Defensoria Pública: após quatro anos de luta, Estado conquista esse direito
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Florianópolis, Maio de 2013 Nº 189 - Ano XVII
Florianópolis sedia encontro
nacional dos diáconos
Mais de 270 participantes receberam formação sobre o documento
96 da CNBB, refletiram e aprovaram mudanças no estatuto
Diáconos, esposas e candidatos
a diácono estiveram reunidos em
Florianópolis, nos dias 19 a 21 de
abril, em Florianópolis, para participar da sua Assembleia Nacional, não
eletiva. Durante os três dias, eles
refletiram sobre o documento 96 da
CNBB: “Diretrizes para o Diaconato
Permanente da Igreja no Brasil – formação, vida e ministério”
O evento teve como objetivo in-
formar os participantes quanto ao
texto, aprovado pela CNBB em 2012.
Além disso, durante o encontro foi
aprovada a reformulação estatutária
canônica e civil dos diáconos. Esta
foi a primeira vez que o evento foi
realizado no Estado. A Assembleia
é realizada a cada quatro anos, mas
normalmente tinha como sede outros estados da região sudeste.
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Tema do Mês
MARIA, MÃE DA FÉ
Dom Esmeraldo Barreto de Faria, bispo referencial dos diáconos no Brasil, foi um dos assessores do encontro
Canção Nova abre casa de missão na capital
Cinco jovens dão estrutura a estúdio para transmissão de programas locais de TV
Uma equipe de leigos consagrados da Comunidade Canção Nova
está em Florianópolis para abrir
uma nova casa de missão. Os quatro jovens realizaram um encontro
de apresentação no dia 27 de abril.
Tríduo Bíblico
reflete sobre o
Evangelho de Lucas
PÁGINAS 03
Participe do
Jornal da
Arquidiocese
Eles tem a missão de estruturar
estúdio para a transmissão de
programas locais para o Canal 23
UHF, em TV aberta, que a emissora mantém aqui.
Primeira redimida, Maria é
imaculada desde sua conceição; assunta ao céu, ela já está
ressuscitada na glória de Cristo. Maria é modelo para todos
os cristãos e, mesmo, para todos os seres humanos. Ela é
posta na origem e no destino
da humanidade. Concebida
sem pecado original, ela sempre foi o que nós sempre deveríamos ter sido: santos, imacu-
lados. Assunta ao céu, ela já é o
que um dia nós seremos: ressuscitados, glorificados. Assim,
em nossa origem e nosso futuro, mas sempre num plano subordinado à única mediação
criadora, salvadora e recapituladora de Cristo, temos alguém de nossa raça humana
que correspondeu fielmente
aos desígnios divinos.
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Comissão promove Festival
da Família
Semana MissioPe. Ney encerra
nária prepara para participação em
a JMJ no Rio
Comissão Bíblica
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PÁGINA 05
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Igreja celebra Dia
Mundial das Comunicações Sociais
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P O R C A R TA
POR E-MAIL
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2
Opinião
Maio 2013
Palavra do Bispo
Dom Wilson Tadeu Jönck
Jornal da Arquidiocese
Arcebispo de Florianópolis
Paróquia, Comunidade de Comunidades
A paróquia foi o tema central
da última Assembleia dos Bispos,
realizada em abril. Foi apresentado e estudado o documento preparatório sobre a paróquia, e no
próximo ano pretende-se aprovar
o documento oficial.
A paróquia é o referencial mais
importante da Igreja Católica. Apresenta o rosto da Igreja, nela
podendo ser verificado o seu dinamismo. Na paróquia encontram-se
as várias comunidades, os vários
movimentos, os mais variados grupos. Tudo o que é organizado como
atividade de vida cristã acontece
na paróquia.
A paróquia concretiza a
ideia de “comunidade”, presente na própria palavra “Igreja”, a reunião dos batizados, da-
queles que seguem a Cristo. Quando a comunidade se reúne, está
presente a Igreja do mundo todo.
Por outro lado, a Igreja do mundo
todo é constituída por inúmeras
comunidades.
Há um consenso generalizado
de que esta instância tão fundamental na vida cristã deva sofrer
uma renovação, alguns melhoramentos, para continuar prestando o serviço de sempre, ou seja,
acolher os fiéis e dinamizar a vida
cristã. As modificações respeitarão
o que foi proposto pelo Vaticano II.
O no. 64 do documento de estudo
sintetiza a posição do Concílio em
três direções: “ a passagem do
territorial para o comunitário; do
princípio único do pároco para uma
comunidade toda ministerial; e da
dimensão cultual para a totalida-
Palavra do Papa
Francisco
de das dimensões de comunhão e
missão da Igreja no mundo”.
Os documentos da Igreja na
América Latina apresentam algumas iluminações que podem ajudar a renovar a paróquia. Puebla
retoma com muita força a ideia
conciliar de “comunhão e participação”. Santo Domingo define a
paróquia como “comunidade de
comunidades e movimentos”. Insiste ainda em que a pastoral deve
ser “orgânica”, e para alcançar
esse objetivo propõe o conceito de
“pastoral de conjunto”.
O Documento de Aparecida
propõe a renovação da paróquia.
Propõe a multiplicação de comunidades menores; chama a atenção
para a pastoral urbana; sugere a
criação de comunidades suprapa-
Opinião
Jovens, arriscai a vida
Gostaria de vos propor três
pensamentos, simples e breves,
para a vossa reflexão.
O primeiro: Na segunda Leitura, ouvimos a estupenda visão de
São João: um novo céu e uma
nova terra e, em seguida, a Cidade Santa que desce de junto de
Deus. Tudo é novo, transformado
em bondade, em beleza, em verdade; não há mais lamento, nem
luto... Tal é a ação do Espírito Santo: Ele traz-nos a novidade de
Deus; vem a nós e faz novas todas as coisas [...].
O segundo: na primeira Leitura, Paulo e Barnabé afirmam que
«temos de sofrer muitas tribulações para entrarmos no Reino de
Deus» (Act 14, 22). O caminho da
Igreja e também o nosso caminho
pessoal de cristãos não são sempre fáceis, encontramos dificuldades, tribulações. Seguir o Senhor,
deixar que o seu Espírito transforme as nossas zonas sombrias, os
nossos comportamentos em desacordo com Deus, e lave os nossos pecados, é um caminho que
encontra muitos obstáculos fora
de nós, no mundo, e dentro de nós,
no coração [...].
E passo ao último ponto. É um
convite que dirijo a todos, mas especialmente a vós, crisman-dos
e crismandas: permanecei fir-
mes no caminho da fé, com segura esperança no Senhor. Ele dános a coragem de ir contra a corrente. Sim, jovens, ouvistes bem:
ir contra a corrente. Isto fortalece
o coração, já que ir contra a corrente requer coragem, e Ele dános esta coragem. Não há dificuldades, tribulações, incompreensões que possam meter-nos medo,
se permanecermos unidos a Deus
como os ramos estão unidos à videira, se não perdermos a amizade com Ele, se lhe dermos cada
vez mais espaço na nossa vida. [...].
Apostai sobre os grandes ideais,
sobre as coisas grandes. Nós, cristãos, não fomos escolhidos pelo
Senhor para coisinhas pequenas,
ide sempre mais além, rumo às
coisas grandes. Jovens, arriscai a
vida por grandes ideais.
Ajuda mútua com cada um da
família dar suporte para o outro.
Há momentos em que uns preci-
“
Papa Francisco, 28 de abril,
Homilia no 5º domingo da Páscoa
“
O Documento
de Aparecida
propõe a renovação da paróquia,
retomando a
expressão de João
Paulo II: ‘paróquia,
casa e escola
de comunhão’”.
Anara Buriol Zanozo,
Paróquia Santíssima Trindade,
Florianópolis.
sam mais e o outro tem a missão
de dar força para continuar a caminhada. Compreensão, pois temos que nos colocar no lugar do
outro, estar sensíveis aos problemas. Deixar um pouco as nossas
vontades e compreender o outro.
Afetividade, porque muitas vezes
o dia a dia nos torna mais duros. É
importante manter o carinho, alimentar a chama da ternura.
Carinho, respeito e amor. Carinho, porque é algo que não recebi
dos meus pais e quero passar isso
para a minha filha. Respeito, porque, se não há isso, não há convivência entre as pessoas. É importante que cada um saiba o seu lugar e os seus limites. Também porque devemos saber nos colocar nos
lugar dos outros. Não quero para os
outros o que não desejo para mim.
Também o amor, afinal sem ele não
há convivência, respeito e carinho.
Para qualquer coisa que se faça,
deve haver o amor fraterno.
Maristela Garcia, ex-moradora
de rua, atualmente na Casa de
Acolhida, em Florianópolis.
Kristian da Silva Raupp
comunidade Nossa Senhora do
Monte Serrat, em Florianópolis.
Caso queira compartilhar conosco algo que deseje ser refletido nesse espaço, envie sua
sugestão para [email protected]. As sugestões serão analisadas pela equipe.
Jornal da Arquidiocese de Florianópolis
Rua Esteves Júnior, 447 - Centro - Florianópolis
Cep 88015-130 - Fone/Fax (48) 3224-4799
E-mail: [email protected] - Site: www.arquifln.org.br
24 mil exemplares mensais
Os Bispos reunidos na última
assembleia convidam todos os
fieis a retomarem o documento de
trabalho e apresentarem sugestões que possam ajudar a renovar
a paróquia. Conclamo, portanto, a todos os padres, agentes
de pastoral, os religiosos/as, os
vários conselhos e movimentos,
para que estudem o documento e
apresentem as sugestões até o
início de outubro deste ano. Essas
sugestões serão enviadas ao grupo que preparará o documento
para a assembleia do próximo ano.
Que valores considera importantes
no convívio familiar?
Creio que o principal é o diálogo, porque na família há pessoas
de todos os contextos: crianças,
adolescentes, jovens, adultos e
idosos. O diálogo faz com todos
fiquem em sintonia e não distancia tanto as gerações. Podem
compartilhar experiências e entender o momento que cada um
vive. Isso acontece quando se reserva um momento para a conversa e partilha. Creio que outro
fator importante é a oração em
família. Ela nos prepara para o
mundo e nos aproxima de Deus.
Sim, jovens, ouvistes bem: ir contra a
corrente. Isto fortalece o coração, já
que ir contra a corrente requer coragem, e Ele dá-nos
esta coragem”.
roquiais. Recorda a expressão de
João Paulo II: “paróquia, casa e escola de comunhão”. Convida a todos para uma “conversão pastoral”.
É preciso superar a pastoral de
mera manutenção por uma pastoral decididamente missionária.
Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Wilson Tadeu Jönck, Pe. Leandro Rech,
Pe. Revelino Seidler, Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Leda Cassol
Vendrúscolo, Maria Antônia Carsten, Maria Glória da Silva Luz, Carlos Martendal, Felipe Candin Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-6578 - Coor. de Publicidade:
Pe. Pedro José Koehler - Revisão: Pe. Ney Brasil / Ir. Clea Fuck - Editoração e Fotos: Zulmar
Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Diário Catarinense
Jornal da Arquidiocese
Geral 3
Maio 2013
Encontros reúnem vocacionados
Realizados em duas regiões, encontros reuniram garotos(as) que sentem o despertar vocacional
Divulgação/JA
A Pastoral Vocacional da Arquidiocese realizou no dia 07 de abril
os dois primeiros de um total de
seis encontros previstos para este
ano. Nesse dia, o encontro foi realizado ao mesmo tempo na Paróquia São Judas Tadeu e São João
Batista, na Ponte do Imaruim, em
Palhoça, com a participação de 80
garotos e garotas, e na Paróquia
São Sebastião, em Balneário
Camboriú, com 52 participantes.
Os encontros foram realizados
das 8h às 16h e promovidos pela
Pastoral Vocacional e pelo Conselho Arquidiocesano de Formadores, através do Grupo de Orientação Vocacional (GOV) João Paulo
II, que acompanha os rapazes, e
pelo GOV Madre Teresa de Calcutá, recém implantado para acompanhar as jovens vocacionadas.
Os participantes contaram com
acolhida, apresentação, oração inicial, palestra sobre as vocações,
missa, almoço, apresentação da
vocação sacerdotal para os meninos, e da vocação religiosa para as
meninas, depois gincana vocacional e teatro. O encontro contou com
a presença de várias congregações
masculinas e femininas. O encontro contou ainda com o apoio dos
seminários da Arquidiocese.
Segundo Pe. Vânio da Silva, coordenador arquidiocesano
da Pastoral Vocacional, no ano
passado foram realizado quatro
encontros só para garotos e jovens. Neste ano está sendo ampliado para acolher também as
Tríduo refletirá sobre
o Evangelho de Lucas
Garotos e garotas realizam uma das atividades no encontro do GOV
vocações femininas e, além dos
seminários, também serão realizados em paróquias.
“Um dado importante é que
contamos com a presença e o trabalho dos agentes da Pastoral Vocacional. Em Palhoça tivemos a
colaboração de 42 agentes, já em
Balneário Camboriú, 20 agentes
nos auxiliaram no trabalho”, disse.
Ele avaliou que o encontro foi muito bom por três motivos: número
de participantes muito bom; presença dos agentes da pastoral e
generosa acolhida das paróquias
que receberam os encontristas.
Veja a data de realização dos próximos encontros:
• 01 de junho (sábado) - das tos e garotas
08h30 às 16h - Paróquia São
• 31 de agosto e 01 de seSebastião (Tijucas) - Para garo- tembro - Local: Seminário de Azambuja - Somente para garotos
tos e garotas
• 15, 16 e 17 de novembro
• 01 de junho (sábado) - das
08h30 às 16h - Paróquia Santo - Local: Seminário de Azambuja
Antônio (Campinas) - Para garo- - Somente para garotos
Os interessados em participar deste Grupo de Orientação Vocacional deverão fazer a sua inscrição, através do email: [email protected] ou pelo fone (48) 3234-4443.
Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos
O Conselho Nacional de Igrejas
Cristãs - CONIC, promove, dos dias
12 a 19 de maio, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos SOUC. Na Arquidiocese, o evento é
dinamizado pela Comissão Arquidiocesana para o Diálogo Ecumênico e
Interreligioso - CADEIR. A cada dia,
haverá um culto ecumênico em uma
das Igrejas Cristãs da região de Florianópolis, às 20h.
