mesma de forma materializada. Espera­se, assim, oferecer elementos para a reflexão sobre esta relação, mostrando caminhos para o esclarecimento de como se processa a exclusão a partir do momento em que o cidadão conhece algo que não pode possuir. 19 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO I NDI V IDU A L SCI ­ 15 Hora: 9e15h às 11h Lo cal: Sala 34 (2º andar do Centro de Arte s e Comunicação) TEM A: AP RENDIZAGEM COLABORATIV A NA W EB 1. Jaciara Josefa Gomes (SEDUC­PE/Escola Padre Machado) EDUCAÇÃO A DISTÂNCI A: A EXP ERI ÊN CI A DA SEN ASP A inserção de novas tecnologias da informação na educação está promovendo consideráveis mudanças no processo de ensino­aprendizagem. Nesse campo, a educação a distância vem se estabelecendo como uma importante aliada no mundo atual em que, mais do que nunca, o tempo, ou sua falta, se tornou um grande vilão. Não é de se estranhar que importantes instituições de ensino e outros órgãos estejam abrindo cada vez mais espaço para essa “nova” forma de ensinar e aprender. É o caso da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) que desde 2005 lançou mão da modalidade a distância e apresenta relevantes resultados (como o aumento do número de alunos, de cursos oferecidos e de profissionais envolvidos). Esses aspectos nos levam a investigar a que se deve esse avanço e que implicações representam na formação/atuação do profissional de segurança pública por todo o país. Todavia, também discutimos a credibilidade de tais cursos e levantamos hipóteses sobre a evasão, um problema a ser vencido. 2. Márcio Silveira Lemgruber (UFJF) M EDI A ÇÃO P EDAGÓGI CA NA EDUCAÇÃ O A DI STÂ NCI A Apresento um panorama da EaD no Brasil, trazendo dados de sua expansão e aspectos da legislação. Argumento no sentido da superação de visões reducionistas, que tomam a tecnologia como determinante, em detrimento da concepção pedagógica. Discuto a função que emerge na educação a distância, a tutoria, que está em processo de regulamentação. Entendo­a eminentemente pedagógica, não um fazer tecnicista. 3. Francisca das Chagas Soares Reis (UFC) I NFORM ÁTI CA EDUCATIV A, LETRAM ENTO DI GI TA L E AP RENDIZAGEM M EDI ADA: P OSSI BI LI DADES DE ARTI CULAÇÃO. Nos dias atuais, a presença do aparato tecnológico nos mais variados ambientes vem demonstrando que a sua usabilidade é viável e necessária para a inserção sócio­cultural dos que neles convivem. Esse fato faz com que seja importante para o indivíduo, apropriar­se dos conhecimentos necessários à sua inclusão no mundo digital. E a escola, como espaço difusor de saberes e conhecimentos, não pode ficar alheia a essa necessidade; portanto, vem demonstrando, aos poucos, agregar essa tecnologia em suas atividades. Além disso, o professor, mobilizado pela intenção de promover o desenvolvimento de estruturas cognitivas que favoreçam a aprendizagem, passa a utilizar­se da informática como recurso pedagógico para mediar novos conhecimentos. Esse uso visa não só apresentar conteúdos específicos de uma determinada disciplina, como no caso dos objetos de aprendizagem e dos jogos; como também do uso de softwares para promover o letramento digital. Este trabalho objetiva apresentar possibilidades de utilização da informática como uma estratégia enriquecedora (VALENTE, 1993) no processo de construção do conhecimento e do letramento digital, à luz da Experiência de Aprendizagem Mediada (EAM), de Reuven Feuerstein. 4. Wellington Antonio Soares (CDTN/CNEN/UFMG) ESTRATÉGI A UTI LIZA DA NO ESTÍM ULO AO ESTUDO DE DISCI P LI NAS TENDO A TECNOLOGI A NUCLEAR COM O INSTRUM ENTO DE DI VULGAÇÃO Apresentar a tecnologia nuclear ao público leigo é um desafio para os comunicadores do setor nuclear, em razão dos preconceitos existentes, fruto da origem bélica dessa tecnologia e dos acidentes nucleares e radiológicos. Buscando conscientizar a sociedade sobre aplicações dessa tecnologia no dia­ a­dia, o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear mantém, desde a década de 80, um
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 33 programa de atendimento a estudantes. No final de 2004, esse programa foi reforçado com a aprovação do projeto “Energia nuclear: exposições itinerantes” no 1º Edital de popularização da ciência da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). O projeto, direcionado para estudantes de ensino médio da rede pública, teve como objetivo o estímulo ao estudo de disciplinas como Física, Química, Biologia, Matemática, etc. A estratégia utilizada foi demonstrar como os conceitos aprendidos nas disciplinas são utilizados na tecnologia nuclear. Animações gráficas, edição de filmes de curta duração e analogias fizeram parte da citada estratégia, em palestras que contou às vezes com a presença de até 400 estudantes. Onze mil alunos foram atingidos pelo projeto, que foi estendido também a cerca de mil professores da rede estadual de ensino médio, em reciclagem em curso na Faculdade de Educação da UFMG. 5. Wânia Belo Maia (Faculdade Maurício de Nassau) O CIBERESP AÇO N A EDUCAÇÃO CON TI NU ADA EM BI OQU ÍM ICA CLÍ NI CA Esse trabalho está sendo aplicado ao estágio curricular dos alunos do ensino médio e graduação, na ULAB/HC/UFPE. Surgiu para dar continuidade ao aprendizado técnico­científico dos estudantes e dos profissionais e, melhorar as relações humanas no trabalho. É um espaço virtual, destinado à construção coletiva do conhecimento na área de Bioquímica Clínica. É um ambiente interativo que permite aos usuários cadastrados como professor/coordenador (profissional) e aluno/cientista (estagiário), acesso irrestrito à postagem de conteúdos (aulas, textos, animações), a consultas, discussões assíncronas (fóruns, e­mail), discussões síncronas (chats, videoconferências). Após orientações presenciais sobre inscrições no ambiente e manuseio da nova ferramenta de aprendizagem, deu­se início à construção no ciberespaço, pelos estagiários, sob orientação e supervisão dos profissionais. A eficiência do ciberespaço foi avaliada a partir dos relatórios colhidos em agosto de 2008: a adesão ao ambiente foi satisfatória, com 84 usuários inscritos, 517 acessos e 71 conteúdos disponibilizados nos diversos setores do laboratório virtual. O trabalho continua sendo aplicado, e novas adesões estão ocorrendo. Pretendemos ampliá­lo para servir como site de educação continuada, permanente. As interfaces tecnológicas instituem uma interação, em que cada um é potencialmente autor, a partir de contratos de interesses e de saberes comuns. Palavras chaves: Ciberespaço, educação on­line, educação continuada. 6. Samuel de Carvalho Lima (UFC) ATU ALI ZAÇÃO DAS P RÁTICAS LETRADA S EM AM BIENTES DI GI TA I S EM CONTEX TO DE AP RENDIZAGEM O presente trabalho tem como objetivo confrontar as reflexões teóricas acerca das novas práticas sociais de leitura e escrita em ambientes digitais com os resultados de pesquisa envolvendo o fenômeno letramento digital no Brasil. Uma análise dessas contribuições é de interesse tanto para pesquisas na área de Lingüística Aplicada como para a Educação, uma vez que fornece um mapeamento das dimensões que lidam com o fenômeno letramento digital particularizando­o em relação às práticas de leitura e escrita realizadas em um contexto específico: o processo de ensino­ aprendizagem. A execução desta proposta baseou­se na comparação entre as ponderações sobre letramento digital, apresentadas por Shetzer e Warschauer (2000) e Xavier (2005), com os dados de pesquisas em Lingüística e Educação que investigam as práticas pedagógicas envolvendo as novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), em nível de Mestrado e Doutorado, desenvolvidas no intervalo de 2000 a 2007. Tal análise revelou que há uma distância considerável entre o que está sendo pensado acerca do desenvolvimento do letramento digital e a maneira como ele está sendo tratado nos contextos pedagógicos. Como conclusão, verificou­se que necessitamos percorrer um longo caminho no que se refere, principalmente, à exclusão digital. 19 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO I NDI V IDU A L SCI – 16 Hora: 9e15h às 11h Lo cal: Sala 47 (2º andar do Centro de Arte s e Comunicação) TEM A: AP RENDIZAGEM EM AM BI ENTES VI RTU A I S 1. Angela Maranhão Gandier (UFF) EDUCAÇÃO N A M ODALI DADE A DISTÂN CIA : NOVO P AR ADI GM A, NOVAS EXI GÊNCI AS A partir da experiência de professora­assistente no Curso de Letras na Modalidade à Distância da Universidade Federal de Pernambuco, o nosso propósito é o de refletir sobre a possibilidade de alcançarmos resultados positivos na inovadora utilização das novas tecnologias na aprendizagem.
