ISBN: 978-85-60849-50-5
Paulo Boberto Ramos (Org)
LIVRO DE RESUMOS
ANAIS DO 1º WORKSHOP DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL INTERDISCIPLINAR
Os desafios da Educação Ambiental no Século XXI:
Repensando Prátcas e Valores
Universidade Federal do Vale do São Francisco
Petrolina
Dezembro
2012
Copyright © Projeto Escola Verde – Universidade Federal do Vale do São Francisco
Organização: Paulo Roberto Ramos
Capa: João Miguel Mendes
Diagramação e Correção: Tiago Fernandes Machado
Revisão: Adriana Silva Prado Pimentel e Gracielle Peixoto de Souza
Comissão Científica e Conselho Editorial:
Prof. Dr. Paulo Roberto Ramos
Prof. Dr. Militão Vieira Figueiredo
Profa. MsC. Alana Almeida
Prof. MsC Vanderlei Carvalho
Prof. MsC Jorge Luis Cavalcanti Ramos
Prof. MSC Cláudio Claudino Filho
Prof. MsC Celso Sales Franca
Profa. MsC Irailde Gonçalves de Lima
Profa. MsC Nilmara Mércia de Souza Sá Santos
Ficha Catalográfica Elaborada Pela Bibliotecária da Univasf Maria Betânia de Santana da Silva
E24a
Educação Ambiental Interdisciplinar. Workshop (1.: 2012: Petrolina, PE)
(Anais do) Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar, de 08 a
09 dezembro 2012 / Organizado por Paulo Roberto Ramos – Petrolina, PE:
PEV-UNIVASF, 2012.
1 v. (66p.)
Tema: Os desafios da Educação Ambiental no Século XXI:
Repensando Praticas e Valores (Fonte retirada da Apresentação)
ISBN: 978-85-60849-50-5
1. Educação Ambiental 2. Interdisciplinaridade. 3. Caatinga –
Sustentabilidade. 4. Projeto Escola Verde. 5. Universidade Federal do
Vale do São Francisco. I. Título. II. Ramos, Paulo Roberto (Org.).
CDD 363.70071
CDU 37:577.4
Como citar esta obra:
SOBRENOME, Nome do autor. “Título do Resumo”. In: RAMOS, Paulo Roberto (Org). Anais do 1º Workshop de
Educação Ambiental Interdisciplinar. Petrolina: Editora Franciscana, 2012.
Petrolina
Dezembro
2012
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
SUMÁRIO
Pag.
Apresentação ...................................................................................................................................................... 07
Grupos De Trabalho ........................................................................................................................................... 08
Análise Da Percepção Ambiental Dos Alunos Da Escola João Durval Carneiro
Em Ponto Novo–BA. Rosangela Souza Vieira et al .......................................................................................... 10
Uma Pesquisa Sobre Jogos Para Educação Ambiental No Brasil
E Soluções Para O Vale Do São Francisco. Adriana Pereira et al ................................................................... 11
Práticas De Educação Ambiental Na Construção Do Saber Ambiental Com Alunos Eja Na Escola
Municipal João Bosco Ribeiro Em Paulo Afonso-Bahia. Maria Do Socorro Silva et al ................................. 12
Uma Abordagem Sobre Os Efeitos Da Indisciplina No Meio Ambiente Escolar.
Evellyn Emanuella De Souza Sá Silva et al ....................................................................................................... 13
Jogos Computacionais Para Educação Ambiental: O Contexto Para O Desenvolvimento
De Um Jogo. Jéssica Albuquerque et a ............................................................................................................. 14
Práticas De Educação Ambiental No Ensino Médio: Interdisciplinaridade
E Desafios. Nilmara Mércia De Souza Sá Santos et al ..................................................................................... 15
Educação Ambiental No Ensino Médio Das Escolas Públicas Estaduais De Floresta – Pernambuco.
Maria Aparecida de Sá et al .............................................................................................................................. 16
O Problema Da Baixa Ambientalização Das Escolas Públicas Do Vale Do São Francisco.
Leidivana Patrícia Melo dos Santos et al............................................................................................................ 17
Jogos Computacionais Para Educação Ambiental: Um Processo Para A Elaboração De
Documentos De Requisitos. Ricardo A. Ramos et al ........................................................................................ 18
Jogos Computacionais Para Educação Ambiental: Um Estudo Investigativo.
Verônica C. Leal et al ....................................................................................................................................... 19
Jogos Computacionais Para Educação Ambiental: Utilizando Dispositivos Móveis.
Genisson Albuquerque et al ............................................................................................................................... 20
Aprendendo Sobre O Ambiente A Partir Das Imagens Do Cotidiano: Experiência Com O Pibid De Ciências
Naturais Da UFBA. Maria Cristiane dos Santos Coelho et al .......................................................................... 21
A Educação Ambiental Entre Os Profissionais Do Ensino Fundamental No Vale Do São Francisco.
Cícero Harisson Souza et al .............................................................................................................................. 23
A Influência Das Atividades Urbanas E Rurais Na Disponibilidade De Alguns Íons
Inorgânicos Nas Águas Do Rio São Francisco. Vanessa De Souza Santos et al ............................................... 25
Alternativas De Destinação Final Para Resíduos Sólidos
Da Construção Civil. Keliana Dantas Santos et al ............................................................................................ 26
Aplicações Da Espécie Myracrodruon Urundeuva Allemão No Ambiente Escolar
Adriana Silva Prado Pimentel et al .................................................................................................................... 27
Avaliação De Metais Pesados Em Café Na Micro-Região, Do Sudoeste Da Bahia, Utilizando A
Espectrometria De Absorção Atômica Com Forno De Grafite-Gfaas.
Ariane Oliveira Da Silva et al............................................................................................................................. 28
Conhecer Os Processos Históricos Para Desenvolver Tecnologias De Convivência
E Sustentabilidade No Semiárido Brasileiro. Rosiane Rocha Oliveira Sena et al ............................................. 29
Espécies Nativas Indicadas À Arborização Urbana Escolar No Semiárido
Gracielle Peixoto De Souza et al ....................................................................................................................... 30
Espaços Subterrâneos Como Ferramenta Na Construção De Competências Voltadas
Para A Conservação Do Meio Ambiente. Edemir Barbosa Dos Santos et al .................................................... 31
O Homem Natureza: Uma Experiência De Reutilização De Pneus E Garrafas Pet’s
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
Em Canteiros Pedagógicos De Plantas Medicinais. João Miguel Silva Mendes et al ........................................ 32
Melhoramento Do Solo Por Meio De Técnicas De Compostagem Em Escolas
Públicas Do Vale Do São Francisco. Priscila Helena Machado et al .............................................................. .33
Revitalização Da Praça Antônio Marcelino Dos Reis Do Bairro São Geraldo,
Em Juazeiro-Bahia. Geisa Lorena Maia Carvalho Dos Santos et al ................................................................ 34
Técnicas Construtivas Utilizadas No Cariri Paraibano. Gabryela Ferreira Belo et al ...................................... 35
Territorialidade E Reapropriação Social Da Natureza Pelos Usos Das Plantas Medicinais
Em Juazeiro-Bahia. Rosa De Cássia Miguelino Silva et al .............................................................................. 36
Territórios Fluviais Urbanos E As Implicações Socioambientais Locais: Uma Ênfase
À Realidade Juazeirense. Clecia Simone Gonçalves Rosa Pacheco et al ............................................. 37
Desafios No Uso Do Computador Para A Educação Ambiental Em Escolas Públicas
Do Vale Do São Francisco. Tiago Fernandes Machado et al .......................................................................... .39
Turismo Ambientalmentecnológico. Deimison Sousa et al ............................................................................... 40
Sensibilização Através De Mídia Ambiental Visando A Promoção Da Educação Ambiental Com
Praticas De Compostagem Em Uma Escola Publica Em Petrolina. Lina Sheilla Pires De Souza et al ............. 41
Possibilidades De Aplicação Da Mídia Ambiental Para Crianças Do Ensino Fundamental
De Escolas Públicas Do Vale Do São Francisco. Daniela Alves do Nascimento et al ...................................... 42
Impactos Da Educação Ambiental Na Promoção Da Coleta Seletiva Em Uma Escola Pública
De Juazeiro-Bahia. Gaziela Lais Maia Carvalho Dos Santos et al .............................................................;...... 43
Práticas De Manejo Em Cisternas Rurais: Participação Da Comunidade De Capim De N11
Zona Rural De Petrolina. Ruanna Matos Almeida Souza et al ........................................................................... 45
O Uso De Sacolas Retornáveis Em Floresta-PE. Andrelice Da Silva Alves et al ............................................... 46
Móveis Feitos A Partir De Materiais Reciclados. Lázaro Alécio Nunes Bastos Honório et al .......................... 47
Conhecimento Dos Alunos Do Curso Médio Integrado De Edificações IFRN (Campus Mossoró)
Sobre O Saneamento E O Saneamento Básico. Izilmara Cristina Lopes De Medeiros et al ............................ 48
A Significância Dos Catadores De Materiais Recicláveis: Sua Condição De Trabalho E
O Ultraje À Dignidade Da Pessoa Humana. Tatiana Ferreira Da Silva et al ................................................... 49
A Importância Dos Parques Urbanos: O Caso Do Parque Municipal De Maceió-Alagoas.
Eligleise Santos Leandro et al ............................................................................................................................. 51
Educação Ambiental Para O Reaproveitamento Do Lixo Orgânico Na Promoção De
Compostagem Em Uma Escola Pública De Petrolina-Pernambuco. Maria Raquel da Silva et al ..................... 52
Coleta Seletiva E Reciclagem Em Uma Escola Pública De Petrolina-Pernambuco.
Sâmara Nelrye Carvalho De Oliveira et al ......................................................................................................... 53
Diagnostico Dos Problemas De Saneamento Ambiental Em Escolas Do Município De Juazeiro-Bahia.
Susi Ellen Costa Mota da Silva et al ................................................................................................................... 54
Limitações De Uso Da Água Da Lagoa Do Calú, Juazeiro-Bahia, Segundo
Resolução Conama 357/2005. Wyara Cordeiro Valença et al .......................................................................... 55
Pet Conexões De Saberes Saneamento Ambiental: Um Diagnóstico Da Drenagem Urbana De Águas
Pluviais Em Torno Da Lagoa Do Calú, Juazeiro-Bahia. Bábiton Leone De Oliveira Herculano et al .............. 56
Avaliação Da Arborização Em Cinco Escolas Do Município De Juazeiro-Bahia.
Isane Carine Guirra De Brito et al .................................................................................................................... 57
Utilização De Redes De Interação Para Avaliação De Impactos Ambientais De Atividades
Mineradoras Destinadas A Ontenção De Cobre. Hélio Costa Martim et al ..................................................... .58
Controvérsia Biológica: Nordeste Em Laboratório. Eduardo Rocha ................................................................. 59
Diagnóstico E Previsão De Impactos Ambientais Dos Resíduos De Construção
E Demolição Em Petrolina. Átila Almeida Rios De Assunção et al ................................................................... 60
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
Mobilização Em Educação Ambiental Interdisciplinar Na Promoção
De Um Evento No Vale Do São Francisco. Francelita Coelho Castro et al .................................................... 61
Educação Ambiental Através Do Uso De Garrafas Pet’s E Agua De Ar Condicionado Na Produção
De Hortas, Em Uma Escola Pública de Juazeiro-Bahia. Vagner Deniz Clemente Campos et al ...................... 62
Avaliação Da Disponibilidade De Pb E Cu Nos Sedimentos Do Rio São Francisco,
Juazeiro-Bahia e Petrolina-Pernambuco. Kaíque Mesquita Cardoso et al ......................................................, 63
Resíduos Do Gesso De Construção: Ausência De Política Pública Para Sua Reciclagem
Sayonara Maria De Moraes Pinheiro et al ........................................................................................................ 64
Articulações Para Formação Do Comitê Em Defesa Do Meio Ambiente E Da Cidadania
Na Cidade De Monteiro-Paraíba. Andressa Soares Da Silva et al ................................................................... 65
Assentamento São Francisco Em Petrolina/PE: Uma Visão Da Questão Ambiental
Adriana Soely André De Souza Melo et al.......................................................................................................... 66
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
A
APPR
RE
ESSE
EN
NT
TA
AÇ
ÇA
AO
O
O Iº Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar foi um espaço para a divulgação e
integração de ideias, pesquisas, técnicas e vivências sustentáveis com o meio ambiente em que estamos
inseridos: a Caatinga.
O tema central do evento “Os desafios da Educação Ambiental no Século XXI: Repensando
Praticas e Valores” significou a ratificação da Educação Ambiental como um fio condutor, que pode
perpassar, interligando, diferentes atores sociais, áreas e disciplinas, na busca por novas formas de pensar
e agir na problemática ambiental local, com conhecimentos, criatividade e compromisso com a
sustentabilidade socioambiental.
Foi neste sentido que o Projeto Escola Verde e a UNIVASF, em parceria com diversas
instituições públicas e privadas, localizadas no Vale do São Francisco, realizaram o Iº Workshop de
Educação Ambiental Interdisciplinar, no Campus da Univasf/Petrolina, nos dias 7, 8 e 9 de dezembro de
2012.
Nesta primeira versão ocorreram exposições científicas, acadêmicas, artísticas e de vivências,
minicursos, oficinas, mesas-redondas, visitações técnicas e apresentações artísticas, numa ampla e
interdisciplinar articulação em prol de alternativas socioambientais sustentáveis.
Participaram do evento cerca de 500 pessoas, entre inscritos, professores, convidados, visitantes e
integrantes do PEV, discutindo e trocando experiências sobre as formas de convivências sustentáveis no
Semiárido nordestino.
Estiveram presentes na Abertura, o Coordenador Geral do PEV, Prof. Paulo Ramos; o Reitor da
UNIVASF, Julianeli Tolentino; o Reitor da FACAPE, Rinaldo Remígio; o Diretor Presidente da Agência
Municipal do Meio Ambiente (AMMA) de Petrolina, Geraldo Junior; além de representantes das
prefeituras e secretarias municipais de Petrolina-PE e Juazeiro-BA.
O evento contou com a participação de alunos e professores de diferentes áreas do conhecimento
e de diversas cidades nordestinas, tais como Feira de Santana-BA e Salvador-BA, São Raimundo NonatoPI, Maceió-Al, Senhor do Bonfim-BA, além de caravanas de Nova Floresta-PE, Monteiro-PB, Uauá-BA
e Palmeira do Índios-AL.
Levantamento preliminar aponta que mais de 500 pessoas participaram do evento, sendo que 157
participaram das palestras de abertura; 175 pessoas nos 6 Minicursos realizados; 107 pessoas em 6 Mesas
Redondas formadas; 98 pessoas realizaram visita técnica ao CEMAFAUNA e ao CRAD; 55 pessoas
participaram das 6 Oficinas ministradas, 51 resumos foram aprovados para publicação; 41 pessoas
fizeram apresentações orais em 6 GTs; 4 instituições montaram Stands (CRAD, CEMAFAUNA,
AGROVALE e CODEVASF). Ocorreram também desfile de roupas de materiais reciclados, mostra de
filmes, peça teatral e exposição de banners.
Aqui apresentamos aos leitores os 51 resumos aprovados para serem apresentados em forma de
Exposição Oral e Banner durante o evento.
Boa leitura!
7
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
G
GR
RU
UPPO
OSS D
DE
ET
TR
RA
AB
BA
AL
LH
HO
O
1. A Educação Ambiental nas escolas
Coord. Profa. Nilmara Mércia de Souza Sá Santos (Uniesb)
Ações, composições curriculares, contextualização e percepções da Educação Ambiental, formal
e informal, no processo ensino-aprendizagem.
2. Formação de Professores em Educação Ambiental
Coord. Profa. Irailde Gonçalves de Lima (Uneb) / Coord. Profa. MsC Alana Almeida
(AMMA)
Perfil e características da formação acadêmica dos professores que atuam no magistério e
processos de capacitação em Educação Ambiental, de forma interdisciplinar, articulada e
contextualizada.
3. Vivências e experiências de sustentabilidade no Semiárido
Coord. Prof. Celso Sales Franca (Facape)
Representações sociais, processos cooperativos e as diferentes formas de convivência com o
Semi-Árido, conservação e preservação, a partir do reconhecimento e problematização das
questões ambientais locais.
4. Educação Ambiental através da Arte e da Mídia
Coord. Prof. Paulo Roberto Ramos (Univasf)
Representações artísticas da questão ambiental, através das artes cênicas, gráficas, plásticas e das
novas tecnologias midiáticas no desenvolvimento da Educação Ambiental.
5. Educação e Saúde Ambiental
Coord. Prof. Cláudio Claudino da Silva Filho (Univasf)
Articulação da saúde com a Educação Ambiental. Estratégias e processos de saneamento
ambiental, higiene e consumo sustentável, como práticas educativas para melhoria da qualidade
de vida.
6. Estado e Meio Ambiente
Coord. Prof. Vanderlei Souza Carvalho (Univasf)
Ações e projetos dos Poderes Públicos e da sociedade civil no enfrentamento dos problemas
socioambientais, a partir da promoção da Educação Ambiental, formal e informal, que visam
estimular a participação popular e garantir a sustentabilidade das ações executadas.
8
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
G
GT
T 11.. A
AE
ED
DU
UC
CA
AÇ
ÇÃ
ÃO
OA
AM
MB
BIIE
EN
NT
TA
AL
LN
NA
ASS E
ESSC
CO
OL
LA
ASS
9
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
ANÁLISE DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS ALUNOS DA ESCOLA
JOÃO DURVAL CARNEIRO EM PONTO NOVO - BAHIA
Rosangela Souza Vieira1
Marizete Evangelista Souza2
Larize Teixeira Lopes2
Márcia Evangelista Sousa3
Cada vez é mais comum à depredação do patrimônio ambiental, sem a preocupação de conservar
para as futuras gerações, devido a isso escolas apresentavam algum tipo de trabalho envolvendo
a temática Educação Ambiental, implementando atividades e oficinas de educação ambiental.
Assim O presente trabalho é um recorte de um projeto de pesquisa com alunos do colégio
estadual João Durval Carneiro, o qual abrange as três series do ensino médio. Esta escola situa-se
no município de Ponto Novo, estado da Bahia. E uma vez por semana oferece oficinas de
educação ambiental. Com o objetivo de saber visão dos discentes sobre a educação ambiental e
como eles a compreendem, foram feitas visitas na referida escola para aplicação do questionário
com os mesmos. Tendo como objetivo principal investigar a percepção dos alunos sobre
educação ambiental e a compreensão dos mesmos. E como objetivos específicos: Buscar a
percepção ambiental sobre a oficina a partir das respostas tidas com os questionários; Verificar o
que estão fazendo para diminuir os danos da atual situação ambiental e quais as medidas que
esses jovens tomarão futuramente; Analisar se as oficinas estão contribuindo para um
pensamento mais crítico e, portanto, envolvido com a conservação do ambiente. Para analisar a
percepção dos alunos sobre a educação ambiental aplicou-se questionários contendo 10
perguntas, formados de questões dicotômicas e questões abertas. Estas questões abordavam
sobre o conhecimento e a conscientização ambiental. Foram examinados 24 alunos sendo 8 de
cada série (1ª, 2ª e 3ª) do ensino médio do turno vespertino sendo escolhidos de acordo com os
que se dispuseram a participar. Durante a visita a escola, os alunos foram solícitos. Percebeu-se
que apesar de incorporar a educação ambiental por meio das oficinas ofertadas uma vez por
semana durante todo o ano letivo, poucos alunos frequentam, por não ter caráter avaliativo.
Sendo assim, mesmo gostando do tema eles não se sentem motivados a mudar suas atitudes
voltadas para a conservação do meio ambiente. Também foi visto que o mesmo pouco relaciona
a escassez de água com a ação antrópica. Diante disto, analisou-se que a realização das oficinas
está incorporando a educação ambiental de forma separada das outras disciplinas e, portanto eles
a veem de forma fragmentada. Por fim, a adoção da temática Educação Ambiental é de extrema
importância nas escolas devido à necessidade de desenvolver nos alunos a consciência sobre os
problemas ambientais e instigá-los buscar soluções para os mesmos.
Palavras-chave: Educação Ambiental, Percepção ambiental, Oficinas.
1
Orientadora especialização em Educação, Ciência e Tecnologia
Discente da Universidade Federal do Vale do São Francisco
3
Discente da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e da Universidade de Pernambuco (UPE).