Nos domingos da abertura (12)
e do encerramento (19), durante as
celebrações do dia, cada Igreja fará
a motivação, bem como orações
pela unidade dos cristãos, refletin-
Vai acontecer...
do sobre o tema para este ano: “O
que Deus exige de nós” (Miquéias
6,6-7). Nos outros dias, haverá culto
ecumênico em cada Igreja Cristã,
com a presença das demais igrejas.
Um dos destaques para a
SOUC será na noite do dia 14/05,
terça. Nesse dia, nosso arcebispo
Dom Wilson Tadeu Jönck presidirá
o culto ecumênico na Igreja Evangélica Luterana do Brasil – IELB,
nos Ingleses, Florianópolis, próximo à entrada do Rio Vermelho (informações pelo fone 3035-1089).
Celebrações ecumênicas também serão realizadas em outros
locais: em Garopaba, no dia 15/
05, quarta, às 19h30min; em
Anitápolis, no dia 16/05, quinta,
também às 19h30; e em Nova
Trento, dia 18/05, sábado, às 11h.
A Faculdade Católica de Santa Catarina- FACASC, realizará,
dos dias 27 a 29/05, segunda a
quarta, o Tríduo Bíblico sobre
“Hermenêutica Bíblica a partir do
Evangelho de Lucas”, com a assessoria do professor Dr. Francisco Orofino. O evento será realizado na sede da Faculdade e
contará com eventos pela manhã,
das 8h30 às 11h30, e noite (apenas nos dias 27 e 28), das 19h30
às 22h. O Tríduo tem um custo de
R$ 20,00 para os não estudantes da instituição.
Ele inicia na manhã, e continuidade a noite, do dia 27 de junho, com a palestra “Hermenêutica Bíblica: considerações
gerais”. No dia seguinte, pela manhã, será refletido sobre “Visão
geral do Evangelho de Lucas”. À
noite o tema será “A proposta de
Lucas como contribuição aos desafios da Igreja e da sociedade
de hoje”. O encerramento será
com a continuidade da palestra
do dia anterior.
Para os cristãos, a Bíblia é o
livro da Palavra de Deus. No entanto, constata-se uma grande
diversidade de interpretações.
Afinal, quais são os princípios
orientadores para uma correta
interpretação dos textos bíblicos? Podemos afirmar que existe uma “correta” interpretação?
Quando podemos considerar
uma mensagem bíblica como
“Palavra de Deus”? Enfim: como,
por que e para que ler a Bíblia?
Estas e outras questões serão tratadas por ocasião do
Tríduo Bíblico oferecido pela
FACASC. Ele destina-se a todas
as lideranças das diversas Igrejas cristãs e as pessoas interessadas em conhecer e exercitar a
hermenêutica de textos bíblicos.
Inscrições: pelo fone (48)
3234-0400, ou pelo e-mail
[email protected].
Noite celebrativa no Provincialado
As Irmãs da Divina Providência comemorarão no dia 09/05,
quinta, às 19h, no Provincialado,
em Florianópolis, o bicentenário
de nascimento do fundador da
Congregação, Pe. Eduardo
Michelis. Durante a solenidade,
será lançado o livro “Diário de
Eduardo Michelis”, traduzido e
editado por Irmã Clea Fuck.
O livro traz escaneados os
textos escritos a mão, em alemão, pelo Pe. Eduardo e, ao lado,
a tradução realizada pela Irmã.
Esse trabalho tem um grande
valor, pela conservação dos textos na própria caligrafia do autor,
no tipo de letra então em uso na
Alemanha e hoje não mais ensinado nas escolas, de modo que
quem não o aprendeu tem muita dificuldade de entender.
Este é o segundo livro de Ir.
Clea que resgata a personalidade e a história do fundador da
Congregação. O primeiro foi
“Eduardo Michelis Presbítero –
Fundador da Congregação das
Irmãs da Divina Providência”,
Editora Nova Letra, publicado
em novembro de 2005.
O convite é aberto a todas
as pessoas que queiram honrar com sua presença essa
Noite Celebrativa e Cultural, bastando dar o nome até
03 de maio pelo telefone (48)
3212-4800.
4
Tema do Mês
Maria,
mãe da fé de seu Filho
Maria foi a primeira responsável pela fé de seu filho Jesus.
Como toda mãe judia, foi verdadeira catequista do filho, ensinando-lhe as primeiras letras na leitura da Torá, educando-o na prática da lei e da fé dos judeus. Nós
afirmamos nossa fé em Jesus
Cristo como o Filho de Deus feito
homem para nos salvar. Mas não
podemos nos esquecer que o próprio Jesus foi um homem de fé.
Com sua mãe Maria, ele aprendeu a crer em Deus, permaneceu
sempre fiel a Deus, seu Pai, sempre disponível a cumprir suas exigências: o enfrentamento das tentações, incertezas, dúvidas, crises, aflições, provações. No difícil caminho da humanidade, Je-
MARIA, MÃE DA FÉ
Como mãe dos crentes do Deus revelado em Cristo,
Maria dá à fé abraâmica uma dimensão feminina e maternal.
Divulgação/JA
O Ano da Fé, que estamos
celebrando, é oportunidade
para refletirmos sobre o lugar de
Maria em nossa caminhada de
fé. O Catecismo da Igreja Católica a apresenta como a mais
perfeita realização da fé.
Abraão, o pai dos crentes, e
Maria, a bem-aventurada por
que acreditou nas promessas
de Deus (Lc 1,45), viveram a
“obediência da fé”, submissos
à palavra ouvida (CIC 144).
O papa João Paulo II escreveu
na encíclica Redemptoris Mater,
em 1987: “A fé de Maria pode ser
comparada com a de Abraão, a
quem o Apóstolo chama ‘nosso
pai na fé’ (Rom 4,12). Na economia salvífica da revelação divina,
a fé de Abraão constitui o início
da antiga aliança; a fé de Maria,
na Anunciação, dá início à nova
aliança. Assim como Abraão, ‘esperando contra toda a esperança, acreditou que haveria de se
tornar pai de muitos povos’ (Rm
4,18), também Maria, no momento da Anunciação, depois de
ter declarado a sua condição de
virgem (‘Como será isto, se eu não
conheço homem?’), acreditou
que pelo poder do Altíssimo, por
obra do Espírito Santo, se tornaria a mãe do Filho de Deus segundo a revelação do Anjo: ‘Por
isso mesmo o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus’
(Lc 1,35)” (RMa 14).
Abraão é o pai dos crentes no
único Deus: judeus, cristãos e muçulmanos. Como mãe dos crentes
do Deus revelado em Cristo, Maria
dá a essa fé abraâmica uma dimensão feminina e maternal.
Maio 2013
sus não fraquejou na fé. A grande
exigência de Deus para Jesus foi
a constância da fé mesmo em
meio a inúmeros obstáculos. A
Carta aos Hebreus insiste em que
Jesus teve que aprender, entre
muitos clamores e lágrimas, a ter
fé em Deus, a ser o pioneiro da
fé, a pôr toda a confiança em
Deus (Hb 5,7-9; 12,2).
Assim, de um lado, o Deus de
Jesus é bom e misericordioso, terno e compassivo, tanto para Jesus, como para os pequenos e
pobres destinatários do Reino pregado por Jesus. Com esse Deus
bondoso, Jesus encontra a luz da
caminhada. Mas, de outro lado, o
Deus de Jesus é exigente, mantém Jesus no caminho da provação, da obscuridade, da crise e da
cruz. Até o último instante, Jesus
se relaciona com Deus na noite
escura da fé. Mesmo sentindo-se
abandonado, lança-se no amor do
Pai, entrega-se a Deus. Na luz e
na noite, na clareza e na obscuridade, na confiança e no abandono, Jesus está sempre diante de
Deus e com Deus. Se hoje confessamos que Jesus é o Deus dos
“
Nesse grande
caminho da fé de
Jesus, que fará
dele a meta de
nossa própria fé,
sempre esteve
presente sua
mãe, Maria ”
homens e das mulheres de todos
os tempos, é porque ele foi, em
sua vida terrena, o homem de
Deus. Se hoje temos fé em Jesus
como nosso Senhor e Salvador, é
porque ele, em sua vida terrena,
teve fé em Deus. Nossa fé em Jesus, Deus feito homem, se fundamenta na fé de Jesus, homem de
Deus e para Deus.
Nesse grande caminho da fé
de Jesus, que fará dele a meta
de nossa própria fé, sempre esteve presente sua mãe, Maria.
Maria,
mãe da fé dos cristãos
Mãe da fé de Jesus, Maria é
também, por extensão, mãe da fé
de todos os cristãos, dos membros
do Corpo de Cristo. É o que ensina
João Paulo II: “Se como ‘cheia de
graça’ ela esteve eternamente presente no mistério de Cristo, agora, mediante a fé, torna-se dele
participante em toda a extensão
do seu itinerário terreno: ‘avançou
na peregrinação da fé’ e, ao mesmo tempo, de maneira discreta,
mas direta e eficazmente, tornava presente aos homens o mesmo mistério de Cristo. E ainda continua a fazê-lo” (RMa 19).
Peregrina na fé no caminho de
Jesus, Maria é peregrina na fé do
Corpo de Cristo, a Igreja. A fé é a
um só tempo dom de Deus e resposta do homem, posse antecipada da eternidade e assentimento
da vontade e da inteligência. Não
há que se esquecer a belíssima
noção de fé da Carta aos Hebreus:
“A fé é a certeza daquilo que ainda
se espera, a demonstração de realidades que não se veem” (Hb
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Jornal da Arquidiocese
11,1). Portanto, a fé nos faz ver o
invisível, ver mais longe que os
olhos e os pés. A fé cristã nos põe
na dialética do “já e ainda não”: já
somos salvos em Cristo e já vivemos a vida eterna; ainda não, porque estamos a caminho e em nossa liberdade devemos assumir e
assimilar a salvação alcançada em
Cristo. Nesse caminho, os cristãos
são acompanhados por Maria. O
Concílio Vaticano II, na constituição
dogmática Lumen Gentium assim
se expressa sobre o lugar de Maria
na caminhada da fé dos cristãos:
ela é “membro eminente e inteiramente singular da Igreja, seu tipo e
exemplar perfeitíssimo na fé e na
caridade” (LG 53).
Primeira redimida, ela é
imaculada desde sua conceição;
assunta ao céu, ela já está ressuscitada na glória de Cristo. Maria é
modelo para todos os cristãos e,
mesmo, para todos os seres humanos. Ela é posta na origem e no destino da humanidade. Concebida
sem pecado original, ela sempre foi
o que nós sempre deveríamos ter
sido: santos, imaculados. Assunta
ao céu, ela já é o que um dia nós
seremos: ressuscitados, glorificados. Assim, em nossa origem e nosso futuro, mas sempre num plano
subordinado à única mediação criadora, salvadora e recapituladora
de Cristo, temos alguém de nossa
raça humana que correspondeu fielmente aos desígnios divinos.
Maria, mãe da fé dos
peregrinos de Deus
Ela não é apenas mãe da fé dos
cristãos. Na peregrinação humana,
entre o “já e ainda não” da história
salvífica, a mãe de Jesus acompanha todos os seres humanos, membros das grandes religiões e pessoas de boa vontade, buscadores de
Deus, ansiosos e necessitados de
salvação. No caminho da humanidade, ela está ao mesmo tempo
em nosso meio e à nossa frente.
Ela “foi enriquecida com a excelsa
missão e dignidade de mãe de Deus
Filho; é, por isso, filha predileta do
Pai e templo do Espírito Santo, e,
por este insigne dom da graça, leva
vantagem a todas as demais criaturas do céu e da terra. Está, porém,
associada, na descendência de
Adão, a todos os homens necessitados de salvação” (LG 53).
Pe. Vitor Galdino Feller
Vigário Geral da Arq., Prof. de Teologia e Diretor da FACASC/ITESC
Email: [email protected]
Jornal da Arquidiocese
Geral 5
Maio 2013
Encontro reúne coordenadores de Catequese
Mais de 160 coordenadores paroquiais e de comunidades refletiram sobre a Iniciação à Vida Cristã
Divulgação/JA
A Coordenação Arquidiocesana
de Catequese promoveu no dia 14
de abril um encontro com as suas
coordenações paroquiais e de comunidades. Realizado na Paróquia
Santo Antônio, em Campinas, São
José, o evento contou com a participação de mais de 160 lideranças.
Durante todo o dia, a partir das
8h, os participantes refletiram
sobre o tema “Desafios de um projeto de Iniciação à Vida Cristã”,
com a assessoria do Pe. Vanildo
Paiva, da Arquidiocese de Pouso
Alegre, MG. Ele é autor do subsídio elaborado pela Coordenação
de Catequese com o mesmo título e que está disponível para ser
trabalhado pelas lideranças.
Em sua explanação, Pe. Vanildo
falou sobre o que é a Iniciação à
Vida Cristã (IVC); o desafio de ser
cristão; a unidade dos sacramentos da IVC (batismo, crisma e Eucaristia); os ministérios da vida cristã
(da comunidade, dos acompanhantes, dos catequistas, do bispo, dos
Pe. Vanildo Paiva, de Minas Gerais, assessorou a formação
Alunos participaram da aula inaugural dos cursos de Teologia
padres e diáconos); a importância tante por três motivos: para trada Palavra no itinerário catequético; zer uma unidade do entendimenos sinais no processo de iniciação; to do que seja a iniciação à vida
pistas e elementos para um plano cristã na Arquidiocese; uma forarquidiocesano de ICV.
mação adequada a todas as coPara Irmã Marlene Bertol- ordenações; a compreensão do
di, coordenadora arquidiocesana que seja um projeto integrado de
de Catequese, o evento foi impor- IVC na pastoral orgânica.
Hino antiquíssimo exalta Nossa Senhora
O Akáthistos celebra as glporias de Maria e é cantado pelo Coral Santa Cecília desde 1988
A Catedral Metropolitana de
Florianópolis, juntamente com o
Coral Santa Cecília, realizou dia
25 de abril, às 19h30, a tradicional Celebração Mariana da Solenidade da Anunciação do Senhor,
Divulgação/JA
Dom Wilson presidiu a tradicional celebração realizada na Catedral
com o hino “AKÁTHISTOS”, em honra da Mãe de Deus. A celebração
foi presidida pelo nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck.
