Projeto Pré-Requisitos - 6º ano – Língua Portuguesa
Colégio Militar de Curitiba
Projeto Pré-Requisitos - 6º ano – Língua Portuguesa
Caro aluno
Este Caderno de Apoio à Aprendizagem em Língua Portuguesa foi produzido para você
com o objetivo de colaborar com seus estudos.
Ele apresenta uma série de atividades a serem resolvidas. Servirão para que você
verifique os conteúdos que já domina e os que precisará estudar com vistas a um melhor
acompanhamento no 6º ano do ensino fundamental em nosso Colégio.
Com ele, você poderá rever, aprofundar e/ou ampliar a aprendizagem de habilidades
essenciais nessa área do conhecimento relacionadas à:
- empregar os procedimentos de leitura em função dos diferentes em função dos
diferentes objetivos e interesses do sujeito e das características do gênero e suporte;
- estabelecer as relações necessárias entre o texto, outros textos e recursos de
natureza suplementar que o acompanham (gráficos, tabelas, desenhos, fotos, etc) no processo
de compreensão e interpretação do texto;
- utilizar inferências pragmáticas para dar sentido a expressões que não pertençam a
seu repertório lingüístico ou estejam empregadas de forma não usual em sua linguagem;
Redigir textos considerando as condições de produção: finalidade; especificidade do
gênero; lugares preferenciais de circulação; interlocutor.
Esperamos que você possa ampliar seus conhecimentos.
Bom trabalho!
Projeto Pré-Requisitos – 6º Ano
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Habilidade 1:
Empregar os procedimentos de leitura em função dos diferentes objetivos e interesses do
sujeito e das características do gênero e suporte.
Leia o texto a seguir para responder aos itens de 1 a 7.
Descritores:
1. Localizar informações explícitas em um texto.
2. Inferir o sentido de uma palavra a partir do contexto em que foi empregada.
3. Inferir o sentido de uma expressão a partir do contexto em que foi empregada.
4. Inferir uma informação implícita em um texto.
5. Identificar os elementos de um texto (narrador/foco narrativo).
6. Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinho, foto,
etc.).
7. Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
Os índios Carajás, no princípio do mundo, viviam dentro do furo das
pedras. Não conheciam a Terra. Eram felizes e tinham a eternidade, vivendo
até avançada velhice, só morrendo quando ficavam cansados de viver. Um dia,
os Carajás decidiram abandonar o furo das pedras, na esperança de descobrir
os mistérios da Terra. Apenas um deles, por ser muito gordo, não conseguiu
passar pelo furo da pedra, ficando nele entalado. Na Terra, que trazia uma
escuridão sem fim, os índios percorreram todos os lugares. Descobriram frutos
e comidas. Compadecidos do companheiro que ficara entalado no furo da
pedra, levaram-lhe os mais saborosos frutos e um galho seco. Ao ver aquele
galho seco, o índio entalado observou: “O lugar por onde vocês andam não é
bom. As coisas envelhecem e morrem. Veja este galho, envelheceu. Não
quero ir para um lugar onde tudo envelhece. Vou voltar. E vocês deviam fazer
o mesmo!”
E o robusto carajá voltou para dentro da pedra. Os outros continuaram a
percorrer a Terra, que se encontrava nas trevas. Um menino carajá, junto com
a amada, percorria a Terra em busca de alimentos. Como não havia luz, a
amada sangrou as mãos nos espinhos, quando colhia frutos. O menino, na
escuridão, comeu mandioca brava. Envenenado pela raiz, o menino carajá
deitou-se de costas, a passar mal. Vários urubus começaram a andar em volta
do seu corpo. Um dos urubus disse: “Ele não está morto, ainda move o corpo.”
Outro urubu replicou: “Não, ele está morto.”
Todos os urubus opinavam, uns achavam que o menino estava morto,
outros achavam que não. Para que a dúvida fosse esclarecida, foi chamado o
urubu-rei, com o seu bico vermelho e penugem rala na cabeça. Considerado o
mais sábio dos urubus, a ave imponente declarou: “Ele está morto.”
E foi pousar na barriga do menino. Inesperadamente, o menino carajá,
que se fingia de morto, pegou o urubu-rei pelas pernas e o prendeu nas mãos.
A ave esperneou, debateu-se, mas não se libertou das mãos do menino.
“Quero os mais belos enfeites.” Disse o menino ao urubu-rei.
A ave, para ser libertada, trouxe as estrelas no céu como enfeites aos
olhos do menino. As estrelas eram belas, mas o mundo continuava escuro.
“Quero outro enfeite.”
O urubu-rei trouxe a lua. E a Terra continuava escura.
“Ainda é noite. Quero outro enfeite, este também não serve.”
Então o urubu-rei trouxe o sol. E o mundo ficou cheio de luz. O urubu-rei
ensinou ao pequeno índio a utilidade de todas as coisas do mundo. Feliz, o
menino soltou a sábia ave. Só então o carajá se lembrou de perguntar ao
urubu-rei o segredo da juventude eterna. No alto do céu, a ave contou-lhe
aquele segredo, mas voava tão alto, que todos ouviram a resposta, as árvores,
os animais, menos o menino. E por não ter ouvido o urubu-rei, todos os
homens envelhecem e morrem.
A Criação do Mundo (Índios Carajás)
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(Fonte: http://virtualia.blogs.sapo.pt/19109.html)
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1. Por que os Carajás decidiram abandonar o local onde viviam?
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2. Leia a sentença a seguir retirada do texto: As coisas envelhecem e morrem. (linha 11).
Reescreva essa frase, trocando o termo sublinhado por outro, mas mantendo o sentido que
ele tem no texto como um todo.
