A8
Paraíba
Terça-feira, 02 de junho de 2015
Economia
Dólar fecha a R$ 3,1743
Após começar os negócios acima de R$ 3,20, chegando a R$
3,21, o dólar passou a operar com instabilidadee fechou em
queda. Investidores digerem a sinalização de que o BC deve
diminuir seu programa de interferência no câmbio. A moeda
norte-americana caiu 0,41%, a R$ 3,1743.
MOEDAS
DÓLAR
Paralelo......................
Câmbio Livre BC..........
Câmbio Livre Mercado.
Turismo.......................
(*) Cotação do Banco Central
Compra
R$
3,04
Venda
BOLSAS
Variação do Câmbio Livre Mercado
3,39 *
No dia................................
3,1783 3,1789 **
Variação do Câmbio Livre BC
EURO........................... R$
3,4695
BOVESPA (Ibovespa)
Cotação.............. R$
122
Aniversário...................
02/06
Variação...................... 0,0820%
Rendimento.................
0,6513
0%
FRANCO (Suíça)............ R$
IENE (Japão)................ R$
3,3579
Variação..................................
0,51%
NASDAQ (Nova York)......................
0,25
0,0255
Pontos..................................... 53.031
FINANCIAL 100 (Londres).................
0,44%
R$
3,172
3,174 *
No dia................................ -0,565%
LIBRA (Inglaterra).....
R$
4,8287
Volume financeiro........... R$ 5,315 bi
NIKKEI 225 (Tóquio)........................
0,03%
R$
3,090
3,270
Dif. livre mercado/paralelo. 6,81%
PESO (Argentina).......... R$
0,3534
DOW JONES (Nova York)..........
0,16%
MERVAL (Buenos Aires)....................
0,39%
R$
(**) Cotação média do mercado
poupança
OURO
(***) Cotação do Banco do Brasil
índices de inflação
IPCA/IBGE.....
INPC/IBGE.....
IPC/FIPE........
Abril 0,71%
Abril 0,71%
Abril 1,10%
IGP-M/FGV......
IGP-DI/FGV.....
UFR-PB............
Maio 0,41%
Abril 0,92%
Abril R$ 39,00
Nordeste é a China brasileira
Presidente da Apex Brasil diz que região destaca crescimento e capacidade intelectual e tecnológica
Celina Modesto
O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil),
David Barioni, afirmou que
o Nordeste é a China brasileira. Dessa forma, ele tentou mostrar a importância
da região para a economia
nacional e apontou os motivos para fazer tal comparação entre o Nordeste ao
gigante asiático.
“O Nordeste cresce
a números impressionantes e a capacidade
intelectual da região nas
Universidades Federais e
tecnologia é espetacular.
O Nordeste tem pessoas,
espaço e mercado, então,
é uma área importantíssima para nós”, avaliou.
Assim, o presidente
da agência afirmou que as
áreas mais importantes a
serem desenvolvidas na
região são Óleo e gás, Economia criativa, Energia
alternativa, Tecnologia e
Agricultura. “Além disso, o
Nordeste está perto da Europa e dos Estados Unidos
da América (EUA), tendo
uma vantagem logística
espetacular. Então, o custo logístico do Nordeste é
uma vantagem competitiva”, salientou Barioni.
Com nove escritórios
ao redor do mundo (Pequim, São Francisco, Miami, Colômbia, Rússia,
Angola, Dubai, Havana e
Bruxelas), a Apex está se
fortalecendo.
“São 16 milhões de
empresas no Brasil, contando com o setor de serviços,
e apenas 20 mil empresas
exportam. Nós precisamos
aumentar a base de atendimento para ter maior
efetividade na balança de
exportação.
Precisamos
atingir muito mais empresas e mudar um pouco essa
composição para produtos
manufaturados, com valor
agregado. Vamos fazer um
Road Show pelo País para
que mais empresas nos conheçam”, explicou o presidente da agência.
Entretanto, as datas da ida da Apex Brasil
a cada estado brasileiro
ainda estão em fase de
definição.
O presidente da
Apex Brasil, em entrevista a jornalistas do Nordeste, aproveitou para
explicar um pouco sobre
as funções da agência e a
contribuição para as empresas de qualquer porte
que estão lotadas em território nacional.