Akáthistos é uma palavra grega que significa “não sentado”, indicando a forma como o Hino deve
ser cantado: de pé. A data normal
da celebração é 25 de março, dia
da Anunciação. Como, este ano, a
data coincidiu com a Semana Santa, optou-se pelo dia 25 de abril.
O texto do Hino provém de
Constantinopla, no século VI, e comenta todas as passagens bíblicas
ligadas à participação de Nossa
Senhora na história da salvação.
Traduzido, é apresentado com uma
melodia belíssima, entremeando
solos, locuções e antífonas corais,
com acompanhamento de órgão.
Vai acontecer...
Festival da Família
A Comissão Arquidiocesana
para a Vida e Família promove,
no dia 26 de maio, domingo, o
Festival da Família. Será um evento celebrativo para reunir a família em um mesmo local, tendo
como objetivo celebrar o Dia Internacional da Família. O local é o Parque de Coqueiros, região continental de Florianópolis.
O evento terá início às 9h,
com a concentração dos participantes. Depois, às 10h, será realizada a Celebração Eucarística,
presidida pelo nosso arcebispo
Dom Wilson Tadeu Jönck. Depois,
haverá uma pausa para a refeição. À tarde, a partir das 13h, serão realizadas apresentações
culturais pelas famílias dos movimentos, apresentação da Banda
da Polícia Militar, e o “Cine Família” – filme com formação, em um
telão de LED de três metros.
A motivação para o Festival
vem da última Assembleia Arqui-
diocesana de Pastoral, na qual ficou definido que o eixo transversal de toda a pastoral da Arquidiocese estaria centralizado na
Família. Assim, em vista de promover uma ação em promoção
da vida e da família que envolva
todas as pastorais e movimentos,
foi criada a Comissão Arquidiocesana para a Vida e a Família (CAVF).
A Comissão tem como objetivo envolver todas as pastorais e
movimentos relacionados à promoção da vida e da família, respeitando a espiritualidade e objetivos específicos de cada um, mas
propondo um trabalho conjunto
com a Arquidiocese e, inclusive,
algumas atividades em comum.
Esta é sua primeira atividade programada pela Comissão.
O Festival será precedido de
uma Sessão Solene na Câmara
de Vereadores de Florianópolis,
na noite do dia 15 de maio, quarta, Dia Internacional da Família.
Arquidiocese de Florianópolis
Transferências dos padres
- Pe. Antônio Luiz Schmitt, Pároco de São Vicente de Paulo
- São Vicente, Itajaí - SC, assume a Paróquia São Bonifácio de São
Bonifácio - SC - posse dia 28/04;
- Pe. Gercino Atílio Piazza, Vigário Paroquial de São Sebastião de Tijucas - SC, assume a Paróquia Sant’Ana de Canelinha - SC
- posse dia 1º/05;
- Pe. Tarcísio José Schuch, Pároco de São Bonifácio - SC,
assume a Paróquia São Vicente de Paulo - São Vicente, Itajaí - SC posse dia 04/05 e
- Pe. Joselito Schmitt, Vigário Paroquial de São João
Evangelista de Biguaçu - SC, assume como Vigário Paroquial de
São Sebastião de Tijucas - SC.
- Pe. Valmir Laudelino Silvano, Pároco de Santa Terezinha,
Prainha, Florianópolis, assume como capelão da Aeronáutica.
- Padres Carlistas (Scalabrinianos) assumem a paróquia
Santa Terezinha, Prainha, Florianópolis.
6
Bíblia
Maio 2013
Jornal da Arquidiocese
Conhecendo o livro dos Salmos (59)
Salmo 80 (79): A videira transplantada
Ó Pastor de Israel
2. Ó Pastor de Israel, escuta,
/ tu, que guias José como a um
rebanho. / Tu, que estás sentado sobre os querubins, refulge
3. diante de Efraim,
Benjamim e Manassés.
O salmista começa invocando
a Deus como “Pastor de Israel” (cf
o “salmo do bom Pastor”, Sl 23),
logo identificando o rebanho como
o povo do reino do Norte, personificado por José. Este, o filho querido de Jacó, era o pai de Efraim e
Manassés, e irmão de Benjamim,
os chefes das tribos mais importantes do território em foco. Os
“querubins” mencionados são os
da Arca da Aliança, no meio dos
quais se localizava a presença de
Deus. Pedir que Ele “refulja”, é pedir que intervenha e salve, como a
seguir o salmista insistirá.
Desperta e vem!
Desperta tua valentia / e
vem em nosso auxílio.
4. Restaura-nos, ó Deus! /
Faze brilhar a tua face e seremos salvos.
O pedido de que Deus “desperte”, e não deixe dormindo a sua “valentia”, é uma forma ousada de reclamar da sua aparente inatividade.
Já encontramos esse pedido, de forma dramática, no Sl 44,24-25: “Desperta! Por que dormes, Senhor? Le-
Foto/JA
A vinha, ou videira, é um dos
mais belos símbolos do povo de
Deus no Antigo Testamento. Já esboçado pelo profeta Oseias (Os
10,1), esse símbolo é desenvolvido por Isaías, num dos primeiros
oráculos do seu ministério: “Meu
amado possui uma vinha, numa
encosta fértil...” (Is 5,1). O profeta
compara Deus a um viticultor, que
prepara o terreno, seleciona as
melhores mudas, levanta a cerca
protetora, escava o lagar... e espera
uma colheita de uvas saborosas,
para um vinho de qualidade. A vinha, porém, não corresponde... e o
viticultor, decepcionado, derruba a
cerca e a abandona (cf Is 5,1-7). A
imagem volta, várias vezes, no Novo
Testamento, chegando ao seu ponto máximo no evangelho de João,
no qual o próprio Senhor Jesus se
apresenta como a “Videira verdadeira” (Jo 15,1), que dá fruto abundante através de nós, seus ramos,
desde que unidos a Ele. Este salmo
80, inspirado talvez pela destruição do reino do Norte aos golpes
dos assírios, no final do século VIII
antes de Cristo, procura tocar o coração de Deus, pedindo-lhe que,
apesar de tudo, volte a fazer “brilhar a sua face” (notar esse pedido
por três vezes, nos versículos 4, 8,
e 20), em favor do seu povo.
do” o terreno, ou seja, expulsando
nações. O povo cresceu e se expandiu (vv. 11-12): para o Sul (montanhas), para o Norte (cedros), para o
Oeste (mar) e para o Leste (rio
Eufrates). São os limites idealizados
do império de Davi, sinais da bênção e proteção divinas. No seu fervor, o salmista não hesita em dar
dimensões gigantescas à videira.
Por quê?
13. Por que derrubaste sua
cerca, / de modo que todo
passante a vindime,
14. e os javalis a devastem
/ e as feras a devorem?
vanta-te, não nos rejeites até o fim!
Por que escondes tua face, esquecendo nossa opressão e miséria?”
Quanto ao pedido do refrão, “restaura-nos”, que retornará, com pequenos acréscimos, nos versículos 8 e
20, poderíamos traduzi-lo também:
“Faze-nos voltar”, isto é, voltar à situação de outrora. Ou, no caso do Exílio, “faze-nos voltar à nossa terra”.
Deus dos exércitos
5. Senhor, Deus dos exércitos,/ até quando continuarás
irado, / apesar das preces do
teu povo?
O título divino “Deus dos exércitos”, que vai ser novamente empregado nos versículos 8, 15 e 20, aparece pela primeira vez na Bíblia no
1º livro de Samuel, ligado ao santuário de Silo (1Sm 1,3), no reino do
Norte. No mesmo livro, encontramo-lo relacionado com a Arca da
Aliança, desdobrando-se em “Senhor dos exércitos sentado entre os
querubins” (1Sm 4,4), como vimos
também no v. 2 deste salmo. De
que “exércitos” se trata? Dependendo do contexto, trata-se dos
batalhões de guerra de Israel, ou
dos “exércitos celestes”: de anjos,
astros, forças cósmicas. Na liturgia,
o título, tirado de Is 6,3, está traduzido como “Senhor do universo”.
Aqui, pelo contexto, expressa a imagem de um Deus guerreiro, que se
deseja empenhado na defesa da
terra e na preservação da justiça.
Entretanto, a situação de derrota
leva o salmista a se queixar: “Até
quando continuarás irado?” E isso,
“apesar das preces do teu povo?”
O pão das lágrimas
6. Tu nos nutres com o pão
das lágrimas; / são lágrimas incessantes que nos dás a beber!
O salmo começou com a invocação de Deus como “Pastor de
Israel”. Entretanto, ao contrário do
banquete oferecido pelo pastor no
Sl 23,5 (“preparas uma mesa para
mim...”), aqui o rebanho tem de
contentar-se com o “pão das lá-
grimas” e a bebida do pranto! É
uma situação semelhante à que
sofre, em nível individual, o autor
do Sl 42,4: “As lágrimas são meu
pão noite e dia, e todo dia me perguntam: Onde está o teu Deus?”
Contenda e escárnio
7. Fizeste de nós motivo de
contenda para nossos vizinhos
/ e nossos inimigos riem de nós.
8. Restaura-nos, ó Deus
dos exércitos! / Faze brilhar a
tua face e seremos salvos.
Com a retirada do exército invasor, são agora os povos vizinhos que
disputam entre si o que restou de
Israel derrotado. E não perdem a
oportunidade para escarnecer, para
debochar da suposta escolha divina desse “rebanho”, que agora, segundo eles, está sem pastor. Por
isso, novamente o pedido, já feito
no v. 4, mas ampliando o vocativo:
“Deus” é agora intitulado “Deus dos
exércitos”, como no v. 5.
A videira transplantada
9. Tiraste do Egito uma videira, / e expulsaste povos para
transplantá-la.
10. Preparaste-lhe o terreno;
/ ela criou raízes e encheu a terra.
11. Sua sombra cobriu as
montanhas / e, seus ramos, os
cedros de Deus.
12. Estendeu seus sarmentos até o mar, / e chegavam
até o Eufrates os seus brotos.
Insistindo na sua súplica, o
orante, dirigindo-se a Deus, passa
da imagem do pastor para a do
viticultor. Israel, antes comparado
a um rebanho, é agora assemelhado à videira. E o salmista, em primeiro lugar, retoma o passado, que
vai da libertação do Egito até antes
da catástrofe nacional (versículos
9 a 12). Nessa memória, são recordadas as maravilhas que Deus realizou em favor do seu povo. No conflito com o Faraó e o Egito, Ele “arrancou” Israel (videira) da escravidão, e transplantou-o na terra da
Promessa, previamente “limpan-
Tudo isso, porém, todo o esplendor dessa videira maravilhosa, desapareceu. Por isso, a pergunta
crucial: “Por quê?” Por que Deus derrubou a cerca protetora, entregando
a videira aos passantes, javalis e feras (símbolos dos inimigos), causando a sua ruína? É notável como o
salmista, ao contrário de Isaías 5,17, lança toda a “culpa” do ocorrido
ao próprio Deus, sem aludir, por enquanto, aos pecados do povo.
Visita esta videira!
15. Ó Deus dos exércitos,
volta-te para nós! / Olha do céu
e vê, visita esta videira!
16. Protege a cepa que a
tua direita plantou, / a cepa
que tornaste vigorosa!
O v. 15 é uma variação e
concretização do pedido expresso
três vezes no refrão (vv. 4, 8, e 20).
Como no Sl 74,3, o orante pede
que Deus venha fazer uma “visita”
de inspeção: que olhe de cima, “do
céu”, para uma visão de conjunto,
e depois desça para certificar-se
do estado, lastimável, em que se
encontra a sua videira, a sua vinha. É sua, sua propriedade, portanto não pode desinteressar-se
dela. Por isso, em vez de “restaura-nos”, o salmista pede que Deus
“se volte para nós”; em vez de “fazer brilhar a face”, que dirija atentamente o olhar. E, embora já seja
tarde, pede ainda que Deus “proteja a cepa que a sua direita plantou”. Quanto ao pedido da “visita”
divina propiciadora, encontramos
bela resposta, no Novo Testamento, no cântico de Zacarias: “Deus
visitou o seu povo” (cf Lc 1,68)
atingidos pelo “sopro ameaçador”
de Deus.
Teu escolhido
18. A tua mão proteja teu
escolhido, / o homem que suscitaste para ti.
De repente, sem que possamos identificar historicamente de
quem se trate, o salmista pede por
um líder, um “escolhido”, com
missão especial, pois Deus mesmo o “suscitou”. Em vez de darlhe o título de “rei”, designa-o simplesmente como “homem”, literalmente, “filho de homem”. Para
nós, cristãos, é espontânea a leitura cristológica desta passagem.
Dá-nos a vida!
19. De ti nunca mais nos
afastaremos: / dá-nos a vida e
exaltaremos o teu nome.
20. Restaura-nos, Senhor,
Deus dos exércitos! / Faze brilhar a tua face e seremos salvos.
Antes de pedir, pela terceira vez
(cf vv. 4 e 8), que Deus “restaure” e
“faça brilhar” sobre Israel a sua face,
o salmista assume o compromisso
de, falando no plural, prometer, de
agora em diante, fidelidade. Por isso
afirma, com emoção: “De ti nunca
mais nos afastaremos”, o que supõe, com a promessa, a confissão
da culpa. Então, é porque a videira,
com tanto carinho transplantada,
fora infiel, é por esse motivo que o
Senhor a abandonou. Mas agora,
com o propósito expresso de “nunca mais” sermos infiéis, ressurge a
esperança: “Dá-nos a vida, e exaltaremos o teu nome!”
Pe. Ney Brasil Pereira
Professor de Exegese Bíblica na
Faculdade Católica de Teologia de
SC - FACASC
email: [email protected]
Para refletir:
1) Que sabe você da vinha,
ou videira, como símbolo
do povo de Deus?
2) Qual o fato histórico que
inspirou este salmo? Leia
o 2º livro dos Reis, capítulo17,1-23
Os que a devastaram
3) Que significa o título divino “Deus dos exércitos”?
e o detalhe: “sentado entre os querubins”?
17. Os que a devastaram e
lhe atearam fogo / pereçam ao
sopro ameaçador de tua face.