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3. Leia a sentença a seguir retirada do texto: “E o mundo ficou cheio de luz.” (linha 35).
Reescreva a frase, substituindo a expressão sublinhada, mas mantendo o seu sentido no
parágrafo em que se encontra.
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4. De acordo com a lenda dos carajás, há um menino que permanecerá feliz e viverá até
avançada velhice, só morrendo quando ficar cansado de viver. Quem é esse índio?
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5. Identifique:
a.
O narrador do texto.
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b.
As personagens do texto.
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Leia o texto a seguir para responder aos itens de 8 a 14.
Mito da Criação (Grécia Antiga)
No início, nada existia. Tudo era escuro e sem nada e isto era o Caos. Gradualmente a
Mãe-Terra (ou Gaia) surgiu e foi ganhando forma e criou o Mundo.
A Mãe-Terra teve um filho, Urano, que era o céu. Urano e a Mãe-Terra tiveram filhos
juntos. Com a chuva vieram as plantas e os animais que se formavam das gotas que caíam
5 nos oceanos e rios. Também surgiram monstros de muitos tamanhos, formas e feitios. Entre
estes monstros havia três que apenas tinham um olho, bem no meio da testa, e chamavam-se
de Ciclopes. Urano foi muito mau para eles, tratava-os cruelmente e baniu-os para o
Submundo.
Mais tarde começaram a aparecer seres com forma de humanos, mas enormes. Estes
10 gigantes eram os Titãs e foram os primeiros deuses e deusas. Finalmente, a Mãe-Terra deu à
luz a Idade do Ouro, que viveram numa época sem guerras ou confltos. Infelizmente, não
tiveram filhos e a raça morreu, apesar de terem continuado na Terra como espíritos para ajudar
e proteger as pessoas.
A Terra-Mãe não conseguia perdoar ao seu filho Urano pela maneira como ele tinha
15 tratado os Ciclopes e encorajou os Titãs, liderados por Cronos, para se revoltarem. Eles
atacaram e venceram Urano e assim ficaram no poder.
Do sangue de Urano caíram três gotas de sangue na Terra e assim nasceram as
Eríneas. Estes eram espíritos de vingança e revolta, com cabeça de cão e asas de morcego.
Eles perseguiam assassinos, principalmente aqueles que matavam familiares. Uma outra gota
20 caiu no mar e criou espuma e da espuma apareceu a deusa Afrodite.
Cronos casou com a sua irmã, Rhea (Réia), e tornou-se rei dos Titãs. Tiveram cinco
filhos, mas Cronos, avisado que um deles o mataria, engoliu-os todos assim que nasceram.
Para salvar o seu sexto filho, Réia enganou Cronos, dando-lhe uma pedra enrolada em roupa
de bebê e escondeu a criança entre algumas deusas menores, chamadas de Ninfas, que
25 criaram a criança em segurança. Esta criança era Zeus.
Quando cresceu, Zeus regressou a casa disfarçado e colocou uma poção na bebida de
Cronos, fazendo com que ele se engasgasse (...). As crianças que tinha engolido foram
tossidas, sãs e salvas. Eram as irmãs Hestia, Demeter e Hera e os irmãos Plutão e Poseidon.
Uma batalha feroz então teve lugar. Zeus libertou os Ciclopes que fizeram relâmpagos
30 para ele arremessar. Fizeram também um tridente para Poseidon e um capacete mágico para
Plutão que fazia com que quem o usasse ficasse invisível. A maior parte dos Titãs e Gigantes
ficaram do lado de Cronos.
Depois de uma terrível luta, os deuses mais novos, ou Novos Deuses, saíram
vitoriosos. Os Titãs foram banidos e um deles, chamado Atlas, teve como castigo sustentar o
35 mundo nos ombros.
Zeus ficou Senhor dos Céus e rei de todos os deuses. Poseidon foi feito Senhor dos
Oceanos e Plutão do Submundo.
(Fonte: http://mitoslendasecontos.wordpress.com/2011/03/17/a-criaomitologia-grega/)
6. Crie uma história no formato de tira de quadrinhos (entre três e cinco quadrinhos),
recontando o diálogo do menino-índio que pediu os seus desejos para o urubu-rei.
7. O que essa história (lenda) dos Carajás explica para as próximas gerações de índios?
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8. Como surgiram as plantas, os animais e os monstros de diversos tipos, inclusive os
ciclopes?
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9. Leia a sentença retirada do texto: “Urano foi muito mau para eles, tratava-os cruelmente e
baniu-os para o Submundo” (linha 08). Reescreva a frase substituindo o termo sublinhado
por outro, mas mantendo o sentido que ele tem no texto como um todo.
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10. Leia a sentença a seguir, retirada do texto: Uma batalha feroz então teve lugar. (linha 29).
Reescreva a frase, substituindo a expressão sublinhada, mas mantendo o seu sentido no
parágrafo em que se encontra.
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Habilidade 2:
Estabelecer as relações necessárias entre o texto, outros textos e recursos de natureza
suplementar que o acompanham (gráficos, tabelas, desenhos, fotos, etc) no processo de
compreensão e interpretação de texto.
Descritores
8. Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições
que contribuem para a continuidade de um texto.
9. Estabelecer relação causa/conseqüência entre partes e elementos do texto.
10. Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por elementos
coesivos.
11. Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que
tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas
em que será recebido.
11. De acordo com a lenda dos gregos, Zeus enganou Cronos e salvou seus irmãos. Como
isso aconteceu?
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12. Identifique:
a. O narrador do texto.
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b. As personagens do texto.
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13. Faça um desenho mostrando o castigo de Atlas.