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 34 Nesse sentido, novas posturas e procedimentos são exigidos tanto do professor como do aluno. Pretendemos, ainda, dar relevo especial ao que se constitui como o núcleo problemático desta nova modalidade de ensino, na qual é fundamental que a relação do sujeito com o objeto do conhecimento seja conduzida de forma autoditada para que seja alcançado o objetivo do Curso de Letras, o de formar competências para ensino e pesquisa. 2. Larissa Pereira Almeida (UFC/FGF) BLOG, P ODCAST E Y OUTUB E: CONV IV ÊNCI A E CONV ERGÊNCI A DE M ÍDIAS NO AP RENDI ZADO DE DI SCIP LI NA TEÓRICA NA GRADU AÇÃO EM J ORNALI SM O Os portais de informação e de entretenimento estão caminhando para consolidação (ainda que dinâmica e sem data para acabar) na internet 2.0. Em seus traços evolutivos, estão passando do papel da confluência de mídias para o da convivência de mídias. O objetivo deste trabalho é tentar identificar mecanismos letramento a partir do uso dos recursos midiáticos (e da convivência deles) em uma disciplina teórica como Teoria da Comunicação. A pesquisa, no momento ainda preliminar, envolve 25 alunos matriculados na disciplina que desenvolvem um blog para discutir as teorias da comunicação através de pequenos textos, podcasts e vídeos curtos. Assim, a pesquisa aborda os desafios desta comunidade de aprendizagem em envolver comprometimento e assimilações enquanto sujeito, enquanto possibilidade de compreensão do gênero trabalhado e do objeto de estudo da disciplina, do uso dos instrumentos tecnológicos e da postura diante de regras de convivência e uso no meio virtual. Para este trabalho, usamos como base teórica os postulados de Castells (2004), Santaella (2003), Xavier (2002). Entre a prévia dos resultados, podemos identificar a convivência harmônica entre os gêneros e os temas, com diálogo marcado entre as mídias escolhidas. 3. Vera Silva dos Santos (SENAC­SP/USP) W I KI COM O AM BI ENTE DE CONSTRUÇÃO COLABORA TI VA DE TEXTOS M ULTIM ODA IS EM DIVERSOS CONTEXTOS EDUCACION A IS A utilização da interface wiki como ambiente de escrita colaborativa em educação é relativamente nova, mas já aponta para caminhos bastante promissores, como os descritos neste trabalho.Atualmente desenvolvendo pesquisa de mestrado sobre a interface wiki* como ambiente de construção colaborativa de textos multimodais, no Departamento de Línguas Modernas da USP, a pesquisadora descreve e analisa sua experiência com o uso de wikis. Primeiro, comenta e exemplifica a utilização de sites wiki como aluna, em distintos momentos de seu curso de pós­graduação. Depois, se atém mais detidamente à pesquisa desenvolvida como professora de criação de sites wiki em um cenário de educação não­formal: um telecentro da cidade de São Paulo. *Wiki é um software colaborativo que permite que as páginas nele criadas possam ser editadas online e por várias pessoas ao mesmo tempo. Porém, cada nova edição é armazenada no histórico da página, que pode ser acessado a qualquer momento possibilitando que se revertam edições anteriores. Um exemplo bem sucedido da utilização do software wiki para escrita colaborativa é a Wikipedia, uma enciclopédia online que está sendo escrita por milhões de voluntários em todo o mundo (http:www.wikipedia.org). 4. Carlos Frederico d’Andrea (UFV) RETEXTUALI ZAÇÃO " EM TEM P O REAL" NA W I KI P ÉDIA : A EDI ÇÃ O COLETI VA DOS ARTI GOS SOBRE O VÔO TAM 3054 Este artigo pretende apresentar mapear e discutir a redação e edição coletivas das primeiras versões de um artigo ("Vôo TAM 3054") da Wikipédia em português . A partir do conceito de "hipertexto colaborativo" e das diferentes características e objetivos das contribuições textuais dos wikipedistas, pretendemos caracterizar o constante processo de retextualização marcado por relações de cooperação e conflito entre os usuários. 5. Gonzalo Enrique Abio Vírsida NAV EGAR FAZENDO OU ALGUM AS EXP ERI ÊNCI AS COM BLOGS E TAREFAS NUM A ABORDAGEM P OR COM P ETÊNCI AS P ARA A FORM AÇÃO DIGI TAL DE P ROFESSORES DE ESP ANHOL A formação digital dos professores é uma necessidade dos tempos atuais. As TIC podem complementar os estudos dos alunos nas aulas ou fora delas, e também servir como espaço para a formação continuada do docente. Neste trabalho pretendo descrever e refletir sobre o desenvolvimento, colocação em prática e resultados obtidos em duas experiências de cursos de curta duração dirigidos para a formação de professores de espanhol, nos quais foram usados weblogs com formatos diferentes. Um deles mantinha o formato seqüencial característico dos weblogs enquanto que o outro foi preparado para uma navegação através de módulos. Também, discuto aqui sobre a importância de atender aos princípios básicos de usabilidade que devem ser seguidos na preparação de hipertextos digitais instrucionais em geral, assim como o uso de tarefas que auxiliam no
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 35 desenvolvimento das competências necessárias para um trabalho eficiente com as TIC aplicadas à educação. 19 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO I NDI V IDU A L SCI – 17 Hora: 9e15h às 11h Lo cal: M ini­Auditório 01 (Térre o do Centro de Artes e Comunicação) TEM A: REFLEXÕES SOBRE HI P ERTEX TO, LI TERA TURA E AFI NS 1. Suzana Ferreira Paulino (UFPE) Noádia Iris da Silva (UFPE) DA LEI TURA DO M UNDO À LEI TUR A DA TELA : UM ESTUDO DE CASO A imagem constitui­se num elemento de grande potencial veiculador de mensagem sendo, portanto, o seu uso muito indicado no processo pedagógico. a leitura de imagem pode ser trabalhada em sala de aula para desenvolver o senso crítico e a percepção da realidade nos alunos. A compreensão e interpretação da mensagem dependem da competência leitora do interactante e de seus conhecimentos prévios para estabelecer relações e fazer adequações coerentes com o contexto. Partimos do pressuposto de que o significado do texto reside parte no texto, parte no leitor que é capaz de atribuir sentido ao mesmo de acordo com sua visão de mundo e suas experiências. Este trabalho apresenta um percurso evolutivo do processo de leitura, passando pela leitura de mundo e chegando à leitura hipertextual. Focalizaremos a construção de significado a partir de textos imagéticos com um sujeito informante de nível superior, feforçando a importância de o indivíduo acionar seus referentes e conhecimentos prévios para interpretar o significado da mensagem. Nossa pesquisa está baseada nos pressupostos teóricos da semiótica, Freire (2004), Xavier (2004) e Koch (1997, 2002) e pretende comprovar a eficácia do uso da imagem como ferramenta pedagógica. 2. Luciano Rodrigues Lima (UFBA/UNEB) O VÍDEO P OEM A COM O P ERFORM ANCE: M OVIM ENTO E CORP OREI DADE VI RTUAL DA P ALAVRA Este trabalho discute a natureza “performática” e inter­semiótica do vídeo­poema, ligada à noção de arte como performance, isto é como um processo contínuo e não como um produto acabado, uma característica da contemporaneidade. Aspectos como virtualidade, criatividade, interatividade e imprevisibilidade na construção e recepção do vídeo­poema são discutidos aqui. Como exemplificação, serão descritos e indicados vídeo­poemas disponíveis na internet. Por último, são sugeridos alguns recursos técnicos de fácil acesso contidos no programa PowerPoint, relativos a efeitos sonoros e visuais, tanto fechados (acessáveis a partir de um repertório limitado dentro do próprio software) quanto abertos (inseridos a partir de qualquer música, filme ou vídeo já gravados), para a construção de vídeo­poemas. 3. Madson Góis Diniz (UFPB) P OÉTI CAS DI GI TA I S E DI ÁSP ORAS LITERÁR I AS NO H IP ERTEX TO A condição pós­moderna e os desdobramentos sócio­políticos do conceito de estética têm redimensionado as práticas literárias dentro da ótica da globalização, levando­se em conta as dinâmicas dos entre­lugares, das culturas das margens e o apelo inclusivo das artes. Esses movimentos literários encontram na internet, através do hipertexto, o espaço ideal para construção de uma literatura híbrida, marcada pela diáspora e pela formação de identidades, constituindo etno­ paisagens virtuais, a partir das quais texto, áudio e vídeo se re­agrupam numa nova poesis, a poética digital. Essa nova perspectiva literária, além de complexa, prescinde das interconexões entre os usuários­autores, trazendo para os sites installments de ideoculturas distintas num sistema de diásporas e vozes desterritorializadas, que encontram no meio virtual, o medium ideal para se fazer ouvir. Esses espaços hipertextuais derrubam os limites de gênero, raça e minorias através do anonimato e evocam a oralidade como elemento estético central, dessacralizando assim a escrita. Objetivamos, finalmente, fazer breves considerações sobre a poética digital, das suas implicações sociais, antropológicas e estéticas, e de como o hipertexto operacionaliza práticas sócio­ inclusivas, em ações centrípetas de autoria e escritura. 4. Marcia Cristina de Miranda Lyra (Instituto de Educação Arte e Cultura Ladjane Bandeira) CRI AÇÃO DE EBOOKS I NFA NTI S: TRADUZI NDO O ESP AÇO VI RTUAL
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 36 Ao sensibilizarmos o individuo à reflexão das dinâmicas hipertextuais do Cyberespaço em atividades artísticas também fora do ambiente computacional proporcionamos­lhe a oportunidade de construção de um saber enquanto informação passível de apreensão de que o sujeito dele se apropria espontaneamente (condicionada a uma relação com a linguagem e o tempo). Desenvolvemos atividades complementares à escola formal num discurso técnico­artístico à formação de um leitor crítico. As oficinas educativas compõem­se de atividades de livre expressão que culminam com a produção literária de livretos digitais (ebooks) produzidos por crianças na faixa dos 10 a 14 anos, no uso de simples ferramentas de edição (BrOffice) em ambiente de Software Livre. Os ebooks escritos pelas crianças são publicados na internet (http://www.ladjanebandeira.org/bpa/biblio­virtual.html). O processo de sua criação envolve atividades apoiadas pelos recursos da Arteterapia e da Arte/Educação em meio as questões éticas, culturais e sociais das dinâmicas hipertextuais não só da escrita e da leitura mas das engrenagens e dinamismos da Cybercultura. Tais atividades realizam­se na Biblioteca Pública do bairro de Afogados, no Recife, e oferecidas gratuitamente à comunidade. 5. Elton Casado Fireman Maria do Socôrro Dias de Oliveira Thaise Marques de Mesquita A LI TERA TURA I NFA NTI L NO OBJ ETO VI RTUAL DE AP RENDI ZAGEM “ REI N O ESP ERANÇA” : O SUM I ÇO DE GRACIOSA Este artigo apresenta uma experiência na construção de um objeto de aprendizagem na área de Educação Matemática, denominado “Reino Esperança: O sumiço de Graciosa”. Aborda as Tecnologias da Informação e da Comunicação ­ TIC conceituando os objetos de aprendizagem. Além disso, apresenta a literatura infantil aliada à Educação Matemática com a finalidade de atender ao universo infantil. 19 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO I NDI V IDU A L SCI ­ 18 Hora: 14h às 15h45 Lo cal: Sala 33 (2º andar do Centro de Arte s e Comunicação) TEM A: HI P ERTEX TO NO ENSI NO/ AP RENDI ZAGEM DE LI TER ATURA 1. César Giusti (UFPE) M ULTIM EIOS, HIP ERTEXTUALI DADE E LITERATURA. Com o título de "Multimeios, Hipertextualidade e Literatura", apresentamos em 2 partes uma proposta que visa, eminentemente, a prática do ensino da literatura em meios eletrônicos. O objetivo é apresentar propostas de como criar software para o ensino de literatura, sobretudo para alunos universitários que deverão "enfrentar" a eventual realidade das escolas portadoras do notebook de 100 dólares. Nossa ênfase, portanto, incidirá sobre a práxis da Metaprodução. A primeira parte (Teoria) consta dos seguintes tópicos: 1. Breves Considerações Teóricas sobre Multimeios, Texto, Hipertextualidade, Literatura; 2. Percurso histórico: do Talmude à Web2; 3. O percurso da Intertextualidade: teoria e prática; A segunda parte (Prática) contém: 1. Como programar Livros e Antologias:a) Antologia Temática; b) Antologia de Autor; c) Um livro (sem comentários); d) Um livro (com comentários); e) Um livro com tooltip; f) Outro livro com tooltip; 2. Espaço para a Metaprodução: a) O Livro programado. 2. Fabiana Móes Miranda (UFPE) FANDOM E FÓRU NS: AUTO­AP RENDI ZAGEM E I NTER AÇÃO COM H ARRY P OTTER. Este trabalho demonstra os resultados de uma pesquisa feita a partir dos fóruns do Fandom de Harry Potter. Nesta perspectiva, a pesquisa se desenvolveu buscando compreender e analisar como os jovens leitores – público infanto­juvenil – construíram, a partir de sua interação com a comunidade criada pelos fãs/leitores/escritores do livro da britânica J.K Rowling, uma forma de auto­ aprendizagem. Essa auto­aprendizagem compartilhada também sendo responsável por uma formação crítica entre os participantes destes grupos. Desta forma, como foi direcionada a recepção e interpretação dos livros da série Harry Potter. 3. Hanny Saraiva Ferreira (UERJ) ARTE AUDIOV ISU AL DE LI TER ATURA.