“Funcionamos
de
três maneiras: a primeira é a capacitação das
empresas. Uma empresa
está num determinado
tamanho e deseja exportar. Então, ela procura a
Apex, que vai capacitála a exportar. Depois de
oito meses ou um ano,
as empresas já estão capacitadas tecnicamente
a exportar e entra a segunda fase, que é colocar
as empresas nos eventos
que ocorrem durante o
ano”, explicou Barioni.
Acompanhamento
Durante a participação dos eventos, a Apex
acompanha a empresa.
“Nós estaremos lá fazendo
o auxílio para tudo o que
for necessário. Num terceiro momento, quando a
empresa já está forte no
DIVULGAÇÃO
Presidente da Apex, David Barioni destaca a importância do Nordeste para a economia
mercado internacional, é
natural que queira se internacionalizar, ou seja,
ter uma filial ou escritório
em outro País ou unidade
de produção. Nós também
ajudamos nisso e, a partir
daí, a empresa já segue
com seus próprios passos”, esclareceu Barioni.
Coco do Vale exporta desde 2011
A Coco do Vale, que
produz água de coco
pura e também sucos de
frutas, embaladas em Tetra Pak e com validade
de 12 meses, vende tanto
para o mercado interno
quanto o externo, tendo
iniciado as exportações
em 2011. A fábrica fica
no município de Lucena,
litoral norte do Estado.
Segundo o diretor de Comércio Exterior da Coco
do Vale, Luiz Carlos Barboza, a água de coco da
Coco do Vale é exportada
para países como Canadá, Japão, Reino Unido e
Alemanha.
“O maior mercado
consumidor de nossa
água de coco são os Esta-
dos Unidos, que são um
grande mercado, embora
muito competitivo, pois
todos os nossos competidores, tanto no Brasil
como no exterior, estão
buscando o consumidor
norte-americano. É um
desafio se manter competitivo num mercado tão
disputado.
Precisamos
manter todos os colaboradores treinados, motivados e comprometidos com
a qualidade dos produtos, com a produtividade
da empresa e, sobretudo,
com o nível de serviços ao
cliente em termos logísticos”, avaliou.
Atualmente, a Coco
do Vale exporta 50% do
volume de água de coco
produzido e as exportações representam de
25% a 30% das vendas
da empresa. “A moeda
norte-americana tem se
valorizado em relação ao
real, mas também em relação a outras moedas no
mundo inteiro. Nossos
concorrentes também são
beneficiados, acirrando
a competição. Os clientes acompanham essas
variações cambiais e obviamente negociam buscando menores preços”,
analisou Barboza.
Os produtos são exportados pelo Porto de
Suape, em Pernamuco.
“Ele é hoje nossa opção
mais econômica, pois
os custos de transporte
Chineses desafiam a crise e
ampliam investimento no País
Raniery Soares
Na contramão da
onda da crise que tem
assolado o país, os investidores chineses que há
quase dez anos escolheram o Polo Industrial de
Manaus (PIM) para instalarem os seus ramos
de atividade, garantem
que não foram afetados
por este fenômeno. Quem
afirma este panorama é
o diretor de logística da
montadora da Traxx, localizada na região Norte
do país, Fernando Zhang.
“Aqui [no Brasil] nós
vemos as pessoas falando muito nessa crise,
mas confesso que ela não
nos atingiu. O que temos
programado é uma maior
leva de investimentos, inclusive tentando ampliar
a nossa produção diária
de motocicletas. Às vezes
as pessoas não sabem ver
que é na crise, que surgem
as oportunidades para as
boas ideias”, afirmou.
Atuando no mercado
de motocicletas, a marca
importa peças da China,
para que os produtos sejam montados no Brasil.
Segundo Fernando, o planejamento para este ano
prioriza um incremento na
produção correspondente
a 25%, além da construção de uma nova fábrica
na capital do Amazonas,
programada para ser finalizada no próximo ano.
“O nosso intuito é
investir cerca de R$ 72
milhões no nosso parque
industrial até dezembro.
Temos um terreno muito
grande por trás do prédio
em que estamos instalados
hoje e estamos pensando
em fazer essa ampliação,
construindo três andares
neste espaço, para tirarmos alguns serviços da
China e trazermos para o
Brasil, gerando mais emprego e renda para o povo
de Manaus”, disse.
Com 120 trabalhadores em diversas linhas
de produção, a Traxx hoje
consegue montar nove modelos de motocicletas em
Manaus. A maior quantidade de peças é importada da China, mas cerca de
30 itens são comprados de
empresas amazonenses.