4) Que significa a metáfora da
“videira transplantada”, e o
que com ela aconteceu?
Depois do pedido da “visita”
misericordiosa à vinha devastada,
o salmista pensa agora nos que
“lhe atearam fogo”. E contra eles
verbaliza uma imprecação radical:
que “pereçam”, sem misericórdia,
5) Que significa o pedido para
que Deus “visite esta videira”? Qual o compromisso
assumido pelo salmista, e
por nós mesmos, que rezamos este salmo?
Jornal da Arquidiocese
Geral 7
Maio 2013
Escola forma lideranças juvenis
Esta foi a primeira das três etapas a serem realizadas em paróquias da Arquidiocese
Foto JA
A Pastoral da Juventude da Arquidiocese realizou, nos dias 26
a 28 de abril, a primeira etapa da
Escola da Juventude. Tendo como
local a Paróquia Sagrados Corações, em Barreiros, São José, reuniu 19 jovens, representando seis
paróquias e a Pastoral da Juventude Marista.
Durante os três dias, os jovens
refletiram sobre o tema “Quem
sou eu e quem é Deus para mim”.
Esta é a primeira parte do livro
“Pastoral da Juventude, Somos
Igreja Jovem: um jeito de ser e fazer”, que concentra a história,
identidade, missão, metodologia
e simbologia da Pastoral da Juventude. Nas próximas duas etapas
da Escola, serão refletidas as outras duas partes do livro.
O evento contou com a formação de Hélio Rodak Júnior, Afonso
Zimmermann e José Rodrigo
Rangel, assessores da PJ na Arquidiocese, que falaram sobre o Projeto de Vida. Eles refletiram sobre
o que significa ser jovem hoje, os
estudos, a escolha da profissão,
a preocupação em constituir família. Os participantes também
contaram com a assessoria de
Rodrigo Szymanski, assessor da
Movimento Emaús
Os 19 participantes refletiram sobre a identidade da Pastoral da Juventude
Pastoral da Juventude de
Criciúma. Ele falou sobre a Identidade e História da PJ.
Na próxima etapa, nos dias
28, 29 e 30 de junho, em local a
ser definido, será refletido sobre
a “Mística e Espiritualidade”,
tratando de como se reza através da bíblia, música, símbolos e
da vivência na comunidade. Na
última etapa, o tema será “Projetos nacionais da PJ”, nos
dias 30 e 31 de agosto, e 01 de
setembro. Nesse encontro, os
jovens conhecerão cada um dos
seis projetos, para terem noção
de como trabalhá-los em suas comunidades.
A Escola da Juventude é voltada a jovens coordenadores de grupos de jovens e também que tenham potencial de liderança. “Neste ano estamos adotando um sistema diferente dos últimos anos.
Agora a Escola será realizada no
espaço de uma paróquia e os jovens serão acolhidos nas casas
das comunidades”, disse Hélio.
Semana Missionária prepara para a JMJ
Na semana que antecede a
Jornada Mundial da Juventude,
que será realizada de 23 a 28 de
julho no Rio de Janeiro, será realizada a Semana Missionária. Trata-se de um evento de evangelização que busca proporcionar aos
jovens peregrinos de outros países a possibilidade de conhecer
nossa vivência cristã, nosso trabalho social, nossa cultura.
Na Arquidiocese, o evento será
realizado dos dias 14 a 21 de julho. Uma programação intensa está
sendo preparada pela comissão
organizadora. Ela terá três eixos fun-
Segmentos da juventude
damentais: Espiritualidade, Solidariedade Missionária e Cultura. As atividades diárias serão oferecidas em
cada paróquia e incluem Santa Missa, momentos de oração, visitas
missionárias, ações sociais, confraternização, além de apresentações
artísticas e visitas a pontos históricos e turísticos.
Para acolher os participantes,
estão sendo cadastradas as famílias colhedoras. As pessoas interessadas em receber os peregrinos em
suas residências podem fazê-lo
cadastrando-se no site da Arquidiocese www.arquifln.org.br. Além
das famílias, podem ser cadastradas as instituições interessadas e
os voluntários. Mais informações
pelo fone (48) 3224-4799 ou pelo
e-mail [email protected].
Evangelizar jovens e formá-los
para que se tornem líderes cristãos
onde quer que estejam: na Igreja, na
faculdade, no trabalho, entre
amigos. Este é o carisma do Movimento de Emaús que tem comunidades missionárias presentes em
seis estados brasileiros (Minas Gerias, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul,
Santa Catarina e São Paulo) e no
Distrito Federal. Em Florianópolis, o
movimento realiza há 39 anos os
Cursos de Valores Humanos e Cristãos, uma oportunidade de profunda reflexão sobre o valor da vida, da
família e da Igreja. Jovens de 18 a
30 anos são convidados a participar dos cursos. Após os cursos, os
jovens têm a oportunidade de
aprofundar sua vivência de fé e perseverar junto à comunidade, para
que assim possam ser instrumentos de evangelização da juventude.
Além desses cursos, o Movimento
proporciona diversas oportunidades
integração e crescimento espiritual,
como reuniões semanais de estudo
e partilha, palestras, adorações, encontros de integração e voluntariado.
O Emaús também é responsável
pela celebração da missa realizada
aos sábados na Igreja Imaculada
Conceição (localizada na Rua Vitor
Konder, no Centro de Florianópolis),
às 19h. Há alguns anos, também
realiza a encenação da paixão e
morte de Jesus Cristo na Quinta-feira Santa, e as Serenatas da Natal,
percorrendo hospitais, asilos e casas de acolhida de menores. Interessado em conhecer-nos? Entre em
contato conosco: www.emaus.
org.br/florianopolis | www.
facebook.com/EmausFloripa
| twitter.com/EmausFloripa |
[email protected]
Movimento Pólen
O Movimento Pólen é um movimento de espiritualidade cristã
e de evangelização que nasceu
em 1971. Sua sede é na Catedral
Metropolitana, em Florianópolis,
onde reside seu fundador e assistente, Pe. Pedro Martendal.
Seu objetivo é ajudar seus
membros e todos os que dele se
aproximam: a descobrirem o sentido da vida; a descobrirem o Cristo - Sua Pessoa, Seu Evangelho,
Sua Igreja; a fazerem a experiência do amor cristão: o amor do Pai,
do Filho e do Espírito Santo, revelado aos homens em Jesus de
Nazaré; a assumirem o agir cristão em todos os ambientes e estruturas sociais e eclesiais, desde
a família, construindo, por toda
parte, a Civilização do Amor; a
impregnarem tudo com a unidade querida por Jesus.
Cada membro do Pólen realiza um retiro por ano, iniciando
pelo Retiro Básico. Após seu Retiro, quem participa se reúne em
grupos de vivência chamados comunidades. E também participam
de outras atividades, assim como
de equipes e de apostolado.
O Pólen tem atividades abertas
a todos, mas para participar das
principais atividades tem que passar pelo Retiro Básico. Os jovens
estão convidados a conhecer o
Movimento Pólen e, se desejarem,
a fazer o Retiro Básico, que ocorre
em setembro. Visitem o site
www.movimentopolen.com.br.
8
Geral
Maio 2013
Jornal da Arquidiocese
RCC promove formação para lideranças
Evento reuniu mais de 200 coordenadores e lideranças de grupos de oração de toda a Arquidiocese
Divulgação/JA
A Renovação Carismática Católica (RCC) da Arquidiocese realizou
nos dias 13 e 14 de abril, na igreja
N.Sra. dos Navegantes e São Pedro,
Serraria, um encontro de formação
para coordenadores de grupos de
oração. Reuniram-se cerca de 200
participantes, entre os quais, os
membros do conselho arquidiocesano da RCC, o orientador espiritual
Pe. Leandro José Rech e o coordenador do ministério de formação
Diác. Domingos Sávio Sena.
A motivação foi o Ano da Fé,
proclamado através da Carta Apostólica Porta Fidei, do papa Bento
XVI. O principal assunto da Carta é
o convite ao redescobrimento do
caminho da fé. Todos os cristãos
são convidados a “uma autêntica
e renovada conversão ao Senhor,
único Salvador do mundo”, através
do estudo dos documentos do
Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica.
Movido por esse convite, o conselho arquidiocesano da Renovação Carismática Católica juntamente com o Ministério de Formação decidiu preparar oficinas com
temas que ajudam a bem viver
este tempo: o próprio Ano da Fé, a
história dos Concílios até o Concí-
Realizado pelo 12º ano, evento reuniu
40 casais e outras 160 pessoas na organização
Encontro, realizado em São José, teve como motivação o Ano da Fé
lio Vaticano II e seus documentos,
e o Catecismo da Igreja Católica.
Os três temas foram divididos
em oito oficinas realizadas nos dois
dias. Além do conteúdo rico, as oficinas contaram com a participação
dos presentes com seus questionamentos. Outros meios de estudar o
Catecismo também foram divulgados como, por exemplo, o Compêndio e o YouCat (Catecismo Jovem).
As apresentações instigaram
os participantes a procurarem
mais subsídios sobre os temas,
para repassá-los aos membros do
grupo de oração na paróquia em
que estão situados.
Esta ação da RCC visou atender ao apelo da Igreja para fortalecer o grupo de oração, que é a célula base do Movimento. “A expectativa é de que os coordenadores que
ali estiveram reunidos e receberam
a formação levem os ensinamentos
aos demais através de grupos de
estudo, reflexão e partilha”, disse
Luiz Carlos Santana Filho, coordenador arquidiocesano da RCC.
Arquidiocese lança Anuário 2013
Já está disponível para todas
as lideranças da Arquidiocese o
Anuário 2013. Como todos os
anos, o anuário traz atualizados os
nomes, telefones, endereços, email e outros contatos das pastorais, organismos, serviços, movimentos, meios de comunicação,
colégios, padres, diáconos, seminários, congregações, e outras entidades da Igreja na Arquidiocese.
Neste ano, o Anuário vem com
algumas novidades. Além do
nome dos padres, com a data de
nascimento e de ordenação, traz
a foto dos padres e diáconos, e o
Encontro acolhe casais
em segunda união
histórico da vida ministerial dos
padres incardinados na Arquidiocese desde a sua ordenação.
“Antes as pessoas recebiam o
padre em sua comunidade, sem
saberem por onde havia passado
antes. Agora terão essa informação
no Anuário”, disse o diácono José
Neri de Souza, chanceler da Arquidiocese e responsável pela organização do material. Essas informações foram coletadas na ficha
cadastral dos padres. Por conta disso, o anuário ficou com 240 páginas, 44 a mais que a última edição.
Outra novidade é que, neste
ano, os movimentos, pastorais e
serviços afins estão agrupados
quando seguem a mesma dinâmica. É o caso da Comissão de Liturgia,
por exemplo, em que os setores de
Pastoral Litúrgica, Música e Canto
Litúrgico e Espaço Litúrgico, mas
também Pastoral Catequética e
Pastoral dos Coroinhas, ficaram
unidos seqüencialmente.
Os interessados em adquirir o
anuário, podem fazê-lo entrando
em contato pelo fone (48) 32244799, ou pelo e-mail pastoral@
arquifln.org.br. O investimento
é de R$ 15,00.
A Pastoral Familiar da Arquidiocese, através do Setor Casos
Especiais, promoveu nos dias 13
e 14 de abril, na paróquia São
Vicente de Paulo, em Itajaí, o 12º
encontro “O Senhor é meu Pastor”, voltado à formação para casais em segunda união. O evento
reuniu 40 casais e mais 160
pessoas que colaboraram na organização do evento, entre casais, jovens e padres.
Durante os dois dias, eles receberam a assessoria do Pe.
Roberto Aripe (Padre Chiru), da
diocese de São Leopoldo, RS, e
sua equipe. Ele é o criador da
metodologia para orientar os casais em segunda união.
O pároco anfitrião, Pe. Antônio Luiz Schmitt, acolheu todos os casais no sábado pela
manhã, abrindo as portas da Igreja para eles se sentirem filhos e
amados pela Igreja que acolhe e
os recebe como família.
Além das lideranças dos municípios da Arquidiocese, o encontro
contou com a presença de lideranças de Joinville, Barra Velha, Jaraguá
do Sul, Piçarras, Penha, Navegantes,
Gaspar, Ilhota, Indaial e Curitiba, que
vieram para auxiliar no trabalho.
“Também tivemos a presença de
uma equipe de Joaçaba, que veio a
pedido do Bispo para vivenciar o encontro e, se possível, levar para lá”,
disse Rogério Carlos Gonçalves, que
com sua esposa, Lieje, coordenaram o evento.
Próximo encontro
O próximo encontro para casais em segunda união será realizado em Palhoça nos dias 08 e 09
de junho, na Paróquia Senhor Bom
Jesus de Nazaré. Mais informações com Vicente ou Neuzeli
Wisentainer pelos fones (48)
3242-7629, 9962-4751 ou 99714927, ou ainda pelo e-mail
[email protected].
Divulgação/JA
Encontro, que é promovido pelo 12º ano consecutivo na Paróquia, se
tornou referência e poderá ser realizado em outras dioceses do Estado
Jornal da Arquidiocese
Geral 9
Maio 2013
Florianópolis sedia encontro nacional dos diáconos
Durante encontro, refletiram sobre o documento 96 da CNBB e aprovaram mudanças estatutárias
Foto JA
Confraternização reúne
seminários da Arquidiocese
Evento realizado pela segunda vez promoveu
atividades recreativas para os 41 seminaristas
É a primeira vez que o evento é realizado em Florianópolis e no Regional
em diferentes regiões para
descentralizá-los”, disse o diácono
Zeno Konzen, presidente da Comissão Nacional dos Diáconos.
Segundo ele, no Brasil há mais
de três mil diáconos ordenados e
outros cerca de quatro mil em formação. “A Igreja tem dificuldade
de evangelizar nos prédios, onde
há dificuldades de acesso. Os
diáconos podem e deve fazer
essa ponte, afinal muitos já moram nesses prédios. Eles devem
ser a presença da Igreja nessa realidade”, acrescentou.