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 37 Produzir um vídeo através de mídia digital e publicá­lo na web é fácil e tem custo baixo. Porém apreender essas imagens em movimento integrando linguagens e narrativas vai muito além do que apertar um botão e captar imagens. Cinema não é somente imagem e som, mas também uma forma de narrar estórias e ser um objeto educacional. E como diz o crítico Kenneth Burke, estórias são equipamentos para a vida. Partindo desse princípio, o artigo visa mostrar os processos para se aplicar as narrativas de contos e roteiros no ambiente dos jovens da periferia do Rio de Janeiro e relacionar como as histórias literárias e cinematográficas podem agir em seus universos pessoais. Esse cruzamento do cinema com a literatura partiu da observação de que jovens passam mais tempo nas lan houses do que em casa. O objetivo é integrar a criatividade de cada pessoa à construção de blogs coletivos que poderão transformar a lan house em um espaço de troca de informações, idéias e aprendizagem. Trazer para a literatura a arte de roteirizar através de blogs é multiplicar a criatividade e a colaboração coletiva, focando na autonomia, na convivência social e explorando toda a potencialidade do trabalho imaterial. 4. Ivon Rabêlo Rodrigues (UEPB) " NOM E" E A SUA IM AGEM : UM A LEI TURA UN IFI CADA. Instituições educativas contemporâneas devem utilizar­se de documentos compostos por diferentes blocos de informações interconectadas, tanto com partes do mesmo documento quanto com outros documentos que seguem o mesmo padrão de funcionamento: os hipertextos. Deslocando­se pelos movimentos inventivos do século XXI, após ter atravessado inúmeros mecanismos composicionais da modernidade, a sobrevivência dos textos poéticos utilizados no âmbito pedagógico só poderia se dar de maneira prismática, dialógica, multifacetada de meios plurais e suportes simultâneos pelos recursos gráficos, os quais geram universos de sentidos sugestivos, ampliando seus limites semânticos pelo auxílio do pacto com os meios de informatização. Assim é a produção do artista paulista Arnaldo Antunes, autor da coletâneade trinta videopoemas denominada NOME (1993), um trabalho desafiador, que, ao ser levado ao contexto pedagógico, revela a incorporação de vários fatores na construção de sua poética, dentre eles a instantaneidade, a interatividade, a imaterialidade e a reprodutibilidade infinita, alcançando assim algumas experiências diretamente relacionadas com o espectador do ciberespaço, como por exemplo, a restituição dos laços mais íntimos entre os signos e as coisas por eles designadas. 5. Romualdo dos Santos Correia (UEPB) LEITURA E DOW NLOADS: CONTR IB UIÇÕES DA I NTERNET P ARA A AQUI SI ÇÃO DO SABER LI TERÁR I O. O conhecimento literário esteve durante muito tempo ­ quase que exclusivamente ­ detido pela burguesia ocidental, cujos pressupostos de valores lhe eram intrínsecos e incompatíveis com outras estratificações populares. A partir, precisamente, do século XXI é que essas outras camadas, a saber, estudantes da rede pública e sujeitos que não figuram nos centros acadêmicos, puderam ter acesso ­ quase que ilimitado ­ à literatura em todos os seus gêneros com a disponibilidade de obras para download na internet. Neste ensaio, pretendo relacionar a aquisição do material midiático­literário com a construção do conhecimento que, de certa forma, também constrói uma nova identidade, uma nova forma de ler o mundo. Palavras­chave: download; internet; literatura. 19 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO I NDI V IDU A L– 19 Hora: 14h às 15h45 Lo cal: Sala 34 (2º andar do Centro de Arte s e Comunicação) TEM A: USO DE TECNOLOGI AS N A AP RENDIZAGEM DE LÍ NGUAS 1. Vera Lúcia de Lucena Moura (UFPE) O DESENVOLV IM ENTO DA HAB ILI DADE ESCRITA ATRAV ÉS DA I NTER NET­ UM A EXP ERI ÊNCI A COLABOR ATI VA O desenvolvimento da habilidade escrita, num ambiente escolar, requer a troca de informações num contexto que se aproxime da realidade. Por isso, o leitor do texto não deve ser apenas o professor como também os colegas ou até mesmo outras pessoas. Além disso, o objetivo principal da leitura não pode ser a mera correção de erros, como no ensino tradicional, mas sim a comunicação de uma mensagem. Dessa forma, possibilita­se um maior envolvimento dos aprendizes, ao se alternarem nas funções de leitores e de escritores, assim como a execução de um trabalho colaborativo que tenha como enfoque principal o processo de desenvolvimento da escrita e não o seu produto final. Partindo desse princípio, alunos do curso de Letras da UFPE participaram de um projeto piloto que teve como
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 38 finalidade o uso de um blog, utilizado como ferramenta mediacional para a produção de textos em língua inglesa, objetivando a criação de uma revista virtual. O mencionado projeto fundamentou­se na Abordagem Colaborativa, com ênfase no conceito de mediação de Vygotsky. Os resultados da pesquisa revelam uma maior motivação dos alunos para executar as atividades escritas, maior percepção dos seus erros, maior responsabilidade pela sua aprendizagem, além de maior espírito colaborativo. Palavras­chave: escrita, mediação, blog. 2. Simone de Campos Reis (UFPE) “ FOR Y OU, ALW AY S ON A W EDNESDAY ON THE W EB” Moran (2005) e Sherry (1994) afirmam que para que a Educação a Distância seja um sucesso é preciso que haja interatividade entre professores e alunos; alunos e o ambiente de aprendizado e os alunos, entre si. Concordando com esta afirmação, este trabalho apresenta uma proposta para que esta interação possa ocorrer, tendo como princípio básico, uma comunicação que ocorra de modo sistemático e apropriado ao processo de ensino/aprendizagem de um idioma estrangeiro e levando em consideração que, como participantes ativos no processo de aprendizado, os alunos afetam e são afetados pelo material a ser aprendido. Salomon (apud Sherry) diz que o esforço que o aluno investe na tarefa de aprendizado vai depender da forma como ele vai perceber a pertinência do meio e da mensagem que ele contém e da sua habilidade em fazer algo significativo com o material que lhe é apresentado. De acordo com Sherry (1994), instruções em uma língua estrangeira apresentam dificuldades especiais que podem ser superadas através de práticas orais (vídeo conferencias) e estratégias instrucionais que visem encorajar diálogos e debates, com certa freqüência, entre os alunos e o professor. Desta forma o professor que já era um facilitador neste processo de ensino/aprendizagem face­a­face, vai se tornar um incentivador na medida em que possibilitar aos alunos o acesso e o conhecimento às informações que sejam significativas, nesta viagem mediada pelas tecnologias da informação, ao conhecimento. 3. Ricardo Portella de Aguiar (UFF) O AP ARATO RETÓR ICO T ECNOLÓGICO E OS NOVOS RUM OS DO AP RENDI ZADO A convivência entre o homem e a tecnologia é permeada, em grande parte, por conflitos morais, temores sociais e inversões nas relações de poder. Nesta complexa trama, onde os processos perceptivos e cognitivos do homem são colocados em planos imponderáveis, a linguagem surge, simultaneamente, como facilitadora e limitadora de ações. Analogias, regras de comportamentos e códigos definem esta aventura semiológica, e é no domínio da linguagem que se tornam mais evidentes os elementos próximos ou díspares entre o homem e a máquina. O aparecimento do computador e de todas as facilidades decorrentes deste arte facto tecnológico inaugura um novo paradigma que reconstrói os sistemas de sentido. Nesta direção, a presente comunicação objetiva um estudo que possa investigar as tangências e as distâncias entre as linguagens humanas e as "linguagens de programação", buscando entender o universo de saberes que determinam o ponto de convergência nas relações entre tecnologia e aprendizagem. 4. Aline Carolina Ferreira Farias O ESTUDO DE LÍ NGUA ESP ANHOLA A TRAVÉS DOS CHATS Esta pesquisa foi desenvolvida a partir da verificação da importância do estudo, em qualquer campo, com os gêneros digitais. Um lugar no universo digital de bastante interação são os chats e, por este motivo, nada melhor que estudar uma língua estrangeira através deles. Neste trabalho, trato especificamente do estudo da língua espanhola por estudantes brasileiros por meio dos chats (partindo da comunicação de um falante de língua portuguesa com um hispanofalante). Nele, pesquisei a seguinte hipótese: ainda que existam marcas de abreviações, siglas e transcrições fonéticas nos chats, a interação de estudantes brasileiros de língua espanhola, por meio dos chats, promove um desenvolvimento com mais rapidez e eficácia da aprendizagem de língua espanhola. Para investigar a hipótese, busquei aprendizes de língua espanhola de 18 a 32 anos, que inclui estudantes do NULC ­ Núcleo de Línguas e Cultura ­ e estudantes de graduação em Letras, ambos da Universidade Federal de Pernambuco ­ UFPE. A análise dos dados comprovou a hipótese apresentada. O objetivo geral desta investigação é comprovar a importância de aprender a língua espanhola de forma interativa com o gênero chat, largamente utilizado na contemporaneidade. Os objetivos secundários são: mostrar a importância da autonomia na aprendizagem de língua espanhola; comprovar a veracidade da afirmação que pôr a língua em uso é a melhor forma de aprendê­la e convencer aos aprendizes a um uso maior dos chats. Na construção deste artigo, me baseei em Araújo (2005); em Bakhtin (1997) e no mesmo autor em (2007:281). Diretrizo que ensino deve acompanhar, na medida do possível, o avanço gradual dos gêneros digitais. Pois estes são meios avançados e dinâmicos de conhecimentos e informações. Assim, o estudo de língua espanhola pode e deve estar concatenado e aberto a novas tecnologias, pois esta é a forma mais prática e direta de comunicar­se com o mundo sem sair de seu lugar de origem.
