CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – CENAP
TÉCNICO EM RADIOLOGIA
RENATO ANTONIO DOS SANTOS
EFEITOS DA RADIAÇÃO
CASCAVEL – PR
2010
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RENATO ANTONIO DOS SANTOS
EFEITOS DA RADIAÇÃO
Artigo apresentado no Centro de
Educação Profissional – CENAP, para
o Curso Técnico em Radiologia, para
conclusão de curso.
Orientadora: Carolyne Doneda Silva.
Orientadora: Carolyne Doneda Silva
CASCAVEL – PR
2010
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CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – CENAP
RENATO ANTONIO DOS SANTOS
EFEITOS DA RADIAÇÃO
Cascavel, ____/____/____
Orientador (a):
Banca 1:
Banca 2:
4
SUMARIO.
RESUMO ........................................................................................................... 5
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5
2 EFEITOS A CURTO PRAZO .......................................................................... 6
3 EFEITOS A LONGO PRAZO .......................................................................... 7
4 EFEITOS GENETICOS .................................................................................. 7
5 EFEITOS SOMATICOS .................................................................................. 8
6 EFEITOS FISICOS ......................................................................................... 8
7 EFEITOS QUIMICOS ..................................................................................... 9
8 EFEITO BIOLÓGICO ..................................................................................... 9
9 CONCLUSÃO ............................................................................................... 10
10 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................... 10
5
EFEITOS DA RADIAÇÃO
*Renato Antonio dos Santos.
**Carolyne Doneda Silva.
RESUMO: Levando em conta a preocupação com a radio proteção. Este trabalho procura rever
literatura e explicar o uso das radiações ionizantes e a reação biológica que elas podem fazer
no ser humano. Em todos os elementos químicos que interam órgãos e tecidos como carbono,
hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, na inteiração desses elementos, a radiação são classificadas
em ionizantes e não ionizantes, nestas se formam os efeitos da radiação, que são males
tardios à radiação, que vem dos efeitos químicos e físicos e se transformam nas doenças. A
pesquisa tem por fim entrelaçar, órgãos atingidos, tipo de tecido, dose recebida e energia.
PALAVRAS-CHAVE: Órgãos atingidos, efeito biológico, doenças e radiação.
1 INTRODUÇÃO
Em 1896, quatro meses após a descoberta dos raios-X por Roentgen, o
medico J Daniels da Universidade de Vanderbit, notificou a comunidade
cientifica o primeiro efeito biológico da radiação: a queda de cabelo de um de
seus colegas, cuja radiografia de crânio havia sido tirada. Em 1899, dois
médicos suecos conseguiram curar o tumor de pele na ponta do nariz de um
paciente, e em 1903, um medico americano obteve a diminuição do baço de
um paciente com leucemia utilizando os raios-x.(D’IPPOLITO, 2002)
O uso dos raios-x na terapia estava, entretanto, produzindo resultados
desagradáveis. Eritema de pele e a seguir ulcerações se desenvolveram nas
mãos dos médicos e, em alguns casos câncer dos ossos, como resultado das
exposições durante o tratamento dos pacientes. Desde então não só os
benefícios trazidos pela radiação, mas também seus efeitos danosos têm
interessado os cientistas de todo mundo.(SARAVEGO, 2008)
Os
estudos
dos
mecanismos
básico
da
radiologia
permitem
microscópicas do que ocorre com a passagem da radiação e liberação de sua
energia em volumes muitos pequenos como células ou partes das
células.(DIMENSTEIN, 2001)
* Aluno do curso Técnico em Radiologia – CENAP.
** Especialista em Nutrição em Metabolismo na Prática Clinica – UEL
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A energia liberada pode produzir ionização e excitação dos átomos e
quebra de moléculas e, como conseqüência, formação de íons e radicais livres
altamente reativos. Estes, por sua vez, podem atacar moléculas de grande
importância como a molécula de DNA (acido desoxirribonucléico) do núcleo da
célula, causando-lhes danos. A destruição de uma molécula de DNA resulta
numa célula capaz de continuar vivendo, mas incapaz de se dividir. Assim, a
célula acaba morrendo e não renovada. Se isso ocorrer em um numero muito
grande de células, sobrevêm o mau funcionamento do tecido constituído por
essas células e, por fim, a sua morte. Existem efeitos biológicos que se
manifestam a curto e a longo prazo.(NOBREGA, 2008)
Esse trabalho tem como objetivo entender e compreender o que as
radiações ionizantes podem causar no organismo humano. Mostrando a
importância do conhecimento da ação e efeitos das radiações ionizantes.
