MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL
INTEGRADA EM GESTÃO E ATENÇÃO HOSPITALAR NO
SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: MÃE-BEBÊ
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO
HUMANIZADA À SAÚDE
12 e 13 de Abril de 2013
Santa Maria, RS, Brasil
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA
À SAÚDE
Promoção
Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e Atenção
Hospitalar no Sistema Público de Saúde - Área de concentração: Mãe-Bebê
Apoio
Fundação de Amparo à Pesquisa no estado do Rio Grande do Sul – FAPERGS
Centro de Ciências da Saúde - CCS
Hospital Universitário de Santa Maria – HUSM
Departamento de Ensino, Pesquisa e Extensão do HUSM - DEPE
Patrocínio
Fundação de Amparo à Pesquisa no estado do Rio Grande do Sul – FAPERGS
Organização
Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e Atenção
Hospitalar no Sistema Público de Saúde - Área de concentração: Mãe-Bebê
Local
Auditório do GULERPE – HUSM – Campus da UFSM
Data: 12 a 13 de Abril de 2013
Santa Maria, RS
Brasil
2
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA
À SAÚDE
ANAIS
Organizadores dos Anais
Aline Spillari Portella
Fernanda Portela Pereira
Juliano Vicente do Nascimento
3
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
4
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
SUMÁRIO
COMISSÃO ORGANIZADORA ........................................................................ 6
Coordenadora Geral: ...................................................................................... 6
Coordenadores: .............................................................................................. 6
Organizadores do Evento:.............................................................................. 6
Gestora da verba Pública: .............................................................................. 6
Comissão Científica: ....................................................................................... 6
Avaliadores dos trabalhos científicos: .......................................................... 7
Monitores: ....................................................................................................... 7
APRESENTAÇÃO ............................................................................................ 8
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA DO EVENTO .................................................. 9
LISTA DE RESUMOS CIENTÍFICOS ............................................................. 12
RESUMOS CIENTÍFICOS .............................................................................. 19
5
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
COMISSÃO ORGANIZADORA
Coordenadora Geral:
Terezinha Heck Weiller.
Coordenadores:
Lizandra Flores Pimenta
Helena Carolina Noal
Caroline Bolzan Ilha
Juliana Biermann Krusche
Juliana Lima da Silva
Organizadores do Evento:
Ailime Paim de Assis
Aline Spillari Portella
Ana Caroline Boff Hedlund
Carolina Santos Altermann
Caroline Bolzan Ilha
Fernanda Portela Pereira
Juliana Biermann Krusche
Juliana Lima da Silva
Juliano Vicente do Nascimento
Marcos Júnior Junges Panciera
Gestora da verba Pública:
Terezinha Heck Weiller.
Comissão Científica:
Cláudia Morais Trevisan
Elhane Glass Morari - Cassol
Melissa Medeiros Braz
Aline Spillari Portella
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
Fernanda Portela Pereira
Juliano Vicente do Nascimento
Avaliadores dos trabalhos científicos:
Cláudia Morais Trevisan
Elhane Glass Morari - Cassol
Melissa Medeiros Braz
Lizandra Flores Pimenta
Liamar Donati
Denise Pasqual Schmidt
Monitores:
Ana Paula Santos da Silva
Andreia Claro Tavares
Andressa Guimarães Machado
Betina Perico Lavich
Carina Siqueira Martelli da Silva
Danieli Bandeira
Gilvane Souza dos Santos
Gisiane dos Santos Lidtke
Graciela Carneiro Corneau
Iraciara Ramos Canterle
Lilian Kopp Cuti
Maria Luiza Silveira
Miriane Santos dos Santos
Priscila Oliveira de Camargo
7
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
APRESENTAÇÃO
O I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA
À SAÚDE, organizado pelo Programa de Residência Multiprofissional
Integrada em Gestão e Atenção Hospitalar no Sistema Público de Saúde –
Área de Concentração Mãe-Bebê, do Hospital Universitário de Santa
Maria/RS e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do
Rio Grande do Sul (FAPERGS) oportunizou o estreitamento das relações
entre os diversos profissionais que participam da assistência a atenção
humanizada a Saúde.
Nessa edição de estreia, objetivou-se a troca de experiências, a
difusão de conhecimentos e a reflexão acerca da qualificação dos
profissionais para atuarem para além da interdisciplinaridade, de forma
intersetorial e interinstitucional constituindo o movimento da “tríplice
integração”. Tal movimento se faz, pois compreende-se uma frágil interação
profissional nas equipes de trabalho, sobretudo na interação intersetorial e
interinstitucional dos diferentes níveis de complexidade do sistema tendo
como contribuição para sociedade constituir um novo modo de pensar-fazer.
