A CONTRIBUIÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO PARA
FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA
Érica Ramos da Silva
Egressa do Curso de Licenciatura da UEMS
[email protected]
Antonio Sales
Professor da UEMS e orientador de Estágio
[email protected]
Resumo
Este trabalho analisa as contribuições da disciplina de Estágio Supervisionado na
experiência de dois acadêmicos. É uma pesquisa qualitativa envolvendo acadêmicos do
quarto ano do curso de licenciatura em Matemática da Universidade Estadual de Mato
Grosso do Sul. Os dados apresentados são parte de um estudo que pretende ser ampliado,
portanto um recorte a partir de depoimentos escrito pelos estagiários. Os dados foram
analisados sob o foco dos saberes docentes, utilizando a perspectiva de Selma Garrido
Pimenta.
Palavras-Chave: Estágio Supervisionado, Formação de Professores de Matemática,
Experiência Docente.
Introdução
Este trabalho é parte de uma pesquisa, envolvendo acadêmicos do 4º ano do curso
de Licenciatura em Matemática do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade
Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), em Nova Andradina. Foram entrevistados
quatro sujeitos: dois acadêmicos e dois egressos. Pretende-se continuar o trabalho sendo
apresentados aqui dados parciais. Por uma questão de espaço fizemos ainda outro recorte e
apresentamos a análise dos depoimentos de dois acadêmicos apenas.
As questões foram elaboradas com base no Regulamento de Estágio, onde
constam as finalidades dessa disciplina. Tal regulamento está disponível no site oficial da
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, (http://www.uems.br/portal/). A análise
deste Regulamento e outras produções sobre o tema fez-se necessária para que pudéssemos
incluir no instrumento as interfaces constituídas entre os estagiários com os elementos
trabalhados pela disciplina de Estágio Supervisionado.
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Teoricamente o Estágio Supervisionado é a oportunidade de se colocar em prática
tudo que foi aprendido e discutido, um período onde se pode constatar se existe ou não
coerência com o dito e o feito. Estágio é tempo de aprendizagem que, através de um
período de permanência, alguém se prepara em algum lugar para aprender a prática de um
oficio para depois poder exercê-lo. Assim o estágio supõe uma relação pedagógica entre
quem já é profissional reconhecido em um ambiente institucional de trabalho e um futuro
profissional.
Portanto, o estágio é uma das possibilidades do aluno conhecer a si mesmo, suas
potencialidades, habilidades e competência relacionada à sua futura profissão. Os
professores da escola cooperam com seu saber, conhecimento e suas experiências, na
convicção de melhorar a qualidade social na escola.
A pesquisa tem como objetivo saber se os acadêmicos conseguem estabelecer
relação entre a teoria e prática durante estágio. De alguma forma deseja-se verificar
também se a proposta de estágio tem contemplado as expectativas dos acadêmicos e
egressos.
Estágio Supervisionado na perspectiva de Pimenta (2002) é o conjunto de
atividades curriculares que os alunos deverão realizar durante seu curso de formação, junto
ao futuro campo de trabalho. Na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, essa
disciplina é oferecida no curso de Licenciatura em Matemática, no decorrer do terceiro e
do quarto anos tendo como objetivo.
I - viabilizar aos estagiários a reflexão teórica sobre a prática e a articulação entre
ambas, para que se consolide a formação do docente da educação básica;
II - oportunizar aos estagiários o desenvolvimento de habilidades e
comportamentos necessários à ação docente;
III - proporcionar aos estagiários o intercâmbio de informações e experiências
concretas que os preparem para o efetivo exercício da profissão;
IV - oportunizar aos estagiários vivência real e objetiva junto à educação básica,
levando em consideração a diversidade de contextos que esta apresenta;
V - efetivar, sob a supervisão de um profissional experiente, um processo de
ensino-aprendizagem que se tornará concreto e autônomo quando da
profissionalização do estagiário.
O docente responsável pelo estágio curricular é quem primeiro faz o contato
entre o estagiário e à instituição de ensino básico (UEMS, 2005)
Consta também no referido regulamento que:
O estágio pode ser desenvolvido em formas de observação, co-participação,
regência de classe nas instituições de educação básica, atividades de formas
variadas, que visem o enriquecimento da formação do licenciado, a socialização
através de mesas redondas, minicursos, fóruns de discussões, oficinas, palestras,
seminários, sessões de estudos (UEMS, 2005).