2 EFEITOS A CURTO PRAZO.
São efeitos observáveis em apenas horas, dias ou semanadas após a
exposição do individuo a radiação. Esses efeitos são geralmente associados a
altas doses de radiação, acima de 1 Sv, recebidas por grandes áreas do corpo,
num curto período de tempo.(SARAVEGO, 2008)
Dependendo da dose, pode ser provocada a chamada síndrome aguda
de radiação, em que pode causar náuseas, vômitos, prostração, perda de
apetite e de peso, febre, hemorragias dispersas, queda de cabelo e forte
diarréia. Dependendo da dose de radiação recebida e da condição de
resistências do individuo exposto, o resultado final pode ser letal.(ZOGHBI,
1998)
Os três sistemas de órgãos que parecem ser o mais importantes na
síndrome aguda de radiação são o sistema hemotopoetico – para doses
equivalentes abaixo de 5 Sv; o sistema gastrointestinal – para doses
equivalente4s entre 5 e 20 Sv, e o sistema nervoso central – para doses
equivalentes acima de 50 Sv.(DIONISIO, 2008)
Os seres vivos não são igualmente sensíveis a radiações. Com base em
experiências realizadas em laboratório, as doses equivalentes letais para os
7
diferentes seres vivos foram estimadas para a maior parte dos mamíferos –
entre 2 e 10 Sv, para os insetos, para as plantas e para os microorganismos –
entre 10 e 10 Sv.(DIONISIO, 2008)
3 EFEITOS A LONGO PRAZO.
Esses efeitos podem surgir de altas doses num curto intervalo de tempo,
são os casos de animais adultos que receberam dose de radiação que não foi
letal, portanto com recuperação aparente, podendo ainda vir a sentir os efeitos
muitos anos mais tarde, e de pequenas doses, mas crônicas num longo
intervalo de tempo; são os casos de pessoas ocupacionalmente expostas,
como radiologista, pesquisadores que trabalham com radiação e técnicos de
raios-x.
Os
efeitos
tardios
ainda
se
subdividem
em
genéticos
e
somáticos.(MARCELO, 2007)
4 EFEITOS GENETICOS.
Eles consistem de mutações nas células reprodutoras que afetam
gerações futuras. Esses efeitos podem surgir quando os órgãos reprodutores
são expostos à radiação, e aparentemente não afetam o individuo que sofre a
exposição, mas apenas seus descendentes. Quando a radiação atinge as
células reprodutoras e seus precursores, pode ocorrer uma alteração na
informação genética codificada, provocando uma mutação genética. Se o
espermatozóide ou o ovulo que sofreu a mutação for, posteriormente, utilizado
na concepção, a alteração será incorporada ao ovulo fertilizado e durante a
gravidez, quando o zigoto se reproduz milhares de vezes, essa alteração será
facilmente reproduzida.(ROCHA, 2007)
Todas as células do recém nascido conterão então informações
genéticas modificadas, incluindo aquelas que anos mais tarde irão se
transformar em espermatozóides ou óvulos. Isto significa que, quando esse
individuo atingir a fase fértil e se reproduzir terá grande probabilidade de
transferir a informação genética alterada, podendo assim continuar por muitas
gerações. Algumas dessas mutações chegam a ser letais antes do nascimento
do feto. Outras podem produzir defeitos físicos ou mentais ou, simplesmente,
aumentar a suscetibilidade a determinadas doenças crônica, ou anormalidades
8
bioquímicas. Há indicações de que esse efeito é cumulativo, de modo que
quanto
maior
a
dose
acumulada
maior
o
numero
de
mutações
ocorridas.(COSTA, 2007)
