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Artigo
TWITTER: MICROBLOG E REDE SOCIAL
TWITTER: MICROBLOG AND SOCIAL NETWORK
Missila Loures Cardozo
Coordenadora do Núcleo de Comunicação Digital; cocoordenadora da AG!
– Agência Experimental de Publicidade da Universidade Municipal de São Caetano do Sul
– USCS e responsável pela AG! Digital (braço digital da AG!);
mestre em Comunicação Social, especialista em Propaganda Digital e bacharel em Publicidade e
Propaganda, pela Universidade Metodista de São Paulo – Umesp;
docente do curso de Comunicação da USCS;. coordenadora e docente do curso de Comunicação
Social das Faculdades Integradas Coração de Jesus – Fainc; consultora em Comunicação e
diretorade arte freelancer. E-mail para correspondência: [email protected]
Resumo
Trata-se de uma pesquisa exploratória sobre o Twitter, um tipo rede social na Internet em
formato de microblog. A questão central foi compreender a popularização do serviço, sobretudo no Brasil, e como este pode ser utilizado como ferramenta de comunicação pessoal
ou, mesmo, corporativa. Este estudo preliminar foi desenvolvido por meio de pesquisa
documental sobre redes sociais na Internet e pesquisa exploratória, com base em artigos
publicados sobre o Twitter. A principal constatação é que a utilização das redes sociais
como o Twitter para difusão de informações, sejam pessoais, sejam corporativas, utilizandose de perfis reais e institucionais em sua divulgação, gera maior credibilidade das ações
desenvolvidas, bem como estas são mais rápidas e podem ser acessadas via browser ou
aplicativos que rodam em outros gadgets, como celulares ou smartphones.
Palavras-chave: Internet, Web 2.0, redes sociais, propaganda, Twitter.
Abstract
This is an exploratory research on the Twitter, a type of social network on the Internet in
format of microblog. The central question was to understand the popularity of the service,
over all in Brazil, and how this can be used as tool of personal or even corporate
communication. This preliminary study was developed through documentary research on
social network sites and exploratory research, on the basis of articles published on the
Twitter. The main finding is that the use of the social networks as the Twitter to disseminate
information, personal or corporate, using of real and institutional profiles in its disclosure,
generate greater credibility of the developed actions, as well as they are faster and can be
accessed via browser or applications that run on others gadgets as cellular or smartphones.
Keywords: Internet, web 2.0, social networks, advertising, Twitter.
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1. INTRODUÇÃO
A Internet, a cada dia, prova que é um meio em franca mutação, e que esta
acelerada mudança reflete a postura e os anseios de seus usuários. Tentar definir
os rumos ou o futuro da Internet é a busca por entender o que o internauta deseja
da rede e como ele se relaciona com ela. A velocidade com que a tecnologia avança nos dias atuais leva a uma reflexão de como o homem se relaciona com esta
tecnologia e como esta vem modificando – e ainda modificará em muito – as relações humanas. No passado, acreditava-se que a tecnologia poderia facilitar a vida
nos grandes centros urbanos e que o homem teria no futuro mais tempo para o
lazer. Muitos ainda acreditam que a tecnologia ainda trará este benefício.
Ao se analisarem estas perspectivas, pode-se dizer que o homem busca, por
intermédio da tecnologia, criar a sensação de bem-estar, como forma de esquecer
que tem menos tempo e que a própria tecnologia é um dos responsáveis por esta
perda. Outra grande incógnita está em estabelecer se a tecnologia será um agregador
ou um desagregador social, já que os avanços permitem cada vez mais que as
pessoas trabalhem isoladas em seus micros, conectadas ao vasto ciberespaço.
Pode-se caracterizar a Internet como uma mídia completamente diferenciada
das mídias tradicionais, pois possibilita a interação do receptor, em níveis jamais
pensados em outros meios. Esta interação possibilita ao indivíduo a escolha de que
informação pretende acessar e qual o aprofundamento que deseja ter nesta mesma
informação. É a seleção e a vastidão de informações que tendem a tornar a Internet
um meio de democratização da informação em âmbito global. Entretanto, neste
veículo de comunicação poderoso, é o consumidor que vai até a empresa na busca
de informações, mostrando interesse e envolvimento. A Web proporciona à empresa acesso a pessoas que já estão predispostas a saber mais sobre seu produto. A
mensagem não está sendo imposta aleatoriamente ao cliente, como nas mídias
tradicionais – ele mesmo a está buscando, segundo Bender (apud O’CONNOR, 2001).