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Amparados por esse documento os professores de estágio elaboraram uma
organização diferente da usual (PIMENTA; LIMA, 2004).
O pensamento é também contemplar o proposto no Parecer nº 1302/2001 do
Conselho Nacional de Educação. Consta no documento que:
Por outro lado, desejam-se as seguintes características para o Licenciado em
Matemática:
visão de seu papel social de educador e capacidade de se inserir em diversas
realidades com sensibilidade para interpretar as ações dos educandos; visão da
contribuição que a aprendizagem da Matemática pode oferecer à formação dos
indivíduos para o exercício de sua cidadania; visão de que o conhecimento
matemático pode e deve ser acessível a todos, e consciência de seu papel na
superação dos preconceitos, traduzidos pela angústia, inércia ou rejeição, que
muitas vezes ainda estão presentes no ensino-aprendizagem da disciplina.
[E continua ainda o documento]:
No caso da licenciatura, o educador matemático deve ser capaz de tomar
decisões, refletir sobre sua prática e ser criativo na ação pedagógica,
reconhecendo a realidade em que se insere. Mais do que isto, ele deve avançar
para uma visão de que a ação prática é geradora de conhecimentos. Nessa linha
de abordagem, o estágio é essencial nos cursos de formação de professores,
possibilitando desenvolver: uma seqüência de ações onde o aprendiz vai se
tornando responsável por tarefas em ordem crescente de complexidade, tomando
ciência dos processos formadores (BRASIL, 2001, p.3-6).
Nessa perspectiva tem-se procurado conduzir o Estágio Supervisionado numa
perspectiva onde o acadêmico é exposto não somente em contato com a sala de aula, mas
também com outro ambientes de debates sobre os conflitos existentes na prática docente.
O Desenvolvimento do Estágio
Quando nos referimos a “aula de estágio” estamos discorrendo sobre uma aula onde
inclui a prática de ensino, debates dos mais variados temas em sala de aula, participação de
palestras sobre Educação Inclusiva, Estatuto da Criança e do Adolescente, Enfrentamento
ao Abuso e exploração Sexual de Crianças e Adolescentes em Mato Grosso do Sul,
apresentações de miniaulas ministradas pelos acadêmicos, debates sobre o
uso da
calculadora, jogos, ética profissional, análise de um livro didático e atividades na escola
na forma de observações e desenvolvimento de projetos.
O que Entendemos por Teoria e por Prática
Todas as disciplinas deveriam ser ao mesmo tempo “teóricas” e “práticas”, porque
é na prática que surgem muitos questionamentos, o que nos leva a buscar resposta e,
portanto a necessidade de conhecer algo novo. A teoria é, portanto, a mediação entre a
prática e o questionamento. Essa constante mediação concluirá num redirecionamento do
cotidiano.
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Mas esta prática não pode ser uma atividade rotineira ou simplista, pois como
afirmou Brejon, “a prática de ensino não pode restringir-se apenas à tarefa de “dar aulas”
ou de “assistir aulas”, mas deve mostrar que o ato de ensinar adquire maior significação
quando considerado em relação à estrutura e ao funcionamento da escola e do ensino”
(BREJON, apud PIMENTA, 2002, pg.73).
Pimenta quando analisa uma Proposta para uma Política de Estágio Curricular dos
cursos de Formação de Educador, destaca ainda que a teoria e a prática constituem o
núcleo articulador do currículo, permeando todas as disciplinas, tendo por base uma
concepção sócio-histórica da educação.
Essa ideia de articulação entre teoria e prática é uma constante entre os diversos
autores que discutem o Estágio Supervisionado. Fávero (apud PIMENTA;LIMA, 2004,
p.65), por exemplo, é de opinião que teoria e prática são indissociáveis, sendo que a
prática, isto é, a análise teórica da prática é o ponto de partida e de chegada.
A consequência disso é que ninguém se tornará profissional apenas porque “sabe
sobre” os problemas da profissão, por ter estudado algumas teorias a respeito. “Não é só
com o curso que o indivíduo se tornará profissional”. É, sobretudo, comprometendo-se
profundamente como construtor de uma práxis que o profissional se forma.