10
2
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
UMA PESQUISA SOBRE JOGOS PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO
BRASIL E SOLUÇÕES PARA O VALE DO SÃO FRANCISCO
Adriana Pereira1
Verônica C. Leal²
Jessica Albuquerque³
Genisson Albuquerque³
Ricardo A. Ramos4
Os jogos didáticos caracterizam-se como uma viável alternativa para auxiliar nos processos de
ensino-aprendizagem, por favorecer na construção do conhecimento do aluno. É utilizado com o
objetivo de proporcionar determinadas aprendizagens, diferenciando-se do material didático por
contemplar o aspecto lúdico, melhorando assim o desempenho dos alunos em alguns conteúdos
de difícil entendimento. A utilização de jogos tem se difundido como uma importante ferramenta
de apoio para o professor no ensino da Educação Ambiental. Esta pesquisa teve por objetivo
estudar a área sobre a utilização de jogos computacionais na educação ambiental. O Jogo
tartaruga, como exemplo, foi utilizado para ensinar aos alunos noções de preservação do meio
ambiente e cidadania. No Paraná uma escola municipal confeccionou o jogo Bingo ambiental,
que auxiliou os alunos no processo de ensino-aprendizagem em relação a questões ambientais
locais, bem como os professores no desenvolvimento de práticas pedagógicas mais dinâmicas e
que facilitaram o trabalho em sala de aula com as crianças. Em Pernambuco a reserva Ecológica
de Gurjaú utiliza jogos educativos na tarefa de conscientização das crianças que a visitam e das
que estudam em escolas localizadas no seu entorno, estimulando suas famílias a não desmatar a
Reserva. Outro exemplo de jogo visto foi sobre reciclagem do lixo doméstico, o qual explica a
necessidade e importância da separação do lixo doméstico, que favorece o desenvolvimento de
habilidades pelos alunos como: pensamento lógico, concentração, curiosidade, habilidades
motoras e cooperação que são extremamente proveitosas para o processo de ensinoaprendizagem. Este estudo é a base para que um grupo de pesquisa multidisciplinar inicie uma
proposta de implantação dos jogos computacionais educativos relacionados com a Região do
Vale do São Francisco, mostrando a importância da preservação do meio ambiente e
relacionando a influência do homem no meio ambiente. Os jogos terão o foco na conscientização
da comunidade para um determinado problema ambiental. Com os jogos computacionais será
possível um maior alcance da educação ambiental e de maneira mais agradável para transmitir
conhecimento e conscientização para os jogadores/alunos. Este projeto faz parte de outros
projetos multidisciplinares do mesmo grupo de pesquisa da Universidade Federal do Vale do São
Francisco que tem o objetivo de desenvolver jogos computacionais para o ensino.
Palavras-chave: Jogos, computador, educação ambiental.
1
Mestrado em Entomologia Agrícola pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.
² Graduando em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
³ Graduando em Engenharia da Computação pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
4
Doutor em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco e Coordenador do Grupo de
pesquisa em Games e Educação Ambiental da UNIVASF.
11
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA CONSTRUÇÃO DO
SABER AMBIENTAL COM ALUNOS EJA NA ESCOLA MUNICIPAL
JOÃO BOSCO RIBEIRO EM PAULO AFONSO - BAHIA
Maria do Socorro da Silva1
Adriana Soely André de Souza Melo2
Saullo André de Souza Leite Melo3
Sérgio Luiz Malta de Azevedo4
Esta pesquisa buscou compreender de que forma a escola promove a Educação Ambiental,
possibilitando a reflexão para a apreensão do saber ambiental no cotidiano. Objetivou-se analisar
a percepção ambiental dos professores e alunos da Educação de Jovens e Adultos da Escola João
Bosco Ribeiro em Paulo Afonso - BA. Diante dos graves problemas ambientais que ocorrem em
todo o planeta terra, o processo de aprendizagem de Educação Ambiental assume um papel
imprescindível na transformação do ser humano em relação às suas práticas e percepções do
ambiente em que vive. O homem é o sujeito responsável pelo futuro de todos os seres vivos.
Reigota (2009), diz que “os problemas ambientais não estão ligados apenas à quantidade de
pessoas existentes no planeta que necessitam consumir cada vez mais recursos; mais sim, no
excessivo consumo, no desperdício e produção de artigos inúteis e nefastos à qualidade de vida”.
Com isso, acredita-se que as práticas educativas são uma forma de alcançar resultados
satisfatórios através da formação do saber ambiental. Para tanto, utilizou-se a pesquisa de base
qualitativa através de observações diretas, entrevistas abertas e semiestruturadas e atividades
lúdicas e palestras realizadas no âmbito escolar, além da pesquisa bibliográfica. Chegou-se aos
seguintes resultados: mudança de atitude em relação às questões ambientais; envolvimento dos
alunos e professores na busca de adquirir novas práticas comportamentais, principalmente no que
se refere ao contexto escolar, na preservação do patrimônio físico, destinação adequada de lixo,
uso racional de água e energia, bem como de material escolar e de higiene pessoal. A
sensibilização das pessoas enquanto agentes responsáveis pelas boas práticas ambientais é a
solução para amenizar os problemas vivenciados no dia-a-dia dos homens e mulheres, tendo em
vista que a vivencia cotidiana muda padrões comportamentais e habituais.
Palavras-chave: Educação ambiental. Comunicação. Saber ambiental.
1
Mestranda em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental pela Universidade do Estado da Bahia.
Mestranda em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental pela Universidade do Estado da Bahia.
3
Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado da Bahia.
4
Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco.
12
2
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
UMA ABORDAGEM SOBRE OS EFEITOS DA INDISCIPLINA
NO MEIO AMBIENTE ESCOLAR
Evellyn Emanuella de Souza Sá Silva1
Maria Auxiliadora Gomes de Sousa2
Nilmara Mercia de Souza Sá Santos3
Com frequência a indisciplina dos alunos é uma reação ao desrespeito e ao uso de poder
exacerbado pelo professor. Este comportamento pode ser verificado no patrimônio escolar por
meio da depredação das cadeiras, da poluição visual, das paredes manchadas e também nos
próprios livros didáticos. A Constituição Federal de 1988 caracteriza como meio ambiente
urbano toda edificação construída pelo homem. Diante desta problemática analisa-se as reais
intenções das práticas da indisciplina. Por se tratar de um tema que interfere no crescimento
social e pessoal do indivíduo, sente-se a necessidade de abordá-lo de forma a investigar possíveis
conflitos. Desta forma, o presente estudo apresenta como objetivo perceber a realidade em que a
escola campo está inserida mediante observação do cotidiano escolar, o ambiente familiar e
social do aluno indisciplinado e verificar se há na escola intervenções pedagógicas específicas
que associem o descuido do meio ambiente construído com a indisciplina. Realizou -se
observação da práxis do professor em sala de aula e do coordenador pedagógico na Escola
Municipal Mãe Vitória em Petrolina-PE. Utilizou-se a pesquisa bibliográfica para
aprofundamento da temática e abordagem qualitativa. Selecionou-se 10 % do universo de alunos
matriculados entre as três turmas mais indisciplinadas da escola. Os pais, coordenadores e
direção, também fizeram parte do levantamento por meio de resolução de questionários.
Percebeu-se que todas as classes avaliadas apresentam sinais de depreciação do patrimônio físico
como reflexo da indisciplina praticada pelos dicentes. Constatou-se que a escola está inserida em
zona periférica da cidade, desprovida de infraestrutura como pavimentação e saneamento básico.
Verificou-se ainda que os pais dos alunos são, em sua maioria, trabalhadores rurais que cumprem
jornada de trabalho de 12 horas diárias. Entretanto, mesmo diante desta realidade a escola
apresenta políticas de combate à indisciplina e de reconhecimento dos discentes disciplinados.
Portanto, para mudar a perspectiva em relação à indisciplina, é imprescindível que a escola se
responsabilize cotidianamente por um ambiente de cooperação, onde o aluno prioriza a
preservação do meio ambiente escolar como reflexo dos seus valores humanos. Conclui-se então
que essa conquista pode dar-se por meio de formação continuada para toda a equipe e da prática
da Educação Ambiental como aliadas da boa convivência.
Palavras-chave: Escola. Indisciplina. Meio Ambiente Urbano.
1
Graduanda em Pedagogia, UPE
Docente, UPE
3
Mestre em Ciência Animal, UNIVASF
2
13
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
JOGOS COMPUTACIONAIS PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
O CONTEXTO PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM JOGO
Jéssica Albuquerque1
Genisson Albuquerque²
Adriana Pereira³
Veronica Leal4
Ricardo Ramos5
Para que um dado conhecimento seja transmitido e para que seja assimilado, nos dias atuais em
que o mundo multimídia faz parte do cotidiano, é de fundamental importância, além de motivar e
incentivar os interesses dos cidadãos respeitando sua cultura e as diversidades locais, construir
uma conexão com a tecnologia da informação. Atento a esse contexto, este projeto tem como
objetivo criar um ambiente para desenvolver jogos educativos, criando um instrumento de
ensino-aprendizagem que explora conteúdos interdisciplinares associados à educação ambiental
e tecnologia da informação. O objetivo da primeira etapa foi escolher ferramentas que permitirão
criar o RPG (Role Playing Game), um mundo virtual em que um jogador poderá interagir. Uma
das ferramentas selecionadas é o RPGmaker, que permite a construção do mundo virtual de
acordo com o desejo do desenvolvedor, além disso, a ferramenta permite também a confecção
dos jogadores (personagens) que irão interagir no mundo virtual. A ferramenta é gratuita e
facilita a criação do jogo, pois já possui muitos componentes já prontos para criar tanto os
mundos virtuais como os personagens. Com a ferramenta o desenvolvedor pode programar os
acontecimentos no jogo através de comandos de eventos pré-programados, entre outras funções.
O ponto de partida para elaborar o jogo é o documento de requisitos que contém os roteiros,
ações e tramas do jogo, além disso, terão os desafios e a visão da educação ambiental que fará
com que o jogador se conscientize após ter jogado. Este documento de requisitos deverá ser
elaborado por pesquisadores da área ambiental, que poderá escolher um tema especifico de uma
dada região que desejar, ou poderão tratar de temas mais abrangentes da educação ambiental,
como por exemplo, coleta de lixo seletivo. Todos os jogos desenvolvidos deverão estar
disponíveis on-line para que os jogadores possam acessar através de um navegador de Internet,
ou se desejar o jogo poderá ser acessado pelo celular. No contexto para o desenvolvimento de
um jogo computacional para educação ambiental deverá considerar a validação qualitativa. Está
validação de maneira controlada poderá ser feita, por exemplo, em algumas escolas do Vale do
São Francisco, com a finalidade de avaliar se o jogador se conscientizou de um dado problema
ambiental e que saiba como poderá ajudar na sua solução. Este projeto faz parte de outros
projetos multidisciplinares do mesmo grupo de pesquisa da Universidade Federal do Vale do São
Francisco que tem o objetivo de desenvolver jogos computacionais para o ensino.
Palavras-chave: Jogos, computador, educação ambiental.
1
Graduando em Engenharia da Computação pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
2 Graduando em Engenharia da Computação pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
3 Mestrado em Entomologia Agrícola pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.
4 Graduando em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
5 Doutor em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco e Coordenador do Grupo
de pesquisa em Games e Educação Ambiental da UNIVASF.
14
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO MÉDIO:
INTERDISCIPLINARIDADE E DESAFIOS
Nilmara Mércia de Souza Sá Santos1
Nilo Manoel de Sá2
Évellyn Emanuella de Souza Sá Silva 3
Alex Sandro dos Santos4
Diante da crescente expressividade dos fenômenos naturais ao redor de todo o planeta, as
questões ambientais têm apresentado constante notoriedade nos meios de comunicação e feito
parte do cotidiano das civilizações. Segundo Phillipi (2005) o intuito da educação ambiental é
preparar o indivíduo para atuar de forma crítica, solucionar problemas e saber conhecer seus
direitos e deveres a fim de promover o equilíbrio entre homem e natureza. De acordo com os
Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’S (1999) o trabalho de educação ambiental deve ser
desenvolvido a fim de ajudar os alunos a construírem uma consciência global das questões
relativas ao meio para que possam assumir posições afinadas com os valores referentes à sua
proteção e melhoria. Desta forma objetivou-se com o presente estudo sensibilizar os alunos de
Ensino Médio da Escola Estadual Padre Luiz Cassiano, em Petrolina – PE, quanto às mudanças
climáticas, intervenções humanas e o papel do indivíduo na gradativa reversão da degradação
ambiental. Utilizou-se avaliação quantitativa para levantamento de conhecimento prévio dos
discentes e avaliação qualitativa para verificar a eficiência das atividades desenvolvidas.
Realizou-se a leitura de textos sobre eventos e conceitos ambientais, músicas, exibição de
documentários, pesquisas de rótulos de produtos comerciais com apelo ecológico, realização de
oficina de confecção de sabão com óleo usado e oficina de reciclagem em que os discentes
apresentaram ideias para o reaproveitamento de embalagens usadas. Todas as atividades
desenvolveram-se sob a coordenação dos docentes das disciplinas Biologia, Química e Língua
Portuguesa. Entretanto percebeu-se dificuldade na interação com os professores das demais
áreas, principalmente devido à incompatibilidade de horários para planejamento e execução das
ações. Verificou-se, no entanto, por meio do engajamento dos discentes que por se tratar de
alunos inseridos em uma realidade social menos favorecida, a utilização consciente dos recursos
naturais é uma necessidade, por vezes, financeira. Portanto, a educação ambiental interdisciplinar
revela-se uma prática viável e necessária ao ambiente escolar, pois diante do atual quadro de
degradação urge a necessidade de execução de ações efetivas relacionadas a esta temática em
todos os níveis sociais.
Palavras- chave: Meio ambiente. Mudanças climáticas. Reciclagem.
1
Mestre em Ciência Animal, UNIVASF (Docente da Rede Estadual de Pernambuco)
Especialista em Língua Portuguesa, UNIESB
3
Graduanda em Pedagogia, UPE
4
Graduando em Administração, UNOPAR
2
15
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO MÉDIO DAS ESCOLAS
PÚBLICAS ESTADUAIS DE FLORESTA – PERNAMBUCO
Maria Aparecida de Sá1
Alba Renata Ferreira Lopes²
Larissa de Sá Gomes Leal³
O avanço tecnológico e o processo de globalização propiciaram ao mundo uma série de
transformações no âmbito econômico, social, político e cultural. Em virtude dos atuais padrões
de consumo, precisam-se desenvolver ações que possibilitem ao indivíduo, uma reflexão sobre
suas atitudes e valores na sociedade, para uma possível mudança de postura com relação aos seus
padrões de comportamento. A educação ambiental na escola é hoje o instrumento muito eficaz
para se conseguir criar e aplicar formas sustentáveis de interação sociedade-natureza. Este é o
caminho para que cada indivíduo mude de hábitos e assuma novas atitudes que levem à
diminuição da degradação ambiental, promovam a melhoria da qualidade de vida e reduzam a
pressão sobre os recursos ambientais. Só através da educação ambiental, desde os primeiros anos
de escolaridade a humanidade poderá adotar posturas que favoreçam a convivência harmoniosa
com a natureza, sabendo reaproveitar, reciclar, reutilizar e destinar os resíduos nos locais
indicados, fazendo a coleta seletiva, além de buscar reduzir o consumo. Faz-se necessário que se
verifique como as escolas públicas estaduais estão trabalhando com o tema ambiental e com qual
frequência, após a formação adquirida pelos professores na vivência do Projeto Cultura de
Paz.Esta pesquisa tem como objetivo geral analisar como os professores das Escolas Públicas
Estaduais de Floresta – PE concebem as orientações inerentes às questões ambientais presentes
no Projeto Cultura de Paz para o Ensino Médio. Tendo como objetivos específicos: Diagnosticar
a frequência do trato com as questões ambientais no Ensino Médio; Verificar como os
professores do Ensino Médio das Escolas Públicas Estaduais de Floresta – PE vêm
desenvolvendo seu trabalho em relação ao meio ambiente e a sustentabilidade. Detectar quais os
fatores internos e externos que dificultam a prática pedagógica dos professores para a realização
de um trabalho eficaz sobre o tema em discussão. A pesquisa será descritiva, utilizando o estudo
de caso através de questionários para os alunos do Ensino Médio, professores e gestores das
escolas públicas estaduais da cidade de Floresta – PE, utilizando amostragem aleatória de 10%
dos alunos do ensino médio, que será por adesão após conversa com os mesmos para esclarecer
sobre a pesquisa, sua finalidade e importância; 30% dos educadores do Ensino Médio e os
gestores de cada escola pesquisada.
Palavras-chave: Educação Ambiental; Meio Ambiente; Sustentabilidade.
1
Mestranda em Tecnologia Ambiental – ITEP; Pedagoga do IFSERTÃO-PE Campus Floresta.
² Aluna Bolsista PIBIC – Licenciatura em Química – IFSERTÃO –PE Campus Floresta
³ Aluna Bolsista PIBIC JR – 3º Ensino Médio Integrado em Agropecuária – Campus Floresta.
16
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
O PROBLEMA DA BAIXA AMBIENTALIZAÇÃO
DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO VALE DO SÃO FRANCISCO
Leidivana Patrícia Melo dos Santos1
Andreina Lígia Pinto da Silva2
Thais Pereira Mendes3
Paulo Roberto Ramos4
A humanidade gerou mudanças ao longo da historia que causaram graves conseqüências para o
planeta, resultando em uma crise ambiental que se agrava a cada dia. Uma das ferramentas para a
mudança desse cenário é o exercício da Educação Ambiental (EA), com um conjunto de práticas
e ideias com respeito à qualidade de vida, equidade social e preservação ambiental. No Brasil,
embora a EA esteja prevista por Leis (Lei nº 9.795/99, A3P, LDB e PCNs) que dispõem e
regulamentam seu exercício como pratica pedagógica e social, pouca efetividade tem sido
observada nas instituições de ensino. O presente trabalho apresenta os resultados parciais de
pesquisa do Projeto Escola Verde (PEV), feita para avaliar a existência da discussão
socioambiental nos documentos que regulam o funcionamento de 13 escolas públicas do
município de Petrolina-PE, Juazeiro-BA e Sobradinho-BA. Documentos como PPPs, Currículos
e Planos de Aula das escolas foram submetidos à Análise de Conteúdo. Este trabalho é parte
integrante das atividades do Projeto Escola Verde, desenvolvido pela UNIVASF. Para a análise
foram disponibilizados 17 documentos escolares, dentre os quais 09 PPPs, 03 Planos de Aula, 02
regimentos e 03 outros documentos. Foram analisadas 614 páginas e apenas, aproximadamente,
34 páginas foram dedicadas a questões socioambientais, o que percentualmente representa
apenas 6% de dedicação a EA, o que está em desacordo com a legislação que determina sua
inserção permanente e transversal. Os dados analisados também podem significar pouco
envolvimento das escolas com as problemáticas socioambientais em suas práticas educativas
cotidianas, já que estas questões não estão contempladas nos documentos que normatizam as
atividades escolares. Todavia, a pesquisa também revelou que quase todos os documentos
analisados continham alguma referencia à EA, embora de maneira pontual. Foi detectada pouca
inclusão da EA como um tema interdisciplinar, permanente e multifacetado, o qual deveria
permear todos os aspectos da institucionalidade dos documentos escolares. O pouco
conhecimento das leis ambientais pode ser um dos fatores geradores deste quadro desafiador. É
necessário sensibilizar, estimular e acompanhar os professores e gestores nesta tarefa difícil e
fundamental para a ambientalização das instituições escolares.
Palavras-chave: Educação Ambiental, Escola, Institucionalização, Ambientalização.
1
Graduanda do Curso de Administração da UNIVASF.
Especializada do Curso de Recursos Humanos da Faculdade Montenegro.
3
Graduanda do Curso de Direito da FACAPE.
4
Orientador. Professor do Colegiado de Ciências Sociais da UNIVASF.
17
2
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
JOGOS COMPUTACIONAIS PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
UM PROCESSO PARA A ELABORAÇÃO
DE DOCUMENTOS DE REQUISITOS
Ricardo A. Ramos1
Verônica C. Leal2
Adriana Pereira3
Jessica Albuquerque4
Genisson Albuquerque 4
Jogos computacionais são reconhecidos como um grande mercado para a economia mundial,
pois atraem muitos jogadores e a tendência, de acordo com algumas pesquisas, é que a parcela da
população que se atraí para esses tipos de jogos aumente cada vez mais, devido ao maior poder
de processamento dos dispositivos móveis. Assim, essa área se torna um excelente veículo para
poder transmitir um dado conhecimento a uma parcela da computação crescente e na maioria
jovem. Nesta conjuntura de trabalhos, muitos pesquisadores têm trabalhado com o
desenvolvimento de jogos computacionais para o ensino, podem-se notar jogos para diversas
áreas do conhecimento, desde o ensino da matemática como o próprio ensino da computação em
si. Jogos computacionais para a educação ambiental também estão sendo desenvolvidos
principalmente por empresas e pesquisadores e no caso do Brasil existe um incentivo por parte
do governo que fomenta ações nesta área para a implementação da lei n. 9.795 de abril de 1999.