A consolidação e o crescimento exponencial da Internet nos últimos anos, tanto no
Brasil como no mundo, criaram as condições técnicas e socioculturais para a ampliação das práticas comunicativas, nas quais a participação dos usuários é cada vez
mais intensa.
2. WEB 2.0
O termo Web 2.0 foi cunhado pela empresa americana O’Reilly Media, em
2003, para designar uma segunda geração de comunidades e serviços baseados na
plataforma Web, como wikis, aplicações baseadas em redes sociais, como nome
de uma série de conferências sobre o tema, popularizando-se rapidamente a partir
de então. Foi a constatação de que as empresas que conseguiram se manter ao
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longo da crise da Internet possuíam características comuns entre si, o que criou
uma série de conceitos agrupados que formam o que se chama Web 2.0. Embora o
termo tenha uma conotação de uma nova versão para a Web, ele não se refere à
atualização nas suas especificações técnicas, mas a uma mudança na forma como
ela é encarada por desenvolvedores e, sobretudo, por seus usuários.
Alguns especialistas em tecnologia, como Tim Berners-Lee, indicam que o
termo não seria adequado, já que a Web 2.0 utiliza muitos componentes tecnológicos
criados antes mesmo do surgimento da Web, afirmando, inclusive, que a nomenclatura é uma mera jogada de marketing. Tim O’Reilly (2008), idealizador do
termo, definiu que:
Web 2.0 é a mudança para uma Internet como plataforma, e um entendimento das
regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornar melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência
coletiva (O’REILLY, 2008).
A Web 2.0 propõe uma experiência de uso semelhante à de aplicativos para
desktop, frequentemente fazendo uso de uma combinação de tecnologias. Estas
tecnologias aumentaram a velocidade e a facilidade de uso de aplicativos Web,
sendo responsáveis por um aumento significativo no conteúdo (colaborativo ou
meramente expositivo) existente na Internet. Desta forma, o usuário comum, que
não detém conhecimentos de programação, passa a poder criar e publicar informação, devido à facilidade das aplicações disponíveis. Blogs e wikis constituem a
expressão mais clara desta manifestação.
A praticidade, e consequente portabilidade, dos aplicativos que “rodam” direto
via browser fazem com que as possibilidades e a velocidade de publicação na Web
2.0 sejam sem precedentes.
O conteúdo dos sites também sofreu um enorme impacto com a Web 2.0. O
usuário passou a ter uma possibilidade maior de interação, tanto gerando conteúdo
quanto comentando ou avaliando conteúdos distribuídos na rede. Esta interação
pode se dar, inclusive, na personalização da interface dos aplicativos pelo usuário,
onde este escolhe o que ver e como quer ver a informação. Desta maneira, o
usuário passa a construir, de forma não linear, seu acesso à informação na Internet,
maximizando seu tempo conectado, focando o que lhe é de maior interesse ou
relevância. A organização do conteúdo, feita pelo próprio usuário sob forma de
marcações, contrasta com uma taxonomia linear do sistema.
Tim O’Reilly (2005) criou uma lista comparativa do que seria o senso da Web
2.0. Nessa lista, são encontrados alguns itens que remetem à ideia de coletividade,
que é característica da Web 2.0:
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2.1 Exemplo da Web 2.01
Quadro 1: Lista comparativa entre Web 1.0 e Web 2.0
Web 1.0
Web 2.0
DoubleClick
➔
Google AdSense
Ofoto
➔
Flickr
Akamai
➔
BitTorrent
mp3.com
➔
Napster
Britannica On-line
➔
Wikipedia
personal websites
➔
blogging
domain name speculation
➔
search engine optimization
page views
➔
cost per click
publishing
➔
participation
content management systems
➔
wikis
directories (taxonomy)
➔
tagging (“folksonomy”)
Fonte: O’REILLY (2005).
Desta maneira, as bases da Web 2.0 podem ser definidas como coletividade,
participação e colaboração, substituindo individualidade, estagnação, limitação e
unilateralidade, características da chamada Web 1.0. Com esta passagem da Web
1.0 para a Web 2.0, é possível entender o que previa Lévy (1993) desde o início da
Internet: a possibilidade de formação de uma inteligência coletiva.