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 39 5. Fatiha Dechicha Parahyba (UFPE) A P RODUÇÃO TEX TUA L EM LÍ NGUA COM P UTADOR: UM BEM OU UM M AL? I NGLESA M EDI ADA P EL O É incontestável que a produção textual, considerada como ‘atividade complexa’ (Bereiter e Scardamalia, 1983; Garcez, 2004), tornou­se uma tarefa mais ágil depois do advento da tecnologia da informação. As facilidades propiciadas pelo computador com as diversas ferramentas de processador de texto ajudam o escritor, por exemplo, a revisar sua produção, quase que instantaneamente, e até a compartilhá­la em tempo real com outras pessoas. Os gêneros de Internet, e­mail, blog, e chat tornaram­se excelentes canais de aprendizagem (Garcia­Arroyo e Quintana, 2004; Paiva, 2001). Por outro lado, as ferramentas de busca auxiliam na pesquisa de vocabulário e expressões em dicionários on­line. Dessa forma, escrever com qualidade está ao alcance da maioria dos aprendizes. No entanto, o cenário atual entre os alunos universitários revela que há uma realização inadequada das atividades de produção textual, seja por meio de plágio, seja pelo uso de softwares de tradução. Nesse sentido, até que ponto estamos educando ou deseducando o aluno? É oportuno repensar o ensino­ aprendizagem da produção textual mediada pelo computador. Tal instrução deve ser aliada ao ensino de valores éticos. Para Fabrício (2006), o saber e a invenção devem ser associados a compromissos éticos. O trabalho analisa os pontos positivos e negativos dessa temática. Nesse sentido, esperamos que as reflexões apresentadas possam ampliar as discussões sobre o ensino e a aprendizagem mediados pelo computador, na tentativa de gerar e promover, em sala de aula, a construção do saber de forma ética. SESSÕES DE COMUNICAÇÃO COORDENADA 17 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO COORDENA DA ­ 01 Hora: 14h às 1 5h45 L ocal: Auditório do Cen tro de Educação Co orden adora 1. Iúta Lerche Vieira (UECE) I NTERNET , INFORMAÇÃ O E ENSI NO: CONTEXT O DO P ROJ ETO, OBJ ETI VOS E CONTRI BUI ÇÃ O O projeto em foco visa instrumentar o professor ou pesquisador iniciante nas áreas de ensino da escrita, letramento digital e estudos do hipertexto, através de um inventário de fontes e recursos da internet. O acervo online está sendo descrito quanto ao tipo de recurso(portais, websites, blogs, páginas pessoais, gêneros, softwares livres e ferramentas); domínio; língua; público­alvo; conteúdo/foco; links/atalhos; recursos multimídia. A iniciativa insere­se no contexto dos desafios que a escola enfrenta com a incorporação de novos letramentos, em especial a revalorização da escrita – base de todas as transações e práticas letradas através do computador. A explosão informativa da Internet e a importância estratégica de saber avaliar criticamente a informação tornam urgente que professores e estudantes saibam usar recursos da Internet no ensino e na pesquisa, dispondo de informações mais precisas sobre como selecioná­los e empregá­los. Nesta comunicação coordenada mostraremos como estamos trabalhando, com o sentido de agilizar a inserção do professor e pesquisador iniciante quanto ao conhecimento sobre recursos hoje disponíveis na Internet. A apresentação terá 4 partes: Internet, informação e ensino – Problemática e objetivos do projeto IRILDE; Descrição de recursos da Internet – Metodologia; Resultados parciais – Ensino da composição escrita; Resultados parciais – Letramento digital e Estudos do hipertexto. 2. Rozania Maria Alves de Moraes (UECE) DESCRI ÇÃO DE RECURSOS NA I NTERNET: M ETODOLOGI A DO P ROJ ETO I RI LDE Descrição de recursos da Internet: metodologia do Projeto IRILDE Integrando a sessão coordenada "Recursos da Internet para o letramento digital e ensino da escrita: o Projeto IRILDE", esta comunicação apresentará a metodologia utilizada no projeto. Trata­se de uma pesquisa descritiva, apoiando­se em métodos de observação sistemática, análise de conteúdo, análise de sites e desenvolvendo as etapas: preparação da equipe (fundamentação teórica e discussões preliminares); composição da amostra (busca e coleta de portais, websites, blogs, páginas pessoais); procedimentos
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 40 de análise (mapeamento das fontes, descrição dos dados, classificação e organização do acervo). Nesta etapa, os recursos são classificados a partir de uma matriz de análise e descrição, obedecendo a critérios de uso com fins pedagógicos, como por exemplo: tipo de recurso, língua­alvo, domínio, contato, público­alvo, foco, descrição do recurso, links importantes, etc. Objetivando elaborar um inventário de fontes e recursos da Internet a fim de orientar professores e pesquisadores iniciantes na seleção e avaliação crítica de material pedagógico disponível na rede, a pesquisa já apresenta resultados parciais bastante significativos: um conjunto de recursos descritos, contemplando os domínios da escrita, do letramento digital e dos estudos do hipertexto. 3. Águida Maria Alencar Freitas (UECE) RESULTADOS P ARCI A I S DO P ROJETO I RIL DE: ENSINO DA COM P OSI ÇÃO ESCRI TA Esta comunicação faz parte da Sessão Coordenada "Recursos da Internet para o letramento digital e ensino da escrita: o Projeto IRILDE". Nela, apresentaremos os resultados de análise obtidos a partir da descrição de sites voltados para o ensino da escrita, que envolvem recursos instrucionais para professores, pesquisadores e estudantes. Entre os sites analisados estão o da Associação Internacional de Leitura (IRA), o do Laboratório de Escrita Online (OWL) da Universidade de Purdue, da Biblioteca Pública da Internet (IPL) e o da Lectura y Vida ­ Revista Latino­americana de Leitura. 4. Daniel Victor Teixeira Parente (UECE) RESULTADOS P A RCIA I S DO P ROJET O I RI LDE: LETRAM ENTO DIGI TAL E ESTUDOS DO H I P ERTEXTO Dentro da Sessão Coordenada “Recursos da Internet para o letramento digital e ensino da escrita: o Projeto IRILDE”, apresentaremos nesta comunicação uma amostra das descrições de sites sobre Letramento digital e de Estudos do Hipertexto já realizados até o momento na pesquisa: EducaRede, Núcleo de Estudos do Hipertexto (NEHTE), Espace Pédagogique (François Mangenot), Blogger, Blog dos Blogs e as páginas pessoais de Nicholas C. Burbules e Vera Menezes. Destacaremos alguns recursos importantes para o professor e pesquisador iniciante. 18 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO COORDENA DA 02 Hora: 14h às 1 5h45 L ocal: M ini­Auditório 01 (té rreo do Centro d e Artes e Co municação ) Co orden adora 1. Maria Teresa de Assunção Freitas (PPGE/ CNPq /FAPEMIG) COM P UTADOR E INT ERNET NA “ REDE” DA ESCOL A: P ROVOCA ÇÕES TEÓRI CAS E EX P ERI ÊNCI AS DE P ESQUI SA Esta sessão coordenada envolve quatro trabalhos que têm como tema comum a discussão dos usos do computador e da internet na escola. O primeiro texto apresenta as bases teóricas da discussão destacando conceitos da abordagem psicológica histórico­cultural que permitem compreender o computador como um instrumento cultural de aprendizagem refletindo sobre suas possíveis mediações no ambiente escolar. O segundo texto relata os achados de uma pesquisa que acompanhou o trabalho de alunos do Ensino Médio, monitores em um laboratório de informática em uma escola pública, analisando as atividades por eles desenvolvidas nas relações com o contexto escolar. Em uma outra realidade, a da escola particular, se situa a terceira apresentação relatando uma experiência de pesquisa que, através de sessões reflexivas desenvolvidas com professores, confrontou­os com o letramento digital de seus alunos buscando formas de integrarem, à sua prática educativa, recursos da cibercultura. Concluindo a sessão, o último texto tem como temática uma pesquisa em andamento com professores e alunos de língua portuguesa, no colégio de aplicação de uma universidade federal, envolvendo trabalho com blogs literários considerados na perspectiva da teoria enunciativa de linguagem de Bakhtin como um gênero discursivo. 1. Maria Teresa de Assunção Freitas (PPGE/ CNPq /FAPEMIG) COM P UTADOR/ INTERNET COM O I NSTRUM ENT OS DE A P RENDI ZAGEM : UMA REFLEXÃO A P ART IR DA AB ORDAGEM P SI COLÓGI CA HI STÓRI CO­CULTURAL Neste texto discuto como a teoria histórico­cultural, através de seus conceitos básicos, permite pensar o computador e a internet como instrumentos de aprendizagem. Inicialmente, situo a escola refletindo sobre suas dificuldades para a incorporação do computador/internet à prática pedagógica dos professores. Em seguida, apresento uma reflexão teórica compreendendo o papel mediador exercido por estas tecnologias que se constituem, ao mesmo tempo, como instrumentos tecnológicos e simbólicos. O conceito de instrumento em Vygotsky indica a possibilidade de três classes de mediadores: a pessoa do outro, ferramentas materiais e ferramentas psicológicas. Essas três