14. Como a lenda grega da criação do universo e do nosso mundo é explicada no início do
texto?
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Leia os textos a seguir para responder às questões.
Texto 4
Pantanal
Texto 1
Cavando tocas para viver
Os ouriços-do-mar são capazes de cavar pequenos buracos em rochas. Tais buracos
são usados como abrigo por esses animais. Esse trabalho de escavar as duras rochas é lento
e para tanto o ouriço usa exclusivamente seus espinhos, atritando-os contra a rocha.
Um ouriço muito comum nas praias brasileiras é o ouriço-roxo ou pindá. Esse animal
tem aproximadamente 10 centímetros de diâmetro e seus espinhos são rígidos e escuros.
(Barros, Carlos. Ciências – os seres vivos. São Paulo. Ática, 2009.)
Texto 2
ouriço-do-mar (ou.ri.ço-do-mar) s.m. (Zool.) Invertebrado marinho, de carapaça redonda com
muitos espinhos agudos. || pl.: ouriços-do-mar
1. Observando os dois textos, é correto afirmar que:
(A) o primeiro texto fornece o significado do termo, a classe gramatical e a separação em
sílabas.
(B) a intenção do autor do texto 1 é a mesma do autor do texto 2.
(C) os dois textos tratam do mesmo assunto com um grau de profundidade diferenciado.
(D) o texto 2 costuma ser encontrado em enciclopédias.
Estima-se que 10 milhões de jacarés vivam hoje no Pantanal, e com certeza um deles
vai passar bem pertinho de você. Nesse zoológico a céu aberto, tuiuiús e periquitos voarão
sobre a sua cabeça, enquanto antas, capivaras e catetos cruzam o seu caminho. Quem gosta
de observar bichos em seu próprio habitat não pode deixar de programar uma viagem à maior
planície alagável do mundo. Certamente, essa será uma das melhores viagens de sua vida. [...]
Disponível em: <http://viajeaqui.abril.abril.com.br/sugestões/natureza/va_sugestoes_428875.shtml>. Acesso em 09 nov 2012. Texto adaptado.
4. O autor do texto, ao empregar o pronome de tratamento você, dirige-se a um interlocutor,
que no caso é o próprio leitor. Assinale a alternativa em que o pronome possessivo
destacado não está se referindo ao leitor.
(A) “Nesse zoológico a céu aberto, tuiuiús e periquitos voarão sobre a sua cabeça...”
(B) “...enquanto antas, capivaras e catetos cruzam o seu caminho.”
(C) “Quem gosta de observar bichos em seu próprio habitat...”
(D) “Certamente, essa será uma das melhores viagens de sua vida.”
Texto 5
Desmatamento no Brasil: o verde em perigo
Débora de Menezes ([email protected])
2. A expressão “para tanto” se refere ao:
(A) ouriço-do-mar.
(B) abrigo usado pelos ouriços.
(C) trabalho de escavar as rochas.
(D) espinho do ouriço.
Texto 3
O Corvo e o Jarro
Um corvo, que estava sucumbindo de sede, viu lá no alto um Jarro, e na esperança de
achar água dentro, voou até lá com muita alegria.
Quando o alcançou, descobriu, para sua tristeza, que o jarro continha tão pouca água
em seu interior que era impossível retirá-la de dentro.
Ainda assim, ele tentou de tudo para alcançar a água que estava dentro do jarro, mas,
como seu bico era curto demais, todo seu esforço foi em vão.
Por último ele pegou tantas pedras quanto podia carregar, e uma a uma colocou-as
dentro da jarra. Ao fazer isso, logo o nível da água ficou ao alcance do seu bico, e desse modo
ele salvou sua vida.
Fonte: Esopo. O corpo e o jarro. Disponível em: <http://www.sitededicas.com.br>.
3. O corvo não conseguia matar sua sede porque:
(A) tinha bico curto e não conseguia alcançar a água.
(B) o jarro estava no alto e o corvo não conseguia atingí-lo.
(C) não conseguia colocar pedras dentro do jarro.
(D) no jarro não havia água suficiente.
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O assunto não sai dos jornais: o Brasil está perdendo áreas verdes. O Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais estima que 17% da Floresta Amazônica tenham
desaparecido do mapa aproximadamente 700 mil quilômetros quadrados, uma área em que
caberiam os estados de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Mas não é só ela:
93% da Mata Atlântica não existem mais, e o cerrado encolheu 40% nos últimos dez anos,
segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os fatores que contribuem para esse
quadro preocupante têm como origem a urbanização, o desmatamento para a abertura de
estradas e a expansão da agropecuária.
Além de causar o empobrecimento da biodiversidade e contribuir para a concentração
de gás carbônico na atmosfera, o fim das formações naturais destrói o hábitat de insetos e
outros animais, que se tornam vetores de doenças, e ameaça os mananciais. Estudar essa
questão e refletir sobre ela com base na leitura de mapas é a proposta do projeto didático que
acompanha esta reportagem.
Na Amazônia, a devastação se intensificou na década de 1970, quando o governo
estimulou a ocupação da Região Norte, incentivando a população de outras localidades a
desbravar a floresta. Assim, estradas foram abertas para facilitar o acesso. Adriana Ramos,
coordenadora do Instituto Socioambiental, afirma que 75% da degradação ambiental ocorreram
numa faixa de 100 quilômetros de largura ao longo das rodovias.
Já o cerrado tem na cultura de soja a principal causa de seu desaparecimento. A
organização não-governamental Conservação Internacional estima que o Brasil pode perder
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essa formação vegetal até 2030 se o modelo de desenvolvimento do país for mantido. Mato
Grosso concentra a maior área plantada. "A falta da mata original e o uso de agrotóxicos
agridem os afluentes do Rio Amazonas que nascem ali, afetando a quantidade e a qualidade
das águas", avisa o biólogo Mário Barroso, gerente da entidade.
