Ação de Fortalecimento
da Aprendizagem
Anos Finais do Ensino Fundamental
Reforço Escolar – Caderno 3
Língua Portuguesa
GOVERNADOR DE PERNAMBUCO
Paulo Henrique Saraiva Câmara
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO
Frederico da Costa Amancio
GERENTE DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS
DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL
Shirley Malta
CHEFE DE UNIDADE DE ENSINO
FUNDAMENTAL ANOS FINAIS
Rosinete Feitosa
SECRETÁRIO EXECUTIVO DE
COORDENAÇÃO
Severino José de Andrade Júnior
SECRETÁRIA EXECUTIVA DE
DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
Ana Coelho Vieira Selva
SECRETÁRIO EXECUTIVO DE
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra
SECRETÁRIO EXECUTIVO DE GESTÃO
Ednaldo Alves de Moura Júnior
ESPECIALISTAS EM LÍNGUA PORTUGUESA DA
SEE/SEDE/GEIF/UEFAF
Jamesson Marcelino da Silva
Maria da Conceição Borba de Albuquerque
Maria Luiza Araújo Guimarães
Salmo Sóstenes Pontes
Wanda Maria Braga Cardoso
ESPECIALISTAS EM LÍNGUA PORTUGUESA DAS GREs
Ana Cláudia Soares – GRE Recife Sul
Antônio Sérgio Bezerra Rodrigues – GRE Metro Sul
Cristiane Renata da Silva Cavalcanti – GRE Metro Sul
Jamil Costa Ramos – GRE Metro Sul
Josenilde Lima – GRE Petrolina
Maria Rivaldízia do Nascimento – GRE Petrolina
Marta Maria Alencastro – GRE Recife Sul
Samuel Lira de Oliveira – GRE Metro Sul
SECRETÁRIO EXECUTIVO DE
GESTÃO DA REDE
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
João Carlos de Cintra Charamba
ENDEREÇO:
Avenida Afonso Olindense, 1513
Várzea | Recife-PE, CEP 50.810-000
Fone: (81) 3183-8200 | Ouvidoria: 0800-2868668
www.educacao.pe.gov.br
Uma produção da Superintendência de
Comunicação da Secretaria de Educação
CARO(A) PROFESSOR(A)
rios blocos e, com a confiança dos comandantes
das gerências, marcou um golaço: o caderno que
agora chega a suas mãos, caro colega professor!
Daí, partiu para o abraço. Ou seja, podemos
gritar somos tricampeões e este campeonato
esta nas mãos. No entanto, a luta pela educação
continua. Novas disputas se avizinham, ou
melhor, nem cessam. Quem vestiu o uniforme da
equipe do ensino, seja em que posição for, tem de
entrar em campo todo dia, driblar as dificuldades,
fintar o desânimo, trocar passes com experiência e
precisão, mas também com jogo de cintura e uma
necessária dose de improviso.
É certo que nem todo mundo pôde atender à
convocação. “Contusões”, missões outras, a
peleja do saber ocorre em vários campos. Daí,
nem todos podem jogar no mesmo espaço
sempre. Contudo, cada um dos convocados
encara as diferentes pelejas com o mesmo
objetivo. Por isso, foi possível ressignificar
aquela máxima famosa e dizer: dividir-se para
conquistar. No futebol total que deve ser a
educação, as ações devem partir de vários
lados o tempo todo. O objetivo é comum; por
sua vez, as iniciativas têm de ser várias,
simultâneas e coordenadas.
O objetivo é inovar constantemente, ensinarjogar-aprender com alegria sempre. O grande
gol surge em cada aluno nosso que avança,
aprende, questiona, vibra e se faz gente no
encontro com o saber. No digníssimo clássico
da educação, é preciso colocar a bola para rolar
sempre, envidar esforços, dividir responsabilidades e buscar a todo o tempo o gol, apesar
da retranca das dificuldades. Jogando em
equipe, isso é possível. Este caderno é a prova
disso. Que na Copa diária do ensinar, busquemos o gol - a realização do imenso potencial de nossos alunos – o tempo inteiro. E que
venham o tetra, o penta, o hexa e todos os almejados títulos no futebol da Educação.
Assim, a equipe dividiu funções, atacou em vá-
Muito obrigado e até a próxima partida!
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Os 22 colaboradores foram convocados, 17
Gerências Regionais de Educação - GREs (o
que multiplicando por, ao menos dois, dá 34
jogadores – dizemos – professores) e 5
técnicos de Língua Portuguesa da Gerência de
Políticas Educacionais de Educação Infantil e
Ensino Fundamental - A GEIF. Ou seja, quase
dois times completos. Com tantos craques
assim, as vitórias teriam de ser de goleada. As
instruções eram bem claras: produzir o terceiro
caderno de fortalecimento para ser utilizado
nas aulas de reforço de Língua Portuguesa,
levando em conta os descritores previstos no
placar da matriz do Sistema de Avaliação da
Educação Básica - SAEB.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
PROCEDIMENTOS DE LEITURA
DESCRITORES: D1, D3, D4, D6 E D14
É relevante ressaltar que, além de localizar
informações explícitas, inferir informações
implícitas e identificar o tema de um texto,
nesse tópico deve-se, também, distinguir os
fatos apresentados da opinião formulada
acerca desses fatos nos diversos gêneros de
texto. Reconhecer essa diferença é essencial
para que o aluno possa tornar-se mais crítico,
de modo a ser capaz de distinguir o que é um
fato, um acontecimento, da interpretação que é
dada a esse fato pelo autor do texto.
D1 – Localizar informações explícitas em um
texto
A habilidade que pode ser avaliada por este
descritor, relaciona-se à localização pelo aluno
de uma informação solicitada, que pode estar
expressa literalmente no texto ou pode vir
manifesta por meio de uma paráfrase, isto é,
dizer de outra maneira o que se leu.
Essa habilidade é avaliada por meio de um textobase que dá suporte ao item, no qual o aluno é
orientado a localizar as informações solicitadas
seguindo as pistas fornecidas pelo próprio texto.
Para chegar à resposta correta, o aluno deve ser
capaz de retomar o texto, localizando, dentre
outras informações, aquela que foi solicitada.
Por exemplo, os itens relacionados a esse descritor perguntam diretamente a localização da
informação, complementando o que é pedido no
enunciado ou relacionando o que é solicitado no
enunciado, com a informação no texto.
Leia o texto para responder a questão a seguir:
Para que ninguém a quisesse
Porque os homens olhavam demais para sua
mulher, mandou que descesse a bainha dos
vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso,
sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado
a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora
os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as
roupas de seda, da gaveta tirou todas as joias. E
vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril
se acendia à passagem dela, pegou a tesoura e
tosquiou seus longos cabelos.
Agora podia viver descansado. Ninguém a
olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, não mais
atravessava praças. E evitava sair.
Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de
ocupar-se dela, permitindo que fluísse em
silêncio pelos cômodos, mimetizada com os
móveis e as sombras.
Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher,
mas do desejo inflamado que tivera por ela.
Então lhe trouxe um batom. No outro dia, um
corte de seda. À noite tirou do bolso rosa de cetim
para enfeitar-lhe o que lhe restava dos cabelos.
Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas
coisas, nem pensava mais em lhe agradar.
Largou o tecido numa gaveta, esqueceu o
batom. E continuou andando pela casa de
vestido de chita, enquanto a rosa desbotava
sobre a cômoda.
(COLASANTI, Marina. Para que ninguém a quisesse. In: Contos de
amor rasgados. Rio de Janeiro, Rocco, 1986. P.111-112.)
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Os textos nem sempre apresentam uma
linguagem literal. Deve haver, então, a capacidade de reconhecer novos sentidos atribuídos
às palavras dentro de uma produção textual.
Além disso, para a compreensão do que é
conotativo e simbólico é preciso identificar não
apenas a ideia, mas também ler as entrelinhas,
o que exige do leitor uma interação com o seu
conhecimento de mundo. A tarefa do leitor
competente é, portanto, apreender o sentido
global do texto, utilizando recursos para a sua
compreensão de forma autônoma.
5
1. Ao ler o texto “Para que ninguém a quisesse”
compreende-se que:
a) O homem amava sua mulher e dela cuidava.
b) A mulher traía seu marido, causando-lhe
ciúmes.
c) O homem sentia ciúme doentio de sua
esposa.
d) O homem desejava proteger sua mulher de
olhares alheios.
Todo mergulho na infância é ao mesmo
tempo doloroso e doce, como aqueles
diminutos pratos chineses que misturam
gostos e odores. Assim, eu, por exemplo, me
lembro, quando faço muita força, de trechos
de minha infância: não consigo lembrá-la
toda, ou largos períodos dela, talvez porque o
que foi doloroso nela tenha sido mais
abundante e mais avassalador do que o que
foi doce.
Leia o texto para responder a questão a seguir:
ABRAMO, Cláudio. In: A regra do jogo. São Paulo.Cia das Letras, p.
41, 1989.
Inventário da infância perdida
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Um homem é feito na infância, aperfeiçoado
na adolescência e cristalizado na idade
madura. Depois dos quarenta a existência
humana, a não ser para os asiáticos, que têm
o segredo da vida longeva e produtiva,
assinala realmente uma decadência interminável, até que ela se torna insuportável:
toda a razão da vida se concentra em algumas
coisas muito específicas, em seres, sobretudo, e daí o conflito que se trava no interior
de cada ser humano quando aquilo que ele
quis ser para duas, três ou quatro pessoas —
pois é nisso que se concentra a nossa vida —
deixou de ser o que realmente se quis ser ou
parecer.
6
Mas uma grande parte de nossa vida é
desenhada muito cedo, quando se inicia o
que alguns românticos chamam de aventura
humana e que aos poucos vai-se transformando numa incansável continuidade de
diminutas frustrações e pequenos embates
corporais com a realidade, frustrações que
depois se transformam em fontes de
amargura. (...)
O que é a infância, no fundo, senão um
período de nossa vida tal como nós o
olhamos, depois de adultos: é a versão que se
sobrepõe, poderosa, sobre a realidade, e essa
versão, por mais suscetível de ser destruída
pela análise fria, é a que prevalece e guia
nossos passos, por anos intermináveis.
2. A alternativa que indica que a infância é uma
invenção é:
a) “O que é a infância, no fundo, senão um
período de nossa vida tal como nós o
olhamos, depois de adultos:...”
b) “Todo mergulho na infância é ao mesmo
tempo doloroso e doce, como aqueles
diminutos pratos chineses que misturam
gostos e odores.”
c) “Um homem é feito na infância, aperfeiçoado
na adolescência e cristalizado na idade
madura.”
d) “Mas uma grande parte de nossa vida é desenhada muito cedo, quando se inicia o que alguns
românticos chamam de aventura humana.”
Leia o texto para responder a questão a seguir:
Concordo plenamente com o artigo "Revolucione a sala de aula". É preciso que valorizemos o ser humano, seja ele estudante,
seja professor. Acredito na importância de
aprender a respeitar nossos limites e superálos, quando possível, o que será mais fácil se
pudermos desenvolver a capacidade de
relacionamento em sala de aula. Como arquiteta, concordo com a postura de valorização
do indivíduo, em qualquer situação: se procurarmos uma relação de respeito e colaboração,
seguramente estaremos criando a base sólida
de uma vida melhor.
Tania Bertoluci de Souza. Porto Alegre, RS. Disponível em:
<:http://www.kanitz.com.br/veja/cartas.htm>. Acesso em: 2 maio
2009 (com adaptações).
a) é fácil superar limites se a capacidade de
relacionamento for desenvolvida.
b) o artigo "Revolucione a sala de aula" valoriza
o ser humano.
c) a arquiteta está criando uma base sólida
para uma vida melhor.
d) é necessário valorizar o ser humano, seja
estudante, seja professor.
Leia o texto para responder a questão a seguir:
Como opera a máfia que transformou o Brasil
num dos campeões da fraude de medicamentos
É um dos piores crimes que se podem
cometer. As vítimas são homens, mulheres e
crianças doentes — presas fáceis, capturadas na esperança de recuperar a saúde
perdida. A máfia dos medicamentos falsos é
mais cruel do que as quadrilhas de narcotraficantes. Quando alguém decide cheirar
cocaína, tem absoluta consciên¬cia do que
coloca no corpo adentro. Às vítimas dos que
falsificam remédios não é dada oportunidade
de escolha. Para o doente, o remédio é compulsório. Ou ele toma o que o médico lhe receitou ou passará a correr risco de piorar ou até
morrer. Nunca como hoje os brasileiros
entraram numa farmácia com tanta reserva.
PASTORE, Karina. O Paraíso dos Remédios Falsificados. Veja, nº 27.
São Paulo: Abril, 8 jul. 1998, p. 40-41.
4. Segundo a autora, “um dos piores crimes
que se podem cometer” é:
a)
b)
c)
d)
a venda de narcóticos.
a falsificação dos remédios.
a receita de remédios falsos.
a venda abusiva de remédios.
Leia o texto para responder a questão abaixo:
História do 8 de março
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma
fábrica de tecidos, situada na cidade norte
americana de Nova Iorque, fizeram uma
grande greve. Ocuparam a fábrica e
começaram a reivindicar melhores condições
de trabalho, tais como: redução na carga
diária de trabalho para dez horas (as fábricas
exigiam 16 horas de trabalho diário),
equiparação de salários com os homens (as
mulheres chegavam a receber até um terço
do salário de um homem, para executar o
mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno
dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total
violência. As mulheres foram trancadas
dentro da fábrica, que foi incendiada.
Aproximadamente 130 tecelãs morreram
carbonizadas, num ato totalmente
desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante
uma conferência na Dinamarca, ficou
decidido que o 8 de março passaria a ser o
"Dia Internacional da Mulher", em
homenagem as mulheres que morreram na
fábrica em 1857. Mas somente no ano de
1975, através de um decreto, a data foi
oficializada pela ONU (Organização das
Nações Unidas).
http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm
5. Segundo o texto, as mulheres da fábrica
reivindicavam:
a)
b)
c)
d)
melhores condições de moradia.
melhores condições de estudo.
melhores condições de trabalho.
melhores condições de transporte.
Leia o texto abaixo e responda.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE:
Conservar em local fresco e seco, ao abrigo
do calor.
O prazo de validade são 24 meses contados a
partir da data de fabricação marcada na
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
3. O texto registra que:
7
embalagem externa. Após esse período não
mais deverá ser usado, sob risco de não
produzir os efeitos desejáveis.
contar as novidades, etc., mas sempre resta
aquele sentimento de tristeza porque as
férias acabaram.
O produto é indicado para uso exclusivamente
tópico, nos casos de reumatismos, nevralgias,
torcicolos, contusões e dores musculares.
Nada mais de festas todo fim de semana,
encontros diários com amigos e poder
dormir e acordar a hora que quiser. Você fica
divagando sobre as férias que estão
passando e, quando se dá conta, as aulas já
começaram. Pode acontecer até mesmo de
você não ter sequer arrumado o material
escolar, comprado os cadernos ou de o
quarto estar tão bagunçado que é impossível
você achar o que procura. Enfim, a confusão
está formada. Depois de alguns meses de
descanso, é natural que você demore um
pouco para voltar ao ritmo normal de estudo
e fique disperso, desatento, irritado, meio
“devagar” e fugindo da realidade, que é entrar
no ritmo novamente. Pois bem, quem sabe
não é hora de mudar um pouquinho e tentar
fazer dos últimos dias de descanso uma
preparação para o ano que vem pela frente?
"TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS."
"NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO, PODE SER
PERIGOSO PARA SUA SAÚDE."
MODO DE USAR:
Friccione a parte dolorida durante alguns
minutos, com pequena quantidade do
produto, envolvendo-a depois com um pano
de flanela ou lã, 2 a 3 vezes ao dia.
"SIGA CORRETAMENTE O MODO DE USAR,
NÃO DESAPARECENDO OS SINTOMAS,
PROCURE ORIENTAÇÃO MÉDICA."
6. O medicamento acima é indicado para:
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
a) aliviar dores de origem muscular, de articulações ou devido a pancadas.
b) cicatrizar feridas rapidamente.
c) tratar de alergias de pele que atrapalham o
movimento dos membros.
d) cuidar de crianças extremamente nervosas.
8
(CPERB – ADAPTADA). Leia o texto abaixo.
Volta às aulas com o pé direito
Paula Dely
As aulas ainda nem começaram, e você já
está de cabelo em pé só de pensar em ter de
acordar cedo, nas provas que vêm pela frente
e na marcação cerrada dos pais com relação a
notas e horários?
Pois é, a volta às aulas pode ser motivo de
felicidade, pois é hora de rever os amigos,
Organizar melhor o tempo de dever e estudo
não é uma tarefa fácil e se torna ainda mais
difícil quando regressamos de um período de
relaxamento, em que até nosso corpo se
adaptou a uma rotina diferente.
Trecho extraído de
http://www.educacional.com.br/falecom/psicologa_bd.asp?codtex
to=509(ultimo acesso em 05/01/2012
7. A autora esclarece de forma explicativa o
retorno às aulas. Visando:
a) estabelecer o entendimento do aluno sobre
a escola.
b) informar do retorno à escola.
c) favorecer o rendimento do aluno logo no
início do período letivo
d) facilitar o acompanhamento de pais e alunos
na escola.
Leia o texto abaixo.
c) ajudar os espectadores a assimilar a
comissão de frente.
d) falar sobre a superação na infância.
DA TV PARA AS COMISSÕES DE FRENTE
(Projeto con(seguir)-DC).
Escolas apostam em atores
Leia o texto e responda.
Em busca de formulas para entreter o público
e os jurados ao abrir os desfiles das escolas
de samba, algumas comissões de frente
resolveram integrar ao elenco, normalmente
formado por bailarinos, atores de TV. Com o
enredo sobre as festas da Bahia, a Portela
escolheu Milton Gonçalves para fazer parte
da ala. Ele foi convidado pelo coreógrafo
Márcio Mouro para representar um dos
principais papéis do desfile. —Quando liguei
para ele, a resposta foi “não se atreva a
chamar outra pessoa”. Ele se sentiu honrado
com o convite, o que me deixou muito feliz
porque eu precisava que o personagem da
comissão fosse ocupado por um negro
experiente e de grade expressão.
Já a Grande Rio convidou atores do programa
“Zorra Total”, da TV Globo. A aposta do
coreógrafo Jorge Teixeira é que figuras
tarimbadas da televisão ajudem os
espectadores a assimilar com mais facilidade
a proposta da comissão, que contará com o
quarteto Katiuscia Canoro, Samantha
Schmutz, Wagner Trindade e Marcos Veras,
que atua no quadro das crianças do
humorístico. — A Grande Rio já tem muitos
artistas. Mas, quando soube que o enredo da
escola seria sobre superação, pensei
imediatamente em falar sobre a superação na
infância – diz Teixeira, que já assinou
comissões da Portela e da Mocidade.
(Alice Fernandes, Jornal O Globo, 19/02/2012)
8. Com base na notícia acima, pode-se afirmar que
as escolas de samba apostam em atores para:
a) entreter o público e os jurados.
b) representar um dos principais papéis do
desfile.
- No Natal, sou o centro das atenções.
Quem sou eu?
(Enviado por Gabriel Sousa - http://oglobo.globo.com/rio/ ancelmo/)
9. Após analisar a charge, é possível imaginar que,
no Natal, o que parece ser mais importante é:
a)
b)
c)
d)
visitar os amigos.
ajudar o próximo.
dar e receber presentes.
fazer confraternização com os amigos.
(SAERJ). Leia o texto abaixo.
Entrevista com Marcos Bagno
Em geral, o preconceito linguístico é exercido
pelas pessoas que ocupam as classes sociais
dominantes, que tiveram acesso à educação
formal, portanto, à norma-padrão de prestígio.
Assim, acreditam que seu modo de falar é mais
“certo” e mais “bonito” que o das pessoas com
pouca ou nenhuma escolarização. O preconceito
linguístico é somente um disfarce: não é a língua
da pessoa que é discriminada, mas a própria
pessoa em sua identidade individual e social.
VECCHI, Viviane. Entrevista com Marcos Bagno. Disponível em:
http://www.facasper.com.br/jo/entrevistas.
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
(Projeto con(seguir)-DC).
9
10. Nesse texto, o lingüista defende a ideia de
que o preconceito linguístico:
a)
b)
c)
d)
contraria as regras gramaticais.
depende da idade dos falantes.
é apenas uma questão de disfarce.
está em todas as camadas sociais.
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade de o aluno relacionar informações,
inferindo quanto ao sentido de uma palavra ou
expressão no texto, ou seja, dando a determinadas palavras seu sentido conotativo.
Inferir significa realizar um raciocínio com base
em informações já conhecidas, a fim de se
chegar a informações novas, que não estejam
explicitamente marcadas no texto. Com este
descritor, pretende-se verificar se o leitor é
capaz de inferir um significado para uma palavra ou expressão que ele desconhece.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto
no qual o aluno, ao inferir o sentido da palavra
ou expressão, seleciona informações também
presentes na superfície textual e estabelece
relações entre essas informações e seus
conhecimentos prévios. Por exemplo, dá-se
uma expressão ou uma palavra do texto e
pergunta-se que sentido ela adquire.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Times, equipes e seleções
10
ciona os melhores jogadores de cada clube de
um país (ou, no caso brasileiro atual, de clubes
estrangeiros) para formar uma equipe temporária.
O português não é a única língua a fazer distinção
entre o time (com sentido esportivo) e a equipe
(com sentido neutro e geral). Em primeiro lugar,
o anglicismo team está em quase todas as
línguas, resultado da influência do inglês como
idioma dos inventores do futebol e também
como língua hegemônica da atualidade. Curiosamente, o português é das poucas que adaptaram a grafia do termo ao seu sistema ortográfico
(em espanhol, francês, italiano, alemão, continua-se a grafar team).
Paralelamente, são também empregadas
palavras genéricas como o português “equipe” (ou “equipa”, na variedade lusitana), o
espanhol equipo, o francês équipe, o italiano
squadra, o alemão Mannschaft...
De todo modo, a palavra “time” (ou team)
tem sempre uma conotação esportiva. Por
isso, aplicada ao mundo corporativo (por
exemplo, quando um novo executivo vem
integrar o “time” da companhia), fica a
impressão subliminar de que o mundo dos
negócios é um jogo, no qual as empresas
competem pela vitória e pretendem derrotar
seus adversários (isto é, as concorrentes).
Enquanto isso, o inglês, criador da palavra, usa
apenas team em todos os casos. É, pois – e
ironicamente –, a única língua em que o vocábulo não tem uma aura marcadamente
desportiva.
Ao longo desta Copa do Mundo, temos ouvido muitas pessoas, incluindo comentaristas
de futebol, se referirem às seleções como
times. Em inglês, team (que é a origem do nosso
“time”) quer dizer simplesmente “equipe” (não só
esportiva, mas qualquer grupo de pessoas que
atuem juntas, cooperativamente), portanto não há
nada de errado em chamar uma seleção de “time”.
Acontece, porém, que o uso transformou essa
palavra em sinônimo de clube de futebol, que
chamamos simplificadamente de “clube”.
Enquanto falantes do português, espanhol,
francês e inglês se referem à equipe de futebol
que representa seus países no Mundial como
“Seleção” (esp. Selección, fr. Sélection, ingl.
Selection), o italiano e o alemão usam a perífrase “Equipe Nacional”, ou mais simplesmente “Nacional”: it. (Squadra) Nazionale, al.
National (mannschaft).
Assim, a seleção tem esse nome porque sele-
De todo modo, seja o time, a equipe ou a Sele-
ção, o que importa é a conquista da taça. Que venha
o hexa!
(http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-abizzocchi/timesequipes-e-selecoes 318104-1.asp)
11. O vocábulo hegemônico corresponde, no
texto, a:
a) importante
b) relevante
c) marcante
d) predominante
Leia o texto a seguir:
Os fiscais brasileiros de Foz do Iguaçu, na
fronteira do Paraná com a Argentina e o
Paraguai, tiveram trabalho extra dos últimos
dias: Eles precisaram combater o contrabando de tomate. O tráfego ganhou força
porque, no Brasil o fruto chegou a custar o
dobro do cobrado nos países vizinhos. O
tomate liderou a alta de preços nos
supermercados nos três primeiros meses do
ano, com um reajuste médio de 60%, [...] seu
preço virou piada nacional. Dezenas de
charges correram pela internet comparando
o tomate a joias valiosas e obras de arte. Pena
que aquilo que simboliza – a volta da inflação
– não tenha graça nenhuma.
Veja, ed. 2.317, ano 46, n. 16. “Sim, eu posso...”, . 50-53 (17 abr. 2013).
12. O verbo virar na frase: “O tomate virou
grande símbolo de...” tem o sentido de:
a)
b)
c)
d)
transformar-se.
girar.
colocar-se em direção oposta a da anterior.
sofrer alteração.
13. Relacione imagem e texto verbal e dê o
significado de “pisou no tomate”:
a)
b)
c)
d)
Conseguiu acabar com a inflação.
Incentivou o aparecimento da inflação.
Perdeu o controle da inflação.
Não resistiu à inflação.
14. Qual o significado de paliativos em “usou
apenas paliativos para enfrentar o problema”?
a) Evitou o problema.
b) Usou meios atenuantes para diminuir o
problema.
c) Solucionou o problema.
d) Resolveu parte do problema.
Leia o texto abaixo e responda.
As tecnologias de informação e comunicação
(TIC) vieram aprimorar ou substituir meios
tradicionais de comunicação e armazenamento de informações, tais como o rádio e a
TV analógicos, os livros, os telégrafos, o fax
etc. As novas bases tecnológicas são mais
poderosas e versáteis, introduziram fortemente a possibilidade de comunicação interativa e
estão presentes em todos os meios produtivos
da atualidade. As novas TIC vieram acompanhadas da chamada Digital Divide, Digital Gap
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
O tomate virou o grande símbolo do desconforto e da apreensão dos brasileiros com a
volta da inflação. O governo, até agora, pisou
no tomate, usou apenas paliativos para
enfrentar o problema.
11
ou Digital Exclusion, traduzidas para o
português como Divisão Digital ou Exclusão
Digital, sendo, às vezes, também usados os
termos Brecha Digital ou Abismo Digital.
FONTE: ENEM 2009
15. De acordo com o texto, a expressão
“aprimorar” denota:
a)
b)
c)
d)
versatilidade
melhoramento
produtividade
simplificação
16. Observando a expressão “as novas tecnologias são mais poderosas e versáteis”. O termo
destacado poderia ser substituído por:
a)
b)
c)
d)
habilidosas
inconsistentes
pertinazes
variáveis
Leia a tira a seguir:
17. No segundo quadrinho a menina diz: “Fica
ligada, Kiki!” Qual é o sentido da expressão
ficar ligada no contexto?
a)
b)
c)
d)
Estar em comunicação.
Pôr em funcionamento.
Ficar esperta.
Ficar próxima.
Leia o poema:
Poesia por acaso
Sem inspiração estou agora.
Tento atiçar a imaginação
mas ela demora.
Não consigo pensar em algo
que faça rimas.
É como querer acertar o alvo
com a flecha apontada para cima.
Não acho um bom assunto
que se organize bem em versos.
Mesmo sabendo que no mundo
há mil assuntos diversos.
Que coisa chata,
não consigo imaginar.
Isso quase me mata,
porque é horrível não poder pensar.
Mas espere um momento,
mesmo não tendo um tema,
se estas frases vou relendo,
vejo que é um poema!
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
(Clarice Pacheco)
12
18. No verso: “Tento atiçar a imaginação”, a
palavra destacada tem sentido de:
a)
b)
c)
d)
estimular.
obter.
adormecer.
sentir.
Leia o poema:
Por que levantar o braço para colher o fruto?
A máquina o fará por nós.
Por que labutar no campo, na cidade?
A máquina o fará por nós.
Por que pensar, imaginar?
A Máquina o fará por nós.
Por que fazer um poema?
A máquina o fará por nós?
Por que subir a escada de Jacó?
A máquina o fará por nós.
Ó máquina, orai por nós.
(Cassiano Ricardo, 2ª Ladainha)
19. O termo “labutar” no 3º verso do poema
pode ser substituído, sem sofrer alteração de
sentido, pela palavra:
Como resultado dos avanços na saúde e
queda da taxa de natalidade, o Japão, décima
nação mais populosa do mundo, é um das
sociedades com mais idosos e um ritmo de
envelhecimento mais rápido.
A tendência ficou especialmente evidente no
nordeste do país, região onde mesmo antes
do tsunami a escassez de empregos levava os
jovens a migrarem. Boa parte das vítimas do
desastre era de moradores idosos.
(Por Teppei Kasai)
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,japonesasperdem-titulo-de-mais-longevas-do-mundo,905868,0.htm
20. Pela leitura do texto, pode-se concluir que
longevas significa:
Imaginar
Pensar
Levantar
Trabalhar
Japonesas perdem título de mais longevas
do mundo
a)
b)
c)
d)
mulheres que deixaram de viver muito.
mulheres que moram longe dos demais.
mulheres que tentam o suicídio.
mulheres que têm uma vida longa.
26 de julho de 2012 | 8h 37
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto
Depois de 26 anos no topo da lista das
mulheres de maior expectativa de vida do
mundo, as japonesas perderam no ano
passado a coroa, disse nesta quarta-feira o
governo do Japão, que culpou o terremoto e
o tsunami de 2011 pela queda.
As informações implícitas no texto são aquelas
que não estão presentes claramente na base
textual, mas podem ser construídas pelo leitor
por meio da realização de inferências que as
marcas do texto permitem. Alem das
informações explicitamente enunciadas, há
outras que podem ser pressupostas e,
consequentemente, inferidas pelo leitor.
O Ministério do Trabalho e Saúde informou
que o desastre, que deixou aproximadamente
20 mil mortos ou desaparecidos, foi o
principal fator por trás da queda na média da
expectativa de vida, que caiu 0.4 anos,
ficando em 85,9 anos. As japonesas ficaram
atrás das mulheres de Hong Kong, cuja média
é de 86,7 anos.
Segundo o ministério, o aumento nos casos
de suicídio no ano passado também
contribuiu para o declínio.
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a
habilidade de o aluno reconhecer uma idéia
implícita no texto, seja por meio da
identificação de sentimentos que dominam as
ações externas dos personagens, em um nível
básico, seja com base na identificação do
gênero textual e na transposição do que seja
real para o imaginário. É importante que o aluno
apreenda o texto como um todo, para dele
retirar as informações solicitadas.
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
a)
b)
c)
d)
Para os homens, a média da expectativa de vida
caiu 0,11 anos, ficando em 79,44 anos, empatados com os italianos em sétimo lugar. Os
suíços estão no topo da lista, com 80,2 anos.
13
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto,
no qual o aluno deve buscar informações que vão
além do que está explícito, mas que à medida que
ele vá atribuindo sentido ao que está enunciado
no texto, ele vá deduzindo o que lhe foi solicitado.
Ao realizar esse movimento, são estabelecidas
de relações entre o texto e o seu contexto pessoal. Por exemplo, solicita-se que o aluno
identifique o sentido da ação dos personagens
ou o que determinado fato desperte nos personagens, entre outras coisas.
Leia o texto abaixo e responda.Blogs
Cachorros adoram passar feriados fora de
casa
preferência num espaço aberto, cheio de
outros cães.
21. O texto permite ao leitor a conclusão de que
a) os cães são animais sociáveis e que gostam
de fugir à rotina.
b) cães se estressam mais longe de casa do
que quando em casa.
c) os cães são animais cujos hormônios pouco
alteram o ânimo deles.
d) cães reagem negativamente quando submetidos a exercícios físicos.
Leia o texto abaixo e responda.
A ilha de lixo
Carol Castro 25 de junho de 2014
Quando se hospedam em canis ou hotéis para
cachorros. Sério. Assim como nós, eles
também acham divertido mudar um pouco de
ambiente.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
É o que garante uma pesquisa feita por cientistas britânicos. Eles avaliaram indicadores
de estresse de 29 cães enquanto passavam
um tempo em um canil e em casa. Nos dois
ambientes, os pesquisadores mediram os níveis
dos hormônios de estresse (corticosteroides) e
epinefrina (adrenalina), o comportamento deles
(agitação, inquietação, bocejos, etc), e a saúde
física (pele, temperatura do corpo e nariz,
alimentação).
