PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
MESTRADO EM ODONTOLOGIA
THIAGO VINÍCIUS SEHN SLAVIERO
AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DENTOALVEOLARES
EM MODELOS DIGITAIS DE PACIENTES COM MORDIDA
ABERTA ANTERIOR TRATADOS COM GRADE
PALATINA FIXA E REMOVÍVEL
Londrina
2015
THIAGO VINÍCIUS SEHN SLAVIERO
AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DENTOALVEOLARES
EM MODELOS DIGITAIS DE PACIENTES COM MORDIDA
ABERTA ANTERIOR TRATADOS COM GRADE
PALATINA FIXA E REMOVÍVEL
Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Odontologia da Universidade
Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito
parcial à obtenção do título de Mestre em
Odontologia.
Área de Concentração: Ortodontia
Orientadora: Profª. Drª. Thais Maria Freire
Fernandes-Poleti.
Londrina
2015
THIAGO VINÍCIUS SEHN SLAVIERO
AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DENTOALVEOLARES
EM MODELOS DIGITAIS DE PACIENTES COM MORDIDA
ABERTA ANTERIOR TRATADOS COM GRADE
PALATINA FIXA E REMOVÍVEL
Dissertação apresentada à UNOPAR, no Mestrado em Odontologia, área e
concentração em Ortodontia como requisito parcial para a obtenção do título de
Mestre conferida pela Banca Examinadora formada pelos professores:
________________________________________
Profª. Drª. Thais Maria Freire Fernandes-Poleti
UNOPAR
_______________________________________
Profª. Drª. Paula Vanessa Pedron Oltramari-Navarroro
UNOPAR
_______________________________________
Profª. Drª. Kelly Fernanda Galvão Chiqueto
Faculdade São Leopoldo Mandic
Londrina, 06 de fevereiro de 2015.
Dedico este trabalho...
Com todo amor e admiração aos meus queridos pais Nilton Slaviero e Eli Bernadete
Sehn Slaviero
Agradeço ao Senhor Jesus
Obrigado Senhor por ser meu alicerce, minha rocha de sustentação
Obrigado por ser meu melhor amigo e conselheiro
Por me apoiar em todos os momentos e decisões da minha vida
Por me dar forças nas situações difíceis e nunca desistir de mim
Pela minha saúde
Por me dar uma vida maravilhosa
Obrigado por me ajudar a superar os obstáculos e desafios
Por me guiar e estar ao meu lado todos os dias da minha vida
“Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o
SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que
andares” Josué 1:9
Agradeço especialmente...
Aos meus pais Nilton e Eli pelo amor incondicional e por acreditarem em mim em
todos os momentos, ao meu irmão Raffael, meu melhor amigo e companheiro e aos
meus avós.
Pai, até hoje me lembro do dia que contei a você que eu havia
passado na prova do Mestrado e que iria dar início ao meu sonho de ser professor.
Lembro quando você me ligou quase mais animado do que eu para me parabenizar,
nesse momento senti um orgulho muito grande da sua parte e, sinceramente, me
senti o melhor filho do mundo!
Quero que você saiba que o tenho como exêmplo de caráter,
humildade, garra, força de vontade e como exêmplo de um verdadeiro pai. Eu sei
que não foi fácil para você chegar até aqui, dar bons exemplos mesmo estando longe
de casa muitas vezes, dar o melhor estudo, os melhores cursos, as melhores
condições e, para isso, se privar do seu próprio conforto. Saiba que o seu esforço
nunca foi em vão, hoje me considero um homem bem sucedido e realizado, graças
a você.
Obrigado por sonhar este sonho comigo, obrigado por ser esse pai
maravilhoso e estar sempre disponível para me escutar, acalentar e aconselhar.
Saiba que te amo muito! Pra finalizar, uma única frase:
“Quando eu for pai, quero ser um pai igual a você”
Obrigado Pai.
Mãe, acredito que só você sabe como é difícil ser pai e mãe ao
mesmo tempo. Hoje vejo como você realmente se dedicou e se dedica a mim e ao
meu irmão, todos os dias, horas e minutos da sua vida. Primeiramente, quero dizer
que tenho a melhor mãe e a mais linda do mundo! Você me ensinou princípios e
valores que ninguém pode tirar, você me tornou a pessoa que eu sou hoje, o homem
que busca crescer na vida, que não desiste com o primeiro obstáculo, que se doa
pelas pessoas e que sabe valorizar uma família.
Obrigado por ser essa mãe zelosa, conselheira, GUERREIRA e
maravilhosa. Obrigado pela disposição em me escutar sempre e por participar de
todas as decisões da minha vida! Saiba que devo essa conquista a você, pois sem
o seu apoio e suporte, sem o seu carinho e atenção eu nunca estaria aqui hoje.
Amo você com um coração puro, agradeço todos os dias a Deus por
ter você como minha mãe e não a trocaria por nada, saiba que sempre estarei ao
seu lado como você esteve e está do meu.
Obrigado Mãe!
Raffa, mano, você tem se mostrado cada vez mais um grande
amigo, alguém em quem eu posso confiar para compartilhar minhas ansiedades,
meus medos, meus planos para o futuro, um verdadeiro irmão. Muito obrigado por
fazer parte da minha vida, por me dar apoio quando eu preciso e por ser essa pessoa
com um coração tão bom!
Espero um dia poder retribuir a você todo o carinho e
companheirismo que sinto em nosso convívio, quero que você saiba que sempre
pode contar comigo em todos os momentos e que lhe admiro muito.
Obrigado Brother!
Vó Francisca, eu sei que hoje você não pode mais ler essa
dedicatória, mas eu não poderia deixar de expor às pessoa o quão importante você
foi e é na minha vida. Hoje tenho muita saudades da sua presença e das nossas
conversas, gostaria que nosso convívio fosse eterno mas Deus sabe o melhor para
todos nós. Apenas quero dizer que AMO muito a senhora e sinto muito sua falta,
Obrigado!
Vô Danilo e Vó Vanir, apesar da distância vocês
merecem um agradecimento especial pois participam intensamente da minha vida,
muito obrigado pelo carinho, pela dedicação e atenção que sempre me deram. Amo
vocês!
Agradecimento especial...
A minha orientadora
Profª. Drª. Thais Maria
Freire Fernandes, por todos os ensinamentos e pela dedicação e atenção
dada a mim durante esses dois anos de convívio. Posso lhe dizer que cada minuto ao
seu lado me proporcionou um crescimento pessoal enorme, um amadurecimento
como aluno e o conhecimento ideal para que eu me tornasse o professor que sou
hoje. Obrigado por estar ao meu lado e me acolher nos momentos de dificuldade, nas
etapas mais árduas desta jornada, obrigado por me fortalecer, me apoiar e por não
me deixar abaixar a cabeça nunca! Vejo em você nitidamente a essência e o dom de
ensinar, o amor e a dedicação de uma verdadeira professora e a atenção e cuidado
de uma grande amiga que busca sempre o bem dos que estão ao seu redor.
Hoje me considero privilegiado por poder estar ao seu lado, obrigado
por ser esta grande amiga e companheira, por nunca ter me deixado sozinho e ter se
preocupado comigo, mesmo nos momentos em que ainda não nos cohecíamos
direito. Você, professora
Thais e o seu marido professor Marcelo, merecem meus
sinceros agradecimentos e minha eterna amizade, admiro a família que formaram
juntamente com a
Heleninha e quero poder conviver com vocês sempre que
possível, pois sinto em vocês uma união e uma alegria muito rara de ser encontrada
hoje, uma família unida na fé, no amor, e no companheirismo. Sempre digo aos meus
colegas:
“Quando eu casar, quero ter um casamento igual ao da professora Thais e do
professor Marcelo”
Obrigado
Prof. Dr. Marcelo Lupion Poleti, pelo
companheirismo, acolhimento e atenção dados a mim durante todo este tempo,
agradeço também pela paciência e pela dedicação como meu professor e amigo.
Admiro muito você e desejo um dia me tornar um grande profissional, um excelente
professor como você e sua esposa são.
Muito obrigado!
Com carinho, agradeço...
À
Profa. Dra. Paula Vanessa Pedron
Oltramari-Navarro, pela atenção, dedicação em ensinar e querer que
seus alunos prosperem, cresçam e amadureçam na profissão. Paula, admiro você
como grande pesquisadora, uma prova de que vale a pena se doar pela ciência, um
exemplo de garra, força de vontade e dedicação. Obrigado pelo aprendizado que me
passou ao longo desses dois anos, espero ainda poder conviver e aprender com você
por muito tempo!
À
Profa. Dra. Ana Cláudia de Castro
Ferreira Conti, pelo auxílio e grande companheirismo no desenvolvimento
da pesquisa, pela atenção dada em clínica e por estar sempre disponível e acessível
quando eu precisei. Obrigado professora pelo conhecimento que você me passou,
pelas dicas clínicas no atendimento aos pacientes e também pelo amadurecimento
gerado durante as orientações nos seminários e aulas teóricas. Carregarei sempre
comigo a lembrança de uma pessoa alegre, sábia e que teve grande influência na
minha formação como mestre.
Ao
Prof. Dr. Renato Rodrigues de
Almeida, um grande exemplo para todos nós, de dedicação e amor pela
profissão. Obrigado professor pelo ensino, pelas dicas, pelo crescimento profissional
que o senhor me proporcionou nos momentos em que estivemos juntos, pela grande
amizade e pela valorização dada por você aos seus alunos. Saiba que o admiro muito,
e que o tenho como exemplo de um verdadeiro ortodontista, alguém que se doa pelos
pacientes e ama o que faz.
Ao
Prof. Dr. Marcio Rodrigues de Almeida,
além de um excelente pesquisador, um excelente clínico. Obrigado pelos momentos
de aprendizado, pela grande influência na orientação clínica, pela paciência, pelo
companheirismo e amizade compartilhados ao longo destes anos. Espero poder
aprender muito mais com o senhor ao longo da minha carreira como Ortodontista.
Agradecimento Especial
À minha grande amiga
Tieni Carla Fell Bublitz. “Ti”,
obrigado por ser essa pessoa maravilhosa, com um coração puro e sincero, obrigado
pela humildade e disposição em me ensinar e me ajudar nos momentos que eu
precisei. Saiba que aprendi muito com você! Nestes dois anos convivi com uma
companheira verdadeira, alguém que preza pelos valores familiares, pelo amigos,
por Deus e valoriza as pessoas que estão ao seu redor.
Tieni, continue sendo sempre assim, sua dedicação e determinação
me surpreendem a cada momento, nunca vou esquecer o quanto difícil essa fase foi
para nós e o quanto de força você me passou enquanto estávamos nesta batalha.
Mais uma vez, muito obrigado minha amiga! Você merece ser uma grande Mestre,
essa vitória é nossa!!! Conte sempre comigo para o que você precisar, estarei
sempre disponível, assim como você sempre esteve quando eu precisei, desejo que
você seja muito feliz nessa nova fase da sua vida.
Obrigado “Titi”
À minha querida amiga
Nádia Mazzei Mendes, um
exêmplo de mulher, de mãe e de companheira. Muito obrigado Nádia por todos os
momentos que tive o privilégio de estar ao seu lado e compatrilhar situações da
minha vida contigo, saiba que a considero muito mais do que uma simples amiga e
que conviver contigo me ensinou muito sobre como ser uma pessoa com valores,
com princípios.
Nádia, desejo que você siga em frente com seus objetivos
profissionais, que continue sendo essa mulher de fibra, de garra e que não desista
dos seus sonhos. Sentirei muitas saudades dos momentos de discontração e
companheirismo, mas sei que uma verdadeira amizade nunca acaba! Muito obrigado
mais uma vez por ser meu braço direito em diversas situações, saiba que você mora
no meu coração!
Obrigado parceira!
A minha querida amiga
Danna Moreira, um exêmplo de
profissionalismo, de dedicação e amor pelo que faz, de garra e humildade. Amiga,
mais do que tudo, quero que saiba que o que mais adimiro em você é sua
simplicidade, sua capacidade de acolher as pessoas e de fazê-las sentir bem ao seu
lado, independente da situação ou nível social em que se encontram. Você me fez
enxergar a maneira como eu quero ser como professor, uma pessoa acessível,
sempre disposta e sempre aberta a ensinar e valorizar os alunos.
Ganhei você como grande amiga, vinda lá de longe para nunca mais
ser esquecida! Obrigado pelo companheirismo, pelo carinho e atenção, por me
escutar tantas vezes e estar disponível para conversar em todos os momentos desta
jornada, tanto nos de alegria quanto nos de desânimo. Nunca vou esquecer de você,
minha grande amiga!
Obrigado Danninha!
Agradeço...
Aos meus grandes amigos que fizeram parte desta jornada e
estiveram ao meu lado como colegas de curso. Obrigado
Gabriel,
Lucineide, Aline, Celso, Adriana, Paula, Melissa,
Heloisa, Mayara, Thais, Helena, Mirchel, Sílvia e
Bárbara. Alguns de vocês passei a conhecer mais tarde, mas todos me
influenciaram de alguma forma, tanto na área profissional quanto pessoal. Obrigado
pessoal pela amizade verdadeira, pelo companheirismo e apoio nos momentos
difíceis, pelos momentos de alegria, discontração e crescimento proporcionados por
vocês meus grandes amigos!
Uma amizade verdadeira deve ser sempre valorizada, amigos são
muito raros, estão ao nosso lado em todos os momentos e dão muito sentido à vida.
Por isso, espero têlos sempre ao meu lado, mesmo à distância, que a nossa amizade
se perpetue e se fortaleça!
Obrigado queridos amigos!
Agradecimento...