O avanço da Internet e das tecnologias digitais, da mesma maneira que o acesso
dos consumidores à informação, teve um aumento significativo, ampliando também a
facilidade dos consumidores em expressar suas opiniões. O termo ConsumerGenerated Media (CGM), ou mídia gerada pelo consumidor, descreve o conteúdo
que é criado e divulgado pelo próprio consumidor. Na Internet, o CGM está presente
em comentários, fóruns, lista de discussões, blogs e fotologs, comunidades, grupos,
sites participativos, no YouTube e na própria Wikipedia. Os consumidores utilizam
todas as ferramentas disponíveis (Messenger, sites, blogs, e-mails, mensagens, celulares etc.) para divulgar, sobretudo, suas experiências pessoais e opiniões em relação
a produtos, serviços, marcas, empresas e notícias. Como acontecia com a propaganda “boca a boca”, o CGM tende a ter um maior poder de influência sobre outros
consumidores do que as mídias tradicionais (TV, rádio, jornais impressos), pois ten1
Fragmento da tabela original criada por Tim O’Reilly. Retirada do site: <http://www.oreillynet.com/
pub/a/oreilly/tim/news/2005/09/30/what-is-web-20.html>.
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dem a passar mais credibilidade. A diferença é que, com a tecnologia disponível, o
impacto do CGM é muito maior que o antigo “boca a boca”. Outra grande vantagem
é o consumidor escolher aquilo que quer ver e partilhar entre seus conhecidos, o que
considera importante. Desta maneira, a comunicação não se torna impositiva ou imperativa, mas se transforma em alvo do interesse espontâneo do consumidor, que o
torna mais receptivo à mensagem. A percepção deste fenômeno tem levado algumas
empresas a incentivar a prática do CGM junto aos seus consumidores. Outras estão
contratando empresas especializadas para pesquisar o que os consumidores estão
comentando sobre sua marca, seu produto ou serviço.
O marketing e a publicidade on-line também mudaram muito com a Web 2.0.
Agora, a empresa já não pode apenas comunicar; ela deve aprender a interagir. A
publicidade deixou de ser uma via de mão única, por onde a empresa emite uma
mensagem que o consumidor recebe. Como a Internet é feita de gente, a publicidade
se tornou o relacionamento entre pessoas da empresa e pessoas que são consumidores. Isso inclui o um novo conceito chamado “marketing de performance”. Neste
novo conceito, o indivíduo contrata o serviço de marketing e só paga pelos resultados
que recebe. Nada de estar na Internet só para não ficar fora dela; agora, toda ação
on-line deve ser interessante do ponto de vista do retorno sobre o investimento. Além
disso, as antigas formas de publicidade on-line deram lugar a campanhas onde o
usuário só paga pelos cliques que seu banner recebe, marketing através de links
patrocinados em sites de busca, otimização de sites para sites de busca e marketing
virtual. Esta é a formula de sucesso, por exemplo, do Google Adwords.
3. REDES SOCIAIS NA INTERNET
Redes sociais representam um conjunto de participantes autônomos, unindo ideias
e recursos em torno de valores e interesses compartilhados. A questão central das
redes sociais é a valorização dos elos informais e das relações, em detrimento das
estruturas hierárquicas. As redes sociais são exatamente as relações entre os indivíduos na comunicação mediada por computador. O primeiro fundamento de uma
rede social é o ator que, na rede social, representa um indivíduo. Em seguida, o
fator essencial de toda rede é ideia de laço, que corresponde à conexão entre os
atores. Esses sistemas funcionam através da interação social, buscando conectar
pessoas e proporcionar sua comunicação, de modo que podem ser utilizados para
forjar laços sociais. As pessoas levam em conta diversos fatores ao escolherem
conectar-se ou não a alguém. Os laços sociais, portanto, são estabelecidos sob
prismas muito específicos, de interesses comuns de cada nó.