14
Bem, segundo o estudo, os cães apresentam
alguns sinais de excitação mais fortes fora de
casa. Com isso os níveis de cortisol aumentam, é verdade, mas não quer dizer que
estejam estressados. É uma consequência da
empolgação e dos exercícios físicos (eles se
movimentam mais nos canis). E só. Os
outros dados (saúde e comportamento) não
indicaram estresse maior longe de casa.
Pois é, não é só você que curte aproveitar o
feriadão para fugir da rotina em um lugar
diferente. Seu cachorro também gosta. E de
O mar está cada vez mais poluído. Mas um
projeto quer transformar sujeira em moradia
Por Lorena Verli
No meio do oceano Pacífico, fica o maior
lixão do mundo - são 4 milhões de toneladas
de garrafas e embalagens, que foram
empurradas para lá pelas correntes
marítimas e formam um amontoado de 700
mil km2 (duas vezes o estado de São Paulo).
Um desastre - mas que pode virar uma coisa
boa. Uma empresa da Holanda quer coletar
todo esse plástico e reciclá-lo para fazer uma
ilha artificial, de aproximadamente 10 mil
km2 (equivalente a uma cidade como
Manaus) e capacidade para 500 mil
habitantes. Ela teria casas, lojas, praias, áreas
de lazer e plantações - tudo apoiado numa
base de plástico flutuante. Seus criadores
acreditam que a ilha possa se tornar
autossuficiente, produzindo a própria comida
e energia. "Queremos levar o mínimo de
coisas para a ilha. A princípio, tudo será feito
com o lixo que encontrarmos na área", diz o
arquiteto Ramon Knoester. A cidade flutuante
seria cortada por canais, para que as
correntes oceânicas pudessem passar
livremente (sem ameaçar a estabilidade da
ilha).
O projeto já recebeu o apoio do governo
holandês, mas não tem data para começar ninguém sabe quanto a obra custaria, nem se
é viável. "A ilha não é economicamente
rentável. Nós a vemos apenas como uma
maneira de limpar a poluição causada pelo
ser humano", diz Knoester. Enquanto isso
não acontece, toda a matéria-prima que seria
usada nesse empreendimento continua
boiando.
22. A leitura do texto permite inferir que
a) a dificuldade de manter a estabilidade é o
principal obstáculo à construção da ilha.
b) a autossuficiência da ilha depende dos esforços governamentais e empresariais.
c) a construção da ilha é pouca atraente porque
ela não é economicamente rentável.
d) o uso de lixo para construir a ilha não tem relação com o material encontrado no oceano.
Leia o texto abaixo e responda.
tamento também obteve dados de 1.000 pesquisas dadas aos adolescentes urbanos.
Houve um aumento do número de faltas escolares para os adolescentes com “overdose” de
tecnologia, incluindo Facebook, disse o estudo. Os adolescentes também aumentaram
suas chances de desenvolver dores de estômago, problemas de sono, ansiedade, bem
como depressão. Além disso, o estudo descobriu que os adolescentes exibiram pior retenção de leitura e suas notas foram mais baixas
quando foi verificado que eles usaram o Facebook durante um período de 15 minutos.
“Embora ninguém possa negar que o Facebook
alterou a paisagem da interação social, especialmente entre os jovens, estamos apenas começando a entender, pela pesquisa psicológica
sólida, os positivos e os negativos”, afirmou
Rosen. Ele disse que houve alguns aspectos
positivos no uso do Facebook, incluindo o desenvolvimento de habilidades sociais em crianças introvertidas.
Medicina Bem-Estar
Por Epoch Times 09.08 às 12:52
Última atualização: 06.08 às 20:15
Um estudo da Universidade Estadual da Califórnia
constatou que gastar muito tempo no Facebook
pode levar as pessoas a sofrer psicologicamente.
Entre os adolescentes usuários frequentes do
Facebook, o narcisismo foi encontrado como característica mais comum. Em adultos jovens focados no Facebook, comportamentos antissociais,
mania e tendências agressivas manifestaram-se.
Dr. Larry Rosen, professor na universidade,
apresentou os resultados em 6 de agosto de
2011 em uma sessão plenária intitulada “Cutuque-me: como as redes sociais podem ajudar e
prejudicar as nossas crianças.” Rosen observou em seu departamento 300 adolescentes
com acesso a sites de mídia social. Seu depar-
Também os adultos jovens puderam mostrar
uma “empatia virtual” pelos seus amigos online,
segundo observou o estudo. “A rede social pode
fornecer ferramentas para o ensino de formas
atraentes que envolvem jovens estudantes”,
acrescentou o professor.
(http://www.epochtimes.com.br/consequencias-psicologicaspara-adolescentes-e-adultos-viciados-em-facebook/)
23. O título da plenária citada no texto revela
a)
b)
c)
d)
uma visão neutra quanto ao Facebook.
uma visão indiferente ao Facebook.
uma visão imparcial quanto ao Facebook.
uma visão negativa no tocante ao Facebook.
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Consequências psicológicas para adolescentes e adultos viciados em Facebook
15
Leia o texto abaixo e responda.
Ficar ou namorar: intimidade sexual e intimidade emocional em conflito
A partir dos anos 80, o “ficar” tornou-se a
forma de relacionamento amoroso mais praticada pelos jovens brasileiros. Segundo o
professor doutor Sandro Caramaschi, docente do departamento de Psicologia da UnespBauru, o ficar não é um privilégio nem uma
invenção das gerações atuais. “Antigamente,
as pessoas também 'ficavam', embora atribuíssem nomes diferentes para essa prática,
que era também menos generalizada do que
atualmente”, conta Caramaschi.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
O “ficar” caracteriza-se pela ausência de compromisso, de limites e regras claramente estabelecidos: o que pode ou não pode é definido
no momento em que o relacionamento acontece, de acordo com a vontade dos próprios
“ficantes”. A duração do “ficar” varia: o tempo
de um único beijo, a noite toda, algumas semanas. Ligar no dia seguinte ou procurar o outro
não é dever de nenhum dos “ficantes”.
16
Mesmo desprovido de legitimação social, por
não ter fronteiras bem demarcadas, os resultados benéficos do “ficar” superam os aspectos negativos, já que “ficar” possibilita que
as pessoas avaliem maior número de parceiros
do que se tivessem que namorá-los. “Há chances de se avaliar um ou mais parceiros por dia,
e investir num conhecimento mais profundo
de parceiros considerados interessantes”, diz
Caramaschi. Segundo ele, a maior reclamação
de jovens quanto ao “ficar” é a superficialidade
dos relacionamentos que caracterizam essa
prática. “'Ficar' implica na maioria das vezes
uma grande intimidade sexual, à qual não
corresponde uma maior intimidade emocional”, aponta Caramaschi. Embora as pessoas
tenham necessidade de serem ouvidas e de
construírem relacionamentos marcados pela
afetividade, dificilmente há predisposição para
ouvir e aceitar o outro, situação gerada pelo individualismo e pela competitividade cotidia-
nos. Afinal, “ficar” não é uma mudança comportamental isolada, e sim o reflexo de uma
sociedade composta por pessoas mais centradas em si mesmas, situação bem ilustrada
pelo volume elevado das músicas nas pistas de
dança atuais, nas quais cada um dança sozinho, e onde só se pode conversar aos berros.
O hábito de “ficar” preocupa os pais, que
sentem seus filhos mais expostos a doenças
sexualmente transmissíveis e à gravidez precoce. “Há um descompasso entre o aumento
da liberdade e da responsabilidade”, afirma
Caramaschi. “Os jovens sabem o que devem
fazer para se prevenir, mas não estão preparados para conduzir essas medidas preventivas em situações sociais comuns na sua vida”.
Para entender melhor o assunto, a aluna de
Psicologia Cristiane Oliveira Alves desenvolveu a pesquisa “'Ficar' x Namoro: o que
marca a passagem de relacionamento a outro
na concepção de universitários?” A pesquisa
envolveu 100 universitários de ambos os
sexos, com idade entre 18 e 24 anos, das
faculdades de Ciência (FC), Engenharia (FE) e
Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) da
Unesp-Bauru, e buscava descobrir se há diferenças entre quando o “ficar” se transforma
em namoro para garotas e garotos.
Cinquenta pessoas do sexo feminino e 50 do
sexo masculino responderam a um questionário com quatorze questões sobre situações
comuns a relacionamentos amorosos. Após a
análise dos dados coletados, verificou-se que
não há grandes diferenças entre quais comportamentos homens e mulheres consideram
típicos do “ficar”, da fase intermediária e do
namoro. A pesquisa ressalta, porém, que as
mulheres consideram o Companheirismo
como característico da fase intermediária entre
“ficar” e namoro, enquanto os homens consideram-no como peculiar ao namoro. Já a Visita
Familiar e o Ciúme são característicos da fase
intermediária para os homens, mas do namoro
para as mulheres. Caramaschi ressalta que
esses resultados se referem a um grupo espe-
Fonte: Unesp
24. O texto permite que o leitor entenda o ato de
ficar como
a) parte das transformações que atingem os
relacionamentos.
b) consequência do individualismo e da competitividade.
c) uma surpresa porque praticado por todos os
adolescentes.
d) uma prática que é vista diferentemente por
homens e mulheres.
mas de expressão com que estamos envolvidos. E quando mudamos o eixo em que as
coisas são apresentadas. O raciocínio comum,
sequencial, funciona dentro de um quadro de
referências aparente e familiar. O inventivo
associa o domínio inicial de um problema a
outro quadro de referências.
Em geral, criatividade se revelará a busca
bem-sucedida de solução quando temos pela
frente um grande volume de abordagens
possíveis ou soluções parciais, que consideramos insatisfatórias. Um bom começo é o
autor estar abastecido de informações das
mais diversas fontes e dos mais variados
tipos, e ter a disciplina de ver sempre que
bicho dá o ato de conectá-las.
Blog do Luiz Costa
Por isso, quando pensarmos em escritas
criativas, convém perguntar a que propósito,
para trilhar que caminho: ser criativo para
conectar-se ao outro; ser criativo para reinventar uma realidade. O primeiro pede um
sinal de cumplicidade. O segundo, sem o primeiro, apenas um planejamento estratégico.
Maio/2014
http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-lcosta/desejo-criativo313089-1.asp
Leia o texto abaixo e responda.
Carta ao leitor
25. É possível inferir que a criatividade
Desejo criativo
a) está ligada à adaptação efetiva às circunstâncias inesperadas.
b) basicamente é uma questão de realizar um
planejamento estratégico.
c) se relaciona à disciplina para lidar com fontes diferentes de informações.
d) consiste em operar diferenciadamente numa
faixa de raciocínio comum.
Ser criativo deixou de ser um atributo individual. Passou a ser insumo de mercado. Criatividade, afinal, é uma qualidade valorizada
em empresas, governos e escolas convencidas de atuarem num cotidiano que passou a
exigir mais do que meras soluções esquemáticas para problemas cada vez mais imprevisíveis em realidades que se transformam.
A metamorfose ambulante era signo de rebeldia há quarenta anos. Agora, é credencial
para o lucro, uma ansiedade informativa, um
vetor de consumo.
Somos criativos em textos quando criamos
respostas novas e inusitadas para os proble-
Leia os textos abaixo e responda.
TEXTO I
O tomate virou o grande símbolo do desconforto e da apreensão dos brasileiros com a
volta da inflação. O governo, até agora, pisou
no tomate, usou apenas paliativos para
enfrentar o problema.
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
cífico, o de universitários da Unesp-Bauru, e
que os conceitos sobre o “ficar” e o namoro
podem variar conforme a faixa etária dos entrevistados, ou seu ambiente social. Para Caramaschi, a grande surpresa foi descobrir que o
sexo é considerado próprio da fase intermediária
tanto para garotos quanto para garotas.
17
Os fiscais brasileiros de Foz do Iguaçu, na fronteira do Paraná com a Argentina e o Paraguai,
tiveram trabalho extra dos últimos dias: Eles
precisaram combater o contrabando de
tomate. O tráfego ganhou força porque, no
Brasil o fruto chegou a custar o dobro do
cobrado nos países vizinhos. O tomate liderou
a alta de preços nos supermercados nos três
primeiros meses do ano, com um reajuste
médio de 60%, [...] seu preço virou piada
nacional. Dezenas de charges correram pela
internet comparando o tomate a joias valiosas
e obras de arte. Pena que aquilo que simboliza
– a volta da inflação – não tenha graça
nenhuma.
em lugar azul.
Amigo é esquina
onde o tempo para
e a Terra não gira,
antes paira,
em doçura contínua.
Oceano tramando sal,
mel inventando fruta,
amigo é estrela sempre
no rumo certo do vento,
com todas as metáforas,
luzes, imagens
que sua condição de estrela contém.
Roseana Murray. poemas de Céu, ed. Paulinas, ilustrações de Mari
Ines Piekas.
Veja, ed. 2.317, ano 46, n. 16. “Sim, eu posso...”, . 50-53 (17 abr.
2013).
TEXTO II
Várias imagens foram publicadas nas redes sociais sobre a alta do preço do tomate. Numa
delas, tomates substituem o diamante num
anel. A imagem descreve a joia como “Anel de
ouro 18 tomates”. Já outra montagem simula a
premiação de um título de capitalização. O
primeiro prêmio é 1kg de tomate. O Segundo,
um ovo de chocolate de marca específica. O
terceiro 1 litro de gasolina comum. Os três
prêmios fazem referência a produtos conhecidos como caros pelo consumidor brasileiro.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
www.drd.com.br/news(adaptado)
18
26. É possível inferir nos textos I e II o comportamento característico do brasileiro de:
a)
b)
c)
d)
ficar muito irado com as coisas erradas.
exigir providências imediatas.
levar as coisas sérias com humor.
esperar pacientemente pela solução do
problema.
Leia o texto abaixo e responda.
AMIGO
No rumo certo do vento,
amigo é nau de se chegar
27. Os versos “Amigo é esquina/onde o tempo
para/e a Terra não gira,” sugerem que a amizade:
a)
b)
c)
d)
pertence ao passado.
é um sentimento duradouro.
é um sentimento raro.
é um sentimento passageiro.
Leia o texto abaixo e responda.
Canadá suspende parte de programa de trabalhadores estrangeiros
Publicado em 25.04.2014, às 08h25
O governo canadense anunciou nessa quintafeira (24) a suspensão do programa que
permite a trabalhadores estrangeiros atuar
temporariamente no país, devido à multiplicação de denúncias de irregularidades. A
suspensão ocorre depois de a televisão pública CBC ter revelado casos em que a McDonald's
e outras cadeias de alimentação despediram
canadenses para contratar trabalhadores temporários estrangeiros com salários mais baixos.
Após meses de denúncias, o ministro do Emprego do Canadá, Jason Kenney, anunciou
uma “moratória imediata do acesso do setor
de serviço alimentar ao Programa de Trabalhadores Temporários Estrangeiros”.
Em 2002, o Canadá aceitava 100 mil trabalhadores temporários estrangeiros, a maioria contratada para o setor agrícola ou para lugares remotos. Contudo, dez anos depois, o número
triplicou para mais de 330 mil trabalhadores
por ano.
Com o número, cresceram também as queixas de irregularidades cometidas por grandes empresas, que despedem os canadenses
para contratar estrangeiros, em uma clara
violação às regras do programa.
Sindicatos e organizações civis têm denunciado que o verdadeiro objetivo do programa
é proporcionar mão de obra barata e não
cobrir a falta de trabalhadores.
Relatório divulgado hoje por uma organização
independente – o Instituto C.D. Howe – diz que
o programa apenas serviu para baixar, de
forma artificial, os salários dos trabalhadores
nacionais, tendo também contribuído para o
aumento do desemprego em algumas regiões
e alguns setores.
Fonte: Agência Brasil
28. É conclusão aceitável a partir da leitura do
texto:
a) que o governo da Canadá agiu com rigor
exagerado após as denúncias.
b) que governo não agiu imediatamente após o
surgimento das denúncias.
c) que o governo sofreu manipulação por parte
de uma rede pública de TV.
d) Que o governo achou as denúncias pouco
grave daí a interrupção temporária do
programa.
Leia o poema abaixo e responda.
VERSOS DE NATAL
Espelho, amigo verdadeiro,
Tu refletes as minhas rugas,
Os meus cabelos brancos,
Os meus olhos míopes e cansados.
Espelho, amigo verdadeiro,
Mestre do realismo exato e minucioso,
Obrigado, obrigado!
Mas se fosses mágico,
Penetrarias até o fundo desse homem triste,
Descobririas o menino que sustenta esse
homem,
O menino que não quer morrer,
Que não morrerá senão comigo,
O menino que todos os anos na véspera do
Natal
Pensa ainda em pôr os seus chinelinhos atrás
da porta.
MANUEL BANDEIRA. In Lira dos cinquenta anos, 1940
29. É possível inferir do poema que:
a) o espelho não consegue investigar o que há
no mundo interior do eu lírico.
b) o homem triste não deseja morrer por isso
pede ajuda ao menino interior.
c) o menino que habita o eu lírico não é feliz o
suficiente para mantê-lo firme.
d) o eu lírico é triste porque não tem o seu mundo interior mostrado pelo espelho.
Leia o texto abaixo e responda.
Número de jovens no Japão cai a nível
recorde; sobe número de idosos
Publicado em 04.05.2014, às 14h16
O número de jovens no Japão caiu a um nível
recorde, enquanto continuava aumentando o
de pessoas com mais de 65 anos, segundo
cifras do governo divulgadas neste domingo
(4).
O país registrava em 1º de abril 16,33 milhões
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
O programa foi criado pelo governo para
suprir a alegada falta de mão de obra em
áreas do país de rápido crescimento, como
Alberta, por exemplo, onde as reservas
petrolíferas levaram a uma explosão da
economia.
19
de jovens com menos de 15 anos, uma queda
de 160 mil em relação a um ano atrás, segundo o Ministério de Assuntos Internos. Este é o
33º retrocesso anual consecutivo desde o
começo das estatísticas, em 1950.
Os jovens com menos de 15 anos representam 12,8% da população. A porcentagem de
pessoas com mais de 65 anos é de 25,6%,
outro recorde, desta vez para cima.
Entre os principais países de pelo menos 40
milhões de habitantes, o Japão é o que tem a
proporção mais baixa de crianças em relação
a sua população, segundo a agência Jiji. Esta
porcentagem é de 19,5% nos Estados Unidos
e 16,4% na China. Em 2060, a proporção de
habitantes com 65 anos ou mais será de 40%
da população japonesa, segundo previsões
do governo.
Fonte: AFP
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
30. Das informações contidas no texto pode-se
inferir que
20
a) os demais países com mais de 40 milhões
de habitantes podem ser considerados
nações de jovens.
b) o crescimento do percentual de japoneses
com mais de 65 deve ser considerado algo
negativo.
c) a queda do número de jovens japoneses
deverá ser interrompida por meio de
medidas governamentais.
d) o percentual referente ao número de jovens
japoneses tende a ficar ainda menor nos
próximos 40 anos.
D6 – identificar o tema de um texto
O tema é o eixo sobre o qual o texto se estrutura. A percepção do tema responde a uma
questão essencial para a leitura: “O texto trata
de quê?” Em muitos textos, o tema não vem
explicitamente marcado, mas deve ser percebido pelo leitor quando identifica a função
dos recursos utilizados, como o uso de figuras
de linguagem, de exemplos, de uma determi-
nada organização argumentativa, entre outros.
A habilidade que pode ser avaliada por meio
deste descritor refere-se ao reconhecimento
pelo aluno do assunto principal do texto, ou
seja, à identificação do que trata o texto. Para
que o aluno identifique o tema, é necessário
que relacione as diferentes informações para
construir o sentido global do texto.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto
para o qual é solicitado, de forma direta, que o
aluno identifique o tema ou o assunto principal
do texto.
Leia o texto abaixo e responda.
Times, equipes e seleções
Ao longo desta Copa do Mundo, temos
ouvido muitas pessoas, incluindo comentaristas de futebol, se referirem às seleções
como times. Em inglês, team (que é a origem
do nosso “time”) quer dizer simplesmente
“equipe” (não só esportiva, mas qualquer grupo de pessoas que atuem juntas, cooperativamente), portanto não há nada de errado em
chamar uma seleção de “time”. Acontece,
porém, que o uso transformou essa palavra
em sinônimo de clube de futebol, que chamamos simplificadamente de “clube”.
Assim, a seleção tem esse nome porque seleciona os melhores jogadores de cada clube de
um país (ou, no caso brasileiro atual, de clubes
estrangeiros) para formar uma equipe temporária.
O português não é a única língua a fazer distinção entre o time (com sentido esportivo) e
a equipe (com sentido neutro e geral). Em primeiro lugar, o anglicismo team está em quase todas as línguas, resultado da influência
do inglês como idioma dos inventores do
futebol e também como língua hegemônica da
atualidade. Curiosamente, o português é das
poucas que adaptaram a grafia do termo ao seu
sistema ortográfico (em espanhol, francês,
italiano, alemão, continua-se a grafar team).
Paralelamente, são também empregadas palavras genéricas como o português “equipe”
(ou “equipa”, na variedade lusitana), o
espanhol equipo, o francês équipe, o italiano
squadra, o alemão Mannschaft...
De todo modo, a palavra “time” (ou team) tem
sempre uma conotação esportiva. Por isso,
aplicada ao mundo corporativo (por exemplo,
quando um novo executivo vem integrar o
“time” da companhia), fica a impressão subliminar de que o mundo dos negócios é um jogo, no qual as empresas competem pela
vitória e pretendem derrotar seus adversários
(isto é, as concorrentes).
Enquanto isso, o inglês, criador da palavra,
usa apenas team em todos os casos. É, pois –
e ironicamente –, a única língua em que o
vocábulo não tem uma aura marcadamente
desportiva.
Enquanto falantes do português, espanhol,
francês e inglês se referem à equipe de futebol
que representa seus países no Mundial como
“Seleção” (esp. Selección, fr. Sélection, ingl.
Selection), o italiano e o alemão usam a perífrase “Equipe Nacional”, ou mais simplesmente “Nacional”: it. (Squadra) Nazionale, al.
National (mannschaft).
Leia o texto abaixo e responda.
Maringá, 24 de outubro de 2012.
Caro editor da revista "Meus filhos",
Ao ler o texto "Meu tênis é mais caro que o
seu" de Rosely Sayão, acredito realmente que
hoje estamos vivendo em um mundo completamente consumista, onde o ter é mais
importante do que o ser.
Após prestar bastante atenção em meu filho,
tive que concordar com a autora em alguns
pontos e venho dizer que realmente as crianças são julgadas pelo que usam e aquelas que
não possuem o que está "na moda" são bem
humilhadas. Tudo isso é culpa da mídia que
lança um produto que é apresentado como o
melhor e que se o adolescente não tem é julgado como ninguém.
Por isso, na minha opinião, com a finalidade
desse fato parar de acontecer, o primeiro
passo tem que ser nosso, os pais, ao ensinar
aos filhos que o caráter é mais importante do
aquilo que você veste.
Obrigado pela atenção.
De todo modo, seja o time, a equipe ou a Seleção, o que importa é a conquista da taça. Que
venha o hexa!
(http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-abizzocchi/timesequipes-e-selecoes 318104-1.asp)
31. O texto trata, principalmente
a) dos sentidos que a palavra team assumiu
em várias línguas.
b) da adaptação pela qual o vocábulo team
passou em português.
c) da diferença entre o que é um time e o que é
uma seleção.
d) da torcida para que o Brasil ganhe o hexacampeonato.
32. O tema abordado no texto consiste em:
a) Os pais devem ensinar aos filhos o caráter e
a ética em todas as áreas da vida.
b) Os conflitos advindos da desigualdade social provocam discriminação na escola.
c) A opressão da mídia impondo moda e valores consumistas tem influenciado no comportamento das crianças.
d) “O ter é mais importante que o ser”
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Marcinéia Santos – Curitiba
21
Leia o texto abaixo e responda.
"Desmatamento sem fim"
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Carlos José Marques
22
O desmatamento florestal volta a disparar no
Brasil, com dados que surpreendem e
frustram a expectativa de controle do
problema. No Pará, o número chegou a
triplicar e dobrou no caso de Mato Grosso.
Somada, a área devastada nesses dois
Estados alcança a incrível marca de 214
quilômetros quadrados nos primeiros três
meses deste ano, contra 77 quilômetros em
igual período de 2007. O que esses
resultados traduzem é a falta de uma política
sustentável para frear o processo. A maior
queixa das entidades envolvidas com a
questão é a de que ações de repreensão na
região são esporádicas, sem continuidade, e
que logo após a retirada dos fiscais as
motosserras retornam à rotina e a situação de
exploração ilegal de madeira em larga escala
tem andamento. Esse quadro vem agravando
a imagem do Brasil lá fora justamente no
momento em que a discussão dos créditos de
carbono ganha força e que os próprios EUA
começam a admitir uma negociação para
reduzir as emissões de gás na atmosfera. O
Brasil, cuja área verde ainda é tida como o
pulmão do planeta, pode liderar o movimento
global pela sustentabilidade e assim se
projetar como país ecologicamente correto,
modelo para os demais. Antes é fundamental
dar o exemplo mostrando tolerância zero
contra os abusos. Desde o início, o governo
Lula levantou uma série de propostas para
enfrentar o assunto: restringiu créditos a
proprietários rurais flagrados desmatando
ilegalmen te, aperfeiçoou sistemas de
monitoramento e disparou várias ações da
Polícia Federal, do Ibama e da Força Nacional
para coibir a prática. Diante das estatísticas
de desmatamento há de se concluir que as
medidas foram insuficientes. Agravantes
como o aumento do preço das commodities,
que estimula produtores a procurar novas
áreas de plantio, só aceleram o processo.
Vários alertas internacionais foram enviados
a autoridades brasileiras para que
providências mais firmes fossem adotadas. A
destruição florestal, todos sabem, é uma
chaga que leva décadas para ser apagada e as
árvores centenárias do País são cada vez
mais escassas. Metas de controle da ameaça
poderiam ser estipuladas para cada Estado
nos moldes da Lei de Responsabilidade
Fiscal – como uma espécie de Lei de
Responsabilidade Ambiental –, cuja pena
mais uma vez estaria no volume de recursos
distribuídos da União aos municípios. O
engajamento no policiamento seria certamente mais eficaz, com resultados rápidos e
concretos.
33. O tema do texto acima é:
a)
b)
c)
d)
A extinção de algumas espécies de animais.
O desmatamento sem limites.
A destruição de árvores centenárias.
A substituição de alguns tipos de árvores por
outras.
Leia o texto abaixo.
Homem de meia-idade
(LENDA CHINESA)
Havia outrora um homem de meia-idade que
tinha duas esposas. Um dia, indo visitar a
mais jovem, esta lhe disse:
- Eu sou moça e você é velho; não gosto de
morar com você. Vá habitar com sua esposa
mais velha.
Para poder ficar, o homem arrancou da
cabeça os cabelos brancos. Mas, quando foi
visitar a esposa mais velha, esta lhe disse, por
sua vez:
-Eu sou velha e tenho a cabeça branca; arranque, pois, os cabelos pretos que tem.
Então o homem arrancou os cabelos pretos
para ficar de cabeça branca. Como repetisse
sem tréguas tal procedimento, a cabeça tornou-se lhe inteiramente calva. A essa altura,
ambas as esposas acharam-no horrível e ambas o abandonaram.
(Aurélio Buarque de Holanda Ferreira)
34. A ideia central do texto é:
a)
b)
c)
d)
o problema da calvície masculina.
a impossibilidade de agradar a todos.
a vaidade dos homens.
a insegurança na meia-idade.
d) a descoberta de Copérnico de que a lua gira
em torno do Sol.
Leia o texto abaixo e responda.
“Mais uma vez, nós, os povos indígenas, somos vítimas de um pensamento que separa e
que tenta nos eliminar cultural, social e até
fisicamente. A justificativa é a de que somos
apenas 250 mil pessoas e o Brasil não pode
suportar esse ônus. (...) É preciso congelar
essas ideias colonizadoras, porque elas são
irreais e hipócritas e também genocidas. (...)
Nós, índios, queremos falar, mas queremos
ser escutados na nossa língua, nos nossos
costumes.”
Leia o texto abaixo e responda.
http://preprova.com.br/enem/2009/questao/5. Acesso em 05/05/2014
35. A temática do texto é:
a) a descoberta de Ptolomeu de que a Terra é o
centro do universo.
b) a descoberta de Copérnico de que o Sol é o
centro do universo.
c) a descoberta de Kepler de que Marte é elíptico.
36. É possível dizer que o texto tem como tema:
a)
b)
c)
d)
as 250 mil pessoas que residem no Brasil.
a condição dos povos indígenas no Brasil.
o genocídio contra os indígenas do Brasil.
o ônus insuportável que os índios representam.
Leia o texto abaixo e responda.
Canadá suspende parte de programa de trabalhadores estrangeiros
Publicado em 25.04.2014, às 08h25
O governo canadense anunciou nessa quintafeira (24) a suspensão do programa que permite a trabalhadores estrangeiros atuar
temporariamente no país, devido à multiplicação de denúncias de irregularidades. A
suspensão ocorre depois de a televisão
pública CBC ter revelado casos em que a
McDonald's e outras cadeias de alimentação
despediram canadenses para contratar
trabalhadores temporários estrangeiros com
salários mais baixos.
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Na linha de uma tradição antiga, o astrônomo
grego Ptolomeu (100-170 d.C.) afirmou a
tese do geocentrismo, segundo a qual a Terra
seria o centro do universo, sendo que o Sol, a
Lua e os planetas girariam em seu redor em
órbitas circulares. A teoria de Ptolomeu
resolvia de modo razoável os problemas
astronômicos da sua época. Vários séculos
mais tarde, o clérigo e astrônomo polonês
Nicolau Copérnico (1473-1543), ao encontrar inexatidões na teoria de Ptolomeu,
formulou a teoria do heliocentrismo, segundo a qual o Sol deveria ser considerado o centro do universo, com a Terra, a Lua e os planetas girando circularmente em torno dele. Por
fim, o astrônomo e matemático alemão
Johannes Kepler (1571- 1630), depois de
estudar o planeta Marte por cerca de trinta
anos, verificou que a sua órbita é elíptica.
Esse resultado generalizou-se para os demais planetas.
Marcos Terena, presidente do Comitê
Intertribal Articulador dos Direitos Indígenas
na ONU e fundador das Nações Indígenas,
Folha de S. Paulo, 31 de agosto de 1994.
23
Após meses de denúncias, o ministro do Emprego do Canadá, Jason Kenney, anunciou
uma “moratória imediata do acesso do setor
de serviço alimentar ao Programa de Trabalhadores Temporários Estrangeiros”.
O programa foi criado pelo governo para suprir a alegada falta de mão de obra em áreas
do país de rápido crescimento, como Alberta,
por exemplo, onde as reservas petrolíferas
levaram a uma explosão da economia.
Em 2002, o Canadá aceitava 100 mil trabalhadores temporários estrangeiros, a maioria
contratada para o setor agrícola ou para lugares remotos. Contudo, dez anos depois, o
número triplicou para mais de 330 mil trabalhadores por ano.
Com o número, cresceram também as queixas
de irregularidades cometidas por grandes empresas, que despedem os canadenses para
contratar estrangeiros, em uma clara violação
às regras do programa.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Sindicatos e organizações civis têm denunciado que o verdadeiro objetivo do programa
é proporcionar mão de obra barata e não
cobrir a falta de trabalhadores.
24
Relatório divulgado hoje por uma organização independente – o Instituto C.D. Howe –
diz que o programa apenas serviu para baixar, de forma artificial, os salários dos trabalhadores nacionais, tendo também contribuído para o aumento do desemprego em algumas regiões e alguns setores.