Para Dom Esmeraldo Barreto de Faria, bispo referencial
Foto JA
Mais de 270 diáconos, esposas
e candidatos a diácono estiveram
reunidos em Florianópolis, nos dias
19 a 21 de abril, em Florianópolis,
para participar da sua Assembleia
Nacional, não eletiva. Hospedados
no Hotel Tropicanas, em Canasvieiras, os participantes refletiram
sobre o documento 96 da CNBB:
“Diretrizes para o Diaconato Permanente da Igreja no Brasil – formação, vida e ministério”.
O evento teve como objetivo informar os participantes quanto ao
texto, aprovado pela CNBB em
2012, e contou com a assessoria
da Equipe Nacional Pedagógica ENAP, que tem a missão de difundir
o documento da CNBB pelo Brasil.
Além disso, durante o encontro foi
aprovada a reformulação estatutária canônica e civil dos diáconos.
Esta foi a primeira vez que o
evento foi realizado no Estado.
“Esperávamos em torno de 150
participantes, mas recebemos
quase o dobro”, disse o diácono
Antônio Camilo dos Santos,
presidente da Comissão Regional
dos Diáconos – CRD, e um dos
organizadores do evento.
A Assembleia é realizada a cada
quatro anos, mas normalmente tinha como sede estados da região
sudeste. “Nossa intenção é que os
eventos nacionais sejam realizados
dos diáconos no Brasil, o grande
número de diáconos ordenados e
em formação se deve a três aspectos: maior consciência da função do diácono; as dioceses estão assumindo esse ministério; e
a consciência de que as comunidades acolhem a missão própria
do diácono.
“A Igreja se abriu para a pluralidade de ministérios. Antes havia
praticamente apenas o padre, agora há os vários ministérios, que são
assumidos pelos leigos. O povo está
consciente e aceita o diácono. Isso
só não acontece quando não há planejamento”, acrescentou.
Os quatro seminários da Arquidiocese (Menor, Propedêutico, Filosofia e Teologia) realizaram, dos
dias 26 a 28 de abril, um fim de
semana de confraternização. Esta
foi a segunda vez que o evento foi
realizado e teve como objetivo
integrar os nossos 41 seminaristas e seus formadores.
O encontro teve início com um
jantar no Seminário Propedêutico,
em São José. No dia seguinte, os
jovens se encontraram no Seminário Teológico Convívio Emaús e
seguiram para um passeio de escuna. Mais tarde houve um jantar
festivo. No domingo, foi realizada
a Celebração Eucarística e em
seguida uma gincana preparada
pelos formadores.
Segundo Pe. Pedro Schlichting, reitor do Seminário de Azambuja, o encontro é importante porque promove a integração das casas de formação. “Também porque
o contato com os jovens que estão
mais avançados na formação serve de estímulo para os jovens que
estão ingressando”, informou.
Pietro Cristiano Damasceno acaba de ingressar no Seminário Menor e vê como bons
olhos a realização do encontro. “É
uma oportunidade de conhecermos todos os seminaristas e para
termos um convívio maior e
descontraído com eles. É também
um estímulo para a minha vocação”, disse.
“Além da integração, o encontro também foi importante para
os seminaristas exercitarem a organização e o planejamento”,
essa é a avaliação do seminarista do 2º de Teologia Jonathan
Speck Thiesen Jacques. Segundo ele, o encontro foi organizado pelos alunos do terceiro ano
de cada seminário, mais os propedeutas.
Foto JA
AESA elege nova diretoria
A Associação dos Ex-Alunos do
Seminário de Azambuja – AESA,
realizou nos dias 19 e 20 de abril,
a 17ª edição do encontro entre
seus associados. A associação foi
fundada em 1975. O encontro contou com a presença de bispos, padres, diáconos e outros ex-alunos,
que estudaram na instituição nos
seus 86 anos de história.
Nos dois dias, os participantes
tiveram coquetel de confraternização nas dependências da piscina,
atividades recreativas, realizaram a
asssembleia geral ordinária, com a
prestação de contas e eleição da
diretoria de 2013 a 2015, Missa de
Ação de Graças e almoço festivo.
Cleto Damanini foi eleito o
novo presidente da instituição. O
vice ficou com José Aldori Hammes.
Os demais membros são: diretor
executivo – Pe. Pedro Schlichting;
diretor financeiro – Ernesto José de
Souza; diretor secretário – Gabriel
Debatin; conselho fiscal – Juvenal
Pedro Cim, Leonardo Joaquim
Albano e Vilmar Moretão.
Mais informações pelo e-mail
[email protected]
Encontro promoveu a integração entre os quatro seminários e serviu
de estímulo para os mais novos
10
Ação Social
Maio 2013
Jornal da Arquidiocese
Comarcas retomam organização da Dimensão Social
Encontros buscam fortalecer o múnus da Caridade nas comarcas da Arquidiocese
O 13º Plano Arquidiocesano de
Pastoral apresenta diversos indicativos para o fortalecimento da
dimensão social da Igreja, expresso em suas pistas de ação do
múnus da caridade e na urgência
Igreja a serviço da vida plena para
todos. Buscando atender esses
indicativos, a Rede de Ações Sociais da Arquidiocese e os Conselhos Comarcais de Pastorais programaram suas atividades visando maior aprofundamento e comprometimento com a dimensão
social da Igreja.
Em março deste ano a Ação
Social Arquidiocesana (ASA) realizou cinco encontros com as
ações sociais paroquiais, iniciando um processo de organização
por comarca. Nesses encontros,
refletiu-se sobre o novo momento da caminhada pastoral da Arquidiocese a partir do 13º Plano
de Pastoral e sobre a necessidade de uma organização da dimensão social nas comarcas, sendo
que até o momento existia uma
organização das ações sociais paroquiais por município.
Nas reuniões do Conselho
COMARCA
DATA
HORA
LOCAL
Itajaí
10/05, sexta
19h
Fazenda
Ilha
18/05, sábado
09h
Trindade
Biguaçu
23/05, quinta
14h30
Biguaçu
São José
24/05, sexta
14h
Aririú
Estreito
25/05, sábado
8h30
Balneário Estreito
Tijucas
25/05, sábado
14h
Nova Trento
Brusque
27/05, segunda
19h
Santa Terezinha
08h30
Anitápolis
Santo Amaro 13/06, quinta
Comarcal de Pastoral do mês de
abril estudou-se a temática da 5ª
Semana Social Brasileira, que é
uma atividade proposta pela
CNBB. Seu objetivo é articular as
forças sociais para debater questões sociopolíticas relevantes e
traçar perspectivas para o país, baseadas no Ensino Social da Igreja.
O tema da 5ª Semana Social
Brasileira é a participação da sociedade no processo de democratização do Estado – Estado para
quê e para quem? Na oportunidade, também apresentou-se a realidade social nas comarcas, com
encaminhamentos práticos de
maior articulação dos trabalhos
existentes.
Para o mês de maio ocorrerão
reuniões comarcais ampliando a
participação, envolvendo outras
pastorais e organizações que atuam na dimensão social da Igreja.
Isso, com o objetivo de perceber
a riqueza do trabalho que é realizado em diversas comunidades e
quais são as realidades sociais
que necessitam de uma atuação
social, mas não têm uma presença organizada da Igreja. Abaixo
segue o quadro das reuniões do
mês de maio, abertas para todos
os interessados.
1° Encontro Arquidiocesano sobre
a Questão da População de Rua
(re) inserção e (re) integração social é tema de encontro
Na perspectiva de pensar
juntos na possibilidade de (re)
inserção mais consistente da
população de rua, tanto na reDivulgação/JA
cuperação da autonomia, como
na estruturação da identidade
positiva perdida diante da vida,
o Movimento da População de
Rua e a Pastoral da População
de Rua convidam para participar do primeiro encontro ampliado que irá abordar a questão
da População de Rua da Arquidiocese de Florianópolis. O convite destina-se a todas as pessoas que atuam diariamente
com essa realidade em nossas
paróquias.
Data 11/05, sábado
Hora 08:30 às 11:30
Pe. Revelino coordena a reunião que objetivou criar a Pastoral da
População de Rua na Arquidiocese
Local Auditório da Paróquia
Santo Antônio – Campinas - São José /SC.
ASA realiza visita às Ações Sociais
Para discutir o processo de acompanhamento,
Ações Sociais receberão visitas
Tendo presente a missão da
Ação Social Arquidiocesana, ASA, de
atuar e potencializar as Ações Sociais, por meio de assessoria e acompanhamento, fortalecendo a promoção e defesa dos direitos e políticas sociais, na construção de uma
sociedade justa, democrática, solidária, sustentável e plural, a Equipe Executiva da ASA estará realizando, no período de maio a setembro
de 2013, reuniões de acompanhamento com as diretorias de todas
as Ações Sociais Paroquiais filiadas.
O objetivo principal das visitas
é fortalecer a Rede ASA/Cáritas,
que atualmente é constituída por
48 Ações Sociais Paroquiais da
Arquidiocese.
Para Fernando Anísio Batista, coordenador da ASA, “as
visitas possibilitarão a aproximação institucional da ASA com cada
entidade filiada, refletindo sobre
a realidade social de cada paróquia, para fortalecer os trabalhos
sociais realizados a partir dos
indicativos do 13º Plano Arquidiocesano de Pastoral”.
A equipe executiva da ASA entrará em contato previamente para
o agendamento dessas reuniões.
Divulgação/JA
Rede de Ações Sociais reunida para avaliação e indicativos de ação.
Fundo Arquidiocesano de Solidariedade
FAS abre Edital para envio de projetos
Entidades que
atuam na abrangência da Arquidiocese
podem enviar projetos
sociais e de geração
de trabalho e renda
para o FAS.
O Conselho do
Fundo Arquidiocesano de Solidariedade –
FAS informa que está aberto o período de envio de projetos para a
próxima Reunião de Análise de
Projetos. Os projetos deverão ser
protocolados até o dia 24 de
maio, na sede da Ação Social Arquidiocesana (Rua Esteves Júnior,
447 Centro – Florianópolis).
O FAS tem por objetivos: apoiar iniciativas que apontem para a
superação das estruturas de pobreza e
injustiça; estimular e
favorecer a construção de relações solidárias e não discriminatórias; favorecer
a criação de projetos
alternativos de geração de trabalho e renda; incentivar projetos sociais referentes ao tema da Campanha
da Fraternidade.
No endereço eletrônico da Arquidiocese de Florianópolis
(www.arquifln.org.br) estão
disponíveis maiores informações,
tais como: prioridade de apoio; formulários dos projetos; valores de
apoio, entre outros.
Jornal da Arquidiocese
GBF 11
Maio 2013
Um testemunho de fé e vida
Participação nos GBFs tira pai de família do vício do álcool e dá outra perspectiva à família
no futuro bem próximo. Minha
mãe Lúcia veio morar em Florianópolis e eu fiquei em Recife, desempregado mais uma vez, sem
intenção de largar aquela vida de
ilusão e sofrimento. Aí, por
consequência de um câncer, perdi
minha sogra Maria Aparecida, que
era o alicerce da minha vida, uma
pessoa do meu profundo amor e
carinho. Ela tudo fez por mim, até
trabalhar no meu lugar, com minhas filhas e esposa.
Com a perda da ‘Cida’, senti
um vazio, uma tristeza, uma desilusão, e vim para Florianópolis em
27 de novembro de 2006. Trouxe
junto minhas filhas e minha esposa, porém eu não tinha largado a
malvada da bebida. Comecei a
trabalhar no Angeloni e lá conheci
várias pessoas, mas dona Sandra,
esposa do sr. Sérgio, foi muito especial. Eles me convidaram para
participar de uma oração na sua
casa, era um encontro do Grupo
Bíblico em Família.
Nesse dia aconteceu o meu
encontro com Jesus e, sem saber,
eu estava nos braços de Deus: ele
Divulgação/JA
Tenho algo para falar, com muitas novidades nesta nova etapa de
minha vida e do meu trabalho. Eu e
Regina, minha esposa, trabalhamos
juntos, o que me deixa muito feliz,
porque, em contato com ela diariamente, tenho aprendido muito.
Quero também compartilhar minha
alegria em ter conhecido um rapaz
chamado Cristiano; ele faz parte do
grupo de teatro das CEBs do pessoal de rua, e ficamos muito amigos.
Tenho pedido a Deus mais conforto
em meu coração e vou lhes contar
o porquê: hoje eu vou contar um
pouco da minha vida, de antes e
depois de conhecer a Cristo.
Meu nome é Carlos André,
tenho 35 anos e sou natural de Recife/Pernambuco. Sempre acreditei em Deus, mas não o conhecia.
Vivia uma vida errada e de ilusão,
era um pai sem responsabilidade,
tive quatro mulheres diferentes e
nove filhos. Eu trabalhava bem
menos do que agora e estava sempre desempregado. Tudo na minha
vida era motivo para beber com
meus supostos amigos, e não tinha noção do quanto eu iria sofrer
ma, minha esposa e filhos/as me
acompanharam. Participamos
sempre das missas e do GBF. Sou
outro homem. Agradeço a Deus e
a todos que me ajudaram.
Mudei muito, e os amigos que
eu tinha quando eu bebia, praticamente perdi o contato com todos.
Tornei-me um discípulo e missionário de Jesus Cristo, hoje sou Ministro da Palavra e da Comunhão
na minha comunidade. Agradeço
esta oportunidade de dar este testemunho de amor e fé, e deixo os
meus sinceros agradecimentos ao
pároco Pe. Mauricio Serafim da
GBF da Comunidade Nossa Senhora de Fátima e São Lucas, em Florianópolis Costa, que muito me ajudou, à D.
Sandra, Rita, Luzia, Zilá, Joana e
me deu outra chance de viver com a estar presentes em minha casa aos membros do GBF, a toda a
dignidade. No começo eu não esta- e na minha família. Agora eu te- equipe do CPC da comunidade
va disposto a largar a minha vida nho mais uma família, o Grupo Bí- onde eu moro e participo efetivade ilusão e fantasia, mas pouco a blico em Família. Também conse- mente. Esta história não tem fim:
pouco deixei-me levar pelas “águas gui trazer meus outros dois filhos, vivo com a graça de Nosso Senhor
profundas” do Evangelho de Jesus Jonathas e Wellington, para morar Jesus Cristo, e que Ele esteja semCristo. Quando percebi, já estava conosco. Deus é tão maravilhoso pre com todos nós. Amém.
engajado nos trabalhos da igreja, que tive a graça de ser pai de novo,
da comunidade, e aos poucos fui de uma menina chamada
Carlos André – Membro dos
deixando o vício da bebida; não foi Kauanny. Então tudo foi florescenGBFs - Comunidade Nossa Setudo maravilha, mas deu certo.
do, eu fui me evangelizando, fiz a
nhora de Fátima e São Lucas,
A paz e a harmonia passaram catequese da Eucaristia e da CrisParóquia do Ribeirão da Ilha
Caminhando com fé, esperança e amor
Estando ainda no Tempo
Pascal, lembramos a caminhada da Via-Sacra realizada pelos GBF no tempo quaresmal.