Ao coordenador dos programas de Mestrado e Doutorado da
Unopar,
Prof. Dr. Alcides Gonini Jr, pelo acolhimento na
instituição desde o primeiro dia. Obrigado professor pelo exêmplo de caráter,
seriedade e compromisso para com os alunos. Obrigado também pelo conhecimento
e ensinamento transmitidos ao longo destes dois anos. Saiba que sua influência foi
muito importante para meu crescimento como profissional e que, acima de tudo, o
tenho como grande amigo!
À todos os demais docentes do curso de mestrado, que de uma
maneira ou de outra contribuíram nesta trajetória.
Profa. Dra. Karen
Barros Parron Fernandes, Prof. Dr. Murilo Baena
Lopes, Profa. Dra. Regina Célia Poli- Frederico,
Prof. Dr. Ricardo Danil Guiraldo, Prof. Dr. Rodrigo
Varella de Carvalho, Profa. Dra. Sandra Kiss Moura
e Profa. Dra. Sandrine Bittencourt Berger.
Obrigado
professores pelo companheirismo, pela amizade e pelo conhecimento transmitido
durante o curso de Mestrado, tenho certeza de que a participação de vocês foi
essencial para minha formação como Mestre, exercendo grande influência no meu
desejo de ser pesquisador e de buscar novos horizontes na área da docência.
Agradecimento...
Ao grande amigo
Jhone, técnico do laboratório de Ortodontia.
Sempre muito solícito e prestativo. Sou muito grato pela ajuda e colaboração nesta
pesquisa, além dos infinitos serviços prestados. Sempre muito tranquilo e feliz. Muito
obrigado Jhone.
Ao amigo
Gleydson Navarro, além da grande amizade que
criamos, obrigado por estar sempre prestativo e disposto a ajudar no que precisei
durante todo o tempo. Obrigado Gleydson.
À todos os
funcionários da Unopar: às meninas da recepção,
esterilização, clínica e da limpeza. Fica aqui minha gratidão, pois sei que não foi fácil
todo o trabalho que criamos. Obrigado pela atenção, pela disposição em me ajudar
quando necessário, pela prestatividade e paciência para esperar o término dos
atendimentos ou dos trabalhos em laboratório, para então concluir o serviço de vocês.
Muitíssimo obrigado!
SLAVIERO, Thiago Vinícius Sehn. Avaliação das alterações dentoalveolares em
modelos digitais de pacientes com mordida aberta anterior tratados com grade
palatina fixa e removível. 82 folhas. [Dissertação de Mestrado]. Programa de PósGraduação em Odontologia – Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2015.
RESUMO
Objetivo: Avaliar as alterações dimensionais dos arcos dentários em modelos digitais
antes e após um ano do tratamento da mordida aberta com grade palatina fixa e
removível. Material e Métodos: A amostra foi composta por 41 pacientes do arquivo
da disciplina de Ortodontia da UNOPAR, de ambos os gêneros, leucodermas, em fase
de dentadura mista, com idades entre 7 a 10 anos, relação molar de Classe I de Angle,
trespasse vertical negativo de pelo menos 1 mm. A amostra foi dividida em dois
grupos: GF (n=23): indivíduos tratados com grade palatina fixa, com idade média
inicial de 8,4 anos (DP = 0,8) e GR (n=18): indivíduos tratados com grade palatina
removível, com idade média inicial de 8,4 anos (DP = 0,7). Os modelos de gesso
iniciais (T1) e após um ano de tratamento (T2) foram digitalizados em um scanner 3D
3Shape R700 (3Shape A/S, Copenhagen, Dinamarca), reproduzindo uma imagem
tridimensional digitalizada, sobre a qual foram realizadas medidas utilizando o
software OrthoAnalyzer™ 3D (3Shape A/S, Copenhagen, Dinamarca) versão 2013,
por um examinador previamente calibrado. As variáveis avaliadas foram: perímetro e
comprimento dos arcos dentários superior e inferior, inclinação dos incisivos
superiores, desenvolvimento vertical dentoalveolar superior e inferior, altura dos
incisivos superiores, trespasse horizontal, trespasse vertical e distâncias transversais
entre os primeiros molares permanentes superiores e inferiores. A avaliação do erro
intraexaminador foi realizada pelo coeficiente de correlação intraclasse (CCI), BlandAltman e pelo teste t pareado. Para comparação entre os grupos ao início (T1), final
(T2) e a diferença (T2-T1) foi utilizado teste t, com nível de significância de 5%.
Resultados: Em T1, na comparação entre os grupos, foi possível observar resultados
semelhantes em todas as variáveis avaliadas. As comparações entre T1 e T2 para o
mesmo grupo demonstraram algumas diferenças estatisticamente significantes,
porém a comparação em T2, entre os grupos, não demonstrou diferença, revelando
uma redução média da mordida aberta de 3,68mm. Em T2-T1 foram observadas
diferenças entre os grupos referente ao desenvolvimento vertical dentoalveolar e
overjet. Conclusão: Pode-se concluir que os protocolos de tratamento empregados
demonstraram haver características dentoalveolares similares produzidas pelos dois
dispositivos utilizados (grade palatina fixa e grade palatina removível), contribuindo
desta forma para a redução da mordida aberta anterior, sem diferenças significantes
nos efeitos gerados pelos aparelhos durante o período estudado.
Palavras-chave: Mordida Aberta; Ortodontia; Modelos Dentários.
SLAVIERO, Thiago Vinícius Sehn. Evaluation of dentoalveolar changes in digital
models of patients with anterior open bite treated with a fixed and removable
palatal crib. 82 pages. [Dissertação de Mestrado]. Programa de Pós-Graduação em
Odontologia – Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2015.
ABSTRACT
Objective: To evaluate the dimensional changes of dental arches on digital models
before and after one year of treatment of open bite with fixed and removable palatal
crib. Material and Methods: The sample was composed of 41 patients of the
Orthodontic UNOPAR, of both genders, caucasians, mixed dentition, aged 7-10 years,
Angle Class I molar relationship, negative overbite of at least 1 mm. The sample was
divided into two groups: GF (n = 23): patients treated with fixed palatal crib, with an
initial mean age of 8.4 years (SD = 0.8) and GR (n = 18): patients treated with
removable palatal crib, with an initial mean age of 8.4 years (SD = 0.7). Models of initial
cast and after one year of treatment were scanned by a 3D scanner 3Shape R700
(3Shape A / S, Copenhagen, Denmark), reproducing a three-dimensional scanned
image, on which measurements were performed by using the OrthoAnalyzer ™ 3D
software ( 3Shape A / S, Copenhagen, Denmark) version 2013, by one calibrated
examiner. The evaluated variables were: perimeter and length of the upper and lower
dental arches, inclination of the upper incisors, vertical dentoalveolar development
upper and lower, height of the upper incisors, overjet, overbite and transverse
distances between the upper and lower first permanent molars. The evaluation of intra
examiner error was performed by intraclass correlation coefficient (ICC) and BlandAltman and for the verification of systematic error was performed paired t test. For
comparison between groups t test was used, with a significance level of 5%. Results:
In T1, in the comparison between groups, was possible to observe similar results in all
variables. The comparisons between T1 and T2 for the same group showed some
statistically significant differences, but the comparison in T2, between groups, showed
no difference, revealing an average reduction of open bite of 3,68mm. In T2-T1
differences were observed between the groups regarding the dentoalveolar vertical
development and overjet. Conclusion: It can be concluded that employees treatment
protocols demonstrated a similar dentoalveolar characteristics produced by the two
devices used (fixed palatal crib and removable palatal crib), thus contributing to the
reduction of anterior open bite, with no significant differences in the effects generated
by appliances during the study period.
Key words: Open Bite; Orthodontics; Dental Models.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Grade palatina fixa ................................................................................. 39
Figura 2 – Grade palatina removível ....................................................................... 39
Figura 3 – Scanner 3Shape R700 (3Shape A/S, Copenhagen, Dinamarca) ........... 40
Figura 4 – Perímetro do arco dentário superior ....................................................... 42
Figura 5 – Perímetro do arco dentário inferior ......................................................... 42
Figura 6 – Comprimento do arco dentário superior ................................................. 43
Figura 7 – Comprimento do arco dentário inferior ................................................... 44
Figura 8 – Plano horizontal de referência ................................................................ 45
Figura 9 – Ângulo de inclinação dos incisivos superiores ....................................... 45
Figura 10 – Desenvolvimento vertical dentoalveolar superior ................................. 46
Figura 11 – Desenvolvimento vertical dentoalveolar inferior ................................... 46
Figura 12 – Altura dos incisivos superiores ............................................................. 47
Figura 13 – Overjet (trespasse horizontal)............................................................... 48
Figura 14 – Overbite (trespasse vertical) ................................................................. 49
Figura 15 – Distância inter primeiros molares permanentes superiores .................. 50
Figura 16 – Distância inter primeiros molares permanentes inferiores .................... 50
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Descrição dos segmentos a serem mensurados no perímetro do arco
maxilar e mandibular...................................................................................................41
Tabela 2 – Descrição dos segmentos a serem mensurados na distância inter primeiros
molares permanentes superiores e inferiores.............................................................51
Tabela 3 – Média, desvio padrão (DP) e diferença da primeira e segunda avaliação
(milímetros e graus). Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI), Bland-Altman e erro
sistemático (teste t pareado).......................................................................................53
Tabela 4 – Caracterização da população do estudo quanto ao gênero (Qui-Quadrado)
e idade (teste t)...........................................................................................................54
Tabela 5 – Comparação intergrupos inicial (T1) quanto às variáveis estudadas: Média,
Desvio-padrão (DP) e Teste t (p).................................................................................54
Tabela 6 – Comparação inicial e final grupo Grade Fixa, teste t pareado (p)...............55
Tabela 7 – Comparação inicial e final grupo Grade Removível, teste t pareado (p).....56
Tabela 8 – Comparação intergrupos final (T2) quanto às variáveis estudadas: Média
(M), Desvio-padrão (DP) e Teste t (p).........................................................................57
Tabela 9 – Comparação das diferenças intergrupos (T2-T1): Média (M), Desviopadrão (DP) e Teste t (p).............................................................................................58
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Per. Sup.
Perímetro do arco dentário superior
Per. Inf.
Perímetro do arco dentário inferior
Compr. Sup.
Comprimento do arco dentário superior
Compr. Inf.
Comprimento do arco dentário inferior
Incl. Sup.
Inclinação dos incisivos superiores
Des. Vert. Sup.
Desenvolvimento vertical dentoalveolar superior
Des. Vert. Inf.
Desenvolvimento vertical dentoalveolar inferior
Altura ISd
Altura do incisivo central superior direito
Altura ISe
Altura do incisivo central superior esquerdo
Overjet
Trespasse horizontal
Overbite
Trespasse vertical
CMV 16-26
Segmento correspondente à distância transversal entre as pontas
de cúspides mesio-vestibulares dos dentes 16 e 26
CDV 16-26
Segmento correspondente à distância transversal entre as pontas
de cúspides disto-vestibulares dos dentes 16 e 26
CP 16-26
Segmento correspondente à distância transversal entre as
margens cervicais palatinas dos dentes 16 e 26
CMV 46-36
Segmento correspondente à distância transversal entre as pontas
de cúspides mesio-vestibulares dos dentes 46 e 36
CDV 46-36
Segmento correspondente à distância transversal entre as pontas
de cúspides disto-vestibulares dos dentes 46 e 36
CL 46-36
Segmento correspondente à distância transversal entre as
margens cervicais linguais dos dentes 46 e 36
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 23
2
REVISÃO DE LITERATURA – CONTEXTUALIZAÇÃO ................................... 24
2.1 MORDIDA ABERTA ANTERIOR .................................................................................. 24
2.1.1 Conceito ........................................................................................................... 24
2.1.2 Prevalência....................................................................................................... 24
2.1.3 Etiologia............................................................................................................ 25
2.1.4 Terapêutica ...................................................................................................... 26
2.1.4.1 Grades palatinas: fixa e removível ................................................................ 28
2.2 MODELOS DIGITAIS ................................................................................................. 30
3
PROPOSIÇÃO ................................................................................................... 34
4
ARTIGO ............................................................................................................. 35
5
CONCLUSÃO ................................................................................................ 3573
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 74
ANEXOS ............................................................................................................ 80
ANEXO A – Parecer do Comitê de Ética ........................................................... 81
23
1 INTRODUÇÃO
A mordida aberta anterior pode ser definida como a presença de um
trespasse vertical negativo entre as bordas incisais dos incisivos superiores e
inferiores, com os dentes posteriores em oclusão4, 46. Sua prevalência pode variar de
11,2% a 18,5%36, 61, estando em torno de 17% nos indivíduos com dentadura mista 3,
16.
Diversos fatores estão envolvidos em sua etiologia, podendo ser desenvolvida
como resultado da realização de hábitos deletérios, tais como: sucção de polegar,
sucção de chupeta4, respiração bucal e interposição lingual ou labial7, e alguns fatores
de ação local, como anquilose dentária e distúrbios de erupção 30, além da influência
dos fatores genéticos69.
Apesar das diversas opções terapêuticas para a mordida aberta
anterior existentes na literatura, ainda não existe um conhecimento com relação às
alterações tridimensionais maxilares e mandibulares, provocadas pela aplicação
destes métodos na fase de dentadura mista. Sabe-se que este tipo de má oclusão
deve ser corrigido o mais precocemente possível (antes dos 5 anos de idade), para
que o crescimento favoreça a obtenção de resultados melhores, mais rápidos e mais
estáveis4. Sendo assim, as grades palatinas fixa e removível são recursos que podem
ser utilizado com a finalidade de remoção do hábito, atuando como aparelhos
recordatórios na fase de dentadura mista69, 73.