Fonte: Agência Brasil
37. O texto acima tem como tema principal
a) a interrupção por parte do Governo do Canadá do programa que permite a estrangeiros
trabalharem temporariamente no país.
b) a revelação feita pela TV pública CBC de que
McDonald's e outras cadeias de alimentação
demitiram trabalhadores canadenses.
c) a multiplicação de denúncias de irregulari-
dades que fizeram o Governo do Canadá cancelar um programa para trabalhadores estrangeiros.
d) a demissão de trabalhadores estrangeiros por
parte da MacDonald's e outras cadeias de alimentação que atuam no país.
Leia o texto abaixo e responda.
Quer tomar bomba?
Quer tomar bomba? Pode aplicar
Mas eu não garanto se vai inchar
Efeito estufa, ação, reação
Estria no corpo, aí, vai, vacilão
Deca, winstrol, durateston, textex
A fórmula mágica pra você ficar mais sexy
Mulher, dinheiro, oportunidade
Um ciclo de winstrol e você é celebridade
Barriga estilo tanque, pura definição
Duas horas de tensão, não vacila, vai pro
chão
Três, quatro, quanto mais repetição
Vai perder muito mais rápido
Então, vem, sente a pressão
MAG. Quer tomar bomba? Disponível em: <www.vagalume.com.br
> Acesso em: 2 out. 2007. [adaptado]
38. A letra do rap “Quer tomar bomba?” chama
atenção para:
a) a obrigatoriedade de o jovem ser sexualmente atraente para ser feliz.
b) a busca do jovem por se tornar célebre e
fugir do anonimato.
c) a necessidade de fazer repetidamente exercícios físicos para ganhar força.
d) os riscos que estão ligados ao consumo de
substâncias anabolizantes.
(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:
Vínculos: as Equações da Matemática da
Vida
Quando você forma um vínculo com alguém,
forma uma aliança. Não é à toa que o uso de
alianças é um dos símbolos mais antigos e
Desvios sempre existem. Podemos nos perder em um deles e nos reencontrar logo adiante. A busca é permanente. O que não se
pode é ficar constantemente fora de sintonia.
Antigamente, dizia-se que as pessoas procuravam se completar através do outro, buscando sua metade no mundo. A equação era:
1/2 + 1/2 = 1. "Para eu ser feliz para sempre na
vida, tenho que ser a metade do outro."
Naquela loteria do casamento, tirar a sorte
grande era achar a sua cara-metade.
Com o passar do tempo, as pessoas foram
desenvolvendo um sentido de individualização maior e a equação mudou. Ficou: 1 + 1 =
1. “Eu tenho que ser eu, uma pessoa inteira,
com todas as minhas qualidades, meus
defeitos, minhas limitações. Vou formar uma
unidade com meu companheiro, que também
é um ser inteiro. " Mas depois que esses dois
seres inteiros se encontravam, era comum fundirem-se, ficarem grudados num casamento
fechado, tradicional. Anulavam-se mutuamente.
Com a revolução sexual e os movimentos de
libertação feminina, o processo de individuação que vinha acontecendo se radicalizou. E a equação mudou de novo: 1 + 1 = 1 + 1.
Era o "cada um na sua". "Eu tenho que resolver
os meus problemas, cuidar da minha própria
vida. Você deve fazer o mesmo. Na minha
independência total e autossuficiência absoluta, caso com você, que também é assim."
Em nome dessa independência, no entanto,
faltou sintonia, cumplicidade e compromisso
afetivo. É a segunda crise do casamento que
acompanhamos nas décadas de 70 e 80.
Atualmente, após todas essas experiências,
eu sinto as pessoas procurando outro tipo de
equação: 1 + 1 = 3. Para a aritmética ela pode
não ter lógica, mas faz sentido do ponto de
vista emocional e existencial. Existem você,
eu e a nossa relação. O vínculo entre nós é
algo diferente de uma simples somatória de
nós dois. Nessa proposta de casamento, o
que é meu é meu, o que é seu é seu e o que é
nosso é nosso. Talvez aí esteja a grande
mágica que hoje buscamos, a de preservar a
individualidade sem destruir o vínculo afetivo. Tenho que preservar o meu eu, meu processo de descoberta, realização e crescimento, sem destruir a relação. Por outro
lado, tenho que preservar o vínculo sem destruir a individualidade, sem me anular. Acho
que assim talvez possamos chegar ao ano
2000 um pouco menos divididos entre a
sede de expressão individual e a fome de
amor e de partilhar a vida. Um pouco mais
inteiros e felizes. Para isso, temos que compartilhar com nossos companheiros de uma
verdadeira intimidade. Ser íntimo é ser próximo, é estar estreitamente ligado por laços de
afeição e confiança.
MATARAZZO, Maria Helena. Amar É Preciso. 22. ed. São Paulo:
Editora Gente, 1992, p. 19-21
39. O texto trata PRINCIPALMENTE,
a)
b)
c)
d)
da exatidão da matemática da vida.
dos movimentos de libertação feminina.
da loteria do sucesso no casamento.
do casamento no passado e no presente
(Projeto con(seguir)-DC). Leia o texto abaixo.
“No Brasil, há uma campanha antipirataria cujo
mote é: 'Você não roubaria um carro. Por que
roubar um filme?'. Existe diferença entre esses
dois atos?”
(Superinteressante – ed. 214, pág. 28).
40. O lema da campanha antipirataria sugere que:
a) a pirataria é um crime menor.
b) a pirataria também é um crime.
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
universais do casamento. O círculo dá a noção de ligação, de fluxo, de continuidade.
Quando se forma um vínculo, a energia flui. E
o vínculo só se mantém vivo se essa energia
continuar fluindo. Essa é a ideia de mutualidade, de troca. Nessa caminhada da vida, ora
andamos de mãos dadas, em sintonia, deixando a energia fluir, ora nos distanciamos.
25
c) a pirataria é um crime violento.
d) a pirataria não é crime.
D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a
esse fato
O leitor deve ser capaz de perceber a diferença
entre o que é fato narrado ou discutido e o que é
opinião sobre ele. Essa diferença pode ser ou
bem marcada no texto ou exigir do leitor que ele
perceba essa diferença integrando informações de diversas partes do texto e/ou inferindoas, o que tornaria a tarefa mais difícil.
Por meio deste descritor pode-se avaliar a
habilidade de o aluno identificar, no texto, um
fato relatado e diferenciá-lo do comentário que
o autor, ou o narrador, ou o personagem fazem
sobre esse fato.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto, no qual o aluno é solicitado a distinguir
partes do texto que são referentes a um fato e
partes que se referem a uma opinião relacionada ao fato apresentado, expressa pelo autor,
narrador ou por algum outro personagem. Há
itens que solicitam, por exemplo, que o aluno
identifique um trecho que expresse um fato ou
uma opinião, ou então, dá-se a expressão e pedese que ele reconheça se é um fato ou uma opinião.
Leia o texto abaixo.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
A antiga Roma ressurge em cada detalhe
26
Dos 20.000 habitantes de Pompeia, só dois
escaparam da fulminante erupção do vulcão
Vesúvio em 24 de agosto de 79 d.C. Varrida
do mapa em horas, a cidade só foi encontrada
em 1748, debaixo de 6 metros de cinzas. Por
ironia, a catástrofe salvou Pompeia dos conquistadores e preservou-a para o futuro,
como uma joia arqueológica. Para quem já
esteve lá, a visita é inesquecível.
A profusão de dados sobre a cidade permitiu
ao Laboratório de Realidade Virtual Avançada
da Universidade Carnegie Mellon, nos Esta-
dos Unidos, criar imagens minuciosas, com
apoio do instituto Americano de Arqueologia.
Milhares de detalhes arquitetônicos tornaram-se visíveis. As imagens mostram até que
nas casas dos ricos se comia pão branco, de
farinha de trigo, enquanto na dos pobres
comia-se pão preto, de centeio.
Outro megaprojeto, para ser concluído em
2020, da Universidade da Califórnia, trata da
restauração virtual da história de Roma,
desde os primeiros habitantes, no século XV
a.C., até a decadência, no século V. Guias
turísticos virtuais conduzirão o visitante por
paisagens animadas por figurantes. Edifícios,
monumentos, ruas, aquedutos, termas e
sepulturas desfilarão, interativamente. Será
possível percorrer vinte séculos da história
num dia. E ver com os próprios olhos tudo
aquilo que a literatura esforçou-se para contar com palavras.
Revista Superinteressante, dezembro de 1998, p. 63.
41. No primeiro parágrafo do texto, manifestase uma opinião em:
a) “...só dois escaparam da fulminante
erupção do vulcão Vesúvio...”
b) “...a cidade só foi encontrada em 1748,
debaixo de 6 metros de cinzas.”
c) “...a catástrofe salvou Pompeia dos conquistadores e preservou-a para o futuro”.
d) “Para quem já esteve lá, a visita é
inesquecível.
Leia o texto abaixo.
Superpoliglotas: como funciona a cabeça
das pessoas que aprendem dezenas de
idiomas
Por Carol Castro
Saiba como funciona a cabeça dos hiperpoliglotas, pessoas que podem mostrar o
caminho dos limites do cérebro
Ler Dostoiévski em português é para os
Os dois integram um seleto time de pessoas
que conseguem aprender dezenas de
idiomas. Não são só poliglotas. Quem é
fluente em mais de 6 línguas tem um título
maior: hiperpoliglota. O termo foi definido em
2003 pelo linguista britânico Richard
Hudson. Ao estudar comunidades poliglotas,
ele descobriu que o número máximo de
idiomas falados em comum por todos os
moradores é 6. Ainda não se sabe o motivo
exato de serem 6 línguas. O que se sabe é que
os hiperpoliglotas são diferentes de bilíngues
ou meros falantes de 3 ou 4 línguas. E que os
limites do cérebro deles podem ajudar a
ciência a buscar os limites do nosso cérebro.
IDADE É TUDO
Mezzofanti entrou na escola aos 4 anos, onde
aprendeu 3 idiomas. Aprender línguas na
infância faz toda a diferença. Após a
puberdade, os hormônios dificultam a
reprodução de um sotaque mais autêntico.
Se você aprende francês após os 14 anos, por
mais que estude, provavelmente vai soar
como um "brasileiro fluente em francês" mas não como um francês. Vários estudos
comprovaram essa tese. Um deles selecio-
nou 46 adultos chineses e coreanos que
moraram nos Estados Unidos em diferentes
fases da vida. Os que chegaram ao país até os
7 anos tiveram resultados semelhantes aos
de nativos. Quem chegou aos EUA com mais
de 15 anos teve desempenho pior.
Isso ocorre porque, com o tempo, o cérebro
parece endurecer. Conforme crescemos, ele
forma estruturas neurais confiáveis para
orientar as ações que tomamos. É uma base
de conhecimento que guia as experiências e
responde às situações do dia a dia. À medida
que mais estruturas neurais se formam, o
cérebro perde flexibilidade. E ela é importante
para aprender coisas complexas, como falar
uma língua. Pesquisadores acreditam que os
hiperpoliglotas conseguem prolongar essa
plasticidade. "Eles são como um experimento
natural sobre os limites humanos", diz Michael
Erard, linguista e autor do livro recém-lançado
Babel no More (inédito em português). Não é
de se estranhar, portanto, que ainda hoje
Freire mantenha o ritmo de aprender de dois a
3 idiomas por ano.
Falar pode parecer um ato simples, mas exige
várias tarefas do cérebro: percepção auditiva,
controle motor, memória semântica, sequenciamento de palavras. Para assimilar um
novo idioma, o cérebro precisa entender as
estruturas do som e das palavras. E, até chegar a isso, o aprendizado percorre um longo
caminho pelos hemisférios esquerdo e direito do cérebro.
42. No primeiro parágrafo, o trecho que indica
uma opinião é:
a) “Ler Dostoiévski em português é para os
fracos.”
b) “Em poucos meses, dispensou os
tradutores.”
c) “...o padre italiano Giuseppe Mezzofanti,
que ficou notório no século...”.
d) “Especula-se que ele falava entre 61 e 72
idiomas e lia em 114.”
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
fracos. Carlos Freire queria devorar Crime e
Castigo e outros clássicos russos no original.
Aos 20 anos, ele mergulhou nos livros e se
mudou para a casa de uma família russa em
Porto Alegre. Em poucos meses, dispensou
os tradutores. E não era seu primeiro idioma
estrangeiro. Logo cedo, a proximidade com o
Uruguai o deixou afiado no espanhol. Depois,
aprendeu francês, latim e inglês. O caminho
da faculdade era claro: Letras. "Quanto mais
idiomas você sabe, mais fácil aprender
outros. Os 10 primeiros são os mais difíceis",
diz. Sim, 10. Aos 80 anos, Freire já estudou
135 línguas - de japonês a esperanto. É mais
do que o padre italiano Giuseppe Mezzofanti,
que ficou notório no século 18 por ouvir
confissões na língua nativa dos estrangeiros.
Especula-se que ele falava entre 61 e 72
idiomas e lia em 114.
27
Leia o texto abaixo.
Inventário da infância perdida
Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na
adolescência e cristalizado na idade madura.
Depois dos quarenta a existência humana, a
não ser para os asiáticos, que têm o segredo da
vida longeva e produtiva, assinala realmente
uma decadência interminável, até que ela se
torna insuportável: toda a razão da vida se
concentra em algumas coisas muito específicas, em seres, sobretudo, e daí o conflito que
se trava no interior de cada ser humano quando aquilo que ele quis ser para duas, três ou
quatro pessoas — pois é nisso que se concentra a nossa vida — deixou de ser o que realmente se quis ser ou parecer.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Mas uma grande parte de nossa vida é
desenhada muito cedo, quando se inicia o que
alguns românticos chamam de aventura
humana e que aos poucos vai-se transformando numa incansável continuidade de diminutas
frustrações e pequenos embates corporais com
a realidade, frustrações que depois se transformam em fontes de amargura.
(...)
28
O que é a infância, no fundo, senão um período de nossa vida tal como nós o olhamos,
depois de adultos: é a versão que se sobrepõe, poderosa, sobre a realidade, e essa
versão, por mais suscetível de ser destruída
pela análise fria, é a que prevalece e guia
nossos passos, por anos intermináveis.
Todo mergulho na infância é ao mesmo tempo doloroso e doce, como aqueles diminutos
pratos chineses que misturam gostos e
odores. Assim, eu, por exemplo, me lembro,
quando faço muita força, de trechos de minha
infância: não consigo lembrá-la toda, ou
largos períodos dela, talvez porque o que foi
doloroso nela tenha sido mais abundante e
mais avassalador do que o que foi doce.
ABRAMO, Cláudio. In: A regra do jogo. São Paulo.Cia das Letras, p.
41, 1989.
43. Em relação ao texto acima, marque a alternativa que representa um fato, e não uma
opinião.
a) “Todo mergulho na infância é ao mesmo
tempo doloroso e doce, como aqueles
diminutos pratos chineses que misturam
gostos e odores.”
b) “Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na adolescência e cristalizado na idade
madura.”
c) “...o que alguns românticos chamam de
aventura humana...”
d) “O que é a infância, no fundo, senão um
período de nossa vida tal como nós o
olhamos, depois de adultos:..”
(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:
As enchentes de minha infância
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com
uma tamareira junto à varanda, mas eu
invejava os que moravam do outro lado da
rua, onde as casas dão fundos para o rio.
Como a casa dos Martins, como a casa dos
Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de
nossa tia, casa com varanda fresquinha
dando para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente ia
toda manhã lá no quintal deles ver até onde
chegara a enchente. As águas barrentas
subiam primeiro até a altura da cerca dos
fundos, depois às bananeiras, vinham
subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais
de uma vez, no meio da noite, o volume do rio
cresceu tanto que a família defronte teve
medo.
Então vinham todos dormir em nossa casa.
Isso para nós era uma festa, aquela faina de
arrumar camas nas salas, aquela intimidade
improvisada e alegre. Parecia que as pessoas
ficavam todas contentes, riam muito; como
se fazia café e se tomava café tarde da noite! E
às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo
nosso porão, e me lembro que nós, os
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed.Rio de Janeiro: Editora
do Autor, 1962. p. 157.
44. A expressão que revela uma opinião sobre o
fato “... vinham todos dormir em nossa casa”,
é:
a)
b)
c)
d)
“Às vezes chegava alguém a cavalo...”
“E às vezes o rio atravessava a rua...”
“e se tomava café tarde da noite!”
“Isso para nós era uma festa...”
(Equipe PIP). Leia o texto abaixo.
CAPA
A inspiradora reportagem sobre as crises de
idade nos leva a muitas reflexões, mas acredito que a mais importante delas diz respeito
à estrutura de personalidade que cada um
desenvolve. É consenso, entre pessoas maduras e bem estruturadas emocionalmente,
que vivemos a vida de acordo com nossa
base psicológica. Por isso, é importante que,
da infância até o início da vida adulta, saibamos estruturar o arcabouço daquilo que seremos. Quem tem um bom alicerce, enfrentará seguramente qualquer tipo de problema.
Reinvente-se a cada idade. (José Elias)
Alex Neto, Foz do Iguaçu – PR
45. A palavra que marca a opinião do leitor em
relação à reportagem é:
a) Consenso.
b) Importante.
c) Inspiradora.
d) Seguramente.
(SPAECE). Leia o texto abaixo e responda.
População mundial a caminho do empate
[...] Muito em breve – provavelmente ainda
nos próximos anos –, a metade da humanidade terá apenas filhos suficientes para
repor o seu tamanho. Isto é, grande parte dos
casais terá entre dois e três filhos, no
máximo, o que permitirá apenas a reposição
e não o crescimento da população do mundo
daquele momento. Traduzindo em linguagem
demográfica, a taxa de fertilidade da metade
do mundo será de 2,1 ou menos. [...]
Segundo a ONU, 2,9 bilhões de pessoas, quase a metade do total mundial de 6,5 bilhões,
vivem em países com 2,1 ou menos de taxa
de fertilidade. Para o início da década de
2010, a população mundial está estimada em
7 bilhões e a quantidade de pessoas com esta
taxa de fertilidade será de 3,4 bilhões.
A queda da taxa de fertilidade, em nível de reposição, significa uma das mais radicais mudanças na história da humanidade. Isso tem
implicações na estrutura e na vida familiar, mudando o cotidiano das pessoas, mas também
em relação às políticas públicas em níveis
global e local, a serem implementadas pelos
diferentes países ou sugeridas por instituições
como a ONU.
FRANCESCONE, Léa; SANTOS, Regina Célia Bega dos. Carta na
escola. fevereiro de 2010. Fragmento.
46. A opinião dos autores desse texto se manifesta em:
a) “... a metade da humanidade terá apenas
filhos suficientes para repor o seu
tamanho.”.
b) “... grande parte dos casais terá entre dois e
três filhos, no máximo, o que permitirá
apenas a reposição...”.
c) “... quase a metade do total mundial de 6,5
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
meninos, torcíamos para ele subir mais e
mais. Sim, éramos a favor da enchente,
ficávamos tristes de manhãzinha quando,
mal saltando da cama, íamos correndo para
ver que o rio baixara um palmo – aquilo era
uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às
vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá,
para cima do Castelo, tinha caído chuva
muita, anunciava águas nas cabeceiras,
então dormíamos sonhando que a enchente
ia outra vez crescer, queríamos sempre que
aquela fosse a maior de todas as enchentes.
29
bilhões, vivem em países com 2,1 ou menos
de taxa de fertilidade.”.
d) “A queda da taxa de fertilidade, em nível de
reposição, significa uma das mais radicais
mudanças na história da humanidade.”.
b) a adolescência é uma fase que vai até 23 anos.
c) os adolescentes têm muitas responsabilidades.
d) os adultos devem ensinar a criança a se calçar sozinha.
Leia o texto abaixo e responda.
(SAERJ). Leia o texto abaixo.
Educação de hoje adia o fim da adolescência
Há pouco tempo recebi uma mensagem que
me provocou uma boa reflexão. O interessante é que não foi o conteúdo dela que fisgou
minha atenção, e sim sua primeira linha, em
que os remetentes se identificavam. Para ser
clara, vou reproduzi-la: “Somos dois adolescentes, com 21 e 23 anos...”.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Minha primeira reação foi sorrir: agora, os jovens acreditam que a adolescência se estende até, pelo menos, aos 23 anos?! Mas, em
seguida, eu me dei conta do mais importante
dessa história: que a criança pode ser criança
quando é tratada como tal, e o mesmo acontece com o adolescente. Os dois jovens adultos se veem como adolescentes, porque, de
alguma maneira, contribuímos para tanto.
30
A adolescência tinha época certa para começar até um tempo atrás, ou seja, com a puberdade, época das grandes mudanças físicas. E
terminar também: era quando o adolescente,
finalmente, assumia total responsabilidade
sobre sua vida e tornava-se adulto. Agora, as
crianças já começam a se comportar e a se
sentir como adolescentes muito tempo antes
da puberdade se manifestar e, pelo jeito,
continuam se comportando e vivendo assim
por muito mais tempo. Qual é a parcela de
responsabilidade dos adultos e educadores?
Fonte: Disponível em: http://www.santanna.g12.br /professores/
ana_paula_port/atividade_reforco_lp_9anos.pdf. Acesso em: 30
mai 2012. Adaptado.
47. A opinião da autora em relação ao fato de
que a educação de hoje adia o fim da adolescência é que
a) os adultos contribuem para que isso aconteça.
Secretário de Turismo diz que eleição do Cristo
irá impulsionar setor
O secretário especial de Turismo do Rio,
Rubem Medina, afirmou neste sábado que a
escolha do Cristo Redentor como uma das sete
novas maravilhas do mundo irá trazer incentivos ao setor. Para ele, a conquista trará “um
fluxo ainda maior de turistas” e representa a
geração de “mais empregos no futuro”.
“O que orgulha é que é algo que envolveu o
mundo inteiro, que teve uma divulgação mundial. Eu acho que essa é uma vitória do Rio e
de todo o povo brasileiro.”
Medina soube do resultado da eleição quando participava do Live Earth, em Copacabana
(zona sul do Rio). Ele minimizou as críticas
que colocaram em dúvida a legitimidade da
eleição das sete novas maravilhas.
“Eu não ligo. Questionaram isso aqui também
[o Live Earth] e olha só o sucesso que está sendo. Nenhum país do mundo tem isso aqui”.
www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u310224.shtml.
48. A frase que expressa uma opinião é
a) “...escolha do Cristo Redentor como uma
das sete novas maravilhas do mundo...”.
b) “a conquista trará “um fluxo ainda maior de
turistas...” .
c) “...soube do resultado da eleição quando
participava do Live Earth...”.
d) “Ele minimizou as críticas que colocaram em
dúvida a legitimidade da eleição...”.
“O Brasil é isso mesmo que está aí"
Roberto Pompeu de Toledo
Os distraídos talvez ainda não tenham percebido, mas o Brasil acabou. Sinais disso foram
se acumulando, nos últimos meses: a falência do Congresso e de outras instituições, a
inoperância do governo, a crise aérea, o geral
desarranjo da infra-estrutura. A esses fatores, evidenciados por acontecimentos recentes, somam-se outros, crônicos, como a
escola que não ensina, os hospitais que não
curam, a polícia que não policia, a Justiça que
não faz justiça, a violência, a corrupção, a
miséria, as desigualdades. Se alguma dúvida
restasse, ela se desfaz no parecer autorizado
como poucos de um Fernando Henrique Cardoso, cujas credenciais somam oito anos de
exercício da Presidência da República a mais
de meio século de estudo do Brasil. "Que
ninguém se engane: o Brasil é isso mesmo
que está aí", declara ele, numa reportagem de
João Moreira Salles na revista Piauí.
Ora, direis, como afirmar que o Brasil acabou?
Certo perdeste o senso, pois, se estamos todos
ainda morando, comendo, dormindo, pagando
as contas, indo às compras, nos divertindo,
sofrendo, amando e nos exasperando num
lugar chamado Brasil, é porque ele ainda
existe. Eu vos direi, no entanto, que, quando
acaba a esperança, junto com ela acaba a coisa
à qual a esperança se destinava. É à esperança
no Brasil que o sociólogo-presidente se refere.
Para ele, o Brasil jamais conhecerá um crescimento como o da China ou o da Índia. "Continuaremos nessa falta de entusiasmo, nesse
desânimo", diz. O prognóstico é tão mais
terrível quanto coincide com – e reforça – o
sentimento que ultimamente tomou conta
mesmo de quem não é sociólogo nem nunca
conheceu por experiência própria os mecanismos de governo e de poder.
O Brasil que "é isso mesmo" é o das adoles-
centes grávidas e dos adolescentes a serviço
do tráfico, das mães que tocam lares sem
marido, das religiões que tomam dinheiro
dos fiéis, dos recordes mundiais de assassinatos e de mortos em acidentes automobilísticos, dos presos que comandam de suas
células o crime organizado, dos trabalhadores que gastam três horas para ir e três
horas para voltar do trabalho, das cidades
sujas, das ruas esburacadas.
(...)
FHC não era tão descrente. No parágrafo final
do livro A Arte da Política, em que rememora
os anos de Presidência, escreveu: "Se houve
no passado recente quem empunhasse a
bandeira das reformas, da democracia e do
progresso, não faltará quem possa olhar para
a frente e levar adiante as transformações
necessárias para restabelecer a confiança em
nós mesmos e no futuro desse grande país".
Na reportagem da revista Piauí, ele não poupa
nem seu próprio governo: "No meu governo,
universalizamos o acesso à escola, mas pra
quê? O que se ensina ali é um desastre".
Pálidos de espanto, como no soneto de Bilac,
assistimos à desintegração da esperança na
pátria, o que equivale a dizer que é a pátria
mesma que se desintegra aos nossos olhos.
49. Em relação à falta de perspectiva para o país
retratada no texto, há uma opinião em:
a) “Sinais disso foram se acumulando, nos
últimos meses: a falência do Congresso e de
outras instituições, a inoperância do governo, a crise aérea, o geral desarranjo da infraestrutura.”
b) “Ora, direis, como afirmar que o Brasil acabou? Certo perdeste o senso, pois, se estamos
todos ainda morando, comendo, dormindo,
pagando as contas, indo às compras, nos divertindo, sofrendo, amando e nos exasperando num
lugar chamado Brasil, é porque ele ainda existe.”
c) "Se houve no passado recente quem empunhasse a bandeira das reformas, da democracia e do progresso, não faltará quem possa
olhar para a frente e levar adiante as transfor-
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Leia o texto abaixo.
31
mações necessárias para restabelecer a confiança em nós mesmos e no futuro desse grande país".
d) "Continuaremos nessa falta de entusiasmo,
nesse desânimo".
Leia o texto para responder a questão abaixo:
Mulher é atropelada e põe a culpa no Google
Maps
Nos Estados Unidos, quase tudo pode render
uma ação judicial. O processo movido pela
americana Lauren Rosenberg, vítima de um
atropelamento em uma rodovia no Estado de
Utah, seria mais um caso de reparação por
danos, mas ela quer receber US$ 100 mil
(cerca de R$ 183,5 mil) não só do motorista
que a atingiu, Patrick Harwood, mas também
da empresa Google.
Segundo o jornal inglês The Guardian, Lauren
tentou atravessar uma estrada estadual sem
passeio para pedestres, à noite, e foi atingida
por um carro, em 19 de janeiro de 2009.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Ela alega ter seguido as indicações do site
Google Maps.
32
O advogado Allen Young entrou com a ação
judicial na semana passada. Ele argumenta
que o site foi "descuidado e negligente" ao
indicar a travessia de uma via expressa. "As
pessoas confiam nas instruções (dadas pelo
Google Maps). Ela acreditou que era seguro
atravessar a pista."
Ao indicar uma rota, o serviço do Google dá
um alerta: "Essa rota pode não ter calçadas ou
passeio para pedestres". Procurada pelo
Guardian, a empresa não quis comentar o
caso, que ainda vai dar o que falar.
http://www.diariopopular.com.br
50. O trecho do texto que expressa uma opinião é
a) “Nos Estados Unidos, quase tudo pode render uma ação judicial.”
b) "Essa rota pode não ter calçadas ou passeio
para pedestres".
c) “Ele argumenta que o site foi "descuidado e
negligente" [...]”
d) “Procurada pelo Guardian, a empresa não
quis comentar o caso”
TÓPICO II
IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO
E/OU ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO
Este tópico requer dos alunos duas competências básicas, a saber: a interpretação de textos
que conjugam duas linguagens – a verbal e a
não-verbal – e o reconhecimento da finalidade
do texto por meio da identificação dos diferentes gêneros textuais.
Leia o texto abaixo
Para o desenvolvimento dessas competências,
tanto o texto escrito quanto as imagens que o
acompanham são importantes, na medida em
que propiciam ao leitor relacionar informações
e se engajar em diferentes atividades de
construção de significados.
Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer a utilização de
elementos gráficos (não-verbais) como apoio
na construção do sentido e de interpretar textos
que utilizam linguagem verbal e não-verbal
(textos multissemióticos).
Essa habilidade pode ser avaliada por meio de
textos compostos por gráficos, desenhos,
fotos, tirinhas, charges. Por exemplo, é dado
um texto não-verbal e pede-se ao aluno que
identifique os sentimentos dos personagens
expressos pelo apoio da imagem, ou dá-se um
texto ilustrado e solicita-se o reconhecimento
da relação entre a ilustração e o texto.
51. Pode-se afirmar coerentemente sobre o
cartum acima:
a) que ele é uma tentativa de alertar os que
sofrem de problemas de coração.
b) que ele adverte dos riscos para aqueles que
praticam corrida sem a devida preparação.
c) que ele contrasta o ser, representado pelo
coração, e o ter simbolizado pela mala.
d) que na pressa da personagem está o aspecto
mais importante para a compreensão dele.
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
D5 – Interpretar texto com auxílio de material
gráfico diverso (propagandas, quadrinhos,
foto etc.)
33
Leia o texto:
52. Da última fala da tira, é possível constatar
que
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
a)
b)
c)
d)
34
a esperança precisa ser alimentada.
o quadro da política não é alterado.
os babacas se transformarão em heróis.
as coisas podem ficar ainda piores.
53. A leitura do texto permite dizer que
a) que a beleza física não é algo a que seja
valorizado.
b) o coletivismo é mais forte do que o individualismo.
c) que e a emancipação não é importante para
a mulher.
d) que a maternidade torna-se um obstáculo à
emancipação.
Leia o texto:
54. A última frase da fala do parlamentar em
relação às anteriores expõe uma
a) indignação
b) contradição
c) insatisfação
d) manifestação
Leia o texto abaixo:
a) muitas nuvens durante o dia. Períodos de
nublado, com chuva a qualquer hora.
b) algumas nuvens ao longo do dia. À noite
ocorrem pancadas de chuva.
c) muitas nuvens. À noite não chove.
d) pancadas de chuva ao longo do dia. À noite,
tempo aberto sem nuvens.
Fonte: ww.blogangel.com.br/.../2009/10/climatempo.jpg
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
55. Ao observar o quadro da previsão do tempo
para o final de semana, pode-se afirmar que no
sábado haverá sol com:
35
Leia o texto abaixo
56. A fala do homem do carro revela principalmente
a)
b)
c)
d)
que ele é hipócrita.
que ele é indiferente.
que ele é elitista.
que ele é raivoso.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Leia o texto:
36
57. O que o autor está criticando nesse texto?
a) A vaidade exagerada da mulher.
b) A preocupação demasiada com a reação da
mulher.
c) O comportamento superficial das pessoas.
d) A indiferença à catástrofe que irá acontecer.
Leia o texto:
58. A pergunta “Alguém aqui fala o idioma
deles?” revela:
a) uma forte preocupação dos políticos em
serem entendidos pelo povo.
b) a consciência de que há diferenças entre a
língua do povo e a dos políticos.
c) um distanciamento entre a rotina dos
políticos e o quadro do restante da
população.
d) a diversidade linguística que marca os
diferentes grupos sociais do país.
59. Na figura acima, a relação entre o slogan
“Tem um gatinho solto nas ruas” e a imagem
ocorre de forma:
a)
b)
c)
d)
irônica
incoerente
redundante
afetiva
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Leia o texto para responder a questão abaixo:
37
(Projeto con(seguir)-DC). Leia o texto abaixo.