Entretanto, a elaboração de jogos computacionais para a educação ambiental não é algo trivial,
pois é necessário um esforço multidisciplinar para se obter resultados, como por exemplo, em
alguns casos é necessário que pesquisadores da área de computação estejam em contato com
pesquisadores da área de ciências biológicas. Em computação o principal protocolo de
comunicação entre o desenvolvedor e seus clientes é chamado de documento de requisitos, que é
o documento que descreverá as funcionalidades do software. Assim, neste contexto, este artigo
apresenta um processo que guiará o desenvolvedor de software (jogos) a colher as informações
necessárias de diversas áreas para que ele desenvolva um documento de requisitos de maneira
multidisciplinar. O processo dará suporte com passo a passo de como descrever algumas
características do jogo, tais como: perfil do jogador, desafios, tema geral (descrição do tema
geral do jogo. Por ex.: Educação Ambiental), tema específico (descrição do tema específico
dentro do tema geral. Por ex. Degradação da Mata ciliar do Rio São Francisco), conscientização
educacional (Um problema na área, uma solução de um problema), mundo virtual (Descrição
sobre o mundo virtual), roteiros (cenários de situações no jogo com início e fim) e personagens.
O processo será muito útil para agrupar diversas áreas de conhecimento em prol da disseminação
da educação ambiental. Este projeto faz parte de outros projetos multidisciplinares do mesmo
grupo de pesquisa da Universidade Federal do Vale do São Francisco que tem o objetivo de
desenvolver jogos computacionais para o ensino.
Palavras-chave: Jogos, computador, educação ambiental.
1
Doutor em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco e Coordenador do Grupo
de pesquisa em Games e Educação Ambiental da UNIVASF.
² Graduando em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
³ Mestrado em Entomologia Agrícola pela Universidade Federal Rural de Pernambuco
4
Graduando em Engenharia da Computação pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
18
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
JOGOS COMPUTACIONAIS PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
UM ESTUDO INVESTIGATIVO
Verônica C. Leal1
Adriana Pereira2
Jessica Albuquerque3
Genisson Albuquerque3
Ricardo A. Ramos4
A população do Vale do São Francisco é carente de educação ambiental. Podemos notar essa
carência quando andamos pelas ruas das cidades do Vale e não encontramos muitas árvores e
pouquíssimas ações governamentais para que seja incentivado o plantio de novas árvores. Temos
outros problemas, como a crescente poluição do rio São Francisco. Além dos próprios habitantes
que o poluírem, os que não o fazem não reivindicam que o rio seja devidamente fiscalizado pelos
órgãos competentes e que leis sejam aplicadas. Uma solução para poder melhorar a qualidade de
vida da região e preservar o meio ambiente é a disseminação da educação ambiental. A educação
ambiental oferecida nas escolas da região é um importante instrumento para que os problemas
citados sejam sanados, entretanto é ainda incipiente e atinge apenas uma pequena parcela da
população. Assim, diante do contexto exposto, este artigo tem o objetivo de investigar as
principais carências da região e em conjunto com pesquisadores das áreas de ciências biológicas
e engenharia da computação propor jogos computacionais que conscientizem a população sobre
os problemas nessa área. Os jogos propostos serão documentados e estarão prontos para serem
implementados em uma linguagem de programação computacional escolhida pelo grupo de
pesquisa. O primeiro jogo proposto apresenta um personagem que precisa entregar panfletos na
casa dos moradores para conscientizá-los da falta de árvores nas cidades de Petrolina-PE e
Juazeiro-BA, o desafio para o jogador será entregar a maior quantidade de panfletos em menos
tempo, quando um limite mínimo é atingido (uma parcela da população foi conscientizada)
árvores são plantadas no mundo virtual. Os benefícios da utilização dos jogos no ensino são
conhecidos e ainda podemos citar a utilização da computação e o desenvolvimento de jogos para
celulares e outros equipamentos móveis que aumentarão o alcance do ensino, saindo das salas de
aula e atingindo principalmente a população jovem. O alcance dos resultados é previsto em
médio e longo prazo, pois não será somente com a educação ambiental feita através dos jogos
que os problemas da região serão resolvidos. Este será o começo, que servirá para despertar a
população para os problemas da área e assim formar um conjunto cada vez maior de cidadãos
capazes de saber seus direitos e deveres ambientais. Este projeto faz parte de outros projetos
multidisciplinares do mesmo grupo de pesquisa da Universidade Federal do Vale do São
Francisco que tem o objetivo de desenvolver jogos computacionais para o ensino.
Palavras-chave: Jogos, computador, educação ambiental.
1
Graduando em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
Mestrado em Entomologia Agrícola pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.
3
Graduando em Engenharia da Computação pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
4
Doutor em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco e Coordenador do Grupo de
pesquisa em Games e Educação Ambiental da UNIVASF.
19
2
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
JOGOS COMPUTACIONAIS PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
UTILIZANDO DISPOSITIVOS MÓVEIS
Genisson Albuquerque 1
Jessica Albuquerque2
Adriana Pereira3
Verônica C. Leal4
Ricardo A. Ramos5
1
Promover a conscientização ambiental para a população, não é uma tarefa fácil. De acordo com
algumas pesquisas a conscientização, para ser mais eficiente, necessita ser feita desde o ensino
fundamental. Os jovens nesta faixa etária são difíceis de entreter com a educação ambiental
somente ministrada em salas de aula. Assim, como estratégia para alcançar o interesse dos
jovens optou-se por utilizar os jogos, em que já é comprovado um interesse maior nessa faixa
etária por essa modelo de entretenimento. Após a escolha desta estratégia, foi pesquisada qual a
melhor plataforma digital para atingir de forma eficiente o público alvo. A solução encontrada
foi a de utilizar dispositivos móveis, como os celulares, que segundo os dados do IBGE, entre os
jovens de 10 a 14 anos, 41,9% possuíam o aparelho, e entre os jovens de 15 a 17 o valor subia
para 67,5% (Os dados fazem parte da PNAD-Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
2011). A plataforma adotada para o desenvolvimento dos jogos para os dispositivos móveis foi o
Android, sistema operacional da Google®, que atualmente domina o mercado de SmartPhones.
Para o auxilio no desenvolvimento de jogos para essa plataforma, foram pesquisados dois
frameworks (ambiente de desenvolvimento). O primeiro é o PhoneGap, da empresa Adobe®, e
atualmente sobre a licença Apache, que permite que aplicativos escritos nas linguagens HTML5,
CSS3 e JavaScript funcionem como aplicativos nativos dessa plataforma. Uma grande vantagem
da utilização do PhoneGap, é que os aplicativos desenvolvidos nessas linguagens funcionam
perfeitamente em qualquer computador (PC). O segundo framework pesquisado foi o RPGJS,
que é um projeto de código aberto, em que foram necessárias algumas modificações para sua
integração com o PhoneGap. O RPGJS é um “motor de jogos”, que disponibiliza um ambiente
de desenvolvimento de jogos em formato RPG (Role-Playing Game). Os resultados desta
pesquisa científica estão sendo transmitidos através de minicursos e palestras, para servir como
base para capacitar estudantes da região do Vale do São Francisco, com a intenção de que estes
possam participar de grupos de desenvolvimento de jogos para o ambiente Android. Através das
pesquisas em conjunto com a área de Ciências Biológicas será definido o primeiro jogo para
conscientizar sobre a degradação ambiental que ocorre no Vale do São Francisco. Este projeto
faz parte de outros projetos multidisciplinares do mesmo grupo de pesquisa da Universidade
Federal do Vale do São Francisco que tem o objetivo de desenvolver jogos computacionais para
o ensino.
Palavras-chave: Jogos, computador, educação ambiental, Android.
1
Graduando em Engenharia da Computação pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
Graduando em Engenharia da Computação pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
3
Mestrado em Entomologia Agrícola pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.
4
Graduando em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
5
Doutor em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco e Coordenador do Grupo
de pesquisa em Games e Educação Ambiental da UNIVASF.
20
2
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
APRENDENDO SOBRE O AMBIENTE A PARTIR DAS IMAGENS
DO COTIDIANO: EXPERIÊNCIA COM O PIBID
DE CIÊNCIAS NATURAIS DA UFBA
Maria Cristiane dos Santos Coelho1
Izaura Santiago da Cruz²
Introdução: Este trabalho apresenta as contribuições que o Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação a Docência (PIBID) do curso de Ciências Naturais proporciona aos estudantes ao
estabelecer um maior vínculo com a sua área de formação. As Diretrizes Curriculares Nacionais
para o ensino defendem a necessidade de se contextualizar os conteúdos de ensino na realidade
vivenciada pelos alunos, a fim de atribui-lhes sentido e aprendizagem (BRASIL,1999). Mediante
a problemática ambiental que vivemos, causada por nossas ações foi feita uma visita na
comunidade na qual se localiza o colégio estadual de plataforma que foi importante para definir a
temática escolhida para a sequência didática. Antes de elaborar a sequência didática foram feitos
estudos sobre as sequencias didáticas, fundamentados em Zaballa (1998), que forneceu um
modelo teórico para a elaboração da sequência didática com a temática “água e saneamento” a
ser trabalhada nas turmas de 7º ano como resposta à minimização dessa problemática. Objetivo:
Proporcionar aos estudantes um aprendizado, a partir da exploração de conceitos e
demonstrações para melhor compreensão do conteúdo utilizando atividades dinâmicas
enriquecendo o processo de ensino-aprendizagem, além de desenvolver a o senso critico dos
estudantes sobre os cuidados com o ambiente, tornando a escola como um espaço para discussão
e construção coletiva de conhecimento científicos. Metodologia: A primeira etapa para a
execução da proposta foi o levantamento dos conhecimentos dos alunos sobre a temática a ser
trabalhada através de um questionário e posterior discussão. Considerando a comunicação como
fundamental para co-participação dos sujeitos no ato de conhecer (FREIRE,1992) e a proposta
da Educomunicação que afirma que “a Educação Ambiental precisa se expressar em múltiplas
linguagens, para além da fala e escrita (...)” (TRAJBER,2005), foi definida para a sequência
uma apresentação teórica com slides com fotos mostrando as condições ambientais do bairro dos
estudantes. Tal estratégia visava exemplificar as situações abordadas considerando que a imagem
é uma forma de linguagem e comunicação universal. Um texto sobre saneamento foi utilizado
para que os estudantes pudessem responder a um questionário e posterior produção de um texto.
Resultados: Através de relatos escritos e discussões em sala pudemos perceber uma melhora no
aprendizado e o desenvolvimento de uma melhor visão critica sobre a importância de cuidar do
ambiente e a necessidade de discutir constantemente a respeito do assunto, além de uma resposta
positiva à forma como foi abordado o conteúdo. Este trabalho proporcionou a ressignificação da
identidade docente, pois qualificou a minha formação, por meio das experiências, dando sentido
a escolha de ser professor e fazendo acreditarmos que o ensino pode melhorar.
Palavras-chave: Ensino de ciências, Formação de professores, Sequências didáticas, Educação ambiental.
1
Bolsista do PIBID de Ciências Naturais - Universidade Federal da Bahia
² Coordenadora do PIBID de Ciências Naturais – Universidade Federal da Bahia
21
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
G
GT
T 22.. FFO
OR
RM
MA
AÇ
ÇÃ
ÃO
OD
DE
E PPR
RO
OFFE
ESSSSO
OR
RE
ESS
E
EM
ME
ED
DU
UC
CA
AÇ
ÇÃ
ÃO
OA
AM
MB
BIIE
EN
NT
TA
AL
L
22
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL ENTRE OS PROFISSIONAIS
DO ENSINO FUNDAMENTAL NO VALE DO SÃO FRANCISCO
Cícero Harisson Souza1
Paulo Roberto Ramos2
A Educação Ambiental (EA) cumpre significativo papel no processo de formação e
responsabilidade social dos cidadãos. De acordo com as perspectivas atuais do modelo de
desenvolvimento econômico vigente, o capitalismo, percebe-se nítida degradação dos recursos
ambientais que interfere no equilíbrio das relações sociais e das relações da sociedade com os
demais elementos naturais do planeta. Sendo assim, a EA possibilita responsabilidades sociais,
enquanto mediadora das mudanças comportamentais e da percepção dos problemas que causam
impactos à sociedade e ao Meio Ambiente. Partindo de tais premissas, os profissionais de
Educação ocupam posição estratégica na repercussão desse conhecimento/prática interdisciplinar
que deve estar inserido de modo transversal e contínuo nas escolas e em todos os aspectos da
vida social. Este trabalho é parte dos resultados da pesquisa realizada no Projeto Escola Verde
para analisar a questão da Capacitação dos Professores e as práticas pedagógicas de EA, na
contextualização do processo de ensino-aprendizagem em escolas públicas de ensino
fundamental no Vale do São Francisco. Trata-se de uma pesquisa de campo de caráter
exploratório, analítico, de base qualiquantitativa, do tipo levantamento, com aplicação de
questionários semiestruturados junto aos professores da Educação Básica dos municípios de
Juazeiro-BA, Sobradinho-BA e Petrolina-PE. Os resultados parciais revelam que 75% dos 49
professores entrevistados não receberam Capacitação para trabalhar com a temática ambiental
em suas disciplinas. Pouco mais da metade trabalha parcialmente com a EA nas disciplinas que
lecionam. Dentre as principais dificuldades de inserção está a deficiente capacitação, a falta de
recursos didáticos adequados, além do próprio desinteresse dos alunos que não são estimulados
diante das dificuldades apresentadas. Embora a Educação Ambiental esteja regulamentada por
lei, (PCNs, A3P, Lei 9.795, LDB, etc.), ela não é devidamente trabalhada nos ambientes
escolares. A aplicação dos postulados que se encontram na legislação está submetida em corrente
contrária do crescimento dos problemas socioambientais; ao passo em que se aumenta também o
reconhecimento de que somente com a EA é possível superar os discursos e construir
efetivamente um mundo sustentável.
Palavras-chave: Educação Ambiental, Capacitação Profissional, Meio Ambiente,
Responsabilidade Social.
1
2
Graduando em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
Professor/Orientador. Colegiado de Ciências Sociais da UNIVASF.
23
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
G
GT
T 33.. V
VIIV
VÊ
ÊN
NC
CIIA
ASS E
EE
EX
XPPE
ER
RIIÊ
ÊN
NC
CIIA
ASS
D
DE
E SSU
USST
TE
EN
NT
TA
AB
BIIL
LIID
DA
AD
DE
EN
NO
O SSE
EM
MII--A
AR
RIID
DO
O
24
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
A INFLUÊNCIA DAS ATIVIDADES URBANAS E RURAIS NA
DISPONIBILIDADE DE ALGUNS ÍONS INORGÂNICOS NAS ÁGUAS
DO RIO SÃO FRANCISCO UTILIZANDO CROMATOGRAFIA DE ÍONS
Vanessa de Souza Santos1
Ariane Oliveira da Silva1
Kaíque Mesquita Cardoso2
Thales Lelis Oliveira3
José Soares dos Santos4
Maria Lúcia Pires dos Santos4
A cromatografia de íons tem-se revelado uma ferramenta eficiente para determinações rápidas e
precisas de diferentes íons em águas de naturezas distintas como as de origem agrícola. O Rio
São Francisco é utilizado para o abastecimento de água de muitas cidades às suas margens, bem
como fonte de água para a irrigação da fruticultura, entre outros na região de Juazeiro/BA e
Petrolina/PE. Portanto, o interesse voltado para a quantificação de espécies iônicas vem com o
intuito de reunir dados sobre o impacto ambiental, já que, interferem diretamente na trofia deste
sistema, promovendo vários efeitos em níveis de saúde, biológicos, econômicos e sociais. Deste
modo, o trabalho está baseado na determinação de ânions inorgânicos em águas do Rio São
Francisco na região de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) utilizando cromatografia de íons (IC) com
técnica de análise. As amostras foram coletadas no apogeu da estação chuvosa (fevereiro) nesta
região em seis pontos definidos em cada cidade. Tomando com marco “zero” a ponte que liga os
dois municípios. A preservação das mesmas para a análise foi o armazenamento em geladeira
(resfriamento a 4°C). As amostras foram filtradas antes de serem injetadas no cromatógrafo de
íons Professional IC 850, o processo foi feito com o auxílio de seringas descartáveis de 10 ml e
filtro para seringa (25 mm de diâmetro e 0,2 μm de diâmetro de poro). Todas foram submetidas à
determinação de íons cloreto, nitrato, nitrito, fosfato e sulfato em triplicata. Observando-se
valores que variaram de 1,314 ppm a 4,791 para cloreto, com média de 2,582 ppm, as maiores
concentrações encontradas para esse íon foram nos pontos dentro da cidade de Petrolina pela
influência antrópica urbana, também é observado um aumento das concentrações nos dois pontos
após perímetro de irrigação em Juazeiro que pode estar relacionada com a lixiviação desse íon
com risco de toxidade no período de chuva. Os valores de íons nitrato variaram de 0,323 ppm a
1,661 ppm (média de 0,889 ppm), os dois pontos na ponte que liga as duas cidades apresentaram
maiores concentrações quando comparado aos demais. Apenas as amostras coletadas dentro da
cidade de Juazeiro e Petrolina foram encontrado valores para íons nitrito, com variação de 0,036
a 0,069 ppm (média de 0,045 ppm). Não foram observadas concentrações significativas de íons
fosfatos nas amostras. Todos os valores de íons verificados estão abaixo dos padrões permitidos
pela Resolução Nº 357, de 17 de Março de 2005, Conama.
Palavras-chave: Cromatografia de íons, Rio São Francisco, Ânions.
_______________________________________
1
Pós-Graduanda em Química Analítica e Ambiental pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
Graduando em Engenharia Florestal pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
³ Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
4
Pesquisador (a) na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
2
25
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
ALTERNATIVAS DE DESTINAÇÃO FINAL PARA RESÍDUOS
SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Keliana Dantas Santos1
Artur Alan Martins de Oliveira2
Jéssica Maria de Sousa2
Ítalo Rodrigues Albuquerque2
Kássia Dyjeane Leal Félix2
Larissa Maria Moreira Bispo 2
Sabe-se que a construção civil aumenta de forma quantitativa, e em grandes proporções, a média
nacional é de 2,4%, segundo a pesquisa realizada pela Codeplan. O que preocupa é a falta de
ações e soluções para o problema que os resíduos sólidos da construção civil apresentam quando
são jogados em lugares inadequados, acarretando impactos para o meio ambiente. A cidade de
Monteiro-PB, não diferente das outras, também vive esta dificuldade. Assim, tentaremos propor
possíveis soluções para essa problemática. A sustentabilidade no mercado da construção civil é
um tema que vem sendo amplamente discutido, tendo em vista que esta indústria causa um
grande impacto ambiental ao longo de toda sua cadeia produtiva. Fraga (2006) comenta que um
dos maiores problemas ambientais referentes à geração dos resíduos da construção civil consiste
na saturação de espaços disponíveis nas cidades para descarte desses materiais, já que eles
correspondem a mais de 50% dos resíduos sólidos urbanos das cidades brasileiras. Há certo
descaso com estes resíduos, porque aparentemente eles não são tão nocivos à saúde e ao bem
estar das pessoas, fazendo com que as mesmas não se preocupem com a sua destinação. Porém,
cada cidadão deve entender que o cuidado com os resíduos sólidos deve visar mais do que seu
próprio bem-estar, deve visar principalmente a preservação do meio ambiente e tudo que afeta
este meio, afeta também o próprio homem. O potencial do reaproveitamento dos entulhos da
construção civil é enorme e a exigência da aplicação destes resíduos em novos produtos pode vir
a ser extremamente favorável, já que proporciona economia de matéria-prima e energia.
Exemplo desta reutilização que vem sendo realizado em Monteiro-PB é o reaproveitamento dos
restos de tijolos que seriam descartados por serem considerados entulhos, para a fabricação de
novos tijolos aptos para serem utilizados na construção. Isto não só minimiza os impactos
ambientais causados pela mesma, como também pode reduzir os gastos da obra. Vale lembrar
que esta prática ainda é recente nesta cidade, ainda não foram feitos os testes técnicos
necessários para avaliar a resistência destes blocos cerâmicos. Com isto conclui-se que a
reutilização dos resíduos sólidos da construção acarreta benefícios para o meio ambiente, e
consequentemente para a sociedade. Vale ressaltar as melhorias no próprio setor da construção,
já que a reutilização de resíduos ocasiona economia de recursos que seriam utilizados para outros
fins, como a coleta e o transporte destes para o local de deposição.
Palavras-chave: Construção, sustentabilidade, lixo e reutilizar .
1
Professora/Orientadora. Instituto Federal da Paraíba.