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 41 mediações ocorrem no uso do computador/Internet: a mediação da ferramenta material (o computador enquanto máquina); a mediação semiótica (através da linguagem); e a mediação com os outros (interlocutores). Ao explorar essas possíveis mediações salientamos a importância que assume o professor como o responsável pela mediação humana no uso do computador e da internet na escola como instrumentos de aprendizagem. 3. Maria Leopoldina Pereira (PPGE/ CNPq /FAPEMIG) BL OGS L I TERÁRI OS COMO GÊNERO DO DI SCURSO: UM A CONTRI BUIÇÃO P ARA A FOR MAÇÃ O DO L EI TOR / AUTOR Este trabalho se insere em uma pesquisa em andamento que se propõe investigar, com professores e alunos de Língua Portuguesa no Colégio de Aplicação de uma Universidade Federal, a UFJF, o uso de blogs literários como instrumento de aprendizagem e formação do aluno leitor/autor. Para tanto, teço uma discussão a partir da teoria enunciativa de linguagem de Mikhail Bakhtin sobre os blogs literários considerados como um gênero discursivo. Dentro da perspectiva dialógica do autor, cada grupo social em sua época possui um repertório próprio de discursos, que reflete e refrata a realidade em transformação. Nesse sentido, focalizo os blogs literários considerando­os em sua situação de produção e analisando­os quanto ao seu conteúdo temático, estrutura composicional e estilo. A compreensão deste novo espaço de leitura e escrita na internet por professores pode contribuir para sua utilização como instrumento de aprendizagem e formação do aluno leitor/autor. 4. Bruna Sola da Silva Ramos (UERJ) / Ilka Schapper Santos (UFJF) ENT RE DISCURSOS E P RÁTI CAS REFLEXIV AS: P ROFESSORES, ESCOLA E L ETRAM ENTO DI GI TAL Este trabalho busca discutir aspectos que envolvem a relação do professor com o computador/internet, a partir de uma proposta investigativa que confrontou­os com o letramento digital de seus alunos, buscando formas de integrarem à sua prática educativa recursos da cibercultura. Esta pesquisa, fundamentada na perspectiva histórico­cultural, envolveu uma (inter)ação crítico­reflexiva entre pesquisadores e professores de uma escola particular da cidade de Juiz de Fora. Focalizamos, pois, o uso que fazem do(a) computador/internet e o reflexo dessa utilização em suas atividades pedagógicas a partir das práticas discursivas construídas nas sessões reflexivas. A partir dessa inserção notamos um uso restrito desses instrumentos por parte dos professores, principalmente pelo fato de não terem a fluência tecnológica necessária para operá­los. Numa perspectiva de intervenção, os professores foram orientados a elaborar projetos pedagógicos envolvendo o uso do computador e ou internet. Pelos diferentes projetos desenvolvidos observamos algumas práticas concretas de utilização do(a) computador/internet no processo de ensino­ aprendizagem. Concluímos que pesquisas de intervenção que integram um trabalho reflexivo sobre a própria prática pedagógica podem ser uma possibilidade para um uso mais concreto do computador/internet no cotidiano escolar. 5. Elzicleia Tavares dos Santos (UNEB/UFJF) O JOVEM NA TELA, A T ELA NA ESCOLA : CONTRI BUI ÇÕES E LI MI TES DA M ON IT ORI A DE INFORM ÁTI CA EM UM A ESCOLA P ÚBLI CA Esta pesquisa investigou as contribuições e limites da prática da monitoria realizada pelos alunos do ensino médio, no laboratório de Informática, de uma escola pública do Estado da Bahia. O estudo buscou compreender nas discussões teóricas quem são os jovens da geração digital, discorrendo sobre inclusão digital e a inserção das tecnologias digitais na escola. Ancorado nas premissas da abordagem qualitativa, o campo empírico constituiu­se em observações no laboratório de informática e realização de grupos focais com alunos monitores. Os resultados indicaram que os conhecimentos e habilidades da geração digital, construídos fora da escola, em suas múltiplas relações socioculturais, os mobilizaram para organizar e exercer a monitoria no laboratório de informática, até então subutilizado. No entanto, o computador/internet era utilizado como a “nova biblioteca” e, principalmente, para o entretenimento, o “recreio virtual”. Embora a monitoria tenha sido uma estratégia significativa para os alunos e a escola, esta não avançou, devido à insegurança dos professores para o trabalho em parceria com os monitores. Essa realidade pode estar relacionada à inexistência de propostas de inclusão digital, envolvendo a comunidade escolar no sentido de analisar e discutir possibilidades de construção do conhecimento proporcionadas pelas tecnologias digitais. SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO COORDENA DA 03 Hora: 14h às 1 5h45 L ocal: M ini­Auditório 02 (T érreo do Cen tro de A rtes e Com unicação) Co orden adora 1. Flavia Peres (UFPE/UFRPE, EDUCANDUS)
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 42 A P RODUÇÃO DE M ATERI AL DI DÁTI CO DI GI TAL: DESAFI OS E P OSSI BIL I DA DES Neste trabalho, estudamos a idéia de gêneros discursivos para uma metodologia de desenvolvimento de hipermídias educativas. Registramos e analisamos as atividades em fábricas de software, seguimos os artefatos ali construídos até o momento de uso e analisamos a atividade de seus usuários. Vimos o quanto o desenvolvimento de matarias didáticos hipermídias com finalidades educacionais ou as atividades de pessoas que pensam e projetam sistemas de informação com fins de aprendizagem de conceitos científicos pode melhorar se estas práticas passarem a: entender as práticas sociais dos alunos e professores, compreendendo os gêneros discursivos que mobilizam as ações sociais nestas práticas; transpor tais gêneros às interfaces que desenvolvem; permitir situações de compartilhamento e troca de informações não apenas entre os integrantes das equipes de desenvolvimento, mas também entre alunos, professores e fábricas; participar dos contextos de uso dos protótipos dos softwares para capturar formas responsivas mais produtivas, considerando que alguns gêneros requerem, mais que outros, a co­participação de um outro enunciador. Concluímos sobre as particularidades inerentes ao processo de desenvolvimento e as formas pelas quais o pólo não­humano do diálogo aluno­máquina pode tornar­se mais responsivo às ações humanas. 2. Marcelo Leão (UFRPE) O USO DAS TECNOLOGI AS DA I NFOR MA ÇÃO E DA COM U NICAÇÃ O (TI C) COM O I NSTRUM ENTOS DE AP OI O AO P ROCESSO DE MEDIAÇÃ O P EDAGÓGI CA EM N OSSAS SAL AS DEAULA O uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) como instrumentos de apoio ao processo de mediação pedagógica em nossas salas de aula, bem como em processos de formação docente, tem tido nos últimos anos um grande incremento. Cabe, neste momento, discutirmos e analisarmos as bases teóricas que dão suporte a implantação destas tecnologias como recurso didático no processo de ensino­aprendizagem, em especial no ensino de ciências. Neste sentido o Núcleo SEMENTE (Sistemas para a Elaboração de Materiais Educacionais com uso de Novas Tecnologias) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) desenvolve um trabalho de elaboração e avaliação de recursos e estratégias com uso da TIC`s para o Ensino de Ciências. Atualmente, os projetos estão concentrados principalmente em ferramentas baseadas na WEB 2.0: podcasting, blog, ambientes virtuais, vídeos digital, orkut, webquest, flexquest, second­life, entre outros. Os resultados destes projetos podem ser visualizados no Portal SEMENTE (www.semente.pro.br). Finalmente, é importante avaliar que a elaboração destes recursos deve ser tratada como um processo de adição a outras ferramentas didáticas tradicionais, bem como a natureza de sua utilização em modalidades de ensino presencial, a distância e semipresencial. 3. Ynah de Sousa (UFRPE, EDUCANDUS) Carla Alexandre (FAFIRE/EDUCANDUS) P RODUÇÃO DE AULAS DE LÍ NGUA P ORTUGUESA EM SUP ORTE DI GI TAL: P OSSIBI LI DADES E DESAFI OS A discussão sobre a introdução dos computadores na escola não é recente. O projeto Educom, criado na década de 80 pelo Governo Federal, tinha como objetivo envolver as universidades e o ensino público em projetos de pesquisa de introdução da informática educativa (Moraes, 1997). Muitas coisas aconteceram de lá pra cá... só para se ter uma idéia, agora, enquanto escrevo este resumo, foi possível encontrar 506.000 referências sobre EAD (Educação a Distância) no Google... A SEED ­ Secretaria de Educação a Distância ­ desenvolve vários programas e projetos que sinalizam a intenção do governo em investir na educação a distância e nas novas tecnologias como uma das estratégias democratizar e elevar o padrão de qualidade da educação brasileira. O lançamento de um edital de apoio à produção de material didático digital, lançado pelo governo em junho de 2007, pode ser interpretado como uma ação concreta dessa intenção. No entanto, muito ainda precisa ser feito nessa área. No Google, por exemplo, em uma busca por "material digital + ensino" encontramos apenas 795 páginas... A produção de um material hipermídia que facilite a aquisição de conhecimento exige a participação de uma equipe interdisciplinar, além do uso de um conjunto maior de ferramentas técnicas (Braga, 2004), mas isso por si só não garante a qualidade desse material. Outros desafios aparecem quando nos lançamos a essa tarefa de produzir material didático para o suporte digital. E é esse o objetivo de nossa comunicação: apresentar as possibilidades e desafios que vêm se impondo desde que passamos a integrar a equipe interdisciplinar da empresa Educandus na tarefa de produzir aulas de Língua Portuguesa para o ensino fundamental e Médio. 4. Isabelle Diniz (UFPE) REFLEXÕES SOBRE A DI NÂ MI CA DA CONV ERSAÇÃO COM CHAT TERBOTS A Internet e as novas tecnologias voltadas para a educação tornam a prática pedagógica mais participativa e proporcionam uma maior interação social em situações virtuais. Fazendo parte dessa tendência estão os chatterbots: sistemas computacionais desenvolvidos para simular uma conversação em Linguagem Natural com os seres humanos (Laven, 2001). Vários centros de pesquisa no Brasil desenvolveram experimentos com chatterbots para fins educacionais, porém, aparentemente