60. Após a observação da charge ao lado, é possível afirmar que
a)
b)
c)
d)
há uma exaltação ao atual futebol brasileiro.
existe uma crítica ao atual futebol brasileiro.
o futebol brasileiro está em um bom momento.
o futebol brasileiro é um celeiro de craques.
(Fonte:http://entretenimento.uol.com.br/album/cartumnacopa_ccbb2
010_album.htm)
Leia o texto abaixo
61. Considerando o papel dos elementos gráficos destacados nos balões, é correto dizer que
a) o sinal de interrogação aponta para um questionamento que a personagem faz ao leitor.
b) o ponto na última parte do cartum independe do desenho nela contido para fazer sentido
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
c) o sinal + e o gráfico ressaltam que o personagem assumiu uma atitude de acumulação
de bens.
38
d) A exclamação presente na segunda parte
do cartum indica uma postura moderada do
personagem.
A habilidade que pode ser avaliada por este descritor refere-se ao reconhecimento, por parte
do aluno, do gênero ao qual se refere o textobase, identificando, dessa forma, qual o objetivo do texto: informar, convencer, advertir,
instruir, explicar, comentar, divertir, solicitar,
recomendar, etc.
Essa habilidade é avaliada por meio da leitura
de textos integrais ou de fragmentos de textos
de diferentes gêneros, como notícias, fábulas,
avisos, anúncios, cartas, convites, instruções,
propagandas, entre outros, solicitando ao aluno a identificação explícita de sua finalidade.
Leia o texto abaixo.
Quarteto Maogani interpreta Ernesto
Nazareth
Um dos grupos instrumentais mais conceituados no cenário musical da atualidade, o
Quarteto Maogani está lançando seu quinto
disco, “Pairando”, um tributo à obra do compositor Ernesto Nazareth (Biscoito Fino).
Formado em 1995 no Rio de Janeiro, o quarteto de violonistas é formado por músicos e
arranjadores de formação erudita, com trânsito livre na música popular, incluindo colaborações com Guinga, Leila Pinheiro, Zé Nogueira, Jane Duboc, Celia Vaz Hamilton de Holanda,
Monica Salmaso, Renato Braz, Joyce, Wagner
Tiso, Nailor Proveta e Olivia Hime.
O novo álbum traz à tona composições pouco
conhecidas nos dias de hoje: “A música do
Nazareth sempre foi uma das nossas grandes
paixões. É incrível a capacidade que ele tinha
de conjugar uma escrita extremamente sofisticada a uma verve arrebatadora”, comenta
Paulo Aragão, um as do violão de 8 cordas.
“Este encontro, que tanto confunde rótulos é,
para nós, um verdadeiro leme e exprime tudo
aquilo o que buscamos: uma sonoridade ao
mesmo tempo camerística e balançada, clássica e popular, moderna sem perder de vista a
tradição”, completa Aragão.
Para chegar aos 12 temas gravados, o quarteto mergulhou em verdadeiras obras-primas
pouco gravadas e tocadas ao longo dos anos,
já quase esquecidas. “Ajudar a trazer à tona
este patrimônio da música brasileira foi uma
das nossas motivações ao encarar o desafio
de gravar, pela primeira vez em nossa trajetória, um disco totalmente dedicado à obra de
um único compositor”, pontua Paulo Aragão,
que integra o Maogani ao lado de Carlos Chaves (violão requinto); Sergio Valdeos (violão
de sete cordas) e Marcos Alves (violão de seis
cordas).
Sobre navegar na fronteira entre o clássico e
o erudito, Ernesto Nazareth, tal como o próprio Maogani, é um símbolo dessa aproximação, segundo Aragão: “Sua música alia
uma escrita pianística impecável, uma realização instrumental extremamente criativa à
complexidade rítmica da música popular.
Nós fazemos uma música que poderia ser
definida como "popular de câmera", uma música de câmara feita com vários elementos
muito caros à tradição popular, especialmente no que diz respeito ao ritmo”, finaliza Paulo.
Assessoria de Imprensa Biscoito Fino – Coringa Comunicação 21
2259-6042
Belinha Almendra – [email protected]
Marcus Veras – [email protected]
62. O objetivo principal do texto é
a) discutir a sofisticação da obra do compositor Ernesto Nazareth
b) apresentar alguns músicos com os quais o
Maogani já tocou.
c) explicar como foram escolhidas as doze músicas que estão no CD.
d) divulgar o lançamento de um CD com músicas de Ernesto Nazareth.
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros
39
Leia o texto abaixo.
A manifestação da vaidade na adolescência
e juventude
Redação A12, 22 de Janeiro de 2014 às
04h29. Atualizada em 01 de Fevereiro de
2014 às 11h30.
A juventude e a adolescência são fases marcadas pela insegurança, que promovem dúvidas
relacionadas à personalidade e aos valores. E é
natural que muitos jovens cuidem de si em
função da beleza e da identidade. Porém, um
comportamento natural nem sempre é saudável: a necessidade de se obter atenção através
da valorização estética gera vaidade, que pode
tanto impulsionar alguém, quanto ser prejudicial.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
É bastante comum deixar que a vaidade tome
conta do comportamento. Às vezes, perde-se
muito tempo com a aparência, dando uma
importância exagerada às roupas e às marcas.
Outras, a saúde é prejudicada em virtude excesso de cuidado com o corpo e com o peso. Essas
situações interferem no humor e no bem-estar
pessoal e espiritual – em certos casos, a
vaidade conflita diretamente com a humildade
e contribui para o desenvolvimento de uma personalidade egoísta na busca incessante pelo
destaque e pela perfeição estética.
40
O que é vaidade – De acordo com o dicionário
Michaelis, vaidade é desejo imoderado e infundado de merecer a admiração dos outros.
Ou seja, ser vaidoso é um ato de insegurança
e uma forma de buscar afirmação pessoal e
reconhecimento.
O psicólogo Marcos Urioste, 29, conta que
para a psicologia, existe a necessidade da
articulação de todos os aspectos da personalidade. Paradoxalmente, a falta é inerente
ao ser humano, o que leva à vaidade, ou seja,
à busca exagerada para o preenchimento
simbólico deste vazio.
Ele alega também que, culturalmente, as me-
ninas são mais estimuladas a cultivar a beleza
que os meninos, mas que este quadro de
preocupação estética vem mudando, sendo
cada vez mais vivenciado pelo sexo masculino. “As diferenças entre os sexos são vistas
a partir de cada contexto, considerando que a
busca pelo preenchimento do vazio é subjetiva” diz.
Muitas vezes há o exagero na beleza, mas,
mesmo quando se alcança esse ideal, não
existe satisfação. Neste contexto, a vaidade
prejudica o desenvolvimento humano e pode
se tornar uma obsessão, gerando inclusive
casos patológicos, como a dismorfofobia
(visão distorcida sobre si mesmo, que causa
preocupação excessiva com a aparência).
O psicólogo explica que existe muita naturalidade nos comportamentos pautados pela
vaidade, mas que os jovens precisam ser
observados e educados: “A adolescência e a
juventude são consideradas um “entre
lugar”, espaço de afirmações, grandes mudanças, desenvolvimento, e experimentações. Existe uma necessidade natural de
ser visto, de afirma-se nos grupos nesta fase,
o que não pode ser confundido com o excesso da vaidade. Contudo, a juventude necessita de acompanhamento, referências e escuta,
para então ampliar sua criticidade sobre a
crescente ditadura da beleza, que oprime a
liberdade e a alegria típicas do jovem”.
Questionado sobre quais atitudes devemos
tomar para nos libertarmos do excesso de
vaidade, Marcos responde que, para se obter
a liberdade, é necessário refletir sobre si mesmo, considerando as faltas, o vazio e a incompletude do ser humano. Já os casos
extremos pedem intervenções profissionais,
com psicólogos ou psiquiatras.
(http://www.a12.com/jovens-de-maria/noticias/detalhes/amanifestacao-da-vaidade-na-adolescencia-e-juventude)
63. O objetivo principal do texto é
a) discutir qual seria o conceito apropriado para a vaidade.
b) mostrar as causas e as consequências da
vaidade na juventude.
c) mostrar a vaidade como um traço de comportamento natural.
d) confrontar as diferenças entre a vaidade de
ambos os sexos.
Leia o texto abaixo.
sal para cumprir as metas estabelecidas, mas
reconheceu que o governo terá que fazer um
grande esforço. “Como temos dez anos, precisamos fazer uma grande discussão, verificar exatamente as fontes que nós temos e
ver no que é preciso avançar. É óbvio que a
União terá que fazer um grande esforço, mas
sabemos também que os estados e municípios terão que fazer também um grande esforço, um esforço conjunto tanto no cumprimento das metas como no financiamento",
disse hoje (26) em entrevista coletiva sobre a
sanção do PNE.
POLÍTICA
Detalhes Publicado em Quinta, 26 Junho 2014 17:36
Entre as metas estão 10% do PIB, mas só
para daqui 10 anos
Por Yara Aquino
Agência Brasil
A presidente Dilma Rousseff sancionou na
quarta-feira (25), sem vetos, o Plano Nacional de Educação (PNE). O plano tramitou por
quase quatro anos no Congresso até a aprovação e estabelece 20 metas para serem
cumpridas ao longo dos próximos dez anos.
As metas vão desde a educação infantil até o
ensino superior, passam pela gestão e pelo
financiamento do setor e pela formação dos
profissionais. O texto sancionado pela presidenta será publicado em edição extra do Diário Oficial da União de hoje (26).
Um ponto que desagradou o governo durante
as discussões no Congresso e que foi mantido no texto foi a obrigatoriedade de a União
complementar recursos de estados e municípios, se estes não investirem o suficiente
para cumprir padrões de qualidade determinados no Custo Aluno Qualidade (CAQ).
Sobre o CAQ, o ministro ponderou que primeiro será preciso fazer um grande debate
com a participação de governo, estados,
municípios e entidades da área de educação
para definir como calcular o índice.
Entidades que atuam no setor educacional
reivindicavam o veto de dois trechos do PNE.
Em carta à presidenta Dilma Rousseff, pediram que fosse excluída a bonificação às escolas que melhorarem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e a destinação de parte dos 10% do Produto Interno
Bruto (PIB) para programas desenvolvidos
em parceria com instituições privadas.
O PNE estabelece meta mínima de investimento em educação de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) no quinto ano de vigência e de
10% no décimo ano. Atualmente, são investidos 6,4% do PIB, segundo o Ministério da
Educação.
Com a possibilidade de destinação dos recursos também para parcerias com instituições
privadas, entram na conta programas como o
Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o
Programa Universidade para Todos (ProUni).
O texto originalmente aprovado pela Câmara
previa que a parcela do PIB fosse destinada
apenas para a educação pública.
O ministro da pasta, Henrique Paim, disse
que está contando com os recursos dos royalties do petróleo e do Fundo Social do pré-
O ministro defendeu esse ponto e disse que,
se não houver parceria com instituições pri-
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
DILMA SANCIONA PLANO NACIONAL DE
EDUCAÇÃO SEM VETOS
41
vadas, será difícil avançar. Paim acrescentou
que é também uma forma de garantir gratuidade a todos. “São recursos públicos investidos e devemos ter garantia de acesso a
todos. Se forneço ProUni, Fies e Ciência sem
Fronteiras - ações que tem subsídio ou gratuidade envolvidos - então, estamos gerando
oportunidades educacionais”, disse.
Além do financiamento, o plano assegura a
formação, remuneração e carreira dos professores, consideradas questões centrais
para o cumprimento das demais metas. Pelo
texto, até o sexto ano de vigência, os salários
dos professores da educação básica deverá
ser equiparado ao rendimento médio dos
demais profissionais com escolaridade equivalente. Além disso, em dez anos, 50% desses professores deverão ter pós-graduação.
Todos deverão ter acesso à formação continuada.
O texto ainda institui avaliações a cada dois
anos para acompanhamento da implementação das metas dos PNE. O ministro Paim,
disse que o MEC vai anunciar, em breve, um
sistema para acompanhamento do plano e
também de medidas para dar suporte aos estados e municípios na construção dos planos
de educação.
d'água – de saliva –, antecipando-se à comida
que já vai entrar na boca e precisar ser
digerida. De fato, a digestão começa na boca,
onde os alimentos são picados, triturados e
esmagados, tudo isso antes de serem
conduzidos ao estômago. E pasme: se a boca
não se enchesse de saliva, não seria possível
nem engolir o alimento, nem saber o que
você tem sobre a língua!
Todo mundo produz uma pequena
quantidade de saliva o tempo todo, mas a
produção aumenta quase dez vezes quando
uma pessoa vê, cheira ou pensa em comida.
A saliva que enche a boca nessas horas é
essencial por várias razões. Primeiro,
somente quando dissolvidos na saliva é que
pedaços microscópicos desprendidos dos
alimentos chegam até as papilas gustativas,
que sinalizam ao cérebro o tipo de comida
que você tem na boca: água, sal, ácido, doce,
proteína, ou algo amargo e, portanto,
potencialmente nocivo, nada bom de ser
engolido. Assim, além de reconhecer o
alimento pelo gosto, o seu cérebro já vai
preparando o corpo para a digestão.
Segundo, a saliva contém enzimas que
começam a partir em pedaços menores os
carboidratos, grandes moléculas de açúcar
como o amido do pão.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
64. O objetivo principal do texto é
42
a) informar que o Plano Nacional de Educação
tramitou por quatro anos no Congresso.
b) mostrar que o Plano Nacional de Educação
estabelece 20 metas a serem cumpridas.
c) comunicar que o texto sancionado pela presidenta será publicado em edição extra do
Diário Oficial da União.
d) informar que o Plano Nacional de Educação
foi sancionado pela presidenta do Brasil
Por que sentimos água na boca?
“Chiquinha, o almoço está pronto! Fiz a
batata frita que você pediu!”
Só de ouvir essas palavras, sua boca se enche
Além disso, é a saliva que umedece e dá liga
aos alimentos triturados e permite que eles
sejam transformados em um grande “bolo”
compacto e lubrificado, que pode ser
engolido sem risco de engasgos. Se você não
acredita que comida seca não desce sem
saliva, experimente o famoso Teste da
Bolacha: comer três biscoitos em menos de
um minuto, sem apelar para um copo d'água.
É simplesmente impossível! A razão é que,
mesmo trabalhando dez vezes mais rápido,
as glândulas parótidas e salivares não
conseguem produzir saliva com a rapidez
necessária para que os pedaços de biscoito
passem em menos de um minuto de paçoca a
uma massa umedecida que possa deslizar até
o seu estômago.
Suzana Herculano-Houzel Departamento de Anatomia, Universidade
Federal do Rio de Janeiro. Revista CHC | Edição 199.
65. A finalidade do texto lido é:
a) Expor um saber científico à sociedade em geral.
b) Narrar uma aventura sobre o corpo humano e
suas habilidades.
c) Argumentar sobre temas polêmicos da
atualidade.
d) Relatar fatos situados no tempo e no espaço.
Leia o texto abaixo.
Maringá, 24 de outubro de 2012.
Caro editor da revista "Meus filhos",
Ao ler o texto "Meu tênis é mais caro que o
seu" de Rosely Sayão, acredito realmente que
hoje estamos vivendo em um mundo
completamente consumista, onde o ter é
mais importante do que o ser.
Após prestar bastante atenção em meu filho,
tive que concordar com a autora em alguns
pontos e venho dizer que realmente as crianças
são julgadas pelo que usam e aquelas que não
possuem o que está "na moda" são bem
humilhadas. Tudo isso é culpa da mídia que
lança um produto que é apresentado como o
melhor e que se o adolescente não tem é
julgado como ninguém.
Por isso, na minha opinião, com a finalidade
desse fato parar de acontecer, o primeiro
passo tem que ser nosso, os pais, ao ensinar
aos filhos que o caráter é mais importante do
aquilo que você veste.
Obrigado pela atenção.
Marcinéia Santos – Curitiba
66. A finalidade do texto acima é:
a) Narrar fatos do cotidiano, envolvendo personagens, tempo, espaço e narrador.
b) Relatar fatos ocorridos no dia, com data e
local determinados.
c) Explicar a opinião da autora com argumentos consistentes e verdadeiros.
d) Expor uma informação sobre determinado
assunto.
Leia o texto abaixo.
Reduit é leite puro e saboroso.
Reduit é saudável, pois nele quase toda gordura é retirada, permanecendo todas as outras
qualidades nutricionais. Reduit é bom para
jovens, adultos e dietas de baixas calorias.
(Texto em uma embalagem de leite em pó)
67. A finalidade do texto é:
a) Explicar as características do produto leite
Reduit.
b) Convencer o interlocutor a consumir o leite
Reduit.
c) Informar o interlocutor das qualidades nutricionais do leite Reduit.
d) Criticar o consumo do leite Reduit.
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
A boa notícia é que a produção de saliva é
automática, comandada pelo sistema
nervoso autônomo sempre que o cérebro
detecta a presença de comida na boca. O
interessante é que, por associação, também
funciona pensar em comida, sentir o cheiro
bom do almoço no fogo e até ouvir que ficou
pronto aquele prato de que você gosta. O
caso mais famoso de água na boca por
associação, claro, é o já lendário cão do
fisiologista russo Ivan Pavlov. De tanto ouvir
um sino tocar antes de receber sua comida
todos os dias, o animal passou a salivar em
resposta ao tocar do sino, mesmo que o prato
demorasse a chegar. E eu, de tanto escrever
sobre comida, já fiquei com água na boca...
43
Leia o texto para responder a questão a seguir:
Inventário da infância perdida
Um homem é feito na infância, aperfeiçoado
na adolescência e cristalizado na idade madura. Depois dos quarenta a existência humana, a não ser para os asiáticos, que têm o
segredo da vida longeva e produtiva, assinala
realmente uma decadência interminável, até
que ela se torna insuportável: toda a razão da
vida se concentra em algumas coisas muito
específicas, em seres, sobretudo, e daí o conflito que se trava no interior de cada ser humano quando aquilo que ele quis ser para
duas, três ou quatro pessoas — pois é nisso
que se concentra a nossa vida — deixou de
ser o que realmente se quis ser ou parecer.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Mas uma grande parte de nossa vida é desenhada muito cedo, quando se inicia o que
alguns românticos chamam de aventura humana e que aos poucos vai-se transformando
numa incansável continuidade de diminutas
frustrações e pequenos embates corporais
com a realidade, frustrações que depois se
transformam em fontes de amargura.
(...)
44
O que é a infância, no fundo, senão um período de nossa vida tal como nós o olhamos,
depois de adultos: é a versão que se sobrepõe, poderosa, sobre a realidade, e essa versão, por mais suscetível de ser destruída pela
análise fria, é a que prevalece e guia nossos
passos, por anos intermináveis.
Todo mergulho na infância é ao mesmo tempo doloroso e doce, como aqueles diminutos
pratos chineses que misturam gostos e
odores. Assim, eu, por exemplo, me lembro,
quando faço muita força, de trechos de minha
infância: não consigo lembrá-la toda, ou
largos períodos dela, talvez porque o que foi
doloroso nela tenha sido mais abundante e
mais avassalador do que o que foi doce.
ABRAMO, Cláudio. In: A regra do jogo. São Paulo.Cia das Letras, p.
41, 1989.
68. O texto lido tem a finalidade de:
a) defender a ideia de que a infância é, sobretudo, uma invenção dos que a recordam.
b) comparar as condições da infância dos
asiáticos com a dos demais povos.
c) ensinar como as pessoas devem relembrar a
infância, de modo a evitar frustrações.
d) propor uma dieta equilibrada para os que recordam a infância, baseando-a nos sabores
doces e amargos.
Leia o texto a seguir, encontrado na embalagem
de uma determinada marca comercial de aveia.
Você sabia?
A aveia é um cereal puro, natural e pouco processado, ou seja, vai do campo até a sua casa
passando por poucas etapas de processamento que garantem a qualidade e integridade do grão. Além disso, a aveia é considerada
um dos grãos mais completos da natureza,
pois é rica em fibras e proteínas, além de ser
uma importante fonte de vitaminas e carboidratos. Seu consumo ajuda na redução do
colesterol e no funcionamento intestinal.
Comer aveia faz você se sentir bem e seu
organismo funcionar melhor!
Fonte: PEPSICO DO BRASIL. Porto Alegre: Pepsico do Brasil, 2009
69. Após a leitura desse texto, pode-se constatar que sua finalidade é
a) responder a uma pergunta feita pelos consumidores de aveia.
b) apresentar as características da produção
comercial de aveia.
c) destacar a qualidade do produto e seus benefícios para a saúde.
d) informar sobre os riscos de consumir o produto em excesso.
Leia o texto para responder a questão a seguir:
O rolé do rolezinho
O "rolé" se transformou em "rolezinho" em evolução tão rápida quanto o giro incontrolável
das redes sociais
que figura o sufixo “-mente” ou sufixos
iniciados por [z]. Assim: “pàzinha”,
“cafèzinho”, “sòmente”, etc.
A palavra original, oxítona, tem acento: pá,
café, só. Isso agora pouco importa. O que interessa é que, no significado e na etimologia,
“rolé” se aproxima de “rolê”.
Por Josué Machado
Enfim, o “rolezinho” é uma torrente repentina
no curso até então sereno de algum lugar
ocupado por outras classes sociais. É diminutivo de “rolé”, assim, com acento agudo,
como registram os dicionários. “Rolé” é
parônima de “rolê”. Convém lembrar que
palavras parônimas pouco diferem uma da
outra na grafia ou na pronúncia.
Outra parônima de “rolé” e “rolê”, ambas oxítonas (acento tônico na última sílaba), é
“role”, paroxítona (tônica na penúltima
sílaba), forma do verbo “rolar” (“rodar”,
“fazer girar”; e também “arrulhar”). “Rolar de
rir” significa rir tanto a ponto de dobrar o
corpo como um rolo.
“Rolé” significa pequeno passeio, volta. É
substantivo usado só na locução “Dar um
rolé”, isto é, dar um passeio, uma volta, um
giro por aí. Pronuncia-se com [é] aberto.
Antes de 1971, seria escrito “rolèzinho”, com
o acento grave suprimido na reforma daquele
ano. O acento nada importante eliminava
raras dúvidas de pronúncia porque marcava a
vogal subtônica dos vocábulos derivados em
Rolê e rolé, portanto, são aparentados porque representam coisas ou movimentos
giratórios. Como “rolar”, aliás. De modo que
“rolé” talvez tenha a mesma origem francesa
de “rolê”, como indica o Houaiss: roulê é
particípio passado de rouler, antes roueller,
isto é, “enrolar”, de rouelle, depois ruele
(rodela), do latim tardio rotella, diminutivo de
rota, nossa roda universal. Inclusive a roda algo descontrolada em que gira o desvairado
rolezinho.
70. O texto acima tem por finalidade:
a) condenar as ações dos participantes dos
rolezinhos.
b) analisar a origem e o significado do termo rolezinho.
c) promover encontros entre diferentes classes pela internet.
d) explicar detalhadamente o que é uma palavra parônima.
Os textos abaixo referem-se à integração do
índio à chamada civilização brasileira.
I - “Mais uma vez, nós, os povos indígenas,
somos vítimas de um pensamento que
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Enquanto se discute se os participantes dos
rolezinhos são rebeldes com ou sem causa,
pode-se discutir o significado e a origem da
palavra que nomeia o fenômeno. Só não há
dúvida de que a internet, ao alcance de todas
as classes sociais, é o instrumento para promover os encontros. Parece também inevitável que, num encontro temperado por correrias, haja um ou outro descontrole, coisa que
independe do nível socioeconômico da
moçada.
Rolê é o “movimento que o capoeirista executa agachado, de costas para o adversário,
com o apoio das mãos e dos pés, para deslocar-se pelo chão”, como define o Aulete
Digital. E “rolê de mergulho” é o executado
com o corpo rente ao chão, lembra o Aurélio.
Há a segunda acepção de rolê, usada em “bife
rolê”, isto é, enrolado. Outra é a “gola rolê”,
da blusa ou camisa em que o tecido envolve o
pescoço.
45
separa e que tenta nos eliminar cultural,
social e até fisicamente. A justificativa é a de
que somos apenas 250 mil pessoas e o Brasil
não pode suportar esse ônus. (...) É preciso
congelar essas ideias colonizadoras, porque
elas são irreais e hipócritas e também genocidas. (...) Nós, índios, queremos falar, mas
queremos ser escutados na nossa língua, nos
nossos costumes.”
Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal Articulador dos
Direitos Indígenas na ONU e fundador das Nações Indígenas, Folha
de S. Paulo, 31 de agosto de 1994.
II - “O Brasil não terá índios no final do século
XXI (...) E por que isso? Pela razão muito
simples que consiste no fato de o índio brasileiro não ser distinto das demais comunidades primitivas que existiram no mundo. A história não é outra coisa senão um processo
civilizatório, que conduz o homem, por conta
própria ou por difusão da cultura, a passar do
paleolítico ao neolítico e do neolítico a um
estágio civilizatório.”
Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de setembro
de 1994.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
71. Os dois textos têm por finalidade respectivamente:
46
a) estimular o convívio saudável entre civilizações e cobrar do Governo Federal posturas
de preservação dos povos indígenas.
b) cobrar do Poder Público uma política de aumento da taxa de natalidade entre os povos
indígenas e enfatizar a inexorabilidade do
desaparecimento dos povos indígenas no
Brasil.
c) censurar o argumento de eliminação dos povos indígenas baseado na irrelevância da
quantidade de índios ainda existentes no
Brasil e constatar o desaparecimento dos povos indígenas ao fim do século XXI em virtude do inevitável processo civilizatório.
d) sugerir a obrigatoriedade do uso de línguas
indígenas no contato com povos nativos e
destacar a semelhança do índio brasileiro
com as demais comunidades primitivas.
TÓPICO III
RELAÇÃO ENTRE TEXTOS
As atividades que envolvem a relação entre
textos são essenciais para que o aluno construa
a habilidade de analisar o modo de tratamento
do tema dado pelo autor e as condições de
produção, recepção e circulação dos textos.
Essas atividades podem envolver a comparação de textos de diversos gêneros, como os
produzidos pelos alunos, os textos extraídos da
Internet, de jornais, revistas, livros e textos publicitários, entre outros.
D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar
uma informação na comparação de textos
que tratam do mesmo tema, em função das
condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a
habilidade do aluno em reconhecer as diferenças entre textos que tratam do mesmo assunto,
em função do leitor-alvo, da ideologia, da época
em que foi produzido e das suas intenções comunicativas. Por exemplo, historinhas infantis
satirizadas em histórias em quadrinhos, ou
poesias clássicas utilizadas como recurso para
análises críticas de problemas do cotidiano.
Essa habilidade é avaliada por meio da leitura
de dois ou mais textos, de mesmo gênero ou de
gêneros diferentes, tendo em comum o mesmo
tema, para os quais é solicitado o reconhecimento das formas distintas de abordagem.
Leia os poemas abaixo para responder a questão a seguir:
Canção do exílio
Gonçalves Dias
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite
– Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem que ainda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Canção do exílio
Murilo Mendes
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Este tópico requer que o aluno assuma uma
atitude crítica e reflexiva ao reconhecer as diferentes ideias apresentadas sobre o mesmo
tema em um único texto ou em textos diferentes. O tema se traduz em proposições que se
cruzam no interior dos textos lidos ou naquelas
encontradas em textos diferentes, mas que
apresentam a mesma ideia, assim, o aluno pode ter maior compreensão das intenções de
quem escreve, sendo capaz de identificar posições distintas entre duas ou mais opiniões
relativas ao mesmo fato ou tema.
47
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a
Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de
verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!
72. O texto II difere do texto I:
a) pela referência a elementos naturais.
b) pelo sentimento de pertencer a um lugar.
c) pela demonstração de uma atitude crítica.
d) por elogiar alguns aspectos da natureza.
Leia os poemas abaixo para responder a
questão a seguir:
“[...]
Esta noite eu ousei mais atrevido,
nas telhas que estalavam nos meus passos,
ir espiar seu venturoso sono,
vê-la mais bela de Morfeu nos braços!
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Como dormia! que profundo sono!...
Tinha na mão o ferro do engomado...
Como roncava maviosa e pura!...
Quase caí na rua desmaiado!
[...]”
48
(É ela! É ela! É ela! É ela. Álvares de Azevedo)
Ao fresco da viração;
Embalada na falua,
Ao frio clarão da lua,
Aos ais do meu coração!
[...]”
(No Mar. Álvares de Azevedo)
73. Os trechos acima, tirados de dois poemas
de Álvares de Azevedo, registram uma situação
semelhante: o momento em que o indivíduo
apaixonado vê a mulher amada dormindo. No
entanto
a) nos dois primeiros trechos, percebe-se que
a mulher é representada de modo completamente idealizado.
b) nos dois últimos trechos, a mulher está prestes a acordar porque dorme fora de casa.
c) O amante do poema É ela! É ela! É ela! É ela é
mais recatado do que o do poema No mar.
d) nos trechos do poema É ela! É ela! É ela! É ela,
percebe-se que a mulher recebe um tratamento mais próximo da realidade.
Texto I
Telenovelas empobrecem o país
Parece que não há vida inteligente na telenovela brasileira. O que se assiste todos os dias
às 6, 7 ou 8 horas da noite é algo muito pior do
que os mais baratos filmes “B” americanos. Os
diálogos são péssimos. As atuações, sofríveis.
Três minutos em frente a qualquer novela são
capazes de me deixar absolutamente entediado – nada pode ser mais previsível.
Antunes Filho. Veja, 11/mar/96.
“[...]
Como virgem que desmaia,
Dormia a onda na praia!
Tua alma de sonhos cheia
Era tão pura, dormente,
Como a vaga transparente
Sobre seu leito de areia!
Era de noite - dormias,
Do sonho nas melodias,
Texto II
Novela é cultura
Veja – Novela de televisão aliena?
Maria Aparecida – Claro que não. Considerar
a telenovela um produto cultural alienante é
um tremendo preconceito da universidade.
Quem acha que novela aliena está na verdade
chamando o povo de débil mental. Bobagem
imaginar que alguém é induzido a pensar que a
vida é um mar de rosas só por causa de um
enredo açucarado. A telenovela brasileira é um
produto cultural de alta qualidade técnica, e
algumas delas são verdadeiras obras de arte.
Veja, 24/jan/96.
74. Com relação ao tema “telenovela”:
a) nos textos I e II, encontra-se a mesma opinião sobre a telenovela.
b) no texto I, compara-se a qualidade das novelas aos melhores filmes americanos.
c) no texto II, algumas telenovelas brasileiras
são consideradas obras de arte.
d) no texto II, a telenovela é considerada uma
bobagem.
(SAEPE). Leia os textos abaixo e responda.
Este Inferno de Amar
Almeida Garrett
Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade! E tanta
vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! Votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto, E minh´alma
na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.
Que me resta, meu Deus?
Morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
Já não vejo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!
Álvares de Azevedo
75. Em ambos os textos, o sentimento que
estimula os autores é
a) a fixação na natureza.
b) o amor saudoso.
c) o presente de paz.
d) o retorno à infância.
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei...
Adeus, Meus Sonhos!
Álvares de Azevedo
Texto 1
Por que o senhor é cético em relação às
previsões sobre o aquecimento global?
Bjorn Lomborg – Discordo da forma como as
discussões sobre esse tema são colocadas.
Existe a tendência de considerar sempre o
pior cenário – o que aconteceria nos próximos 100 anos se o nível dos mares se elevar e
ninguém fizer nada. Isso é irreal, porque é
óbvio que as pessoas vão mudar, vão construir defesas contra a elevação dos mares. No
entanto, isso é só uma parte do que tenho
dito. Sou cético em relação a algumas
previsões, sim. Mas sou cético principalmente em relação às políticas de combate ao
aquecimento global. O problema principal
não é a ciência. Precisamos dos cientistas. A
questão é que tipo de política seguir. E isso é
um aspecto econômico, porque implica uma
decisão de gastar bilhões de dólares de
fundos sociais. Em outras palavras, não sou
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Este inferno de amar - como eu amo! Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há-de ela apagar?
Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... - foi um sonho Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?
49
um cético da ciência do clima, mas um cético
da política do clima. Basicamente, digo que
não estamos adotando as melhores políticas
porque não estamos pensando onde gastar o
dinheiro para produzir os maiores benefícios.
Veja, 23 dez. 2009. Fragmento.
Texto 2
Esclarecedora a entrevista com Bjorn Lomborg (Entrevista, 23 de dezembro). Cada um
de nós precisa se inteirar da realidade e agir
com tenacidade. Não vale a pena gastar tempo com discussões vazias e fantasiosas de
alguns que pregam a catástrofe futura, desconectados do aqui e do agora. Melhorar as
condições de vida das pessoas, provendo-as
de fonte de renda, acesso à saúde, educação
e lazer, diminuirá os problemas sociais e por
consequência o aquecimento global.
Irineu Berezanski, São José, SC.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/301209/leitor.shtml>.
Acesso em: 5 abril 2011.
76. Em relação ao tema discutido no Texto 1, o
autor do Texto 2 apresenta uma posição
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
a) contrária.
b) favorável.
c) irônica.
d) questionadora.
50
Leia os textos abaixo, que se referem às
questões 77 e 78:
Texto 1
Brasil de Todos os Santos
Brasil, meu Brasil de todos os Santos
Descobrir a sua cara de espanto
Descobrir o seu encanto em um segundo
Um país que sonha ser o Novo Mundo
Matas, praias, céu, diamante e chapadas
Transamazônicas estradas te percorrem
Feito rios de águas e florestas
Transformando sua paisagem numa festa
Nas suas avenidas todas coloridas
Desfilam homens e mulheres
(...)
Laura Campanér e Luisa Gimene Fonte: http://www.lyricstime.com/ lauracampan-r-brasil-de-todos-os-santos-lyrics.html – Acesso em: 30/10/08.
Texto 2
Desmatamento
Desde a ocupação portuguesa, o Brasil enfrenta queima de vegetação original e desmatamento com o intuito de aumentar as áreas
de cultivo e pastagens, bem como facilitar a
ocupação humana e, consequentemente, a
especulação imobiliária.
Estes procedimentos, ao longo dos anos, levaram
à extinção de várias espécies vegetais e animais, à
erosão e à poluição do meio ambiente em geral.
Fonte: http//www.geocities.com/naturacia/desmatamento.html Acesso em: 15/05/06.
77. Na comparação dos textos I e II, pode-se
afirmar que:
a) Os dois textos tratam do mesmo assunto –
meio ambiente.
b) As nossas riquezas estão sendo bem tratadas ao longo dos anos.
c) O Brasil é rico pela sua natureza, pelo seu povo.
d) A vida do homem é mais importante que a
natureza.
78. Com relação aos textos Brasil de Todos os
Santos e Desmatamento, é correta a alternativa:
a) Ambos enaltecem a paisagem natural do
território brasileiro.
b) Os dois textos abordam o meio ambiente sob
pontos de vista opostos.
c) Ambos apontam para a transformação causada pela poluição.
d) Os dois textos responsabilizam a ocupação
portuguesa pelo desmatamento.
Leia os textos abaixo:
79. Com relação aos textos 1 e 2, é correto
afirmar que:
Texto 1
Redução da violência contra adolescentes
A violência contra adolescentes nas comunidades e nas ruas é um fenômeno tipicamente
urbano e fortemente determinado pelas desigualdades sociais e econômicas nesses
espaços. Caracterizada, em sua maioria, pelos assassinatos por armas de fogo, acidentes de trânsito e exploração sexual, a violência em espaços urbanos tem aumentado no
Brasil e no mundo.
a) Nenhum dos textos trata do adolescente na
sociedade.
b) O texto 1 expressa direitos presentes no
texto 2.
c) Os direitos presentes no texto 2, não estão
garantidos no texto 1.
d) O direito expresso no texto 2 está garantido
no texto 1.
(SAEPE - ADAPTADA). Leia os textos abaixo e
responda.
Texto 1
Fonte: Adaptação: http://www.unicef.org/brazil/pt/activities_
10211.html – Acesso em: 30/10/08.
Texto 2
O artigo 5º do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA, Lei Federal 8.069/90) que
dispõe: “Nenhuma criança ou adolescente
será objeto de qualquer forma de negligência,
discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão, punido na forma da lei
qualquer atentado por ação ou omissão, aos
seus direitos fundamentais”.
Fonte: Adaptação: http://violenciaintrafamiliarfmp.blogspot.com
/2007/10/violncia-contra-crianas-e-adolescentes. html – acesso
em: 30/10/08.
Entregue elevador da prefeitura
O prefeito de Nova Odessa e autoridades
inauguraram hoje o elevador panorâmico
para PNEs (Portadores de Necessidades
Especiais), idosos, gestantes e pessoas com
dificuldades de locomoção. Em seguida,
cadeirantes usaram o elevador para conhecer
o piso superior do prédio público. [...]
O novo elevador tem capacidade de carga de
215 quilos, ou duas pessoas. A cabine tem
1,30 por 0,90 metros, porta deslizante
automática de quatro folhas (abertura central), com 90 centímetros de largura, além de
piso revestido por borracha sintética e botões
em braile.
“Estamos realizando uma inauguração simples, mas que tem um grande significado, principalmente para os usuários do novo elevador.
Acessibilidade é algo sério e nós, como
servidores públicos, temos que estar atentos
às obras necessárias. Com este elevador,
poderemos cobrar que qualquer prédio, seja
comercial ou residencial, com mais de um andar, tenha um elevador para garantir o acesso
de todos.”, disse Samartin.
“Ter um elevador no Paço Municipal não é uma
conquista apenas para os deficientes físicos, e
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
As maiores vítimas da violência urbana são
os adolescentes moradores de comunidades
populares e de periferias que, muitas vezes,
encontram-se vulneráveis diante das ações
de grupos criminosos e da repressão das forças de segurança. Em situações de ausência
de políticas públicas eficientes e transformadoras, de opções de educação, de oportunidades de emprego, abre-se uma porta para
a ação de aliciadores que recrutam crianças e
adolescentes para o tráfico de drogas e
armas. Em 2005, 8 mil pessoas entre 10 e 19
anos foram vítimas de homicídios. Destes,
65% eram afro-descendentes.
51
sim para todos que têm dificuldades de locomoção. Só nós sabemos as dificuldades que
encontramos. As pessoas que andam, veem
um elevador e o acham algo normal, não sabem a dificuldade que as barreiras arquitetônicas nos impõem. Para nós, um degrau com
alguns centímetros já é considerado uma
barreira”, disse o presidente da APNEN (Associação dos Portadores de Necessidades
Especiais de Nova Odessa). [...]
Disponível em: <http://www.walterbartels.com /print_noticia.asp?
id=8239>. Acesso em: 16 mar. 2012. Fragmento.
Texto 2
Leia os textos para responder a questão abaixo:
Texto I
O ESPELHO
Marcello Migliaccio
Falar mal da TV virou moda. É "in” repudiar a
baixaria, desancar o onipresente eletrodoméstico. E, num país em que os domicílios sem
televisão são cada vez mais raros, o que não
falta é especialista no assunto. Se um dia
fomos uma pátria de 100 milhões de técnicos
de futebol, hoje, mais do que nunca, temos um
considerável rebanho de briosos críticos
televisivos.
[...]
Mas, quando os "especialistas" criticam a TV,
estão olhando para o próprio umbigo. Feita à
nossa imagem e semelhança, ela é resultado
do que somos enquanto rebanho globalizado. [...]
Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam pensamentos mais nobres e que não se
sentem representados no vídeo.
[...]
Folha de S. Paulo, 19/10/2003.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Texto II
52
Disponível em <http://www.cvi.org.br/cartum-porta-estreita.asp>.
Acesso em: 16 mar. 2012.
80. A informação comum a esses dois textos é
a) a acessibilidade para pessoas com dificuldades de locomoção.
b) a necessidade de elevadores especiais.
c) as inaugurações de obras públicas adaptadas para cadeirantes.
d) as instalações de bebedouros para cadeirantes.
A influência negativa da televisão para as
crianças
Jussara de Barros
Bem diziam os Titãs, grupo de rock nacional,
quando cantavam que “a televisão me deixou
burro demais”. A verdade é que, ao pé da letra
dessa música, a televisão coloca-nos dentro
de jaulas, como animais. Assim, paralisa o
desenvolvimento de pensamentos críticos e
avaliativos que se desenvolvem em outras
formas de diversão, além de influenciar crianças e adolescentes com cenas de violência,
maldade, psicopatia e sexo explícito a todo o
momento e sem qualquer responsabilidade.
Fonte: http://www.meuartigo.brasilescola.com/educacao
Vocabulário
“in” [inglês] – na moda
brioso – orgulhoso, vaidoso
onipresente – que está presente em todos os
lugares.
81. Os textos divergem sobre o mesmo tema: a
influência da televisão. A afirmação do texto 1
que contradiz o texto 2 é
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
a) “Falar mal da TV virou moda. É "in” repudiar a
baixaria, desancar o onipresente eletrodoméstico.”
b) “Feita à nossa imagem e semelhança, ela [a
TV] é resultado do que somos [...].”
c) “E, num país em que os domicílios sem
televisão são cada vez mais raros, o que não
falta é especialista no assunto.”
d) “Aqui e ali, alguns vão argumentar que
cultivam pensamentos mais nobres [...].”
53
TÓPICO IV
COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO DO TEXTO
O Tópico IV trata dos elementos que constituem a textualidade, ou seja, aqueles elementos
que constroem a articulação entre as diversas
partes de um texto: a coerência e a coesão.
Considerando que a coerência é a lógica entre
as idéias expostas no texto, para que exista
coerência é necessário que a idéia apresentada
se relacione ao todo textual dentro de uma
seqüência e progressão de idéias.
Para que as idéias estejam bem relacionadas,
também é preciso que estejam bem interligadas, bem “unidas” por meio de conectivos adequados, ou seja, com vocábulos que têm a
finalidade de ligar palavras, locuções, orações e
períodos. Dessa forma, as peças que interligam
o texto, como pronomes, conjunções e preposições, promovendo o sentido entre as idéias
são chamadas coesão textual. Enfatizamos,
nesta série, apenas os pronomes como elementos coesivos. Assim, definiríamos coesão
como a organização entre os elementos que
articulam as idéias de um texto.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
As habilidades a serem desenvolvidas pelos
descritores que compõem este tópico exigem
que o leitor compreenda o texto não como um
simples agrupamento de frases justapostas,
mas como um conjunto harmonioso em que há
laços, interligações, relações entre suas partes.
54
A compreensão e a atribuição de sentidos
relativos a um texto dependem da adequada interpretação de seus componentes. De acordo
com o gênero textual, o leitor tem uma apreensão geral do assunto do texto.
Em relação aos textos narrativos, o leitor necessita identificar os elementos que compõem
o texto – narrador, ponto de vista, personagens, enredo, tempo, espaço – e quais são as
relações entre eles na construção da narrativa.
A compreensão e a atribuição de sentidos relativos a um texto dependem da adequada interpretação de seus componentes, ou da coerência
pela qual o texto é marcado. De acordo com o
gênero textual, o leitor tem uma apreensão geral
do tema, do assunto do texto e da sua tese. Essa
apreensão leva a uma percepção da hierarquia
entre as ideias: qual é a ideia principal? Quais são
as ideias secundárias? Quais são os argumentos
que reforçam uma tese? Quais são os exemplos
confirmatórios? Qual a conclusão? Em relação
aos textos narrativos, pode ser requerido do aluno que ele identifique os elementos componentes – narrador, ponto de vista, personagens,
enredo, tempo, espaço – e quais são as relações
entre eles na construção da narrativa.
D2 – Estabelecer relações entre partes de um
texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade
de um texto
As habilidades que podem ser avaliadas por este descritor relacionam-se ao reconhecimento
da função dos elementos que dão coesão ao
texto. Dessa forma, eles poderão identificar
quais palavras estão sendo substituídas e/ou
repetidas para facilitar a continuidade do texto e
a compreensão do sentido. Trata-se, portanto,
do reconhecimento, por parte do aluno, das
relações estabelecidas entre as partes do texto.
Leia o texto abaixo
Mona Lisa de Da Vinci sem motivos para sorrir
O Museu do Louvre recebe cerca de seis milhões de visitantes por ano, e todos, praticamente, veem a “Mona Lisa”, uma tela de 77 centímetros de altura por 55 de largura, protegida
por uma caixa de vidro, com temperatura controlada. A tela será mantida no mesmo local, exposta ao público, enquanto foi realizado o estudo.
82. A Mona lisa, obra de arte que é assunto da
notícia, é mencionada no texto como:
a) obra-prima, uma das mais admiradas telas,
sorriso enigmático.
b) uma das mais admiradas telas, quadro, fino
suporte de madeira.
c) o quadro, a pintura, tela.
d) moça retratada, quadro, fino suporte de madeira.
Leia o texto abaixo
O fino suporte de madeira sobre o qual o retrato foi pintado sofreu uma deformação
desde que especialistas em conservação
examinaram a pintura pela última vez, diz o
Museu do Louvre numa declaração por escrito. O museu não diz quando essa última
avaliação ocorreu.
O estudo será feito pelo Centro de Pesquisa e
Restauração dos Museus da França e vai determinar os materiais usados na tela e avaliar sua
vulnerabilidade a mudanças climáticas.
Artigo 227, Constituição da República Federativa do Brasil.
83. O pronome “los” se refere a:
a)
b)
c)
d)
respeito e dignidade.
convivência e respeito.
alimentação e respeito.
criança e adolescente.
Leia o trecho da letra de música abaixo:
“Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal.
Não sente inveja ou se envaidece.”
Fonte: http://vagalume.uol.com.br/legiao-urbana/monte-castelo.
html - Acesso em: 21/05/2008.
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Obra-prima de Leonardo da Vinci e uma das
mais admiradas telas jamais pintadas,
devido, em parte, ao sorriso enigmático da
moça retratada, a “Mona Lisa” está se deteriorando. O grito de alarme foi dado pelo
Museu do Louvre, em Paris, que anunciou
que o quadro passará por uma detalhada avaliação técnica com o objetivo de determinar o
porquê do estrago.
“É dever da família, da sociedade e do Estado
assegurar à criança e ao adolescente, com
absoluta prioridade, o direito à saúde, à alimentação, à cultura, à dignidade, ao respeito,
à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, crueldade e opressão”.
55
84. A expressão “se envaidece”, destacada no
fragmento acima, refere-se:
a)
b)
c)
d)
Aos homens.
Aos anjos.
Ao amor.
Ao mal.
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
A decadência do Ocidente
O doutor ganhou uma galinha viva e chegou
em casa com ela, para alegria de toda a família.
O filho mais moço, inclusive, nunca tinha visto
uma galinha viva de perto. Já tinha até um
nome para ela – Margarete – e planos para
adotá-la, quando ouviu do pai que a galinha
seria, obviamente, comida.
– Comida?!
– Sim, senhor.
– Não só não sabe fazer, como quase desmaiou quando eu disse que precisava cortar o
pescoço da galinha. Nunca cortou um pescoço de galinha.
Era o cúmulo! Então a mulher que cortasse o
pescoço da galinha.
– Eu?! Não mesmo!
O doutor lembrou-se de uma velha empregada de sua mãe. A Dona Noca.
– A Dona Noca já morreu – disse a mulher.
– O quê?!
– Há dez anos.
– Não é possível! A última galinha ao molho
pardo que eu comi foi feita por ela.
– Então faz mais de 10 anos que você não
come galinha ao molho pardo.
– Mas se come ela?
– Ué. Você está cansado de comer galinha.
– Mas a galinha que a gente come é igual a
esta aqui?
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
– Claro.
56
Na verdade, o guri gostava muito de peito, de
coxa e de asas, mas nunca tinha ligado as partes do animal. Ainda mais aquele animal vivo
ali no meio do apartamento.
O doutor disse que queria comer uma galinha
ao molho pardo. A empregada sabia como se
preparava uma galinha ao molho pardo? A
mulher foi consultar a empregada. Dali a
pouco o doutor ouviu um grito de horror vindo da cozinha. Depois veio a mulher dizer que
ele esquecesse a galinha ao molho pardo.
– A empregada não sabe fazer?
Alguém no edifício se disporia a degolar a
galinha. Fizeram uma rápida enquete entre os
vizinhos. Ninguém se animava a cortar o pescoço da galinha. Nem o Rogerinho do 701,
que fazia coisas inomináveis com gatos.
– Somos uma civilização de frouxos! –
sentenciou o doutor. Foi para o poço do edifício e repetiu:
– Frouxos! Perdemos o contato com o barro
da vida!
E a Margarete só olhando.
VERÍSSIMO, Luis Fernando. A decadência do Ocidente. In: A mesa
voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.98.
85. A repetição da expressão “galinha ao molho
pardo” revela a
a) vontade do médico de comer aquele tipo de
receita de galinha.
b) curiosidade do menino que nunca tinha visto uma galinha viva.
c) impaciência da esposa por não conseguir
resolver o problema.
d) ignorância da empregada que não sabia fazer a receita.
gancho dos óculos no alto do nariz fino e cheio
de pintas pretas e veiazinhas azuladas, me
encara, deve estar folheando o livro de chamada, verificando um a um o rosto da cambada da
segunda fila da classe.
– Fui seu aluno, professor!
DIAFÉRIA, Lourenço. O imitador de gato. 2ª ed. São Paulo: Ática,
2003. Fragmento.
86. A expressão destacada em “Estou ficando
enferrujado” tem o mesmo sentido de
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
Levantei-me, corri a pegar o giz, aqui está, professor. Ele me olhou agradecido, o rosto cansado. Já naquela época, o rosto cansado. Dava
aulas em três escolas e ainda levava para casa
uma maçaroca de provas para corrigir.
estar preguiçoso.
ser descuidado.
ser esquecido.
ter limitações.
87. No trecho “Anacoluto... Anacoluto é... Anacoluto.” ( . 15), a repetição da palavra “Anacoluto” sugere
– Aproveitando que o moço está de pé, me
diga: sabe o que é um anacoluto?
a)
b)
c)
d)
É o que dá a gente querer ser legal.
(PROMOVER). Leia o texto abaixo.
O aluno preparava-se para sentar, ele, o olhar fino:
Vai-se apanhar o giz do chão, e o professor
vem e pergunta o que é anacoluto. Por que
não pergunta àquela turma que ficou rindo do
bolso traseiro rasgado das calças dele?
– Anacoluto... Anacoluto é... Anacoluto.
– Pode se sentar. Vou explicar o que é anacoluto. Muito obrigado por ter apanhado o giz
do chão. Estou ficando enferrujado.
Agora era ele, no bar, tomando café.
– Lembra de mim, professor?
Também estou de cabelos brancos. Menos
que ele, claro.
Com o indicador da mão esquerda acerta o
brincadeira.
receio.
desconhecimento.
desrespeito.
Pássaro contra a vidraça
Engraçado, de repente eu comecei a ver a tia
Zilah com outros olhos. Ela não era só do bem,
a tia viúva e sozinha que tinha ficado cuidando
de mim. Ela era legal, uma super-mais-velha!
Nossa, eu deixei ela quase louca! Em vez dos
coroas, foi ela quem me contou toda a sua
viagem pela Europa... Eu fazia uma ideia tão
errada, diferente: ela contando, ficou tudo tão
legal, um barato mesmo.
Só pra dar uma ideia, fiquei vidrado no museu
de cera da Madame Tussaud, que era uma
francesa que viveu na época da Revolução. Ela
aprendeu a fazer imagens de cera, e se
inspirava em personagens célebres que eram
levados para a guilhotina em praça pública.
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Dia do professor de anacolutos
a)
b)
c)
d)
57
Depois ela mudou para a Inglaterra, e ficou famosa por lá. E hoje existe em Londres um museu de cera com o seu nome, que tem imagens
de personagens famosos do mundo inteiro em
tamanho natural.
Foi tão gozado quando a tia Zilah também contou que, quando ela ia saindo do museu, perguntou pra uma mulher fardada onde era a
saída. E todo mundo caiu na gargalhada, porque tinha perguntado pra uma figura de cera
que era sensacional de tão perfeita, parecia
mesmo uma policial.
turais importantes. A disseminação do microcomputador e a expansão da Internet vêm
acelerando o processo de globalização tanto
no sentido do mercado quanto no sentido das
trocas simbólicas possíveis entre sociedades
e culturas diferentes, o que tem provocado e
acelerado o fenômeno de hibridização amplamente caracterizado como próprio da pósmodernidade.
FERNANDES, M. F.; PARÁ, T. A contribuição das novas tecnologias
da informação na geração de conhecimento. Disponível em: http://
www.coep.ufrj.br. Acesso em: 11 ago. 2009 (adaptado).
89. No texto, o autor defende a tese de que:
NICOLELIS, Laporta. Pássaro contra a vidraça. São Paulo: Moderna, 1992.
88. No trecho “E hoje existe em Londres um
museu de cera com o seu nome,...”, a expressão destacada refere-se ao termo
a)
b)
c)
d)
tia Zilah.
Madame Tussaud.
mulher fardada.
policial.
D7 – Identificar a tese de um texto
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer o ponto de vista
ou a ideia central defendida pelo autor.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
A tese é uma proposição teórica de intenção persuasiva, apoiada em argumentos contundentes
sobre o assunto abordado.
58
Leia o texto abaixo:
A partir da metade do século XX, ocorreu um
conjunto de transformações econômicas e sociais cuja dimensão é difícil de ser mensurada: a chamada explosão da informação. Embora essa expressão tenha surgido no contexto da informação científica e tecnológica,
seu significado, hoje, em um contexto mais
geral, atinge proporções gigantescas.
Por estabelecerem novas formas de pensamento e mesmo de lógica, a informática e a
Internet vêm gerando impactos sociais e cul-
a) A internet acelera o processo de globalização.
b) O fenômeno de hibridização é característico
da pós-modernidade.
c) A explosão da informação atinge proporções gigantescas.
d) A informática estabelece novas formas de
pensamento e lógica.
Leia o texto abaixo:
A partir da metade de nosso século, ocorre um
conjunto de transformações econômicas e sociais cuja dimensão é difícil de ser mensurada,
a chamada explosão da informação.
Embora esta expressão tenha surgido no contexto da informação científica e tecnológica,
num contexto mais geral, seu significado,
hoje, atinge proporções gigantescas.
Por estabelecerem novas formas de pensamento e mesmo de lógicas, a informática e a Internet
vêm suscitando impactos sociais e culturais
importantes. A disseminação do microcomputador e a expansão da Internet vem acelerando o processo de globalização tanto no sentido
do mercado quanto no sentido das trocas simbólicas possíveis entre sociedades e culturas
diferentes, o que tem provocado e acelerado o
fenômeno de hibridização amplamente caracterizado como próprio da pós-modernidade.
FERNANDES, Mercedes de F. e PARÁ, Telma. A contribuição das
novas tecnologias da informação na geração de conhecimentos.
Disponivel em: http: http: www.coep.ufrj.br
a) A chamada explosão de informações.
b) Seu significado, hoje, em um contexto mais
geral, atinge proporções gigantescas.
c) O que tem provocado e acelerado o fenômeno de hibridação amplamente caracterizado
como próprio da pós-modernidade.
d) Ocorreu um conjunto de transformações
econômicas e sociais.
Leia o texto abaixo
A sociedade atual testemunha a influência
determinante das tecnologias digitais na vida
do homem moderno, sobretudo daquelas relacionadas com o computador e a internet.
Entretanto, parcelas significativas da população não têm acesso a tais tecnologias. Essa
limitação tem pelo menos dois motivos: a impossibilidade financeira de custear os aparelhos e os provedores de acesso, e a impossibilidade de saber utilizar o equipamento e
usufruir das novas tecnologias. A essa problemática, dá-se o nome de exclusão digital.
91. Percebe-se que o texto defende a tese de
que:
a) as tecnologias digitais são atualmente importantíssimas na vida do homem.
b) a internet e o computador não estão disponíveis a todos os segmentos da população.
c) há a existência de uma problemática de, pelo
menos, duas causas: a exclusão digital.
d) a inexistência de recursos afastam da internet expressivos segmentos da população.
Leia o texto abaixo
Automóvel: sociedade anônima
Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de causa, a fim de evitar desilusões
futuras. Desde que o compra, o carro passa a
interessar aos outros, muito mais que a você
mesmo. É uma espécie de indústria às avessas, na qual você monta um engenho não para
obter lucros, mas para distribuir seu dinheiro.
Já na compra do carro, você contribui para
uma infinidade de setores produtivos, que podemos encolher, ao máximo, nos seguintes
itens: a indústria automobilística propriamente
dita; os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as
de artefatos de borracha; as fábricas de plásticos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamentos e outras autopeças; as fábricas de relógios,
rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos
de seus derivados; as refinarias; os distribuidores de gasolina, as oficinas mecânicas. Seu
automóvel é de fato uma sociedade anônima,
da qual todos lucram, menos você. Ao comprar
um carro, você entrou na órbita de toda essa
gente; até ontem, você estava fora do alcance
delas. Como proprietário de automóvel, você
ainda terá relações com outras pessoas: com
os colegas motoristas, que preferem bater no
seu para-lama a dar uma marcha à ré de meio
metro; com os pedestres e ciclistas imprudentes; com as crianças diabólicas que riscam sua
pintura, sobretudo quando o carro está novinho em folha; com os sujeitos que só dirigem
de farol alto; com os barbeiros de qualidades
diversas; com a juventude desviada; com parentes e amigos, que o consideram um sujeito
excelente ou ordinário, conforme sua subserviência à necessidade deles; com ladrões etc.
Poderia escrever páginas sobre o automóvel
que você comprou ou vai comprar, mas fico
por aqui: tenho de tomar um táxi e ir à oficina
ouvir do mecânico que o meu carro não está
pronto. De qualquer forma, não desanime com
minha crônica: vale a pena ter carro, pois, ser
pedestre, embora mais tranquilo e mais
barato, é ainda mais chato. A não ser que você
tenha chegado, com Pascal, à suprema descoberta: a de que todos os males do homem se
devem ao fato de ele não ficar quietinho no quarto.
Paulo Mendes Campos. In: Supermercado. Rio de Janeiro,
Tecnoprint, 1976, p. 99-102 (com adaptações).
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
90. O trecho em que apresenta a tese do autor
em relação ao texto é:
59
92. A tese principal da crônica é a de que
a) possuir um automóvel é uma experiência
coletiva.
b) a posse do automóvel evita a chatice do pedestre.
c) é necessário parar de escrever para ir ao
mecânico.
d) ter um automóvel implica ser julgado pelos
parentes.
também, solicitar o contrário, que o aluno identifique a tese com base em um argumento
oferecido pelo texto.
Leia o texto abaixo
Blogs (Superinteressante)
Somos péssimos em detectar flertes
Ana Carolina Prado 3 de julho de 2014
“O Brasil não terá índios no final do século
XXI (...) E por que isso? Pela razão muito
simples que consiste no fato de o índio
brasileiro não ser distinto das demais
comunidades primitivas que existiram no
mundo. A história não é outra coisa senão um
processo civilizatório, que conduz o homem,
por conta própria ou por difusão da cultura, a
passar do paleolítico ao neolítico e do
neolítico a um estágio civilizatório.”
Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de setembro
de 1994.
93. A tese do texto é a de que
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
a) o índio brasileiro não difere dos outros povos primitivos.
b) a história é um processo que leva os povos à
civilização.
c) até o fim do século XXI não haverá mais índios no Brasil.
d) chega-se à civilização por conta própria ou
por difusão.
60
D8 – Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la
Se você é ruim em perceber quando é alvo de
um flerte, fique tranquilo: a maioria das pessoas não sabe também. Somos bem melhores em perceber quando os outros não estão
interessados. Essas foram algumas das conclusões que Jeffrey Hall, um professor de estudos da comunicação da Universidade do
Kansas, obteve em seu estudo recente sobre
a paquera.
Para isso, ele e seus colegas formaram 52 pares (um homem e uma mulher) de estudantes
universitários solteiros e heterossexuais que
não se conheciam previamente. Cada dupla
foi para uma sala e teve entre dez e doze minutos para conversar a sós, pensando estar
participando de um estudo sobre primeiras
impressões. Depois da conversa, cada um
respondeu um questionário em que, entre
outras coisas, tinha de dizer se havia paquerado o seu par e se achava que havia sido
paquerado por ele. O resultado? Mais de 80%
dos voluntários estavam certos quando diziam achar que o outro não estava interessado, mas foram muito menos bem-sucedidos
em detectar quando estavam de fato sendo
desejados: só 36% dos homens julgaram
corretamente, e entre as mulheres o índice foi
ainda menor: 18%.
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade do aluno em estabelecer a relação entre o
ponto de vista do autor sobre um determinado
assunto e os argumentos que sustentam esse
posicionamento.
Por que é difícil perceber o flerte
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto
no qual é solicitado ao aluno que identifique um
argumento entre os diversos que sustentam a
proposição apresentada pelo autor. Pode-se,
A dificuldade em perceber um flerte persiste
mesmo entre quem está de fora só observando. O autor pediu a mais de 250 pessoas
para que assistissem a seis vídeos de um
A menor taxa de precisão foi encontrada em
mulheres ao observar os homens: elas identificaram corretamente o flerte em apenas
22% das vezes. E ambos os sexos tiveram
mais facilidade em detectar quando a paquera vinha da parte feminina. Segundo o
autor do estudo, isso não se deve a qualquer
tipo de “intuição” que os homens tenham
melhor que as mulheres, mas sim ao fato de
que elas talvez sejam um pouco mais claras
se estão interessadas ou não.
O fato é que “o flerte é um comportamento
difícil de perceber”, diz Jeffrey. “Se você acha
que alguém não está interessado em você,
provavelmente está certo. Mas, se alguém
estiver, é bem provável que você nem tenha
percebido”. Para ele, um dos motivos dessa
dificuldade é o fato de as pessoas não costumarem mostrar seu interesse de formas
óbvias porque não querem se sentir envergonhadas. Mas não é só isso: “A maioria das
pessoas, na maioria dos dias, não dá em cima
de todo mundo que encontra, embora alguns
façam isso. Então você simplesmente não
assume que todos estão te querendo”, diz ele,
numa tradução livre da autora deste blog.
pensavam estar participando de um estudo
sobre primeiras impressões. Mas as conclusões são muito razoáveis – quem de nós
nunca esteve lá?
Para evitar esse vacilo, pelo menos agora você já sabe: não seja tão sutil, já que seu alvo
provavelmente nem está percebendo suas
intenções. (É claro que não estamos falando
de trogloditas que chegam pegando pelo
braço etc. Se for o seu caso, pare e recomece
do zero porque está tudo errado). Por outro
lado, o conselho do professor é também estar
aberto à possibilidade de outros estarem
flertando com você, especialmente em locais
onde a paquera é comum, como uma festa ou
bar (mantendo o devido bom senso, é claro).
O estudo foi publicado no periódico Communication Research.
94. O segmento que corresponde a uma tese do
texto é
a) “(...) um dos motivos dessa dificuldade é o
fato de as pessoas não costumarem mostrar
seu interesse de formas óbvias porque não
querem se sentir envergonhadas.”
b) “(...) A maioria das pessoas, na maioria dos
dias, não dá em cima de todo mundo que
encontra, embora alguns façam isso. Então
você simplesmente não assume que todos
estão te querendo.”
c) “A menor taxa de precisão foi encontrada em
mulheres ao observar os homens: elas
identificaram corretamente o flerte em
apenas 22% das vezes.”
d) “O fato é que “o flerte é um comportamento
difícil de perceber” (...)”.
Esteja aberto
(SPAECE). Leia o texto abaixo.
Jeffrey conta que, no primeiro estudo, houve
casos em que tanto o homem quanto a mulher revelaram ter flertado um com o outro,
mas nenhum dos dois percebeu. “Oportunidade perdida!”, comentou. É claro que
precisamos levar em conta diferenças culturais e ambientais: ele foi feito nos Estados
Unidos, com estudantes universitários que
[...] O celular destruiu um dos grandes prazeres do século passado: prosear ao telefone.