O conceito de laço social passa pela ideia de interação social, sendo denominado laço
relacional, em contraposição ao laço associativo, aquele relacionado unicamente ao pertencer (a algum lugar, por exemplo). Desta maneira, não existe a possibilidade de uma rede
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existir sem nenhum laço, mesmo que sejam apenas afinidades, relações e até links de
sites. Os laços podem ter diversos moduladores. Um deles é a força, que estabelece a
intensidade do contato entre os pontos. Para Granovetter (1973), “(...) a força de um laço
é uma combinação (provavelmente linear) da quantidade de tempo, da intensidade emocional,
da intimidade (a confiança mútua) e dos serviços recíprocos que caracterizam este laço”.
Os laços associativos constituem-se em meras conexões formais, que independem
de ato de vontade do indivíduo, bem como de custo e investimento. Os laços sociais
também podem ser fortes e fracos. Uma peculiaridade da força é que o conceito
pode ser aplicado não somente a pares, mas em uma macroestrutura,.
Desta maneira, pode-se dizer que os “laços fortes” são contatos diretos entre as
pessoas que estão compondo uma determinada rede. Correspondem a relações mais
próximas do indivíduo, como família e amigos próximos. Esta rede compõe-se de um
grupo fechado, do tipo “todos conhecem todos”. Caracteriza-se, ainda, pela intimidade,
pela proximidade e pela intencionalidade em criar e manter uma conexão entre duas
pessoas. Já os laços fracos, por outro lado, caracterizam-se por relações esparsas, ou
relações entre pessoas que possuem um intermediário comum, que não traduzem proximidade e intimidade. É uma rede em que não há, obrigatoriamente, a necessidade de
todas as pessoas estabelecerem um vínculo direto, mas se constrói por meio de um
intermediário. Seria o caso de um amigo de um amigo. Segundo Granovetter (1973):
Laços fracos ajudam pessoas com acesso à informação e recursos além dos disponíveis no seu próprio círculo social; mas laços fortes têm uma motivação maior
para prestar assistência e, normalmente, são mais disponíveis (GRANOVETTER, 1973)
As interações sociais que ocorrem na Internet (em blogs, fotologs, Orkut,
Facebook ou Twitter) constituem efetivamente laços fortes. Declarações de amor,
amizade e suporte são frequentes, demonstrando intimidade.
Para André Lemos (2007: 10), este novo contexto propõe uma nova configuração
dos meios de comunicação, podendo estes ser divididos em massivos e pós-massivos.
Segundo o autor, “as mídias massivas são mídias de informação, emitindo de um pólo
centralizado para uma massa de receptores”; já as pós-massivas “permitem a comunicação bidirecional através de um fluxo de informação em rede” (LEMOS, 2007: 10).
4. BLOGS
Para Marcuschi (2005), em sua discussão sobre gêneros do discurso eletrônico,
blogs constituem um gênero emergente, que transmuta outros anteriores. Entretanto, a definição proposta por Marcuschi não acompanhou a transformação das
práticas na blogosfera: “(...) diários pessoais na rede; uma escrita autobiográfica
com observações diárias ou não, agendas, anotações, em geral muito praticados
pelos adolescentes na forma de diários participativos” (MARCUSCHI, 2005: 29).
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Hoje, apontou Alex Primo (2008), os blogs são muito mais que meros diários.
Primo (2008) ainda identificou que as finalidades de um blog são as mais diversas,
como os blogs grupais ou os organizacionais. Para Recuero (2003), blogs poderiam ser categorizados como:
a) diários, que tratam basicamente da vida pessoal do autor;
b) publicações, que trazem comentários sobre diversas informações;
c) literários, cujos posts trazem contos, crônicas ou poesias;
d) clippings, que agregam links ou recortes de outras publicações;
e) mistos, que misturam posts pessoais e informativos.
Mas estas não são as únicas categorizações. Outros autores vêm propondo
novas categorias ou, mesmo, a miscigenação de certas categorias. Alex Primo, em
seu artigo de 2008 para a Intercom, propôs uma tipificação bem mais complexa,
dividindo os blogs em 16 gêneros.
De qualquer forma, independentemente da classificação que recebam, os blogs
acabam por se tornar também um espaço propício para a formação de uma memória coletiva. Recuero (2002) falou em webrings, que seriam:
(...) círculos de blogueiros que leem seus blogs mutuamente e interagem nestes
blogs através de ferramentas de comentários. Os blogs são ‘linkados” uns nos
outros e formam um anel de interação diária, através da leitura e dos comentários nos posts entre os vários indivíduos, que chegam a comentar os comentários
uns dos outros ou mesmo deixar recados para terceiros nos blogs (RECUERO,
2002: 7).