Vários estudos foram realizados para avaliar a efetividade das grades
palatinas, tanto fixas quanto removíveis, relatando seus efeitos pós tratamento, por
meio de medidas realizadas em telerradiografias ou em modelos de gesso
manualmente15, 22, 31, 50, 51, 68, 69, 73. Estes métodos não permitem a realização de certas
medidas com maior riqueza de detalhes, devido a limitações dos recursos, as quais
passam a ser muito mais reduzidas com a utilização de modelos digitalizados24. Villa
e Cisneros73, 1997, observaram em modelos de gesso as mudanças na dentição em
pacientes com sucção digital tratados com grade palatina, porém as limitações destas
medidas manuais continuam impedindo a observação destas mudanças de uma forma
mais minusciosa e precisa.
Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar, em modelos digitais, as
alterações dimensionais dos arcos dentários antes e após um ano do tratamento da
mordida aberta, e também comparar os resultados das alterações obtidas entre os
dois métodos de tratamento: grade palatina fixa e grade palatina removível.
24
2 REVISÃO DE LITERATURA – CONTEXTUALIZAÇÃO
Para facilitar a leitura e a interpretação dos resultados deste estudo,
a revisão de literatura foi dividida de acordo com os seguintes tópicos:
2.1 Mordida Aberta Anterior
2.1.1 Conceito
2.1.2 Prevalência
2.1.3 Etiologia
2.1.4 Terapêutica
2.1.4.1 Grades palatinas: fixa e removível
2.2 Modelos digitais
2.1 MORDIDA ABERTA ANTERIOR
2.1.1 Conceito
A mordida aberta anterior pode ser definida como uma deficiência no
contato vertical normal entre os dentes antagonistas durante a oclusão 8, ou também
como a presença de um trespasse vertical negativo entre as bordas incisais dos
incisivos superiores e inferiores, com os dentes posteriores em oclusão4,
46.
Pode
ocorrer tanto na região anterior como na posterior ou, mais raramente, em todo o arco
dentário43. Essa má oclusão pode comprometer a estética facial e alterar o perfil,
impossibilitando a apreensão e corte dos alimentos na região acometida, além de
dificultar a pronúncia de alguns fonemas4, 5, 30, 43, pode também abalar a auto-estima
do paciente69.
2.1.2 Prevalência
A prevalência da mordida aberta pode variar de 11,2% a 18,5% 36, 61,
estando em torno de 17% nos indivíduos com dentadura mista 16, como também
observou Almeida et al.3, 2011, encontrando uma prevalência de 17,28% da mordida
aberta em crianças entre 7 e 12 anos de idade. Além disso, a mordida aberta anterior
também está presente em 78,5% das crianças com hábito de sucção prolongados 60.
25
2.1.3 Etiologia
Diversos fatores estão envolvidos no desenvolvimento da mordida
aberta anterior4, 13, 31, 64, 75, podendo ser dividida em três principais categorias: dentária,
dentoalveolar e esquelética57. As do tipo dentária e dentoalveolar, são desenvolvidas
como resultado de uma obstrução mecânica prolongada do desenvolvimento vertical
normal dos dentes anteriores e do processo alveolar69, predominando as causas
ambientais, como hábitos de sucção de polegar, sucção de chupeta 4, respiração bucal
e interposição lingual ou labial7, e alguns fatores de ação local, como anquilose
dentária e distúrbios de erupção30.
Já na do tipo esquelética, predominam os fatores genéticos, que se
resumem ao padrão de crescimento desfavorável em geral49, sendo caracterizada por
uma discrepância vertical esquelética significante, com características como rotação
anti-horária do plano palatino, aumento da altura facial anterior inferior e ângulo
goníaco, ramo mandibular curto e altura dentoalveolar posterior aumentada tanto em
maxila quanto em mandíbula.
Dentre os fatores ambientais que interagem e operam junto ao
potencial de crescimento inerente a cada indivíduo e promovem a má oclusão, os
hábitos de sucção digital e o de chupeta apresentam um importante papel etiológico
no desenvolvimento da mordida aberta anterior dentária e dentoalveolar 77.
Principalmente quando esses hábitos são prolongados além dos 4 anos de idade,
quando a chance de provocar mudanças no crescimento e desenvolvimento facial
normal foram maiores, segundo Estripeaut et al.19, em 1989.
Alguns trabalhos confirmaram a relação entre hábitos de sucção e
mordida aberta anterior. É o caso do estudo de Silva filho et al.60, no qual observaram
que a mordida aberta anterior está presente em 78,5% das crianças com hábitos de
sucção prolongados. E o de Chevitarese et al.13, realizado em 2002, no qual avaliaram
112 crianças com média de idade de 61 meses, concluindo, mediante os dados
obtidos, que 75,8% apresentavam más oclusões e destas, 34,8% possuíam hábitos
deletérios, sendo que a mordida aberta anterior foi a má oclusão de maior prevalência,
mostrando uma forte correlação de causa e efeito.
Alguns fatores também comumente relacionados ao desenvolvimento
da mordida aberta anterior dentária e dentoalveolar são: a interposição lingual 34, 45, 65,
a interposição labial75, a hipertrofia das tonsilas palatinas (amídalas)41, a respiração
26
bucal45, a macroglossia verdadeira70, a anquilose dentária, as anomalias do processo
de erupção30, entre outros. A interposição lingual está presente em 100% dos casos
de mordida aberta74, sendo mais frequentemente citada na literatura como uma
consequência, e não como a causa da mordida aberta63.
Segundo Graber23, 1959, a severidade da má oclusão varia conforme
a intensidade, duração e frequência com que a pessoa exerce o hábito deletério. O
tecido ósseo possui a característica de reagir a todo tipo de pressão exercida,
principalmente aquelas de baixa magnitude e relativamente constantes, como a
pressão da musculatura peribucal ou de hábitos de sucção, que podem facilmente
modificar a morfologia óssea, sobretudo quando incidem na fase de crescimento e
desenvolvimento45. Sendo assim, o somatório de diversos fatores, tanto ambientais
como hereditários, determinará o grau de desenvolvimento de uma má oclusão, no
caso a mordida aberta anterior. Deve-se enfatizar, deste modo, a importância da
tendência genética do indivíduo, ou seja, o seu padrão de crescimento.
O desenvolvimento e a severidade de uma má oclusão como a
mordida aberta anterior, não são determinados somente por fatores ambientais, mas
também pelos padrões de crescimento individual, que são definidos geneticamente 69.
Portanto, a hereditariedade constitui um fator de extrema importância no contexto da
etiologia da mordida aberta anterior6, e quanto mais vertical for o seu vetor de
crescimento, maior será a probabilidade de apresentar uma mordida aberta anterior
do tipo esquelética43, 45, 47, 75.
2.1.4 Terapêutica
A conduta terapêutica a ser adotada pelo clínico, no tratamento da
mordida aberta anterior, está diretamente relacionada à etiologia desta má oclusão e
à época em que será realizada a intervenção 30. Almeida et al.2 enfatizaram a
importância de se identificar os fatores etiológicos da mordida aberta anterior para que
o tratamento seja realizado de forma que se aproveite o crescimento facial para se
obter resultados satisfatórios.
Algumas mordidas abertas quando
tratadas
precocemente são facilmente corrigidas com aparelhos “recordatórios”, enquanto
outras constituem verdadeiros desafios à mecanoterapia, sendo passíveis de correção
unicamente com a intervenção da cirurgia ortognática4, 49.
A diversidade terapêutica e de prognóstico para o mesmo problema
27
aparente se devem, principalmente, ao menor ou maior grau de envolvimento
esquelético que a mordida aberta anterior apresenta 4,
8, 49,
sendo fundamental a
realização de um bom diagnóstico49. A idade em que o paciente receberá o tratamento
também é de extrema importância, portanto, em casos aonde o fator etiológico está
relacionado com hábitos bucais deletérios, enfatiza-se que a partir dos 5 anos de
idade, se houver a interrupção do hábito e o paciente apresentar um bom padrão de
crescimento facial, a correção da mordida aberta pode ocorrer naturalmente, por
permitir com que os processos alveolares na região anterior se desenvolvam
normalmente. Na literatura, há praticamente o consenso de que este tipo de má
oclusão deve ser corrigido o mais precoce possível (antes dos 5 anos de idade), para
que o crescimento favoreça a obtenção de resultados melhores, mais rápidos e mais
estáveis4. Worms76, em 1971, afirmou que quando o hábito deletério é eliminado até
a fase da dentadura mista, pode ocorrer a correção da mordida aberta anterior
dentária em até 80% dos casos.
Segundo Proffit53, 1993, quanto mais tempo antes da erupção dos
incisivos o hábito de sucção for interrompido, maior será a chance de resolução da
mordida aberta anterior dentária. Contudo, um estudo de Valente e Mussolino72
(1989) revelou que os hábitos de sucção de dedo e de chupeta, que atingem
praticamente 30% das crianças até os 3 anos de idade, não desaparecem
espontaneamente após os 5 anos de idade em cerca de 1/4 dos casos, sendo
necessária a intervenção ortodôntica. Sendo assim, o tratamento ortodôntico iniciado
de forma precoce, atua como um benefício para que seja aproveitado o período de
crescimento e esta oportunidade de correção não seja perdida, caso contrário para
muitos dos paciente, a única alternativa restante é a cirurgia ortognática. É importante
enfatizar que os indivíduos portadores de mordida aberta anterior também podem ter
alterações no sistema respiratório, fonético, psicológico e postural, sendo muitas
vezes necessária uma abordagem multidiscilpinar associada ao tratamento
ortodôntico,
envolvendo
otorrinolariongologista,
fonoaudiólogo,
psicóloco
e
fisioterapeura29. Essa observação é fundamental para o sucesso do tratamento e
redução do risco de recidivas.
Há também, para os indivíduos diagnosticados em fase pós
crescimento, a possibilidade do tratamento compensatório da mordida aberta anterior,
como uma tentativa para a não realiação da cirurgia ortognática. A extração dentária
pode ser uma das opções para solucionar os casos de mordida aberta anterior,
28
podendo envolver mais comumente a extração de primeiro ou segundo pré-molares18,
39,
bem como de segundos molares permanentes. López40, em 2007, publicou um
estudo envolvendo a extração de primeiros molares permantentes superiores para o
tratamento da mordida aberta em pacientes adultos, concluindo que a extração destes
dentes é uma alternativa segura de tratamento somente para casos específicos, onde
se deseja fechar a mordida aberta com mínima ou nenhuma alteração tegumentar.
Outras opções comuns para o tratamento compensatório da mordida aberta envolvem
a intrusão da bateria posterior, por meio da utilização de miniparafusos 35 ou
miniplacas20, a extrusão da bateria anterior por meio de elásticos intermaxilares 55,
podendo ser superior e/ou inferior, denpendendo das características estéticas faciais
do indivíduo, como também a combinação entre essas técnicas.
Levando em consideração todas estas possibilidade de tratamento
citadas, é notável a importância de se dar preferência para uma abordagem precoce
dos pacientes após a realização de um correto diagnóstico, aonde o tratamento deve
envolver principalmente a remoção do fator etiológico local, proporcionando um
correto desenvolvimento do segmento anterior. Várias modalidades de tratamento
precoce, que possibilitam uma terpêutica não cirúrgica da mordida aberta anterior
estão presentes na literatura, entre elas estão as grades palatinas, fixa e removível 69,
73.
2.1.4.1 Grades palatinas: fixa e removível
Grades palatinas, fixas ou removíveis, são dispositivos de fácil
confeção, baixo custo e facilmente personalizáveis, descritas como uma excelente
forma de tratamento das mordidas abertas anteriores, por atuarem como uma barreira
mecânica empurrando e impedindo a interposição da língua, assim como
desestimulando os hábitos de sucção69 15, 25, 31, 50, 73.
Vários estudos foram realizados para se avaliar a efetividade das
grades palatinas, tanto fixas quanto removíveis, para o tratamento da mordida aberta
anterior. Entre eles, Haryett et al.25,
26
relataram que as grades foram efetivas na
eliminação do hábito de sucção de polegar quando usadas por pelo menos 10 meses,
enquanto que Justus33 relatou que as grades linguais podem fechar a mordida aberta
anterior se usadas por um ano. Além destes, Huang et al.31, 1990, descreveram a
eficácia e estabilidade aceitável da correção da mordida aberta anterior após 14
29
meses de terapia com grade palatina, em 26 pacientes com idade média de 9,5 anos
no início do tratamento. Por outro lado, Subtelny e Sakuda64, 1964, ao avaliarem uma
amostra composta por 8 pacientes com mordida aberta, tratados com grades linguais
por seis meses, questionaram a efetividade da terapia com grade palatina, pois não
encontraram nenhum fechamento da mordida aberta anterior durante o período de
tratamento. Cooper14 também relatou que as grades eram ineficientes para promover
o fechamento da mordida aberta, porém não apresentou dados estatísticos que
comprovassem seus resultados.
Villa e Cisneros73, 1997, compararam as mudanças na dentição em
pacientes com sucção digital tratados com grade palatina, com pacientes em um grupo
controle não tratado. Os autores observaram em modelos de gesso, antes e após o
tratamento, o trespasse horizontal, trespasse vertical, comprimento e perímetro do
arco, mostrando uma redução significante da mordida aberta anterior dentoalveolar
nos pacientes tratados com grade palatina, com um aumento médio de 3,7mm no
trespasse vertical dos indivíduos tratados com relação ao grupo controle. Também
foram notadas diferenças estatisticamente significantes no comprimento do arco,
perímetro do arco e angulação dos incisivos.
Cozza et al.15, 2006, realizaram um estudo para investigar a
efetividade de um aparelho quadrihelice com grade palatina acoplada em um grupo
de 23 pacientes em fase de crescimento, com hábito de sucção de polegar e mordida
aberta dentária e esquelética, tratados por um período de pelo menos 12 meses. Este
grupo tratado foi comparado com um grupo controle não tratado, também composto
por 23 pacientes que apresentavam relações verticais semelhantes. Os autores
observaram uma efetividade na correção da mordida aberta dental em 90% dos
pacientes, além de
uma melhora clínica significante nas relações esqueléticas
verticais, devido a rotação para baixo do plano palatino.