A Mata Atlântica, por sua vez, foi deteriorada pelos procedimentos usados na extração
do ouro no início da colonização e, posteriormente, substituída por plantações de cana-deaçúcar e de café. Hoje a preocupação é a expansão urbana, especialmente na costa do
Sudeste. Sem fiscalização, as áreas são preenchidas por propriedades irregulares, o que
causa excesso de lixo, poluição dos mananciais, falta de água e exclusão social.
Toda discussão facilita o entendimento sobre o que é desenvolvimento sustentável e
leva os alunos a refletir sobre ações de preservação ambiental que diminuam o impacto
causado pelo homem.
5. No trecho: “Mas não é só ela ...” do 1º parágrafo, o pronome ela se refere:
(A) à Floresta Amazônica.
(B) a uma área.
(C) a Minas Gerais.
(D) à Mata Atlântica.
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10. As aspas que aparecem no trecho: "A falta da mata original e o uso de agrotóxicos agridem
os afluentes do Rio Amazonas que nascem ali, afetando a quantidade e a qualidade das
águas", no quarto parágrafo são usadas para:
(A) por em evidência um conceito.
(B) evidenciar um dado estatístico.
(C) destacar uma informação relevante.
(D) reproduzir a fala emitida por alguém.
11. A palavra do texto cujo sentido equivale ao sentido da palavra desflorestamento é:
(A) desmatamento.
(B) devastação.
(C) degradação.
(D) desbravamento.
6. São vários os fatores responsáveis pela degradação das áreas verdes no Brasil. O único
NÃO citado na introdução do texto é a:
(A) urbanização.
(B) abertura de estradas.
(C) ampliação da indústria do papel.
(D) expansão da atividade agropecuária.
7. O empobrecimento da biodiversidade, o aumento da poluição atmosférica, a destruição do
hábitat da fauna são apresentados como:
(A) causas do desmatamento da Floresta Amazônica.
(B) consequências da devastação das áreas verdes.
(C) causas dos vetores de novas doenças virais.
(D) consequências naturais da evolução da Terra.
8. Na frase: “A falta da mata original e o uso de agrotóxicos agridem os afluentes do Rio
Amazonas que nascem ali, afetando a quantidade e qualidade das águas, avisa o biólogo
Mário Barroso, gerente da entidade.”, o advérbio em destaque faz referência a que termo do
quarto parágrafo?
(A) Ao cerrado.
(B) Ao Brasil.
(C) Ao Rio Amazonas.
(D) Ao Mato Grosso.
9. A finalidade do texto Desmatamento no Brasil: o verde em perigo é:
(A) informar aos leitores dados sobre a devastação da flora no país.
(B) solicitar aos governantes que tomem providência para diminuir o desmatamento no
Brasil.
(C) convencer o público leitor da necessidade no plantio de espécies da flora brasileira.
(D) entreter o público alvo desse tipo de leitura.
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Habilidade 3:
Utilizar inferências pragmáticas para dar sentido a expressões que não pertençam a seu
repertório lingüístico ou estejam empregadas de forma não usual em sua linguagem.
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Leia o texto abaixo para responder ao item 1:
Descritores:
12. Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
13. Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da vírgula.
14. Identificar o efeito de sentido decorrente do uso de outros sinais de pontuação ou
outras notações.
15. Identificar o efeito de sentido do uso da sinonímia/antonímia.
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/
1. Na tirinha, há traço de humor em:
(A) "Que olhar é esse, Dalila?"
(B) "Olhar de tristeza, mágoa, desilusão..."
(C) "Olhar de apatia, tédio, solidão..."
(D) "Sorte! Pensei que fosse conjuntivite!"
Leia o poema abaixo para responder aos itens 2, 3 e 4:
O CADERNO
Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco até o be-a-bá.
Em todos os desenhos coloridos vou estar:
A casa, a montanha, duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel.
(...)
O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado, se lhe dá prazer.
A vida segue sempre em frente, o que se há de fazer.
Só peço a você um favor, se puder:
Não me esqueça num canto qualquer.
(Mutinho eToquinho, letra retirada do site http://www.toquinho.com.br)
2. A expressão “A vida segue sempre em frente” indica que na vida:
(A) tudo acaba.
(B) tudo passa.
(C) tudo fica como está.
(D) passamos por fases.
3. No poema, o verso “Do primeiro rabisco até o be-a-bá” sugere a aprendizagem:
(A) do desenho.
(B) da fala.
(C) da escrita.
(D) da leitura.
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4. A partir da leitura do poema, pode-se concluir que o caderno:
(A) gosta muito de todas as crianças.
(B) fala como se fosse uma pessoa.
(C) sonha com desenhos coloridos.
(D) gosta muito de rabiscar.
Leia o texto abaixo para responder o item 8.
“Os técnicos foram à reunião acompanhados da secretária, do diretor e de um coordenador.”
Leia o texto abaixo e responda o item 5.
8. Se tirarmos a vírgula, teremos o seguinte sentido:
(A) uma pessoa a menos terá ido à reunião.
(B) o sentido não se alteraria.
(C) uma pessoa a mais terá ido à reunião.
(D) a ausência da vírgula implicará um erro gramatical.