Hoje, por culpa deles somos obrigados a atender chamadas o dia todo. Viramos uma espécie
de telefonistas de nós mesmos: desviamos
chamadas, pegamos e anotamos recados...
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
minuto com as interações dos pares do primeiro estudo, mostrando apenas uma pessoa de cada vez. Os observadores não foram
mais eficientes em perceber o que estava
acontecendo do que aqueles que haviam participado da interação. Quando a paquera não
havia acontecido, eles foram precisos em
66% dos casos. Quando rolava um clima, só
38% o identificaram.
61
Depois de um dia inteiro bombardeado por
ligações curtas, urgentes e na maioria das
vezes irrelevantes, quem vai sentir prazer numa simples conversa telefônica? O telefone,
que era um momento de relax na vida da gente, virou um objeto de trabalho.
O equivalente urbano da velha enxada do trabalhador rural. Carregamos o celular ao longo
do dia como uma bola de ferro fixada no corpo,
uma prova material do trabalho escravo.
O celular banalizou o ritual de conversa à distância. No mundo pré-celular, havia na sala
uma poltrona e uma mesinha exclusivas para a
arte de telefonar. Hoje, tomamos como num
transe, andamos pelas ruas, restaurantes, escritórios e até banheiros públicos berrando sem
escrúpulos num pedaço de plástico colorido.
Misteriosamente, uma pessoa ao celular ignora a presença das outras. Conta segredos de
alcova dentro do elevador lotado. É uma insanidade. Ainda não denunciada pelos jornalistas, nem, estudada com o devido cuidado pelos médicos. Aliás, duas das classes
mais afetadas pelo fenômeno.
A situação é delicada. [...]
O Estado de S. Paulo, 29/11/2004.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
95. Qual é o argumento que sustenta a tese
defendida pelo autor desse texto?
62
a)
b)
c)
d)
O homem tornou-se escravo do celular.
A sociedade destruiu velhos costumes.
A vida moderna priorizou o telefone.
O celular elitizou todos os profissionais.
(PROEB). Leia o texto abaixo.
Cultura e sociedade
(Fragmento)
A importância da água tem sido notória ao longo da história da humanidade, possibilitando
desde a fixação do homem à terra, às margens de rios e lagos, até o desenvolvimento
de grandes civilizações, através do aproveitamento do grande potencial deste bem da
natureza. A sociedade moderna, no entanto,
tem se destacado pelo uso irracional dos
recursos hídricos, o desperdício desbaratado
de água potável, a poluição dos reservatórios
naturais e a radical intervenção nos ecossistemas aquáticos, de forma a arriscar não só o
equilíbrio biológico do planeta, mas a própria
natureza humana.
CEREJA, William Roberto e MAGALHAES, Thereza Cochar.
Português: Linguagens, 8ª série. 2. ed. São Paulo: Atual, 2002.
96. Um argumento que sustenta a tese de que
“a sociedade moderna tem utilizado de forma
irracional seus recursos hídricos” é que
a) a água acompanha a história através dos
séculos.
b) a água possibilitou o surgimento de grandes
civilizações.
c) a importância da água é reconhecida ao
longo da história.
d) o equilíbrio biológico do planeta está em
grande risco.
Leia o texto, abaixo e responda.
Preferência alimentar das crianças é altamente influenciada pelos desenhos nas embalagens dos produtos
Estudo desenvolvido na Universidade da Pensilvânia mostrou que o sabor dos alimentos
nem sempre é fator decisório na hora de
escolher a marca. Quem faz a melhor embalagem é quem vende mais.
Um estudo feito pela Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, descobriu que
as crianças são altamente influenciáveis
pelos desenhos contidos nas embalagens de
produtos alimentícios e tendem sempre a
preferir aqueles que contenham representações de seus personagens preferidos, não
importando qual seja o sabor do alimento.
Embalagens com desenhos famosos, como
Shrek ou os pinguins do filme Happy Feet,
fazem as crianças terem hábitos errados de
alimentação.
“Personagens comerciais fazem com que
seja mais fácil para as crianças lembrarem e
identificarem os produtos. São uma identidade visual”, afirma Sarah Vaala, uma das
autoras da pesquisa. O problema, diz ela, é
que a indústria de alimentos usa isso de
forma errada, colocando nas embalagens dos
produtos menos saudáveis e nutritivos os
desenhos mais populares entre as crianças.
“As crianças transferem sua preferência pelo
personagem para o produto e querem comprá-lo mais (que outro que até tenha um
gosto melhor)”, disse Vaala. “O que queríamos saber era se essa preferência se refletia
também no sabor do produto; se colocando
esses personagens as empresas estavam, na
verdade, influenciando subconscientemente
o julgamento das crianças”.
Para comprovar a tese, os pesquisadores convidaram 80 crianças entre quatro e seis anos
para fazer um teste de sabor cego. Colocaram, em quatro embalagens, o mesmo cereal
– um tipo saudável e que não costuma ser
vendido em supermercados –, sendo que em
duas dessas embalagens lia-se “flocos
saudáveis” e, nas outras duas, “flocos doces”. Também em uma embalagem de cada
suposto tipo de flocos foram desenhados
personagens do filme Happy Feet.
O resultado mostrou que as crianças tendiam
a preferir o conteúdo das embalagens com os
desenhos e, dentre essas duas, aquela que
continha o aviso “flocos saudáveis”. Segundo os pesquisadores, esse fato talvez seja
explicado pelo fato de que, desde muito pequena, a criança é ensinada que comer produtos com mais açúcar faz mal. [...]
Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,
,EMI216938-15257,00-PREFERENCIA+ALIMENTAR +DAS +
CRIANCAS+E+ALTAMENTE+INFLUENCIADA+PELOS+DESENHOS
+ .htm Acesso em: 10 mar. 2011.
97. Qual é a frase que sintetiza o conteúdo
desse texto?
a) A aparência dos alimentos é superior ao seu
sabor para as crianças.
b) A alimentação infantil é ruim devido à má fé
das indústrias de alimentos.
c) Os personagens comerciais são capazes de
vender qualquer produto.
d) Os alimentos com rótulos de informação
saudável são mais consumidos.
Leia o texto a seguir e responda.
A língua está viva
Ivana Traversim
Na gramática, como muitos sabem e outros
nem tanto, existe a exceção da exceção. Isso
não quer dizer que vale tudo na hora de falar
ou escrever. Há normas sobre as quais não
podemos passar, mas existem também as
preferências de determinado autor – regras
que não são regras, apenas opções. De vez
em quando aparece alguém querendo fazer
dessas escolhas uma regra. Geralmente são
os que não estão bem inteirados da língua e
buscam soluções rápidas nos guias práticos
de redação. Nada contra. O problema é julgar
inquestionáveis as informações que esses
manuais contêm, esquecendo-se de que eles
estão, na maioria dos casos, sendo práticos –
deixando para as gramáticas a explicação dos
fundamentos da língua portuguesa.
(...)
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Redação Época
63
Com informação, vocabulário e o auxílio da
gramática, você tem plenas condições de escrever um bom texto. Mas, antes de se aventurar, considere quem vai ler o que você escreveu. A galera da faculdade, o pessoal da
empresa ou a turma da balada? As linguagens são diferentes.
Afinal, a língua está viva, renovando-se sem
parar, circulando em todos os lugares, em todos os momentos do seu dia. Estar antenado,
ir no embalo, baixar um arquivo, clicar no
ícone – mais que expressões – são maneiras
de se inserir num grupo, de socializar-se.
(Você S/A, jun. 2003.)
98. A tese da dinamicidade da língua comprova-se pelo fato de que:
a) as regras gramaticais podem transformarse em exceção.
b) a gramática permite que as regras se tornem
opções.
c) a língua se manifesta em variados contextos
e situações.
d) os manuais de redação são práticos para
criar ideias.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
D9 – Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto
64
Por meio deste descritor pode-se avaliar a
habilidade de o aluno reconhecer a estrutura e a
organização do texto e localizar a informação
principal e as informações secundárias que o
compõem.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto
no qual pode ser solicitado ao aluno que ele
identifique a parte principal ou outras partes secundárias na qual o texto se organiza.
Leia o texto a seguir e responda.
Quarteto Maogani interpreta Ernesto Nazareth
Um dos grupos instrumentais mais conceituados no cenário musical da atualidade, o
Quarteto Maogani está lançando seu quinto
disco, “Pairando”, um tributo à obra do compositor Ernesto Nazareth (Biscoito Fino).
Formado em 1995 no Rio de Janeiro, o quarteto de violonistas é formado por músicos e
arranjadores de formação erudita, com trânsito livre na música popular, incluindo colaborações com Guinga, Leila Pinheiro, Zé Nogueira,
Jane Duboc, Celia Vaz Hamilton de Holanda,
Monica Salmaso, Renato Braz, Joyce, Wagner
Tiso, Nailor Proveta e Olivia Hime.
O novo álbum traz à tona composições pouco
conhecidas nos dias de hoje: “A música do
Nazareth sempre foi uma das nossas grandes
paixões. É incrível a capacidade que ele tinha
de conjugar uma escrita extremamente sofisticada a uma verve arrebatadora”, comenta
Paulo Aragão, um as do violão de 8 cordas.
“Este encontro, que tanto confunde rótulos é,
para nós, um verdadeiro leme e exprime tudo
aquilo o que buscamos: uma sonoridade ao
mesmo tempo camerística e balançada,
clássica e popular, moderna sem perder de
vista a tradição”, completa Aragão.
Para chegar aos 12 temas gravados, o quarteto mergulhou em verdadeiras obras-primas
pouco gravadas e tocadas ao longo dos anos,
já quase esquecidas. “Ajudar a trazer à tona
este patrimônio da música brasileira foi uma
das nossas motivações ao encarar o desafio
de gravar, pela primeira vez em nossa trajetória, um disco totalmente dedicado à obra
de um único compositor”, pontua Paulo Aragão, que integra o Maogani ao lado de Carlos
Chaves (violão requinto); Sergio Valdeos
(violão de sete cordas) e Marcos Alves (violão
de seis cordas).
Sobre navegar na fronteira entre o clássico e
o erudito, Ernesto Nazareth, tal como o
próprio Maogani, é um símbolo dessa aproximação, segundo Aragão: “Sua música alia
uma escrita pianística impecável, uma realização instrumental extremamente criativa à
complexidade rítmica da música popular.
Assessoria de Imprensa Biscoito Fino – Coringa Comunicação 21
2259-6042
Belinha Almendra – [email protected]
Marcus Veras – [email protected]
99. A ideia principal do texto é a de que
a) Quando o Maogani grava Nazareth, reforçase a aproximação que ambos têm tanto com
o popular quanto com o erudito.
b) A música do Maogani é elaborada com diversos elementos muito caros à tradição popular, especialmente os rítmicos.
c) O quarteto de violonistas é formado por instrumentistas de formação erudita que transitam pela música popular.
d) Os músicos do Quarteto Maogani pesquisaram obras-primas esquecidas para selecionar as doze composições do CD.
Leia o texto a seguir e responda.
Nossa tradição cultural, por diversas razões,
criou um ideal de cidadania política sem vínculos com a efetiva vida social dos brasileiros. Na teoria, aprendemos que devemos ser
cidadãos; na prática, que não é possível, nem
desejável, comportarmo-nos como cidadãos. A face política do modelo de identidade
nacional é permanentemente corroída pelo
desrespeito aos nossos ideais de conduta.
dos poucos que têm muito.
Preso nesse impasse, o brasileiro vem sendo
coagido a reagir de duas maneiras. Na primeira, com apatia e desesperança. É o caso
dos que continuam acreditando nos valores
ideais da cultura e não querem converter-se
ao cinismo das classes dominantes e de seus
seguidores. Essas pessoas experimentam
uma notável diminuição da autoestima na
identidade de cidadão, pois não aceitam
conviver com o baixo padrão de moralidade
vigente, mas tampouco sabem como agir
honradamente sem se tornarem vítimas de
abusos e humilhações de toda ordem. Deixam-se assim contagiar pela inércia ou
sonham em renunciar à identidade nacional,
abandonando o país. Na segunda maneira, a
mais nociva, o indivíduo adere à ética da sobrevivência ou à lei do vale-tudo: pensa escapar à delinquência, tornando-se delinquente.
(Jurandir Freire Costa. http://super.abril.com.br. Adaptado.)
100. A ideia principal do texto é a de que
a) existe uma contradição entre o discurso favorável à cidadania e uma prática distanciada do comportamento cidadão.
b) ser brasileiro é ser herdeiro de uma tradição
de igualdade perante a lei, de direito á liberdade e de busca da felicidade.
c) o indivíduo adere ao vale-tudo, tornando-se
um delinquente, com o objetivo de escapar à
delinquência.
d) há pessoas que se contaminam pela inércia
ou sonham em renunciar à identidade nacional, deixando o país.
Leia o texto a seguir e responda.
Idealmente, ser brasileiro significa herdar a
tradição democrática na qual somos todos
iguais perante a lei e onde o direito à vida, à
liberdade e à busca da felicidade é uma propriedade inalienável de cada um de nós; na
realidade, ser brasileiro significa viver em um
sistema socioeconômico injusto, onde a lei
só existe para os pobres e para os inimigos e
onde os direitos individuais são monopólio
Competição no ensino a distância tende a
crescer
Publicado em 08.06.2014, às 20h32
Além de possíveis alterações nas regras do
Fies, deve ficar para o próximo governo a tarefa de revisar algumas normas do ensino a
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Nós fazemos uma música que poderia ser definida como "popular de câmera", uma música
de câmara feita com vários elementos muito
caros à tradição popular, especialmente no
que diz respeito ao ritmo”, finaliza Paulo.
65
distância (EAD). Espera-se a flexibilização de
regras que hoje atrasam a abertura de novos
polos. O diretor da Associação Brasileira de
Educação a Distância (Abed), Calos Longo,
afirma que há planos de apresentação no
Ministério da Educação de um novo marco regulatório para a modalidade, mas a expectativa
é que o tema só avance após as eleições. Entre
as discussões, a possibilidade de utilização de
bibliotecas virtuais e novas tecnologias.
As novas normas, diz Longo, poderiam acelerar a aprovação pelo ministério de novos
polos de ensino a distância, que são espaços
de apoio presencial frequentados pelos alunos para parte das aulas ou para realização de
provas. Com bibliotecas virtuais, por exemplo, cairia a necessidade de fiscais do Ministério da Educação visitarem cada polo para
verificar o acervo das instituições antes da
inauguração das unidades.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Por trás desse debate, está a constatação de
que o ensino a distância é um mercado bastante menos pulverizado que a graduação presencial. Durante o julgamento da fusão de
Kroton e Anhanguera no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) este foi
um dos principais temas abordados pela relatora do caso, a conselheira Ana Frazão.
66
"Esperamos que novas empresas continuem
entrando nesse mercado a um ritmo gradativo, como tem sido o caso", comentaram em
relatório os analistas do Santander Bruno
Giardino e Daniel Gewehr. Eles calculam que
desde 2012, 26 novas companhias conseguiram o credenciamento, com 162 novos
polos em operação, uma média de 6,2 polos
por instituição de ensino superior (IES).
Empresas que já atuam no segmento e que
solicitaram expansão não foram contempladas ainda. "Hoje há uma abertura maior para
inauguração de novos polos, mas para o setor estes ainda são passos de tartaruga",
acredita Edman Altheman, diretor-geral das
Faculdades Integradas Rio Branco.
O cenário começa a se tornar mais competitivo com a chegada de novas companhias. O
grupo Ser Educacional e a Universidade
Positivo iniciaram no primeiro trimestre de
2014 a oferta de cursos a distância enquanto
o Anima Educação informou ter passado pela
última fase de aprovação do seu EAD. A FMU,
recém comprada pela americana Laureate, é
outra que espera se expandir no segmento
enquanto a Cruzeiro do Sul quer sair dos 80
polos atuais e abrir 264 novos. "Nós teremos
num intervalo de um a dois anos o dobro da
quantidade de operadores disputando alunos" comenta o consultor da Hoper Educação, João Vianney.
Em resposta, as líderes Kroton e Anhanguera
também têm planos para expansão enquanto
chegam as etapas finais da fusão entre elas. O
presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, já
afirmou que considera possível que até o segundo semestre de 2015 estejam funcionando
225 novos polos da companhia. A Anhanguera
também aguarda aprovação do Ministério da
Educação para abrir 223 polos novos.
Fonte: Agência Estado
101. A ideia principal do texto é a de que
a) empresas atuantes na educação a distância
solicitaram expansão, mas não foram contempladas ainda.
b) o mercado para empresa que trabalham
com educação a distância apresenta possibilidades de crescimento.
c) existem condições favoráveis para que
ocorra a criação de polos de educação a distância no Brasil.
d) o ensino a distância é um mercado bastante
mais concentrado do que o da graduação
presencial.
Leia o texto a seguir e responda.
Benefícios da educação de prática musical
A educação musical é pouco valorizada e difundida no Brasil, mas é de fundamental im-
Para os gregos, a música era tão importante e
universal quanto o próprio idioma. Ela era um
componente responsável por “direcionar a
conduta moral, social e política de cada indivíduo” (NASSER, 1997).
A neurociência usa o termo “funções musicais” para designar “um conjunto de atividades cognitivas e motoras envolvidas no processamento da música.” (BALLONE, 2010).
O estudo da música favorece conexões entre
neurônios relacionados aos processos de
memorização, atenção, raciocínio e matemática. Poderíamos ainda citar o cultivo da disciplina no estudo, uma virtude que deveria ser
desenvolvida por todos nós, indivíduos integrantes de uma cultura social que não valoriza
a contemplação, a paciência e a perseverança.
A música desenvolve o trabalho em equipe.
Uma só pessoa não forma uma orquestra,
banda ou um coro, mas cada um tocando e
cantando em seu momento forma o conjunto
onde o espectro sonoro se completa.
A música expressa sentimentos que podem
não ser bem expressos em palavras, mas
quando estes sentimentos são tocados ou
entoados falam direto ao coração. A prática
da música ensina e dá coragem para que os
alunos ultrapassem medos e assumam riscos. Por muitas vezes em nossa vida lidamos
com medos e ansiedades. Encará-los e superá-los podem nos levar a ter uma vida mais
saudável. Os benefícios são inúmeros tanto
para a sociedade quanto para cada indivíduo,
seja crianças, jovens, adultos ou idosos. Este
é o convite: cantando ou tocando estude e
pratique música!
Referências
BALLONE, GJ - A Música e o Cérebro - Disponível em:
www.psiqweb.med.br, 2010.
NASSER, NAJAT. O Ethos na Música Grega. Boletim do CPA,
Campinas, nº 4, jul./dez. 1997.
102. A ideia principal do texto é a de que
a) é possível expressar musicalmente sentimentos que não cabem nas palavras
b) a execução de uma música envolve a realização de trabalho em equipe.
c) estudo da música produz benefícios para o
sujeito e para a coletividade.
d) os gregos conheciam os benefícios da música e incentivavam o estudo dela.
Leia o texto a seguir e responda.
Três motivos científicos para você começar
a namorar
Carol Castro
Semanas atrás, o CIÊNCIA MALUCA mostrou
três bons motivos para você continuar solteiro. Mas a vida a dois também tem lados positivos. E para fazer jus a eles, a gente separou outras três pesquisas que mostram como
um amor pode fazer bem para você. Olha só.
DEIXA SEU CORAÇÃO MAIS FORTE
Pessoas apaixonadas se mostram mais otimistas quando enfrentam cirurgias. E aí aumentam as chances de sobreviver à operação. Foi o
que aconteceu com 500 pacientes que estavam prestes a passar por uma cirurgia cardíaca. Segundo pesquisa americana, o índice
de sobrevivência entre os casados era três
vezes superior ao dos solteiros. É por essas e
outras que…
SOLTEIRÕES MORREM MAIS CEDO
Por um motivo óbvio: os apaixonados têm
um suporte social maior, ou seja, alguém
com quem contar quando algo sai errado. De
acordo com pesquisadores da Universidade
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
portância no desenvolvimento do indivíduo.
Os gregos sabiam muito bem e valorizavam
este conhecimento como princípio formador
do ethos de uma sociedade. Ethos significa
valores, ética, hábitos e harmonia. São os
traços característicos de um povo, seus costumes social e cultural. Logo, a música faz
parte da formação da identidade de um povo.
67
de Louisville, os homens solteiros têm um
risco de morte 32% maior que os casados. E
as mulheres também sofrem: as solteiras
correm um risco 23% maior de morrer. No
fim das contas, os solteirões vivem de 7 a 17
anos menos que os comprometidos.
AMOR DEIXA A COMIDA MAIS GOSTOSA
Ok, essa é gordice. Mas é legal. Kurt Gray, um
psicólogo da Universidade de Maryland, convidou 87 pessoas para um teste. Todos eles
ganharam uma caixa com doces. Enquanto
metade das embalagens carregava uma
mensagem carinhosa, do tipo “espero que você goste”, a outra parte vinha com um bilhete
grosseiro (“tô nem aí se você não gostar”). E
quem havia recebido a caixa fofa gostava
mais da comida do que os outros. “O jeito que
captamos as intenções dos outros muda nossa percepção física do mundo”, explica Gray.
Vai ver é por isso, aliás, que os casais engordam depois de um tempo de namoro.
E aí, qual lista te convenceu mais?
Japão, que culpou o terremoto e o tsunami de
2011 pela queda.
O Ministério do Trabalho e Saúde informou
que o desastre, que deixou aproximadamente
20 mil mortos ou desaparecidos, foi o principal fator por trás da queda na média da
expectativa de vida, que caiu 0.4 anos, ficando em 85,9 anos. As japonesas ficaram atrás
das mulheres de Hong Kong, cuja média é de
86,7 anos.
Segundo o ministério, o aumento nos casos
de suicídio no ano passado também contribuiu para o declínio.
Para os homens, a média da expectativa de
vida caiu 0,11 anos, ficando em 79,44 anos,
empatados com os italianos em sétimo lugar.
Os suíços estão no topo da lista, com 80,2 anos.
Como resultado dos avanços na saúde e queda
da taxa de natalidade, o Japão, décima nação
mais populosa do mundo, é um das sociedades com mais idosos e um ritmo de envelhecimento mais rápido.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
103. A ideia principal do texto é a de que
68
a) o namoro é uma experiência que traz consequências positivas.
b) o namoro desenvolve o paladar das pessoas
que se apaixonam.
c) o namoro previne os apaixonados dos riscos que ameaçam os solteiros.
d) o namoro é uma prática que fortalece o coração dos apaixonados.
Leia o texto a seguir e responda.
Japonesas perdem título de mais longevas
do mundo
26 de julho de 2012 | 8h 37
Depois de 26 anos no topo da lista das mulheres de maior expectativa de vida do mundo,
as japonesas perderam no ano passado a
coroa, disse nesta quarta-feira o governo do
A tendência ficou especialmente evidente no
nordeste do país, região onde mesmo antes
do tsunami a escassez de empregos levava os
jovens a migrarem. Boa parte das vítimas do
desastre era de moradores idosos.
(Por Teppei Kasai)
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,japonesasperdem-titulo-de-mais-longevas-do-mundo,905868,0.htm
104. A informação principal da notícia é a de
quê:
a) a escassez de empregos levava os jovens a
migrarem.
b) a média da expectativa de vida dos homens
caiu 0,11 anos.
c) as japonesas não são mais as mulheres mais
longevas do mundo.
d) o Japão apresenta uma sociedade populosa
e com muitos idosos.
D10 – Identificar o conflito gerador do enredo
e os elementos que constroem a narrativa
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade do aluno em reconhecer os fatos que
causam o conflito ou que motivam as ações dos
personagens, originando o enredo do texto.
E foi quando um dia… ou melhor, uma noite,
deu-se o milagre. No quarto dos fundos da
venda, no quarto que fora do padre, na mesma hora em que o padre costumava acender
uma vela para ler seu breviário, apareceu uma
vela acesa.
– Milagre!!! – quiseram todos.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto
no qual é solicitado ao aluno que identifique os
acontecimentos desencadeadores de fatos
apresentados na narrativa, ou seja, o conflito
gerador, ou o personagem principal, ou o narrador da história, ou o desfecho da narrativa.
E milagre ficou sendo, porque uma senhora
que tinha o filho doente, logo se ajoelhou do
lado de fora do quarto, junto à janela, e pediu
pela criança. Ao chegar em casa, depois do
pedido – conta-se – a senhora encontrou o
filho brincando, fagueiro.
Leia o texto abaixo
Naquela pequena cidade as romarias começaram quando correu o boato do milagre. É
sempre assim. Começa com um simples boato, mas logo o povo – sofredor, coitadinho e
pronto a acreditar em algo capaz de minorar
sua perene chateação – passa a torcer para
que o boato se transforme numa realidade, para poder fazer do milagre a sua esperança.
Dizia-se que ali vivera um vigário muito piedoso, homem bom, tranquilo, amigo da gente
simples, que fora em vida um misto de sacerdote, conselheiro, médico, financiador dos
necessitados e até advogado dos pobres, nas
suas eternas questões com os poderosos.
Fora, enfim, um sacerdote na expressão do
termo: fizera de sua vida um apostolado.
Um dia o vigário morreu. Ficou a saudade morando com a gente do lugar. E era em sinal de
reconhecimento que conservavam o quarto
onde ele vivera, tal e qual o deixara. Era um
quartinho modesto, atrás da venda. Um catre
(porque em histórias assim, a cama do personagem chama-se catre), uma cadeira, um
armário tosco, alguns livros. O quarto do vigário ficou sendo uma espécie de monumento à sua memória, já que a Prefeitura
local não tinha verba para erguer sua estátua.
Vinha gente de longe pedir! Chegava povo de
tudo quanto é canto e ficava ali plantado,
junto à janela, aguardando a luz da vela.
Outros padres, coronéis, até deputados, para
oficializar o milagre. E quando eram mais ou
menos seis da tarde, hora em que o bondoso
sacerdote costumava acender sua vela… a
vela se acendia e começavam as orações.
Ricos e pobres, doentes e saudáveis, homens
e mulheres caíam de joelhos, pedindo.
Com o passar do tempo a coisa arrefeceu.
Muitos foram os casos de doenças curadas,
de heranças conseguidas, de triunfos os mais
diversos. Mas, como tudo passa, depois de
alguns anos passaram também as romarias.
Foi diminuindo a fama do milagre e ficou,
apenas, mais folclore na lembrança do povo.
O lugarejo não mudou nada. Continua igualzinho como era, e ainda existe, atrás da venda,
o quarto que fora do padre. Passamos outro
dia por lá. Entramos e pedimos ao português,
seu dono, que vive há muitos anos atrás do
balcão, a roubar no peso, que nos servisse
uma cerveja. O português, então, berrou para
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
O MILAGRE
– Milagre!!! – repetiram todos. E o grito de
“Milagre!!!” reboou por sobre montes e rios,
vales e florestas, indo soar no ouvido de
outras gentes, de outros povoados. E logo
começaram as romarias.
69
um pretinho, que arrumava latas de goiabada
numa prateleira:
– Ó Milagre, sirva uma cerveja ao freguês!
Achamos o nome engraçado. Qual o padrinho
que pusera o nome de Milagre naquele
afilhado? E o português explicou que não,
que o nome do pretinho era Sebastião. Milagre era apelido.
bandeiras rubro-negras para cada passageiro. E não eram bandeiras pequenas nem
torcedores exaustos: estes pareciam terem
guardado a capacidade de grito para depois
da vitória.
Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até
mesmo dentro da bola chutada por 44 pés. A
bola era ele, embora ninguém reparasse naquela esfera humana que ansiava por tornar a
ser gente a caminho de casa.
– E por quê? – perguntamos.
- Porque era ele quem acendia a vela, no
quarto do padre.
(STANISLAW PONTE PRETA. O melhor de Stanislaw Ponte Preta.
3a. Edição, Rio de Janeiro, José Olympio, 1988)
105. O conflito que motiva o desenvolvimento
da narrativa é
a) as romarias que começaram quando o boato passou a circular.
b) o fato de o garoto de acender a vela no quarto do padre.
c) o fato de o vigário morrer, deixando saudades nos moradores da cidade.
d) o fato de uma senhora ter orado pelo seu
filho, que estava doente.
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
O torcedor
70
No jogo de decisão do campeonato, Eváglio
torceu pelo Atlético Mineiro, não porque fosse atleticano ou mineiro, mas porque receava
o carnaval nas ruas se o Flamengo vencesse.
Visitava um amigo em bairro distante, nenhum
dos dois tem carro, e ele previa que a volta
seria problema.
O Flamengo triunfou, e Eváglio deixou de ser
atleticano para detestar todos os clubes de
futebol, que perturbam a vida urbana com
suas vitórias. Saindo em busca de táxi inexistente, acabou se metendo num ônibus em
que não cabia mais ninguém, e havia duas
Lembrando-se de que torcera pelo vencido,
teve medo, para não dizer terror. Se lessem
em seu íntimo o segredo, estava perdido.
Mas todos cantavam, sambavam com alegria
tão pura que ele próprio começou a sentir um
pouco de Flamengo dentro de si. Era o canto?
Eram braços e pernas falando além da boca? A
emanação de entusiasmo o contagiava e transformava. Marcou com a cabeça o acompanhamento da música. Abriu os lábios, simulando
cantar. Cantou. [...] Estava batizado, crismado e
ungido: uma vez Flamengo, sempre Flamengo.
O pessoal desceu na Gávea, empurrando
Eváglio para descer também e continuar a
festa, mas Eváglio mora em Ipanema, e já
com o pé no estribo se lembrou. Loucura continuar Flamengo [...] Segurou firme na porta,
gritou: “Eu volto, gente! Vou só trocar de
roupa” e, não se sabe como, chegou intacto
ao lar, já sem compromisso clubista.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: <http://flamengoeternamente.blogspot.com/2007/04/o-torcedor-carlos-drummondde-andrade. html>. Acesso em: 13 jan. 2011. Fragmento.
106. O clímax desse texto encontra-se no
trecho:
a) “... acabou se metendo num ônibus em que
não cabia mais ninguém,...”.
b) “Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até
mesmo dentro da bola chutada por 44 pés.”.
c) “Lembrando-se de que torcera pelo vencido,
teve medo, para não dizer terror.”
d) “Estava batizado, crismado e ungido: uma
vez Flamengo, sempre Flamengo.”.
Leia o texto, abaixo e responda.
“Moço, esse seu arroz tá escolhidinho, limpinho e fritinho?”
A lenda do preguiçoso
“Tá não.”
Giba Pedroza
“Então toque o enterro, pessoal.”
“Choro não. Depois eu choro”.
Também a culpa não era do pobre. Foi o pai
que fez pouco caso quando a parteira ralhou
com ele: “Não cruze as pernas, moço. Não
presta! Atrasa o menino pra nascer e ele pode
crescer na preguiça, manhoso”.
E a sina se cumpriu. Cresceu o menino na
maior preguiça e fastio. Nada de roça, nada
de lida, tanto que um dia o moço se viu
sozinho no pequeno sítio da família onde já
não se plantava nada. O mato foi crescendo
em volta da casa e ele já não tinha o que
comer. Vai então que ele chama o vizinho,
que era também seu compadre, e pede pra
ser enterrado ainda vivo. O outro, no começo,
não queria atender ao estranho pedido, mas
quando se lembrou de que negar favor e
desejo de compadre dá sete anos de azar...
E lá se foi o cortejo. Ia carregado por alguns
poucos, nos braços de Josefina, sua rede de
estimação. Quando passou diante da casa do
fazendeiro mais rico da cidade, este tirou o
chapéu, em sinal de respeito, e perguntou:
Quem é que vai aí? Que Deus o tenha!”
“Deus não tem ainda, não, moço. Tá vivo.”
E quando o fazendeiro soube que era porque
não tinha mais o que comer, ofereceu dez
sacas de arroz. O preguiçoso levantou a aba
do chapéu e ainda da rede cochichou no
ouvido do homem:
E é por isso que se diz que é preciso prestar
atenção nas crendices e superstições da
ciência popular.