Buscando integrar os diferentes serviços do sistema público de saúde, por
meio da instituição de novos mecanismos ou processos integrados de:
gestão; atenção; educação; formação em saúde. Pressupõe, portanto, a
formação de profissionais com competência para se articularem e se
organizarem em torno de uma visão ampliada do sistema de gestão e
atenção em saúde.
Agradecemos a você, ator social do cenário da Saúde, que
enriqueceu as discussões do I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE
ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE e prestigiou os palestrantes. O sucesso
desse evento deve-se a participação ativa de todos os atores envolvidos e
dedicados a promover a melhoria da atenção humanizada à saúde no Brasil.
Comissão Organizadora
8
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA DO EVENTO
12 de Abril de 2013
MANHÃ
8h – 8h 40 min
Credenciamento
8h 45 min
Abertura
Enfª Profª Dra.Terezinha Heck Weiller
Enfª Ms. Helena Carolina Noal
Profº Dr. Paulo Afonso Burmann
Enfª Profª Dra. Suzinara Beatriz Soares de Lima
9h – 10h 30min
Política Nacional de Humanização
Enfª Profª Dra. Liane Beatriz Righi
10h 30min – 10h 50min Coffee-Break
11h – 12h
Mesa
redonda:
Política
Nacional
de
Humanização: desdobramentos dos processos
de formação na atenção e gestão em saúde.
Enfª Profª Dra. Liane Beatriz Righi
Enfª Profª Dra.Terezinha Heck Weiller
12h – 13h 30 min
Intervalo
TARDE
13h 30 min – 15h 30min
As Redes de Atenção à Saúde: Humanização da
Gestão e Atenção do SUS
Relações Públicas Carine Bianca Ferreira Nied
9
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
Nut. Esp. Ana Paula Seerig
Profª Dra. Sheila Kocourek
TO. Juliana Lima da silva
15h 30 min – 15h 50 min
Coffee-Break
16h – 17h 30 min
Linhas
de
humanização
cuidado:
estratégia
para
a
Médica Psiquiatra Maria Fernanda Penkala Dias
TO. Prof. Dr. Francisco Nilton Gomes de Oliveira
17h 30 min – 19h Apresentação de Trabalhos
13 de Abril de 2013
MANHÃ
9h – 10h 30min
Formação de profissionais para atuarem no SUS
como desafio a humanização da atenção.
Enfª. Profª. Dra. Teresinha Heck Weiller
Psic. Esp. Graziela de Araujo Vasques
Psic. Dra. Ana Lúcia Mandelli de Marsillac
Enfª Ms. Arlete Regina Roman
10h 30min – 10h 50min
Coffee-Break
11h – 12h
Comentários e Debate - Saberes e fazeres da
Residência Multiprofissional nos diferentes
cenários de atenção à Saúde
Psic. Esp. Res. Djeniffer Rodrigues Coradini
10
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
Psic. Res. Manoela Fonseca Lüdtke
TO. Res. Rochele Bristot
Enfº Res. Stefano Skalski Rodrigues
12h – 13h 30min
Intervalo
TARDE
13h 30min – 15h 30min
Humanização no Parto
Médico Obstetra e Homeopata Ricardo Herbert
Jones
Enfª Ms. Lizandra Flores Pimenta
15h 30 min – 15h 50 min
Coffee-End
16h – 18h
Apresentação de Trabalhos
11
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
LISTA DE RESUMOS CIENTÍFICOS
Eixo Temático: Humanização em Atenção Hospitalar
AUTOR
TÍTULO DO TRABALHO
1- Alexa Pupiara Flores Coelho
SENTIMENTOS DE (IN)SATISFAÇÃO DO
ACADÊMICO
DE
ENFERMAGEM
NA
PRÁTICA
DA
PUNÇÃO
VENOSA
PERIFÉRICA EM ONCOPEDIATRIA
Carmen Lúcia Colomé Beck
Viviani Viero
Tais Falcão Gomes
2- Ana Caroline Boff Hedlund
A
ATUAÇÃO
DO
PSICÓLOGO
NO
DIAGNÓSTICO DE MALFORMAÇÃO FETAL
Paula Moraes Pfeifer
3- Anaíse Dalmolin
Alberto Manuel Quintana
O