5 EFEITOS SOMATICOS.
São aqueles que afetam diretamente o individuo exposto à radiação e
não é transmitida a geração futuras. Esses efeitos dependem dos seguintes
fatores:
A. Tipo de radiação;
B. Profundidade atingida, que está relacionada à energia da radiação e ao
tipo de tecido irradiado;
C. Área ou volume do corpo exposto;
D. Dose total recebida;
E. Tempo de radiação.
Entre os efeitos somáticos no homem os mais importantes são:
A. Aumento na incidência de câncer (efeitos tardios);
B. Anormalidade no desenvolvimento do embrião (0,25 Sv);
C. Indução de catarata (2 Sv em dose única ou 15 Sv em 50 anos);
D. Redução de vida média (15% para radiologista em relação a outros
médicos).(BONTRAGER, 2003)
6 EFEITOS FISICOS.
Quando uma pessoa é exposta à radiação ionizante, nos locais atingidos
aparecem muitos elétrons e íons livres, radicais produzidos na quebra das
ligações químicas e energia cinética adicional decorrentes da transferência de
energia da radiação ao material do tecido, por colisão. Uma significativa fração
desta energia produz excitação de átomos e moléculas, que pode ser
dissipada, no processo de de-excitação, sob a forma de fótons (BIASOLI,
2006).
Para radiações, do tipo raios X e gama, estes efeitos ocorrem de uma
maneira mais distrubuída devido ao seu grande poder de penetração. Para
radiações beta, os efeitos são mais superficiais, podendo chegar a vários
9
milímetros, dependendo da energia da radiação. Já as radiações alfa, não
conseguem penetrar nem um décimo de milímetro na pele de uma pessoa.
Seus efeitos provocados por exposições externas são pouco relevantes.Porém,
no caso de inalação ou ingestão de radionuclídeos alfa-emissores, elas podem
danificar seriamente células de alguns órgãos ou tecidos, pelo fato de serem
emitidas em estreito contato ou no seu interior. Esta fase física tem uma
duração da ordem de 10 -13 segundos (COSTA, 2007).
7 EFEITOS QUIMICOS.
A duração desta fase físico-química é de, aproximadamente, 10-10
segundos, e nela, os radicais livres, íons e os agentes oxidantes podem atacar
moléculas importantes da célula, inclusive as substâncias que compõem o
cromossomo. Estando os átomos e moléculas atingidos pela radiação dentro
de células, que possuem um metabolismo e uma grande variedade de
substâncias, a tendência seria a neutralização gradual dos íons e radicais, no
decorrer do tempo, ou seja a busca do equilíbrio químico (BONTRAGER,
2009).
8 EFEITOS BIOLOGICOS.
Dependendo dos sintomas, esta fase pode variar de minutos à dezenas
de anos. As alterações químicas provocadas pela radiação podem afetar uma
célula de várias maneiras, resultando em: morte prematura, impedimento ou
retardo de divisão celular ou modificação permanente que é passada para as
células de gerações posteriores (PSICO, 2008).
O efeito biológico constitui a resposta natural de um organismo, ou parte
dele, a uma agressão ou modificação externa. O surgimento destes efeitos não
significa uma doença. Quando a quantidade de efeitos biológicos é pequena, o
organismo pode recuperar-se, sem que a pessoa perceba. Por exemplo, numa
exposição à radiação X ou gama, pode ocorrer uma redução de leucócitos,
hemácias e plaquetas e, após algumas semanas, tudo retornar aos níveis
anteriores de contagem destes elementos no sangue. Isto significa que, houve
a irradiação, ocorreram efeitos biológicos sob a forma de morte celular e,
10
posteriormente, os elementos figurados do sangue foram repostos por efeitos
biológicos reparadores, operados pelo tecido hematopoiético. (MOY, 1983)
9 CONCLUSÃO.
A radiação é um risco e deve ser usada conforme o custo e beneficio.
Porem, os efeitos da radiação não podem ser ignorados, a sua ação no ser
vivo pode levar até a morte. A radiação é mais comum no uso médico cada dia
mais freqüente e indispensável.
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1998.
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Renato Antonio dos Santos