Giutini et al.22, 2008, observando os resultados encontrados por
Cozza et al.15, realizaram portanto um estudo para comparar a efetividade do
tratamento entre a utilização do aparelho quadrihélice com grade palatina acomplada,
e um aparelho de Shwartz modificado, removível, com uma grade palatina acoplada.
20 pacientes em fase de crescimento (média de idade de 8,4 anos), com hábito de
sucção de polegar e mordida aberta dentoesquelética foram alocados em cada grupo
avaliado. Cefalogramas laterais foram analisados antes (T1) e após o tratamento (T2),
que durou em média 1,5 anos para ambos os grupos. Os autores concluiram que, para
30
ambos os grupos, os tratamentos induziram uma movimentação dentária favorável,
entretanto o grupo tratado com aparelho quadrihélice com grade palatina acoplada,
produziu mudanças esqueléticas verticais mais favoráveis.
Rossato 58, 2013, analisou as alterações dentoalveolares promovidas
por 4 diferentes aparelhos: esporão, mentoneira, grades palatinas fixa e removível,
em indivíduos com mordida aberta tratados durante um ano. O autor observou que
houve uma melhora na relação interincisivos para os quatro grupos experimentais,
aonde os pacientes tratados com os dois ultimos aparelhos (média de idade inicial de
8,42 e 8,36 anos respectivamente) apresentaram melhores alterações na relação
interincisivos do que os dois primeiros grupos (esporão e mentoneira). O grupo grade
fixa apresentou correção da mordida aberta inicial de -3,31mm para 0,29mm e o grupo
grade removível apresentou diminuição da mordida aberta inicial de -3,66mm para 0,34mm. De uma forma geral pôde-se concluir, a partir do estudo, que não houve uma
diferença significante nos efeitos produzidos pelos diferentes dispositivos testados,
com uma colaboração para a redução média de 3,1mm da mordida aberta anterior
durante o período estudado.
Da mesma forma, porém comparando os efeitos esqueléticos e
tegumentares, Urnau 71, 2013, também avaliou a utilização de 4 diferentes aparelhos:
esporão, mentoneira, grades palatinas fixa e removível, em indivíduos com mordida
aberta tratados durante um ano. A autora observou que para todos os 4 grupos houve
correção da mordida aberta anterior, não apresentando, entre os grupos, diferenças
significativas, no padrão esquelético e tegumentar das crianças tratadas.
2.2 MODELOS DIGITAIS
O avanço rápido e contínuo da ciência da computação tem resultado
em um aumento no uso das novas tecnologias, em todos os níveis da sociedade. A
ortodontia também vem sendo influenciada por esse fenômeno 62. A utilização de
modelos de estudo digitais vem adquirindo cada vez mais espaço na Ortodontia, por
uma série de vantagens como: a precisão e rapidez para obtenção dos dados de
diagnóstico, o fácil acesso aos dados, a facilidade de armazenamento das
informações, com redução do espaço físico no consultório, e a possibilidade de se
dividir as informações via internet com outros profissionais42,
48.
Recentemente, a
utilização de modelos digitais foi aclamada como um novo componente da
31
documentação totalmente digitalizada48.
Para avaliação das imagens geradas após o escaneamento do
modelo, utilizam-se softwares que dispõem de recursos permitindo manipulação dos
dados obtidos. Com as novas vantagens dos softwares 3D, o ortodontista pode
examinar a relação intra e inter arcos com muito mais precisão. Além disso os arcos
dentários, superior e inferior, podem ser visualizados em oclusão por diferentes
ângulos na tela do computador, permitindo uma melhor avaliação da relação
transversa entre eles. O profissional também pode realizar análises mensurativas (ex:
análise de Bolton), análises de linha média, trespasse vertical, trespasse horizontal,
contatos oclusais e contatos interproximais, permitindo uma avaliação mais completa
das características dos pacientes avaliados, favorecendo assim o diagnóstico e o
plano de tratamento24.
Vários programas disponíveis no mercado, permitem ao ortodontista
visualizar, manipular e analisar modelos de estudo digitais 3D, estes vem sendo
testados por alguns pesquisadores. O software OrthoCAD tem sido o mais utilizado
ao longo dos últimos 12 anos, com acurácia e reprodutibilidade comprovadas por
vários pesquisadores, sendo um instrumento para medidas diversas em modelos
digitais na odontologia e ortodontia24, 38, 44, 54, 59, 67, 78.
Outros softwares associados com diversos tipos de scanners
tridimensionais, estão sendo testados e utilizados por vários autores, entre eles:
scanner de superfície 3D Minolta Vivid 700 com o software SketchUp37; software C3Dbuilder11; digitalizador tridimensional MicroScribe 3DX com o software TIGARO27;
software eModel (Geodigm Corporation)48, 56; scanner Aurius3D, utilizando o software
Pointstream 3D image suite viewer9; software O3DM17; scanner a laser (3Shape R250)52; scanner de superfície 3D (VIVID 910i), com o software Rapidform 200666; 3D
scanner a laser Roland LPX-250 com o software Dr. Picza 332; scanner R250
associado ao software da empresa ESM digital solutions1; scanner de superfície a
laser 3Shape D-250, associado ao software 3Shape Sewer Scan10, 21, 52, 62 e o scanner
de superfície a laser 3Shape R-700, com o software OrthoAnalyzer 3D12, 28. Todos os
softwares e seus respectivos scanners
passaram por testes de acurácia,
confiabilidade e reprodutibilidade e foram aprovados por meio de estudos científicos,
podendo ser utilizados com segurança clinicamente e para pesquisas na odontologia,
mais especificamente na ortodontia.
Person et al.52, 2009, compararam a exatidão de impressões clínicas
32
simuladas de réplicas de gesso, utilizando digitalização e análise virtual tridimensional.
Incisivos mandibulares, caninos e molares foram preparados para coroas totais, em
um modelo artificial. Esse modelo foi replicado e vazado com gesso especial, e
também foram relializadas impressões deste separadamente. Em seguida, os
modelos de gesso foram digitalizados e também as impressões, por meio de um
scanner a laser (3Shape D-250), para serem criados modelos virtuais. Assim, as
discrepâncias encontradas entre determinados pontos nos preparos foram medidas,
por meio de um software, e os dois métodos foram comparados. Os autores
observaram que não houve nenhuma diferença estatisticamente significante na
precisão entre as impressões digitalizadas e as réplicas de gesso digitalizadas,
comprovando grande confiabilidade de ambos os métodos.
Asquith e Mclntyre10, 2012, avaliaram a validade da utlilização de
modelos digitais para medidas da relação dos arcos dentários, em pacientes com
fissura labial unilateral e palatina aos 5 anos de idade. Trinta pares de modelos de
pacientes com fissura labial unilateral e palatina aos 5 anos de idade foram obtidos,
em seguida esses modelos foram escaneados com a utilização do scanner 3Shape
D-250. Medidas virtuais foram realizadas, seguindo um índice específico para se
avaliar a relação oclusal de pacientes com fissura labial unilateral e palatina aos 5
anos de idade. As mesmas medidas também foram realizadas diretamente nos
modelos de gesso. Os resultados demonstraram que não houve diferença
estatisticamente significante, entre as medidas realizadas com o software digital e nos
modelos de gesso, tornando os modelos digitais válidos para serem utilizados na
avaliação dos arcos dentários, em pacientes com fissura labial unilateral e palatina.
Sousa et al.62,em 2012, realizaram uma pesquisa para determinar a
acurácia e a reprodutibilidade nas medidas de comprimento e largura de arcos
dentários, obtidas com o scanner de superfície a laser 3Shape D-250. Vinte modelos
dentários ortodônticos foram obtidos e mensurados, manualmente com um
paquímetro digital e também por meio de de imagens virtuais, por meio de um software
denominado 3Shape Sewer Scan. Em cada par de modelos foram marcados 50
pontos anatômicos, totalizando 11 medidas transversais em cada modelo. Os autores
observaram que nenhuma diferença estatisticamente significante foi encontrada entre
as medidas físicas e digitais dos modelos, tornando o scanner de superfície a laser
3Shape confiavel para medidas de largura e comprimento de arcos dentários.
Flugge et al.21, 2013, avaliaram a precisão de um escaneamento
33
intrabrucal sob condição clínica (iTero) em comparação com a precisão extrabucal
digitalizada. Um paciente foi escaneado intra-oralmente com o sistema iTero, em
seguida os seus modelos de gesso foram escaneados também com o mesmo sistema,
e com o scanner de superfície a laser 3Shape D-250. Os modelos foram alinhados,
com posicionamento padronizado e suas superfícies foram mapeadas. Um segundo
processamento de escaneamento foi realizado, seguido de um novo alinhamento e
posicionamento dos modelos, e para se avaliar a precisão, os desvios entre os
modelos correspondentes, no primeiro e segundo escaneamento, foram comparados.
Os resultados demonstraram a maior precisão com o escaneamento utilizando o
scanner 3Shape, seguido do escaneamento extrabucal iTero e, por fim, uma menor
precisão no escaneamento intra oral. Todos os métodos podem ser usados para o
planejamento
e
tratamento
com
dispositivos
dento-suportados,
porém
o
escaneamento com o iTero apresentou menor acurácia que o escaneamento com o
scanner D-250.
Hayashi et al.28, em 2013, avaliaram a acurácia e a reprodutibilidade
do escaneamento de 5 pares de modelos de gesso com o scanner de superfície a
laser R-700 (3shape, Copenhagen, Denmark) comparando-o com as características
obtidas nos modelos 3D padrão ouro criados pelo scanner SLP250 Laser Probe (Laser
Design, Detroit, Mich). Os pares de modelos de gesso foram escaneados com os dois
scanners pelo mesmo operador. Foram avaliadas a estabilidade de forma, distorção
e tendência de ampliação ou redução, e foi observado que o scanner R700 apresentou
uma precisão e cofiabilidade considerável com relação ao padrão ouro, podendo ser
utilizado clinicamente.
Até o momento, não há pesquisas científicas que avaliem as
alterações dimensionais, utilizando modelos digitais, em pacientes submetidos ao
tratamento da mordida aberta. Desta forma, o objetivo desta pesquisa foi avaliar as
alterações dimensionais dos arcos dentários antes e após um ano do tratamento da
mordida aberta, em modelos digitais utilizando o scanner de superfície a laser 3Shape
R-700, com o software OrthoAnalyzer 3D versão 2013, e também comparar os
resultados das alterações obtidas entre os dois métodos de tratamento realizados:
grade palatina fixa e grade palatina removível.
34
3 PROPOSIÇÃO
Este estudo teve como objetivo:
Avaliar as alterações dimensionais dos arcos dentários em modelos
digitais antes e após um ano do tratamento da mordida aberta com a grade palatina
fixa e removível.
35
4 ARTIGO
AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DENTOALVEOLARES EM MODELOS
DIGITAIS DE PACIENTES COM MORDIDA ABERTA ANTERIOR TRATADOS
COM GRADE PALATINA FIXA E REMOVÍVEL
RESUMO
Objetivo: Avaliar as alterações dimensionais dos arcos dentários em modelos digitais
antes e após um ano do tratamento da mordida aberta com grade palatina fixa e
removível. Material e Métodos: A amostra foi composta por 41 pacientes do arquivo
da disciplina de Ortodontia da UNOPAR, de ambos os gêneros, leucodermas, em fase
de dentadura mista, com idades entre 7 a 10 anos, relação molar de Classe I de Angle,
trespasse vertical negativo de pelo menos 1 mm. A amostra foi dividida em dois
grupos: GF (n=23): indivíduos tratados com grade palatina fixa, com idade média
inicial de 8,4 anos (DP = 0,8) e GR (n=18): indivíduos tratados com grade palatina
removível, com idade média inicial de 8,4 anos (DP = 0,7). Os modelos de gesso
iniciais (T1) e após um ano de tratamento (T2) foram digitalizados em um scanner 3D
3Shape R700 (3Shape A/S, Copenhagen, Dinamarca), reproduzindo uma imagem
tridimensional digitalizada, sobre a qual foram realizadas medidas utilizando o
software OrthoAnalyzer™ 3D (3Shape A/S, Copenhagen, Dinamarca) versão 2013,
por um examinador previamente calibrado. As variáveis avaliadas foram: perímetro e
comprimento dos arcos dentários superior e inferior, inclinação dos incisivos
superiores, desenvolvimento vertical dentoalveolar superior e inferior, altura dos
incisivos superiores, trespasse horizontal, trespasse vertical e distâncias transversais
entre os primeiros molares permanentes superiores e inferiores. A avaliação do erro
intraexaminador foi realizada pelo coeficiente de correlação intraclasse (CCI), BlandAltman e pelo teste t pareado. Para comparação entre os grupos ao início (T1), final
(T2) e a diferença (T2-T1) foi utilizado teste t, com nível de significância de 5%.
Resultados: Em T1, na comparação entre os grupos, foi possível observar resultados
semelhantes em todas as variáveis avaliadas. As comparações entre T1 e T2 para o
mesmo grupo demonstraram algumas diferenças estatisticamente significantes,
porém a comparação em T2, entre os grupos, não demonstrou diferença, revelando
uma redução média da mordida aberta de 3,68mm. Em T2-T1 foram observadas
diferenças entre os grupos referente ao desenvolvimento vertical dentoalveolar e
overjet. Conclusão: Pode-se concluir que os protocolos de tratamento empregados
demonstraram haver características dentoalveolares similares produzidas pelos dois
dispositivos utilizados (grade palatina fixa e grade palatina removível), contribuindo
desta forma para a redução da mordida aberta anterior, sem diferenças significantes
nos efeitos gerados pelos aparelhos durante o período estudado.
Palavras-chave: Mordida Aberta; Ortodontia; Modelos Dentários.