Aluno(a) do Instituto Federal da Paraíba.e.mail: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]
26
2
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
APLICAÇÕES DA ESPÉCIE Myracrodruon urundeuva ALLEMÃO
NO AMBIENTE ESCOLAR
Adriana Silva Prado Pimentel1
Susi Ellen Costa Mota da Silva 2
Paulo Roberto Ramos3
As árvores desempenham papel importante para a manutenção da vida, uma vez que colaboram
para a infiltração, ou drenagem, de água no solo, com a absorção de partículas sólidas e gasosas
em suspensão no ar, na eliminação ou minimização da poluição sonora, para o sombreamento e,
também, no paisagismo, além das diferentes atividades fisioquímicas e biológicas indispensáveis
para continuidade da vida no Planeta. A Myracrodruon urundeuva Allemão, pertencente à
família Anacardiaceae, popularmente conhecida como Aroeira ou Aroeira do Sertão, é uma
espécie arbórea nativa da Caatinga. O objetivo deste trabalho foi analisar as aplicações da
Myracrodruon urundeuva Allemão no ambiente escolar, de modo a enriquecer o conhecimento
se sua viabilidade, manuseio e utilidades para os professores, funcionários, alunos e familiares.
Foram utilizadas para a arborização mudas de Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P.Queiroz (pau
ferro), Enterolobium Contortisiliquum (Vell.) Morong (Tamboril), Hymenaea martiana Hayne
(Jatobá) e Myracrodruon urundeuva Allemão (Aroeira). A Myracrodruon urundeuva Allemão já
é muito conhecida na região por suas aplicações populares. Pode-se perceber que a M.
urundeuva Allemão possui excelente nível de aplicação nas escolas da região ser primariamente
utilizada no sombreamento das escolas, por sua disponibilidade, adaptabilidade as condições de
solo e clima da região, fácil reprodução, por não possuir espinhos, possuir uma copa grande que
pode atingir em torno de 30 m de altura, e ainda por possuir aplicação fitoterápica já incorporada
pela cultura popular como cicatrizante, antidiarréica, antisséptica e antiinflamatória. No contexto
pedagógico, os professores de português poderão desenvolver produção de textos ou outras
atividades a respeito das características e do nome científico e popular da planta; o de ciências
pode utilizá-la na explicação de fenômenos naturais como a fotossíntese; o de geografia pode
trabalhar a respeito da identidade local da espécie, possuindo varias aplicações nas diferentes
disciplinas escolares. A Aroeira foi, no processo de arborização da escola, a mais reconhecida,
indicada e que mais chamou a atenção de professores, alunos e familiares, colaborando também
para a valorização e reconhecimento das espécies nativas da região. A partir da arborização
realizada podemos deduzir a eficiência da Myracrodruon urundeuva Allemão para o
desenvolvimento de arborização de escolas da região.
Palavras-chave: Escola, Aroeira do Sertão, Educação Ambiental.
1
Aluna do Curso de Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
Aluna do Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
3
Orientador, Colegiado de Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
27
2
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
AVALIAÇÃO DE METAIS PESADOS EM CAFÉ NA MICRO-REGIÃO,
DO SUDOESTE DA BAHIA, UTILIZANDO A ESPECTROMETRIA DE
ABSORÇÃO ATÔMICA COM FORNO DE GRAFITE-GFAAS.
Ariane Oliveira da Silva1
Vanessa de Souza Santos1
Kaíque Mesquita Cardoso2
Silvestre Fontana dos Santos 3
José Soares dos Santos4
Maria Lúcia Pires dos Santos4
Os metais pesados são assim chamados por apresentarem uma densidade mais elevada que os
demais, além disso, estes metais apresentam altos valores de número atômico, massa específica e
massa atômica, suas principais propriedades são os elevados níveis de reatividade e
bioacumulação, ou seja, estes elementos são capazes de desencadear diversas reações químicas,
não metabolizáveis (organismos vivos não podem degradá-los), o que faz com que permaneçam
em caráter cumulativo ao longo da cadeia alimentar. Os seres vivos precisam de alguns desses
metais, para a realização de funções vitais no organismo (cobalto, cobre, manganês,
molibdênio, vanádio, estrôncio e zinco). Porém níveis excessivos desses elementos podem ser
extremamente tóxicos. Outros metais pesados não possuem nenhuma função dentro dos
organismos e a sua acumulação pode provocar graves doenças, sobretudo nos mamíferos
(mercúrio, chumbo e cádmio) além de agredir o meio ambiente. Neste trabalho determinou-se o
teor dos metais cobre, ferro, chumbo e cádmio em solos de cafés cultivados nas cidades de
Jaguaquara, Itiruçu e Lagedo do Tabocal (sudoeste baiano), duas fazendas em cada cidade foram
escolhidas para a análise. Amostras de solo de café foram coletadas, armazenadas em sacos de
polietileno e estocadas a 0ºC, até ser levada a estufa, onde foram secas a 60 graus Célsius por um
período de vinte e quatro horas. Após a digestão ácida das amostras (EPA 3051), os metais
foram determinados através da Espectrometria de Absorção Atómica com forno de Grafite
(GFAAS). Os níveis de poluentes encontrados no material seco estão dentro dos padrões
(RESOLUÇÃO CONAMA nº 344, de 25 de março de 2004). Os gráficos gerados através da
estatística multivariada mostram que apenas a Fazenda A situada na cidade de Jaguaquara, sofre
a influência dos metais tóxicos, isso pode ser justificado, pelo fato dessa fazenda utilizar de
adubos comerciais, com a finalidade de suprir micronutrientes. Estes adubos comprovadamente
apresentam em sua composição, além dos elementos desejáveis, metais pesados tóxicos,
principalmente cádmio, chumbo. Já as outras fazendas, sofrem uma influência maior do ferro e
do cobre.
Palavras-chave: Metais pesados, café, determinação.
1
Pós-Graduanda em Química Analítica e Ambiental pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
Graduando em Engenharia Florestal pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
3
Graduado em Química Bacharelado pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
4
Pesquisador(a) na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
2
28
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
CONHECER OS PROCESSOS HISTÓRICOS PARA DESENVOLVER
TECNOLOGIAS DE CONVIVÊNCIA E SUSTENTABILIDADE
NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
Rosiane Rocha Oliveira Sena1
Ana Valéria Rodrigues Lima Barbosa 2
Julyvan de Souza Silva3
O presente trabalho apresenta o resultado de uma pesquisa documental que teve por objetivo
compreender os aspectos históricos das tecnologias utilizadas no bioma Caatinga. Comecemos
falando que no Brasil, antes da chegada dos portugueses o Semiárido brasileiro era o berço da
família indígena Macro-Jê que vivia com um sistema de agricultura simples, mas já dominavam
o fogo, armas para caça sem pólvora e produziam seus alimentos em casas de farinha. No
entanto, ao aportarem aqui, os europeus dotados do poder da pólvora exterminaram um grande
número de índios, mostrando sua suposta inteligência superior e, com isso, passam a dominar a
tecnologia de povos indígenas para explorá-los. Desde então, o controle da tecnologia e dos
meios de produção chega às mãos dos europeus que dominam o povo. Enquanto isso, em outras
nações os povos se desenvolvem e o Semiárido fica estático em relação aos outros lugares do
mundo. Depois da colonização a população foi impetuosamente proibida de dar continuidade ao
modo de vida dos nativos e de produzir novas tecnologias. O principal artifício utilizado pelos
colonizadores para coibir o desenvolvimento local foi a terra, ou mais precisamente a não posse
dela. Historicamente o desenvolvimento local sustentável foi prejudicado dando lugar ao manejo
indevido dos recursos naturais, pois desde a invasão do Semiárido pelos europeus, que buscavam
terra para a criação de gado, o manejo do bioma Caatinga foi lavrado de maneira incorreta. E
isso, ao longo dos anos, ocasionou a modificação de quase 80% de sua vegetação, afetando a
qualidade da água, provocando susceptibilidade à desertificação, desestruturação da fauna nativa
e outros fatores lesivos ao bioma. Nesse sentido a pesquisa identificou a criação de instituições
que compreendem a necessidade de desenvolvimento de tecnologias apropriadas ao Semiárido
para possibilitar mudanças propositivas na qualidade de vida da população, nas relações sociais e
no uso dos recursos ambientais. Hoje existem tecnologias apropriadas à Convivência com o
Semiárido ao beneficiamento e comercialização de frutas nativas, ao manejo sustentável da
Caatinga, entre inúmeros outros beneficiamentos possíveis. Durante o percurso do trabalho ficou
notável um processo deficiente de formação e utilização das tecnologias utilizadas para o manejo
dos recursos do Semiárido mas que as novas tecnologias pautadas na perspectiva de convivência
tem permitido aos sertanejos permanecerem e investirem em sua terra sem a necessidade de
abandoná-la em busca de um emprego na capital de seu estado ou em cidades do Sul e Sudeste
do país.
Palavras-chave: Tecnologias de Convivência; Convivência com o Semiárido; Sustentabilidade.
1
Pedagoga e pós-graduada em Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido pela Universidade
do Estado da Bahia (UNEB); professora da educação básica na Rede Municipal de Juazeiro/BA; pesquisadora e
articuladora da Rede de Educação do Semiárido Brasileiro (RESAB).
2
Pedagoga e pós-graduada em Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido pela Universidade
do Estado da Bahia (UNEB);
3
Pedagogo e pós-graduado em Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido pela Universidade
do Estado da Bahia (UNEB); professor da educação básica na Rede Municipal de Juazeiro/BA.
29
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
ESPÉCIES NATIVAS INDICADAS À ARBORIZAÇÃO
URBANA ESCOLAR NO SEMIÁRIDO
Gracielle Peixoto de Souza¹1
Daniela Cristine Mascia Vieira 2
Paulo Roberto Ramos3
No semiárido brasileiro os ambientes rurais e urbanos submetidos a um clima quente e seco, com
até nove meses de estiagem, necessitam da presença de uma fitomassa que lhes proporcione
melhorias estéticas e funcionais em suas paisagens, garantindo-lhes uma melhoria na qualidade
de vida das populações nelas inseridas. Atualmente percebe-se que a sociedade está
compreendendo a importância de um ambiente ecologicamente equilibrado, e a arborização é de
caráter indispensável para a manutenção da qualidade de vida, pois proporciona inúmeros
benefícios para a comunidade existente. E, nesse contexto, a arborização é peça fundamental na
prática da Educação Ambiental, principalmente no ambiente escolar. O presente trabalho teve
como objetivo a investigação e a utilização de espécies mais indicadas à arborização escolar
nesta região. Para que seja realizada de forma adequada é necessário obedecer alguns critérios
para seleção do local e das espécies a serem utilizadas. Para a escolha do local fez-se necessário
a verificação da estrutura elétrica próxima e espaçamento de muros e entre plantas de no mínimo
2 metros. Para a escolha das espécies ficou definido a utilização de árvores nativas da Caatinga,
pela valorização deste bioma e sua resistência ao período de estiagem e altas temperaturas. Além
disso, a espécies não podem conter espinhos nem agentes tóxicos, para que não ocorra acidentes
ou intoxicação das crianças que convivem no ambiente escolar. Das espécies analisadas, foram
identificadas seis que condizem com os critérios mencionados: tamboril (Enterolobium
contortisiliquum (Vell.) Morong), jatobá (Hymenaea martiana Hayne), umbu (Spondias
tuberosa Arruda), pau-ferro (Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P. Queiroz), aroeira
(Myracrodruon urundeuva Allemão) e angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan).
Pudemos observar que essas espécies, ao formarem copa com densa composição de biomassa,
contribuem para a estabilização e melhoria microclimática e podem atuar na minimização da
poluição atmosférica, tendo ação direta na saúde da população. Podemos destacar, assim, a
importância das árvores urbanas para o conforto ambiental no Semiárido brasileiro, as quais
contribuirão para melhoria das condições socioambiental, com benefícios ecológicos,
econômicos e sociais.
Palavras-chave: Semiárido, Meio Ambiente, Arborização.
1
Graduanda em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
Analista Ambiental do Centro de Referências para Recuperação de Áreas Degradadas (CRAD).
3
Orientador/Professor Doutor do Colegiado de Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São
Francisco.
2
30
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
ESPAÇOS SUBTERRÂNEOS COMO FERRAMENTA
NA CONSTRUÇÃO DE COMPETÊNCIAS VOLTADAS
PARA A CONSERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
Edemir Barbosa dos Santos1
Rangel batista de Carvalho
Cintia Guirra da Cruz
Márcia Cristina Teles Xavier
Cavernas compreendem galerias subterrâneas, caracteriza-se por apresentar umidade relativa do
ar elevada, temperatura pouco variável nas áreas mais distantes da entrada, ausência de luz e
atmosfera rica em CO2. São formadas basicamente a partir da ação e circulação da água sobre as
rochas. A proposta inicial consistiu, na elaboração do projeto de utilização destes espaços para
sensibilizar e despertar o interesse dos alunos sobre a necessidade de preservação destas áreas. O
projeto surge a partir da necessidade de levantamentos destas áreas no município de Campo
Formoso/BA e do desconhecimento da população local a respeito da importância deste
ambientes. A de se ressaltar, que a região de estudo apresenta as maiores cavernas do Brasil
Toca da Boa Vista e a Toca da Barriguda, o desenvolvimento das atividades com estudantes
estão centradas em cavernas de menores dimensões como a Toca da Tiquara com cerca de 1Km,
esta encontrasse bastante impactada, em virtude da exploração de salitre, pichações no teto e
sobre pinturas rupestres, resíduos sólidos, quebra espeleotemas. Capacidade de carga: por se
tratarem de ambientes sensíveis, também para evitar o pisoteamento de animais do solo os
estudantes são divididos em grupos para a exploração. A cada temporada optasse por outra
cavidade. As incursões são monitoradas por técnicos. São discutidos aspectos locais como fauna
e flora e a influencia destes elementos na constituição da diversidade biológica, além das feições
geológica, arqueológica e paleontológica. Até o presente momento mais de 500 alunos de escolas
municipais e particulares dos municípios da Microrregião de Senhor do Bonfim, já
excursionaram para estes ambientes, conhecendo-os e aprendendo a respeitá-los. Segundo a
Sociedade Brasileira de espeleologia, existem no Brasil 4240 cavernas. Muitas são restritas, por
apresentarem formas endêmicas e frágeis de vida ou pela dificuldade na exploração. Contudo,
diante das suas peculiaridades, cavernas têm sido destruídas pela mineração, visitação excessiva,
descarga de efluentes, armazém para defensivos agrícolas, depósito de lixo, extração de água.
Acreditamos que incursões monitoradas em cavernas despertem o interesse por estes ambientes,
de forma a sensibilizá-los a respeito da necessidade em preservá-los.
Palavras-chave: Educação, Cavernas, Desenvolvimento Sustentável.
1
Biólogo CRBio 67.598/05-D.
31
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
O HOMEM NATUREZA: UMA EXPERIÊNCIA DE REUTILIZAÇÃO
DE PNEUS E GARRAFAS PET’S EM CANTEIROS
PEDAGOGICOS DE PLANTAS MEDICINAIS
João Miguel Silva Mendes1
Priscila Helena Machado²
Vagner Deniz Clemente Campos³
Paulo Roberto Ramos4
A Educação Ambiental na atualidade representa um aspecto da vida social de estrema
importância, visto os impactos ambientais decorrentes da ação humana. Este trabalho representa
algumas reflexões das ações de reciclagem e reutilização de pneus e garrafas Pets, na formação
de hortas escolares com cultivo de plantas medicinais. O trabalho foi desenvolvido em 4 escolas
públicas do município de Juazeiro-BA, a partir da participação de alunos e professores e
consistiu em construção de canteiros para plantio , com a utilização de pneus e garrafas Pet,
sendo estes materiais, colocados e dimensionados em forma de um corpo humano, a fim de
despertar a atenção e reflexão dos observadores. O Objetivo do trabalho é demonstrar a
possibilidade de reutilização de materiais não degradáveis na construção dos canteiros,
destinados para a produção de Plantas medicinais. Na elaboração do canteiro “Homem
Natureza”, onde reproduzimos a silhueta de um corpo humano, utilizamos os pneus para dar
forma à Cabeça e Tronco, e as garrafas Pet para dar forma aos membros do Homem Natureza.
As atividades consistiram em promover a coleta de garrafas Pets durante 4 semanas e realização
de Oficina para a montagem do Homem Natureza, preparo do terreno e semeadora dos canteiros.
Aproveitamos esse momento para introduzirmos os conceitos de ervas medicinais, usadas em
grande parte do canteiro. Tivemos como publico- alvo crianças do ensino fundamenta.
Participaram das atividades em torno de 30 alunos. Utilizamos em torno de 90 garrafas pet e dois
pneus, um grande para o tronco, e um pequeno para a cabeça. Também foi utilizado um saco de
composto orgânico e algumas centenas de sementes de plantas medicinais. Notamos uma
sensibilização por parte dos alunos, tanto em relação ao tema da reciclagem, como também em
relação as plantas medicinais. Percebemos então que o objetivo da atividade foi alcançado, uma
vez que mobilizamos e despertamos o interesse dos alunos para os dois aspetos fundamentais da
Educação Ambiental: a reutilização de materiais e utilização de plantas medicinais no cotidiano.
Palavras-chave: Reciclagem, Plantas Medicinais, Canteiro, Escola.
1
Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
² Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
³ Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
4
Orientador/Professor Doutor do Colegiado de Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São
Francisco.
32
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
MELHORAMENTO DO SOLO POR MEIO DE TÉCNICAS DE
COMPOSTAGEM EM ESCOLAS PÚBLICAS
DO VALE DO SÃO FRANCISCO
Priscila Helena Machado1
Cícero Harisson Souza²
Emanuel Victor Genovez³
Lina Sheilla Pires de Souza4
João Miguel Silva Mendes5
Paulo Roberto Ramos6
A Compostagem é uma técnica milenar, referente à destinação de resíduos a partir de processos
para transformação de diferentes tipos de resíduos orgânicos em adubo, para a melhoria da
qualidade do solo com vista ao cultivo de plantas. Tais procedimentos evitam a degradação,
reduzem a quantidade de lixo e garante melhorias tanto ao meio ambiente quanto à saúde para a
população. Nos espaços urbanos acredita-se que o lixo deve ser recolhido pelos órgãos
competentes e despejado em determinados locais previamente escolhidos. Porém, com algumas
ações práticas simples e mobilização sociais, esta atribuição, antes exclusividade do Poder
Público, também tem sido praticada pelas populações. Este trabalho é parte das atividades
desenvolvidas pelo Projeto Escola Verde em algumas escolas da região. O primeiro passo foi
escolher um recipiente e local apropriados dentro das escolas para a prática da compostagem.
Foram utilizados baldes com tampas, galões de 20 l reciclados, caixas de frutas em madeira e
estruturas de bamboo, para a produção do Composto e das hortas. Foram realizadas palestras
com alunos do ensino fundamental, cujo público foi estimado em torno de 300 alunos em todas
as atividades, onde foram abordados os benefícios, técnicas, teoria da trofobiose, vida e hábitos
das minhocas e bactérias e aplicação na escola, em casa e comunidade. Observamos que todos os
métodos utilizados mostraram ser eficientes, pois se mostraram fáceis de executar e manejar por
crianças, e não ocorreu mau cheiro ou acumulo de insetos, ou outras complicações. Os
compostos feitos com esterco de gado foram formados com mais rapidez, em 30 dias já obtemos
o composto pronto. Os compostos formados pelas minhocas foram mais lentos, levaram em
torno de 30 a 60 dias para a total decomposição. Pela repercussão junto às crianças pudemos
observar o interesse pelas minhocas e o trabalho desenvolvido por elas na fertilização do solo,
despertando a motivação e sensibilização para a questão socioambiental. O trabalho feito com
esterco abriu possibilidades de aulas práticas com a professora de Ciências, pesquisando os
benefícios de algumas bactérias. Todo o produto final foi utilizado como adubo natural para
jardins e hortas nas escolas. As atividades também tiveram por finalidade repercutir junto aos
familiares dos alunos e comunidade para a eficiência desta técnica simples e essencial para os
agricultores familiares.
Palavras-chave: Escola, Compostagem, Meio Ambiente, Lixo Orgânico.
1
Graduanda em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
² Graduando em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
³ Graduando em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal do Vale do São Francisco
4
Graduanda em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
5
Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
6
Orientador/Professor Doutor do Colegiado de Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São
Francisco.