O Encontro (fragmentos)
Era a primeira vez que eu pisava naquele lugar. Nas minhas andanças pelas
redondezas, jamais fora além do vale. Mas nesse dia, sem nenhum cansaço, transpus a colina
e cheguei ao campo. Que calma! E que desolação. Tudo aquilo - disso estava bem certa - era
completamente inédito para mim. Mas por que então o quadro se identificava, em todas as
minúcias, a uma imagem semelhante lá nas profundezas da minha memória? Voltei-me para o
bosque que se estendia à minha direita. Esse bosque eu também já conhecera com sua
folhagem cor de brasa dentro de uma névoa dourada. "Já vi tudo isto, já vi... Mas onde? E
quando?"
(TELLES, Lygia Fagundes. Oito Contos de Amor. São Paulo: Ática.)
5. Na frase "Já vi tudo isso, já vi... Mas onde?" (l. 15), o uso das reticências sugere
(A) impaciência.
(B) impossibilidade.
(C) incerteza.
(D) irritação.
Leia o texto abaixo e responda os itens 6 e 7.
(Texto extraído do livro: ABAURRE, Maria Luiza & PONTARA, Marcela Nogueira. Português,1ª
Ed. São Paulo: Moderna, 1999. p. 308.)
Leia o texto abaixo e responda o item 9.
No meio de uma visita de rotina, o presidente daquela enorme empresa chega ao setor
de produção e pergunta ao encarregado:
- Quantos funcionários trabalham neste setor? Depois de pensar por alguns segundos,
o encarregado responde:
- Mais ou menos a metade!
(Jornal Visão de Barão Geraldo, seção “Sorria”)
9. O humor da anedota é gerado pelo seguinte fato:
(A) o presidente da empresa não ter formulado bem a pergunta.
(B) o encarregado não ter compreendido teoricamente a pergunta do presidente.
(C) o encarregado não saber com exatidão quantos funcionários trabalham na empresa.
(D) o encarregado omitir a realidade para o presidente
Leia o texto abaixo e responda o item 10.
As Amazônias.
Esse tapete de florestas com rios azuis que os astronautas viram é a
Amazônia. Ela cobre mais da metade do território brasileiro. Quem viaja
pela região não cansa de admirar as belezas da maior floresta tropical do
mundo. No início era assim: água e céu. É mata que não tem mais fim. Mata contínua, com
árvores muito altas, cortada pelo Amazonas, o maior rio do planeta. São mais de mil rios
desaguando no Amazonas. É água que não acaba mais.
(SALDANHA, P. As Amazônias. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995.)
6. No texto, o uso da expressão "água que não acaba mais" revela:
(A) admiração pelo tamanho do rio.
(B) ambição pela riqueza da região.
(C) medo da violência das águas.
(D) surpresa pela localização do rio.
A professora passou a lição de casa: fazer uma redação com o tema “Mãe só tem
uma”.
No dia seguinte, cada aluno leu a sua redação. Todas mais ou menos dizendo as
mesmas coisas: a mãe nos amamenta, é carinhosa conosco, é a rosa mais linda de nosso
jardim etc. etc. etc. Portanto, mãe só tem uma.
Aí chegou a vez de Juquinha ler a sua redação:
Domingo foi visita lá em casa. As visitas ficaram na sala. Elas ficaram com sede e
minha mãe pediu para eu ir buscar Coca-Cola na cozinha. Eu abri a geladeira e só tinha uma
Coca-Cola. Aí, eu gritei pra minha mãe: “Mãe, só tem uma!”.
(Viaje Bem – revista de bordo da Vasp, n° 4, 1989)
10. O humor do texto é gerado pelo fato de:
(A) a professora não ter empregado a vírgula no tema da redação.
(B) a turma não ter compreendido o tema da redação.
(C) Juquinha chamar a mãe e com isso empregar o uso da vírgula.
(D) Juquinha não ter empregado a vírgula após a palavra mãe.
7. Na expressão “Que calma!” o uso do sinal de exclamação supõe:
(A) horror.
(B) ordem.
(C) entusiasmo
(D) surpresa.
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11. Leia o texto:
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f. Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
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g. Não queremos saber.
Não, queremos saber.
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Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.
Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
Com relação ao uso da vírgula, explique a mudança de significados nos pares de versos
abaixo:
a. Não, espere.
Não espere.
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b. R$23,40.
R$2,34.
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c. Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.
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d. Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
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e. Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.
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Projeto Pré-Requisitos - 6º ano – Língua Portuguesa
Habilidade 4:
Redigir textos considerando as condições de produção: finalidade; especificidade do gênero;
lugares preferenciais de circulação; interlocutor.
Descritores:
16. Compreende e atende à proposta dada.
17. Organiza o texto em parágrafos.
18. Redige períodos completos.
19. Tem noções de pontuação.
20. Emprega o vocabulário adequado ao gênero textual solicitado.
21. Emprega adequadamente os principais elementos coesivos.
22. Emprega adequadamente os sinais de acentuação.
23. Emprega adequadamente as letras maiúsculas e minúsculas.
24. Domina a ortografia da língua.
25. Produz texto coerente, sem ambigüidades e trechos desconexos.
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PROPOSTAS DE REDAÇÃO PARA OS ALUNOS DO 6º ANO
OS BALÕES NAS HISTÓRIAS DE QUADRINHOS
PROPOSTA 1: GÊNERO TEXTUAL HISTÓRIA EM QUADRINHO
Como você deve ter observado, nas histórias em quadrinhos há o uso
de balões que contêm as falas das personagens. Observe que as falas são
curtas e acompanham as imagens. Veja abaixo alguns tipos de balões
usados nessas histórias:
Com certeza você já leu histórias em quadrinho, em gibis, revistinhas, livros
ou na internet. As histórias em quadrinhos são narrativas ilustradas através
de imagens, nas quais são usados diversos tipos de balões para representar
os diálogos.