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 43 de forma equivocada. Isso porque as bases de conhecimento dos chatterbots utilizados nesses experimentos são estruturadas com elocuções previamente elaboradas para serem apresentadas como respostas às perguntas que devem ser feitas por seus usuários. Dessa forma, as conversações com tais chatterbots sempre assumem o padrão de perguntas­respostas, o qual restringe o potencial pedagógico do chatterbot, limitando­o a um transmissor de informações. Além disso, não é garantia de que os seus usuários realmente aprendam os conceitos destacados nas respostas apresentadas pelo sistema. Nesse trabalho, propomos uma reflexão sobre se a dinâmica das conversações estabelecidas com chatterbots é adequada para a construção de significados, pois essa é uma lacuna existente nas pesquisas atuais com chatterbots voltados para a educação. Para isso, utilizamos a noção de Jogos de Linguagem, de Wittgenstein (1958/2005), como uma metáfora. 19 de setembro de 2008 SESSÃO DE COM UNI CA ÇÃO COORDENA DA 04 Hora: 14h às 1 5h45 L ocal: M ini­Auditório 01 (T érreo do Cen tro de Artes e Com unicação) Co orden adora 1. Janaína de Aquino Ferraz (UNB) P ERCURSOS E AVANÇOS DO TEXTO M UL TI MODAL : NOVA S P ERSP ECTI VAS P ARA O ENSINO DE LÍ NGUAS Atualmente, verifica­se transformação profunda no sistema de mídia e nos modos de representação e de comunicação. Assim, devemos pensar em uma teoria multimodal para explicar essas mudanças e repensar o ensino de línguas. Por isso, o objetivo dessa comunicação é discutir como o ensino de Língua Portuguesa pode ser revisto sob a perspectiva multimodal em todos os níveis de escolaridade. Para tanto, a discussão é orientada segundo os seguintes autores: para a Ideologia, Thompson (2000); para a Semiótica Social, Hodge e Kress (1988), Kress, Leite­Garcia e van Leeuwen, (2000); para a Análise de Discurso Crítica, Fairclough (1989, 1992a, 1992b, 2000 e 2003) e Chouliaraki e Fairclough (1999); para a Multimodalidade, Kress (1996); Kress e van Leeuwen (2001); e para a análise multimodal, Kress e van Leeuwen (1996). O enfoque investigativo é na configuração dos gêneros discursivos que podem figurar em práticas de sala de aula como os gêneros circulantes em ambientes web, mídia impressa, televisa e a possibilidade de sua aplicação no ensino de português com direcionamento crítico. 2. Joana da Silva Ormundo (UNIP) P ERCURSOS E AVANÇOS DO TEXTO M UL TI MODAL : NOVA S P ERSP ECTI VAS P ARA O ENSINO DE LÍ NGUAS Atualmente, verifica­se transformação profunda no sistema de mídia e nos modos de representação e de comunicação. Assim, devemos pensar em uma teoria multimodal para explicar essas mudanças e repensar o ensino de línguas. Por isso, o objetivo dessa comunicação é discutir como o ensino de Língua Portuguesa pode ser revisto sob a perspectiva multimodal em todos os níveis de escolaridade. Para tanto, a discussão é orientada segundo os seguintes autores: para a Ideologia, Thompson (2000); para a Semiótica Social, Hodge e Kress (1988), Kress, Leite­Garcia e van Leeuwen, (2000); para a Análise de Discurso Crítica, Fairclough (1989, 1992a, 1992b, 2000 e 2003) e Chouliaraki e Fairclough (1999); para a Multimodalidade, Kress (1996); Kress e van Leeuwen (2001); e para a análise multimodal, Kress e van Leeuwen (1996) e van Leeuwen (2005). O enfoque investigativo é na configuração dos gêneros discursivos que podem figurar em práticas de sala de aula como os gêneros circulantes em ambientes web, mídia impressa, televisa e a possibilidade de sua aplicação no ensino de português com direcionamento crítico. 3. Harrison da Rocha (UNB) P ERCURSOS E AVANÇOS DO TEXTO M UL TI MODAL : NOVA S P ERSP ECTI VAS P ARA O ENSINO DE LÍ NGUAS Atualmente, verifica­se transformação profunda no sistema de mídia e nos modos de representação e de comunicação. Assim, devemos pensar em uma teoria multimodal para explicar essas mudanças e repensar o ensino de línguas. Por isso, o objetivo dessa comunicação é discutir como o ensino de Língua Portuguesa pode ser revisto sob a perspectiva multimodal em todos os níveis de escolaridade. Para tanto, a discussão é orientada segundo os seguintes autores: para a Ideologia, Thompson (2000); para a Semiótica Social, Hodge e Kress (1988), Kress, Leite­Garcia e van Leeuwen, (2000); para a Análise de Discurso Crítica, Fairclough (1989, 1992a, 1992b, 2000 e 2003) e Chouliaraki e Fairclough (1999); para a Multimodalidade, Kress (1996); Kress e van Leeuwen (2001); e para a análise multimodal, Kress e van Leeuwen (1996). O enfoque investigativo é na configuração dos gêneros discursivos que podem figurar em práticas de sala de aula como os gêneros circulantes em
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 44 ambientes web, mídia impressa, televisa e a possibilidade de sua aplicação no ensino de português com direcionamento crítico. PÔSTERES ­ 17 DE SETEMBRO DE 2008 12h30 – 14h Lo cal: Hall do Centro de Artes e Comunicação 1. A FORMAÇÃO E A PRÁTICA PARA O USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMO RECURSO DIDÁTICO­PEDAGÓGICO Cristiane Lucia da Silva (UFP E) A educação brasileira passa por um processo de mudanças decorrentes das políticas educacionais implementadas nos últimos anos no que tange à introdução das Tecnologias da Informação e Comunicação para educação. Diversos projetos do Governo Federal, através do Ministério da Educação vêm investindo na implementação dos recursos tecnológicos nas escolas como: construção de laboratórios, envio de TV/vídeo/DVD para as escolas, etc. Entretanto, esse potencial esbarra na dificuldade que os professores têm, em geral, quanto às reais possibilidades didáticas dos usos desses materiais em sala de aula. Observamos também que a formação dos licenciandos não os prepara para o uso adequado dessas tecnologias em sala de aula, pois os cursos de graduação em licenciatura, geralmente, não promovem a aquisição desta competência. Dessa forma, considerando que é necessário, não apenas a difusão do uso, mas a construção da competência, pelos futuros professores, para o uso didático das tecnologias da comunicação e informação disponíveis para a educação. Este trabalho versejará sobre um projeto de extensão que procura desenvolver a competência dos professores para o uso didático dos recursos tecnológicos nas salas de aula, além de buscar construir um referencial que contribua para a formação dos professores e dos graduandos em licenciatura. 2. A ANATOMIA DA CHARGE NUMA PERSPECTIVA SOCIOHISTÓRICA. Diego Luiz Silva Gomes de Albuquerque (UP E/ FFP NM ) Thiago Azeve do Sá de Oliveira (UP E/ FFP NM ) DE REVOLUÇÃO A charge é um reflexo dos caracteres sócio­históricos condicionante de uma revolução crítica. Como acepção de produção e expressão , esse gênero descreve, reinterpreta e reinventa uma realidade e os contextos que a cerca. Numa perspectiva evolutiva, a charge se instrumentaliza dentro de um processo influenciador temporal, que desemboca em uma relação mútua de mudanças e/ou momentos de instabilidade de uma sociedade, isto é, uma ferramenta que tem por interesse estabelecer uma junção entre as práticas societárias e os recursos estilísticos imagéticos, eis uma síntese de intertextualidades explícitas e implícitas das linguagens. Mediante a temática charge, este artigo visa evidenciar as estruturas que desencadeiam na história da charge sendo esta um desabafo de um povo, ao permeia­se por uma construção identitária sobre um determinado fato intrísseco a uma época específica. PALAVRAS – CHAVE: Identidade, Sociedade, História. * Alunos da graduação em Letras português/inglês e suas literaturas da Universidade de Pernambuco – Faculdade de Formação de Professores de Nazaré da Mata – UPE/FFPNM sob a orientação da professora e mestra Helga Vanessa Assunção de Souza. 3. A RETEXTUALIZAÇÃO E O USO DO INTERNETÊS COMO PRÁTICA ESCOLAR Alex de Araújo Souto (UFCG) Sheila Maria Tabosa da Silva (UFCG) O presente artigo tem por objetivo endossar a inclusão da retextualização como prática escolar nas escolas de ensino fundamental e médio, numa reaproximação do ensino de línguas com a realidade dos alunos. Ou seja, a vivência deste alunado com a língua falada e com a linguagem utilizada na Internet servirá de base para o desenvolvimento da língua escrita dos estudantes, contribuindo para a formação de melhores leitores e escritores. Trabalhar com retextualização significa colocar o estudante em contato com a língua em uso, visto que retextualizar é converter um texto oral ou da Internet em texto escrito baseado na norma padrão. Além disso, retextualizar contribui para a ampliação do vocabulário e para uma maior competência lingüística, pois o aluno poderá ter embasamento para saber diferenciar não só língua falada e língua escrita como também os mais variados gêneros textuais. A pesquisa foi desenvolvida utilizando­se do internetês, tendo como arcabouço teórico autores como Marcuschi e Castilho, dentre outros. 