5. TWITTER
O Twitter é um microblog, uma ferramenta que permite atualizações rápidas e
curtas e, se possível, a partir de uma multiplicidade de suportes diferentes. Existe
possibilidade de atualizar o Twitter, por exemplo, pela Web, por instant messaging
(IM) ou até pelo celular – por short message service (SMS) ou Internet móvel. Há
outras ferramentas de microblog na Web, como o Pownce e o Jaiku, mas o interessante do Twitter é a limitação de espaço de publicação por post.
O Twitter surgiu em 2006 com o simples objetivo de que as pessoas respondessem à pergunta: “o que você está fazendo agora?”. Diante de uma pergunta tão
simples, as respotas foram limitadas a 140 caracteres. Desenvolvido pelo americano Jack Dorsey, o serviço é considerado um microblog, que permite mensagens
com até 140 caracteres. Jack Dorsey disse que “com poucos caracteres as pessoas são mais espontâneas, mais instantâneas. A ideia é minimizar os pensamentos”.
Ainda para o mencionado autor:
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Figura 1: Página de apresentação do Twitter
O Twitter é mais uma rede de notícias, onde cada um atualiza em texto a sua vida.
Quem quiser segue. Não é preciso ser amigo. Uma pessoa pode te seguir e você
pode não querer segui-la.
O Twitter tem sua plataforma aberta, o que significa que qualquer um pode
utilizar o código do sistema para buscar usos criativos. Há uma infinidade de sites
e programas derivados do Twitter.
Em entrevista ao jornal El País, Jack Dorsey afirmou que o Twitter não é uma
“rede social”, mas sim uma “ferramenta de comunicação”. O referido autor salientou ainda que:
O Twitter é uma forma de comunicar com as pessoas muito portátil e acessível.
Qualquer um com um telefone Nokia pode entrar na minha conversa. O Twitter
permite controlar o que tem e aquilo que recebe e as pessoas podem optar por ler
ou não. Aquilo que o Twitter faz é simplificar a comunicação entre as pessoas,
expressar as tendências daquilo que se está a passar em cada cidade e no mundo,
para além de forçar a interação entre os indivíduos que anteriormente se relacionavam cara a cara.
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Mesmo assim, a rede é considerada uma “rede social” por conectar pessoas. É
certo que estas não têm a “obrigação” de adicionar-se mutuamente, o que torna o ato
de seguir alguém no Twitter uma ação, por vezes, unilateral. Apesar de ser uma rede
social, o Twitter é um lugar de autopublicação, onde pessoas colocam links, falam de
seus projetos, divulgam notícias. “Não há regra. Uns falam sobre a vida ou postam
links; outros ‘twittam’ das férias. É um serviço que está se definindo. A tecnologia é
nova. Todos os dias as pessoas acham novas utilidades”, complementou Dorsey.
O Twitter se tornou o hype do momento na Internet brasileira, que registra um
volume exponencial de criação de perfis no sistema neste ano de 2009. Mesmo
sendo um sucesso, a baixa compreensão de como “funciona” o sistema ou, mesmo,
a questão que norteia o serviço (“o que você está fazendo agora?”) faz com que
muitos usuários se cadastrem, mas não utilizem o serviço com frequência ou, ainda,
nem voltem a utilizá-lo. Em matéria concedida à Folha On-line, o diretor de insights
da Edelman Digital, Steve Rubel2, afirmou que: “o Twitter está atingindo um ponto
alto porque atraiu a maioria das pessoas que quer viver em público. O Facebook,
por sua vez, permite mais intimidade”. Rubel revelou acreditar que o Twitter deve
crescer bruscamente por seis a nove meses e, depois disso, ficar em nível estável.
O que deve atrair mais usuários é a possibilidade de postar a partir de múltiplas
plataformas (via Internet, aplicativos e celulares).
Um estudo conduzido pela Harvard Business School, publicado em matéria no
jornal Folha de S. Paulo3, analisou o tráfego e o perfil dos internautas, e indicou
que o Twitter pode ser considerado uma mídia de difusão de informações, assim
como o rádio e a televisão, e não de conversação da informação, como as demais
redes sociais. A pesquisa foi realizada em um universo de 300 mil usuários do
serviço, durante o mês de maio, constatando que 90% de todas as mensagens do
Twitter são postadas por apenas 10% dos usuários pesquisados.