Sabemos que em muitas paróquias da Arquidiocese os
GBF organizaram e celebraram
a Via-Sacra nas ruas, rezando,
refletindo e revivendo a caminhada de Jesus ao Calvário.
Vamos destacar os GBF e as
CEBs da comunidade do Monte
Serrat e do Alto do Caeira.
Com muita fé e devoção, as
duas comunidades reviveram a
caminhada de Cristo, rezando
a Via-Sacra, a partir de dois pontos: a igreja Nossa Senhora do
Monte Serrat e a comunidade
do Alto do Caeira, na subida do
Divulgação/JA
Comunidades do Monte Serrat e do Alto da Caieira realizaram
a Via Sacra recordando a caminhada de Jesus Cristo
morro, acesso ao bairro Itacorubi. As duas comunidades rezaram as 15 estações ao longo
dos morros.
Em cada estação, refletiram
sobre diversos aspectos do cotidiano que afligem muitos moradores e as demais pessoas
da comunidade. Assim, lembrou-se a exclusão social e religiosa dos jovens e crianças que
sofrem com a violência, os desempregados, a saúde das pessoas; pediram-se melhores
condições de moradia e mais
justiça, tendo presentes tantos
sofrimentos e males que permeiam a vida do povo.
Ao chegarem à frente da igreja Nossa Senhora Aparecida, no
Alto do Caeira, as duas comunidades se encontraram e celebraram a 14ª estação, entraram
na igreja e concluíram com a 15ª
estação. Na sua fala, Pe. Vilson
Groh lembrou que ali estão quadros de alguns mártires da nossa Igreja, homens e mulheres de
fé que seguiram Jesus doando
suas vidas como Ele fez por
amor a nós: “Prova de amor
maior não há, que doar a vida
pelo irmão”. Pe. Vilson enfatizou
a importância do resgate da nossa fé, olhando para o outro, ajudando uns aos outros, para contribuirmos na construção de um
mundo mais justo e solidário e
assim chegarmos à felicidade
plena. Encerramos com a alegria
e a certeza de que Jesus Ressuscitou, e que trilhamos o seu
caminho: “porque Ele vive, e
sem temor nós cremos no amanhã, porque sabemos que o presente e o futuro estão em suas
mãos, pois Jesus está vivo!” Voltamos para nossas casas cheios de confiança e iluminados/
as pela verdade da Palavra de
Deus, que nos fortalece e nos
ensina a viver do jeito de Jesus.
Éden Silvana Demari
Membro da Comunidade do
Mont Serrat
As histórias dos GBF da Paróquia de Azambuja continuam...
Grupo Rosa Mística
Conversando na comunidade para escrever a história do nosso grupo, uma senhora
que participa disse que o grupo já existe há
uns 50 anos. Era uma comunidade pequena,
tinha bem poucas casas e rezavam o terço
com seis famílias que na época aí moravam.
No inicio, o grupo contribuía mensalmente na formação do querido falecido padre Rogério Groh, falecido, na época ainda seminarista da filosofia. A comunidade cresceu e o
grupo também. O grupo, sempre que necessário, se empenha na campanha de arrecadação, doando às famílias que precisam. Já passamos por algumas coordenadoras, todas
com o entusiasmo de levar a mensagem de
Deus às famílias e ajudar a comunidade a ser
viva e atuante. Hoje, desse grupo cinquentenário formou-se mais um. Agora somos dois
grupos com 23 casas, que aceitam fazer os
encontros dos GBF. Ainda temos os mesmos
objetivos: crescer na fé, ajudar a comunidade,
ajudar as pessoas que precisam e levar a Palavra de Deus a todos. Que Deus ilumine sempre os GBFs.
Maria Baloni, Animadora do grupo
12
Geral
Maio 2013
Paróquia São Sebastião,
em Tijucas
Conselho Federal de Medicina, Democracia e Aborto
165 anos da Igreja Matriz, centro da comunidade que
cresce e se desenvolve no berço da cerâmica do Estado
Arquivo/JA
A cidade, com cerca de 35 mil
habitantes, está localizada a 60
km ao norte de Florianópolis. A renda do município está dividida entre o trabalho com cerâmica e seus
derivados, e a agricultura, pequenas indústrias (doces do Timbé),
confecções, e comércio. É uma cidade de pequeno porte, com um
povo pacato, ordeiro e muito trabalhador. Com o crescimento da
população, surgem também áreas de pobreza. Pessoas de outras
cidades catarinenses ou de outros
Estados buscam no município
melhores condições de vida.
No centro do município, a paróquia de São Sebastião. Á frente dos
trabalhos está o Pe. Elizandro
Scarsi, pároco, que conta com o
apoio do Pe. Joselito Schmitt e
do Mons. Affonso Emmendoerfer, além de quatro diáconos
Inaugurada em 1969, Igreja Matriz é o centro da comunidade
e um grande número de lideranças
leigas. São 14 as comunidades,
além de outras três em que há ce-
lebrações periódicas. Algumas no
meio rural, distantes até 25 km da
matriz e em estrada de chão.
Uma história vivida tendo a Igreja como centro
A evangelização em Tijucas iniciou em 1830, quando Sebastião
Cozas mandou construir um
Oratório dedicado a São Sebastião. O povoamento foi crescendo
com a afluência de agricultores e
pescadores vindos de Ganchos,
São Miguel e Armação da Piedade, assim como do Alto Vale do Rio
Tijucas. A 04 de maio de 1848,
através da Lei Provincial nº 271,
criou-se a freguesia e a Paróquia
com a denominação de São Sebastião da Foz do Rio Tijucas. Foi nomeado primeiro Pároco o Pe. João
Antônio de Carvalho, que assumiu em 1852. Em 04 de abril de
1859, a então Freguesia de
Tijucas foi elevada à categoria de
Vila (Município), com território
desmem-brado dos municípios de
São Miguel e Porto Belo. Dom João
Becker, primeiro Bispo de Florianópolis, realizou Visita Pastoral à
paróquia no dia 17 de maio de
1910, quando Pe. Ludovico
Coccolo era o pároco. Em 18 de
fevereiro de 1918, chegaram três
Irmãs da Divina Providência, vindas
de Florianópolis. Com grande solenidade foi inaugurada a nova Ca-
pela, em junho de 1921. Na época era pároco o Padre Dr. Jacob
Hudleston Slater, holandês, doutorado em teologia, filosofia e medicina, que lançou em Tijucas o
“Pequeno Catecismo da Doutrina
Cristã”, o qual se espalhou por todo
o Brasil alcançando, em 1966, a
48a edição. Em 19 de março de
1942 o Hospital “São José” foi inaugurado e entregue às Irmãs da Divina Providência. Em 1956 foi
construída a Maternidade “Dona
Chiquinha Gallotti”, que funciona
junto ao Hospital.
Em 1942, o novo Vigário, o jovem e dinâmico Padre Augusto
Zucco, que permaneceu em
Tijucas durante 45 anos, depois de
celebrar pela primeira e última vez
as cerimônias da Semana Santa
na velha Igreja Matriz da “Praça”,
recebeu do Sr. Arcebispo a ordem
de fechá-la ao culto, porque já não
oferecia a necessária segurança
aos fiéis. E assim, por vinte e sete
anos (1942 a 1969), a Capela do
Colégio serviu de Matriz. Em 16 de
março de 1958 foi lançada a pedra fundamental da nova Igreja
Matriz, em cerimônia presidida
pelo mesmo Arcebispo, Dom Joaquim Domingues de Oliveira. A 13 de junho de 1960, dia do
centenário da cidade, foi batida solenemente a primeira estaca da
construção. A 30 de março de
1969, a nova Matriz foi inaugurada em cerimônia presidida por
Dom Wilson Laus Schmidt, Bispo Emérito de Chapecó, na época
residindo em Florianópolis. A 17
de fevereiro de 1969 deu-se início
à construção da atual Casa Paroquial, inaugurada a 02 de fevereiro de 1970. No dia 25 de maio de
1987, às 17h45m, faleceu Mons.
Augusto Zucco, o benemérito Pároco. Em tudo o que existe na Paróquia estão as marcas do seu tino
de administrador e os frutos de seu
zelo apostólico. Depois de Mons.
Zucco, assumiram a Paróquia: Pe.
Pedro Luiz Azevedo (1987-1994),
Pe. Reinaldo Schmitz (19951996), Pe. Davi Antônio Coelho,
que restaurou a Igreja Matriz
(1997-2005) , Pe. Gervásio Fuck
(2006-2012) e atualmente os Padres Elizandro Scarsi e Joselito
Schmitt e, como residente, Mons.
Affonso Emmendoerfer.
Jornal da Arquidiocese
Para surpresa de muitos –
inclusive da área médica - o
Conselho Federal de Medicina
(CFM) emitiu um documento
defendendo a prática do aborto, por quaisquer razões, até a
12ª semana de gestação.
O mais surpreendente é que
o aborto é defendido a partir de
uma postura racional, com argumentos e dados científicos,
enquanto a posição contrária ao
aborto é colocada como uma
posição meramente religiosa. O
fato é que a partir da concepção temos um organismo humano, com DNA humano, diferente daquele dos seus pais,
pertencente à espécie homo
sapiens, com capacidade de
desenvolver-se, sem nenhuma
solução de continuidade, em
muitos casos por mais de cem
anos. Atribuir um critério diferente ao da formação deste DNA
para definir quando este novo
ser passará a ser humano, é
desconhecer a embriologia humana e perigoso, pois torna-se
sempre aleatório.
O princípio da autonomia da
mulher – importantíssimo e
uma grande conquista das últimas décadas– foi o principal
argumento apresentado para a
defesa do aborto. O problema é
passar de uma autonomia a um
autonomismo. O que está em
jogo aqui não é estar de acordo
com a liberdade de ninguém –
toda pessoa de bom senso concorda com a liberdade dos demais. Porém, é necessário entender que a liberdade tem limites, e não respeitar esses limites não é liberdade, mas violência contra outro ser. Além disso, a autonomia do ser humano
presente no ventre da mãe, ainda que não possa ser exercida
por ele mesmo, deve ser defendida – o Direito nasce para defender o débil e não o forte. Os
dois valores em jogo – liberdade da mãe e vida do filho – devem ser colocados na balança
e deve-se respeitar aquele com
maior peso: se a liberdade é um
valor que depende da vida, parece claro que o respeito à vida
deste ser humano indefeso
deve ser anteposto ao respeito
à liberdade da mulher.
O CFM afirmou ter feito uma
ampla consulta à sociedade –
algo que não se realiza simplesmente porque falamos com poucas pessoas de outros segmentos sociais. O fato de terem colocado no documento de trabalho
um texto contrário ao aborto –
sendo que todo o demais era
favorável – e terem chamado
um sacerdote para falar ao público, não implica uma ampla
consulta àqueles que são contrários ao aborto. Por que não foi
chamado ninguém do movimento “Brasil sem aborto”, entidade
supraconfessional que representa a maioria dos segmentos sociais contrários ao aborto? Será
porque sua argumentação poderia deslocar a decisão para uma
posição contrária ao aborto?
Sendo assim, podemos dizer que foi um erro grave – não
só do ponto de vista moral-reli-
“
Foi um erro
grave – não só do
ponto de vista
moral-religioso,
mas também do
ponto de vista
ético-racional – a
postura tomada
pelo CFM”.
gioso, mas também do ponto de
vista ético-racional – a postura
tomada pelo CFM, desrespeitando o próprio ser humano.
Esperamos que o CFM, na seriedade e competência que sempre o caracterizaram, possa voltar atrás e abrir de fato o diálogo amplo com a sociedade, com
os médicos que representa, e
também com os setores favoráveis e contrários ao aborto.
Deste diálogo poderemos todos
sair mais maduros e com uma
decisão que de fato represente
o respeito à vida. Por sinal, os
médicos foram chamados a cuidar da vida e não a suprimi-la.
Pe. Hélio Tadeu L. Oliveira
Mestre em Moral e Bioética, e
doutorando em Bioética
Jornal da Arquidiocese
Geral 13
Maio 2013
Realizado encontro de formação
sobre Música e Canto Litúrgico
Conhecendo as Forças Vivas da Arquidiocese
Comissão Arquidiocesana para o Diálogo
Ecumênico e Inter-Religioso - CADEIR
Encontro reuniu mais de 200 lideranças que atuam na
Música e Canto Litúrgico na Arquidiocese de Florianópolis
Arquivo/JA
A Comissão Arquidiocesana de
Liturgia realizou no dia 14 de abril,
das 8h às 17h30min, o Encontro
Arquidiocesano do Setor de Música e Canto Litúrgico. O evento, na
Paróquia São João Evangelista, em
Biguaçu, reuniu mais de 200 participantes de todas as Comarcas
da Arquidiocese. Esse foi o primeiro encontro após a Assembleia
Arquidiocesana de Pastoral. O próximo será no dia 15 de setembro,
em local a ser definido.
Durante o dia, os participantes
contaram com formação teológica
e oficinas práticas. Toda a formação foi realizada pela equipe arquidiocesana do Setor: coordenação Najla Elisângela dos Santos;
assessor- Ricardo Marques; secretário - Miguel Philippi; membros: Luiz
Eduardo Silva e Murilo Guesser.
O encontro teve início às 8h30
com a Oração das Laudes. Em seguida, Pe. Tarcísio Pedro Vieira,
Coordenador Geral da Comissão
Arquidiocesana de Liturgia, proferiu
a conferência “Ordinário da Missa Teologia, Liturgia e Espiritualidade”.
Depois, houve ensaio de músicas
do repertório litúrgico referente ao
Ordinário da missa.