Fernando Zhang ainda explicou que com 120 concessionárias espalhadas
pelo país, a ideia é chegar
a 180 em três anos.
“O nosso carro-chefe
ainda é a cinquentinha
[motos de 50 cilindradas],
onde temos o Nordeste
como o nosso maior mercado, chegando a 44%
dos nossos investimentos. A região é seguida
pelo Sudeste, com 26% e
o Norte com 15%.”
interno se elevam muito quando comparamos
com os custos de embarque por Pecém, no
Ceará, ou Salvador, na
Bahia. Nestes portos,
a frequência de navios
ainda é muito baixa se
consideramos
demandas logísticas como a
nossa e os custos portuários ainda são muito
altos comparados aos
dos nossos concorrentes na Ásia. Nossa melhor opção seria exportar
pelo Porto de Cabedelo,
na Paraíba. Sabemos do
esforço das autoridades
paraibanas para trazer
linhas constantes e com
boa frequência para o
porto”, salientou.
Participação de cooperativas
A exportação não é
uma opção apenas para
médias e grandes empresas, mas também para
as micros e, inclusive
cooperativas. Basta desenvolver um produto de
qualidade, com potencial
competitivo e que, de alguma forma, mostre inovação. Tal inovação pode
ser a sustentabilidade,
como é o caso da Coopnatural, sediada em
Campina Grande.
Segundo a líder
da cooperativa, Maysa
Gadelha, a Apex Brasil
ajudou em todo o processo, desde a criação
da entidade até a fase
da exportação e consolidação junto ao mercado internacional.
A cooperativa trabalha com produtos de
algodão colorido feitos
totalmente dentro da
Paraíba,
certificados
pelo IBD como orgânicos e com o selo de Indicação Geográfica, que
qualifica o produto com
Algodão Colorido da
Paraíba.
“Produzimos
roupas masculinas, femininas, infantis e de
bebê, brinquedos e decoração”, contou Maysa.
Ela afirmou que a cooperativa “nasceu” pelas
mãos da Apex em 2000.
“Já éramos um consórcio de exportação, o
primeiro do setor têxtil
e do Nordeste e sempre
achamos que este produto era para exportação. A Apex Brasil nos
capacitou, abriu mercado, nos colocou em
feiras, pegou em nossas
mãos e nos conduziu
pelo mundo da exportação. Exportamos desde
2001 para países como
Itália, Suíça, Alemanha,
Espanha, Japão e Estados Unidos”, relatou.
Antes da crise européia, a exportação representava 60% do faturamento da cooperativa.
Atualmente, o número
caiu para 10%. “A exportação é uma venda normal, é mais um cliente e
hoje com o mesmo grau
de exigência. O mundo é
o nosso mercado”.
por aumento de salários
Trabalhador da construção
civil entra em greve em JP
Celina Modesto
Trabalhadores da
construção civil deflagraram ontem greve em
João Pessoa. Segundo
estimativa do Sindicato dos trabalhadores
da Construção Civil de
João Pessoa e Região
(Sintricom-JP),
cerca
de 1.500 trabalhadores
da categoria paralisaram as atividades. Entre as reivindicações,
estão reajuste salarial
acima do oferecido pelo
sindicato patronal e
melhoria na alimentação e transporte dos
trabalhadores.
De acordo com
o vice-presidente do
Sintricom-JP, Edmilson Souza, foi oferecido aos trabalhadores
um reajuste salarial
de 6,22%. “Queremos
que o reajuste contemple o crescimento
do período de 2014.
A proposta inicial
não foi satisfatória e
ficaríamos com um
piso bem abaixo do
que foi fechado. Em
Sousa, Patos e Campina Grande, a construção civil teve reajuste de mais de 8%”,
salientou.
Por isso, ele afirmou que um percentual de reajuste salarial
compatível com o crescimento do setor no
ano passado seria na
base dos 10%. “Queremos também ser melhor atendidos em relação ao item da cesta
básica e do transporte.
Faremos
assembléia
hoje para avaliar o movimento”, afirmou Edmilson Souza.
Demitindo
Segundo o presidente do Sindicato da
Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon), Fábio
Sinval, a adesão dos
trabalhadores ao movimento grevista seria baixa. “Eles estão
vendo que esse é um
momento difícil para o
segmento e não dá para
fazer grandes reivindicações. Está havendo
uma desaceleração no
segmento, com muitas
demissões, então, essa
não é a melhor hora
para fazer greve no setor”, afirmou.
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