36
ABSTRACT:
Objective: To evaluate the dimensional changes of dental arches on digital models
before and after one year of treatment of open bite with fixed and removable palatal
crib. Material and Methods: The sample was composed of 41 patients of the
Orthodontic UNOPAR, of both genders, caucasians, mixed dentition, aged 7-10 years,
Angle Class I molar relationship, negative overbite of at least 1 mm. The sample was
divided into two groups: GF (n = 23): patients treated with fixed palatal crib, with an
initial mean age of 8.36 years (SD = 0.84) and GR (n = 18): patients treated with
removable palatal crib, with an initial mean age of 8.42 years (SD = 0.73). Models of
initial cast and after one year of treatment were scanned by a 3D scanner 3Shape
R700 (3Shape A / S, Copenhagen, Denmark), reproducing a three-dimensional
scanned image, on which measurements were performed by using the OrthoAnalyzer
™ 3D software ( 3Shape A / S, Copenhagen, Denmark) version 2013, by one
calibrated examiner. The evaluated variables were: perimeter and length of the upper
and lower dental arches, inclination of the upper incisors, vertical dentoalveolar
development upper and lower, height of the upper incisors, overjet, overbite and
transverse distances between the upper and lower first permanent molars. The
evaluation of intra examiner error was performed by intraclass correlation coefficient
(ICC) and Bland-Altman and for the verification of systematic error was performed
paired t test. For comparison between groups t test was used, with a significance level
of 5%. Results: In T1, in the comparison between groups, was possible to observe
similar results in all variables. The comparisons between T1 and T2 for the same group
showed some statistically significant differences, but the comparison in T2, between
groups, showed no difference, revealing an average reduction of open bite of 3,68mm.
In T2-T1 differences were observed between the groups regarding the dentoalveolar
vertical development and overjet. Conclusion: It can be concluded that employees
treatment protocols demonstrated a similar dentoalveolar characteristics produced by
the two devices used (fixed palatal crib and removable palatal crib), thus contributing
to the reduction of anterior open bite, with no significant differences in the effects
generated by appliances during the study period.
Key words: Open Bite; Orthodontics; Dental Models.
INTRODUÇÃO
A mordida aberta anterior pode ser definida como a presença de um
trespasse vertical negativo entre as bordas incisais dos incisivos superiores e
inferiores, com os dentes posteriores em oclusão6, 42. Sua prevalência pode variar de
11,2% a 18,5%35, 56, estando em torno de 17% nos indivíduos com dentadura mista 5,
16.
Diversos fatores estão envolvidos em sua etiologia, podendo ser desenvolvida
como resultado da realização de hábitos deletérios, tais como: sucção de polegar,
sucção de chupeta6, respiração bucal e interposição lingual ou labial7, e alguns fatores
de ação local, como anquilose dentária e distúrbios de erupção 28, além da influência
37
dos fatores genéticos63.
Apesar das diversas opções terapêuticas para a mordida aberta
anterior existentes na literatura, ainda não existe um conhecimento com relação às
alterações tridimensionais maxilares e mandibulares, provocadas pela aplicação
destes métodos na fase de dentadura mista. Sendo assim, as grades palatinas fixa e
removível são recursos que podem ser utilizado com a finalidade de remoção do
hábito, atuando como aparelhos recordatórios na fase de dentadura mista 63, 64.
Vários estudos foram realizados para avaliar a efetividade das grades
palatinas, tanto fixas quanto removíveis, relatando seus efeitos pós tratamento, por
meio de medidas realizadas em telerradiografias ou em modelos de gesso
manualmente15, 20, 30, 45, 47, 61, 63, 64. Villa e Cisneros64, 1997, observaram em modelos
de gesso as mudanças na dentição em pacientes com sucção digital tratados com
grade palatina, porém as limitações destas medidas manuais continuam impedindo a
observação destas mudanças de uma forma mais minusciosa e precisa. As avaliações
nas radiografias e nos modelos de gesso não permitem a realização de certas
medidas com maior riqueza de detalhes, devido a limitações dos recursos as quais
passam a ser mais reduzidas com a utilização de modelos digitalizados 23.
Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar, em modelos digitais, as
alterações dimensionais dos arcos dentários antes e após um ano do tratamento da
mordida aberta de pacientes tratados com a grade palatina fixa e grade palatina
removível.
MATERIAL E MÉTODOS
Material
Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade do Norte do Paraná / Plataforma Brasil (Parecer n. 671.085) (Anexo A).
A amostra para execução deste trabalho foi composta por
documentações do arquivo da disciplina de Ortodontia da UNOPAR. Os critérios de
inclusão dos pacientes foram:

Relação molar de Classe I de Angle, com trespasse vertical a

Dentadura mista;
partir de -1 mm;
38

Entre 7 a 10 anos de idade, com os primeiros molares
permanentes em oclusão;

Leucodermas;

Ausência de apinhamento severo;

Forma do arco aceitável e ausência de mordida cruzada posterior.
Para
obtenção
da
amostra
deste
estudo,
foram
avaliadas
aproximadamente 4700 crianças, das escolas municipais de Londrina, após a
autorização da Secretária de Educação do Município. As crianças foram examinadas
nas escolas, em ambiente aberto, com uso de espátula de madeira.
Foi realizado o cálculo amostral, para verificar a quantidade de
crianças necessárias para se obter uma amostra considerável. O tamanho da amostra
de cada grupo foi calculado, por meio do programa Excell versão 2013, com um nível
de significância alfa de 0,05 e beta de 0,2 para atingir um poder de 80% detectando
uma diferença média de 2,1 mm entre os grupos, com um desvio padrão de 1,69mm 14,
constatando-se a necessidade de 16 pacientes por grupo.
Os indivíduos selecionados foram divididos em dois grupos, sendo o
grupo GF correspondente a vinte e três indivíduos tratados com grade palatina fixa
(Figura 1), com idade média inicial de 8,4 anos (DP 0,8), sendo 17 indivíduos do
gênero feminino e 6 indivíduos do gênero masculino, e o grupo GR correspondente a
dezoito indivíduos tratados com grade palatina removível (Figura 2), com idade media
inicial de 8,4 anos (DP 0,7), sendo 8 indivíduos do gênero feminino e 10 indivíduos do
gênero masculino. Os aparelhos para ambos os grupos foram confeccionados pelo
mesmo protético, em um mesmo laboratório.
Para avaliação das alterações dimensionais dos arcos dentários dos
41 pacientes, utilizou-se os modelos de gesso iniciais (T1), pré tratamento, e finais
(T2), após 1 ano de tratamento.
39
Figura 1 – Grade Palatina Fixa
Fonte: Arquivo Ortodontia/ UNOPAR
Figura 2: Grade Palatina Removível
Fonte: Arquivo Ortodontia/ UNOPAR
Métodos
Escaneamento e avaliação dos modelos ortodônticos
Os modelos de gesso foram digitalizados por um scanner 3D 3Shape
R700 (3Shape A/S, Copenhagen, Dinamarca), desenvolvido para escaneamento em
alta precisão, reproduzindo uma imagem tridimensional digitalizada, sobre a qual
foram realizadas medidas. O tempo de escaneamento dura em torno de doze minutos
e os modelos de gesso foram capturados separadamente e em oclusão. No
microcomputador acoplado ao scanner, a imagem foi salva em formato SLT,
compatível com o sistema operacional Windows e softwares específicos para imagens
tridimensionais (Figura 3).
40
Figura 3: Scanner 3Shape R700 (3Shape A/S, Copenhagen, Dinamarca)
“Do autor (2015)”
Após a digitalização, os modelos iniciais (T1) e após um ano de
tratamento (T2) foram avaliados pelo método digital no software OrthoAnalyzer™ 3D
(3Shape A/S, Copenhagen, Dinamarca) versão 2013, por um examinador previamente
calibrado. As seguintes variáveis foram realizadas:
Perímetro dos arcos dentários superior e inferior
O perímetro dos arcos dentários foi mensurado em T1 e T2, por meio
de distâncias lineares. As medidas estão descritas na Tabela 1 e foram padronizadas
seguindo os mesmos pontos e segmentos, tanto para o arco superior (Figura 4) quanto
inferior (Figura 5). Na ausência de ponto de contado entre os dentes, utilizou-se o
ponto correspondente à distância média entre as faces proximais destes.
41
Tabela 1 – Descrição dos segmentos a serem mensurados no perímetro do arco
maxilar e mandibular
SIGLA
DESCRIÇÃO
SEGMENTO SUPERIOR
D16-53
Distância entre o ponto de contato mesial do primeiro molar
permanente superior direito (16) ao ponto de contato mesial do canino
decíduo superior direito (53).
D53-11
Distância entre o ponto de contato mesial do canino decíduo superior
direito (53) ao ponto de contato mesial do incisivo central permanente
superior direito (11).
D21-63
Distância entre o ponto de contato mesial do incisivo central
permanente superior esquerdo (21) até o ponto de contato mesial do
canino decíduo superior esquerdo (63).
D63-26
Distância entre o ponto de contato mesial do canino decíduo superior
esquerdo (63) ao ponto de contato mesial do primeiro molar
permanete superior esquerdo (26).
SEGMENTO INFERIOR
D46-83
Distância entre o ponto de contato mesial do primeiro molar
permanente inferior direito (46) ao ponto de contato mesial do canino
decíduo inferior direito (83).
D83-41
Distância entre o ponto de contato mesial do canino decíduo inferior
direito (83) ao ponto de contato mesial do incisivo central permanente
inferior direito (41).
D31-73
Distância entre o ponto de contato mesial do incisivo central
permanente inferior esquerdo (31) até o ponto de contato mesial do
canino decíduo inferior esquerdo (73).
D73-36
Distância entre o ponto de contato mesial do canino decíduo inferior
esquerdo (73) ao ponto de contato mesial do primeiro molar
permanete inferior esquerdo (36).
“Do autor (2015)”
Os modelos foram girados e visualizados sob diversas perspecticas,
bem como aproximados pela ferramenta “zoom”, para facilitar a definição dos pontos2,
3, 37, 43, 49.
Após a demarcação destes, no software, foi realizada automaticamente a
determinação das distâncias transversais.
42
Figura 4. Perímetro do arco dentário superior. Verde: D16-53, Rosa: D53-11, Azul:
D21-63, Amarelo: D63-26 .
“Do autor (2015)”
Figura 5. Perímetro do arco dentário inferior. Verde: D46-83, Rosa: D83-41, Azul:
D31-73, Amarelo: D73-36
“Do autor (2015)”
43
Comprimento dos arcos dentários superior e inferior
Para mensurar essa variável nos arcos dentários superior e inferior,
em T1 e T2, inicialmente, por meio de uma vista oclusal, foi traçada uma linha
transversal passando pelo ponto de contato mesial dos primeiros molares
permanentes2. Em seguida foi realizada uma medida linear milimétrica entre o ponto
de contato dos incisivos centrais, ou o ponto médio entre eles, na margem gengival,
na ausência do ponto de contato, com um ponto de intersecção perpendicular à linha
traçada
previamente
entre
os
molares9,
17.
Desta
forma
automaticamente pelo software, os comprimentos dos arcos
obtidos
dentários superior
(Figura 6) e inferior (Figura 7).
Figura 6. Comprimento do arco dentário superior
“Do autor (2015)”
foram
44
Figura 7. Comprimento do arco dentário inferior
“Do autor (2015)”
Inclinação dos incisivos superiores
Esta variável foi obtida pelo valor observado na inclinação da coroa
clínica do incisivo central superior direito, em relação a um plano horizontal de
referência, em T1 e T2. Primeiramente, no modelo superior, foi definido o plano
horizontal de referência, representado por uma medida linear formada pela união dos
seguintes pontos: dois pontos correspondentes as pontas de cúspide mesio e distovestibulares do primeiro molar permanente superior direito, e um ponto corresponte a
ponta de cúspide mesio-vestibular do primeiro molar permanente superior esquerdo
(Figura 8)59. Posteriormente, em vista frontal, foi definida uma linha perpendicular ao
plano horizontal de referência previamente determinado, partindo de um ponto médio
cervical (mesio-distal) no dente 11 até este plano. Na sequência foi realizada uma
medida angular entre uma linha oblíqua que passa tangente a 2/3 (terço cervical e
médio) da face vestibular dos incisivo central superior direito, com uma linha paralela
45
ao plano horizontal, simulando a transferência deste plano sobre a superfície do dente
no terço médio (Figura 9)13, 64. Quanto maior o valor do ângulo observado, menos
vestibularizado estava o incisivo central superior direito. Quanto menor o valor do
ângulo, mais vestibularizado estava este dente.
Figura 8. Plano horizontal de referência
“Do autor (2015)”
Figura 9. Ângulo de inclinação dos incisivos superiores (vermelho)
“Do autor (2015)”
46
Desenvolvimento vertical dentoalveolar superior e inferior
Após estabelecido o plano horizontal de referência no modelo
superior59, em uma vista frontal, foi realizada uma medida linear milimétrica entre o
ponto de contato dos incisivos centrais superiores, ou o ponto médio entre eles, na
ausência do ponto de contato, com um ponto de intersecção perpendicular a este
plano horizontal previamente traçado. Esta avaliação foi realizada automaticamente
pelo software e mostra a distância vertical dos processos alveolares superiores, com
relação ao plano horizontal de referência (Figura 10). Após este procedimento, foi
realizada outra medida linear milimétrica entre o ponto de contato dos incisivos
centrais inferiores, ou o ponto médio entre eles, com um ponto de intersecção
perpendicular ao plano horizontal de referência, para determinar o valor da distância
vertical dos processos alveolares inferiores (Figura 11) 33, 44.