Abaixo apresentamos uma historinha de Calvin, um personagem criado pelo
cartunista norte-americano Bill Watterson, que vive as emoções e
aventuras do mundo infantil. Leia e observe as imagens e a distribuição dos
diálogos dentro dos balões.
VAMOS TREINAR!
Meus sonhos estão
muito reais!
Fonte: http://moscasmortas.wordpress.com/tag/quadrinhos-calvin/ Acesso em 06 de Novembro de
2012.
Observe também que nos quadrinhos em que não há balões, a imagem cumpre o papel
de representar as ações do personagem.
Na página seguinte, você encontra uma história em quadrinhos que
possui os balões em branco. Crie os diálogos para os personagens de
acordo com as imagens, a fim de finalizar a história.
PROPOSTA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS
Agora que você observou como se organizam as histórias em quadrinhos, leia o
conto abaixo, do autor Carlos Drummond de Andrade, e o transforme em uma história
em quadrinhos.
Ao fazer os balões, lembre-se de escolher o balão que expresse o tom de voz ou
sentimento do personagem (grito, cochicho, alegria, raiva etc). Tente desenvolver a
história em, no máximo, 12 quadrinhos. Para isso, selecione apenas as partes mais
importantes da história original.
O ASSALTO
Na feira, a gorda senhora protestou a altos brados contra o preço do chuchu:
— Isto é um assalto!
Houve um rebuliço. Os que estavam perto fugiram. Alguém, correndo, foi chamar o guarda. Um minuto depois, a rua inteira, atravancada,
mas provida de um admirável serviço de comunicação espontânea, sabia que se estava perpetrando um assalto ao banco. Mas que banco?
Havia banco naquela rua? Evidente que sim, pois do contrário como poderia ser assaltado?
— Um assalto! Um assalto! — a senhora continuava a exclamar, e quem não tinha escutado, escutou, multiplicando a notícia. Aquela voz
subindo do mar de barracas e legumes era como a própria sirena policial, documentando, por seu uivo, a ocorrência grave, que fatalmente
se estaria consumando ali, na claridade do dia, sem que ninguém pudesse evitá-la.
Moleques de carrinho corriam em todas as direções, atropelando-se uns aos outros. Queriam salvar as mercadorias que transportavam. Não
era o instinto de propriedade que os impelia. Sentiam-se responsáveis pelo transporte. E no atropelo da fuga, pacotes rasgavam-se,
melancias rolavam, tomates esborrachavam-se no asfalto. Se a fruta cai no chão, já não é de ninguém; é de qualquer um, inclusive do
transportador. Em ocasiões de assalto, quem é que vai reclamar uma penca de bananas meio amassadas?
— Olha o assalto! Tem um assalto ali adiante!
O ônibus na rua transversal parou para assuntar. Passageiros ergueram-se, puseram o nariz para fora. Não se via nada. O motorista desceu,
desceu o trocador, um passageiro advertiu:
— No que você vai a fim do assalto, eles assaltam sua caixa.
Ele nem escutou. Então os passageiros também acharam de bom alvitre abandonar o veículo, na ânsia de saber, que vem movendo o
homem, desde a idade da pedra até a idade do módulo lunar.
Outros ônibus pararam, a rua entupiu.
— Melhor. Todas as ruas estão bloqueadas. Assim eles não podem dar no pé.
— É uma mulher que chefia o bando!
— Já sei. A tal dondoca loira.
— A loura assalta em São Paulo. Aqui é morena.
— Uma gorda. Está de metralhadora. Eu vi.
— Minha Nossa Senhora, o mundo está virado!
— Vai ver que está caçando é marido.
— Não brinca numa hora dessas. Olha aí sangue escorrendo!
— Sangue nada, é tomate.
Na confusão, circularam notícias diversas. O assalto fora a uma joalheria, as vitrinas tinham sido esmigalhadas a bala. E havia joias pelo
chão, braceletes, relógios. O que os bandidos não levaram, na pressa, era agora objeto de saque popular. Morreram no mínimo duas
pessoas, e três estavam gravemente feridas.
Barracas derrubadas assinalavam o ímpeto da convulsão coletiva. Era preciso abrir caminho a todo custo. No rumo do assalto, para ver, e
no rumo contrário, para escapar. Os grupos divergentes chocavam-se, e às vezes trocavam de direção; quem fugia dava marcha à ré, quem
queria espiar era arrastado pela massa oposta. Os edifícios de apartamentos tinham fechado suas portas, logo que o primeiro foi invadido
por pessoas que pretendiam, ao mesmo tempo, salvar o pelo e contemplar lá de cima. Janelas e balcões apinhados de moradores, que
gritavam:
— Pega! Pega! Correu pra lá!
— Olha ela ali!
— É um mascarado! Não, são dois mascarados!
Ouviu-se nitidamente o pipocar de uma metralhadora, a pequena distância. Foi um deitar-no-chão geral, e como não havia espaço uns
caíam por cima de outros. Cessou o ruído, Voltou. Que assalto era esse, dilatado no tempo, repetido, confuso?
— Olha, um menino tocando matraca! E a gente com dor-de-barriga, pensando que era metralhadora!
Caíram em cima do garoto, que sorveteu na multidão. A senhora gorda apareceu, muito vermelha, protestando sempre:
— É um assalto! Chuchu por aquele preço é um verdadeiro assalto!
Carlos Drummond de Andrade
PROPOSTA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS 2: CARTA PESSOAL
Leia a carta abaixo, denominada carta pessoal.
PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL
Com certeza, assim como a Márcia da carta, você possui um amigo(a) que mora
distante. Redija uma carta para seu amigo, contando as suas novidades e expressando
suas saudades. Lembre-se dos elementos que compõem a carta e use uma linguagem
adequada ao destinatário.
