que não ama o seu irmão a quem vê
Como todos os anos, neste mês de
Outubro – início de um novo ano lectivo –
estamos sempre cheios de projectos, sonhos e
propósitos; querendo talvez organizar a nossa
vida e preenchê-la de actividades.
Acabo de ler a mensagem do Papa pela
Jornada Mundial das Missões 2006. O lema:
“A Caridade, alma da missão” faz-me recordar
muito Santo António Maria Claret em tudo o
que ele viveu e escreveu sobre a caridade
como base de todo o apostolado. “A Caridade
de Cristo me impele”.
E, a partir destas perspectivas, abre-se
um leque de possibilidades. Tanto a Igreja
como Santo António Maria Claret dão-nos a
chave para este novo ano: “O que é
verdadeiramente importante é o amor que
vamos colocar em cada um dos nossos actos”.
Toda a missão que não se fundamente
na caridade e no amor vê-se reduzida a uma
acção humanitária e social. Esta tem o seu
valor, mas nós, como cristãos, devemos
impregná-la de Amor de Deus e convertê-la
num acto de promoção humana mas também
em anúncio do Evangelho.
Amor e missão são um compromisso
que não podemos confundir e no qual temos
de implicar-nos na nossa acção quotidiana.
O “trabalho” com amor só pode brotar
de um encontro profundo com o Deus-Amor.
Ele é a “fonte de água viva” da qual brota o
nosso amor Fraterno ao próximo.
Por tudo isto, quando penso em como me vou
organizar neste novo ano, não me posso limitar a uma
série de propósitos baseados na vontade e no “querer
fazer”.
Como diria Santo António Maria Claret:
“Não há meios mais eficazes
para alcançar o Amor
que amar e pedir amor”
(Manuscritos Claretianos II, 248-250)
Débora
“I Jo 3, 16; 4,19-21”
Foi com isto que ficámos a
conhecer o amor Ele Jesus deu a sua
vida por nós assim também nós devemos
dar a vida pelos nossos irmãos
Nós amamos porque Ele nos
amou primeiro Se alguém disser «Eu
amo a Deus» mas tiver ódio ao seu
irmão esse é um mentiroso pois aquele
não pode amar a Deus a quem não
vê E nós recebemos dele este
mandamento quem ama a Deus
ame também o seu irmão
Amigos para a celebração da festividade de Santo
António Maria Claret, dia 22-10-2006, em S.
Mamede Infesta.
Folha nº 26
Outubro 2006
Programa:
14h30 – Acolhimento
15h00 – Apresentação de algumas facetas da Vida
de SAMC.
Eucaristia
Lanche Convívio
Contamos com a sua presença.
P. F. Confirmar:229013253
Queridos
amig@s:
É para nós uma grande
alegria poder reencontrar
com cada um de vós através
destas linhas da folha de
amigos.
Queremos
que
continue a ser um espaço de
encontro e comunicação,
dando lugar às diferentes
mensagens que a Igreja nos
propõe e continuar a ser
“voz” das experiências e
mensagens
de
Santo
António Maria Claret.
A mensagem inicial desta folha resume o
conteúdo de toda ela.
“O AMOR QUE COLOCAMOS NOS NOSSOS
ACTOS É O QUE LHES DÁ UM VALOR DIFERENTE,
QUAISQUER QUE SEJAM AS TAREFAS EM QUE
NOS OCUPEMOS”
Com este desejo de impregnar toda a nossa
realidade do Amor de Deus, convidamos todos os
Deus, a Jesus Cristo, a Maria Santíssima e ao
próximo. Se não tem esse amor todos os seus
belos dotes serão inúteis; mas, se tem grande
amor com os dons naturais tem tudo.
Aqui se reflecte a personalidade
apostólica, apaixonada, e ardente de Santo
António Maria Claret, que definia o
missionário como “um homem que arde em
caridade e abrasa por onde passa” e nos seus
escritos convida-nos a fazer deste amor a fonte
de todo o apostolado: “Vós sois missionários,
deveis ser enviados, empurrados, deveis dizer
“Charitas Christis urget nos” (A caridade de
Cristo nos impele)
(Manuscritos Claretianos, X, 43)
A CARIDADE, ALMA DA MISSÃO
Vários são os símbolos que ele utiliza
para ilustrar estas ideias.
Na Folha de Amigos do passado mês de
Outubro Missionário, centrávamo-nos na vivência
da Eucaristia em Santo António Maria Claret como
motor da sua missão apostólica, continuando o que
a Igreja nos propunha com o lema do Domund 2005
“Pão partido para o mundo”.
De novo, o lema deste ano nos ilumina para
continuar a partilhar a nossa espiritualidade
centrando-nos na Caridade como alma da missão.
“O fogo da caridade faz o mesmo que o fogo
material no motor do comboio e na máquina
de um barco a vapor que arrasta tudo com a
maior facilidade. De que servirá todo aquele
aparato se não houver fogo nem vapor? De
nada servirá.” (Autb 441)
Tanto a experiência como os escritos de
Santo António Maria Claret sobre esta dimensão
são muito ricos e fundamentais para todos os Filhos
e Filhas do Coração de Maria. Vamo-nos basear
neles para a nossa reflexão.
No n.º 438 da sua Autobiografia diz-nos: “A
virtude mais necessária é o Amor. Sim, digo-o e dilo-ei mil vezes: a virtude que um missionário
apostólico mais precisa é o amor. Deve amar a
“Para o que prega a divina palavra, o amor é
como o fogo em um fuzil. Se um homem atirar
uma bala com a mão, pouco estrago faz, mas,
se essa mesma bala for arremessada com o
fogo da pólvora, mata.”. (Autb 439)
O que nos quer salientar nestas
comparações é que é o Amor o motor que háde impulsionar toda a nossa missão, como
assim foi na sua vida. A caridade é a alma, o
motor poderoso de todas as suas acções.
Tudo isso configurou a sua vida e a sua
vocação:
“Convencidíssimo, pois, da utilidade e
necessidade do amor para ser um bom
missionário, tentei buscar esse tesouro
escondido, ainda que fosse preciso vender tudo
para fazer-me como ele. (Autb 442)
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Folha de Amigos nº26