Figura 10. Desenvolvimento vertical dentoalveolar superior
“Do autor (2015)”
Figura 11. Desenvolvimento vertical dentoalveolar inferior
“Do autor (2015)”
47
Altura dos incisivos superiores
A avaliação desta variável foi realizada por vestibular em uma vista
frontal, nos dentes 11 e 21, por meio de uma medida linear vertical unindo dois pontos:
ponto médio (mésio-distal) da borda incisal da coroa clínica e ponto médio (mésiodistal) da margem cervical da mesma. O valor foi gerado pela formação de uma linha
paralela ao longo eixo da coroa clínica destes dentes. As medidas foram feitas em T1
e T2 e os valores lineares dessas variaveis foram gerados automaticamente pelo
software1, 9 (Figura 12).
Figura 12. Altura dos incisivos superiores
“Do autor (2015)”
Overjet (trespasse horizontal)
Os modelos em oclusão foram posicionados em vista frontal e lateral
e ampliados na tela, para facilitar e melhorar a precisão das medições. O trespasse
horizontal foi medido em T1 e T2 a partir da demarcação de dois pontos, um no ponto
médio (mésio-distal) da borda incisal do incisivo central superior mais proeminente e
outro no ponto médio (mésio-distal) da borda incisal do incisivo central inferior
antagonista1, 17, 23, 43, 53. Em seguida, o valor do trespasse horizontal foi determinado
automaticamente, por meio de uma ferramenta do software, denominada
“overjet/overbite” (Figura 13).
48
Figura 13. Overjet (vermelho)
“Do autor (2015)”
Overbite (trespasse vertical)
Para mensurar o trespasse vertical, os modelos em oclusão foram
posicionados em uma vista frontal e ampliados na tela, para facilitar e melhorar a
precisão das medições. O trespasse vertical foi medido em T1 e T2 a partir da
demarcação de dois pontos, um no ponto médio (mésio-distal) da borda incisal do
incisivo central superior e outro no ponto médio (mésio-distal) da borda incisal do
incisivo central inferior1, 17, 23, 43, 53. Foram eleitos os incisivos, superior e inferior, que
apresentaram maior trespasse inicial, sendo utilizados em T2 os mesmo dentes de
referência35. Em seguida, o valor do trespasse vertical automaticamente, por meio de
uma ferramenta do software, denominada “overjet/overbite” (Figura 14).
49
Figura 14. Overbite (vermelho)
“Do autor (2015)”
Distâncias transversais inter primeiros molares permanentes
Para mensurar as distâncias inter primeiros molares permanentes
superiores e inferiores em T1 e T2, foram marcados pontos específicos para cada
molar, bilateralmente, referente às pontas de cúspide vestibulares e à região cervical
destes1, 49, 57. Os pontos localizados na região cervical dos dentes apresentavam duas
referências para serem demarcados, são elas: o sulco palatino para molares
superiores e o sulco lingual para molares inferiores. A união destes pontos formou
medidas lineares geradas automaticamente pelo software, determinando assim o
valor das distâncias transversais intermolares superiores (Figura 15) e inferiores
(Figura 16). Estes pontos e medidas lineares estão descritos na Tabela 2.
50
Figura 15. Distâncias inter primeiros molares permanentes superiores. Azul: CMV1626, Roxo: CDV16-26, Branco: CP16-26
“Do autor (2015)”
Figura 16. Distância inter primeiros molares permanentes inferiores. Azul: CMV4636, Roxo: CDV46-36, Branco: CL46-36
“Do autor (2015)”
51
Tabela 2 – Descrição dos segmentos a serem mensurados na distância inter primeiros
molares permanentes superiores e inferiores
SIGLA
DESCRIÇÃO DO SEGMENTO
SEGMENTO SUPERIOR
CMV16-26
Distância entre o ponto localizado na ponta da cúspide mesiovestibular do primeiro molar permanente superior direito (16), ao
ponto localizado na ponta da cúspide mesio-vestibular do
primeiro molar permanente superior esquerdo (26).
CDV16-26
Distância entre o ponto localizado na ponta da cúspide distovestibular de primeiro molar permanente superior direito (16), ao
ponto localizado na ponta da cúspide disto-vestibular de primeiro
molar permanente superior esquerdo (26).
CP16-26
Distância entre o ponto localizado na cervical palatina do
primeiro molar permanente superior direito (16) ao ponto
localizado na cervical palatina do primeiro molar permanente
superior esquerdo (26).
SEGMENTO INFERIOR
CMV46-36
Distância entre o ponto localizado na ponta da cúspide mesiovestibular de primeiro molar permanente inferior direito (46), ao
ponto localizado na ponta da cúspide mesio-vestibular de
primeiro molar permanente inferior esquerdo (36).
CDV46-36
Distância entre o ponto localizado na ponta da cúspide distovestibular de primeiro molar permanente inferior direito (46), ao
ponto localizado na ponta da cúspide disto-vestibular de primeiro
molar permanente inferior esquerdo (36).
CL46-36
Distância entre o ponto localizado na cervical lingual do primeiro
molar permanente inferior direito (46) ao ponto localizado na
cervical lingual do primeiro molar permanente inferior esquerdo
(36).
“Do autor (2015)”
52
Análise Estatística
Erro do método
Para verificar a calibração do examinador, 30 dias após a primeira
avaliação foram repetidas as medidas de 30% da amostra, totalizando 1150 medidas
realizadas em 25 pares de modelos de gesso selecionados aleatoreamente. Os erros
foram avaliados por meio do Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) e BlandAltman e teste t pareado, com nível de significância de 5% (p<0,05). O teste CCI é
uma estimativa da fracção da variabilidade total de medidas devido a variações entre
as mensurações. Segundo Fleiss18,1986, a presença de um CCI menor 0,4 configura
uma correlação pobre entre as medidas, já se o valor é maior ou igual a 0,4 e menor
do que 0,75, a correlação pode ser interpretada como satisfatória, e quando o valor é
maior ou igual a 0,75, representa uma correlação excelente. Bland e Altman 11,1986,
propõem que se calculem limites de concordância a partir das diferenças encontradas,
sendo a média e o desvio padrão dessas diferenças a base para os cálculos destes
limites (limites superior e inferior).
Comparação dos grupos
Para avaliar a normalidade das variáveis mensuradas, foi realizado o
teste Kolmogorov-Smirnov. Devido a constatação de distribuição normal foram
utilizados testes paramétricos.
Comparação entre os grupos
Para verificar a existência de diferença estatisticamente significante entre as
medidas dentoalveolares iniciais (T1), finais (T2) e as alterações (T2-T1) entre os dois
grupos foi utilizado o teste t.
Todas as análises estatísticas foram realizadas pelos programas Statistica
(Statistica 7.0, Statistical Software for Windows Version 7.0), com nível de significância
de 5%.
53
RESULTADOS
A Tabela 3 apresenta os resultados do erro intraexaminador.
Nenhuma das 23 variáveis avaliadas apresentou erro sistemático estatisticamente
significante. O Coeficiente de Correlação Intraclasse apresentou variações de 0,98 a
1, demonstrando uma excelente18 concordância entre os métodos para este tipo de
avaliação, assim como o valor de Bland e Altman11, que apresentou pouquíssima
variação nos limites superior (0,19 a 1,31) e inferior (0,03 a 0,26). Esses resultados
demonstram que todas as variáveis estudadas foram precisas e coerentes,
certificando a calibração do examinador.
Tabela 3 – Média, desvio padrão (DP) e diferença da primeira e segunda avaliação
(milímetros e graus). Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI), Bland-Altman e erro
sistemático (teste t pareado)
Erro
VARIÁVEIS
1ª Avaliação
2ª Avaliação
Dif.
CCI
BlandSistemático
(teste t pareado)
Altman
Média
DP
Média
DP
Lim.
Lim.
Sup.
Inf.
Per. Sup.(mm)
75,70
5,30
75,78
5,35
0,08 0,99
1,31
0,21
0,589
Per. Inf.(mm)
67,75
4,93
67,87
4,77
0,12 0,99
1,03
0,13
0,332
Compr. Sup.(mm)
27,82
2,37
27,84
2,43
0,02
1
0,38
0,06
0,622
Compr. Inf.(mm)
22,59
2,20
22,59
2,20
0
1
0,33
0,07
0,925
Incl. Sup. (°)
79,29
5,46
79,28
5,63 -0,01
1
1,08
0,23
0,916
Des. Vert. Sup.(mm)
6,57
2,35
6,57
2,37
0 0,99
0,55
0,12
0,96
Des. Vert. Inf.
2,82
2,08
2,89
2,05
0,07 0,99
0,43
0,03
0,175
Altura ISd(mm)
8,59
1,34
8,57
1,32 -0,02
1
0,19
0,06
0,182
Altura ISe(mm)
8,71
1,17
8,64
1,15 -0,07 0,98
0,54
0,17
0,178
Overjet(mm)
5,00
1,69
4,97
1,73 -0,03 0,99
0,52
0,13
0,544
Overbite(mm)
-1,27
2,69
-1,26
2,70
0,01
1
0,28
0,05
0,686
CMV 16-26(mm)
51,03
2,75
51,03
2,75
0 0,99
0,68
0,14
0,995
CDV 16-26(mm)
53,36
2,58
53,28
2,66 -0,08 0,99
0,80
0,23
0,276
CP 16-26(mm)
35,12
2,80
35,09
2,73 -0,03
1
0,35
0,10
0,257
CMV 46-36(mm)
44,78
2,71
44,75
2,71 -0,03 0,99
0,81
0,19
0,743
CDV 46-36(mm)
46,28
2,52
46,18
2,65
-0,1 0,99
0,86
0,26
0,208
CL 46-36(mm)
33,63
1,76
33,64
1,80
0,01
1
0,32
0,05
0,644
*Significante para p<0,05
Lim. Sup: Limite superior; Lim. Inf.: Limite inferior
“Do autor (2015)”
Considerando o conjunto de planos e linhas de referência utilizados,
foram interpretadas 23 grandezas tridimensionais, sendo 22 lineares e 1 angular.
Essas variáveis possibilitaram a avaliação de alterações dentoalveolares e
esqueléticas, com a finalidade de comparar a similaridade entre os grupos ao início e
54
final do período experimental.
Na Tabela 4 é possível observar uma homogeneidade entre os
gêneros feminino e masculino e a idade inicial nos grupos GF e GR.
Tabela 4 – Caracterização da população do estudo quanto ao gênero (Qui-Quadrado)
e idade (teste t).
VARIÁVEIS
GF (n=23)
GR (n=18)
P
GÊNERO
MASCULINO
6 (26,08%)
10 (55,55%)
0,055
FEMININO
16 (73,91%)
8 (44,44%)
IDADE
MÉDIA ± DP
8,4 ± 0,8
8,4 ± 0,7
0,829
*Significante para p<0,05
“Do autor (2015)”
Com relação à comparação intergrupos das variáveis mensuradas no
início do tratamento (T1), não houve diferença significante entre os grupos GF e GR
(Tabela 5).
Tabela 5 – Comparação intergrupos inicial (T1) quanto às variáveis estudadas: Média,
Desvio-padrão (DP) e Teste t (p)
VARIÁVEIS
Per. Sup. (mm)
Per. Inf.(mm)
Compr. Sup.(mm)
Compr. Inf.(mm)
Incl. Sup. (°)
Des. Vert. Sup.(mm)
Des. Vert. Inf.
Altura ISd(mm)
Altura ISe(mm)
Overjet(mm)
Overbite(mm)
CMV 16-26(mm)
CDV 16-26(mm)
CP 16-26(mm)
CMV 46-36(mm)
CDV 46-36(mm)
CL 46-36(mm)
*Significante para p<0,05
“Do autor (2015)”
GF (n=23)
Média
DP
75,99
5,07
78,37
4,56
27,87
2,32
22,98
1,98
79,56
4,80
7,18
2,31
3,27
2,16
7,89
1,45
8,02
1,41
4,71
1,37
-2,95
1,60
50,43
2,69
52,74
2,67
34,62
2,54
44,37
2,65
45,94
2,69
33,28
1,78
GR (n=18)
Média
DP
78,60
4,29
70,78
4,07
29,15
2,09
24,07
2,20
77,03
4,79
7,95
2,31
2,54
1,45
8,15
1,46
8,08
1,57
4,88
1,94
-3,00
1,43
51,92
2,49
54,18
2,51
35,91
2,77
45,23
2,20
47,04
2,77
33,63
2,13
p
0,495
0,645
0,077
0,106
0,104
0,301
0,231
0,576
0,894
0,740
0,917
0,079
0,089
0,129
0,281
0,212
0,564
55
Já na comparação intragrupos, inicial (T1) e após um ano de
tratamento (T2), verificou-se que o grupo GF apresentou uma redução no perímetro
do arco inferior, passando de 68,37mm para 66,77mm, como também uma redução
no comprimento do arco inferior, de 22,98mm para 22,07mm (Tabela 6). Ainda nesta
tabela, foi possível observar um aumento na altura dos incisivos centrais superiores,
direito (1,11mm) e esquerdo (1mm), e uma alteração significante no desenvolvimento
vertical inferior em direção ao plano horizontal de referência, com crescimento de
1,66mm, representando um desenvolvimento no sentido anti-horário dos processos
dentoalveolares inferiores. Houve correção do overbite dos indivíduos, com redução
na mordida aberta de -2,95mm para +0,57mm, além de um aumento significativo nas
distâncias tranversais entre os primeiros molares permanentes superiores, nos
segmentos entre as cúspides mésio-vestibulares (0,54mm) e disto-vestibulares
(0,45mm).
Tabela 6 – Comparação inicial e final grupo Grade Fixa, teste t pareado (p)
VARIÁVEIS
Per. Sup. (mm)
Per. Inf.(mm)
Compr. Sup.(mm)
Compr. Inf.(mm)
Incl. Sup. (°)
Des. Vert. Sup.(mm)
Des. Vert. Inf.