Em pesquisa realizada pela Nielsen4, demonstrou-se que os internautas têm
passado mais tempo em sites de relacionamento e blogs – o número de minutos
passados por norte-americanos em redes sociais cresceu 83% em abril, quando
comparado com o mesmo período do ano anterior. A pesquisa também detectou
que o Twitter é o quinto colocado nos Estados Unidos em tempo de acesso. Em um
ano, o acesso ao serviço aumento 3.712%, comparando-se abril de 2009 com o
mesmo período de 2008.
2
3
4
F OLHA O N - LINE . Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/
ult124u562909.shtml>. Acesso em: 08 de junho de 2009.
F OLHA O N - LINE . Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/
ult124u576656.shtml>. Acesso em: 08 de junho de 2009.
F OLHA O N - LINE . Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/
ult124u576016.shtml>. Acesso em: 08 de junho de 2009.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mesmo que a próxima geração da Internet, denominada Web 3.0, já esteja em
vias de desenvolvimento, a realidade com a qual ainda é preciso se lidar, acostumar
e, sobretudo, interagir é a da Web 2.0. A questão das redes sociais situa-se em
como as pessoas passaram a lidar com o conteúdo neste novo conceito de interação
entre usuários. É preciso entender esta nova mecânica e, de certa forma, acompanhála. O que parece fácil, na verdade, não é. Ferramentas como o Twitter são ainda
novidade, quando se pensa em estratégias de comunicação, e sua utilização como
uma ação organizada é ainda raridade no meio publicitário brasileiro. As poucas
ações organizadas que utilizam esta ferramenta, normalmente, limitam-se ao uso
do YouTube para postar seus vídeos, e apenas isso.
O internauta de hoje é muito mais exigente e muito mais experimentado em
termos de tecnologia. Ele não aceita mais o conteúdo pronto e acabado, mote da
Web 1.0, e a confiabilidade do conteúdo passada, além das fontes formais de informação, pela indicação de conhecidos. Volta-se, mais uma vez, à velha questão dos
formadores de opinião, que acabam tendo, na Web 2.0, o poder de propagar ou de
afundar uma campanha.
As empresas que já estão se organizando para monitorar o conteúdo publicado
na rede percebem que podem atender ao cliente de forma mais direta e evitar,
inclusive, a propagação de notícias falaciosas sobre produtos ou serviços. Por se
tratar de mecanismos de criação de conteúdo pessoal, os usuários se sentem mais
livres para comentar honestamente suas percepções. Da mesma maneira que uma
pesquisa real sempre tem uma margem de erro para as respostas obtidas, que
podem ser ofertadas de maneira errônea por medo ou vergonha, na rede, as pessoas perdem estes escudos psicológicos e se manifestam de maneira mais aberta e,
sobretudo, por livre e espontânea vontade. Um cliente que faz uma reclamação em
um fórum, ou ainda um comentário, está fazendo isso com o intuito de alertar outros
usuários, além de expressar seu descontentamento. O mesmo acontece quando ele
se coloca favorável a um dado produto ou serviço. Este aval espontâneo tem muito
mais credibilidade do que os intencionais.
Um estudo desenvolvido pela E.Life, empresa brasileira que monitora e analisa
a mídia gerada pelo consumidor na América Latina, realizado no período de 06 de
maio a 02 de junho de 2009, analisando mais de 36 mil posts no Twitter, identificou
as dez marcas mais mencionadas no sistema, segundo o site de Alex Primo5:
5
Disponível em: <http://www.interney.net/blogs/alexprimo/2009/06/16/as_marcas_mais_
comentadas_no_twitter_no_/>.
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Quadro 2: As dez marcas mais mencionadas no Twitter – maio/junho de 2009
Ranking
Marca
Volume total
Porcentagem
1
Microsoft
4.545
12,35%
2
Linux
3.915
10,64%
3
Nokia
3.253
8,84%
4
Dell
1.602
4,35%
5
Fiat
1.233
3,35%
6
Mac OS
1.053
2,86%
7
Intel
1.027
2,79%
8
LG Eletronics
976
2,65%
9
Universo On Line
819
2,22%
10
Samsung
771
2,09%
Fonte: PRIMO (2009).
