VITÓRIA, ES, SÁBADO, 29 DE OUTUBRO DE 2011 ATRIBUNA
Economia
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ISABELA LAMEGO E-MAIL: [email protected]
EMPREGOS
Multinacional vai contratar 1.200
EDISON CHOUEST
Vagas são para a base
de apoio logístico a
embarcações, uma
espécie de “pit stop”
para navios que dão
suporte a plataformas
Beatriz Seixas
Maraiza Silva
cadeia de petróleo e gás tem
sido uma das principais responsáveis pela criação de
empregos no Estado. E mais um
projeto ligado ao setor vai abrir
oportunidades no Espírito Santo.
Trata-se da base de apoio logístico a embarcações offshore (que
atuam em alto-mar, como plataformas) que será construída pela empresa americana Edison Chouest,
em Itapemirim, Sul capixaba.
O novo negócio vai criar 1.200
empregos diretos na operação,
além de outros 3.600 indiretos.
As informações foram anunciadas na tarde de ontem, pela diretoria da multinacional, durante reunião com o governador Renato Casagrande, no Palácio Anchieta.
Na ocasião, o diretor da empresa
Ricardo Chagas afirmou que a expectativa é de que as obras tenham
início em março e que a operação
comece em dezembro de 2012.
Chagas ponderou que a confirmação das datas vai depender da liberação das licenças ambientais: “Já
começamos a elaborar o estudo de
impacto ambiental (EIA/RIMA).
Acreditamos que até o final deste
ano vamos entregá-lo ao Iema.”
O diretor da empresa americana
afirmou que entre os profissionais
que serão demandados para atuar
na base de apoio estão: engenheiros navais, eletricistas e mecânicos; técnicos em Logística e Instrumentação; operadores de máquinas e cargas; e guindasteiros.
Com tecnologia de ponta e processos inovadores, a base vai ter capacidade para abastecer 32 embarcações por dia, com água, alimentos, combustível e outros materiais.
A base vai ter uma área coberta
com sete splits — espécie de garagem para suprir as embarcações.
O secretário de Estado do Desenvolvimento, Márcio Félix,
comparou a base a um “pit-sop” de
Fórmula 1: “Em um só lugar, a embarcação vai ser abastecida e sairá
pronta para atender plataformas.”
O deputado estadual Theodorico Ferraço, que também esteve
presente no encontro, afirmou que
o empreendimento vai ser instalado em uma área de 800 mil m2.
Segundo ele, nos próximos
dias a Edison Chouest vai fechar
o contrato de compra do terreno
com um grupo mineiro: “A negociação do imóvel está na ordem
de R$ 22 milhões.”
No próximo dia 17, será realizada
uma consulta pública em Itapemirim para o Termo de Referência. Essa é uma das etapas necessárias para
a construção do empreendimento.
PERSPECTIVA
da base de
apoio logístico a
embarcações
offshore (que
atuam em
alto-mar, como
plataformas)
que vai ser
instalada na
Praia da
Gamboa, em
Itapemirim, no
Sul do Estado
A
RAIO X DO EMPREENDIMENTO
A empresa
> A EMPRESA americana Edison
Chouest vai construir em Itapemirim, na região Sul do Espírito Santo,
uma base de apoio logístico para
atender a embarcações que atuam
no setor de petróleo e gás.
Investimento
> O EMPREENDIMENTO vai ser insta-
lar em uma área de 800 mil metros
quadrados na região de Praia da
Gamboa. Segundo o deputado estadual Theodorico Ferraço, o contrato
será fechado nos próximos dias.
> O TERRENO é de um grupo mineiro
que está negociando o imóvel pelo
valor de R$ 22 milhões.
Empregos
> A PREVISÃO é que sejam criados
1.200 empregos diretos para opera-
ção e outros 3.600 indiretos. A previsão é que as contratações tenham
início em meados de 2012.
> S E G U N D O o diretor da Edison
Chouest, Ricardo Chagas, todos os
profissionais contratados passarão
por treinamento.
> A EMPRESA não divulgou o número
de vagas que serão abertas na construção do empreendimento.
início em março de 2012.
> A BASE de apoio logístico vai ter ca-
cenças ambientais.
> A EXPECTATIVA é de que a operação
tenha início em dezembro do ano que
vem.
pacidade de atender 32 embarcações por dia.
> O INVESTIMENTO é da ordem de US$
200 milhões (R$ 336,8 milhões).
ROMERO MENDONÇA/SECOM
Demanda
REUNIÃO com
Casagrande e
representantes
do governo do
Estado e da
Edison Chouest,
na qual o
empreendimento
em Itapemirim
foi oficialmente
anunciado
> VÃO SER DEMANDADOS profissio-
nais como: engenheiros navais, eletricistas e mecânicos; técnicos em
Eletrônica, Mecânica, Logística, Robótica e Instrumentação ; operadores de máquinas, operadores de cargas, guindasteiros, entre outros.
Operação
> A PREVISÃO é que as obras tenham
Falar inglês é fundamental
Com o grande número de oportunidades que vai ser aberto por
empresas do segmento de petróleo
e gás no Espírito Santo, é preciso se
preparar para disputar emprego.
Especialistas em recrutamento e
seleção do Estado dão as dicas para
se dar bem e garantir uma vaga.
Segundo o consultor de Recur-
Base
> A DATA EXATA vai depender das li-
sos Humanos e diretor da Acroy
RH, Elias Gomes, o domínio da
Língua Inglesa é imprescindível.
“Falar Inglês é muito importante para quem deseja entrar em
uma empresa multinacional. Além
disso, não cabe o ‘jeitinho brasileiro’. O candidato deve ter parâmetros e se adequar às exigências inFERNANDO RIBEIRO — 18/04/2011
ELIAS GOMES
disse que o
candidato deve
ter parâmetros
e se adequar
às exigências
internacionais
ternacionais”, apontou.
Para a presidente da Associação
Brasileira de Recursos Humanos
(ABRH), Angela Abdo, o alto gerenciamento da carreira e a flexibilidade são fundamentais.
“O candidato deve ter comportamentos voltados para a obtenção de
bons resultados, investir na própria
carreira e ter disponibilidade para
mudar de cidade, país ou de cargo.
A abertura para diversas tarefas
também é importante”, avaliou.
Já para a equipe de consultoria
em Recursos Humanos da Psico
Store, o candidato à vaga “deve ter
habilidade para trabalhar em equipe, ter facilidade para se relacionar
com os colegas, líderes e liderados
e capacidade de agir rápido e com
inteligência. É fundamental ter
experiência e expertise, considerando os valores éticos e a cultura
da empresa”.
ANÁLISE
Raphaela Figueira,
psicóloga da Psico Store
recrutamento e seleção
“Profissional tem
de se adaptar”
O processo de seleção das
grandes empresas é focado nas
competências voltadas para a
valorização dos negócios.
Destaca-se aquele profissional que consegue se adaptar e
entender as estratégias da empresa, sendo capaz de se autogerir e de superar grandes desafios que venha enfrentar.
As empresas tendem a não
contratar somente pela formação ou experiência, e sim pela
atitude e identificação das competências.
Nas atividades é possível desenvolver os colaboradores.
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