Retornando a Pimenta, “A prática não se restringe ao fazer, ela se constitui numa
atividade de reflexão que enriquece a teoria que lhe deu suporte. O estágio é um processo
criador, de investigação, explicação, interpretação e intervenção na realidade” (PIMENTA,
2002, p.70).
Em uma linguagem metafórica Torres nos brinda com a seguinte expressão quase
poética:
Para que o ensino seja revertido em aprendizagem, é necessário revolver a terra,
penetrar nos saberes, nos talentos, nas motivações, nos afetos, nas dúvidas e nos
medos daqueles que aprendem. Aquele que semeia sem revolver a terra
consegue, no máximo, espalhar as sementes sobre a superfície sem esperança de
que algum dia crie raízes, cresçam e deem frutos (TORRES apud
PIMENTA:LIMA, 2004, p.306).
A Pesquisa
A pesquisa consistiu em entregar duas perguntas a acadêmicos que cursavam
Licenciatura em Matemática (e egressos do mesmo curso) que estavam no Estágio
Supervisionado II. As perguntas foram direcionadas a quem estava com disponibilidade
para respondê-las. Dois de cada grupo se dispuseram e a eles foram entregues as perguntas
e combinado um prazo para respondê-las.
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Direcionamos perguntas para que pudessem nos informar sobre a contribuição do
estágio para o exercício da profissão.
Duas questões eram centrais em nossa pesquisa:
1- Como o estágio Supervisionado contribuiu para que você se constituísse o
professor que é ou projetasse sua carreira profissional?
2- Durante o estágio você vivenciou alguma experiência ou discutiu alguma teoria
que considerou relevante para o exercício de sua profissão?
Um dos entrevistados foi o acadêmico JA, que atualmente cursa o 4º ano de
Licenciatura em Matemática.
A escrita de JA não foi disponibilizada em forma de figura porque o mesmo
enviou por e-mail, já o acadêmico DSJ produziu a resposta em manuscrito que foi
digitalizado.
Com relação à primeira pergunta apresentada a resposta de JA foi:
Aprendi muito com o estágio. Antes disso, não tinha noção de como me portar a
frente de uma sala da aula, nem como fazer uso de estratégias que colaborem para a
maior absorção de conhecimento por parte dos alunos, sem que caia no senso comum
daquela metodologia que aprendemos enquanto frequentávamos a escola: "O professor
fala e o aluno ouve", "Só o professor sabe e se sente superior em função disso", "Pegar o
que está escrito no livro didático e reescrever tudo de novo na lousa, etc. (JA).
Para esse acadêmico o estágio foi uma experiência de aprendizado, pois como ele
afirmou: “aprendi muito com o estágio”. No entanto esta frase solta pode não significar
muito, mas o contexto nos da à dimensão do seu significado.
Aprendeu a pensar na própria prática, adquiriu experiência ao se por frente aos
alunos, e também a criar “estratégias” para que estes possam obter um melhor índice de
conhecimento sem o risco de uma monotonia metodológica igual à que conheceu quando
aluno, isto é, "Pegar o que está escrito no livro didático e reescrever tudo de novo na
lousa”.
Essa reelaboração, esse sentir que saiu do censo comum, o acadêmico atribui ao
estágio, e assim confirma a visão de Tardif quando destaca que “[...] um professor nunca
define sozinho e em si mesmo o seu próprio saber profissional” (apud NONATO, 2010,
p.12).
E é com a observação, a prática, a realidade do futuro professor que Tardif
enfatiza: “o professor aprende a ensinar fazendo seu trabalho” (TARDIF, apud NONATO.
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2010. p.14).
O acadêmico continuou em sua fala:
Tive outra visão do que é ser professor e fui estimulado a desenvolver meu
trabalho de maneira diferenciada da que é praticada atualmente, como citado acima, para
mim, a experiência do estágio foi fundamental para constituir o meu papel de
futuro educador (JA).
Para que saísse do senso comum, JA começou por fazer um trabalho diferente ao
“que é praticada atualmente” por alguns profissionais, encontrando uma motivação a partir
de sua nova visão “do que é ser professor”, que é o envolvimento mútuo entre aluno/aluno,
aluno/professor e professor/aluno apontando experiências didáticas relevantes.