À tarde, depois de uma pausa
para o almoço, os participantes foram divididos em quatro oficinas
temáticas: Técnica Vocal, Ministério
do Salmista, Critérios para escolha
do Repertório Litúrgico, e Uso dos
Instrumentos Musicais na Liturgia.
Todas as oficinas foram ministradas
pelos membros da equipe do Setor
Música e Canto Litúrgico. Cada participante recebeu textos com subsídios sobre cada tema.
O evento foi encerrado com a
celebração Eucarística, às 16h. Ela
Celebração Eucarística concluiu a formação, que feito atendendo ao
que foi aprovado na Assembleia Arquidiocesana de Pastoral
foi presidida pelo Pe. Tarcísio Pedro
Vieira. Concluindo, ele falou da
importância da Música e do Canto
na Liturgia e da missão dos ministros da música e do canto em nossas celebrações. “Cultivando a
música e o canto litúrgico estamos
anunciando o Evangelho e cumprindo nossa missão de discípulos missionários de Jesus Cristo”, disse.
Insistiu na distinção necessária entre missa e show, entre artista e ministro, entre cantar na missa e cantar a missa, entre apresentar-se na missa e servir à liturgia,
entre apenas executar uma função
e rezar com a música...
Para o Pe. Tarcísio, o encontro
alcançou seus objetivos, despertando os ministros da Música e
do Canto Litúrgico para o significado do seu ministério e para o
quanto é importante para o músico o estudo sistemático e progressivo da liturgia, cultivando uma
sólida espiritualidade eucarística.
Segundo Najla, Coordenadora
do Setor de Música e Canto Litúrgico,
é a primeira vez que realizam um
encontro nesses moldes. “A nossa
intenção é manter a estrutura adotada - conferência, ensaio de repertório litúrgico e oficinas - pelo menos
duas vezes por ano. Já está disponível o endereço eletrônico do setor
([email protected])
para facilitar a comunicação dos ministros/grupos de música e canto
litúrgico com a Comissão Arquidiocesana de Liturgia”, afirmou.
Regina da Conceição, que
participa de equipes de animação
litúrgica há mais de 20 anos e é
presença marcante nos encontros
de formação nessa área, disse que
o encontro foi muito rico e proveitoso: “Pudemos aprender muita coisa. Recebemos ótimas indicações
para melhor atuar na animação
litúrgica da celebração eucarística”.
A CADEIR é uma Comissão da
Igreja Católica para desenvolver
a dimensão diocesana do
Ecumenismo e do Diálogo InterReligioso. Entre seus objetivos
está motivar a organização de
Comissões Ecumênicas nas Paróquias e incentivar os encontros
para estudos, celebrações, partilha de experiências e outras iniciativas que expressem a unidade e a busca comum de um mundo justo e fraterno.
Para que este sonho de Comissões Ecumênicas Paroquiais passe a existir, precisamos contar com
pessoas abertas de mente e coração. E é assim que entendemos
quando a música nos diz “De
mãos dadas, a caminho, porque
juntos somos mais, pra cantar o
novo hino de unidade, amor e
paz!”. Realmente, precisamos juntar nossas forças como seguidores de Jesus Cristo, em prol de um
mundo melhor. Se nós, Esta Comissão não é composta de Irmãos
de outras Igrejas ou Religiões. No
entanto, ela tem como missão
principal lembrar, a todo Católico,
que o outro é nosso irmão. E como
irmão deve ser amado, acolhido,
mesmo que diferente.
Nesse sentido, temos muito
que crescer ainda. Tanto nós,
Católicos, como os participantes
de outras Igrejas e Religiões, precisamos aprender a conviver
como irmãos e irmãs.
A CADEIR se reúne de dois em
dois meses numa quarta feira às
19h30 em Florianópolis, quase
sempre na casa de um dos membros da Comissão. A Comissão
tem como coordenador o Padre
Alceoni Berkenbrock, pároco
da Paróquia dos Sagrados Cora-
ções de Barreiros. Como o nome
diz, é uma Comissão de pessoas.
O Coordenador colabora com a
Comissão na condução dos trabalhos, mas é auxiliado e assessorado por pessoas de boa vontade, que se dispõem a ajudar na
caminhada ecumênica.
Formação nas Comarcas
Neste ano de 2013, a Comissão está se dispondo a ir às oito
comarcas de pastoral da Arquidiocese, para promover conversas e
estudos sobre a CADEIR, incluindo toda a caminhada Ecumênica.
Seguem as datas que a Comissão
sugere como formação: Comarca
da Ilha - 04/05, 14h, Igreja da
Santíssima Trindade; Comarca de
Biguaçu - 04/06, 19h30, Sagrados Corações, Barreiros, São José;
Comarca de Santo Amaro - 15/
06, 08h30, Santo Amaro; Comarca de São José - 15/06, 14h,
Palhoça; Comarca de Tijucas 20/06, 19h30, Tijucas; Comarca
de Itajaí - 21/06, 19h30, São
João; Comarca de Brusque: 02/
07, 19h30, Santa Teresinha; Comarca do Estreito - 22/07,
19h30, Santuário de Fátima.
Semana de Oração
Entre os dias 12 e 19 de maio
acontecerá a Semana de Oração
pela Unidade dos Cristãos. Neste ano tem como tema “O que
Deus exige de nós?” Este tema é
inspirado em Miquéias 6,6-8.
A CADEIR está aberta para
sugestões, colaborações e novos
membros, para esta Comissão
tão importante na Igreja. Mais
informações com Padre
Alceoni pelo fone 48 32461249
ou 8828-7608 ou ainda pelo email [email protected].
Arquivo/JA
Pastoral Vocacional forma agentes
A Pastoral Vocacional promoveu no dia 13 de abril um encontro de formação para lideranças
da região sul da Arquidiocese.
Realizado na Paróquia Bom Jesus
de Nazaré, em Palhoça, o evento
reuniu 40 agentes das equipes
vocacionais das paróquias.
Durante o encontro, realizado
das 13h às 17h, os participantes
receberam formação sobre o Dia
Mundial das Vocações (21/04):
seus 50 anos de história, a mensagem do papa para esse dia e
sugestões de atividades a serem
realizadas nas paróquias.
Também foi falado sobre o trabalho das equipes vocacionais
paroquiais e sobre os Grupos de
Orientação Vocacionais João Paulo II e Madre Teresa de Calcutá.
Também sobre como organizar as
equipes paroquiais vocacionais, o
que são, finalidade, e motivação
para participar.
Esse foi o primeiro encontro do
ano. No dia 14 de setembro será
realizado um novo encontro. Dessa vez, voltado à região norte da
Arquidiocese. O encontro será realizado em São João Batista, no
mesmo horário e com programação semelhante.
Líderes das Igrejas Cristãs que fomentam o Ecumenismo participam
das celebrações da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos
14
Geral
Maio 2013
Foto JA
Defensoria Pública
Depois de sete anos de luta,
serviço é implantado no Estado
No mês de abril foram
empossados 45 dos 60 defensores públicos aprovados em concurso públicos. Isso significa a instituição da Defensoria Pública em
Santa Catarina, o último Estado
do Brasil a ter esse serviço. É o
resultado de uma luta que dura
desde 2006 e que teve a Igreja
como maior incentivadora.
A Constituição de 1988 já considerava a Defensoria Pública
“como essencial à função jurisdicional do Estado”, mas não obrigava a sua existência. Como a Campanha da Fraternidade de 2009
refletia sobre Fraternidade e Segurança Pública, a Igreja na CNBB –
Regional Sul IV (SC) se engajou no
processo encampado pela
UNOCHAPECÓ. A vitória veio há um
ano, quando o STF julgou inconstitucional o sistema de defensoria
dativa utilizado no Estado.
Dom Manoel João Francisco,
bispo de Chapecó, participou de
todo o processo e foi um dos grandes incentivadores. Em entrevista, ele fala sobre como se iniciou
a luta, sobre a participação da Igreja, os benefícios da Defensoria
Pública e os avanços que ela significará no direito à justiça.
Jornal da Arquidiocese - O
processo de criação da
Defensoria Pública em Santa
Catarina teve início há sete
anos. Como começou?
Dom Manoel - O Movimento
pela criação da Defensoria Pública
organizou-se a partir de 2006, por
iniciativa do Centro de Ciências Sociais e Jurídicas da UNOCHAPECÓ,
integrado pelos cursos de Direito,
Economia e Serviço Social. Logo em
seguida as discussões foram
aprofundadas em nível estadual.
No curso de Direito havia um Projeto de Extensão Comunitária Jurídica que permitiu a mobilização e
interação dos estudantes (comunidade acadêmica) com a sociedade
e demais instituições de ensino.
JA - Qual a participação da
Igreja nesta conquista?
Dom Manoel - Por oportunidade da Campanha da Fraternidade de 2009, sobre Fraternidade e
Segurança Pública, a professora
Maria Aparecida Caovilla, coordenadora do Curso de Direito da
UNOCHAPECÓ, me procurou, solicitando o engajamento da Igreja no
Movimento. Levei a proposta para
o Conselho Regional de Pastoral.
Assumimos, a partir de então, enquanto Igreja Católica, a luta pela
implantação da Defensoria Pública em nosso Estado, liderando um
abaixo assinado. Além disso, mobilizamos nossos fiéis para a participação em diversas audiências
públicas. Em vários encontros com
as lideranças das pastorais o tema
foi refletido. Diante da negativa por
parte do Governo de acolher a proposta de um Projeto de Lei de iniciativa popular, foi encaminhada
uma medida judicial (ADIN) que resultou no julgamento positivo pelo
STF, declarando inconstitucional a
Defensoria Dativa e obrigando a
criação da Defensoria Pública nos
moldes previstos na Constituição
Federal de 1988.
JA - No início de abril foram
empossados 45 defensores
Dom Manoel luta pela criação da Defensoria Pública no Estado desde 2009.
Apesar das deficiências, considera a criação um avanço no direito à justiça
“
Da forma como está, a Defensoria Pública trará poucos resultados à sociedade. São muito poucos defensores”.
públicos para todo o Estado.
Esse número é suficiente?
Dom Manoel - A intenção do
Movimento pela Criação da
Defensoria Pública era de, no mínimo, 300 defensores públicos,
para atender as necessidades sociais. Assim como está sendo encaminhada, não atenderá às demandas e tudo indica que o Estado, com esta medida, pretende
desacreditar toda a luta que se fez.
JA - Como o Senhor vê a
questão do sistema judiciário no Estado?
Dom Manoel - O sistema judiciário está com muitas dificuldades,
iniciando pela questão carcerária.
São muitos os processos judiciais
para serem analisados, principalmente após os ataques das facções
criminosas. Para Santa Catarina ter
uma Defensoria Pública que atenda com dignidade às pessoas, temos necessidade de 509 Defensores Públicos. Estamos longe disso:
iniciamos com menos de 10%. Passamos quase 25 anos sem
Defensoria Pública no Estado. Agora precisamos avançar, para dar
condições de eficiência para a
Defensoria Pública que acaba de
nascer com enormes dificuldades.
É evidente que são insuficientes 45
Defensores para o Estado inteiro.
Se os 157 que foram aprovados no
concurso publico assumissem nos
próximos meses, talvez pudéssemos dizer que teríamos iniciado
mais ou menos bem. No entanto,
não é o que está previsto.
JA - A criação da Defensoria Pública significa um
avanço no direito à justiça?
Dom Manoel - Apesar da longa demora para que acontecesse,
não resta dúvida que a criação da
Defensoria Pública foi uma grande
conquista da sociedade catarinense. Estamos atrasados em 25
anos. A Constituição Federal foi
promulgada em 1988 e previu a
criação da Defensoria Pública
“como essencial à função jurisdicional do Estado”. Agora precisaremos continuar lutando para exigir do poder público que dê condições de eficiência para a instituição. As pessoas que mais precisam
do acesso à justiça não podem
continuar à margem, precisam de
uma instituição forte, atuante e
que cumpra com o seu papel de
atender aos cidadãos e às cidadãs
em suas necessidades no que se
refere à justiça e ao direito.
Carlos Martendal
Divulgação/JA
Completude
Eu não sou completo; então,
quanto tu me completas, nós nos
tornamos um.
Conhecimento
O mais difícil não é conhecer o
outro; talvez o mais difícil seja eu
me conhecer e me deixar conhecer. Quando, no casamento, um
cônjuge diz ao outro: “Eu me conheço e tu me conheces, então
eu sou tu”, este casamento uniu
não só dois numa só carne, mas
também num só espírito!
“Pai nosso que estais no céu”:
o céu é a morada do Pai. E onde é
o céu? Em mim, em ti! Sou, portanto, templo, casa de Deus. Ele
não se contenta em viver na varanda, mas em mim, em meu coração. E eu, vivo nEle?
JA - Antes tínhamos apenas a Defensoria Dativa. O
que muda agora?
Dom Manoel - A Defensoria
Dativa fazia a defesa apenas judicial e de pessoas físicas. A Defensoria Pública não se limita ao judiciário. É, portanto, preventiva.
Além disso, pode defender causas
coletivas. A Defensoria Dativa
dava acesso ao judiciário, enquanto a Defensoria Pública dá acesso
à justiça.
JA - Santa Catarina foi o
único Estado que não possuía
Defensoria Pública. Que benefício este novo sistema trará?
Dom Manoel - Da forma
como foi implantada trará poucos
benefícios. Se fosse nos moldes
previstos pela Constituição de
1988 e de acordo com a proposta
do Movimento, com certeza, haveria de proporcionar muitos benefícios, entre eles, a defesa dos direitos e também o conhecimento dos
Retalhos do Cotidiano
Céu
deveres de todos os cidadãos de
nosso Estado, especialmente dos
menos favorecidos. Mesmo assim,
algo poderá ser feito. O Movimento pretende não baixar a guarda.
Vamos continuar lutando pela plena efetivação deste direito conquistado em parte.
Jornal da Arquidiocese
Estabilizadores
Visita
Os grandes navios têm potentes estabilizadores. Atravessando mares tempestuosos, pouco
se percebe do balanço forte das
ondas. Para nós nos estabilizarmos, é sempre a mesma coisa:
é sempre o Senhor que tudo tranquiliza!
O amor nunca invade, sempre
visita!
Lembrança
Lembremo-nos de esquecer as
coisas ruins, mas não nos esqueçamos de lembrar as coisas boas.
