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Cascavel, 23 de julho de 2011
TERRORISTA
ATAQUE DE ATIRADOR DEIXOU VÁRIOS MORTOS E FERIDOS
Cidades da Noruega
são alvos de atentado
REUTERS
O
chefe da polícia da Noruega,
Anstein Gjengdal, anunciou
ontem o envio de forças antiterroristas para um acampamento
da juventude após informações de
que tiros foram disparados no local durante um encontro do governista Partido Trabalhista perto da
capital da Noruega, Oslo.
De acordo com a agência pública de notícias da Noruega NRK,
cinco pessoas ficaram feridas.
Segundo a polícia, o ataque deixou vários mortos e dois gravemente feridos. A ação do atirador,
que usou uma arma automática,
ocorreu após a explosão de ao
menos uma bomba no centro da
capital. De acordo com a NRK, a
polícia já detém o controle do local e uma pessoa foi presa.
O site de notícias VG relatou que
um homem vestido de policial abriu
fogo indiscriminadamente no acampamento localizado em Utoya, ilha
perto de Oslo. De acordo com aAFP,
o primeiro-ministro norueguês, Jens
Stoltenberg, preparava-se para comparecer a um comício da ala juvenil
de seu partido quando o atirador lançou o ataque. À NRK, Stoltenberg
afirmou que há “uma situação crítica em Utoya”.
O premiê faria um discurso no
local hoje, onde estavam reunidas
560 pessoas. Já o ex-primeiro-ministro Gro Harlem Brundtland participaria do encontro ontem.
Segundo a NRK, um grupo desconhecido chamado deAjudantes da
SUPERLOTADO
Ônibus pega fogo e mata 41
Vários jovens do acampamento morreram e outros ficaram gravemente feridos
Jihad (Guerra Santa) Global divulgou
uma mensagem afirmando que esse
é apenas o início da reação à publicação, por jornais noruegueses, das
charges de Maomé. Apesar da declaração desse grupo desconhecido, as autoridades ainda não sabem
quem lançou os ataques.
EXPLOSÕES
A grande explosão no centro
de Oslo atingiu o quartel-general
do governo, deixando ao menos
sete mortos, segundo uma fonte
policial citada pela Reuters. O
porta-voz da polícia Oeivind Oestang confirmou que a explosão
foi causada por uma bomba.
Segundo a Reuters, o ataque no
centro de Oslo destruiu a maioria das
janelas do prédio de 17 andares que
abriga o escritório do primeiro-ministro e há focos de incêndio no local.
O premiê, porém, não foi atingido e
está bem, de acordo com a agência
de notícias norueguesa NTB. Stoltenberg, que não estava no prédio
no momento do ataque, disse que
ainda é muito cedo para dizer que a
ação em Oslo foi um ataque terrorista. Ele também afirmou que os
ministros da coalizão de governo
parecem estar bem.
O incêndio de um ônibus
que transportava mais pessoas que o permitido vitimou 41
pessoas, deixando outras seis
feridas, na província chinesa
de Henan, informou ontem a
agência oficial Xinhua.
O veículo, que apesar de
dispor de apenas 35 assentos
transportava 47 viajantes, pegou fogo durante a madrugada na estrada Pequim-Zhuhai,
à altura da cidade de Xinyang.
Seis ocupantes do ônibus, incluindo o motorista, foram resgatados com vida em meio às
chamas e levados a um hospital local, onde permanecem
internados.
Os corpos carbonizados
resgatados do interior do ônibus ficaram irreconhecíveis,
pelo que só poderão ser identificados através de exames de
DNA, disse um oficial de polícia citado pela agência Xinhua.
AFP
AVISO DE COMPARECIMENTO
Sr. Jander Jeferson dos Santos, favor comparecer à Globoaves
São Paulo Agroavícola Ltda, no prazo de 48 horas para assuntos
de seu interesse. Rod. Br 467, km 03, s/nº - Bairro: Jardim Alvorada - Fone (45) 3218-2000.
Ônibus com 47 pessoas pegou fogo na estrada Pequim-Zhuhai
SOMÁLIA
Rebeldes negam fome e mantêm veto à ajuda
REUTERS
Rebeldes islâmicos do grupo Al-Shabab, ligado à Al-Qaeda,
negaram ontem a existência de
uma crise de fome na Somália,
denunciada pela ONU (Organização das Nações Unidas) na terça-feira. O porta-voz do grupo, Ali
Mohamud Rage, também afirmou
que está mantido o veto à entrega de ajuda humanitária internacional às regiões controladas
pelo grupo, no sul do país.
O próprio porta-voz havia anunciado no início do mês que as agências humanitárias muçulmanas
voltariam a ter permissão para entrar na Somália se não tivessem
“segundas intenções”. No entanto, ontem ele voltou atrás. “As
agências que banimos continuam
banidas. Elas estão envolvidas em
atividades políticas”, disse.
Rage afirmou que a ONU fez
“propaganda” ao declarar crise
de fome nas regiões de Bakool
e Baixa Shabelle, ambas no sul
da Somália. “Há uma grande
seca na Somália, mas não há
fome. O que a ONU diz é 100%
falso”, disse.
A ONU afirmou que por enquanto suas operações humanitárias na Somália continuam.
Após as declarações de Rage, a
porta-voz do PMA (Programa
Mundial de Alimentos) da organização, Emilia Casella, afirmou
que o Al-Shabab não tem controle uniforme do país. “Não existe um comando único”, disse.
Casella declarou que o PMA
aplica seus planos de distribuição de ajuda quando recebe garantias tanto de segurança para
seu pessoal, quanto de que os
mantimentos chegarão a quem
mais necessita. “A situação é
desesperadora. Trata-se de uma
missão para salvar vidas, portanto
somos obrigados a executá-la”,
afirmou Casella em entrevista
coletiva concedida em Genebra.
CRIANÇAS
Também ontem, o diretor regional do Unicef (Fundo das Nações
Unidas para a Infância) para o leste e o sul da África, Elhadj As Sy,
afirmou que o órgão também continua com suas atividades.
“Ainda em situações de acesso limitado, encontramos maneiras de negociar com líderes comunitários e chefes tribais. Por
enquanto não temos indicações
de que isso tenha mudado”, relatou o representante do Unicef.
O Unicef afirmou que 780 mil
crianças correm o risco de morrer se não receberem ajuda imediata. “Estamos falando apenas
da Somália”, afirmou a porta-voz
do Unicef em Genebra, Marixie
Mercado, que acrescentou que
o número total de crianças em
Mulher somali chora após seu filho
morrer em hospital de Mogadíscio
situação de “desnutrição severa”
na Somália, Quênia e Etiópia é
de 2,3 milhões neste momento.
O dado supera o divulgado na
terça-feira pelo Alto Comissariado
das Nações Unidas para os Refugiados, que afirmou que 500 mil
crianças enfrentam “um iminente
risco de morte” na Somália.
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Jornal Hoje - 11 - Internacional