Disponível em: <http://singrandohorizontes.wordpress.com /2010/
08/18/folclore-popular-lenda-do-preguicoso/>. Acesso em: 08 set.
2010.
107. Ao introduzir esse texto com “Diz que era
uma vez...”, o narrador
a) antecipa a ideia de um texto de conteúdo de
base irreal.
b) isenta-se da responsabilidade sobre o que
será narrado.
c) manifesta-se subjetivamente em relação
aos fatos.
d) reproduz uma introdução tradicional dos
contos de fada.
(PROEB). Leia o texto abaixo e responda.
Os Viajantes e a Bolsa de Moedas
Dois homens viajavam juntos ao longo de
uma estrada, quando um deles encontrou
uma bolsa cheia de alguma coisa. E ele disse:
“Veja que sorte a minha, encontrei uma bolsa,
e a julgar pelo peso, deve estar cheia de moedas de ouro.”
E lhe diz o companheiro: “Não diga encontrei
uma bolsa; mas, nós encontramos uma bolsa, e quanta sorte temos. Amigos de viagem
devem compartilhar as tristezas e alegrias da
estrada.”
O “sortudo”, claro, se nega a dividir o achado.
Então escutam gritos de: “Pega ladrão!”, vindo de um grupo de homens armados com
porretes, que se dirigem, estrada abaixo, na
direção deles. O viajante “sortudo”, logo entra em pânico, e diz. “Estamos perdidos se
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Diz que era uma vez um homem que era o
mais preguiçoso que já se viu debaixo do céu
e acima da terra. Ao nascer nem chorou, e se
pudesse falar teria dito:
71
encontrarem essa bolsa conosco.”
Replica o outro: “Você não disse 'nós' antes.
Assim, agora fique com o que é seu e diga,
'Eu estou perdido'.”
Moral da História:
Não devemos exigir que alguém compartilhe
conosco as desventuras, quando não lhes
compartilhamos também as nossas alegrias.
Esopo. Disponível em: <http://sitededicas.uol.com.br> Acesso em:
02 fev. 2010.
108. O fato que deu origem a essa história foi
a)
b)
c)
d)
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
O Ministério do Trabalho e Saúde informou
que o desastre, que deixou aproximadamente
20 mil mortos ou desaparecidos, foi o
principal fator por trás da queda na média da
expectativa de vida, que caiu 0.4 anos,
ficando em 85,9 anos. As japonesas ficaram
atrás das mulheres de Hong Kong, cuja média
é de 86,7 anos.
Segundo o ministério, o aumento nos casos
de suicídio no ano passado também
contribuiu para o declínio.
o amigo ter abandonado o outro companheiro.
o viajante ser perseguido por homens armados.
os amigos ficarem perdidos em uma estrada.
os viajantes encontrarem uma bolsa com
moedas.
Para os homens, a média da expectativa de
vida caiu 0,11 anos, ficando em 79,44 anos,
empatados com os italianos em sétimo lugar.
Os suíços estão no topo da lista, com 80,2
anos.
D11 – Estabelecer relação causa/ consequência entre partes e elementos do texto
Como resultado dos avanços na saúde e
queda da taxa de natalidade, o Japão, décima
nação mais populosa do mundo, é um das
sociedades com mais idosos e um ritmo de
envelhecimento mais rápido.
Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade do aluno em identificar o motivo pelo
qual os fatos são apresentados no texto, ou seja, o reconhecimento de como as relações entre
os elementos organizam-se de forma que um
torna-se o resultado do outro.
72
governo do Japão, que culpou o terremoto e
o tsunami de 2011 pela queda.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no
qual o aluno estabelece relações entre as diversas
partes que o compõem, averiguando as relações de
causa e efeito, problema e solução, entre outros.
Leia o texto abaixo
Japonesas perdem título de mais longevas
do mundo
26 de julho de 2012 | 8h 37
Depois de 26 anos no topo da lista das mulheres de maior expectativa de vida do
mundo, as japonesas perderam no ano
passado a coroa, disse nesta quarta-feira o
A tendência ficou especialmente evidente no
nordeste do país, região onde mesmo antes
do tsunami a escassez de empregos levava os
jovens a migrarem. Boa parte das vítimas do
desastre era de moradores idosos.
(Por Teppei Kasai)
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,japonesasperdem-titulo-de-mais-longevas-do-mundo,905868,0.htm
109. O governo japonês indica como causas da
queda da expectativa de vida das japonesas:
a) os 26 anos em que elas passaram no topo da
lista das mais longevas.
b) o fato de o Japão ser um país que está envelhecendo rapidamente.
c) terremoto, o tsunami de 2011 e o aumento
nos casos de suicídio.
d) os avanços na saúde e queda da taxa de
natalidade no país.
Leia o texto para responder a questão a seguir:
O NAMORO NA ADOLESCÊNCIA
O Xá do Blá-blá-blá
Um namoro, para acontecer de forma positiva,
precisa de vários ingredientes: a começar pela
família, que não seja muito rígida e atrasada nos
seus valores, seja conversável e, ao mesmo tempo, tenha limites muito claros de comportamento. O adolescente precisa disto para se sentir
seguro. O outro aspecto tem a ver com o próprio
adolescente e suas condições internas que
determinarão suas necessidades e a própria escolha. São fatores inconscientes, que fazem que
a Mariazinha se encante com o jeito tímido do
João e não dê pelota para o herói da turma, o
Mário. Aspectos situacionais, como a relação
harmoniosa ou não entre os pais do adolescente, também influenciarão no seu namoro.
Um relacionamento onde um dos parceiros vem
de um lar em crise é, de saída, dose de leão para
o outro, que passa a ser utilizado como anteparo
de todas as dores e frustrações. Geralmente,
esta carga é demais para o outro parceiro, que
também enfrenta suas crises pelas próprias
condições de adolescente. Entrar em contato
com outra pessoa, senti-la, ouvi-la, depender
dela afetivamente e, ao mesmo tempo, não
massacrá-la de exigências, e não ter medo de se
entregar, é tarefa difícil em qualquer idade. Mas é
assim que começa este aprendizado de relacionar-se afetivamente e que vai durar a vida toda.
Era uma vez, no país de Alefbey, uma triste cidade, a mais triste das cidades, uma cidade tão
arrasadoramente triste que tinha esquecido até
seu próprio nome. Ficava à margem de um mar
sombrio, cheio de peixosos – peixes queixosos
e pesarosos, tão horríveis de se comer que faziam as pessoas arrotarem de pura melancolia,
mesmo quando o céu estava azul.
(Marta Suplicy)
Vocabulário:
anteparo – s.m. Objeto que serve para proteger, resguardar.
110. De acordo com o texto, a frase: “Mas é
assim que começa este aprendizado de relacionar-se afetivamente e que vai durar a vida toda.”
refere-se à seguinte fase do aprendizado:
a)
b)
c)
d)
às fases do namoro: começo, meio e fim.
à formapositivadecomoonamorodeveacontecer.
ao namoro que inicia na adolescência.
aos ingredientes necessários ao namoro.
Ao norte dessa cidade triste havia poderosas fábricas nas quais a tristeza (assim me disseram) era literalmente fabricada, e depois embalada e enviada para o mundo inteiro, que parecia sempre querer mais. Das chaminés das
fábricas de tristeza saía aos borbotões uma
fumaça negra, que pairava sobre a cidade como
uma má notícia.
RUSHDIE, Salman. Haroun e o Mar de Histórias. São Paulo:
Companhia das Letras, 2010.
111. O trecho do texto que indica uma consequência é
a) “que faziam as pessoas arrotarem de pura
melancolia”.
b) “Ficava à margem de um mar sombrio,
cheio de peixosos “.
c) “uma triste cidade, a mais triste das cidades”.
d) ”Ao norte dessa cidade triste havia poderosas fábricas”.
(SAERS). Leia o texto abaixo.
Essas meninas
As alegres meninas que passam na rua, com
suas pastas escolares, às vezes com seus namorados. As alegres meninas que estão sempre rindo, comentando o besouro que entrou
na classe e pousou no vestido da professora;
essas meninas; essas coisas sem importância.
O uniforme as despersonaliza, mas o riso de
cada uma as diferencia.
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Leia o texto para responder a questão a seguir:
73
Riem alto, riem musical, riem desafinado,
riem sem motivo; riem.
herbáceas, que são rasteiras, maleáveis e se
parecem com ervas. Pois bem!
Hoje de manhã estavam sérias, era como se
nunca mais voltassem a rir e falar coisas sem
importância. Faltava uma delas. O jornal dera
notícia do crime. O corpo da menina encontrado naquelas condições, em lugar ermo. A
selvageria de um tempo que não deixa mais rir.
Essas espécies são algumas das grandes produtoras do oxigênio que respiramos e não as
enormes árvores das florestas. [...]
As alegres meninas, agora sérias, tornaramse adultas de uma hora para outra; essas
mulheres.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro:
Record, 1998, p. 72.
112. Qual é a relação de causa e conseqüência
destacada nesse conto?
a) O tempo gera o envelhecimento das meninas.
b) O uniforme gera a despersonalização das
meninas.
c) O riso provoca a diferenciação das meninas.
d) O crime provoca o amadurecimento das
meninas.
Quanto menores são os organismos, mais
rápido é o seu metabolismo, as reações químicas que ocorrem dentro do corpo. No caso
dessas espécies, essas reações estão diretamente ligadas à fotossíntese, processo pelo
qual, utilizando se da luz do Sol, os vegetais
produzem o seu próprio alimento e liberam
oxigênio.
QUESADO, Letícia Barbosa. Ciência hoje das crianças, janeiro/
fevereiro de 2010. Fragmento.
113. De acordo com esse texto, plantas de rios
e mares produzem mais oxigênio porque são
a) encontradas próximas às superfícies da
água.
b) menores e seu metabolismo é mais rápido.
c) parecidas com o capim terrestre.
d) rasteiras e parecidas com ervas.
(SAEPE). Leia o texto abaixo.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Você sabia que a Floresta Amazônica não é
responsável por grande parte do oxigênio
que respiramos?
74
É bem provável que você tenha ouvido por aí:
“A Amazônia é o pulmão do mundo.” Bobagem! Embora as florestas tenham, sim, grande importância na produção do oxigênio, como é o caso da Floresta Amazônica, o grande
pulmão do mundo, para usar a mesma expressão, está nas águas – ou melhor, nos
seres que habitam rios e mares.
Um bom exemplo são os locais de encontro
entre rios e mares, os chamados estuários,
ambientes muito ricos em vida. Ali encontram-se as macrófitas aquáticas, plantas que
se parecem com o capim terrestre; o fitoplâncton, que são algas microscópicas que vivem
próximas às superfícies da água; as plantas
D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas
presentes no texto, marcadas por conjunções,
advérbios etc.
As habilidades que podem ser avaliadas por
este descritor, relacionam-se ao reconhecimento das relações de coerência no texto em
busca de uma concatenação perfeita entre as
partes do texto, as quais são marcadas pelas
conjunções, advérbios, etc., formando uma unidade de sentido.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto
no qual é solicitado ao aluno, a percepção de
uma determinada relação lógico-discursiva,
enfatizada, muitas vezes, pelas expressões de
tempo, de lugar, de comparação, de oposição,
de causalidade, de anterioridade, de posteridade, entre outros e, quando necessário, a identificação dos elementos que explicam essa
relação.
Leia o texto abaixo.
Número de cirurgias plásticas em adolescentes preocupa
Entre 2008 e 2012 o número de cirurgias em
adolescentes aumentou 141%, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)
De acordo com o cirurgião José Horácio Aboudib, presidente da SBCP, não existe uma
norma que defina qual a idade mínima para se
submeter à cirurgia plástica. “Não há idade
mínima, cada caso tem de ser avaliado separadamente. A idade não é o mais importante. O
mais importante é avaliar a evolução física do
paciente”, diz.
Maturação.
O Brasil é o segundo País do mundo em número de cirurgias plásticas - fica atrás apenas
dos Estados Unidos. A lipoaspiração é a cirurgia mais feita (foram 211 mil procedimentos só em 2011), seguida do implante de
silicone nas mamas. A regra vale tanto para
adultos quanto para adolescentes. Nos
meninos, os procedimentos mais procurados são a ginecomastia (redução das mamas
que crescem demais) e a cirurgia para corrigir a orelha de abano.
Segundo dados da SBCP, nessa época do ano
- inverno associado às férias escolares - a procura pelas cirurgias aumenta em média 60%.
“Isso acontece porque o frio torna o pósoperatório mais confortável, favorecendo a recuperação mais rápida. Além disso, é recomendado não tomar sol após a cirurgia para
evitar manchas” diz o cirurgião Gustavo
Tilmann.
Segundo Aboudib, há adolescentes com 14
anos que já possuem corpo biológico de adulto. “O que temos de avaliar é o nível de crescimento e maturação de cada um. Na menina,
em geral isso acontece dois a três anos depois
da primeira menstruação. No menino é mais
difícil definir o início da puberdade, por isso é
preciso avaliar cada caso.”
Para Maurício de Souza Lima, médico hebiatra (especializado no atendimento de adolescentes) do Hospital Sírio-Libanês, a decisão
de fazer plástica na adolescência é polêmica.
“Nessa idade, os jovens estão em fase de
transformação, mas na maioria das vezes
ainda não é hora de mudar. Tem jovens que
preferem uma cirurgia em vez de uma festa
de 15 anos. É um exagero”, avalia. “O adolescente é muito imediatista e isso inclui a
ansiedade por mudanças no corpo”, diz.
Banalizada
O psicólogo Marco Antônio de Tommaso,
especialista em transtornos da imagem, vê
exagero em realizar cirurgias entre adolescentes. Para ele, há uma banalização desse
tipo de procedimento. “Hoje em dia existe até
consórcio de cirurgia plástica.” De acordo
com ele, os adolescentes vivem as pressões
do padrão de beleza pelo corpo magro e
perfeito. E eles têm uma visão distorcida de si
mesmos e da sua imagem corporal.
“Eles vivem um sentimento de inferioridade e
acham que resolverão seus problemas fazen-
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
O número de cirurgias plásticas em adolescentes entre 14 e 18 anos mais do que dobrou
em quatro anos - saltou de 37.740 procedimentos em 2008 para 91.100 em 2012
(141% a mais), segundo dados da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). No
mesmo período, o número total de plásticas
em adultos subiu 38, 6% (saindo de 591.260
para 819.900 procedimentos) - o que significa
que as cirurgias no público jovem cresceram em
um ritmo 3,5 vezes maior. Além de estar num
crescimento acelerado, a participação de jovens
no total de cirurgias (911 mil procedimentos),
também cresceu: saltou de 6% em 2008 para
10% em 2012.
75
do a cirurgia plástica. Não estamos falando
de um caso de orelha de abano ou de um nariz
quebrado num acidente. Estamos falando de
cirurgias absolutamente estéticas”, avalia
Tommaso, que tem uma paciente que queria
fazer uma lipoaspiração nos joelhos por achar
que havia excesso de gordura naquela região.
“Ela não usa saia.”
Para o psicólogo, por conta do bombardeamento de estímulos de beleza tanto na internet quanto na televisão, a tendência é cada
vez mais os jovens procurarem a cirurgia plástica para atingirem esse padrão de beleza. “O
risco é criar uma expectativa em relação à
plástica que pode não ser atingida.”
http://www.academiamalhacao.com.br/site/html/noticiadetalhe.php?noticia=566
114. O trecho “por conta do bombardeamento
de estímulos de beleza tanto na internet quanto
na televisão” tem um valor:
a)
b)
c)
d)
causal
temporal
condicional
proporcional
Leia o texto abaixo.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Ficar ou namorar: intimidade sexual e intimidade emocional em conflito
76
A partir dos anos 80, o “ficar” tornou-se a forma de relacionamento amoroso mais praticada pelos jovens brasileiros. Segundo o
professor doutor Sandro Caramaschi, docente do departamento de Psicologia da
Unesp-Bauru, o ficar não é um privilégio nem
uma invenção das gerações atuais. “Antigamente, as pessoas também 'ficavam', embora atribuíssem nomes diferentes para essa
prática, que era também menos generalizada
do que atualmente”, conta Caramaschi.
O “ficar” caracteriza-se pela ausência de compromisso, de limites e regras claramente
estabelecidos: o que pode ou não pode é defi-
nido no momento em que o relacionamento
acontece, de acordo com a vontade dos
próprios “ficantes”. A duração do “ficar” varia: o tempo de um único beijo, a noite toda,
algumas semanas. Ligar no dia seguinte ou
procurar o outro não é dever de nenhum dos
“ficantes”.
Mesmo desprovido de legitimação social, por
não ter fronteiras bem demarcadas, os resultados benéficos do “ficar” superam os aspectos negativos, já que “ficar” possibilita que as
pessoas avaliem maior número de parceiros
do que se tivessem que namorá-los. “Há chances de se avaliar um ou mais parceiros por
dia, e investir num conhecimento mais profundo de parceiros considerados interessantes”, diz Caramaschi. Segundo ele, a
maior reclamação de jovens quanto ao “ficar”
é a superficialidade dos relacionamentos que
caracterizam essa prática. “'Ficar' implica na
maioria das vezes uma grande intimidade
sexual, à qual não corresponde uma maior
intimidade emocional”, aponta Caramaschi.
Embora as pessoas tenham necessidade de
serem ouvidas e de construírem relacionamentos marcados pela afetividade, dificilmente há predisposição para ouvir e aceitar o
outro, situação gerada pelo individualismo e
pela competitividade cotidianos. Afinal,
“ficar” não é uma mudança comportamental
isolada, e sim o reflexo de uma sociedade
composta por pessoas mais centradas em si
mesmas, situação bem ilustrada pelo volume
elevado das músicas nas pistas de dança
atuais, nas quais cada um dança sozinho, e
onde só se pode conversar aos berros.
O hábito de “ficar” preocupa os pais, que
sentem seus filhos mais expostos a doenças
sexualmente transmissíveis e à gravidez precoce. “Há um descompasso entre o aumento
da liberdade e da responsabilidade”, afirma
Caramaschi. “Os jovens sabem o que devem
fazer para se prevenir, mas não estão preparados para conduzir essas medidas preventivas em situações sociais comuns na sua vida”.
Cinquenta pessoas do sexo feminino e 50 do
sexo masculino responderam a um questionário com quatorze questões sobre situações
comuns a relacionamentos amorosos. Após
a análise dos dados coletados, verificou-se
que não há grandes diferenças entre quais
comportamentos homens e mulheres consideram típicos do “ficar”, da fase intermediária e do namoro. A pesquisa ressalta, porém,
que as mulheres consideram o Companheirismo como característico da fase intermediária
entre “ficar” e namoro, enquanto os homens
consideram-no como peculiar ao namoro. Já a
Visita Familiar e o Ciúme são característicos
da fase intermediária para os homens, mas
do namoro para as mulheres. Caramaschi
ressalta que esses resultados se referem a
um grupo específico, o de universitários da
Unesp-Bauru, e que os conceitos sobre o
“ficar” e o namoro podem variar conforme a
faixa etária dos entrevistados, ou seu ambiente social. Para Caramaschi, a grande surpresa foi descobrir que o sexo é considerado
próprio da fase intermediária tanto para garotos quanto para garotas.
Fonte: Unesp
115. O segmento “Mesmo desprovido de
legitimação social” indica
a) confirmação
b) igualdade
c) concessão
d) inclusão
Leia o texto abaixo.
COMPETIÇÃO
O mar é belo.
Muito mais belo é ver um barco no mar.
O pássaro é belo.
Muito mais belo é hoje o homem voar.
A lua é bela.
Muito mais bela é uma viagem lunar.
Belo é o abismo.
Muito mais belo é o arco da ponte no ar.
A onda é bela. Muito mais bela é uma mulher
nadar.
[...]
Cassiano Ricardo
116. Identifica-se entre o primeiro verso de cada estrofe e os dois últimos uma relação semântica de:
a)
b)
c)
d)
consecutividade
finalidade
proporcionalidade
adversidade
Leia o texto abaixo.
Olhos de ressaca
Enfim, chegou a hora da encomendação e da
partida. Sancha quis despedir-se do marido,
e o desespero daquele lance consternou a
todos. Muitos homens choravam também, as
mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava
a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era
geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem
algumas lágrimas poucas e caladas.
As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Para entender melhor o assunto, a aluna de
Psicologia Cristiane Oliveira Alves desenvolveu a pesquisa “'Ficar' x Namoro: o que
marca a passagem de relacionamento a outro
na concepção de universitários?” A pesquisa
envolveu 100 universitários de ambos os
sexos, com idade entre 18 e 24 anos, das
faculdades de Ciência (FC), Engenharia (FE) e
Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) da
Unesp-Bauru, e buscava descobrir se há diferenças entre quando o “ficar” se transforma
em namoro para garotas e garotos.
77
furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la;
mas o cadáver parece que a retinha também.
Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos,
como a vaga do mar lá fora, como se quisesse
tragar também o nadador da manhã.
ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. Capítulo 123. São Paulo:
Martin Claret, 2004.
117. No trecho: “No meio dela, Capitu olhou
alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão
apaixonadamente fixa, que não admira lhe
saltassem algumas lágrimas poucas e caladas.”,
o vocábulo que destacado indica uma
a)
b)
c)
d)
consequência
causa
adversidade
condição
118. O trecho “... como se quisesse tragar também o nadador da manhã.” Sinaliza uma:
a)
b)
c)
d)
certeza
uma dúvida
uma sugestão
uma contradição
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Leia o texto abaixo
78
contendo água, proteína, açúcar e sais minerais'. Um alimento pra ninguém botar defeito.
O ser humano o usa há mais de 5.000 anos. É
o único alimento só alimento. A carne serve
pro animal andar, a fruta serve pra fazer outra
fruta, o ovo serve pra fazer outra galinha (...)
O leite é só leite. Ou toma ou bota fora.
Esse aqui examinando bem, é só pra botar fora. Tem chumbo, tem benzina, tem mais água
do que leite, tem serragem, sou capaz de jurar
que nem vaca tem por trás desse negócio.
Depois o pessoal ainda acha estranho que os
meninos não gostem de leite.
Mas, como não gostam? Não gostam como?
Nunca tomaram! Múúúúúúú!”
FERNANDES, Millôr. O Estado de S. Paulo, 22 de agosto de 1999
119. No segmento “ovo serve pra fazer outra
galinha”, há uma relação de
a)
b)
c)
d)
tempo
causa
alternância
finalidade
Leia o texto abaixo
O rolé do rolezinho
“Vocês que têm mais de 15 anos, se lembram
quando a gente comprava leite em garrafa, na
leiteria da esquina? (...)
O "rolé" se transformou em "rolezinho" em
evolução tão rápida quanto o giro incontrolável das redes sociais
Mas vocês não se lembram de nada, pô! Vai
ver nem sabem o que é vaca. Nem o que é
leite. Estou falando isso porque agora mesmo
peguei um pacote de leite – leite em pacote,
imagina, Tereza! – na porta dos fundos e
Por Josué Machado
estava escrito que é pasterizado, ou pasteurizado, sei lá, tem vitamina, é garantido pela
embromatologia, foi enriquecido e o escambau.
Será que isso é mesmo leite? No dicionário
diz que leite é outra coisa: 'Líquido branco,
Enquanto se discute se os participantes dos
rolezinhos são rebeldes com ou sem causa,
pode-se discutir o significado e a origem da
palavra que nomeia o fenômeno. Só não há
dúvida de que a internet, ao alcance de todas as
classes sociais, é o instrumento para promover
os encontros. Parece também inevitável que,
num encontro temperado por correrias, haja um
ou outro descontrole, coisa que independe do
nível socioeconômico da moçada.
Outra parônima de “rolé” e “rolê”, ambas
oxítonas (acento tônico na última sílaba), é
“role”, paroxítona (tônica na penúltima
sílaba), forma do verbo “rolar” (“rodar”, “fazer girar”; e também “arrulhar”). “Rolar de
rir” significa rir tanto a ponto de dobrar o
corpo como um rolo.
“Rolé” significa pequeno passeio, volta. É
substantivo usado só na locução “Dar um rolé”, isto é, dar um passeio, uma volta, um giro
por aí. Pronuncia-se com [é] aberto. Antes de
1971, seria escrito “rolèzinho”, com o acento
grave suprimido na reforma daquele ano. O
acento nada importante eliminava raras
dúvidas de pronúncia porque marcava a
vogal subtônica dos vocábulos derivados em
que figura o sufixo “-mente” ou sufixos iniciados por [z]. Assim: “pàzinha”, “cafèzinho”,
“sòmente”, etc.
A palavra original, oxítona, tem acento: pá,
café, só. Isso agora pouco importa. O que interessa é que, no significado e na etimologia,
“rolé” se aproxima de “rolê”.
Rolê é o “movimento que o capoeirista executa
agachado, de costas para o adversário, com o
apoio das mãos e dos pés, para deslocar-se
pelo chão”, como define o Aulete Digital. E
“rolê de mergulho” é o executado com o corpo
rente ao chão, lembra o Aurélio. Há a segunda
acepção de rolê, usada em “bife rolê”, isto é,
enrolado. Outra é a “gola rolê”, da blusa ou
camisa em que o tecido envolve o pescoço.
Rolê e rolé, portanto, são aparentados porque representam coisas ou movimentos
giratórios. Como “rolar”, aliás. De modo que
“rolé” talvez tenha a mesma origem francesa
de “rolê”, como indica o Houaiss: roulê é
particípio passado de rouler, antes roueller, isto
é, “enrolar”, de rouelle, depois ruele (rodela), do
latim tardio rotella, diminutivo de rota, nossa
roda universal. Inclusive a roda algo descontrolada em que gira o desvairado rolezinho.
120. A conjunção “enquanto” bem no início do
texto aponta para:
a)
b)
c)
d)
uma relação de tempo.
uma relação de sucessão.
uma relação de proporção.
uma relação de finalidade.
121. As conjunções portanto e porque no início
do último parágrafo:
a) indicam consequência e condição.
b) representam consequência e causa.
c) sinalizam consequência e alternância.
d) apontam conclusão e explicação.
Leia o texto abaixo
Automóvel: sociedade anônima
Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de causa, a fim de evitar desilusões
futuras. Desde que o compra, o carro passa a
interessar aos outros, muito mais que a você
mesmo. É uma espécie de indústria às avessas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para distribuir seu dinheiro. Já na compra do carro, você contribui
para uma infinidade de setores produtivos,
que podemos encolher, ao máximo, nos seguintes itens: a indústria automobilística
propriamente dita; os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de artefatos de borracha;
as fábricas de plásticos, couros, tintas etc.; as
fábricas de rolamentos e outras autopeças;
as fábricas de relógios, rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos de seus derivados;
as refinarias; os distribuidores de gasolina,
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Enfim, o “rolezinho” é uma torrente repentina
no curso até então sereno de algum lugar ocupado por outras classes sociais. É diminutivo
de “rolé”, assim, com acento agudo, como
registram os dicionários. “Rolé” é parônima
de “rolê”. Convém lembrar que palavras parônimas pouco diferem uma da outra na
grafia ou na pronúncia.
79
as oficinas mecânicas. Seu automóvel é de
fato uma sociedade anônima, da qual todos
lucram, menos você. Ao comprar um carro,
você entrou na órbita de toda essa gente; até
ontem, você estava fora do alcance delas.
Como proprietário de automóvel, você ainda
terá relações com outras pessoas: com os
colegas motoristas, que preferem bater no
seu para-lama a dar uma marcha à ré de meio
metro; com os pedestres e ciclistas imprudentes; com as crianças diabólicas que riscam sua pintura, sobretudo quando o carro
está novinho em folha; com os sujeitos que
só dirigem de farol alto; com os barbeiros de
qualidades diversas; com a juventude desviada; com parentes e amigos, que o consideram um sujeito excelente ou ordinário, conforme sua subserviência à necessidade deles;
com ladrões etc. Poderia escrever páginas
sobre o automóvel que você comprou ou vai
comprar, mas fico por aqui: tenho de tomar
um táxi e ir à oficina ouvir do mecânico que o
meu carro não está pronto. De qualquer forma, não desanime com minha crônica: vale a
pena ter carro, pois, ser pedestre, embora
mais tranquilo e mais barato, é ainda mais
chato. A não ser que você tenha chegado,
com Pascal, à suprema descoberta: a de que
todos os males do homem se devem ao fato
de ele não ficar quietinho no quarto.
Paulo Mendes Campos. In: Supermercado. Rio de Janeiro,
Tecnoprint, 1976, p. 99-102 (com adaptações).
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
122. O segmento “Desde que” apresenta uma
ideia de
80
a)
b)
c)
d)
finalidade
tempo
alternância
condição
Leia o texto abaixo
“É dever da família, da sociedade e do Estado
assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à saúde, à alimentação, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comu-
nitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, crueldade e opressão”.
Artigo 227, Constituição da República Federativa do Brasil.
123. A expressão “além de” indica uma ideia de
a)
b)
c)
d)
superação.
transposição
acréscimo.
condição.
Leia o texto abaixo
O Último Poema
Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem
perfume
A pureza da chama em que se consomem os
diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem
explicação.
Manuel Bandeira
124. O conectivo como no terceiro verso destaca uma ideia de
a)
b)
c)
d)
comparação
explicação
causa
conformidade
TÓPICO V
RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS
E EFEITOS DE SENTIDO
Em diferentes gêneros textuais, tais como a
propaganda, por exemplo, os recursos expressivos são largamente utilizados, como caixa
alta, negrito, itálico, etc. Os poemas também se
valem desses recursos, exigindo atenção redobrada e sensibilidade do leitor para perceber os
efeitos de sentido subjacentes ao texto.
Vale destacarmos que os sinais de pontuação,
como reticências, exclamação, interrogação,
etc., e outros mecanismos de notação, como o
itálico, o negrito, a caixa alta e o tamanho da fonte
podem expressar sentidos variados. O ponto de
exclamação, por exemplo, nem sempre expressa
surpresa. Faz-se necessário, portanto, que o leitor, ao explorar o texto, perceba como esses elementos constroem a significação, na situação
comunicativa em que se apresentam.
Leia o texto:
D16 – Identificar efeitos de ironia ou humor
em textos variados
Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade do aluno em reconhecer os efeitos de ironia ou humor causados por expressões diferenciadas, utilizadas no texto pelo autor, ou,
ainda, pela utilização de pontuação e notações.
Essa habilidade é avaliada por meio de textos
verbais e não-verbais, sendo muito valorizado
nesse descritor atividades com textos de gêneros variados sobre temas atuais, com espaço
para várias possibilidades de leitura, como os
textos publicitários, as charges, os textos de humor ou as letras de músicas, levando o aluno a
perceber o sentido irônico ou humorístico do texto, que pode estar representado tanto por uma
expressão verbal inusitada, quanto por uma
expressão facial da personagem. Nos itens do
Saeb, geralmente é solicitado ao aluno que ele
identifique onde se encontram traços de humor no
texto, ou informe por que é provocado o efeito de
humor em determinada expressão.
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
O uso de recursos expressivos possibilita uma
leitura para além dos elementos superficiais do
texto e auxilia o leitor na construção de novos
significados. Nesse sentido, o conhecimento
de diferentes gêneros textuais proporciona ao
leitor o desenvolvimento de estratégias de
antecipação de informações que o levam à
construção de significados.
81
125. Qual é o estatuto que Silvestre critica no último quadrinho?
a)
b)
c)
d)
Estatuto do Idoso.
Estatuto da Juventude.
Estatuto do Desarmamento.
Estatuto da Criança e do Adolescente.
Leia o texto:
126. O humor da tira acima está no fato:
a)
b)
c)
d)
do homem não obedecer à sinalização.
do homem parar o carro para ler a placa.
do homem correr muito.
do homem descobrir que Reduza é uma cidade.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Leia o texto abaixo:
82
127. O humor do texto reside no fato de:
a) A personagem Mônica revelar interesse pela lei do país com relação a menores infratores.
b) Franjinha conhecer as leis do país.
c) O crime cometido ser o roubo do coelhinho, o responsável pelo crime ser o Cebolinha e o
advogado de defesa ser a mãe desse.
d) O medo que o Cebolinha tem de Mônica.
