ANTROPOLOGIA
Blade Runner
de Ridley Scott
Esper Machine:
Metalinguagem em Blade Runner, de Ridley Scott – I
Alfredo Luiz Paes de Oliveira Suppia - Revista Studium
SUZIENE DAVID
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Blade Runner – O Caçador de Andróides
“Los Angeles novembro de 2019, [...] a evolução robótica [...teria
desenvolvido] um ser virtualmente idêntico ao ser humano, [...] superiores
em força e agilidade e no mínimo tão inteligentes quanto os engenheiros
genéticos que os criaram. Os Replicantes [...]”
(legendas do filme)
SUZIENE DAVID
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“Replicantes não têm passado; ‘nascem prontos’, para durar apenas
quatro anos, são emocionalmente inexperientes e produzem incansavelmente
um acervo de memórias visuais, as quais colecionam como um bem precioso,
algo que os humaniza. [...]
‘Como memórias protéticas, fotografias transformam a realidade do tempo e existência em objetos tangíveis, [...] prova cabal de que seu portador vive’ [...]”
(Suppia)
Sugiro ler as reflexões sobre “suportes materiais memória” de Ecléa Bosi na obra
Memória e Sociedade: lembranças de velhos.
SUZIENE DAVID
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“ Após um motim [...] os replicantes foram
considerados ilegais na terra [...] esquadrões especiais
da policia, UNIDADES CAÇADORAS DE ANDRÓIDES
tinham ordens de atirar para matar. Isso não era
chamado execução e sim ‘retirada’ [...] ”
(legendas do filme)
SUZIENE DAVID
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As pistas para encontrar os replicantes
SUZIENE DAVID
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Teste para identificação dos replicantes
SUZIENE DAVID
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A fotografia como identificação entre o biológico e o fabricadoSUZIENE DAVID
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“ [...] paradoxalmente, mas em consonância com a
ambigüidade que permeia toda a sua estrutura, o filme
também irá insistentemente pôr à prova a noção da
fotografia como prova de um fato, verdade ou
realidade
[... Especialmente] a imagem [...] e o significado da
palavra mãe [...]”
(Suppia)
SUZIENE DAVID
“Descreva, com palavras soltas só as
coisas boas que vêm à sua mente quanto a sua mãe.
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Minha Mãe?
SUZIENE DAVID
Vou lhe contar sobre a minha mãe.
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“Acha que sou uma replicante, não acha?
Olhe. Eu e minha mãe.”
SUZIENE DAVID
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“ [...]
fotografia, mãe e história
[...] A mãe é necessária ao clamor por uma história,
à afirmação de uma identidade no decorrer do tempo. [...]
representa o traço de uma origem e, logo, uma identidade
pessoal, a prova de ter existido e portanto ter o direito a existir.
[...]
A fotografia e a mãe são o elo perdido entre passado,
presente e futuro [...]”
(Suppia)
SUZIENE DAVID
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“É? Lembra quando tinha seis anos? Você e seu irmão entraram em
um prédio vazio pela janela do porão. Iam brincar de médico. Ele mostrou
o dele e, quando chegou a sua vez, perdeu a coragem e correu. Lembra
disso? Contou isso para alguém? Para a sua mãe? Para a Tyrell? Lembra
da aranha que morava no arbusto do lado de fora da sua janela? Corpo
laranja, pernas verdes? Você a viu construir a teia durante o verão. Um
dia, [...] centenas de aranhazinhas surgiram e a comeram.
Implantes. Não são suas memórias, são de outras pessoas [...]”
(legendas do filme)
SUZIENE DAVID
A investigação “na fotografia”
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“no travelling na superfície da [... fotografia, o personagem] opera comandos
como
um diretor de cinema, [...] revela segredos, [...] uma história, um texto fílmico
“ [...] o dispositivo é uma extensão tecnológica da visão humana, capaz de
desbravar minúcias de um universo que flerta constantemente com o virtual
Uma nova dimensão das fronteiras entre o público e privado, o real e o virtual [...]”
SUZIENE DAVID
(Supia)
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[...] Enquanto fotografias falam sempre no pretérito perfeito
(elas atestam o que Barthes chama o ‘isto-foi’ do referente),
.
o filme destrói o cordão que une a fotografia ao referente (bem
como ao passado) pela superposição de imagens umas às outras
na construção de um presente ficcional (o ‘assim-sendo’).
E essa disjunção temporal tem a ver exclusivamente com o
movimento. [...] Quando elas são postas num projetor, essas
imagens mortas parecem assumir vida [..] que nos permite
investir na ficcionalidade do filme. Uma vez que essas imagens
são dispostas no tempo nós tentamos constituir um “presente”
através delas [...]”
(Suppia)
SUZIENE DAVID
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