4. AS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS NO CONTEXTO DE TRABALHO E SUAS IMPLICAÇÕES NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 45 Lindalva de Fre itas Silva (I SLA ) Esse artigo expõe sobre a relação existente entre tecnologias, educação, trabalho, e suas implicações na prática pedagógica. A ressignificância dos valores e dos costumes formulados e desenvolvidos na Educação. O encurtamento das distâncias e a velocidade cada vez maior da ocorrência dos fatos implicam numa maior agilidade na tomada de decisão e na ação das pessoas. O computador é um instrumento novo, recém chegado nas redondezas da educação, e que pode ajudar o ensino a se tornar cada vez mais ensino: fornecer conhecimentos e informações, abrindo os caminhos do raciocínio. Com as Tecnologias da Informação e da Comunicação, consideramos que os professores dispõem de uma inovadora e relevante alternativa de melhoria da educação nesta nossa sociedade do século XXI e um ingrediente indispensável na sua (re) construção. É primordial uma reflexão tendo como eixo norteador o processo ensino­aprendizagem passando pelo professor, pela formação do cidadão e pela diversidade do ser humano. Palavras­Chaves: Tecnologia, Educação, Trabalho, Prática Pedagógica. 5. ASPECTOS MULTIMODAIS EM EDITORIAIS DA VEJA Francisco Ro berto da Silva San tos (UERN ) Nesse trabalho, apresentamos uma análise multimodal do editorial da revista Veja, compreendendo que, assim como outros gêneros contemporâneos, o editorial combina diferentes modos semióticos para atingir seu propósito comunicativo, isto é, o de emitir uma opinião sobre determinados assuntos de grande repercussão no momento, buscando aceitação dessa idéia por parte do leitor. Nosso corpus é composto por 12 editoriais da revista Veja, coletados no período de abril a setembro de 2003 e nosso suporte teórico advem dos estudos sobre os gêneros textuais de Marcuschi (2003, 2005), e dos estudos sobre a Multimodalidade discursiva, de autores como Kress & Van Leeuwen (1996, 2001), Dionísio, (2005), Vieira (2007) e Mozdzenski (2006). A análise dos dados nos permitiu constatar a significante participação de elementos não­verbais para compor os significados nos editoriais da Veja, como é o caso das cores, da marcação do parágrafo, da assinatura, da fonte variada, da imagem e da legenda. Esses aspectos multimodais unem­se ao texto escrito para construir sentidos pela relação dialógica que mantém entre si. Por tanto, uma leitura satisfatória desses editoriais só pode ocorrer se considerarmos os elementos não­lingüísticos que os compõem. 6. FANFICTIONS: IPULSIONANDO PRÁTICA DE LEITURA EM TELA E PRODUÇÃO TEXTUAL ENTRE ADOLESCENTES. Rafaela Rogério Cruz (UFP E) Este estudo pretende compreender a dinâmica e promover algumas propostas pedagógicas em torno das Fanfictions (ficções de fãs). Popularizadas com a massificação da internet, as Fanfictions vêm crescendo em quantidade e em qualidade. Uma produção textual feita, em sua maioria, por jovens entre 12 e 20 anos, que tem criado sua própria dinâmica editorial. Encontrando publicação em diversos sites pela internet, uma relação autor/leitor única e suas próprias regras de funcionamento. Impulsionando a produção textual entre adolescente através da liberdade que os pseudônimos proporcionam, o costume de ler em tela e a prática de leitura; não só das obras as quais estão vinculadas, mas do material produzido por outros fãs. Esta dinâmica além de acentuar o costume de produção na língua materna, também tem desenvolvido a prática de um segundo idioma, decorrente da grande comunicação que a rede promove. Os trabalhos de fãs são traduzidos de um idioma para outro, com a devida autorização do fã­autor. Essa prática, se levada às escolas, poderia desenvolver um maior conforto entre os jovens, que no começo poderiam desenvolver a produção textual em cima de algo já criado com o qual ela tivesse familiaridade e uma relação prazerosa. PÔSTERES ­ 18 DE SETEMBRO DE 2008 12h30 – 14h Lo cal: Hall do Centro de Artes e Comunicação 1. HIPERTEXTO E LETRAMENTO MIDIÁTICO: NOVOS RECURSOS DE APRENDIZAGEM E A NOVA FUNÇÃO DO PROFESSOR NO PROCESSO DE EDUCAÇÃO. Francisco Santana de Oliveira (FAV IP ) Pesquisas realizadas nos últimos meses indicam que o uso de computadores, Internet e outras ferramentas são usadas no apoio à educação e auxiliam o papel de professores no processo de aprendizagem dos estudantes. A soma destas tecnologias possibilita a criação de uma nova forma de interação de informações que se interligam na rede digital e são conhecidos como hipertextos, que por sua vez proporcionam ao usuário trabalhar de maneira interativa e não­linear. O objetivo deste trabalho é discutir não apenas a função destes novos elementos na educação, após séculos de hegemonia da cultura livresca, como também destacar o novo papel do professor a partir desta outra instância do letramento midiático. A fundamentação teórica será baseada nos estudos sobre
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 46 hipermídia e letramento, de inspiração descritivo­interpretativista, amplamente divulgados no país. A conclusão aponta para o fato de que esta nova instância do letramento apresenta grande número de informações aos estudantes de tal forma que adquirem outras percepções sobre objetos de pesquisa e estudo resultando em novos elementos ao processo de educação, o que adiciona outro papel à função do professor que necessita acompanhar estas transformações para que seja possível orientar os estudantes neste novo universo de possibilidades. 2. LEITURA DE IMAGEM DE EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS Suzana Ferreira P aulino (UFP E) Com o avanço das novas tecnologias o processo de leitura tomou novos rumos e suas transformações chegaram à sala de aula. Passou­se da leitura de textos escritos, estáticos para a leitura dinâmica apoiada pelas imagens disponibilizadas na tela do computador. Esta pesquisa dá ênfase à leitura de imagem e utiliza expressões idiomáticas para observar a relação leitura de imagem­conhecimentos prévios.As expressões idiomáticas constituem­se em elementos representante da memória social de um povo, possuindo as marcas culturais que estão arraigadas em uma dada comunidade. Os idiomatismos surgem a partir de fatos históricos, costumes ou fenômenos da natureza, de forma consciente ou inconsciente. A linguagem imagética pode representar, em outra expressão que não a escrita, a mensagem idiomática e esta depende do conjunto de habilidades que o leitor­intérprete possua para atribuir­lhe um significado. O resgate dos conhecimentos prévios do leitor desempenha, portanto, um papel muito importante na decodificação da mensagem. Objetivamos confirmar a importância do conhecimento de mundo para a leitura de imagens que representam as expressões idiomáticas. Esta investigação está baseada nos postulados de Xavier (2004), Koch (2002), Freire (2004), e Adam Makkai. 3. LITERATURA DIGITALIZADA: NOVOS PARADIGMAS, NOVA AUSCULTA Filipe M elo Santos de Serpa Brandão (UFP E) Buscamos no projeto “Literatura Digitalizada: novos paradigmas, nova ausculta”, financiado pelo CNPq, a criação de uma biblioteca virtual com obras literárias americanas e inglesas. O trabalho é iniciado na sala de aula, onde alunos adicionam vocabulários nas obras literárias, depois é realizada uma revisão e assim a obra é transformada em hipertexto e por fim, são publicadas no site do NUPLID – Núcleo de Pesquisa em Literatura Digitalizada: www.ufpi.br/nuplid. Após transformar o texto de extensão “.doc” para “.html”, colocamos o glossário trabalhado, pelos alunos e pela bolsista, nas obras. O vocabulário foi inserido ao lado direito do texto, para que o usuário ao ter alguma dúvida, o consulte. Foi implementado o glossário com uma ferramenta da linguagem HTML chamada “”. Desta forma, o espelho da palavra, será o vocabulário. Usamos a mesma idéia de trabalhar com a ferramenta acima para adicionar explicações em relação a algumas frases ou até mesmo uma simples palavra. A intenção é de facilitar o entendimento da obra pelo leitor. Foi inserido também, o áudio de recitações de alguns textos publicados, como a foto do autor. Outras ferramentas digitais foram utilizadas no projeto como podem ser vistas no site www.ufpi.br/nuplid. 4. O USO DO LOGO ENQUANTO METODOLOGIA DE APOIO AO CONSTRUTIVISMO PIAGETIANO NO PROCESSO DE ENSINO­APRENDIZAGEM. Cibelle Amorim M artins (UFC) Karla Colares Vasconcelos (UFC) J osé Rogé rio Santana (UFC) M ixilene Sales Santos (UFC) O computador está mais presente em nossas vidas e seu uso tornou­se um aliado da educação, sendo empregado como recurso pedagógico. Neste trabalho, avaliou­se o LOGO enquanto recurso de apoio às metodologias baseadas nas concepções de Piaget sobre ensino­aprendizagem de saberes que conhecemos por construtivismo. O LOGO é uma linguagem de programação interpretativa baseada na linguagem LISP, podendo ser utilizada de forma interativa. Em seu aspecto psicológico está fundamentado nas idéias de Piaget, isto é, o saber não é apenas transmitido para o aluno, mas o aluno é levado à interagir com objetos de aprendizagem para desenvolver concepções e pontos de vista diferenciados, no caso o computador. O LOGO tem com base os seguintes aspectos metodológicos: (a) O controle do processo de aprendizagem centrado no aprendiz; (b) A chance do aluno aprender na ação seguindo a lógica da ação em Piaget; (c) O erro enquanto parte do processo de ensino/aprendizagem e a ação­prática reflexiva de Schön pode ser agregada às concepções de Piaget em uma teoria da atividade LOGO. A atividade LOGO, portanto, torna explícito o processo de aprender de modo reflexivo e motivador, permitindo o resgate da aprendizagem pela descoberta, fato que provoca mudanças na abordagem do trabalho escolar. Palavras­Chave: LOGO, CONSTRUTIVISMO PIAGETIANO E ENSINO­APRENDIZAGEM.