Ainda segundo Primo (2009), o buzz sobre a Microsoft se deve ao lançamento
do serviço Vine.net, concorrente do Twitter, mas que tem recursos de mídia locativa.
Quanto ao Linux, Alessandro Lima, sócio diretor da E.Life, afirmou que “discussões e informações deste sistema operacional continuam em pauta em qualquer
rede social, por conta do caráter aberto do software, e neste mês ganhou peso com
o lançamento de um netbook com Linux instalado”.
Quando se fala em Twitter, que é o novo hype da Internet no Brasil, é preciso
também levar em conta a questão da popularidade. Não basta apenas ter uma
conta, seguir algumas pessoas. Vem crescendo dentro do serviço a procura por ser
o mais seguido, isto é, ter milhares de pessoas acompanhando o que o sujeito escreve, mesmo que este não as siga também.
O jornalista e apresentador Marcelo Tas6, que liderou por um bom tempo o
ranking dos mais seguidos, ponderou sobre a relevância de serem buscados altos
números de seguidores, como se perseguem os índices do Ibope7 nas mídias eletrônicas. Esta é uma questão realmente muito importante, visto que não basta apenas
seguir alguém, mas interagir com o conteúdo de quem se segue. Isto é, não basta
ter quantidade de seguidores, ou de seguidos, se o que se posta não é visto ou os
links sugeridos não são clicados. Esta, segundo Tas, deveria ser a real medida da
6
“Caderno Link” do jornal O Estado de S. Paulo. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/
noticias/tecnologia+link,twitter-segue-passo-da-popularizacao-do-orkut-no-brasil,2523,0.shtm>.
Acesso em: 15 de maio de 2009.
7
Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística.
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popularidade no Twitter. É importante ressaltar que Marcelo Tas passou a ser patrocinado pela empresa Telefonica, e muitos consideraram que, se fossem bem
ranqueados, poderiam conseguir patrocínios semelhantes. Porém, tal patrocínio também trouxe algum incômodo para Tas, tendo em vista que, cada vez que o serviço
da Telefonica se mostrava instável ou, nas duas grandes panes do sistema este ano,
o apresentador foi alvo de críticas por parte da comunidade de “twitteiros”.
A jornalista Rosana Hermman chegou à mesma conclusão, segundo artigo do
“Caderno Link” do jornal O Estado de S. Paulo. Rosana chegou a utilizar um
script que adicionava automaticamente perfis, o que aumenta muito a chance de
ser adicionado. Durante uma semana de uso, conseguiu um incremento de cinco
mil seguidores, mas chegou à conclusão de que não valia a pena, já que muitos
eram estrangeiros ou fakes. Depois deste período, declarou, na sua página do Twitter,
que estava “encerrando a experiência” e deixou de seguir grande parte dos adicionados via script, o que baixou tambem o seu número de seguidores.
Alguns programas têm utilizado o Twitter para compor suas pautas, como é o
caso do programa “Olhar digital”, especializado em tecnologia, que convoca online seus seguidores para colaborarem com ideias, perguntas e, até mesmo, procurando colaboradores para as diversas matérias que produz.
O cartunista Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica, vem utilizando o
Twitter para se aproximar do seu público, assim como faz com o Orkut, porém de
maneira mais direta, inclusive utilizando serviços de webvideo para conversar via
webcam/Twitter com os fãs em encontros marcados via Twitter. Além disso, tem
postado constantemente fotos de suas viagens e de exposições que está montado,
como forma de participar os fãs do que tem feito ou ainda irá fazer. Recentemente,
pediu o apoio de seus seguidores na campanha para ter o Pelezinho, personagem
criado nos anos 1970, como mascote da Copa do Mundo no Brasil de 2014.
Em maio deste ano, o Yahoo! Brasil lançou o serviço Meme, ainda em versão
alpha8 e exclusivo para convidados. O Meme não quer ser apenas uma versão do
Twitter, e para isso implementou em seus posts a possibilidade de publicação de
imagens e vídeos diretametamente, sem a necessidade de links. Outro incremento
interessante é poder acompanhar quantas vezes uma mensagem foi repassada e os
comentários adicionais de seus seguidores. Este recurso acaba por criar uma
8
Segundo a Enciclopédia Livre Wikipédia, a versão alpha de um produto é normalmente definida
quando este produto ainda está em fase de construção e testes. Mas só os programadores envolvidos
têm acesso, e não o público em geral. Porém, os usuários que serão beneficiados com o software
poderão testar o sistema em um ambiente controlado nas instalações do desenvolvedor, caracterizando o processo denominado teste alpha. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/
Vers%C3%A3o_alfa>. Acesso em: 25 de maio de 2009.