Se você quiser, pode enviá-la por correio convencional, ou através do correio
eletrônico (email). Bom trabalho!
Rio de Janeiro, 20 de Fevereiro de 2013.
Oi Ana, como vai?
Estou com muita saudade e resolvi escrever para você. Quero te contar
que já comprei a segunda edição daquele livro que te falei. Estou muito
ansiosa para começar a leitura, mas agora que as aulas começaram, não
estou tendo tempo.
Por falar nisso, as minhas aulas estão muito divertidas, pois estamos
conhecendo os novos professores e aprendendo muitas matérias novas.
Conheci também alguns colegas de turma, eles parecem ser muito legais. E
você não vai acreditar! Lembra-se do André, que estudou com a gente na
terceira série? Ele está estudando na minha sala e até perguntou de você.
Olha, por enquanto, são essas as novidades. Escreva para mim, me
contando o que está fazendo aí no Paraná e como estão suas aulas no novo
colégio. Estou muito curiosa para saber.
Muitas saudades. Fica com Deus.
Um beijo, Márcia.
CARACTERÍSTICAS DA CARTA PESSOAL
A carta pessoal é um gênero textual utilizado quando um remetente deseja entrar em contato com um
amigo, familiar, conhecido - o destinatário.
1.comunicação geralmente breve e pessoal, de assunto livre;
2.sua estrutura é composta de local e data, vocativo, corpo e assinatura; às vezes, também de P.S.
( post-scriptum),
3.a linguagem varia de acordo com o grau de intimidade entre os interlocutores, podendo ser menos ou
mais formal, culta ou coloquial, e, eventualmente, incluir gírias;
4.verbos geralmente no presente do indicativo;
quando enviada pelo correio, a carta é acondicionada em um envelope, preenchido adequadamente
com o nome e o endereço do remetente e do destinatário.
5.O local e data são colocados no início da carta, normalmente à esquerda.
6.O vocativo pode conter apenas o nome do destinatário ou vir acompanhado de palavras de cortesia,
como Caro senhor, Querida amiga, por exemplo, ou pode mesmo ser um apelido, que varia conformao
grau de intimidade entre as pessoas que se correspondem. O vocativo pode ser seguido de doispontos, de vírgula ou não conter pontuação.
7.A despedida varia muito, podendo ser cortês, carinhosa ou formal.
8.A assinatura do remetente, normalmente o nome manuscrito, sem o sobrenome, finaliza a carta.
Se algo importante houver sido esquecido, pode ser incluído depois das assinatura, um P.S.
In: CEREJA, Willian; MAGALHÃES, Thereza. Texto e Interação. S. Paulo: Atual Editora, 2000, p. 18/19
PROPOSTA 3 – NARRATIVA
PROPOSTA 5 – FÁBULA
Leia o texto e, em seguida, desenvolva a proposta textual determinada.
Leia o texto e, em seguida, desenvolva a proposta textual determinada.
O HOMEM CUJA ORELHA CRESCEU
Estava escrevendo, sentiu a orelha pesada. Pensou que fosse cansaço, eram 11 da
noite, estava fazendo hora-extra. Escriturário de uma firma de tecidos, solteiro, 35
anos, ganhava pouco, reforçava com extras. Mas o peso foi aumentando e ele
percebeu que as orelhas cresciam. Apavorado, passou a mão. Deviam ter uns dez
centímetros. Eram moles, como de cachorro. Correu ao banheiro. As orelhas
estavam na altura do ombro e continuavam crescendo. Então, (...)
(Os melhores contos de Ignácio de Loyola Brandão.
Seleção de Deonísio da Silva. São Paulo: Global, 1993. p. 135.)
Dê continuidade ao texto, observando a língua padrão culto e os elementos
narrativos empregados. Não ultrapasse o número de linhas determinado: 10 a
15.
PROPOSTA 4 – LENDA
O SAPO E O ESCORPIÃO
Era uma vez um sapo e um escorpião que estavam parados à margem de um
rio.
- Você me carrega nas costas para eu poder atravessar o rio? – perguntou o
escorpião ao sapo.
- De jeito nenhum. Você é a mais traiçoeira das criaturas. Se eu te ajudar,
você me mata em vez de me agradecer.
- Mas, se eu te picar com meu veneno – respondeu o escorpião com uma voz
terna e doce-, morro também. Me dê uma carona. Prometo ser bom, meu amigo
sapo.
O sapo concordou.
Durante a travessia do rio, porém, o sapo sentiu a picada mortal do escorpião.
- Por que você fez isso, escorpião? Agora nós dois morreremos afogados! –
disse o sapo.
E o escorpião simplesmente respondeu:
- Porque esta é a minha natureza, meu amigo sapo. E eu não posso mudá-la.
Moral da história: Nada elimina o que a natureza determina.
Leia o texto e, em seguida, desenvolva a proposta textual determinada.
A LENDA DE MANDI
Segundo a lenda indígena, um casal de índios esperou por muito tempo a chegada
de uma filha mulher. Quando ela nasceu, recebeu o nome de Mandi, que significa
“branca”, por ter a pele muito clara. Um belo dia, Mandi ficou gravemente doente e
morreu, apesar de todos os esforços da tribo para salvá-la. Os pais resolveram
enterrá-la no centro de uma oca para que pudessem estar sempre perto de seu
corpo. Despejaram tantas lágrimas sobre o túmulo da menina que nasceu ali uma
planta. Sua raiz era clara como a pele de Mandi. Por isso, a novidade foi batizada
de Mandioca.
(Marcelo Duarte. O guia dos curiosos. São Paulo: Cia. Das
Letras, 1999. p.499.)