33
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
REVITALIZAÇÃO DA PRAÇA ANTÔNIO MARCELINO DOS REIS DO
BAIRRO SÃO GERALDO EM JUAZIERO-BAHIA
Geisa Lorena Maia Carvalho dos Santos1
Josivan Marques da Silva2
João Wandeson Trabuco de Souza3
Selma Mota do Carmo4
Pode-se notar que a arborização é um elemento indispensável no ambiente urbano visto os
benefícios das árvores e os problemas que podem ocorrer pela falta de planejamento. Um
ambiente conservado é de grande importância para o bem estar de uma comunidade. O projeto
Vivências (Projeto de extensão rural, realizado pela UNEB) tem o objetivo de aproximar a
universidade à comunidade externa por meio do desenvolvimento de ações extensionistas, onde
o campus III, DTCS, situado na cidade de Juazeiro, decidiu revitalizar a praça Antônio
Marcelino dos Reis, que fica no bairro São Geraldo, próximo a Universidade do estado da Bahia,
com paisagismo com plantas ornamentais produzidas no viveiro de mudas do DTCS e
complementação da arborização. As plantas e árvores existentes receberam podas. A atividade
de arborização da praça teve fortes impactos, pois foi realizada por moradores da comunidade e
com todos os envolvidos no projeto. A idéia de revitalizar a praça foi proposta pela comunida de
que assumiu o compromisso de cuidar das plantas e da conservação da praça. O principal motivo
que levou os moradores a ajudar na revitalização da praça é que no passado essa praça foi palco
de manifestações culturais e de lazer e com a deterioração e falta de uma boa manutenção, as
pessoas deixaram de freqüentar o local. O projeto vivências causou grande euforia nos
moradores pois estes agora estão com esperança de receber um ambiente de lazer bem cuidado,
arborizado onde poderá acontecer manifestações culturais. Foi no bairro são Geraldo onde a
cidade de Juazeiro-Ba nasceu, bairro de grande importância cultural.
Palavras-chave: Arborização, Revitalização, Comunidade.
1, 2 e 3
Graduanda em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado da Bahia- UNEB.
Orientadora: secretaria do mestrado pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB/ Orientadora do projeto
vivências.
4
34
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
TÉCNICAS CONSTRUTIVAS UTILIZADAS
NO CARIRI PARAIBANO: IMPACTOS AMBIENTAIS
Gabryela Ferreira Belo1
Dimas Brasileiro Veras²
Alexandre Vieira Sabóia³
Adriano da Silva Félix⁴
Rafaela Maria da Silva Costa⁵
A questão ambiental vem configurando uma nova forma de atenção com o meio ambiente nas
áreas tecnológicas, e na construção civil não é diferente, uma vez que a sustentabilidade tem sido
um desafio em meio à industrialização e ao crescimento das áreas urbanas, sendo assim
necessária uma adequação da arquitetura para o clima local e utilização de materiais construtivos
que devam ser considerados como forma de minimizar os impactos ambientais.
Neste sentido, o objetivo deste trabalho é observar e analisar características do patrimônio
material da cidade de Monteiro, na finalidade de verificar se as técnicas construtivas utilizadas
são adequadas e sustentáveis para a região, lançando propostas para utilização mais eficiente das
técnicas já existentes. Apresenta-se como um estudo de caso – para o qual foram visitadas
construções – constituindo-se como uma das formas de investigação qualitativa, que se
desenvolve numa situação natural, e possui considerável dados descritivos. A técnica de pesquisa
utilizada foi a observação, visto que observação é todo procedimento que permite acesso aos
fenômenos estudados para se obter resultados. Observa-se que a maioria das construções
tradicionais possui desempenhos higrotérmicos (conforto, saúde e ambiente), acústicos e
mecânicos e outros razoáveis que atendam às necessidades dos moradores. Levando em
consideração que, por muitas vezes, essas técnicas não são utilizadas da maneira correta, o que
acaba acarretando um mau aproveitamento das especificações técnicas dos materiais. Sabemos
que existe uma certa dificuldade em tentar alterar algumas das técnicas usadas corriqueiramente
em construções, pois culturalmente as pessoas estão habituadas com técnicas tradicionais, além
do custo elevado para trazer materiais alternativos, e com especialização de trabalhadores,
evidenciando altos custos desnecessários, podendo-se apenas aperfeiçoar as técnicas já
existentes, justificando a proposta do presente artigo, para que a soma da técnica mais ciência
venha a contribuir com o desenvolvimento construtivo voltado para a sustentabilidade ambiental
e econômica dos empreendimentos.
Palavras-chave: Técnicas construtivas, normas técnicas, sustentabilidade na construção civil.
1
Graduando em Tecnologia em Construção de Edifícios pelo Instituto Federal de Educação ciência e Tecnologia da
Paraíba – IFPB, campus Monteiro.
² Professor Mestre do Instituto Federal de Educação ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB, campus Monteiro.
³ Graduando em Tecnologia em Construção de Edifícios pelo Instituto Federal de Educação ciência e Tecnologia da
Paraíba – IFPB, campus Monteiro.
⁴ Graduando em Tecnologia em Construção de Edifícios pelo Instituto Federal de Educação ciência e Tecnologia da
Paraíba – IFPB, campus Monteiro.
⁵ Graduando em Tecnologia em Construção de Edifícios pelo Instituto Federal de Educação ciência e Tecnologia da
Paraíba – IFPB, campus Monteiro.
35
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
TERRITORIALIDADE E REAPROPRIAÇÃO SOCIAL DA NATUREZA
PELOS USOS DAS PLANTAS MEDICINAIS EM JUAZEIRO-BAHIA
Rosa de Cássia Miguelino Silva1
Rosemeri Melo e Souza²
As questões ambientais e as estratégias territoriais de determinadas sociedades revelam a visão
de natureza do seu povo e a valoração atribuída às potencialidades existentes. Esta dissertação
tem por objetivo avaliar a relação entre territorialidade e a reapropriação social da natureza pelos
usos das plantas medicinais em Juazeiro/BA, na perspectiva de contribuição para a construção de
um conhecimento sobre biodiversidade do semi-árido e ações coletivas re-significadas. Discute a
importância da tradição nas práticas terapêuticas dos modelos de atenção à saúde, as formas de
acesso à flora e os regimes de propriedade, considerando os aspectos sociais, econômicos,
culturais e ambientais do contexto. Reflete acerca do sentimento de pertencimento do saber
popular e das políticas de fomento ao uso da fitoterapia de forma integrativa e complementar,
que estão motivando novas concepções sobre oferta e demanda desse tratamento. O trabalho de
campo aconteceu entre julho e setembro de 2012 e utilizou as técnicas snow ball, para guardiões,
e acessibilidade, para os profissionais de saúde. A pesquisa é qualiquantitativa e os dados foram
coletados por meio de entrevistas e observação. Foi feita a transcrição das narrativas,
organização e interpretação dos dados, para a análise do conteúdo, descrição dos resultados e
discussões. O estudo possibilitou a construção do perfil dos guardiões e revelou as espécies
conhecidas, usos, indicações, agravos tratados, formas de transmissão do etnoconhecimento e a
legitimidade do papel social destes atores. Mostrou, ainda, o posicionamento dos profissionais de
saúde das Estratégias de Saúde da Família frente à fitoterapia. Constatou que as práticas
populares estão presentes no universo simbólico dos comunitários como solução de problemas,
sendo esta realidade muito significativa para a manutenção de suas identidades territoriais. A
relação dos moradores com a flora que compõe a farmacopeia utilizada caracteriza a resiliência
do sistema cultural local; reforça a viabilidade do aproveitamento econômico desses eco recursos
para o desenvolvimento local de forma equitativa. Conclui que, apesar do modelo biomédico ser
predominante nas práticas terapêuticas e influenciar o surgimento de novas territorialidades, os
moradores, organizados em grupos e por meio de micropolíticas instituídas localmente,
promovem estratégias de reconstruções identitárias e o estabelecimento de prioridades. Com
mecanismos de reapropriação social da natureza, vão desenhando a sustentabilidade para
sobrevivência futura destas comunidades e garantindo o direito de gestão e uso racional de seus
recursos.
Palavras-chave: Territorialidade; Reapropriação social da natureza; Plantas medicinais.
1
Mestranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Professora
auxiliar do Colegiado de Enfermagem da Universidade de Pernambuco (Campus Petrolina).
2
Professora Pós-Doutora do Colegiado de Geografia da Universidade Federal de Sergipe (UFS) (Orientadora).
36
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
TERRITÓRIOS FLUVIAIS URBANOS E AS IMPLICAÇÕES
SOCIOAMBIENTAIS LOCAIS: UMA ÊNFASE
À REALIDADE JUAZEIRENSE
Clecia Simone Gonçalves Rosa Pacheco1
Sabrina Yasmim Rodrigues Pereira2
Emerson de Souza Araújo3
Leidiane Barros de Souza4
O presente trabalho faz parte de um projeto do Programa Institucional Voluntário de Iniciação
Científica (PIVIC), que está subdividido em duas etapas: a primeira etapa já foi concluída, onde
se analisou o território fluvial urbano de Juazeiro/BA e a segunda etapa, já se encontra em
andamento e se estuda a mesma problemática, desta feita, no território fluvial urbano de
Petrolina/PE. O objeto dessa investigação é basicamente uma área fluvial com cerca de 100
metros de extensão horizontal, do território fluvial de Juazeiro/Petrolina e, o problema a ser
investigado são os impactos ambientais naturais e/ou antropogênicos nesses locais, buscando
compreender os principais efeitos geomorfológicos fluviais decorrentes de múltiplos processos
nas margens do rio São Francisco, nos trechos objeto de estudo. Elencou-se como objetivo
principal, analisar a intensidade dos processos erosivos e suas respectivas implicações para o
meio ambiente, visando compreender suas causas e consequências para a sustentabilidade local.
Para realização de tal pesquisa utilizou-se como metodologia a observação in loco no território
fluvial de Juazeiro, num período de seis meses, e a colocação de pinos de erosão para
delimitação da área a ser analisada. Os resultados encontrados na primeira etapa da pesquisa
demonstram o avanço erosivo no local, bem como a intensidade, as causas e consequências
destes ao meio ambiente e a (in) sustentabilidade a nível local por conta da falta de
aplicabilidade da legislação ambiental que trata da preservação e conservação das margens dos
rios e suas respectivas matas ciliares.
Palavras-chave: Área fluvial; Processos erosivos; (In) sustentabilidade socioambiental.
1
Geógrafa, escritora, docente do IF Sertão Pernambucano e Coordenadora de Projetos PIBIC/PIVIC; Doutoranda
em Educação (UCSF/AR); Mestre em Ciências da Educação (UI-Lisboa/PT); Mestranda em Tecnologia Ambiental
(Itep). Atua nas seguintes linhas de pesquisas: 1. Educação Contextualizada nos Territórios Semiáridos; 2. Gestão
Ambiental e Sustentabilidade de Áreas Degradadas; 3. Paisagens Rurais: impactos e câmbios espaciais, novas
perspectivas a sustentabilidade; 4. Educação Ambiental norteada ao Desenvolvimento Local Sustentável. E-mail:
[email protected]
2
Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e do Programa Institucional de
Voluntários de Iniciação Científica (PIVIC). E-mail: [email protected]
3
Bolsista do Programa Institucional de Voluntários de Iniciação Científica (PIVIC).
E-mail: emerson-mê[email protected]
4
Bolsista do Programa Institucional de Voluntários de Iniciação Científica (PIVIC).
E-mail: [email protected]
37
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
G
GT
T 44.. E
ED
DU
UC
CA
AÇ
ÇÃ
ÃO
OA
AM
MB
BIIE
EN
NT
TA
AL
LA
AT
TR
RA
AV
VÉ
ÉSS
D
DA
AA
AR
RT
TE
EE
ED
DA
AM
MÍÍD
DIIA
A
38
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
DESAFIOS NO USO DO COMPUTADOR PARA A EDUCAÇÃO
AMBIENTAL EM ESCOLAS PÚBLICAS
DO VALE DO SÃO FRANCISCO
Tiago Fernandes Machado1
Paulo Roberto Ramos²
Jorge Luis Cavalcanti Ramos³
O uso das novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) vem ganhando destaque na
última década com a popularização do computador. Todavia, vem ocorrendo um desafio
relacionado ao exercício do uso da máquina como ferramenta de ensino-aprendizagem. Muitas
vezes, a baixa utilização destas ferramentas tem sua origem na falta de capacitação do
usuário/professor para o uso efetivo nestes instrumentos, implicando na pouca utilização para o
ensino da Educação Ambiental. O objetivo central deste trabalho foi analisar a relação entre a
disponibilidade e uso do computador por professores da rede pública de Petrolina-PE e JuazeiroBA. Trata-se de um estudo de campo 2012, realizado através de questionários aplicados com 47
professores, em 9 escolas de Petrolina e 4 de Juazeiro. Os resultados apontam que vem
ocorrendo uma carência significativa quanto a capacitação dos professores e uso das TICs no
cotidiano escolar. O estudo mostrou que a Internet, como recurso didático, é utilizado por apenas
30% dos professores pesquisados. Os resultados preliminares apontaram que mais de 60% dos
professores afirmam que a principal dificuldade para inserir a Educação Ambiental (EA) nas
escolas é a falta de capacitação e outros 50% (o professor podia indicar mais de uma alternativa
no questionário) apontaram falta de recursos didáticos adequados. Nesse contexto, o objetivo
principal desse estudo preliminar foi levantar dados da problemática encontrada pelos
professores na utilização das TICs em sala de aula, de forma a viabilizar a produção de
conhecimentos para que possam auxiliar no desenvolvimento de tecnologias aplicadas à
Educação Ambiental, no âmbito do Projeto Escola Verde. Os dados preliminares deste estudo
apontam dificuldades na utilização das TICs no processo de ensino-aprendizagem nas escolas
públicas do Vale do São Francisco estudadas. Foi possível perceber a necessidade de capacitação
desses professores para o uso do Computador e da Internet como ferramentas didáticas,
sobretudo na promoção da Educação Ambiental.
Palavras-chave: TICs, Educação Ambiental, Capacitação.
1
Graduando em Engenharia da Computação pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
Orientador, Colegiado de Ciências Sociais.
³ Co-Orientador, Colegiado Engenharia da Computação.
2
39
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
TURISMO AMBIENTALMENTECNOLÓGICO
Deimison Souza1
Italo Herbert²
João Masquerenha³
Klébson Leonardo Santana da Silva4
João Sotero do Vale Júnior5
a) apresentação do tema/Problema: A questão ambiental está cada vez mais presente no cotidiano
da população da nossa cidade, principalmente no que se refere ao desafio de preservar a
qualidade de vida. Entretanto, a dinâmica de urbanização predatória tem provocado o aumento
dos problemas ambientais na nossa cidade. Todos têm sido afetados pelos problemas, em
particular os setores mais carentes da população. Isso ocorre porque no contexto urbano, os
problemas ambientais têm-se avolumado a passos agigantados e sua lenta resolução causa sérios
impactos sobre a população. b) objetivo(s): Nosso projeto nomeado de “Turismo
Ambientalmentecnológico” tem como objetivo propiciar um local, onde a população tenha uma
interação com o meio ambiente, através de recursos tecnológicos: Lixeiras interativas, que ao
serem acionadas pelo objeto descartado, irá interagir de algum modo com o indivíduo. A
iluminação “animada” também é uma das atrações desse local, visando proporcionar um
ambiente atrativo. Pensando na inclusão digital, que é um grande passo a ser dado pelos
governantes, a informação a todas as classes, através de mesas digitais e internet Wi-Fi aberta ao
público em um ambiente aberto. Um espaço ecologicamente correto, com um sistema de energia
renovável, através de placas de energia solar onde iria captar toda energia utilizada na praça. c)
metodologia: Com a metodologia de mudar o ambiente, de modo que, possa chamar a atenção
das pessoas a fazer o seu papel como cidadão participativo, no desenvolvimento ambiental na
sua cidade, e também o projeto visa estimular a educação ambiental, através de placas
educativas, aonde iremos mostra a importância da reutilização e reciclagem. d) resultados
encontrados: A educação ambiental deve ser vista como um processo de permanente
aprendizagem que valoriza as diversas formas de conhecimento e forma cidadãos com
consciência local e planetária. Temos como resultado final as pessoas motivadas e sensibilizadas,
onde poção ter um ambiente agradável e propício a qualidade de vida. Tendo uma visão de
sociabilidade, baseada na educação ambiental.
Palavras-chave: Turismo, Sustentabilidade, Preservação, Conscientização.
1, 2, 3 e 4
Alunos do 2º período do curso de graduação em Gestão de Tecnologia e Informação, do IF-Sertão, Campus
Floresta.
5
Orientador e Professor da disciplina de Empreendedorismo no IF-Sertão, Campus Floresta. Graduado em
Administração, MBA em Gestão Estratégica de Negócios e Mestrando em Ciência da Educação
40
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
SENSIBILIZAÇAO ATRAVÉS DE MIDIA VISANDO A PROMOÇÃO DA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM PRATICAS DE COMPOSTAGEM
EM UMA ESCOLA PUBLICA EM PETROLINA
Lina Sheilla Pires de Souza 1
Maria Raquel da Silva¹
Emanuel Victor Genovez²
Sâmara Nelrye Carvalho de Oliveira³
Paulo Roberto Ramos4
No processo de ensino-aprendizagem, a motivação é um importante fator de economia de tempo
e esforço. A Mídia Ambiental tem exercido um importante papel social na democratização da
informação socioambiental no Brasil, contribuindo para o fortalecimento da consciência e
cidadania socioambiental e possibilitando que a sociedade possa fazer escolhas melhores entre
diferentes modelos de desenvolvimento rumo à sustentabilidade. Nesse sentido, as oficinas
ecológicas tornam-se ferramentas essenciais na mobilização e sensibilização de alunos e
professores para as questões socioambientais. A aplicação de tecnologias apropriadas e
ecológicas, com a redução da utilização de recursos naturais, do desperdício, da geração de
resíduos e de poluição, deve ser uma prioridade em todos os processos, sobretudo os educativos.
Estimular alunos e professores para o desenvolvimento de ações ambientais nem sempre é algo
simples, sobretudo quando a ação depende do envolvimento de diferentes atores sociais. O
objetivo deste trabalho foi inserir a educação ambiental dentro da escola utilizando a reciclagem
do lixo orgânico como prática, além das palestras de conscientização, sobretudo no que diz
respeito a importância da reutilização do lixo orgânico da escola. Para tanto, se realizou
palestras, amostras de vídeo, oficinas, recolhimento de material orgânico na cozinha da escola. O
lixo orgânico foi separado pelos funcionários da escola. Depois foram realizadas técnicas da
compostagem doméstica, reaproveitando todo o lixo orgânico da semana e os transformamos em
composto, os quais servirão de adubo para a horta que será implantada dentro da Escola.
Pudemos observar que um dos desafios para a promoção da compostagem como prática
permanente de Educação Ambiental, é o engajamento continuado de alunos e professores no
processo de realização e acompanhamento do preparo do composto. Todavia, os que se
envolvem com esta atividade despertam o senso de responsabilidade socioambiental no
reaproveitamento do lixo orgânico, e para os perigos do seu descarte inadequado para a saúde.
Dentro do contexto de preservação ambiental, observa-se a importante necessidade de uma
mudança de comportamental de costumes e hábitos dos alunos visando à melhoria da qualidade
de vida.
Palavras-chave: Mídia ambiental. Conscientização. Educação ambiental. Compostagem.
1
Graduanda do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental pela UNIVASF.
¹ Graduanda do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental pela UNIVASF.
² Graduando do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental pela UNIVASF.
³ Graduanda do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental pela UNIVASF.
4
Orientador Professor do Colegiado de Ciências Sociais da UNIVASF.
41
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
POSSIBILIDADES DE APLICAÇÃO DA MÍDIA AMBIENTAL
PARA CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL
DE ESCOLAS PÚBLICAS DO VALE DO SÃO FRANCISCO
Daniela Alves do Nascimento 1
Paulo Roberto Ramos2
O uso de palestras socioeducativas com o uso das Novas Tecnologias de Informação e
Comunicação (NTICs), tais como Data Show, Vídeos e Internet, para alunos do Ensino
Fundamental, possibilita interação e reflexão com a manipulação de imagens, sons e mensagens
sobre a problemática socioambiental. É comum no ambiente acadêmico este tipo de prática como
método de ensino, mas aplicada à Educação Ambiental ainda é um desafio em todos os níveis de
ensino. Este trabalho representa um recorte de uma ação extensiva desenvolvida no Projeto
Escola Verde (PEV), em 20 escolas publicas dos municípios de Petrolina-PE e Juazeiro-BA, para
a reflexão e informação das crianças da rede pública de ensino sobre algumas problemáticas
socioambientais vivenciadas pelos mesmos, para o desenvolvimento de atividades de práticas
ambientais. Para a realização destas atividades foram utilizados Data Show, computador, sistema
de som (caixa com altos falantes), apresentação de slides e vídeos. As palestras são
desenvolvidas sempre antes de uma atividade prática proposta pelo PEV como Arborização,
Hortas e Compostagens, Reciclagem de Garrafas Pets e Coleta Seletiva. O principal objetivo
dessa ação foi mobilizar, sensibilizar e informar os alunos sobre o Meio Ambiente e as formas de
preservá-lo. A interação entre palestrante e ouvinte foi recíproca, bastante facilitada pelas
Tecnologias de Informação e Comunicação, gerando o envolvimento e participação dos alunos e
professores. Pudemos observar um grande potencial e impacto positivo e mobilizador sobre o
processo ensino-aprendizagem com o uso das NTICs na promoção da Educação Ambiental.