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interatividade ainda maior no serviço, deixando o chamado “re-twitting”, algo mais
pessoal e menos mecânico.
O mais interessante, no entanto, é que a estratégia do Yahoo! Meme foi lançar
a ferramenta apenas no Brasil. Parte desta iniciativa se deve ao fato de que, no
Brasil, o serviço do Twitter está se popularizando e ganhando milhares de adeptos
apenas agora, o que faz com que a ferramenta do Yahoo! chege em um momento
de consolidadação do serviço e, consequentemente, de expansão do mercado geral. Outro motivo seria uma certa tendência dos brasileiros em conhecer novas
ferramentas e torná-las rapidamente um febre entre usuários.
Ainda em maio de 2009, foi iniciado um movimento, chamado Censo do Twitter no
Brasil. Trata-se de uma pesquisa que tem como finalidade coletar dados estatísticos
para uma aproximação demográfica da “Twittosfera” no Brasil. Os trabalhos ainda
não foram encerrados, mas apontam que quase a totalidade dos respondentes é pessoa
física (97,43%); sendo 55.85% de homens, 42.25% de mulheres e 1,9% de empresas;
maior faixa etária entre 19 a 24 anos (43,65%) e concentrados no Estado de São Paulo
(38,36%). Os dados podem ser acompanhados em tempo real pelo site9.
Outro fato interessante foi a utilização da loja de televendas Bestshotv.com pela
rede social do Twitter para propor uma promoção se atingisse a meta de mil seguidores em um único dia. A mecânica da promoção consistia na venda de alguns
produtos da loja com até 90% de desconto. Os produtos em promoção estavam
identificados com um selo e precisavam ser encontrados pelos usuários, isso das 1h
às 5h da madrugada. No dia proposto, o site da empresa não suportou o número de
acessos simultâneos e adiou a promoção para o dia seguinte. Depois de reforçar
seus servidores, cumpriu o prometido e efetivou a promoção com dez produtos
eletrônicos. A grande questão é que a mecânica de disposição dos produtos e da
saída do ar dos produtos já adquiridos não ficou clara. O marketing negativo ocasionado por este tipo de iniciativa pode superar em muito os ganhos com visitas ao
site. O gerente de marketing do site, Fabio Marques Santos, disse que houve
ofertas com mais de 15 mil cliques simultâneos. E que o cliente que efetivou a
compra mais rapidamente foi o que levou o produto. Para dar mais transparência e
credibilidade à ação, a empresa associou-se à Abrinq10 e prometeu divulgar o nome
e o vídeo dos ganhadores, garantindo, assim, a idoneidade da ação.
De qualquer maneira, centenas de mensagens circularam pelo Twitter e foram,
consequentemente, replicadas, com opiniões inflamadas de clientes que se diziam
enganados pela empresa e declaravam que não comprariam nunca mais no estabelecimento. Comunidades foram criadas em outras redes, como o Orkut.
9
10
Disponível em: <http://www.twittercentral.com.br/censobr/realtime_html.php>.
Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos.
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Mais do que apenas um tipo de blog ou microblog, o Twitter se consolida como
uma ferramenta de comunicação móvel, podendo transmitir e receber dados de
dispositivos como celulares smartphone e PDAs11.
Estes são apenas alguns exemplos. Diariamente, surgem novas informações
em decorrência de acontecimentos no Twitter. Por se tratar de um sistema em
expansão, muitas outras pesquisas podem ainda ser desenvolvidas, compreendendo usuários e utilizações do sistema.
7. REFERÊNCIAS
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eletrônica, o fim da audiência de massa e o surgimento de redes interativas. In:
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______. As estruturas antropológicas do cyberespaço. Texto produzido para os
seminários do Grupo Cyberpesquisa da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Salvador: Facom/UFBA, 1996. Disponível em: <http://
11
Personal Digital Assistant ou Assistente digital pessoal.
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