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 47 5. PERFIL DO PROFESSOR NA ERA DA CIBERCULTURA: IMPLICAÇÕES PARA SUA FORMAÇÃO INICIAL Ana P aula P ontes Cas tro (UFJ F) M ariana Henrichs Ribeiro (UFJ F) Apresentamos uma experiência de duas bolsistas de iniciação científica, como co­pesquisadoras, no desenvolvimento de uma pesquisa que pretende compreender o uso do computador/internet na formação de professores de uma universidade federal. Atuamos num sub­projeto já concluído, que focalizou a utilização do infocentro da Faculdade de Educação da UFJF por alunos da Pedagogia. Orientadas pela perspectiva histórico­cultural, trabalhamos com Grupo Focal Reflexivo como instrumento metodológico. Filmando esses encontros, redigindo notas de campo e transcrevendo gravações, tivemos a oportunidade de observar e refletir sobre o campo, construindo três categorias de análise. A primeira relata nossa experiência como co­pesquisadoras que nos oportunizou ter um olhar extraposto sobre o uso da tecnologia neste curso. A segunda aborda nossas observações de como futuros professores não são preparados para enfrentar a realidade do uso da tecnologia na escola, pois essa discussão não permeia sua formação. A última aponta a necessidade de novas pesquisas e aprofundamentos teóricos que visem repensar o currículo e as discussões em sala de aula face à chegada do computador/internet. É através da formação que os professores serão capazes de mediar ambientes para criação, trocas, construções de sentidos pelos alunos, características essas necessárias ao novo perfil do professor na era da cibercultura. 6. RECEPÇÃO DE (HIPER) TEXTOS NO MSN: MUDANÇAS NOS ESQUEMAS MENTAIS!? Ana M árcia de Lima (FAM ASUL) Diante da rapidez nas respostas dadas no bate­papo do MSN, ao ponto de enviar respostas meio incoerentes com o que foi perguntado, questiona­se: há, de fato, uma organização completa dos esquemas mentais nas pessoas que ora conversam? Assim, metodologicamente, faremos o seguinte: 1) estudos para o embasamento teórico, principalmente, em Lévy (1998), Domingues (1997) e Ong (1989); 2) uma pesquisa de campo com alguns informantes (alunos do Projeto Travessia ­ uma parceria da Fundação Roberto Marinho e a Secretaria de Educação do Estado), através de um questionário verbal­escrito; 3) análise das respostas dadas; 4) levantamento dos dados nos fragmentos de conversas de alguns usuários, solicitados aos informantes; 5) apresentação dos resultados aos alunos informantes; 6) debate sobre os problemas de esquemas mentais, e 7) exposição dos resultados a toda comunidade acadêmica. PÔSTERES ­ 19 DE SETEMBRO DE 2008 12h30 – 14h Lo cal: Hall do Centro de Artes e Comunicação 1. GÊNEROS TEXTUAIS INTRODUTÓRIOS MEDIADOS PELA WEB Amanda Cavalcante de Oliveira Lê do (UP E) O trabalho investiga, à luz da análise de gêneros de linha sócio­retórica, a constituição dos gêneros textuais introdutórios mediados pela web, considerando sua transmutação e ressignificação no novo suporte. Para esta investigação, foram selecionados, em sites de diversas editoras, 50 exemplares de diversos gêneros, tais como sinopse e apresentação, entre outros, todos relacionados com livros acadêmicos na área de lingüística. Os resultados da análise mostram que gêneros como a sinopse sofrem modificações quando veiculado pela web, as quais afetam o caráter multimodal do gênero, entre outros aspectos. Verifica­se que a veiculação dos gêneros introdutórios ao lado de recursos hipertextuais como links relacionados com a venda dos livros produz propósitos comunicativos mistos, oscilando entre os interesses acadêmicos e comerciais. Concluímos que há um grande potencial para novas pesquisas explorando a produção e uso desses gêneros através da internet. 2. USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: (H)A PRÁTICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Nilviane Araújo P adilha (UFP E) Esse artigo analisa os motivos e as razões que levam os professores de EJA das escolas públicas municipais a resistirem à inclusão das Tecnologias de Informação e Comunicação. A partir desse objetivo, identificamos as concepções dos professores de EJA quanto ao uso de tecnologias no ensino; a relação entre a acomodação e o despreparo deles em relação ao uso de TICs e seu tempo de atuação na área; a formação deles sobre as TICs e a formação docente direcionada a essa modalidade. Utilizamos entrevistas semi­estruturadas e gravadas com três professoras e fizemos visitas em três escolas da rede municipal do Recife. Ao final da pesquisa, constatou­se,
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 48 implicitamente, que os motivos entendidos como algo interno, pessoal se devem à acomodação e desmotivação dos professores, e as razões entendidas como fatores externos se devem ao despreparo e a falta de condições. 3. COMUNIDADES ORKUTIANAS: FERRAMENTAS INTERDISCIPLINAR Nadiana Lima da Silva (UFP E) Virgínia Cella P ess oa de Freitas (UFP E) PARA UM ENSINO Neste estudo, em sintonia com a afirmação de alguns pesquisadores, como Landov (1992) e Turman (1992), segundo os quais o uso do hipertexto afetará o processo de ensino­aprendizagem de maneira decisiva, dedicamo­nos a investigar como, a partir dos títulos e descrições de comunidades do site de relacionamento Orkut, poderíamos inter­relacionar conhecimentos de natureza diversa, interdisciplinarmente. Para tanto, ancoramo­nos nos estudos de Lèvy (1993), Xavier (2002) e Bakhtin e seu Círculo (1930; 1993; 2004). Permeia esta proposta o fato de ser de suma importância, para a educação, que as disciplinas se constituam de maneira integrada e que, frente à influência da internet sobre os alunos, os professores reconfigurem seu fazer pedagógico. 4. O PAPEL DOS GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO­APRENDIZAGEM DE LÍNGUA MATERNA: DO TEXTO AO HIPERTEXTO M aria do Carmo Me lo Aguiar Ne ta (P LEI / DLCV/ UFP B) M aria Apare cida Alex andre do Nascimento Ferreira (I ESP A) Rogério Soares do Nascimento (I ESP A ) Solange Alves da Silva Ramos (IESP A ) Na atualidade, ensinar a língua materna, de maneira que o aprendente a utilize adequadamente nas diversas situações comunicativas, constitui um dos grandes desafios do professor de língua materna. Uma vez que, o aprendente já conhece e sabe usar o português, o que lhe falta é desenvolver a habilidade de se reconhecer e transitar por mais de uma variante lingüística valorizando­a (ALMEIDA FILHO, 2004), seja ela oriunda de textos orais, escritos e eletrônicos (hipertextos), a saber, entrevistas, diálogos, cartas pessoais, bilhetes, e­mail, torpedos, blogs, entre outros. Para tanto, torna­se necessário em primeiro lugar, fazer a distinção entre tipologia e gênero textual. Essa diferença, segundo Marcuschi, está fundamentada em dois critérios: internos – de caráter lingüístico e formal; e externos – de caráter sócio­comunicativo e discursivo. Saber identificá­los permite ao aluno se reconhecer como sujeito no processo de ensino­aprendizagem da língua, e com isso, usá­la adequadamente nas diferentes situações de comunicação vivenciadas em sociedade. 5. O USO DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO COTIDIANO DE UMA ESCOLA TÉCNICA FEDERAL Ana P aula Lima de Siqueira (UFRJ ) Le onardo Kaplan (UFRJ ) M arlita Alves Orduña (UFRJ ) Diante democratização e globalização dos recursos tecnológicos na educação pública brasileira, por meio das políticas públicas nacionais.Vimos analisar as ferramentas de TIC’s – Tecnologias de Informação e Comunicação, numa escola técnica no caso o CEFETEQ ­ Centro Federal de Educação Tecnológica de Química se existe e quais são. Analisamos também se foram enviadas ou incentivo monetário foi dado para a compra destes recursos tecnológicos na instituição através dos recursos do governo federal. Nesta perspectiva o objeto da pesquisa permeia sobre documentos oficias, os discursos entre docentes, coordenadores, diretos e alunos sobre a prática pedagógica realizada numa instituição técnica utilizando as TIC’s, indo de encontro a um mesmo objetivo e prática. Além das motivações supracitadas buscamos verificar as tensões e contradições envolvidas no cenário educativo brasileira sobre o tema. Remetendo os resultados de deficiência da educação, verificando indícios a respeito da qualidade do ensino. Sob a tendência dos discursos de órgãos internacionais e de países desenvolvidos, que alegam uso de recursos tecnológicos como determinante para uma boa educação e democratização. Este discurso ideológico de hegemonia, vê impresso no argumento mundial de desenvolvimento, refletindo na sociedade escolar. Buscamos verificar se existe diálogo na utilização das TIC’s ou se imprime uma linguagem única no processo de ensino­aprendizagem no CEFETEQ. O trabalho foi construído de forma qualitativa, segundo a corrente relativista, onde o pesquisador verifica os discursos mais latentes nas entrevistas. Por meio de visitas feitas a instituição, realizamos entrevistas entres o diretor, coordenadores, docentes e discentes. Grande parte destas, foram gravadas e num outro momento transcritas, também foram consultadas anotações particulares de cada pesquisador envolvido. Nas transcrições, observamos as falas dos agentes envolvidos e a partir disto foi construído o trabalho, baseando­nos nos documentos oficiais e referências bibliográficas lidas. Das analises feitas ainda, existem grandes problemáticas que envolvem a utilização das TIC’s no cotidiano escolar. Tudo perpessa pela organização, tipo de gestão e forma como o professor é
www.ufpe.br/nehte/simposio2008 49 amparado pedagogicamente. Os discursos entre os envolvidos são dicotômicos e até contraditórios moldados por mecanismos reprodutores de idéias As possibilidades e limitações de utilização destes recursos na instituição; ainda não foram levados a considerações razoáveis a serem discutidos de forma mais aprofundada e sistemática. O que causará uma reflexão crítica sobre os efeitos e forma de como são e serão usadas de forma, a produzir diálogo, entre as relações professor­aluno, prática­ ensino e ensino­aprendizagem. Isto, repercuti em grandes impactos à prática docente e resultado no processo de ensino­aprendizagem. Pois a passividade na utilização não transmite o real local das TIC’s como ferramentas auxiliares para a promoção de uma educação produtora de conhecimento e não reprodutora. 6. UMA ANÁLISE DAS DEFINIÇÕES DE PÔSTER Andréa M oraes (UFP E) Escrever bem e cientificamente é, também, utilizar variados recursos para atrair leitores. Neste sentido, o gênero pôster se faz presente por possibilitar a transformação de informações científicas em informações visualmente científicas, e por tal razão está se tornando uma prática freqüente entre os graduandos. Entretanto, o pôster acadêmico ainda não possui uma sistematização na sua definição, além de possuir imprecisão em sua nomenclatura. Para analisar as definições de pôster, a fundamentação teórica se pauta em Kress e Leeuwen (1996; 2001), Bernhardt (2004), Gosling (1999) e Maclntosh­Murray (2007). Utilizou­se como corpus normas encontradas em documentos oficiais impressos e online, depoimentos dados por pesquisadores de Iniciação Científica e pôsteres coletados em acervos universitários. A partir disto, pôde­se identificar as diferenças entre “pôster”, “banner”, “cartaz” e “painel”. Verificou­se também que havia três maneiras de instruir a confecção de pôsteres nos documentos oficiais: utilizando somente normas, utilizando normas + exemplos ou utilizando somente exemplos. Concluiu­se que o pôster é uma forma de apresentação específica, com definição e situações sociais próprias. Resultados como estes estão presentes no projeto de pesquisa “A visualidade da escrita: uma análise do gênero pôster (segunda etapa)”, desenvolvido no Departamento de Letras da UFPE, sob a orientação da professora Angela Dionísio. 7. O PAPEL DAS IMAGENS NA CONSTRUÇÃO DOS PÔSTERES Andréa Danuta Aguiar Costa (UFP E) Como o uso de imagens em pôsteres vem sendo estimulado na maioria dos encontros científicos realizados no Brasil nos últimos anos, esta trabalho investigará o papel de tais imagens na construção de pôsteres acadêmicos. Para compor o corpus da pesquisa, foram coletados 30 pôsteres em CONICS e PETS, entre os anos de 2004 e 2007, sendo 10 referentes a cada área do conhecimento (Humanas, Saúde e Exatas). Simultaneamente à delimitação do corpus e ao fichamento dos dados, foram estudadas literaturas especializadas para a formação de um embasamento teórico, como Kress e van Leeuven (1996), Gosling (1999), Bazerman (2006), Baetens (2003) Marcuschi (2002), Nascimento (2006), Dionísio, Machado e Bezerra (2002). Foi possível observar que os pôsteres, de modo geral, são classificados em três tipos: os predominantemente verbal, os que possuem um equilíbrio entre o verbal e o não­verbal e diversidade de imagens. Em relação às imagens, os mais populares elementos gráficos e que possuem o maior poder de comunicação num pôster são: tabelas, gráficos, mapas, diagramas e figuras (fotos, desenhos, pinturas). Cada uma das imagens é utilizada de acordo com a necessidade comunicativa do autor do pôster. O bservação: Os textos de todos os resumos deste livro são de inteira responsabilidade dos seus autores. Foram aqui reproduzidos exatamente como recebidos através das inscrições realizadas para o evento.
O R GA NI ZA ÇÃO : Núcleo de Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional – NEHTE/UFPE Programa de Pós­Graduação em Letras – PPGL/UFPE www.ufpe.br/nehte/simposio2008 
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Livro de resumos digital - Universidade Federal de Pernambuco