Ao responder a segunda questão JA afirma:
Sim. Essa mudança da visão comum do papel do professor, de transformá-lo num
mediador de conhecimento. Saber explorar o potencial dos alunos e estimulá-los a
adquirir conhecimento. As miniaulas que apresentamos foram importantes na hora de
colocar em prática tudo que discutimos através dos projetos que desenvolvemos nas
escolas a partir do segundo semestre. A troca de experiências do professor responsável
pela disciplina, a troca de experiências com os colegas de estágio, a observação do inicio
do ano, a utilização das ferramentas de ensino de maneira correta (calculadora, jogos...),
as palestras que participamos tudo isso foi válido para entender melhor o papel do
professor (JA).
Quando entrevistado sobre alguma vivência ou experiência relevante JA nos dá
uma resposta positiva ressaltando a importante mudança das atribuições do professor,
transformando-o num “mediador de conhecimento”.
Para ele o docente deve instigar seus alunos a pensar, criar conflitos através de
situações problemas relacionados ao cotidiano para assim introduzi-lo no processo de
aprendizagem.
Outro fator importante citado foi à relevância das miniaulas onde podemos
exercitar o conhecimento adquirido ao longo dos anos, compartilhar saberes entre os
colegas e professores, além disso, aprimoramos nossos saberes para utilizar de maneira
adequada as ferramentas oferecidas para subsidiar o ensino de conteúdos matemáticos.
A observação como parte integrante do estágio supervisionado, bem como as
palestras nos permite atentar para a função do professor na escola.
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Desta forma, o estágio deve propiciar aos acadêmicos de licenciatura uma
aproximação da realidade dos problemas cotidianos encontrados na sala de aula. Pimenta e
Lima dizem que:
A aproximação com a realidade só tem sentido quando tem conotação de
envolvimento, de intencionalidade, pois a maioria dos estágios burocratizados,
carregados de fichas de observação, é míope, o que aponta para a necessidade de
um aprofundamento conceitual de estágio e das atividades que neles realizam.
PIMENTA e LIMA (apud NONATO 2010, não paginado).
A outra pessoa entrevistada foi DSJ, que atualmente também cursa o 4º ano de
Licenciatura em Matemática, na mesma universidade de JA.
Procurando descrever a contribuição do estágio para sua constituição como
professor DSJ, assim se posiciona (fig.1):
Figura1. Fala de DSJ
O estágio proporcionou-lhe uma complementação do conhecimento adquirido na
universidade, possivelmente por ter apresentado a dimensão prática do conhecimento.
Na continuação de sua fala (fig.2), DSJ corrobora o pressuposto acima:
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Figura 2. Depoimento de DSJ.
O profundo significado do estágio, especialmente das orientações recebidas
durante o período preparatório é expresso nas seguintes palavras: “tudo que aprendemos
nas aulas de estágio nada foi dito em vão”. Preparou para enfrentamento de “diversas
situações” e a ênfase na dimensão prática está na expressão: “é gratificante notarmos que
tudo aquilo que aprendemos não ficou somente no papel, mas que colocamos
constantemente em prática”. A ênfase na palavra “gratificante” denota a sua satisfação com
que aprendeu durante o estágio.
O acadêmico quando chegou à escola sabia o que fazer e conseguiu conquistar o
respeito e sentir-se valorizado, e mais do que isso, gratificado, recompensado. Isso se deve
ao fato de que a experiência no local de estágio foi uma aplicação direta da teoria
aprendida.
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A gratidão surge do tempo bem aplicado e aproveitado, juntando conhecimentos
sólidos e adquirindo experiência na qual utilizará futuramente quando exercer a profissão.
A busca pela prática fica evidente na sua fala.
Com relação a uma experiência vivenciada durante o estágio ou alguma discussão
de nível teórico que contribuiu para o exercício da profissão, temos as seguintes
informações de DSJ (fig.3).
Figura 3. Depoimento de DSJ
O acadêmico nos conta um pouco da sua realidade, como ele participa do
“Programa Mais Educação”, que é um Projeto Estadual. Com essa oportunidade de
trabalho ela vivenciou abundantemente muitas experiências concretas e é com base nisso
que afirma que “as aulas de estágio são importantes” assim como Pimenta & Lima (apud
MEIRA; CAVALCANTE, 2004, não paginado) que consideram que não vale apenas ter
uma profissão, mas acima de tudo, exercer o profissionalismo, ou seja, dispor de um
comprometimento com os resultados de qualidade do ensino, pois sabemos que as
profissões exercem uma forte influência na vida das pessoas.