128. Na imagem, o humor é gerado
a)
b)
c)
d)
pelo tratamento carinhoso que a mulher dá ao marido desonesto.
pela leitura do jornal num momento que deveria ser de descontração.
pelas roupas que são pouco apropriadas ao conteúdo da notícia que é lida.
pelo desencontro entre a informação do jornal e a condição do “suposto” preso.
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Leia o texto abaixo
83
Leia o texto abaixo
129. O humor do texto vem do fato que
a) o pai do garoto pratica rotineiramente exercícios físicos, mas sem resultado.
b) o garoto vê na bicicleta uma tradução da falta de realizações na vida do pai.
c) o pai do garoto faz exercícios, mas não sai de
casa para mostrar os resultados.
d) o garoto não entende que as metáforas são
interpretadas figuradamente.
D17 – Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
A habilidade que pode ser avaliada por este descritor refere-se à identificação, pelo aluno, dos
efeitos provocados pelo emprego de recursos da
pontuação ou de outras formas de notação, em
contribuição à compreensão textual, não se limitando ao seu aspecto puramente gramatical.
84
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto
no qual é requerido do aluno que ele identifique o
sentido provocado por meio da pontuação (travessão, aspas, reticências, interrogação, exclamação, etc.) e/ou notações como, tamanho de
letra, parênteses, caixa alta, itálico, negrito, entre
outros. Os enunciados dos itens solicitam que os
alunos reconheçam o porquê do uso do itálico,
por exemplo, em uma determinada palavra no
texto, ou indique o sentido de uma exclamação
em determinada frase, ou identifique por que
usar os parênteses, entre outros.
Leia o texto abaixo
Tudo acaba... Tudo passa...
Tudo quebra... Tudo cansa...
Mas mesmo em uma desgraça
Há sempre um fio de esperança.
(Inocêncio T. Souto)
130. O emprego das reticências na quadra acima sinaliza principalmente
a) o destaque que quer se dar à palavra que vem
depois dela escrita com maiúscula.
b) a interrupção do pensamento diante do fim e
do cansaço que cercam o ser humano.
c) o caráter dinâmico e passageiro das coisas,
que não se mantêm apesar da esperança.
d) a tentativa de pelas pausas traduzir a sensação de quebra e cansaço citados no texto.
Leia o texto abaixo
Ficar ou namorar: intimidade sexual e intimidade emocional em conflito
A partir dos anos 80, o “ficar” tornou-se a forma de relacionamento amoroso mais praticada pelos jovens brasileiros. Segundo o
professor doutor Sandro Caramaschi, docente do departamento de Psicologia da Unesp-
O “ficar” caracteriza-se pela ausência de compromisso, de limites e regras claramente estabelecidos: o que pode ou não pode é definido
no momento em que o relacionamento acontece, de acordo com a vontade dos próprios
“ficantes”. A duração do “ficar” varia: o tempo
de um único beijo, a noite toda, algumas
semanas. Ligar no dia seguinte ou procurar o
outro não é dever de nenhum dos “ficantes”.
Mesmo desprovido de legitimação social, por
não ter fronteiras bem demarcadas, os resultados benéficos do “ficar” superam os
aspectos negativos, já que “ficar” possibilita
que as pessoas avaliem maior número de
parceiros do que se tivessem que namorá-los.
“Há chances de se avaliar um ou mais parceiros por dia, e investir num conhecimento mais
profundo de parceiros considerados interessantes”, diz Caramaschi. Segundo ele, a maior
reclamação de jovens quanto ao “ficar” é a
superficialidade dos relacionamentos que
caracterizam essa prática. “'Ficar' implica na
maioria das vezes uma grande intimidade
sexual, à qual não corresponde uma maior
intimidade emocional”, aponta Caramaschi.
Embora as pessoas tenham necessidade de
serem ouvidas e de construírem relacionamentos marcados pela afetividade, dificilmente
há predisposição para ouvir e aceitar o outro,
situação gerada pelo individualismo e pela
competitividade cotidianos. Afinal, “ficar” não é
uma mudança comportamental isolada, e sim o
reflexo de uma sociedade composta por
pessoas mais centradas em si mesmas,
situação bem ilustrada pelo volume elevado das
músicas nas pistas de dança atuais, nas quais
cada um dança sozinho, e onde só se pode
conversar aos berros.
O hábito de “ficar” preocupa os pais, que
sentem seus filhos mais expostos a doenças
sexualmente transmissíveis e à gravidez precoce. “Há um descompasso entre o aumento
da liberdade e da responsabilidade”, afirma
Caramaschi. “Os jovens sabem o que devem fazer para se prevenir, mas não estão preparados
para conduzir essas medidas preventivas em
situações sociais comuns na sua vida”.
Para entender melhor o assunto, a aluna de
Psicologia Cristiane Oliveira Alves desenvolveu a pesquisa “'Ficar' x Namoro: o que
marca a passagem de relacionamento a outro
na concepção de universitários?” A pesquisa
envolveu 100 universitários de ambos os
sexos, com idade entre 18 e 24 anos, das
faculdades de Ciência (FC), Engenharia (FE) e
Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) da
Unesp-Bauru, e buscava descobrir se há diferenças entre quando o “ficar” se transforma
em namoro para garotas e garotos.
Cinquenta pessoas do sexo feminino e 50 do
sexo masculino responderam a um questionário com quatorze questões sobre situações
comuns a relacionamentos amorosos. Após
a análise dos dados coletados, verificou-se
que não há grandes diferenças entre quais
comportamentos homens e mulheres consideram típicos do “ficar”, da fase intermediária e do namoro. A pesquisa ressalta,
porém, que as mulheres consideram o Companheirismo como característico da fase
intermediária entre “ficar” e namoro, enquanto os homens consideram-no como peculiar
ao namoro. Já a Visita Familiar e o Ciúme são
característicos da fase intermediária para os
homens, mas do namoro para as mulheres.
Caramaschi ressalta que esses resultados se
referem a um grupo específico, o de universitários da Unesp-Bauru, e que os conceitos
sobre o “ficar” e o namoro podem variar
conforme a faixa etária dos entrevistados, ou
seu ambiente social. Para Caramaschi, a
grande surpresa foi descobrir que o sexo é
considerado próprio da fase intermediária
tanto para garotos quanto para garotas.
Fonte: Unesp
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Bauru, o ficar não é um privilégio nem uma
invenção das gerações atuais. “Antigamente,
as pessoas também 'ficavam', embora atribuíssem nomes diferentes para essa prática,
que era também menos generalizada do que
atualmente”, conta Caramaschi.
85
131. As aspas em torno da palavra “ficar” sinalizam
a) que essa palavra é uma transcrição da fala
de outra pessoa.
b) um emprego irônico do verbo com finalidades humorísticas.
c) um uso do vocábulo com um sentido diferente do original.
d) um destaque dado a um neologismo de
natureza morfológica.
Leia o texto abaixo
Respeitem meus cabelos, brancos
Chico César
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Respeitem meus cabelos, brancos
Chegou a hora de falar
Vamos ser francos
Pois quando um preto fala
O branco cala ou deixa a sala
Com veludo nos tamancos
Cabelo veio da áfrica
Junto com meus santos
Benguelas, zulus, gêges
Rebolos, bundos, bantos
Batuques, toques, mandingas
Danças, tranças, cantos
Respeitem meus cabelos, brancos
Se eu quero pixaim, deixa
Se eu quero enrolar, deixa
Se eu quero colorir, deixa
Se eu quero assanhar, deixa
Deixa, deixa a madeixa balançar
86
Leia o texto abaixo
“, estando tão ocupada, viera das compras de
casa que a empregada fizera às pressas
porque cada vez mais matava serviço, embora só viesse para deixar almoço e jantar
prontos, dera vários telefonemas tomando
providências, inclusive um dificílimo para
chamar o bombeiro de encanamentos de
água, fora à cozinha para arrumar as compras
e dispor na fruteira as maças que eram a sua
melhor comida, embora não soubesse enfeitar uma fruteira, mas Ulisses acenara-lhe
com a possibilidade futura de por exemplo
embelezar uma fruteira, ...”
Clarice Lispector: Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres – A origem da Primavera ou A Morte Necessária em Pleno Dia
133. A vírgula iniciando a narrativa sugere
a) que há uma separação entre o que veio antes
e o que será narrado.
b) que não faz sentido saber o que veio antes
do início da narrativa.
c) que há uma descontinuidade entre o anterior
e o posterior à vírgula.
d) que a história em questão começa anteriormente à narração dela.
Leia o texto para responder a questão abaixo:
132. Na letra da música, o emprego da vírgula
após o vocábulo “cabelos” cria
a) a ideia de oposição racial entre quem fala e a
quem a letra se dirige.
b) uma concepção isolacionista no tocante ao
papel social do negro.
c) uma noção discriminatória quanto aos que
têm pele de cor branca.
d) um afastamento de quem fala em relação ao
seu contexto de origem.
Revista o Globo, 10/01/2010
a) a reeducação alimentar inclui muitos sacrifícios.
b) o uso do pão anunciado contribui para o bom
funcionamento do intestino.
c) o funcionamento do intestino regulariza a vida do indivíduo.
d) a alimentação equilibrada é fundamental para a saúde.
(SAERJ). Leia o texto abaixo.
Pico da Neblina, Monte Pascoal, Dedo de
Deus, Pico das Agulhas Negras... São muitos
os nomes das montanhas. Estas que citamos
são apenas uma amostra das mais famosas
que estão espalhadas pelo Brasil.
Os nomes dados aos elementos da paisagem
tinham função semelhante à de um mapa: serviam para indicar rotas de caça, de água, de
tipos de alimentos ou mesmo de abrigos referentes aos lugares por onde precisariam
tornar a passar.
FARIA, Antonio Paulo. Ciência Hoje. 2 ed, n. 180, p. 07, jul. 2007.
Fragmento.
135. Na primeira linha, as reticências (...) foram
usadas para
a) citar uma montanha que é a mais famosa de
todas.
b) destacar algumas montanhas que o autor
prefere.
c) indicar que há outras montanhas além
daquelas citadas.
d) iniciar uma explicação ao leitor sobre as
montanhas.
mada que está mais perto do ponto de fusão (o
gelo mais quente) e fica mais ao norte do continente está derretendo de maneira relativamente rápida. “No entanto, isso representa menos de 2% do volume de gelo do continente.
Enquanto isso, o gelo do manto, muito frio, algumas vezes abaixo de – 40 oC, está aumentando.
Conforme a atmosfera e o oceano estão aquecendo, mais água evapora e chega como neve
ao interior do continente. Ou seja, um aquecimento global levará ao aumento de gelo na
maior parte da Antártica. O ativista, Guarany
Osório, coordenador da Campanha de Clima
do Greenpeace, não é tão otimista assim. Ele
cita o caso da plataforma de gelo Wilkins, de
cerca de 14 mil km2, que está prestes a se
depreender da Península Antártica.
Atualmente, o bloco – “do tamanho da Jamaica”, compara Osório – é mantido por uma
faixa de gelo de apenas 40 km de largura.
Galileu. abr. 2009 n. 213, p. 33.
136. No trecho “Explica-se: a camada que está
mais perto do ponto de fusão (o gelo mais
quente) e fica mais ao norte do continente está
derretendo de maneira relativamente rápida.”,
os dois pontos foram empregados para
a)
b)
c)
d)
introduzir um esclarecimento.
definir um conceito.
acrescentar um argumento.
questionar um dado.
D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra
ou expressão
O gelo na Antártica está aumentando ou
diminuindo?
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade do aluno em reconhecer a alteração de
significado decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão, dependendo da
intenção do autor, a qual pode assumir sentidos
diferentes do seu sentido literal.
[...] o gelo da Antártica está aumentando e diminuindo ao mesmo tempo. Explica-se: a ca-
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto
no qual o aluno é solicitado a perceber os efei-
(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
134. O formato dos parênteses, na primeira
imagem, após a pergunta, reforça a ideia de que
87
tos de sentido que o autor quis imprimir ao texto a partir da escolha de uma linguagem figurada ou da ordem das palavras, do vocabulário,
entre outros.
Leia o texto abaixo e responda.
Cartas de Meu Avô
Manuel Bandeira
A tarde cai, por demais
Erma, úmida e silente…
Lendo, sossegado e só,
As cartas que meu avô
Escrevia a minha avó.
Enternecido sorrio
Do fervor desses carinhos:
É que os conheci velhinhos,
Quando o fogo era já frio.
Cartas de antes do noivado…
Cartas de amor que começa,
Inquieto, maravilhado,
E sem saber o que peça.
Temendo a cada momento
Ofendê-la, desgostá-la,
Quer ler em seu pensamento / E balbucia, não
fala…
A mão pálida tremia
Contando o seu grande bem.
Mas, como o dele, batia
Dela o coração também.
Leia o texto abaixo e responda.
Maria vai com as outras em ação
Os mesmos que hoje adotam Dunga como
queridinho, em redes sociais e no twitter,[...]
serão os que voltar-se-ão contra o técnico da
Seleção em caso de fracasso.
E o farão sem dó nem piedade. É uma legião
de Maria vai com as outras, cujo cérebro não
resiste à manutenção de uma opinião própria.
Seus conceitos e preconceitos migram de
forma proporcional à capacidade neuronal de
raciocínio: quase nula. Podem cobrar depois.
http://wp.clicrbs.com.br/castiel/2010/06/24/maria-vai-com-asoutras eletronicos/ ?topo =77,2,18
138. Segundo o texto, a expressão “Maria vai
com as outras” significa pessoas que:
a)
b)
c)
d)
têm pouca capacidade de raciocínio.
adoram o técnico da seleção .
falam mal do Dunga.
seguem a opinião dos outros.
(3ª P.D – SEDUC-GO). Leia o texto abaixo e
responda.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
137. O par de versos que aponta para a personificação de um elemento inanimado é:
88
a) “Mas, como o dele, batia / Dela o coração
também.”
b) “A chuva, em gotas glaciais, / Chora monotonamente.”
c) “Enternecido sorrio / Do fervor desses
carinhos:”
d) Inquieto, maravilhado, / E sem saber o que peça.
Disponível em: <http://multirinhas.blogspot.com/2009/06/hagar
139. O destaque dado à palavra “formal”, associado à expressão facial de Helga, sugere
140. A repetição do verso “antes de completar 8
anos de idade” indica principalmente:
a)
b)
c)
d)
a) a busca da precisão por parte da voz que fala
no poema.
b) a impossibilidade de dizer algo novo sobre a
morte das crianças.
c) o espanto que a morte de tantas crianças
causa à voz poética.
d) a necessidade de não esquecer em que idade morrem tantas crianças
D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos
e/ou morfossintáticos
A habilidade que pode ser avaliada por meio
deste descritor, refere-se à identificação pelo
aluno do sentido que um recurso ortográfico, como, por exemplo, diminutivo ou, aumentativo de
uma palavra, entre outros, e/ou os recursos morfossintáticos (forma que as palavras se apresentam), provocam no leitor, conforme o que o
autor deseja expressar no texto.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto
no qual se requer que o aluno identifique as mudanças de sentido decorrentes das variações
nos padrões gramaticais da língua (ortografia,
concordância, estrutura de frase, entre outros)
no texto.
Leia o texto abaixo
Poema Brasileiro
No Piauí de cada 100 crianças que nascem
78 morrem antes de completar 8 anos de idade
No Piauí
de cada 100 crianças que nascem
78 morrem antes de completar 8 anos de idade
No Piauí
de cada 100 crianças
que nascem
78 morrem
antes de completar 8 anos de idade
antes de completar 8 anos de idade
antes de completar 8 anos de idade
antes de completar 8 anos de idade
antes de completar 8 anos de idade
Ferreira Gullar
Leia o texto abaixo
ESSAS MENINAS
As alegres meninas que passam na rua, com
suas pastas escolares, às vezes com os seus
namorados. As alegres meninas que estão sempre rindo, comentando o besouro que entrou na
classe e pousou no vestido da professora; essas
meninas; essas coisas sem importância.
O uniforme as despersonaliza, mas o riso de
cada uma as diferencia. Riem alto, riem musical, riem desafinado, riem sem motivo; riem.
Hoje de manhã estavam sérias, era como se
nunca mais voltassem a rir e falar coisas sem
importância. Faltava uma delas. O jornal dera
notícia do crime. O corpo da menina encontrado naquelas condições, em lugar ermo. A selvageria de um tempo que não deixa mais rir.
As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se
adultas de uma hora para outra; essas mulheres.
(Carlos Drummond de Andrade)
141. No trecho “Riem alto, riem musical, riem
desafinado, riem sem motivo; riem”. A expressão sublinhada repete-se 5 vezes no texto com
a finalidade de:
a) enfatizar o riso das meninas, enfim sua alegria despreocupada e inocente.
b) distinguir os vários tipos de riso, para identificar o que estavam sentindo.
c) indicar a utilização de rimas no texto.
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
histeria.
julgamento.
reprovação.
resignação.
89
d) expressar o que as meninas sentiam.
Leia o texto abaixo
Os Estados Unidos cancelaram uma doação
de US$ 48 milhões para os programas brasileiros de combate à Aids porque nosso
governo se recusou a excluir as prostitutas
dos programas de prevenção e tratamento como queriam os americanos, que, na era Bush,
fazem uma espécie de "seleção moral" para a
sua "generosidade". Para eles, quem vive de
alugar seu corpo, sua companhia e seus serviços sexuais não merece ajuda para sobreviver à doença mortal.
142. O emprego das aspas circundando a
palavra generosidade:
a) relaciona-se à doação realizada pelos Estados Unidos.
b) ironiza a postura americana de cancelar a
doação que faria.
c) sinaliza uma defesa do programa brasileiro
de combate à Aids.
d) serve fundamentalmente para colocar o
termo em destaque.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
(PROMOVER). Leia o texto abaixo.
90
Menina apaixonada oferece
um coração cheio de vento
onde quem quiser pode soprar
três sementes de sonho.
O coração da menina
ilumina as noites escuras
como se fosse um farol.
É um coração como todos os outros:
às vezes diz sim
às vezes diz não
às vezes diz sim
às vezes diz não
e tem sempre uma enorme
fome de sol.
MURRAY, Roseana. Classificados poéticos. Miguilim.
143. A repetição dos versos “às vezes diz sim /
às vezes diz não” pretende provocar no leitor a
sensação de
a) desarmonia em relação à estrutura dos versos.
b) humor em relação a algo sugerido a respeito
da menina.
c) oposição em relação aos versos anteriores.
d) movimento e ritmo em relação às batidas do
coração da menina.
Leia o texto abaixo
A GAIOLA
E era a gaiola e era a vida era a gaiola
e era o muro a cerca e o preconceito
e era o filho a família e a aliança
e era a grade a filha e era o conceito
e era o relógio o horário o apontamento
e era o estatuto a lei e o mandamento
e a tabuleta dizendo é proibido.
E era a vida era o mundo e era a gaiola
e era a casa o nome a vestimenta
e era o imposto o aluguel a ferramenta
e era o orgulho e o coração fechado
e o sentimento trancado a cadeado.
E era o amor e o desamor e o medo de magoar
e eram os laços e o sinal de não passar.
E era a vida era a vida o mundo e a gaiola
e era a vida e a vida era a gaiola.
(Apud Alda Beraldo. Trabalhando com poesia. São Paulo: Ática,
1990. v. 2, p. 17.)
144. A repetição da sequência “e era” tem no
poema o efeito de:
a) sugerir que uma vida foi marcada por aspectos de natureza emocional.
b) apontar para um conjunto de dados materiais que estavam no cotidiano.
c) indicar a acumulação de aspectos que compunham a vida de uma pessoa.
d) refletir o caráter duradouro dos elementos
que fazem parte do cotidiano.
TÓPICO VI
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
O estudo da variação linguística é, também,
essencial para a conscientização linguística do
aluno, permitindo que ele construa uma postura não-preconceituosa em relação a usos lingüísticos distintos dos seus.
É muito importante mostrarmos ao aluno as
razões dos diferentes usos, quando é utilizada a
linguagem formal, a informal, a técnica ou as linguagens relacionadas aos falantes, como por
exemplo, a linguagem dos adolescentes, das
pessoas mais velhas.
É necessário transmitirmos ao aluno a noção
do valor social que é atribuído a essas varia-
Leia o texto abaixo
ções, sem, no entanto, permitir que ele desvalorize sua realidade ou a de outrem. Essa discussão é fundamental nesse contexto.
D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto
Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade do aluno em identificar quem fala no
texto e a quem ele se destina, essencialmente,
por meio da presença de marcas linguísticas (o
tipo de vocabulário, o assunto, etc.), evidenciando, também, a importância do domínio das
variações linguísticas que estão presentes na
nossa sociedade.
Essa habilidade é avaliada em textos nos quais
o aluno é solicitado a identificar, o locutor e o
interlocutor do texto nos diversos domínios sociais, como também são exploradas as
possíveis variações da fala: linguagem rural,
urbana, formal, informal, incluindo também as
linguagens relacionadas a determinados domínio sociais, como, por exemplo, cerimônias
religiosas, escola, clube, etc.
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
Este tópico refere-se às inúmeras manifestações e possibilidades da fala. No domínio do
lar, as pessoas exercem papéis sociais de pai,
mãe, filho, avó, tio. Quando observamos um diálogo entre mãe e filho, por exemplo, verificamos características linguísticas que marcam
ambos os papéis. As diferenças mais marcantes são intergeracionais (geração mais velha/
geração mais nova).
91
145. Em relação às marcas linguísticas presentes na charge:
a) a variação linguística da fala do aluno é adequada à conversa com uma professora em
sala de aula.
b) a variante linguística usada pelo aluno revela
a discordância dele em relação às regras do
português.
c) a variação linguística da fala do aluno é característica da idade dele, mas inadequada à
situação.
d) o aluno emprega uma variante que corresponde ao que ele deve ter aprendido na aula
de língua.
Leia o texto abaixo
A unidade Ortográfica
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Velhíssima questão a da unidade ortográfica
do português usado no Brasil e em Portugal.
Que a prosódia seja diferente, é natural. Num
país imenso como o nosso, há diversas
formas de pronunciar as palavras, e o próprio
vocabulário admite expressões regionais – o
mesmo acontecendo em todas as línguas do
mundo.
92
O diabo é a grafia, sobre a qual os portugueses não abrem mão de escrever “director”,
por exemplo. Não é o mesmo caso de “facto”
e “fato”, que têm significações diferentes e,
com boa vontade, podemos compreender a
insistência dos portugueses em se referir à
roupa e ao acontecimento.
Arnaldo Niskier, quando presidente da
Academia Brasileira de Letras, conseguiu
acordo com a Academia de Ciências de Lisboa, assinaram-se tratados com a aprovação
dos governos do Brasil e Portugal. O acordo
previa o consenso de todos os países lusófonos. Na época, somente os dois principais
interessados estavam em condições de obter
um projeto comum – mais tarde, Cabo Verde
também toparia.
Numa das últimas sessões da ABL, Sérgio
Paulo Rouanet, Alberto da Costa e Silva e
Evanildo Bechara trouxeram o problema ao
plenário – um dos temas recorrentes da instituição é a feitura definitiva do vocabulário a
ser adotado por todos os países de expressão
portuguesa. [...]
Cristão - novo nesta questão, acredito que
não será para os meus dias a solução para a
nossa unidade ortográfica.
CONY, Carlos Heitor. Folha de S. Paulo, São Paulo, 10 ago. 2004.
146. Uma expressão do texto se desvia do
padrão culto utilizado nele:
a)
b)
c)
d)
facto
fato
recorrentes
toparia
Leia o texto abaixo
Quer tomar bomba?
Quer tomar bomba? Pode aplicar
Mas eu não garanto se vai inchar
Efeito estufa, ação, reação
Estria no corpo, aí, vai, vacilão
Deca, winstrol, durateston, textex
A fórmula mágica pra você ficar mais sexy
Mulher, dinheiro, oportunidade
Um ciclo de winstrol e você é celebridade
Barriga estilo tanque, pura definição
Duas horas de tensão, não vacila, vai pro chão
Três, quatro, quanto mais repetição
Vai perder muito mais rápido
Então, vem, sente a pressão
MAG. Quer tomar bomba? Disponível em: <www.vagalume.com.br>
Acesso em: 2 out. 2007. [adaptado]
147. Exemplifica, no texto, a variação linguística popular o vocábulo:
a)
b)
c)
d)
efeito
corpo
vacilão
repetição
Via-Láctea
Olavo Bilac
XIII
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".
148. O poeta conversa diretamente com o leitor
no seguinte verso:
a)
b)
c)
d)
“Ora (direis) ouvir estrelas!”
“E abro as janelas, pálido de espanto
“E conversamos toda a noite,”
“Inda as procuro pelo céu deserto.”
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
Onde trabalhar
O perito tem quatro possibilidades de emprego:
• ser contratado por uma empresa de consultoria, que é chamada quando pinta um
problema em outra empresa;
• ser perito da Polícia Federal ou Estadual, que
mantém seu próprio corpo de especialistas;
• ser autônomo e ser convocado pelo juiz de
um tribunal ou por alguma pessoa ou empresa para trabalhar num caso específico;
• trabalhar em uma empresa para fazer segurança virtual preventiva. Ou seja, proteger os
sistemas antes de serem atacados por hackers.
Mundo Estranho, São Paulo: Abril, ed.48, fev. 2006, p. 22.
149. No Texto, há uma palavra representativa
de linguagem coloquial em:
a) “ser contratado por uma empresa de consultoria,”.
b) “que é chamado quando pinta um problema...”.
c) “ser perito da Polícia Federal ou Estadual,”.
d) “ser autônomo e ser convocado pelo juíz de
um tribunal...”.
Leia o texto para responder a questão abaixo:
Bom conselho
Composição: Chico Buarque
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
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150. O verso que pode ilustrar que o eu poético
se dirige a alguém que tem intimidade é
a)
b)
c)
d)
“Venha, meu amigo”
“Corro atrás do tempo”
“Vim de não sei onde”
“Eu semeio o vento”
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
(Saresp 2005). Leia o texto abaixo e responda.
93
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Inep/DAEB/CGIM/SEE-AL. Roteiro
para elaboração de itens de Língua Portuguesa.
Foco Leitura. Brasília: 2008.
BRASIL. MEC/Inep. Guia de Elaboração de
Itens do SAEB. Brasília: 2003.
BRASIL. MEC/Inep. Matrizes de Língua
Portuguesa do 9° ano do Ensino Fundamental.
CAEd/UFJF. Guia de Elaboração de itens. Juiz
de Fora: 2008.
CAEd/UFJF. Manual de Elaboração de Itens –
Língua Portuguesa. Juiz de Fora: 2003.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. PDE - Plano de
Desenvolvimento da Educação: Prova Brasil:
ensino fundamental: matrizes de referência,
tópicos e descritores. Brasília: MEC, SEB; Inep,
2008.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação.
Superintendência de Educação. Departamento
de Educação Básica. Diretrizes Curriculares
Estaduais de Língua Portuguesa. Curitiba:
2009.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação.
Superintendência de Educação. Departamento
de Educação Básica. Caderno de Expectativas
de Aprendizagem: Versão preliminar. Curitiba:
2011.
94
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO
RIO DE JANEIRO. Revista pedagógica Língua
Portuguesa: 9º ano do Ensino Fundamental. V.
3 (jan/dez. 2011), Juiz de Fora, 2011.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO. III CADERNO DE
APOIO PEDAGÓGICO. Rio de Janeiro: 2010.
ANEXO
QUADRO DE EQUIVALÊNCIA ENTRE OS DESCRITORES DO SAEB E SAEPE
LÍNGUA PORTUGUESA
SAEB
SAEPE
PROCEDIMENTOS
DE LEITURA
PRÁTICAS
DE LEITURA
OBSERVAÇÃO
D1
D6
Iguais
D3
D8
Alteração na redação
dos descritores
D4
D7
Alteração na redação
dos descritores
D6
D9
Alteração na redação
dos descritores
D14
D10
Alteração na redação
dos descritores
SAEB
SAEPE
IMPLICAÇÕES DO
SUPORTE, DO GÊNERO
E/OU ENUNCIADOR NA
COMPREENSÃO DO TEXTO
PRÁTICAS
DE LEITURA
D5
D11
SAEB
SAEPE
IMPLICAÇÕES DO
SUPORTE, DO GÊNERO
E/OU ENUNCIADOR NA
COMPREENSÃO DO TEXTO
IMPLICAÇÕES DO
SUPORTE, DO GÊNERO
E/OU ENUNCIADOR NA
COMPREENSÃO DO TEXTO
D12
D13
Alteração na redação
dos descritores
D12
(EXCLUSIVO)
Não tem correlação
Alteração na redação
dos descritores
OBSERVAÇÃO
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
OBSERVAÇÃO
95
SAEB
SAEPE
RELAÇÃO ENTRE TEXTOS
RELAÇÃO ENTRE TEXTOS
D20
D14
D12
(EXCLUSIVO)
OBSERVAÇÃO
Alteração na redação
dos descritores
Não tem correlação
SAEB
SAEPE
COERÊNCIA E COESÃO
NO PROCESSAMENTO
DO TEXTO
COESÃO E COERÊNCIA
D2
D18
Alteração na redação
dos descritores
D7
D19
Iguais
OBSERVAÇÃO
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
D8
(EXCLUSIVO)
96
Não tem correlação
D9
D27
Iguais
D10
D21
Alteração na redação
dos descritores
D11
D16
Alteração na redação
dos descritores
D9
D27
Iguais
SAEB
SAEPE
RELAÇÕES ENTRE
RECURSOS EXPRESSIVOS
E EFEITOS DE SENTIDO
RELAÇÕES ENTRE
RECURSOS EXPRESSIVOS
E EFEITOS DE SENTIDO
D16
D22
Alteração na redação
dos descritores
D17
D23
Iguais
D18
D25
Iguais
D19
D24
Alteração na redação
dos descritores
OBSERVAÇÃO
SAEPE
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
D13
D26
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA | Caderno 3
Anos Finais do Ensino Fundamental
SAEB
OBSERVAÇÃO
Iguais
97
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
GABARITO
98
01 - C
26 - C
51 - C
76 - B
101 - B
126 - D
02 - A
27 - B
52 - D
77 - A
102 - C
127 - C
03 - D
28 - B
53 - D
78 - B
103 - A
128 - D
04 - B
29 - D
54 - B
79 - C
104 - C
129 - B
05 - C
30 - D
55 - B
80 - A
105 - B
130 - C
06 - A
31 - A
56 - A
81 - B
106 - D
131 - C
07 - C
32 - C
57 - C
82 - C
107 - B
132 - A
08 - A
33 - B
58 - B
83 - D
108 - D
133 - D
09 - C
34 - B
59 - A
84 - C
109 - C
134 - B
10 - C
35 - A
60 - B
85 - A
110 - C
135 - C
11 - D
36 - B
61 - C
86 - D
111 - A
136 - A
12 - A
37 - A
62 - D
87 - C
112 - D
137 - B
13 - D
38 - D
63 - B
88 - B
113 - B
138 - D
14 - B
39 - D
64 - B
89 - C
114 - A
139 - C
15 - B
40 - B
65 - A
90 - C
115 - C
140 - C
16 - D
41 - D
66 - C
91 - A
116 - D
141 - A
17 - C
42 - A
67 - B
92 - A
117 - A
142 - B
18 - A
43 - C
68 - A
93 - C
118 - B
143 - D
19 - D
44 - D
69 - C
94 - D
119 - D
144 - C
20 - D
45 - C
70 - B
95 - A
120 - A
145 - C
21 - A
46 - D
71 - C
96 - D
121 - D
146 - D
22 - C
47 - A
72 - C
97 - A
122 - B
147 - C
23 - C
48 - B
73 - D
98 - C
123 - C
148 - A
24 - B
49 - D
74 - C
99 - A
124 - A
149 - B
25 - A
50 - A
75 - B
100 - A
125 - D
150 - A
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