PSICÓLOGO
HOSPITALAR,
O
HOSPITAL E A EQUIPE: PRÁTICAS,
RELATOS E SABERES
Ângela Barbieri;
Priscila Ferreira Friggi
4- Carla Silveira De Oliveira
HUMANIZAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA
Mariane da Silva Barbosa,
Luciane Marchetti
Silviamar Camponogara
5- Carolina Santos Altermann
Lizandra Flores Pimenta
Juliana Lima da Silva
Ailime Paim de Assis
RODA
DE
CONVERSA
SOBRE
AMAMENTAÇÃO:
UM
RELATO
DE
EXPERIÊNCIA SOBRE A TROCA DE
SABERES
DOS
RESIDENTES
DO
HOSPITAL E DA ATENÇÃO BÁSICA DO
PROGRAMA
DE
RESIDÊNCIA
MULTIPROFISSIONAL
12
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
6- Caroline Bolzan Ilha
Juliana Lima da Silva
Danilaura Peruzzolo
7 – Clarissa Potter
Rhéa Silvia de Ávila Soares
O
COTIDIANO
DAS
MULHERES
INTERNADAS NA UNIDADE DE TOCOGINECOLÓGICA
DO
HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA A
PARTIR
DE
UMA
INTERVENÇÃO
MULTIDISCIPLINAR
NO
GRUPO:
O
“FUXICO”
INSTRUMENTO DE TRANFERÊNCIA DE
PACIENTES:
PROMOVENDO
A
INTEGRALIDADE DO CUIDADO
Rosana Huppes Engel
Elaine Miguel Farão
Camila Pinno
Mariane Marchesan
8- Danieli Bandeira
Helena Carolina Noal
Verginia Medianeira Dallago
Rossato
A REDE DE CUIDADO DA CRIANÇA
EXPOSTA AO HIV COMO ESTRATÉGIA DE
ORGANIZAÇÃO E HUMANIZAÇÃO DA
ASSISTÊNCIA
Luana Pozzer
Namir Hodali
Luciane Silva Ramos
9- Danielle Abade Moisés
Félix Miguel Nascimento
Guazina
10- Danielle Machado Visentini
Félix Miguel Nascimento
Guazina
11- Diogo Faria Corrêa da
Costa
Gisela Cataldi Flores
A
PSICOLOGIA
NO
CONTEXTO
HOSPITALAR: EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO
CURRICULAR COM PACIENTES COM
DOENÇAS CRÔNICAS
UM OLHAR SOBRE OS SUJEITOS EM UM
HOSPITAL GERAL: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
OFICINAS DE HUMANIZAÇÃO: APOSTA NA
EDUCAÇÃO
PERMANENTE
COMO
DISPOSITIVO DE MUDANÇA NA GESTÃO E
ATENÇÃO À SAÚDE
13
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
Luciane Régio Martins
Bianca Pimentel
Christian Schieck
12- Fernanda Portela Pereira
Cláudia Morais Trevisan
ATUAÇÃO
MULTIPROFISSIONAL
NO
AMBULATÓRIO
DE
REABILITAÇÃO
INFANTIL DO HUSM
Ailime de Assis Paim
Aline Spillari Portella
Juliana Lima da Silva
Juliano Vicente do Nascimento
13- Jeanini Dalcol Miorin
VIVENCIANDO
O
TRABALHO
DO
ENFERMEIRO EM UM PRONTO SOCORRO
Tânia Solange Bosi de Souza
Magnago
Raquel Basso Figueira
Josiane Caroline Zimmermann
14- Karine Almeida Velasco
Félix Miguel Nascimento
Guazina
15- Maria Luiza Silveira
Lizandra Flores Pimenta
O LUGAR QUE OS CUIDADORES OCUPAM
EM UMA UNIDADE DE PACIENTES COM
DOENÇAS CRÔNICAS E TERMINAIS
BENEFÍCIOS DO SUPORTE DAS DOULAS
NO TRABALHO DE PARTO, PARTO E
NASCIMENTO
Caroline Bolzan Ilha
16- Mariane da Silva Barbosa
Raquel Pötter Garcia
Carla Silveira de Oliveira
A RELEVÂNCIA DA COMUNICAÇÃO PARA
A HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO DE
ENFERMAGEM
EM
AMBIENTE
HOSPITALAR
Bruna Sodré Simon
Tais Falcão Gomes
Maria de Lourdes Denardin
14
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
Budó
17- Paola Souza Castro Weis
Priscila Kurz de Assumpção
HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM NA IDENTIFICAÇÃO DA
SENSAÇÃO DOLOROSA NO NEONATO
Aline Tatsch Neves
18- Paula Moraes Pfeifer
Ana Caroline Boff Hedlund
POSSIBILIDADES
DE
INTERVENÇÃO
PSICOLÓGICA
PRECOCE
EM
CARDIOLOGIA FETAL
Alberto Manuel Quintana
Patricia Ruschel
19- Silvana Cruz da Silva