Palavras-chave: Mídia Ambiental, NTICs, Educação Ambiental, Escola.
1
2
Graduanda em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
Professor/Orientador. Colegiado de Ciências Sociais da Universidade Federal do Vale do São Francisco.
42
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
IMPACTOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA PROMOÇÃO DA
COLETA SELETIVA EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE JUAZEIRO-BA
Gaziela Lais Maia Carvalho dos Santos1
Susi Ellen Costa Mota da Silva 2
Isane Carine Guirra de Brito3
Barbara Ribeiro de Souza4
Camila de Souza Santana5
Paulo Roberto Ramos6
A coleta seletiva se relaciona diretamente com a melhoria na qualidade de vida, pois possui uma grande
importância nos diversos processos de reciclagem, auxiliando a conservação do ambiente ecologicamente
equilibrado, proporcionando inúmeros benefícios para a população, sobretudo diminuindo a quantidade
de lixo jogado no meio ambiente e os riscos de doenças infectocontagiosas, e também na reutilização dos
materiais. O objetivo desse trabalho foi promover a Educação Ambiental com a prática de Coleta Seletiva
e Reciclagem na escola Municipal Professora Leopoldina Leal, localizada no município de Juazeiro-BA.
Durante o trabalho foi realizada palestra educativa sobre a importância da preservação ambiental e peça
teatral abordado de maneira lúdica os problemas socioambientais da região. Este trabalho é parte das
ações realizada pelo Projeto Escola Verde. As atividades foram registradas por meio de fotografias.
Dentre as atividades realizadas, a palestra mostrou ser de fundamental importância, pois sensibilizou os
alunos sobre a crise socioambiental e a necessidade da Coleta Seletiva e da Reciclagem em todos os
processos sociais. A peça teatral obteve também bastante impacto; pois, de forma dinâmica, os alunos se
integraram, questionaram e refletiram sobre os problemas vivenciados em seus cotidianos. Todos
puderam conhecer formas fáceis e divertidas de contribuir para a minimização dos impactos ambienteis,
através da diminuição da quantidade de lixo descartado, com a prática da reciclagem, reutilizando o que
iria ser jogado fora de maneira inadequada. As ações mobilizaram cerca de 250 pessoas, entre alunos,
professores e funcionários.
Palavras-chave: Educação Ambiental, Coleta seletiva e Reciclagem.
43
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
G
GT
T 55.. E
ED
DU
UC
CA
AÇ
ÇÃ
ÃO
OE
E SSA
AÚ
ÚD
DE
EA
AM
MB
BIIE
EN
NT
TA
AL
L
44
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
PRÁTICAS DE MANEJO EM CISTERNAS RURAIS:
PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE
DE CAPIM DE N11, ZONA RURAL DE PETROLINA
Ruanna Matos Almeida Souza1
Janaina de Moraes Peres2
O semiárido brasileiro abrange estados do nordeste e sudeste e caracteriza-se por possuir
distribuição irregular de chuvas e alto índice de doenças associadas à precária qualidade da água
consumida. Neste contexto, o projeto de extensão “Cisternas rurais: potencializando água da
chuva” tem o objetivo de diminuir a incidência de doenças de veiculação hídrica causadas pelo
manejo inadequado das cisternas nas comunidades Capim e N11, localizados na zona rural de
Petrolina-PE, através de atividades sobre a importância da qualidade da água e das formas
adequadas de manejá-la. Aplicou-se questionário socioeconômico em 16 residências onde foi
notório que a maioria tem a concepção da importância da água limpa e desenvolvimento
sustentável. Realizou-se ainda coleta de água nas cisternas participantes do projeto, indicando
contaminação por coliformes termotolerantes em todas as amostras. Segundo relatos da
população, a implementação das cisternas desenvolvidas pelo programa P1MC do Governo
Federal proporcionou facilidades para armazenamento da água. No entanto, não foram
disponibilizadas informações essenciais sobre os cuidados a serem desenvolvidos nas mesmas.
Muitos não sabem como realizar o manejo e desconfiam da qualidade da água da chuva coletada
no telhado, preferindo consumir aquelas advindas de caminhão-pipa e do canal de irrigação. Este
fato despertou para a necessidade de atividades de formação para a localidade estudada. Sabe-se
que, com manejo correto da cisterna pode-se obter água de qualidade, diferentemente da água
bruta proveniente do canal de irrigação, onde foram identificados agentes poluidores como lixo
doméstico e animais mortos. A extensão é um dos tripés da Universidade, sendo de fundamental
importância sua participação na comunidade visando à melhoria na qualidade de vida da
população. Promoveu-se um evento com palestras e atividades práticas de coleta e análise da
água in loco nas cisternas, higienização das mãos, do balde coletor e de cloração da água. A
comunidade compareceu em peso e desenvolveu muitas discussões em torno do assunto.
Relataram ter sido “muito importante estas atividades para aprender e saber que alguém se
preocupa com eles”. O projeto está em andamento e ocorrerão outros eventos como este. Será
produzido ainda um vídeo com relatos dos moradores sobre as cisternas e a qualidade da água
disponível para eles. É essencial construir uma nova formulação de sociedade mais igualitária,
com garantia de recursos essenciais para manutenção da vida. As cisternas são importantes, no
entanto, esta tecnologia deve ser aliada à educação do homem do campo para uma convivência
harmoniosa e digna com a seca.
Palavras-chave: cisternas, água, Petrolina.
1
2
Universidade Federal do Vale do São Francisco. E.mail: [email protected].
Universidade Federal do Vale do São Francisco.
45
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
O USO DE SACOLAS RETORNÁVEIS EM FLORESTA-PE
Andrelice da Silva Alves1
Jaciara de Souza e Silva²
Juliana Serafim da Silva³
Jamile Eponina dos Santos Silva 4
João Sotero do Vale Júnior5
Quando se pensa no conceito de sustentabilidade vêm em mente vários fatores que envolvem a
preservação do meio ambiente.O assunto que motiva este artigo é a problemática do uso
excessivo de sacolas plásticas no mundo.Estudos indicam que no mundo todo são consumidas
cerca de 1milhão de sacolas plásticas por minuto,resultando em mais de 500 bilhões por ano.Só
no Brasil,essa quantia chega a 12 bilhões. O uso excessivo desse material resulta no acúmulo de
lixo que polui rios, mata animais, entope bueiros causando enchentes,com a queima do
combustível para a fabricação do material plástico e tudo isso piora a qualidade de vida das
pessoas.Ao contrário do plástico que degenera a atmosfera,as sacolas ecológicas priorizam a
sustentabilidade e a conservação do nosso ambiente.As sacolas retornáveis (ecológicas) estão se
tornando um símbolo expressivo de sustentabilidade e devem fazer parte da rotina de todas as
pessoas,além de ser um importante conceito de Consciência social e desejo pessoal de participar
da campanha da sustentabilidade como atitude e filosofia de vida.Esse artigo tem como objetivo
incentivar as pessoas, especialmente os florestanos, a começar a utilizar sacolas retornáveis em
seu dia-a-dia nas suas diferentes atitudes. Inclusive na hora de fazer compras. Com atitudes ou
pensamentos assim,podemos fazer a diferença na preservação do nosso meio ambiente apoiando
um consumo consciente por meio da redução das sacolas plásticas e promovendo a
responsabilidade social de que tanto se fala nos dias atuais.Conscientização através de palestras e
exposição de sacolas retornáveis durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia ocorrida
no dia 30 de outubro deste ano, no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia – IFSertão, Campus Floresta. Inicialmente tivemos uma resistência no entendimento quanto à
utilização das sacolas retornáveis. Mas ao final da palestra, abrimos a debate sobre o tema. Visto
que todos chegaram a se posicionar sobre o tema e chegando ao consenso comum que as sacolas
retornáveis contribuirão muito para um planeta mais limpo,para a proteção dos animais marinhos
e silvestres.
Palavras-chave: Sustentabilidade, Preservação, Sacolas retornáveis, Conscientização.
1,2 ,3 e 4
Aluna do 2º período do curso de graduação em Gestão de Tecnologia e Informação, do IF-Sertão, Campus
Floresta.
5
Orientador e Professor da disciplina de Empreendedorismo no IF-Sertão, Campus Floresta. Graduado em
Administração, MBA em Gestão Estratégica de Negócios e Mestrando em Ciência da Educação.
46
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
MÓVEIS FEITOS A PARTIR DE MATERIAIS RECICLADOS
Lázaro Alécio Nunes Bastos Honório1
Yuri Leal Sá Ferraz Magalhães²
Germano Ferraz da Silva Rosa³
João Sotero do Vale Júnior4
A partir da década de 80, a produção de embalagens plásticas e produtos descartáveis
aumentaram significativamente, tendo como consequência o aumento de lixo principalmente nos
países desenvolvidos. Na década seguinte, mais precisamente entre 1990 e 2003 a taxa de
desmatamento da Floresta Amazônica aumentou consideravelmente, devido a fatores locais,
como a construção de estradas e a pecuária, além de fatores nacionais e internacionais. Cresceu
também nos anos 2000 o desperdício de madeira provinda da Amazônia, chegando em 2011 a
60%.Tendo em vista a atual situação,temos como proposta a produção de moveis a base de
produtos reciclados. Procurando parcerias com outras empresas, onde já reaproveita o material
descartado. Com a perspectiva de uma conscientização ambiental na utilização do sistema dos
3R’s (Reaproveitamento, Reutilização e Reciclagem).Assim aumente a economia verde e
contribuir com a preservação ambiental.Reciclar significa transformar materiais usados em
novos produtos para o consumo. Esta necessidade foi despertada a partir do momento que se
verificou os benefícios que esse procedimento traz para o planeta Terra. Reciclar além de salvar
o planeta gera mais lucro para a empresa, pois a matéria prima acaba se tornando mais barata.
Para tal processo, é necessária uma previa seleção do material que será usado, visando assim a
maior eficiência no processo de fabricação, garantindo a qualidade do produto final. No caso
específico dos móveis, é feita a coleta em empresas que desperdiçam muita madeira, além
disso,também é usada madeira de demolição. Também são usadas peças provindas de plástico
reciclado, como puxadores de gaveta, pés, e rodinhas no caso de cadeiras de escritório. Com essa
reutilização de material, espera-se diminuir o desperdício de madeira e por consequência garantir
uma maior preservação do meio ambiente. Quanto mais madeira é derrubada mais é diminuída a
renovação do oxigênio do planeta e com a reciclagem estamos fazendo nossa parte para essa
preservação, e se cada vez mais todos pensassem desta forma, poderíamos remediar os processos
que começaram algumas décadas atrás: aumento do buraco na camada de Ozônio e o aumento do
aquecimento global, assim contribuindo para que nossos filhos e netos cresçam em um planeta
melhor.
Palavras-chave: Moveis, Sustentabilidade, Reciclagem, Reutilização.
1, 2 e 3
Aluno do 2º período do curso de graduação em Gestão de Tecnologia e Informação, do IF-Sertão,
Campus Floresta.
4
Orientador e Professor da disciplina de Empreendedorismo no IF-Sertão, Campus Floresta. Graduado em
Administração, MBA em Gestão Estratégica de Negócios e Mestrando em Ciência da Educação.
47
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO CURSO MÉDIO INTEGRADO DE
EDIFICAÇÕES IFRN (CAMPUS MOSSORÓ)
SOBRE O SANEAMENTO E O SANEAMENTO BÁSICO
Izilmara Cristina Lopes de Medeiros1
Kívia Kandysse Paiva de Melo2
Em meio ao crescimento urbano acelerado e os vários problemas de ordem sanitária que a
população vivencia, o profissional técnico em Edificação possui sua participação na melhoria
desse quadro atual. Na medida em que, o aluno detém o conhecimento sobre saneamento e
saneamento básico, o discente, deve realizar os procedimentos necessários das instalações
sanitárias, garantindo assim, condições de higiene da população. Diante do contexto, este artigo
se trata do conhecimento de alunos do curso técnico integrado de Edificações do quarto ano IFRN Campus Mossoró, sobre os termos saneamento e saneamento básico. Os objetivos foram
avaliar o conhecimento que os alunos de edificações tem em relação aos termos saneamento e do
saneamento básico. Para alcançar tais objetivos, foi realizada a revisão bibliográfica sobre o
tema, a elaboração de um questionário de caráter objetivo. Os conceitos sugeridos no
questionário estavam corretos. Posteriormente foi feita a aplicação dos questionários em sala, por
fim a tabulação de dados e análise dos mesmos. Após a tabulação dos dados obtidos, 51% dos
alunos afirmaram saber conceituar saneamento. Quando o questionário sugere o conceito de
saneamento corretamente, 90,32% afirmam que o significado esta correto. Em relação ao
saneamento básico 74,20% os alunos de afirmaram saber conceituar o termo. Além de
reconhecer o termo saneamento básico, os 93,55% dos discentes concordam com o conceito
sugerido no questionário. Assim sendo, curso de Edificações médio integrado do IFRN deve
propiciar um melhor planejamento de aulas e/ou disciplinas as quais contemplem o termo
saneamento. No tocante ao saneamento básico, os alunos apresentam satisfatório conhecimento
sobre o conceito. Dessa forma, a instituição de ensino IFRN, tem alcançado o objetivo de formar
profissionais de maneira a contribui com o bem social e ambiental.
Palavras-chave: Aprendizagem; Saneamento; Saneamento Básico.
¹ Aluna e bolsista IFRN, Curso Técnico em Saneamento do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Rio Grande do Norte - Campus Mossoró. Licenciada em Ciências Biológicas na Universidade do Estado do Rio
Grande do Norte - Campus Central.
² Graduada em Gestão Ambiental na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - Campus Central.
48
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
A SIGNIFICÂNCIA DOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS:
SUA CONDIÇÃO DE TRABALHO E O ULTRAJE
À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Tatiana Ferreira da Silva1
Ana Karla Cavalcante Ferreira2
Sergio Felipe Cabral Nunes3
A sociedade se recusa a acreditar nos impactos causados por seus anseios individuais e coletivos,
perante um consumismo desenfreado e devastador, tais transformações resultam da ascensão de
um alvitre de satisfação egoísta, gerado através de aquisições, em sua maioria, meramente
materiais. Diante disto, observa-se uma imensa produção de lixo, surgindo, a atividade de
catador de materiais recicláveis, a qual é fruto desta transformação da cultura social. O estudo
versa principalmente sobre a relevância do catador de materiais recicláveis como ser social, traz
à tona a percepção de sua atividade em torno das condições de trabalho e o esteio fincado à
dignidade humana albergada na constituição federal de 1988, ao experimentar o conhecimento
do atual estado destes. O objetivo foi identificar os meios hábeis para que se promovam
mudanças para categoria, sobretudo em relação à inserção social e a um plano organizacional de
sua atividade, com garantias sociais, livrando-os de rótulos atribuídos pela sociedade,
conhecendo-os como cidadãos de direito e revogando-se sua situação de abandono, elucidar que
o catador é ser dotado de iguais direitos aos resguardados a qualquer ser humano e necessita de
progressos na condição de trabalho, saúde e vida da qual se encontra. O presente artigo foi fruto
da utilização de uma pesquisa bibliográfica e documental em livros, legislações e artigos
infográficos, os quais versam sobre o tema em apreço. A visão negativa que a sociedade possui
do trabalho e da realidade do catador emana da carente educação social com relação ao catador e
o material com o qual trabalha de modo a causar frustrante barreira ao reconhecimento e à
regularização de seu trabalho. O principal elemento a este desígnio é firmar a coleta seletiva
como um sopro de esperança organizacional ao ser que labora no lixão, através da criação e do
fortalecimento dos trabalhos realizados por cooperativas e associações que resguardem todas as
devidas necessidades que se dispõe a qualquer ser humano.
Palavras-chave: catadores, lixo, saúde, dignidade da pessoa humana, coleta seletiva.
1
Graduanda em Fisioterapia pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL, bolsista do
projeto In Solidum vinculado Uncisal Incubadora Tecnológica – UNITEC.
2
Mestranda em Educação, Pela Universidade Federal de Alagoas - UFAL, Gerente UNITEC/UNCISAL.
3
Graduado em Direito pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió - CESMAC
49
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
G
GT
T 66.. E
ESST
TA
AD
DO
OE
EM
ME
EIIO
OA
AM
MB
BIIE
EN
NT
TE
E
50
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
A IMPORTÂNCIA DOS PARQUES URBANOS:
O CASO DO PARQUE MUNICIPAL DE MACEIÓ-ALAGOAS
Eligleise Santos Leandro1
Emanuelle Almeida da Costa1
Jailton Costa da Silva1
Katharin Stephanie Caldas Vargas1
Larissa Thais Omena dos Santos1
Geane Magalhães Monte Salustiano2
As transformações impostas pela urbanização ocorreram de forma violenta no Brasil no último
século levando ao cercamento e ilhamento dos fragmentos florestais (Unidades de Conservação)
remanescentes nas cidades, afetando não só a questão paisagística como também a qualidade de
vida da população. Os parques urbanos atendem a essa necessidade socioambiental por
protegerem recursos naturais e oferecerem à população opções de conforto, lazer e educação. A
presente pesquisa teve como objetivo principal reunir um conjunto de ideias sobre a necessidade
de construir um novo olhar para a organização e conservação das áreas verdes tendo como foco
de estudo o parque urbano de Maceió (PqMM), considerado única área verde com remanescentes
de Mata Atlântica existente no interior do espaço urbano no Estado de Alagoas praticamente
desativado;com o intuito de revelar ao publico e aos responsáveis pela tomada de decisões as
possíveis consequências que a falta de projetos e programas socioambientais podem causar tanto
a área em questão quanto a população.Foi desenvolvido através do levantamento bibliográfico
por meio do retrospecto conceitual, resgate histórico e evolução dos parques urbanos. Além do
levantamento de campo com ensaio fotográfico e visita a Secretaria Municipal de Proteção ao
Meio Ambiente (Sempma) responsável pelo gerenciamento e manutenção da infraestrutura,
buscando-se compreender a dinâmica voltada para a comunidade em torno. Com base nos
estudos feitos pode-se constatar que há uma progressiva diminuição da distribuição espacial e da
flora remanescente em decorrência do crescimento demográfico na área destinada ao parque.
Pouco tem sido feito pelos órgãos competentes para coibir ou modificar essa realidade tanto
socialmente quanto educacionalmente falando. Sendo assim, o espaço que resta passa a ser um
dos patrimônios mais importantes da população maceioense e necessita urgentemente de um
planejar coletivo junto à população local para a reflexão das práticas ambientais antrópicas
minimizando assim seus efeitos, bem como a percepção desta não como usuária e sim como
habitante do meio e beneficiaria de tudo proporcionado pelo parque.
Palavras-chave: Parque Municipal de Maceió; Mata Atlântica; Conservação e Percepção
Ambiental;
1
2
Graduandos em Licenciatura em Ciências Biológicas EAD pelo Instituto Federal de Alagoas.
Bióloga, Especialista em Mídias na Educação pela Universidade Federal de Alagoas.
51
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA O REAPROVEITAMENTO DO LIXO
ORGÂNICO NA PROMOÇÃO DE COMPOSTAGEM EM UMA ESCOLA
PÚBLICA DE PETROLINA-PERNAMBUCO
Maria Raquel da Silva1
Lina Sheyla²
Sâmara Nelrye Carvalho de Oliveira³
Emanuel Victor Genovez4
Paulo Roberto Ramos5
A questão ambiental hoje é um tema que vem sendo discutido devido à degradação do meio
ambiente e suas consequências na qualidade de vida da população em geral. Observa -se que as
pessoas estão se informando sobre esse tema, mudando suas próprias atitudes e se engajando em
projetos ambientais, apesar da crescente degradação socioambiental em nível planetário. Um dos
problemas que preocupa a sociedade atualmente é a destinação final dos resíduos sólidos.
Pensando nisso que o Governo Federal instituiu pelo Decreto nº 5.940, de 26 de Outubro de
2006, sobre a Coleta Seletiva Solidária, enquanto ação que visa à implantação da coleta seletiva
em órgãos públicos da administração direta e indireta, com a doação dos resíduos para
associações e cooperativas de catadores. Os resíduos sólidos urbanos nas ultimas décadas têm
sido estudado no sentido de se obter opções e técnicas alternativas mais eficientes e seguras de
dispor tais resíduos no ambiente e torna-lo novamente útil. Uma das alternativas é o uso de
compostagem, a partir de técnicas de produção de adubo natural a partir de restos de alimento. O
objetivo deste trabalho foi promover a Educação Ambiental em uma escola pública do município
de Petrolina-PE, através da elaboração de composteira de material reciclado, e produção de
adubo orgânico com o uso dos restos de alimentos produzidos na escola, e Observar e registrar as
ações desenvolvidas no ambiente escolar. As atividades ocorreram a partir da realização de
Palestras informativas, exibição de slides e vídeo, recolhimento de material orgânico e recipiente
de plástico reciclado, produção e acompanhamento da Compostagem. Nesse sentido, o
reaproveitamento do lixo orgânico na Escola Anete Rolim em Petrolina-PE com uso de
Compostagem pôde ser vivenciada como uma maneira de reduzir a produção de resíduos sólidos
para os depósitos de lixo, contribuindo para a melhoria do meio ambiente e, simultaneamente, na
produção de adubo para uma horta desenvolvida na escola, mas também possibilitando a
promoção da Educação Ambiental dos envolvidos e a reflexão sobre a interdisciplinaridade e a
interdependência dos processos de coleta seletiva, reciclagem, compostagem e Educação
Ambiental. Pudemos perceber um grande interesse de alunos e professores sobre a temática e o
engajamento nas atividades propostas.