DSJ trocava experiências diariamente com colegas de trabalho que enriqueceram
o seu acervo cultural fazendo-a perceber que vale a apena tudo que aprendeu. Experiência
semelhante à de Fernando Sabino. Ele diz: “Trocávamos ideias sobre tudo. Submetíamos
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nossos trabalhos um ao outro. Juntos reformulávamos nossos valores e descobrimos o
mundo”.
No trecho seguinte da sua fala (fig.4), DSJ, relata:
Figura. 4. Depoimento de DSJ
Nessa exposição DSJ não esta falando diretamente do estágio. No entanto, se
reportou a ele quando falou que a ética deve fazer parte do trabalho de todos os
profissionais que devem atuar com dedicação e buscar sempre se atualizar, porque esse foi
um dos temas enfatizados durante as aulas de estágio.
Para esse estagiário a oportunidade de participar do “Programa mais Educação”
ampliou o contato com o campo de estágio e com o futuro campo de trabalho. E é nesse
contexto que ela tem se realizado a partir das orientações das aulas de estágio.
Articulações Teóricas
O Estágio Supervisionado, como ministrado, foi importante para a prática
profissional dos entrevistados, pois relatam que foi possível relacionar a teoria com a
prática. Vivenciar os conflitos da prática e relacioná-los com os o aprendido nos debates e
palestras. Ter, no estágio, elementos para reflexão sobre a prática (PIMENTA;LIMA,
2004; BRASIL, 2001), pensar em formas de intervir na realidade (PIMENTA, 2002),
atribuir sentido à aproximação com a realidade porque essa aproximação foi feita de
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intencionalidade (PIMENTA;LIMA, apud NONATO, 2010) e desenvolver uma prática de
que não ficou restrita à tarefa de “dar aulas” (PIMENTA, 2002)
Considerações Finais
Foi possível desenvolver um Estágio Supervisionado que contribuiu na formação
do futuro profissional dos entrevistados porque
permitiu que o vissem como um
instrumento de vivência da teoria. Percebemos esse elo entre teoria e prática evidenciada
nos relatos dos futuros professores e dos egressos.
Há indícios de que com formas alternativas de conduzir o Estágio é possível
instrumentalizar o acadêmico para que esse período de atividade acadêmica seja
proveitoso.
Foi possível cumprir a meta de colocar o acadêmico em contato com o aluno,
observar a vivência escolar na perspectiva de um profissional, articular conhecimento
específico com o cotidiano através de desenvolvimento de oficinas e ainda refletir sobre os
problemas de inclusão enfrentados pela escola.
Referências bibliográficas
BRASIL.CNE/CES. Parecer Nº 1.302 de 06 de Novembro de 2001. Diretrizes
Curriculares Nacionais para os Cursos de Matemática, Bacharelado e Licenciatura.
Brasília: MEC, 2001.
MEIRA, Gilmara Gomes, CAVALANTE, Jose Luiz. O Estágio Supervisionado na
Licenciatura de Matemática como uma dinâmica reflexiva para futuros docentes. VI
EPBEM – Monteiro, PB. Encontro Paraibano de Educação Matemática. 09, 10 e 11 de
novembro de 2010. Disponível em: www.sbempb.com.br/epbem.
NONATO, Karla. J. O estágio em matemática afastando o acadêmico da sua profissão. X
Encontro Nacional de Educação Matemática. Educação Matemática, Cultura e
Diversidade. Salvador-BA: 7 a 9 de julho de 2010.
NONATO, Karla. J. Os dois lados do Estágio Supervisionado em matemática: um estudo
de caso. X Encontro Nacional de Educação Matemática. Educação Matemática, Cultura
e Diversidade. Salvador-BA: 7 a 9 de julho de 2010.
PIMENTA, Selma Garrido, LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência. São
Paulo: Cortez, 2004.
PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: unidade teoria e
prática? 5. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
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UEMS. Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Regulamento do Estágio Curricular
Supervisionado para os cursos de licenciatura. RESOLUÇÃO/CEPE-UEMS Nº 498, de
14/04/2005.
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