Lúcia Beatriz Ressel;
OS
SIGNIFICADOS
DA
INFLUÊNCIA
SOCIOCULTURAL NA CONSTRUÇÃO DA
SEXUALIDADE DE ADOLESCENTES
Larissa Da Silva Borges;
Josiane Zimmermann;
Camila Nunes Barreto
20- Tais Falcão Gomes
Maria Denise Schimith
EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO PRÁTICA
PARA O AUTOCUIDADO EM UMA UNIDADE
DE NEFROLOGIA
Bruna Sodré Simon
Alexa Pupiara Flores Coelho
Mariane da Silva Barbosa
21- Talita Portela Cassola
Anahlú Pessérico
PROCESSO
DE
ENVELHECIMENTO
SAUDÁVEL NA PERSPECTIVA DOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Cristiane Massoli Moreira
22- Tifany Colomé Leal
Maria de Lourdes Denardin
Budó
HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM
NO
PERÍODO
PERIOPERATÓRIO:
RELATO
DE
EXPERIÊNCIA
15
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
Bruna Sodré Simon
Ana Lúcia Pinheiro Uberti
Maria Denise Schimith
Alexsandra Real Saul
23- Vitória Hoerbe Beltrame
Danilaura Perruzolo
Juliana Lima da Silva
Catiuscia Rosa Moreira
A
MANUTENÇÃO
DOS
VÍNCULOS
FAMILIARES
E
DE
EXPERIÊNCIAS
COTIDIANAS, PARA DIMINUIR A ANGÚSTIA
DA HOSPITALIZAÇÃO DE UMA GESTANTE
DE ALTO-RISCO - CONTRIBUIÇÕES DA
TERAPIA OCUPACIONAL
Eixo Temático: Humanização em Atenção Básica
AUTOR
TÍTULO DO TRABALHO
24- Amanda Lemos de
Medeiros
QUALIDADE
DA
ASSISTÊNCIA
DE
ENFERMAGEM
NO
PRÉ-NATAL
EM
ESTRATÉGIA
SAÚDE
DA
FAMÍLIA:
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Bruna Parnov Machado
25- Camila Pinno
Luiz Anildo Anacleto da Silva
EMPODERAMENTO DOS SUJEITOS NA
ATENÇÃO
BÁSICA POR
MEIO
DA
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
Sandra Marcia Schmidt
Helena Carolina Noal
26- Daniela Aline Kaufmann
Seady
RELATO
DE
VIVÊNCIA:
O
FISIOTERAPEUTA EM AÇÕES DE SAÚDE
MENTAL NA ESF MARINGÁ
Hedioneia Maria Foletto Pivetta
27- Ethiene da Silva Fontoura:
Adriane Cervi Blümke
Karla de Souza Maldonado
ANÁLISE DO CONSUMO DE FERRO
ALIMENTAR E FERRO EXÓGENO POR
NUTRIZES ATENDIDAS NA ATENÇÃO
PRIMÁRIA DO MUNICÍPIO DE SANTA
MARIA, RS
16
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
Karen Mello de Mattos
28- Flávia de Mello Disconsi
Eliane Tavares da Silva
PERDA DA QUALIDADE DE VIDA DO
PORTADOR DE DIABETES MELLITUS: UM
RELATO DE CASO
Michele Machado Quinhones
Ferrão
Alessandro Santos da Costa
Leandro Nunes Ferrão
29- Josiane Zimmermann
Silvana Cruz da Silva
Larissa Borges da Silva
VIVENCIANDO
AS
PERCEPÇÃO
DAS
ACERCA DE GÊNERO
DIFERENÇAS:
A
ADOLESCENTES
Lúcia Beatriz Ressel
30- Kelen da Costa Pompeu
Thaise da Rocha Ferraz
Lizandra Flores Pimenta
GRUPO
DE
GESTANTES
NASCER
SORRINDO – UMA PERSPECTIVA DE
ATENÇÃO
HUMANIZADA
E
MULTIPROFISSIONAL ÀS MULHERES NO
CICLO GRAVÍDICO-PUERPERAL
Tamiris Teixeira Pugin
Janaina Peixoto da Rosa
Camila Lenhart Vargas
31- Márcia Elisa Jager
O HOMEM E O ATENDIMENTO EM SAÚDE
NO CONTEXTO DO SUS
Danielle da Costa Souto
Ana Cristina Garcia Dias
32- Thomaz da Cunha
Figueiredo
PRÁTICAS
INTEGRATIVAS
E
COMPLEMENTARES EM EVENTO PARA
TERCEIRA IDADE
Letícia Fernandez Frigo
Eixo Temático: Humanização em Saúde Mental
17
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
AUTOR
TÍTULO DO TRABALHO
33- Katiusci Lehnhard Machado
RELATO DE VIVÊNCIAS DE RESIDENTES
NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DE
CAMPINAS- SP
Carmem Lúcia Colomé Beck
Laura Ferreira Cortes
Fábio Mello da Rosa
Fábio Becker Pire
Marlene Gomes Terra.