Altura ISd(mm)
Altura ISe(mm)
Overjet(mm)
Overbite(mm)
CMV 16-26(mm)
CDV 16-26(mm)
CP 16-26(mm)
CMV 46-36(mm)
CDV 46-36(mm)
CL 46-36(mm)
T1
Média
75,99
68,37
27,87
22,98
79,56
7,18
3,27
7,89
8,02
4,71
-2,95
50,43
52,74
34,62
44,37
45,94
33,28
T2
DP
5,07
4,56
2,32
1,98
4,80
2,31
2,16
1,45
1,41
1,37
1,60
2,69
2,67
2,54
2,65
2,69
1,78
Média
75,61
66,77
27,36
22,07
78,82
6,34
1,61
9,00
9,02
5,27
0,57
50,97
53,19
34,77
44,56
45,95
33,36
p
DP
4,98
4,33
2,49
1,99
5,33
3,07
2,62
1,05
1,05
1,90
2,02
2,90
2,69
2,72
2,55
2,11
1,78
0,256
0,028*
0,191
0,001*
0,535
0,127
0,000*
0,000*
0,000*
0,068
0,000*
0,002*
0,004*
0,290
0,257
0,984
0,565
*Significante para p<0,05
“Do autor (2015)”
O grupo Grade Removível (GR) apresentou redução no perímetro do
arco superior de 78,60mm para 77,68mm e, do arco inferior, de 70,78mm para
69,37mm. Além disso, houve de uma redução no comprimento dos arcos superior e
inferior, de 29,15mm para 27,81mm e 24,07mm para 23,19mm respectivamente
56
(Tabela 7). Ao contrário do grupo Grade Fixa, aonde foi observado uma redução no
valor do desenvolvimento vertical inferior, este grupo apresentou uma alteração no
valor do desenvolvimento vertical superior em direção ao plano horizontal de
referência, aumentando em 1,35mm, o que representa um desenvolvimento no
sentido horário dos processos dentoalveolares superiores. Também foi possível notar
um aumento na altura dos incisivos centrais superiores direito (0,95mm) e esquerdo
(1,13mm). Com relação a mordida aberta inicial representada pela variável Overbite,
verifica-se uma correção de -3,00mm para 0,84mm. Houve também um aumento
significativo nas distâncias tranversais entre os primeiros molares permanentes
superiores, nos segmentos entre as cúspides mésio-vestibulares (0,53mm), distovetibulares (0,47mm),
e margens cervicais palatinas das coroas clínicas destes
(0,48mm), como também um aumento na distância transversal entre as cúspides
mésio-vestibulares dos primeiros molares inferiores (0,35mm) (Tabela 7).
Tabela 7 – Comparação inicial e final grupo Grade Removível, teste t pareado (p)
VARIÁVEIS
Per. Sup. (mm)
Per. Inf.(mm)
Compr. Sup.(mm)
Compr. Inf.(mm)
Incl. Sup. (°)
Des. Vert. Sup.(mm)
Des. Vert. Inf.
Altura ISd(mm)
Altura ISe(mm)
Overjet(mm)
Overbite(mm)
CMV 16-26(mm)
CDV 16-26(mm)
CP 16-26(mm)
CMV 46-36(mm)
CDV 46-36(mm)
CL 46-36(mm)
T1
Média
78,60
70,78
29,15
24,07
77,03
7,95
2,54
8,15
8,08
4,88
-3,00
51,92
54,18
35,91
45,23
47,04
33,63
T2
DP
4,29
4,07
2,09
2,20
4,79
2,31
1,45
1,46
1,57
1,94
1,43
2,49
2,51
2,77
2,20
2,77
2,13
Média
77,68
69,37
27,81
23,19
78,48
6,60
2,00
9,10
9,21
4,48
0,84
52,45
54,65
36,39
45,58
47,28
33,89
P
DP
4,36
3,59
2,14
1,72
5,76
2,33
1,92
1,09
1,07
1,46
2,24
2,63
2,66
2,80
2,00
2,57
1,95
0,025*
0,008*
0,000*
0,001*
0,259
0,000*
0,052
0,000*
0,000*
0,176
0,000*
0,044*
0,022*
0,023*
0,020*
0,430
0,093
*Significante para p<0,05
“Do autor (2015)”
Após um ano de tratamento (T2), também não foi encontrada
nenhuma diferença estatisticamente significante entre os grupos (Tabela 8).
57
Tabela 8 – Comparação intergrupos final (T2) quanto às variáveis estudadas: Média
(M), Desvio-padrão (DP) e Teste t (p)
VARIÁVEIS
Per. Sup.(mm)
Per. Inf.(mm)
Compr. Sup.(mm)
Compr. Inf.(mm)
Incl. Sup. (°)
Des. Vert. Sup.(mm)
Des. Vert. Inf.
Altura ISd(mm)
Altura ISe(mm)
Overjet(mm)
Overbite(mm)
CMV 16-26(mm)
CDV 16-26(mm)
CP 16-26(mm)
CMV 46-36(mm)
CDV 46-36(mm)
CL 46-36(mm)
GF (n=23)
Méda
DP
75,61
4,98
66,77
4,33
27,36
2,49
22,07
1,99
78,82
5,33
6,34
3,07
1,61
2,62
9,00
1,05
9,02
1,05
5,27
1,90
0,57
2,02
50,97
2,90
53,19
2,69
34,77
2,72
44,56
2,55
45,95
2,11
33,36
1,78
GR (n=18)
Média
DP
77,68
4,36
69,37
3,59
27,81
2,14
23,19
1,72
78,48
5,76
6,60
2,33
2,00
1,92
9,10
1,09
9,21
1,07
4,48
1,46
0,89
2,27
52,45
2,63
54,65
2,66
36,39
2,80
45,58
2,00
47,28
2,57
33,89
1,95
p
0,588
0,439
0,545
0,070
0,847
0,771
0,610
0,767
0,571
0,159
0,635
0,102
0,094
0,071
0,177
0,077
0,373
*Significante para p<0,05
“Do autor (2015)”
Na comparação das diferenças (T2-T1) entre os grupos, verificou-se
diferença estatisticamente significante para as variáveis Desenvolvimento Vertical
Inferior e Overjet. Para a variável Overbite (Tabela 9).
58
Tabela 9 – Comparação das diferenças intergrupos (T2-T1): Média (M), Desviopadrão (DP) e Teste t (p)
VARIÁVEIS
Per. Sup. (mm)
Per. Inf.(mm)
Compr. Sup.(mm)
Compr. Inf.(mm)
Incl. Sup. (°)
Des. Vert. Sup.(mm)
Des. Vert. Inf.
Altura ISd(mm)
Altura ISe(mm)
Overjet(mm)
Overbite(mm)
CMV 16-26(mm)
CDV 16-26(mm)
CP 16-26(mm)
CMV 46-36(mm)
CDV 46-36(mm)
CL 46-36(mm)
GF (n=23)
Média
DP
-0,38
1,60
-1,60
3,35
-0,52
1,88
-0,91
1,22
-0,74
5,76
-0,84
2,58
-1,66
1,89
1,11
0,66
1,00
0,73
0,56
1,44
3,51
2,00
1,30
1,53
0,98
6,34
0,43
2,95
0,66
2,54
-1,04
1,70
-1,19
1,75
GR (n=18)
Média
DP
-0,92
1,53
-1,41
1,94
-1,34
0,99
-0,88
0,90
1,45
5,12
-1,34
1,20
-0,54
1,07
0,95
0,62
1,13
0,73
-0,40
1,16
3,88
2,17
0,64
1,45
-1,99
5,28
1,49
1,28
0,23
0,98
-1,15
0,77
-1,51
0,84
p
0,284
0,835
0,107
0,933
0,217
0,454
0,034*
0,439
0,580
0,029*
0,574
0,173
0,123
0,172
0,513
0,810
0,484
*Significante para p<0,05
“Do autor (2015)”
DISCUSSÃO
Considerações Da Amostra
Este estudo avaliou o efeito das grades palatinas fixa e removível em
indivíduos em crescimento e com mordida aberta anterior. Para a obtenção de
melhores resultados, recomenda-se a intervenção entre o final da dentadura decídua
e o início da dentadura mista. No presente estudo, os indivíduos foram tratados com
idade média de 8,4 anos (Tabela 4), compatível com as médias encontradas nos
estudos de Giuntini et al.20(8,4) e Cozza et al.15 (8,4), Torres et al.63 (8,3), Pedrin et
al.
47
(8,3) e Cassis et al.14 (8,1). Assim observa-se que a idade para intervenção
abordada nesta pesquisa está dentro da ideal recomendada, permitindo a instalação
de aparelhos fixos ou removíveis com maior compreensão e colaboração dos
pacientes, oferecendo assim maior segurança e resultados mais satisfatórios.
Das 23 grandezas tridimensionais avaliadas neste trabalho, quando
mensuradas antes do início do tratamento, nenhuma apresentou diferença
estatisticamente significante entre os grupos (Tabela 5). Esta característica revela
59
que, após a seleção dos pacientes pelos critérios de inclusão, os grupos
apresentavam-se semelhantes na fase pré-tratamento. Esses resultados são
importantes, pois mostram que há compatibilidade entre os dois grupos, possibilitando
a obtenção de resultados mais confiáveis e menos tendenciosos10, 31, 32, 52.
Métodos
Indubitavelmente, a melhor forma de se avaliar a morfologia
dentoalveolar e as características oclusais dos pacientes seria por meio do exame
clínico direto, pois permitiria melhor visualização dos detalhes e melhor entendimento
da má oclusão em questão. Porém, além de apresentar limitações para a avaliação
de algumas variáveis que envolvem regiões de dificil acesso direto, esse tipo de
avaliação se torna inviável para pesquisas retrospectivas. Os modelos de estudo são
registros tridimensionais dos arcos dentários e suas relações, obtidos portanto, pelos
clínicos, como método adicional de diagnóstico, monitoramento dos efeitos do
tratamento, e documentação, sendo utilizados também em pesquisas e no ensino,
pois compõem a melhor forma de se avaliar os espaços oclusais em longo prazo9, 13,
38.
A utilização de modelos de estudo digitais oferece uma série de
vantagens como: a precisão e rapidez para obtenção dos dados de diagnóstico, o fácil
acesso aos dados, a facilidade de armazenamento das informações, com redução do
espaço físico no consultório, e a possibilidade de se dividir as informações via internet
com outros profissionais38, 43. A manipulação destes modelos é feita por meio de
softwares específicos, os quais apresentam validação científica, comprovando não
haver diferenças estatisticamente significantes entre variáveis coletadas nos modelos
digitais e variáveis mensuradas manualmente em modelos de gesso 23, 37, 39, 49, 53, 60, 66.
O método desta pesquisa consistiu no escaneamento tridimensional
de dois pares de modelos de gesso (scanner 3D 3Shape R700). Os modelos foram
avaliados no software OrthoAnalyzer™ 3D (3Shape A/S, Copenhagen, Dinamarca)
versão 2013, por um examinador previamente calibrado. Vale lembrar que tanto o
scanner quanto o software utilizados apresentam acurácia e reprodutibilidade
comprovados na literatura27, revelando considerável precisão e confiabilidade, o que
permite a sua aplicabilidade clínica e em estudos científicos.
60
Erro Do Método
Para a utilização dos modelos digitais em pesquisas científicas, tornase necessária a determinação do erro proveniente das mensurações digitais
railizadas, tornando a pesquisa confiável. De acordo com Houston 29, 1983, as
medições deveriam ser realizadas duas vezes. Porém, considerando que o número
de casos varia de acordo com o desvio padrão da variável, 30% da amostra deveria
ser medido novamente. Portanto, para verificar a calibração do examinador, 30 dias
após a primeira avaliação, foram repetidas as medidas de 25 pares de modelos de
gesso selecionados aleatoriamente.
A metodologia necessita ser suficientemente precisa para permitir sua
reprodução, por isso os resultados dos erros sistemáticos (teste t pareado), coeficiente
de correlação intraclasse (CCI) e Bland-Altman são importantes para determinar o
valor da pesquisa e sua viabilidade para ser reproduzida por outros pesquisadores. O
teste t pareado foi utilizado para comparar as variáveis obtidas em dois momentos,
demonstrando que não houve diferença estatisticamente significante entre ambas
(Tabela 3). O teste CCI é uma estimativa da fracção da variabilidade total de medidas
devido a variações entre as mensurações, podendo definir uma correlação pobre,
satisfatória ou excelente entre elas18. Já, o teste Bland e Altman11, envolve os limites
superior e inferior de concordância a partir das diferenças encontradas. O valor de
CCI variou de 0,98 a 0,1 demonstrando uma excelente concordância e confiabilidade
entre os métodos para este tipo de avaliação, assim como o valor de Bland e Altman,
que apresentou pouquíssima variação nos limites superior (0,19 a 1,31) e inferior (0,03
a 0,26) (Tabela 3). Observa-se, portanto, uma adequada precisão e padronização das
mensurações, decorrentes do treinamento prévio realizado no examinador.
Discussão Dos Resultados
Compatibilidade entre os grupos
Uma vez que este estudo envolve pacientes em período ativo de
crescimento, é essencial que se tenham grupos com idades cronológicas e gêneros
semelhantes, para permitir uma melhor comparação dos efeitos produzidos pelos dois
61
tipos de grades palatinas14, 31. Não houve dimorfismo (p=0,055) entre os grupos e
também não foi constatada diferença estatisticamente significante entre as idades
(Tabela 4). Sendo assim, apesar da diferença do número de pacientes dos gêneros
feminino e masculino que existiam entre os grupos, a ausência de dimorfismo e a
compatibilidade das idades ao início do tratamento permitiu comparações válidas
entre os indivíduos tratados com grade palatina fixa (GF) e removível (GR).