Graça
O pequeno saco plástico na calçada, molhado pela
chuva da noite, ficou colado ao piso e permanece imóvel. O amanhecer trouxe o sol; ele logo estará seco. E o
vento o levará pra lá e pra cá, como barata tonta.
Mãe
Tu, que passas por tantas dores na gestação e no parto; tu, que
tens a força de alma; tu, que te
entregas tão amorosa e tão totalmente aos filhos vindos de tuas
entranhas; tu, que dás a vida e da
tua vida fazes uma perfeita
oferenda, sê bendita! Que Deus te
abençoe e a gratidão dos homens
te acompanhe, boa pastora das
ovelhas que o Pai confiou aos teus
cuidados!
Graça 2
Assim acontece comigo quando perco a graça. De Deus!
Graça 3
Sê tu, Senhor, a água viva que
me inunda; sê tu, Senhor, o sol que
me abrasa - tu nunca me secas! -
sê teu Espírito Santo o vento que
me leva para onde queres. Sou
teu, Senhor!
Jornal da Arquidiocese
Geral 15
Maio 2013
Pe. Ney conclui participação na Comissão Bíblica
Em 12 anos de estudos, foram elaborados dois documentos, um já publicado em livro e outro em revisão
HISTÓRIA
A Pontifícia Comissão Bíblica é
um organismo criado em 1903
pelo Papa Leão XIII, como uma
Comissão de Cardeais, naturalmente assessorados por peritos
em exegese bíblica. Após o
Vaticano II, a Comissão foi
reformulada por Paulo VI, em
1971, transformando-se em órgão
consultivo da Congregação da Dou-
Divulgação/JA
No dia 12-04, com a audiência
concedida pelo Santo Padre Francisco aos 20 membros da Pontifícia
Comissão Bíblica, encerrou-se a
participação do Pe. Ney Brasil Pereira nesse organismo da Santa Sé,
para o qual ele foi nomeado em
2001, pelo papa João Paulo II. A
nomeação vale por um período de
5 anos, durante o qual a Comissão
se reúne uma vez por ano e debate
um tema, proposto pela Congregação da Doutrina da Fé.
A nomeação pode ser confirmada para um segundo período
de 5 anos, o que aconteceu com
Pe. Ney, confirmado na Comissão
por Bento XVI, em 2008. O tema
do primeiro turno, 2002-2007,
foi “Bíblia e Moral”, que resultou num documento com esse
título, publicado em 2008 (aqui
no Brasil, por Ed. Paulinas, 2009,
em tradução do original italiano
pelo Pe. Ney).
Para este segundo turno
(2009-2013), o tema foi “Inspiração e Verdade da Bíblia”,
tema pedido pelo Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus, em
2008, e mencionado na Exortação Apostólica Verbum Domini, de
Bento XVI em 2010. Os trabalhos
da Comissão resultaram num
novo documento com esse título,
o qual, porém, deve ainda ser
aprovado pela Congregação da
Doutrina da Fé, para, então, ser
traduzido e publicado.
Pe. Ney, como membro da Pontifícia Comissão Bíblica, teve a oportunidade
de saudar pessoalmente o Papa Francisco, na audiência por ele concedida
trina da Fé, e sendo constituída não
mais por Cardeais, mas por 20
exegetas de vários países, nomeados diretamente pelo Papa.
Da Comissão agora cessante
faziam parte 3 italianos, 2 franceses, 2 alemães, 2 americanos, 2
espanhois, 1 mexicano, 1 argentino, 1 brasileiro (Pe. Ney), 1
nigeriano, 1 indiano, 1 coreano, 1
polaco, 1 irlandês, e 1 maltês.
A audiência, concedida na
“Sala dos Papas”, no Palácio Apostólico do Vaticano, começou com
uma saudação ao Santo Padre
pelo Arcebispo Gerhard Müller,
atual Prefeito da Congregação
para a Doutrina da Fé. Ele referiuse à maneira como a Comissão
abordou o tema proposto, “Inspiração e Verdade da Bíblia”, sem
deixar de enfrentar alguns dos
mais prementes desafios que encontra a leitura bíblica. Assim, a
questão da verdade histórica e,
também, a da violência de certos
textos.
ESCRITURA E TRADIÇÃO
O discurso do Papa Francisco, breve, como aliás têm sido
assim as suas alocuções, insistiu
na unidade entre a Escritura e a
Tradição. Disse, textualmente:
“Exatamente porque o horizonte
da Palavra Divina se estende para
além da Escritura, é necessária,
para compreendê-la adequadamente, a constante presença do
Espírito Santo, que guia à “plena
Verdade” (cf Jo 16,13).
É preciso colocar-se na corrente da grande Tradição que, sob a
assistência do Espírito Santo e a
orientação do Magistério, reconheceu os escritos canônicos
como Palavra dirigida por Deus ao
seu povo, e jamais cessou de
meditá-los e de neles descobrir
suas inexauríveis riquezas”.
Sua palavra final, diretamente
aos membros da Comissão, referiu-se a Nossa Senhora: Ela, “modelo de docilidade e obediência à
Palavra de Deus, vos ensine a acolher plenamente a riqueza inexaurível da Sagrada Escritura, não só
através da pesquisa intelectual,
mas na oração e em toda a vossa
vida de crentes, sobretudo neste
Ano da Fé. Assim, o vosso trabalho
verdadeiramente contribuirá a fazer brilhar a luz da Sagrada Escritura no coração dos fiéis”.
Guaranis ainda lutam por demarcação de terra indígena
Na semana posterior ao Dia do
A área demarcada compõe
Índio, a comunidade Guarani do 1988 hectares. Parece muito,
Morro dos Cavalos celebrou a Se- mas para manter a cultura indígemana da Cultura Indígena. Foi um na guarani é o mínimo. É dessa
período especial em que toda a co- terra que eles tirarão o seu susmunidade se preparou para receber tento, impactando o menos posos visitantes. Uma semana para ce- sível a natureza.
lebrar, mas o que daria maior motiA Igreja acompanha a situação
vo para comemorações ainda não através do Conselho Indigenista
foi alcançado: a homologação da Missionário – CIMI, órgão ligado à
demarcação da terra indígena.
CNBB. A entidade tem a função de
A luta pelo reconhecimento da ser presença solidária, conhecenárea como sendo indígena é longa. do, convivendo e percebendo a reEm 1972 a FUNAI constitui um Gru- alidade. Também ajudando no copo de Trabalho para identificação e nhecimento do direito e se manidelimitação da Terra Indígena do festando na defesa do direito. “Mas
Morro dos Cavalos. O relatório só tudo isso apenas quando demanfoi concluído em 2000. Depois de dado por eles”, disse Clovis
muitas idas e vindas, o estudo foi Brighenti, que com sua esposa,
concluído, aprovado pela FUNAI e Marina, acompanham a questão
publicado no Diário Oficial da União. indígena guarani na Arquidiocese.
Aí começou parte do problema.
Em 2002, quando a Campanha
A demilimitação da terra indíge- da Fraternidade teve como tema
na foi feita de forma a impactar o “Fraternidade e Povos Indígenas”, e
menos possível a comunidade lo- lema “Por uma terra sem males”, a
cal. Os próprios índios guarani qui- questão ganhou maior repercussão.
seram assim. “Definimos uma área Mas o resultado final continuou com
menor para evitar conflitos com a a mesma morosidade da justiça.
comunidade local e porque
muitas dessas áreas não mais
permitiam o uso, segundo os
nossos costumes e tradições”,
disse Eunice Antunes,
cacica de Morro dos Cavalos.
Segundo ela, no total, 82
casas serão indenizadas. Elas
estão localizadas em Maciambu Pequeno, Araçatuba e
próximas à BR-101. A grande
maioria está consciente e
aceita a indenização. Muitas
dessas casas já são irregulares, pois foram construídas
dentro da área do Parque Florestal da Serra do Tabuleiro.
Ainda assim, o governo vai in- Eunice é a líder indígena Guarani.
denizar as benfeitorias reali- “Tudo está sendo feito para impactar
o menos possível a população local”
zadas na terra.
16
Geral
Maio 2013
Jornal da Arquidiocese
Canção Nova inicia missão em Florianópolis
Equipe vem para criar programação local em retransmissora e atender o que determina a Legislação
Foto JA
Uma tarde de apresentação,
realizada no dia 27 de abril, na
Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, Prainha, marcou o início da missão da Comunidade
Canção Nova em Florianópolis. O
evento contou com a participação
dos quatros membros da comunidade, que apresentaram o propósito da missão.
O objetivo da equipe é montar
uma transmissora local da Canção
Nova e fazer a criação de programas locais para a o Canal 23 UHF,
em TV aberta, que a emissora mantém aqui. A legislação determina
que toda emissora aberta tenha
um mínimo de uma hora e doze
minutos de programação local, sob
pena de perder esse espaço.
A intenção é desenvolver programas de notícias, entrevistas e
entretenimento ao vivo e gravado.
São programas que serão reprisados em outros horários. Para a realização desses serviços, serão contratados profissionais locais: cinegrafistas, iluminadores e repórteres.
Por enquanto há apenas um
espaço locado onde funcionará a
sede da TV, na rua Lauro Linhares,
1080, Trindade, em Florianópolis.
Como são necessários equipamentos especiais para a transmissão e eles são importados, a expectativa é que estejam aqui em
Bispo emérito de Rio do Sul falece aos 87 anos
Os quatro jovens apresentam para um seleto público os objetivos da
abertura da 20ª casa de missão da Canção Nova
quatro meses. Daí será necessário a estruturação. “Espera-se estar operando em novembro deste
ano”, disse Deivid Augusto
Cara, responsável pela missão.
Ele, sua esposa, Marinélia Vieira
Cara, e o filho de três anos, já estão
aqui desde o dia 25 de fevereiro.
Dias depois mais duas jovens se
juntaram ao trabalho, Mariana
Lazarin e Vânia Regina Oliveira, e
mais uma está prevista para os próximos dias, Viviane Elói. Todos com
experiência em comunicação.
Não faz parte da missão, mas
a equipe também está disponível
para assessorar equipes de ora-
ção e eventos da Arquidiocese.
“Estamos disponíveis para poder
somar e evangelizar juntos com a
Igreja local o que for dentro do
nosso carisma”, acrescentou.
Ainda não está no ar, mas em
breve estará operando a missão
local nas mídias sociais: www.
facebook/floripacn; Twitter @floripacn, e o blog http://blog.
cancaonova.com/florianopolis.
Por enquanto os espaços foram
apenas reservados. Quando estiverem equipados, essas mídias sociais passarão a ser utilizadas.
Mais informações pelo e-mail:
[email protected].
Dia Mundial das Comunicações Sociais
A cada ano, no domingo da Ascensão do Senhor, se celebra o Dia
Mundial das Comunicações Sociais.
Neste ano, a data será celebrada
no dia 12 de maio. A Pastoral da
Comunicação realizará uma celebração especial na manhã desse
dia, às 9h, na Catedral, em que todos os comunicadores são convidados a participar.
Neste ano, o tema escolhido é
“Redes sociais: portais de ver-
Falece Dom Tito Buss
dade e de fé; novos espaços
de evangelização”. O documento, redigido pelo Papa Bento XVI e
divulgado em 29 de setembro de
2012, destaca que um dos desafios mais significativos da evangelização nos tempos atuais é aquele
que emerge dos meios digitais.
Ele também enfatiza que, na
verdade, não se trata mais de
como utilizar a internet como um
“meio” de evangelização, “mas de
evangelizar considerando que a
vida do homem de hoje se exprime também no ambiente digital”.
“Os elementos de reflexão são
numerosos e importantes: em um
tempo no qual a tecnologia tende
a tornar-se o tecido que conecta
muitas experiências humanas como as relações e o conhecimento - é necessário questionar-se: ela pode ajudar os homens a encontrar Cristo pela fé?”.
É com pesar que comunicamos o falecimento do Bispo
Emérito de Rio do Sul, Dom Tito
Buss, acontecido às 22h do dia
30 de abril de 2013, no Hospital
Regional de Rio do Sul, após falência múltipla dos órgãos, com
87 anos de idade. O corpo foi velado na Catedral São João Batista
em Rio do Sul e a Missa de Corpo
presente realizada no mesmo dia.
Em seguida, houve o sepultamento na Cripta da Catedral.
Natural de São Ludgero/SC,
Dom Tito nasceu em 01 de setembro de 1925, foi ordenado
padre em 08 de dezembro de
1951. Eleito bispo de Rio do Sul
em 12 de março de 1969, foi o
primeiro bispo da nova diocese.
Recebeu a ordenação episcopal
no dia 3 de agosto de 1969, das
mãos de Dom Afonso Niehues,
sendo concelebrantes Dom
Gregório Warmeling e Dom Wilson Laus Schmidt.
Renunciou em 30 de agosto
de 2000, depois de completar 75
anos de idade. Permaneceu trabalhando na diocese como bispo emérito, atendendo pessoalmente a todas as pessoas que o
procuravam para atendimento
psicológico. Mais que condolências, nossas congratulações à
Diocese de Rio do Sul a quem nos
unimos na ação de graças a Deus
por tão bela vida!
Divulgação/JA
Dom Tito: vida dedicada generosamente à diocese de Rio do Sul
Pastoral da Pessoa Idosa no
Conselho Municipal da Saúde
No dia 12 de abril, a Pastoral
da Pessoa Idosa (PPI) da Arquidiocese foi eleita para ocupar uma das
sete vagas para representantes de
Entidades Populares no Conselho Municipal de Saúde de
Florianópolis. Essa fazia parte de
uma das metas da PPI.
A entidade foi inscrita, como
concorrente, pela Coordenadora Arquidiocesana, Carmen
Souto, e recebeu apoio de outros voluntários da PPI, e de enti-
dades populares. A Pastoral será
representada no Conselho Municipal de Saúde por Leonilda
Delurdes Gonçalves, dedicada voluntária dessa Pastoral
há muitos anos.
“Com esta conquista, a Pastoral se instrumentaliza para melhor alcançar seus objetivos:
acompanhar idosos fragilizados,
aproximando-os das políticas
públicas a que têm direito”, disse Carmen.
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Edição 189, Ano XVII - Arquidiocese de Florianópolis/SC