18
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
RESUMOS CIENTÍFICOS
19
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
1 SENTIMENTOS DE (IN)SATISFAÇÃO DO ACADÊMICO DE ENFERMAGEM NA
PRÁTICA DA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA EM ONCOPEDIATRIA
Alexa Pupiara Flores Coelho
Carmen Lúcia Colomé Beck
Viviani Viero
Tais Falcão Gomes
Palavras-chave: Enfermagem; Saúde do Trabalhador; Oncologia; Pediatria.
INTRODUÇÃO: O trabalho em oncopediatria é permeado por sentimentos de
satisfação e de insatisfação, os quais resultam das experiências vivenciadas
individualmente, em grupo, com o pacientes, com a equipe, com seus familiares, as
quais expressam conflitos subjetivos e frustrações. A punção venosa periférica
(PVP) na criança com câncer pode mobilizar esses sentimentos, sobretudo no
acadêmico de enfermagem na situação em que o mesmo encontra-se em processo
de formação de suas habilidades técnico-científicas. OBJETIVO: Relatar os
sentimentos de satisfação e insatisfação vivenciadas pelo acadêmico de
enfermagem na prática da PVP em oncopediatria. MÉTODO: Relata-se a
experiência de uma acadêmica de enfermagem inserida em uma unidade de
tratamento oncopediátrica, em um hospital universitário do interior do Rio Grande do
Sul/Brasil. Estas vivências ocorreram a partir da realização de atividades vinculadas
a uma bolsa extracurricular assistencial de enfermagem, iniciada em janeiro de 2013
e em andamento. A assistência aos pacientes e familiares neste cenário e período
propiciou
as
experiências
e
percepções
apresentadas
nesse
trabalho.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A via endovenosa é a mais utilizada para a
quimioterapia em crianças e adolescentes, e demanda um acesso venoso seguro 1. A
PVP exige do profissional de enfermagem habilidades e conhecimentos científicos 2,
além de humanização e capacidade para lidar com o desgaste psicológico. No que
se refere à oncopediatria, a PVP constitui um procedimento invasivo delicado e,
quase sempre, estressante para a criança e os pais, exigindo do profissional
responsável agilidade, destreza, habilidade, empatia e autocontrole. O acadêmico de
enfermagem encontra-se em estágio de formação dessas competências, sentindose inseguro para a realização deste procedimento3. O assumir para a si a
responsabilidade sobre a PVP na criança com câncer mobiliza no acadêmico de
20
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
enfermagem sensações de satisfação relacionada à confiança do enfermeiro em
delegar um procedimento importante; ao reconhecimento do familiar e da equipe
quando a punção é bem sucedida; à realização pessoal ao observar o crescimento
das próprias habilidades; ao sentimento de estar sendo um ator fundamental para a
terapêutica. No entanto, acarreta vivências de insatisfação quando a punção mal
sucedida aumenta o estresse da criança e do familiar; o acadêmico visualiza o
sofrimento da criança e o internaliza; o acadêmico teme o julgamento da equipe
frente às suas dificuldades; o acadêmico teme realizar uma punção mal sucedida e
perder a confiança dos pais para a realização de outros cuidados; o acadêmico
percebe que a aquisição da habilidade é lenta e permeada por percalços.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: É necessário ampliar os espaços oferecidos ao aluno
na sua formação, estimulando-os a buscarem aperfeiçoar estas habilidades,
realizando procedimentos técnicos delicados com mais segurança e tranqüilidade. O
exercício do diálogo acerca destas vivências também é importante para a formação
dos acadêmicos de enfermagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1 Moscatello E, Ferreira G. Assistência de enfermagem à criança e ao adolescente
durante a quimioterapia. In.: Oncologia pediátrica: uma abordagem multiprofissional.