Palavras-chave: Meio Ambiente Educação Ambiental, Compostagem.
1
Graduanda do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da UNIVASF.
² Graduanda do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da UNIVASF.
³ Graduanda do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da UNIVASF.
4
Graduando do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da UNIVASF.
5
Orientador Professor do Colegiado de Ciências Sociais da UNIVASF.
52
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
COLETA SELETIVA E RECICLAGEM EM UMA ESCOLA
PÚBLICA DE PETROLINA-PERNAMBUCO
Sâmara Nelrye Carvalho de Oliveira1
Emanuel Victor Genovez1
Susi Ellen Costa Mota da Silva 1
Maria Raquel da Silva1
Lina Sheilla Pires de Souza1
Paulo Roberto Ramos2
O problema do descarte do lixo está diretamente relacionado ao aumento crescente de sua
produção e à falta de locais adequados para a sua disposição. A vigorosa industrialização do
mundo moderno e a incorporação de novos hábitos de consumo na sociedade fizeram surgir o
problema das embalagens descartáveis não degradáveis e poluentes. São gerados cada vez mais
resíduos, principalmente plásticos tipo commodities, que são descartados inadequadamente no
meio ambiente. O gerenciamento da destinação dos resíduos urbanos é um conjunto de ações
normativas, operacionais, sociais, financeiras e de planejamento para disposição do lixo de forma
ambientalmente segura, utilizando tecnologias compatíveis com as realidades locais. A Educação
Ambiental deve ser entendida no sentido da educação para a mudança de comportamentos com
vista a sustentabilidade. Por meio dela trabalham-se informações e conhecimentos que possam
construir uma nova visão com base na prudência ambiental, justiça social e solidariedade
intergeracional. O objetivo deste trabalho foi promover oficinas de reciclagem e práticas
educativas de coleta seletiva em uma escola pública localizada no bairro Pedra Linda, no
município de Petrolina-PE. Foram realizadas atividades de oficinas de reciclagem de garrafas
Pets e rolos de papel higiênico, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), de
14 a 21 de outubro. Os materiais utilizados nas atividades foram coletados pelos voluntários do
PEV, professores e alunos do Ensino Fundamental I e II. As atividades foram registradas através
de fotografias. As oficinas de reciclagem foram realizadas pelos os alunos com grande
entusiasmo, na confecção de diversos utensílios, como cofres de garrafas e personagens com rolo
de papel higiênico. Deduzimos que a realização das atividades, com a prática da coleta seletiva e
a oficina de reciclagem, foi satisfatória, despertando a atenção de alunos e professores para a
importância de preservar e conservar o meio ambiente através de ações cotidianas e simples.
Palavras-chave: Coleta Seletiva, Reciclagem, Escola, Sustentabilidade.
1
Graduanda(o) em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal do Vale do São Francisco UNIVASF - Integrante do Projeto Escola Verde – PEV. Contato: [email protected]
2
Orientador/Professor do Colegiado de Ciências Sociais, da Universidade do Vale do São Francisco UNIVASF/Coordenador do Projeto Escola Verde. Email: [email protected]
53
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
DIAGNOSTICO DOS PROBLEMAS DE SANEAMENTO AMBIENTAL
EM ESCOLAS DO MUNICIPIO DE JUAZEIRO-BAHIA
Susi Ellen Costa Mota da Silva1
Isane Carine Guirra de Brito2
Adriana Silva Prado Pimentel 3
Gaziela Lais Maia Carvalho dos Santos4
Paulo Roberto Ramos5
O acesso da população à rede de esgotos e a minimização de problemas ambientais são
fundamentais para garantir a qualidade de vida. Nas escolas, a existência de saneamento
ambiental no espaço interno e externo da escola é fundamental para o bem estar e qualidade do
processo ensino-aprendizagem. Esse trabalho teve como objetivo diagnosticar problemas
socioambientais de Saneamento Básico que afetam escolas públicas do Município de JuazeiroBA. Trata-se de uma pesquisa de campo, resultado de um recorte dos dados da pesquisa
desenvolvida pelo Projeto Escola Verde. Os dados foram coletados por meio de aplicação de
formulário, observações in loco e registros fotográficos. Foram visitadas nove escolas, cujos
nomes serão omitidos por questões éticas, de diferentes bairros e localidades socioeconômicas
distintas, a fim de se obter um perfil mais amplo das realidades das escolas. Dentre as escolas
pesquisadas apenas em três não foram diagnosticados problemas socioambientais diretamente
visíveis ou perceptíveis pelo entrevistado, em outra escola o pesquisado não soube responder.
Nas outras cinco escolas foram observados e informados problemas ambientais de saneamento
no interior e no entorno escolar. Pudemos constatar que na maioria das escolas existe o problema
de falta ou precariedade de saneamento básico, havendo inclusive presença de esgoto a céu
aberto, o que pode representar uma fonte de contaminação e transmissão de doenças, expondo,
sobretudo, alunos aos riscos de contaminação. Foi observado também que em uma escola existe
o problema de excesso de lixo produzido pela comunidade e destinação inadequada do mesmo.
Foram citados por duas escolas a presença de resíduos industriais e entulhos de construções
dentro e fora do prédio escolar. Todos estes problemas observados representam um desafio para
a Educação Ambiental, no sentido das políticas públicas de serviços de infraestrutura, mas
também para o envolvimento da comunidade no enfrentamento destes problemas.
Palavras-chave: Saneamento Ambiental, Escola e Educação Ambiental.
1e2
Graduanda em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal do Vale do São Francisco –
UNIVASF.
3e4
Graduanda em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF.
5
Orientador/Professor do colegiado de Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São Francisco –
UNIVASF/Coordenador do Projeto Escola Verde.
54
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
LIMITAÇÕES DE USO DA ÁGUA DA LAGOA DO CALÚ, JUAZEIRO/BA,
SEGUNDO RESOLUÇÃO CONAMA 357/2005
Wyara Cordeiro Valença¹1
Ismara de Kassia Sousa Nascimento¹
Miriam Cleide Cavalcante de Amorim2
Erasmo de Oliveira de Carvalho Neto¹
Amélia Carvalho Faustino¹
Anderson Leandro do Nascimento¹
Na medida em que se torna mais intenso e diversificado o uso dos mananciais e de suas bacias
hidrográficas, maior é a necessidade de se definir formas de manejo sustentável e de gestão
ambiental destes ecossistemas. A Resolução CONAMA 357/2005 dispõe sobre a classificação
dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, isto é estabelecimento da
meta ou objetivo de qualidade da água (classe) a ser, obrigatoriamente, alcançado ou mantido em
um segmento de corpo de água, de acordo com os usos preponderantes pretendidos, ao longo do
tempo. Neste trabalho objetivou-se analisar e avaliar a qualidade da água superficial da Lagoa do
Calú (Juazeiro/BA), enquadrando-a nas classes de limitações de uso do CONAMA 357/05,
segundo seus usos preponderantes. A Lagoa do Calú está localizada no bairro Alto da Maravilha
da cidade de Juazeiro/Ba, loteada pela BR 407, com área de aproximadamente 8.258,40 m². Com
o intuito de visualizar espacialmente os resultados e identificar áreas de possíveis impactos ao
manancial, foram escolhidos três pontos distintos de amostragem, sendo um em cada
extremidade da lagoa (Ponto 1 e 3) e um no meio (Ponto 2), a fim de obter uma melhor
representatividade. Os parâmetros analisados foram: Escherichia Coli (E. Coli); demanda
bioquímica de oxigênio (DBO) e condutividade elétrica (CE) nos três pontos de amostragem por
três semanas consecutivas. Os resultados indicaram presença de E. Coli apenas na primeira
semana e no ponto de amostragem 3. Os demais pontos e demais coletas não apresentaram E.
Coli. Os valores obtidos de DBO em mg/L encontrados foram: Ponto 1: 9,80; 8,20 e 2,70; Ponto
2: 8,00 ; 1,60 e 4,10; Ponto 3: 4,50 e 6,80, não sendo possível a medição na terceira amostragem
devido a problemas de leitura do aparelho. Os valores de CE em dS/m foram Ponto 1: 127,45 ;
197,41 e 119,05; Ponto 2: 198,50 ; 196,85 e 207,45; Ponto 3: 191,40 ; 202,30 e 208,45. Assim,
de acordo com os valores dos parâmetros obtidos nas amostragens e pela resolução CONAMA
357/05 as águas da Lagoa do Calú poderão enquadrar-se em águas doces de Classe 3, que podem
ser destinadas ao abastecimento humano, após tratamento convencional ou avançado; à irrigação
de culturas, cerealíferas e forrageiras; à pesca amadora; à recreação de contato secundário; e à
dessedentação de animais. Os baixos valores de DBO indicam baixos teores de matéria orgânica
e consequentemente infere na ausência de lançamento de efluentes de origem doméstica na
lagoa.
Palavras-chave: enquadramento, qualidade da água, CONAMA.
1
2
Graduando em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
Professora do Colegiado de Engenharia Agrícola e Ambiental da UNIVASF.
55
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
PET CONEXÕES DE SABERES SANEAMENTO AMBIENTAL: UM
DIAGNÓSTICO DA DRENAGEM URBANA DE ÁGUAS PLUVIAIS EM
TORNO DA LAGOA DO CALÚ, JUAZEIRO-BAHIA
Bábiton Leone de Oliveira Herculano1
Wyara Cordeiro Valença1
Idiana Rodrigues1
Miriam Cleide Cavalcante de Amorim2
O PET Conexões de Saberes: Saneamento Ambiental é um programa de educação tutorial
desenvolvido no curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da Universidade Federal do Vale do
São Francisco (UNIVASF) com proposta de buscar o empoderamento de comunidades da cidade
de Juazeiro-BA, no que tange a valorização e o uso adequado dos serviços de saneamento básico,
reforçando a responsabilidade social e a cidadania dos envolvidos. A lei nº 11.445, de 5 de
janeiro de 2007, define drenagem e manejo de águas pluviais como sendo o conjunto de
atividades, infraestrutura e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de
transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazão de cheias, tratamento e
disposição final de águas pluviais drenadas nas áreas urbanas. O sistema tradicional de drenagem
urbana compõe-se por dois sistemas distintos que devem ser planejados e projetados sob critérios
diferenciados: o Sistema de Microdrenagem e o Sistema de Macrodrenagem. Devido o aumento
do crescimento urbano desenfreado, a drenagem urbana relacionada ao mecanismo do
saneamento básico, se torna imprescindível para que este não venha a interferir no
desenvolvimento de uma cidade. Dessa forma, o presente trabalho foi desenvolvido no âmbito do
PET Conexões de Saberes Saneamento Ambiental objetivando obter um diagnóstico da
drenagem de águas pluviais na Lagoa do Calú em Juazeiro/BA, a fim de identificar os elementos
e dispositivos de micro e macrodrenagem. O Parque Municipal da Lagoa do Calú está localizado
no bairro Alto da Maravilha da cidade de Juazeiro/BA, loteada pela BR 407, com
aproximadamente 8.258,40m² de área, situado nas coordenadas geográficas entre 9°25'29"S e
40°30'5"W. O diagnóstico realizado através de verificação in loco, permitiu observar a
predominância da existência das estruturas de microdrenagem, podendo ser observada a
macrodrenagem no entorno da lagoa. Os elementos de microdrenagem identificados foram
compostos por sarjetas ou calhas coletoras e condutoras de água de chuva; bocas de lobo
localizadas nas sarjetas; sendo possível perceber que a declividade do terreno favorece o
escoamento de águas pluviais ao redor de toda a lagoa. As estruturas de macrodrenagem
correspondem à rede de drenagem natural, sendo identificado o canal de água pluvial no entorno
da lagoa e que atua no direcionamento para o transporte de águas pluviais provenientes para as
galerias e para as boca de lobo dentro da lagoa. A Lagoa do Calú foi revitalizada e hoje é
abastecida pelas águas pluviais, funcionando como um sistema de macro e microdrenagem.
Palavras-chave: saneamento básico, drenagem urbana, macrodrenagem e microdrenagem.
1
Graduando em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
Tutora do PET Conexões de Saberes: Saneamento Ambiental, professora do Colegiado de Engenharia Agrícola e
Ambiental da UNIVASF.
2
56
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
AVALIAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO EM CINCO ESCOLAS DO
MUNICÍPIO DE JUAZEIRO-BAHIA
Isane Carine Guirra de Brito1
Susi Ellen Costa Mota da Silva 2
Adriana Silva Prado Pimentel 3
Gaziela Lais Maia Carvalho dos Santos4
Sâmara Nelrye Carvalho de Oliveira5
Paulo Roberto Ramos6
A arborização se relaciona diretamente com a melhoria na qualidade de vida, tendo relação direta
na melhoria o microclima; na qualidade do ar; na minimização dos níveis de ruídos produzidos
pelo trânsito e pelos transeuntes, além de proporcionar conforto térmico por meio de
sombreamento. Sua presença em ambientes escolares é de fundamental importância no incentivo
a Educação Ambiental (EA), pois com o contato direto com elementos da natureza colabora
diretamente na reflexão das questões socioambientais. Objetivou-se nesse trabalho analisar as
características e as necessidades de arborização de cinco escolas do município de Juazeiro, com
intuído de promover a EA. Esse trabalho é parte das atividades de pesquisa e extensivas
realizadas no Projeto Escola Verde. Foi realizado coleta de dados por meio de formulários
aplicados junto a coordenadores e gestores das escolas visitadas. O formulário investigava a
existência de área verde na escola, a essa área verde era atribuída uma nota entre 0 e 10, bem
como era observada também a necessidade da escola ser arborizada. Todas as etapas foram
registradas por meio de fotografias. Observamos que, das escolas analisadas, nenhuma escola
apresentou área com vegetação suficiente para ser considerada satisfatória. A média das notas
atribuídas à arborização foi de 3 (três) sendo muito baixa, numa escala de 0 a 10. O levantamento
realizado mostra que das 5 escolas avaliadas, apenas 3 possuíam área verde considerada parcial,
e o restante não possuía nenhum tipo de área verde. Esta situação indica uma dificuldade na
promoção da EA no sentido do contato e experiência com as plantas. A carência de área verde
significa um ambiente menos agradável aos alunos pela falta de sombreamento e frescor
proporcionado pelas arvores. Deduzimos, então, que são necessárias ações socioambientais que
incentivem o plantio de árvores nos espaços escolares e em junto as comunidades, para melhoria
na qualidade de vida.
Palavras-chave: Arborização, Educação Ambiental, Escola.
1 , 2e5
Graduanda em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
Graduanda em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
6
Orientador/Professor do colegiado de Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
3e4
57
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
UTILIZAÇÃO DE REDES DE INTERAÇÃO PARA AVALIAÇÃO DE
IMPACTOS AMBIENTAIS DE ATIVIDADES MINERADORAS
DESTINADAS À OBTENÇÃO DE COBRE
Hélio Cardoso Martim1
Vivianni Marques Leite dos Santos2
O acelerado crescimento populacional e tecnológico resulta em novos produtos e consumo de
recursos naturais finitos, de modo que o desenvolvimento deve ser planejado e monitorado com
vistas a garantia da sobrevivência das gerações futuras. Neste cenário, as atividades de
mineração constituem uma necessidade para atendimento as demandas de sobrevivência da
humanidade, entretanto deve-se buscar continuamente a prática de propostas mitigadoras dos
impactos ambientais oriundos deste tipo de atividade. O objetivo deste trabalho foi avaliar os
impactos ambientais decorrentes de atividades de mineração destinadas à obtenção de cobre para
diagnóstico de impactos e busca por propostas mitigadoras daqueles impactos negativos. Para
esta finalidade foram estudados processos hidromelúrgicos, como lixiviação e biolixiviação,
relacionados à extração de cobre. A consolidação deste estudo foi alcançada por meio de visita
técnica à Mineração Caraíba S.A. (MCSA) para identificação dos processos envolvidos na
obtenção de cobre desde a extração do minério até a obtenção das placas de cobre aptas à
comercialização. O detalhamento das etapas deste processo foi realizado juntamente com a
confecção de um fluxograma geral do processo produtivo, o qual foi de fundamental importância
na avaliação dos impactos ambientais. Para esta avaliação foi utilizada a metodologia de redes de
interação que tem como característica principal a identificação dos impactos indiretos e
sinergéticos (secundários), os quais são subsequentes aos impactos principais. Desse modo foi
possível identificar as principais atividades impactantes, bem como os efeitos em nível primário,
secundário e terciário destas atividades. Embora muitas medidas de contenção destes impactos
negativos já sejam executadas pela referida mineradora, a realização deste estudo permitiu
diagnóstico atualizados dos impactos oriundos da empresa e elaboração de propostas mitigadoras
dos impactos ambientais negativos avaliados que podem ser empregadas não só na mineração de
cobre, como também em quaisquer outras atividades mineradoras, como o plantio de árvores
para atenuar os impactos visuais, realização de projetos sócio/ambientais, utilização de técnicas
de biolixiviação para recuperação de solos e o tratamento de resíduos gerados como forma de
evitar o decaimento da qualidade de recursos hídricos e atmosféricos que propiciam impactos
posteriores á fauna, flora e ao meio antrópico. Nesse contexto a realização do presente estudo
pode ser visto como uma contribuição para conscientização ambiental e desenvolvimento com
conservação dos recursos naturais.
Palavras-chave: Impactos ambientais, Redes de interação, Mineração.
1
Graduando em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
Docente do Colegiado Acadêmico do Curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Vale do São
Francisco.
58
2
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
CONTROVÉRSIA BIOLÓGICA: NORDESTE EM LABORATÓRIO
Eduardo Neves Rocha de Brito1
Este trabalho é uma tentativa de expandir o campo de estudos das Ciências Sociais no Vale do
São Francisco. Uma proposta interdisciplinar que pretende problematizar mais de 200 anos de
dicotomias cartesianas e hegemonia das hard sciences nos estudos sobre meio ambiente. No ano
de 2007, houve o primeiro contato entre o Ministério da Integração Nacional e Professores da
UNIVASF, que visava soluções para os problemas advindos do Projeto de Integração do São
Francisco. A partir desta iniciativa consolidou o Centro de Conservação e Manejo de Fauna
Caatinga – CEMAFAUNA. Este centro visa atender os objetivos e atingir as metas propostas
pelo PBA-23. Desta forma, aqueles socialmente legitimados para fazer este “manejo” entre
Estado e Sociedade Civil – cientistas – iniciaram um advento que trouxe uma nova cosmologia
sobre o Nordeste, com a intenção de minimizar os danos do PAC, mas transpondo o Nordeste
para um laboratório, ou seja, manuseando todo um agregado biológico, político e ideológico que
daria uma nova roupagem a este bioma.A confiança nas ciências empíricas é um traço marcante
da cosmologia moderna ocidental.A construção dos fatos científicos, abordados na obra de
Michel Foucault, Bruno Latour, Tim Ingold, entre outros, mostram como ciência subsidiou
iniciativas, seja privada ou governamental, de contato entre Estado e Sociedade Civil. A
principal problemática desse trabalho será descrever quais são os atores humanos e não humanos
envolvidos na construção dos fatos científicos; como estes fatos legitimar uma investida estatal e
como a antropologia passou a ser uma eficiente “ferramenta” para estudar a ciência nas
sociedades complexas. Especialmente, comoa transposição do Rio São Francisco consolidou um
modelo de dominação cientificista que é reproduzida para os incontáveis meandros da
sociedade.Identificar na trajetória científica quais são as forças motrizes evocadas para a
construção dos fatos, bem como descrever e analisar os procedimentos estatais mediados pela
ciência, por fim, expor uma produção científica frutos de um projeto interdisciplinar.Este estudo
pressupõe, via etnografia, refazer os caminhos dos cientistas,de forma genealógica, comparar
estes dados e analisa-los a fim de restabelecer as redes de interação do modo mais amplo
possível.Trata-se de um estudo em fase inicial, por isso não tem resultados.
Palavras-chave: Ciência. Estado. Biologia. Rio São Francisco. Antropologia da Ciência.
1
Aluno do curso de Graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São Francisco –
UNIVASF, Bolsista de Iniciação Científica, CNPq.