Reescreva a lenda, mudando os dados pessoais da personagem central e
dando um novo desenvolvimento e final à narrativa. Empregue a língua
padrão culto e não ultrapasse ao número
(Heloisa Prieto. O livro dos medos. São Paulo: Companhia das
Letrinhas, 1998, p. 25)
E se o sapo não tivesse dado carona ao escorpião? E se o escorpião não tivesse
picado mortalmente o sapo? A partir do quarto parágrafo, apresente um novo
rumo para a história, mantendo os mesmos personagens e o padrão de língua
empregados. Sua redação deve ter entre 8 e 10 linhas.
PROPOSTA 6: CONTO MARAVILHOSO
Leia o texto e, em seguida, desenvolva a proposta textual determinada.
AS FADAS
Charles Perrault
Era uma vez uma viúva que tinha duas filhas. A mais velha se parecia tanto com
ela, no humor e de rosto, que quem a via, enxergava a própria mãe. Mãe e filha
eram tão desagradáveis e orgulhosas que ninguém as suportava.
A filha mais nova, que era o retrato do pai, pela doçura e pela educação, era,
ainda por cima, a mais linda moça que já se viu. Como queremos bem,
naturalmente, a quem se parece conosco, essa mãe era louca pela filha mais velha.
E tinha, ao mesmo tempo, uma tremenda antipatia pela mais nova, que comia na
cozinha e trabalhava sem parar como se fosse uma criada. Tinha a pobrezinha,
entre outras coisas, de ir, duas vezes por dia, buscar água a meia légua de casa, com
uma enorme moringa, que voltava cheia e pesada.
Um dia, nessa fonte, lhe apareceu uma pobre velhinha, pedindo água:
 Pois não, boa senhora  disse a linda moça. E, enxaguando a moringa,
tirou água da mais bela parte da fonte, dando-lhe de beber com as próprias mãos,
para
auxiliá-la.
A boa velhinha bebeu e disse:
 Você é tão bonita, tão boa, tão educada, que não posso deixar de lhe dar um
dom. Na verdade, essa mulher era uma fada, que tinha tomado a forma de uma
pobre camponesa para ver até onde ia a educação daquela jovem.  A cada
palavra que falar  continuou a fada , de sua boca sairão uma flor ou uma
pedra preciosa.
Quando a linda moça chegou a casa, a mãe reclamou da demora.
 Peço-lhe perdão, minha mãe  disse a pobrezinha -, por ter demorado
tanto. E, dizendo essas palavras, saíram-lhe da boca duas rosas, duas pérolas e dois
enormes diamantes.
 O que é isso?  disse a mãe espantada , acho que estou vendo pérolas
e diamantes saindo da sua boca. De onde é que vem isso, filha? Era a primeira vez
que
a
chamava
de
filha.
A pobre menina contou-lhe honestamente tudo o que tinha acontecido, não
sem pôr para fora uma infinidade de diamantes.
 Nossa!  disse a mãe , tenho de mandar minha filha até a fonte.
 Filha, venha cá, venha ver o que está saindo da boca de sua irmã quando
ela fala; quer ter o mesmo dom? Pois basta ir à fonte, e, quando uma pobre mulher
lhe
pedir
água,
atenda-a
educadamente.
 Só me faltava essa!  respondeu a mal-educada  Ter de ir até a fonte!
 Estou mandando que você vá  retrucou a mãe , e já.
Ela foi, mas reclamando. Levou o mais bonito jarro de prata da casa. Mal
chegou à fonte, viu sair do bosque uma dama magnificamente vestida, que veio lhe
pedir água.
Era a mesma fada que tinha aparecido para a
irmã, mas que surgia agora disfarçada de princesa, para ver até onde ia a educação
daquela moça.
 Será que foi para lhe dar de beber que eu vim aqui?  disse a grosseira e
orgulhosa. - Se foi, tenho até um jarro de prata para a madame! Tome, beba no
jarro, se quiser.
 Você é muito mal-educada  disse a fada, sem ficar brava.
 Pois muito bem! Já que é tão pouco cortês, seu dom será o de soltar pela
boca, a cada palavra que disser, uma cobra ou um sapo.
Quando a mãe a viu chegar, logo lhe disse:
 E então, filha?
 Então, mãe!  respondeu a mal-educada, soltando pela boca duas cobras e
dois sapos.
 Meu Deus!  gritou a mãe , o que é isso? A culpa é da sua irmã, ela me
paga. E imediatamente ela foi atrás da mais nova para espancá-la. A pobrezinha
fugiu e foi se esconder na floresta mais próxima. O filho do rei, que estava
voltando da caça, encontrou-a e, vendo como era linda, perguntou-lhe o que fazia
ali tão sozinha e por que estava chorando.
 Ai de mim, senhor, foi minha mãe que me expulsou de casa. O filho do rei,
vendo sair de sua boca cinco ou seis pérolas e outros tantos diamantes, pediu-lhe
que lhe dissesse de onde vinha aquilo.
Ela lhe contou toda a sua aventura. O
filho do rei apaixonou-se por ela e, considerando que tal dom valia mais do que
qualquer dote, levou-a ao palácio do rei, seu pai, onde se casou com ela.
Quanto à irmã, a mãe ficou tão irada contra ela que a expulsou de casa.
E a infeliz, depois de muito andar sem encontrar ninguém que a abrigasse, acabou
morrendo num canto do bosque.
http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=21.
Acessado em 06/11/2012
Crie uma nova versão para o conto maravilhoso AS FADAS. Mantenha o
tempo, o espaço, as personagens e o narrador, porém mude o enredo.
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Língua Portuguesa - Colégio Militar de Curitiba