Comparação intragrupos inicial e final
Devido a natureza complexa, etiologia e ao padrão dentofacial da má
oclusão da mordida aberta anterior, as estratégias de tratamento em pacientes
durante o crescimento envolvem a modificação do comportamento ou do hábito, por
meio da terapia ortodôntica e ortopédica24, 25, 30, 45. O uso da grade palatina têm sido
defendido para desencorajar os hábitos de sucção por agir como um apaelho inibidor
digital25, 30, 45. A partir da aplicação terapêutica, a correção da mordida aberta anterior
tende a ocorrer por meio das alterações dentárias na região anterior31, 62. No presente
estudo, os dois grupos avaliados apresentaram alterações dentoalveolares
significantes que colaboraram para a diminuição da mordida aberta anterior (Tabelas
6 e 7).
É importante salientar que as mensurações das variáveis avaliadas
nesta pesquisa foram realizadas em uma imagem tridimensional de modelos de gesso
escaneados, metodologia não empregada em nenhum outro estudo envolvendo o
tratamento da mordida aberta anterior até o momento. Sendo assim, para
interpretação e discussão dos resultados encontrados, foi realizada a comparação
com outros estudos que avaliaram as mesmas variáveis, ou variáveis semelhantes,
porém mensuradas em telerradiografias ou manualmente em modelos de gesso.
Os resultados deste estudo mostram que os dois grupos avaliados
promoveram diminuição da mordida aberta de maneira semelhante. É possível
observar uma diminuição média da mordida aberta de 3,52mm para o grupo GF
(Tabela 6) e de 3,84mm para o grupo GR (Tabela 7). Estes valores são semelhanes
aos encontrados por Greenlee et al.22 (3,9mm), Villa e Cisneros64 (3,7mm), Cozza et
al.15 (3,5mm) e Rossato P. H.51 (3,6mm para grade fixa e 3,32mm para grade
removível). Por outro lado, um estudo realizado por Subtelny e Sakuda 58 questionou
a efetividade da terapia com grade em pacientes com mordida aberta. É importante
62
ressaltar que, em sua pesquisa, estes autores trataram 8 pacientes com idade média
de 12 anos e por um período de somente 6 meses, não estando portanto na idade e
tempo ideais para o tratamento que, segundo a literatura, deveria ser realizado na
fase dentadura mista precoce21, 25, 41, 46, 58, 65, o que pode ter gerado um prognóstico
ruim para o estudo.
Além da diminuição da mordida aberta, foram encontrados, para o
grupo da grade fixa, uma extrusão dos incisivos superiores (1,11 mm para o dente 11
e 1 mm para o dente 21) e um desenvolvimento vertical anti-horário dos processos
dentoalveolares inferiores (Tabela 6), já para o grupo da grade removível, houve
também um aumento da altura dos incisivos superiores (0,95mm para o dente 11 e
1,13mm para o dente 21) além de um aumento no sentido horário do desenvolvimento
dos processos dentoalveolares superiores (Tabela 7). Esses valores são semelhantes
aos valores encontrados por Cozza et al. 15, aonde observou a extrusão dos incisivos
superiores em telerradiografia em torno de 1,4mm, e estão de acordo com os relatos
da literatura quanto ao uso de grades palatinas, que se observa a correção da mordida
aberta anterior principalmente devido a alterações dentoalveolares, como a extrusão
e verticalização dos incisivos maxilares e mandibulares6, 50, 51.
Alterações significativas também foram observadas em outras
variáveis não menos importantes, como o perímetro do arco, com uma redução no
valor de 0,92mm para o arco superior, no grupo da grade removível, como também
uma redução de 1,6mm e 1,41mm no perímetro arco inferior, para os grupos grade
fixa e removível respectivamente (Tabelas 6 e 7). Os resultados encontrados neste
trabalho se aproximam aos achados por Vila e Cisneros64, em seu estudo envolvendo
o uso de grades palatinas, realizado em indivíduos observados por um período médio
de 3,9 meses. Os autores verificaram uma redução média no perímetro do arco
maxilar de 2,6mm e mandibular de 1,9mm. Essa característica é importante pois
envolve o controle de espaço presente e espaço requerido no arco, quando da troca
dos dentes decíduos pelos dentes permanentes, já que os pacientes estão sendo
tratados em fase de dentadura mista, podendo de certa forma interferir e influenciar
na terapêutica futura a ser empregada após a remoção das grades palatinas.
Uma diminuição significante no comprimento dos arcos maxilares e
mandibulares também foi observada. O grupo da grade fixa apresentou redução de
0,91mm para o arco inferior, já o grupo da grade removível apresentou redução de
1,34mm e 0,88mm para os arcos superior e inferior respectivamente (Tabelas 6 e 7).
63
Esses resultados diferem aos encontrados por Larsson E. 36 que mostrou nenhuma
alteração no comprimento dos arcos, porém são semelhantes aos resultados
encontrados por Vila e Cisneros64 (redução de 1,4mm para o arco superior e 1,2mm
para o arco inferior).
A postura da língua em repouso tem longa duração, o que a torna
clinicamente importante, sua postura baixa pode favorecer a erupção dos dentes
posteriores e causar a constrição da arcada superior, pela ausência da língua no
palato em pacientes com mordida aberta anterior34, 48. Esse fator é envidenciado na
literatura quando se afirma que desequilíbrios verticais esqueléticos geralmente estão
acompanhados por discrepâncias significativas anteroposteriores, e também nas
dimensões transversas15. Portanto, a reeducação postural da língua é importante para
permitir o correto desenvolvimento transversal maxilo-mandibular, e esta é
possibilitada pelo uso das grades palatinas. Assim, apesar de não ter sido utilizado
parafuso expansor nos pacientes tratados neste estudo, foi possível observar,
possivelmente pela reeducação da postura da língua, um aumento nas distâncias
transversais dos modelos tridimensionais mensurados, para todas as variáveis, com
diferença estatisticamente significante no arco superior para o grupo da grade palatina
fixa (0,51mm e 0,45mm para as distâncias entre as cúspides mesio-vestibulares e
disto-vestibulares respectivamente) e, para o grupo da grade palatina removível, nos
arcos superior (0,53mm, 0,47mm e 0,48mm para as distâncias entre as cúspides
mesio-vestibulares, disto-vestibulares e pontos cervicais palatinos respectivamente) e
inferior (0,35mm para as distâncias entre as cúspides mesio-vestibulares) (Tabelas 6
e 7).
Comparação intergrupos final e das diferenças entre os grupos (T2-T1)
Os resultados que serão discutidos a seguir, têm o propósito de
elucidar as alterações dentoalveolares ocorridas.
Perímetro dos arcos
Os resultados obtidos não demonstraram diferenças estatisticamente
significantes entre os grupos em T1, T2 e também nas alterações (T2-T1) como pode
ser observado nas Tabelas 5, 8 e 9.
64
Houve uma tendência de redução no perímetro do arco nos dois
grupos após 1 ano de tratamento, como observado nas Tabelas 6 e 7, porém sem
diferença estatisticamente significativamente entre eles. Acredita-se que esta
característica se deve ao fato da eliminação da projeção da língua para a região
anterior e reeducação da postura da língua em repouso, disfunções secundárias que
atuam como fatores etiológicos comumente encontrados na literatura 12,
40, 48, 54.
Segundo Artese8, acredita-se que uma pressão suave, porém contínua, exercida pela
língua contra os dentes seja capaz de movimentá-los, produzindo efeitos
significativos. Este tratamento portanto, pode ter levado à redução da pressão da
musculatura lingual sobre os dentes, promovendo assim um correto desenvolvimento
dos processos dentoalveolares, reduzindo o perímetro dos arcos tanto para o grupo
da grade fixa quanto para o da grade removível.
Comprimento dos arcos
No presente estudo, a comparação entre os grupos com relação ao
comprimento dos arcos não demonstrou diferença estatisticamente significante em
nenhum momento (T1, T2 e T2-T1), revelando que, independente do dispositivo
utilizado, o comprimento dos arcos não sofreu influência significativa (Tabelas 5, 8 e
9).
Assim como observado no perímetro dos arcos, também houve uma
redução significativa no comprimento dos arcos tanto para os indivíduos tratados com
grade palatina fixa quanto para os tratados com grade removível (Tabelas 6 e 7),
característica justificável pela reestabelecimento das forças intrínsecas dos lábios e
da língua em repouso, promovidos pela ação das grades sobre os incisivos, além da
ativação do arco vestibular nos indivíduos tratados com grade palatina removível8, 16,
45.
Esses fatores geram a condição de equilíbrio para a posição dos dentes, estímulo
para fechamento da mordida aberta anterior e para o selamento labial, levando a
consequente redução do comprimento dos arcos20.
Desenvolvimento vertical dentoalveolar superior e inferior
As Tabelas 5 e 8 mostram ausência de diferença estatística entre os
grupos em T1 e T2 respectivamente, com relação ao desenvolvimento vertical
65
dentoalveolar superior e inferior. Porém, ao se observar a Tabela 9, nota-se uma
diferença significante na comparação entre os grupos em T2-T1, caracterizada por um
desenvolvimento dos processos dentoalveolares inferiores no sentido anti-horário
maior para o grupo da grade palatina fixa (-1,66mm), do que para a grade palatina
removível (-0,54mm). Embora os estudos de Torres et al. 61 e Giuntini et al.20
demonstrem não haver diferença estatisticamente significante em T2-T1 na
comparação entre os dois grupos, com relação a extrusão dos incisivos inferiores,
Pedrin et al.47, ao comparar pacientes tratados com grades palatinas removíveis
combinadas com mentoneira, com um grupo controle não tratado, revelou uma
diferença estatisticamente significante para o desenvolvimento anti-horário anterior
inferior (extrusão dos incisivos inferiores) em 1,08mm. Da mesma forma, Cozza et al. 15
também demonstrou essa tendência em pacientes tratados com grades palatinas fixas
ao comparar com um grupo controle não tratado (1,0mm de extrusão).
Altura dos incisivos superiores
Neste estudo, como observado nas Tabelas 5, 8 e 9, a comparação
entre os grupos com relação à altura dos incisivos superiores não apresentou
diferença estatisticamente significante (T1, T2 e T2-T1), demonstrando alterações
equivalentes nos valores desta variável para os dois dispositivos utilizados.
Inclinação superior, overjet e overbite
A grade palatina atua como uma barreira mecânica que impede a
sucção do dedo ou da chupeta e a interposição da língua4, 20, 26, 55. Essa característica
prejudica o desenvolvimento do segmento anterior e em grande parte dos casos
mantem os incisivos superiores com uma inclinação vestibular mais acentuada,
alterando também o valor do overjet. Com a instalação das grades, é possível
reestabelecer o selamento labial que tende a favorecer a verticalização dos incisivos
superiores e a estabilidade da correção19. Como pôde-se observar no presente estudo
(Tabelas 5, 8 e 9), não houve alterações significantes na inclinação dos incisivos
superiores entre os dois grupos em nenhum momento (T1, T2 e T2-T1). Da mesma
forma, nota-se a ausência de alterações no overjet em T1 e T2 entre os grupos (Tabela
66
5 e 8), corroborando com os achados por Villa e Cisneros 64, Larsson E36 e Cozza et
al.15.
Porém comparando-se as diferenças entre os grupos (T2-T1) na
Tabela 9, fica evidente uma diferença estatisticamente significante no overjet,
caracterizada pela redução do overjet para o grupo da grade removível (-0,40mm) e
aumento no overjet para a grade fixa (0,56mm). Esses valores se aproximam aos
valores encontrados por Torres et al.63, quando comparou o overjet em T2-T1
correlacionando grades palatinas removíveis (-0,75) e grades palatinas fixas (0,40).
Torres et al.63 afirmam que quando uma grade fixa é utilizada, a pressão produzida
pelos músculos periorais sobre os incisivos inferiores, principalmente durante a
deglutição,
não
é
contrabalanceada
pela
língua,
porque
ela
é
mantida
permanentemente em uma posição posterior à grade. Esta mudança no equilíbrio
muscular pode fazer com que ocorram mudanças na inclinação dos incisivos
inferiores. Portanto, acredita-se que a diferença no overjet encontrada neste estudo
pode estar relacionada a alterações nas inclinações dos incisivos inferiores, já que
não houve diferença estatisticamente significante em nenhum dos grupos com relação
à inclinação dos incisivos superiores.
Com relação ao overbite, assim como relatado em diversos estudos15,
22, 47, 51, 64,
as grades palatinas fixas ou removíveis favorecem efetivamente o
fechamento da mordida aberta, condição observada nos dois grupos avaliados nesta
pesquisa, que promoveram diminuição da mordida aberta de maneira semelhante
(Tabelas 6 e 7). Além disso, não houve diferença estatisticamente significante entre
os grupos em T2 e T2-T1, demonstrando que os dois aparelhos testados foram
efetivos para o fechamento da mordida aberta anterior (Tabela 8 e 9).
Distâncias transversais
Não houve alterações significantes nas distâncias transversais entre
os dois grupos estudados, apenas uma tendência para o aumento desta variável
(Tabelas 5,8 e 9).
67
CONCLUSÃO
Com base nos resultados encontrados neste estudo, pode-se concluir
que a aplicação dos protocolos de tratamento preconizados gerou alterações
dentoalveolares para os dois grupos tratados, principalmente na região anterior,
envolvendo extrusões dentárias e o desenvolvimento vertical dos processos
dentoalveolares. Estas mudanças colaboraram para uma redução média de 3,68mm
da mordida aberta anterior, sendo 3,52mm para o grupo da Grade Palatina Fixa e
3,84mm para o grupo da Grade Palatina Removível.
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5 CONCLUSÃO
Com base nos resultados encontrados neste estudo, pode-se concluir
que a aplicação dos protocolos de tratamento preconizados gerou alterações
dentoalveolares para os dois grupos tratados, principalmente na região anterior,
envolvendo extrusões dentárias e o desenvolvimento vertical dos processos
alveolares, colaborando assim para uma redução média de 3,68mm da mordida
aberta anterior.
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ANEXOS
81
ANEXO A
Parecer do Comitê de Ética
82
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