59
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
DIAGNÓSTICO E PREVISÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS DOS
RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO EM PETROLINA
Átila Almeida Rios de Assunção1
Leonardo Guimarães dos Santos¹
Vivianni Marques Leite dos Santos2
O surgimento do conceito de desenvolvimento sustentável possibilitou o fortalecimento das
legislações sobre resíduos sólidos. Dentre seus vários tipos, existem os resíduos de construção e
demolição, gerados em grande quantidade por conta do desenvolvimento tecnológico e
crescimento populacional, refletindo significativamente na construção civil. Desde então,
pesquisas mostraram que a reciclagem de RCD é possível, podendo ser aplicados tanto como
agregados em argamassas e concretos, como em pavimentações na produção de blocos. O setor
da construção civil é responsável por grande uso de recursos naturais – e seu desperdício também
– portanto deve ser o setor que mais deve ser gerenciado. Infelizmente até esta data ainda se
constata a deposição incorreta por parte das construtoras e reformas domiciliares que provoca
vários tipos de impactos ambientais. Desta forma, é necessário não só o conhecimento de sua
cadeia produtiva, mas também a sua gestão diferenciada, criando uma conscientização do
Estado, empresas e população. A reciclagem dos resíduos apresenta vantagens sociais,
econômicas e ambientais, que estimulou a implantação de usinas de tratamento e reciclagem por
todo o país, a exemplo da CTR Petrolina, que além de ser um aterro controlado, contém uma
usina de beneficiamento capaz de transformar o resíduo em agregados usados na produção de
blocos de concreto, e estes utilizados na pavimentação de obras públicas pela cidade. Este
projeto tem como principais objetivos, a avaliação de impactos ambientais provenientes desses
resíduos, bem como um diagnóstico da geração atual da cidade, a fim de se inferir propostas para
seu melhoramento, contribuindo para o funcionamento da usina e ainda para conscientização de
empresas e população. Inicialmente foram realizadas visitas as Secretaria de Obras Públicas,
Prefeitura Municipal e Compesa, onde foram coletados alvarás, Lei de Obras, Lei de Posturas,
Plano Diretor de Petrolina, e ainda fotos e relatórios de impactos ambientais de alguns bairros.
Uma construção já foi analisada, e constatou-se a não existência de um projeto de gerenciamento
de resíduos, não havendo uma separação rigorosa dos seus tipos. Ainda estão sendo analisadas
outras obras, aplicando-se questionários sobre a gestão que cada uma adote. Também serão
apresentados dados sobre a demanda da CTR Petrolina, pontos irregulares de deposição final,
composição geral, classificação e esquematização dos processos de reciclagem. Com base no
quantitativo de obras anual e na quantidade de RCD gerada e reciclada espera-se prever o
quantitativo destes resíduos nos próximos anos em função do aquecimento da construção civil
em Petrolina no nível de conscientização atual.
Palavras-chave: Desenvolvimento sustentável, resíduos de construção e demolição, gestão
ambiental, impactos ambientais.
1
Graduando em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
Docente do Colegiado Acadêmico do Curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Vale do São
Francisco.
2
60
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
MOBILIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL INTERDISCIPLINAR
NA PROMOÇAO DE UM EVENTO NO VALE DO SÃO FRANCISCO
Francelita Coelho Castro1
Andreina Lígia Pinto da Silva²
Paulo Roberto Ramos3
A divulgação das características e importância da Educação Ambiental se constitui em um
elemento fundamental para mobilização social e mudanças de ideias e valores estabelecidos, a
partir da veiculação de conteúdos transversais e interdisciplinares. Uma das possibilidades de
vivencia da interdisciplinaridade e de mobilização social em torno da questão socioambiental é
através da realização de eventos que envolvam a temática ambiental de forma interdisciplinar. O
objetivo deste trabalho foi acompanhar e analisar os processos de capacitação da equipe do
Projeto Escola Verde e de mobilização social para a realização do 1º Workshop de Educação
Ambiental Interdisciplinar, que será realizado na Univasf/Petrolina, em dezembro de 2012.
Durante os 6 meses que antecederam o evento ocorreram capacitações da equipe do PEV, como
a 1ª Conferencia Regional de Educação Ambiental Interdisciplinar (CREAI), 2 minicursos, além
de reuniões semanais para discussão e encaminhamento das atividades do PEV, divulgação da
mídia local e nacional do evento, distribuição de material informativo do eventos nas escolas e
instituições de ensino fundamental, médio e superior da região. Os resultados coletados são
parciais, pois até o momento de realização deste resumo, as inscrições do evento ainda estavam
sendo realizadas. Os dados preliminares apontam um grande engajamento e participação tanto da
equipe do PEV na mobilização e organização do evento, mas também da população, professores
e alunos das escolas da região, na receptividade ao evento e realização de inscrições no mesmo.
Pudemos observar que o evento possui uma previsão de carga horária total de 40 hs, com
realização de desfile de roupas de material reciclado, 4 palestras, 16 Stands de instituições
expositoras de produtos e serviços, 7 minicursos, 3 peças teatrais, 1 grupo de dança, 2 cantores,
exibição de filmes 8 Mesas Redondas, dezenas de apresentações orais e exposições de banners, 9
Oficinas e visitas técnicas em 3 instituições ambientalistas da região. Até o dia 29 de novembro
(limite para submissão de resumos) haviam aproximadamente 400 inscritos no evento. Todos
estes dados apontam um mobilização social intensa na realização do evento para discutir a
problemática socioambiental, possivelmente por ser o primeiro evento sobre a temática que a
Univasf realiza em 8 anos de existência e um dos raros que ocorrem na região, tão carente deste
tipo de articulação e discussão.
Palavras-chave: Educação Ambiental; trabalho de divulgação; Projeto escola verde; currículos
escolares.
1
Graduanda em Geografia pela Universidade de Pernambuco – Campus Petrolina.
Graduanda em Administração pela UNIESB. Especializada em Recursos Humanos pela FAM.
³ Professor/Orientador. Colegiado de Ciências Sociais da UNIVASF.
61
2
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
EDUCAÇAO AMBIENTAL ATRAVÉS DO USO DE GARRAFAS PET’S E
ÁGUA DE AR CONDICIONADO NA PRODUÇÃO DE HORTAS,
EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE JUAZEIRO-BAHIA
Vagner Deniz Clemente Campos1
João Miguel S. Mendes¹
Priscila Helena Machado¹
Paulo Roberto Ramos2
Cuidar do meio ambiente é responsabilidade de todos e a escola é um local favorável ao processo
holístico na Educação Ambiental (EA), a qual vem sendo aceita, nos últimos anos, no sentido de
educação para o desenvolvimento sustentável ou de educação para a sustentabilidade. A partir
desta compreensão foi realizado na escola Guiomar Lustosa, em Juazeiro-BA, um processo de
mobilização escolar para a elaboração de horta pedagógica com reutilização da água do ar
condicionado da escola, com o intuito de levar conscientização pelo tema para a escola e a
importância disso no meio ambiente. Atualmente percebe-se que a sociedade está debatendo a
importância de um ambiente ecologicamente equilibrado, repercutindo no bom aceitamento de
alternativas sustentáveis e de baixo custo, como a horta pedagógica com reaproveitamento da
água, proporcionando inúmeros benefícios para a comunidade escolar. Para realização do
presente trabalho foram utilizados alguns materiais como Durepoxi, 2m de Mangueira, Arame e
Garrafas Pets. Após montagem da horta foi analisado se a pressão exercida pela água por meio
de gravidade seria o suficiente para que molhasse todas as garrafas Pets da horta. Foi colocada na
saída da mangueira do ar condicionado uma garrafa, a qual acumula essa água que seria
desperdiçada para posteriormente ser distribuída por todas as garrafas da horta, num processo
automático e contínuo. Notamos que, por conta da força da gravidade, depois de cheia a garrafa
que recebe a água do ar condicionado, ocorre uma distribuição uniforme por toda horta e
reaproveitamento integral da água que seria jogada no ambiente sem qualquer utilização prática
para reciclagem. Pudemos observar que com a conclusão e o bom desenvolvimento da atividade,
foi despertada a curiosidade e a vontade nos alunos de estarem fazendo experiência em casa para
a reutilização da água; promovendo, assim, ações de preservação de meio ambiente, Educação
Ambiental e reciclagem da água.
Palavras-chave: Escola, Água, Reciclagem, Meio Ambiente, Horta Escolar.
1
Graduando(a)s em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Vale do São Francisco.
Orientador/Professor Doutor do Colegiado de Ciências Sociais, da Universidade Federal do Vale do São Francisco.
E-mail: [email protected].
2
62
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE Pb E Cu NOS SEDIMENTOS
DO RIO SÃO FRANCISCO JUAZEIRO-BAHIA
E PETROLINA-PERNAMBUCO
Kaíque Mesquita Cardoso1
Vanessa de Souza Santos2
Ariane Oliveira da Silva2
Yane A. Mesquita Luz3
José Soares dos Santos4
Maria Lúcia Pires dos Santos4
Alguns elementos tóxicos ocorrem de forma natural no meio ambiente, contudo, algumas
atividades humanas vêm contribuindo de maneira efetiva no aumento desses contaminantes em
distintos ecossistemas, provocando assim, degradação dos recursos naturais. Essa degradação
ocasiona problemas socioambientais devido a perda de qualidade dos recursos hídricos e dos
solos disponíveis para a agricultura local. Neste contexto, as águas do Rio São Francisco são
bases de subsistência para com a população local, utilizadas como fonte de irrigação para a
agricultura. Este trabalho tem como objetivo a avaliação da disponibilidade de Chumbo (Pb) e
Cobre (Cu) nos sedimentos do Rio São Francisco, ao passo que, esses elementos nos sedimentos
poderão ser disponibilizados para a coluna d’água do rio. Tal contaminação poderá atingir a
sociedade tanto de maneira direta quanto indireta, provocando efeitos ambientais, econômicos e
sociais. As coletas dos sedimentos do rio foram realizadas em julho do ano de 2012. Foram
escolhidos um total de doze pontos, os quais subdivididos em seis pontos localizados na região
de Juazeiro/BA e seis na região de Petrolina/PE. As amostras foram condicionadas em sacos
plásticos e mantidas à temperatura de 0ºC. No laboratório foram secas em estufa à 60ºC. As
determinações dos metais foram realizadas por espectrometria de absorção atômica acoplado
com forno de grafite (GF AAS), nas amostras digeridas de acordo com o método (EPA 3051).
Os resultados das amostras apresentaram valores médios de 4,916 mg Kg -1 para o Pb e de 3,456
mg Kg-1 para o Cu. Observou-se que os pontos oriundos da região de Petrolina-PE apresentaram
os maiores teores destes dois elementos, 6,380 mg Kg-1 de Pb e 7,386 mg Kg -1 de Cu. Os
menores valores de concentração para o Pb (2, 850 mg Kg-1) foram encontrados em Juazeiro-Ba
e para o Cu (0,775 mg Kg -1) em Petrolina-PE . Entretanto, nenhum dos valores superou os
limites de classificações dos níveis dos poluentes encontrados em unidade de material seco
segundo a RESOLUÇÃO CONAMA nº 344, de 25 de março de 2004. Todavia é intrigante os
teores aumentados da disponibilidade do Pb e Cu na cidade de Petrolina-Pe, o que aponta para a
necessidade de estudos mais detalhados para uma avaliação das atividades que vêm causando
esse aumento.
Palavras-chave: Metais pesados, sedimento, Rio São Francisco, GFAAS.
1
Graduando em Engenharia Florestal pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. E-mail:
[email protected].
2
Pós-Graduanda em Química Analítica e Ambiental pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. E-mail:
[email protected], [email protected]
3
Pós-Graduanda em Genética, Biodiversidade e Conservação pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Email: [email protected]
4
Pesquisador(a) na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. E-mail: [email protected],
[email protected]
63
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
RESÍDUOS DO GESSO DE CONSTRUÇÃO:
AUSÊNCIA DE POLÍTICA PÚBLICA PARA SUA RECICLAGEM
Sayonara Maria de Moraes Pinheiro1
Gladis Camarini2
Os resíduos gerados pela cadeia produtiva da construção civil comprometem a sustentabilidade
do setor, acarretando danos ambientais, sociais e econômicos. No Brasil, somente na atividade de
construção e demolição o volume de resíduos alcança valores superiores a 50% do volume de
resíduos urbanos. Entre os resíduos gerados nesta cadeia produtiva, encontra-se o resíduo de
gesso, cujo volume gerado pode alcançar valores correspondentes a 5% do volume de resíduos
de construção e demolição. O resíduo de gesso é classificado pela NBR 10.004:2004 como
material não inerte, altamente solúvel, não desejável nos aterros sanitários, devido à liberação de
gás sulfídrico e dióxido de enxofre, exigindo cuidados especiais para sua disposição final. Em
decorrência dessas características, o resíduo de gesso de construção é classificado como Classe B
pela Resolução 307-2002 e 431-2011 do CONAMA, e deve ser encaminhado à reciclagem
específica. Medidas legais e pesquisas técnicas estão sendo desenvolvidas, entretanto encontram
dificuldades para serem implantadas. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi elaborar um
diagnóstico da geração do resíduo de gesso ao longo da sua cadeia produtiva, identificando as
fontes geradoras, os tipos de resíduos gerados, o impacto ambiental e as legislações pertinentes.
A metodologia aplicada foi constituída de um levantamento de dados por meio de revisão
bibliográfica e visita aos setores da cadeia produtiva, desde a extração do minério até o setor de
construção. Os dados levantados registraram a geração de resíduos ao longo de toda a cadeia
produtiva, constituídos basicamente de sulfatos de cálcio di-hidratados e hemi-hidratados na
forma granular e pulverulenta, contribuindo para a contaminação do solo, do lençol freático e
degradação do ambiente no entorno do setor de produção. As legislações pertinentes encontradas
foram: (i) a Lei Nº 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, onde
estabelece a necessidade do Licenciamento Ambiental para funcionamento dos setores de
extração do minério, produção do gesso, e produção de componentes, bem como estabelece a
responsabilidade pelo resíduo gerado em suas atividades mesmo após sua disposição final e (ii) a
Resolução 307-2002 e 431-2011 do CONAMA, específica para os resíduos do setor de
construção e demolição (RCD). A Resolução 307-2002 do CONAMA estabelece as diretrizes
para o gerenciamento do RCD que deve ser implantado em parceria entre os setores produtivos
(construtoras) e o poder público (as Prefeituras Municipais). Entretanto, nenhuma medida ainda
foi estabelecida em relação ao resíduo de gesso, sendo frequente encontra-lo junto aos demais
resíduos de construção e dispostos, geralmente, em áreas irregulares.
Palavras-chave: Resíduo, Gesso, Gerenciamento, Políticas Públicas.
1
2
Prof.ª Drª em Engenharia Civil do CCIVIL da Universidade Federal do Vale do São Francisco.
Prof.ª Drª em Engenharia Civil da FEC da Universidade Estadual de Campinas.
64
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
ARTICULAÇÕES PARA FORMAÇÃO DO COMITÊ
EM DEFESA DO MEIO AMBIENTE
E DA CIDADANIA NA CIDADE DE MONTEIRO-PARAÍBA
Andressa Soares da Silva1
Artur Alan Martins de Oliveira1
Bruna Dayane Alves Diniz1
Jéssica Maria de Sousa1
Kássia Dyjeane Leal Félix1
Iracira José da Costa Ribeiro2
Este trabalho identificará as ações e iniciativas para a formação de um Comitê em Defesa do
Meio Ambiente e da Cidadania, no município de Monteiro, no cariri paraibano. O mesmo está
sendo desenvolvido pelo Programa Transposição Sustentável: Educação Socioambiental e
Cidadania (PROEXT/MEC 2011), com atuação dos bolsistas deste programa, coordenado pelo
Professor Dimas Brasileiro Veras e com a participação da sociedade em geral. A preocupação
em preservar o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida da sociedade, são temas discutidos
há bastante tempo. Atualmente, diante de um contexto marcado pela degradação do meio
ambiente, que vem sendo ocasionado de maneira natural ou por meio de ações humanas, onde
cada vez mais acarreta graves consequências à sociedade, comprometendo a saúde e o bem estar
de todos, faz-se necessário a integração de cada grupo interessado na busca pela proteção da
integridade global do meio ambiente e no engajamento em prol da qualidade de vida. Segundo
Caroline Faria (2008), o projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias do Nordeste
Setentrional é um assunto bastante polêmico, pois ao passo que sugere a tentativa de solucionar o
problema da seca, que há muito afeta as populações do semiárido brasileiro, ao mesmo tempo, se
mostra como um projeto delicado do ponto de vista ambiental, já que poderá afetar um dos rios
mais importantes do Brasil. Tendo como base os anúncios do Governo Federal sobre a
continuidade nas obras da transposição do Rio São Francisco neste ano de 2012 e com debates
sobre os impactos e os benefícios que este projeto poderia trazer para o Nordeste, o programa
teve a iniciativa de apoiar a formação de um comitê que visa discutir sobre as problemáticas
ambientais e sociais que se fazem urgentes. Diante dos aspectos citados, demos início à
realização das reuniões de formação do comitê, estas eram realizadas mensalmente. Nelas
tratamos de diversos temas relacionados tanto à preservação do meio ambiente, como também
aos possíveis benefícios e impactos do projeto de transposição para o município de Monteiro.
Tratou-se ainda dos pré-requisitos necessários para que a cidade pudesse de fato receber o eixo
da transposição, conforme o projeto. As reuniões são de suma importância para mostrarmos as
propostas do comitê, entretanto, apresentaram-se alguns problemas, como a falta de
compromisso dos lideres e autoridades, para com o mesmo.
Palavras-chave: cidadania; comitê; educação; meio ambiente.
1
Graduando(a) do Curso de Tecnologia em Construção de Edifícios - IFPB, Bolsista do Programa de Extensão
Transposição Sustentável, e-mails: [email protected], [email protected],
[email protected], [email protected], [email protected]
2
Professor do Instituo Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB). Mestre em Engenharia civil na
Universidade Federal da Paraíba - UFPB, e-mail: [email protected]
65
Anais do 1º Workshop de Educação Ambiental Interdisciplinar
UNIVASF - Petrolina-PE - 7, 8 e 9 de Dezembro de 2012
ASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO EM PETROLINA/PE:
UMA VISÃO DA QUESTÃO AMBIENTAL
Adriana Soely André de Souza Melo1
Saullo André de Souza Leite Melo2
Josemar da Silva Martins3
A temática ambiental vem se juntar às questões da reforma agrária visto que se fazem
necessários que o social e o ecológico estejam inclusos nas questões epistemológicas e políticas.
Conforme Castanho Filho (1986) são problemas permeáveis, com fundamentos nas questões
agrárias e ambientais, originados no padrão de desenvolvimento capitalista agravado pela
pobreza e exploração dos recursos naturais. Juntamente com as questões agrárias, adicionam-se,
fatores como o desmatamento, poluição do ar e da água, contaminação do solo através do uso de
agrotóxicos que levam a extinção das espécies vegetais e animais, esgotando os recursos naturais
e potencializando o processo de desertificações (Araújo, 2010). Respondeu -se ao seguinte
questionamento: como se articulam as questões ambientais no Assentamento São Francisco?
Objetivou-se identificar os problemas ambientais existentes na comunidade que mesmo após 15
anos da conquista da terra, necessita de uma base discursiva e prática na relação sociedadenatureza. Fundamentou-se na pesquisa bibliográfica contemporânea sobre a temática e na
pesquisa de base qualitativa, através de observações diretas, conversas informais e entrevistas
abertas. Registrou-se questões cruciais de cunho socioambiental no assentamento: falta de
irrigação em local adequado para o cultivo, falta de água com tratamento básico para o consumo
humano; desmatamento de área destinada à preservação ambiental, ausência de programa de
reciclagem e educação ambiental; falta de controle do desmatamento na área de reserva legal e
descumprimento das propostas iniciais de implantação do assentamento pelo INCRA.
Concluímos que as questões agrárias e ambientais estão ligadas e carecem de políticas públicas
que visem melhorar a qualidade de vida das pessoas residentes nos assentamentos rurais. Os
dados apresentados sugerem a existência de pouco conhecimento local sobre o planejamento
ambiental, visualizada também no contexto geral da reforma agrária. É preciso que se adotem
posturas em relação ao ambiente em que vivem através dos princípios de sustentabilidade, pois
tanto os grupos humanos quanto os ecossistemas estão sujeitos às ações desordenadas e merecem
atenção dos órgãos públicos, para melhoria nas questões ambientais.
Palavras-chave: cidadania; comitê; educação; meio ambiente.
1
Mestranda em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental pela Universidade do Estado da Bahia.
Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado da Bahia.
3
Doutor em Educação. Professor do DCH III e PPGEcoh – UNEB Campus VIII.
66
2
Download

ISBN: 978-85-60849-50-5