Org.: Malagutti, W. São Paulo: Martinari, 2011. 384 p.
2 Torres MM, Andrade D, Sanos CB. Punção venosa periférica: avaliação do
desempenho dos profissionais de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem
[internet] 2005 [acesso em 2013 mar 13]. 13(3): 229-304. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v13n3/v13n3a03.pdf.
3 Nascimento MAL, Cruz RG, Santos TS. Os caminhos venosos percorridos pela
enfermagem. Esc. Anna Nery Rev. de Enferm [internet] 2000 [acesso em 2013 mar
13].
4(1):31-36.
Disponível
em:
http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/1277/127718313005.pdf.
21
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
2 A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO DIAGNÓSTICO DE MALFORMAÇÃO FETAL
Ana Caroline Boff Hedlund
Paula Moraes Pfeifer
Palavras-chave: Psicologia, gestação, medicina fetal, malformações.
INTRODUÇÃO: Desde a descoberta da gestação até o nascimento, mãe e bebê
passam por experiências físicas, psicológicas e sociais únicas. Ao mesmo tempo em
que ocorre o crescimento físico do bebê, a mulher, em seu psiquismo idealiza seu
filho e sua relação como mãe¹. Nesse contexto, há a formação de um bebe
imaginário². Mas o que acontece quando, ainda no pré-natal a paciente descobre a
existência de um bebê que foge da imagem anteriormente idealizada? Em um
Hospital de Ensino do interior do Rio Grande do Sul, há um ambulatório de Medicina
Fetal especializada na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de gestantes
cujos bebês apresentam possíveis malformações. Nesse local, as pacientes e os
familiares recebem acompanhamento psicológico. OBJETIVO: Apresentar o
trabalho realizado pela residente da psicologia no ambulatório de Medicina Fetal.
METODOLOGIA: Relato de vivência. No ambulatório cabe a residente da psicologia,
acolher e ofertar à escuta, trabalhando com a gestante e os familiares, questões
relacionadas à perda do filho idealizado (morte simbólica) ou até mesmo uma
possível perda real (morte real). RESULTADOS: Observa-se através da prática que
as reações iniciais dependem, em parte, do tipo de malformação, ou seja, se ela é
visível, se pode ser corrigida, se afeta a imagem, o sistema nervoso central ou a
genitália ou se é letal. Verifica-se também, casos em que os pais, diante de um mau
prognóstico vivenciam o luto da morte real precipitadamente. Antecipam o luto na
tentativa de amenizar o sofrimento, ou o contrário, negam o risco de morte. Os
principais sentimentos que norteiam o processo, que vai desde a descoberta do
diagnóstico até o nascimento, são a negação e a culpa. A atuação do psicólogo
neste campo possibilita uma escuta qualificada, capaz de acolher e ressignificar as
questões que envolvem o diagnóstico. DISCUSSÃO: O diagnóstico pré-natal de
malformações chegou ao Brasil no final da década de 70, através dos exames de
ultrassonografia. Com a necessidade, nos últimos anos desenvolveu-se uma nova
área multidisciplinar denominada Medicina Fetal. O modo como o diagnóstico é
dado, revelou-se como um fator essencial para o enfrentamento e prognóstico do
22
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
mesmo³. Se deparar com uma malformação fetal fere o narcisismo dos pais, é como
reconhecer no filho as suas próprias fraquezas. CONCLUSÃO: Observa-se a
importância do acompanhamento psicológico da gestante desde a comunicação do
diagnóstico até os primeiros contatos com o filho. Trata-se assim, de uma proposta
voltada para atenção humanizada à saúde das gestantes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. STERN, D.. O mundo interpessoal do bebê, 1992. Porto Alegre: Artes Médicas.
2. RIBAS, Debenetti, C. Litvin, EM. Radke, KW. Prado, LC. et al. O real e o
imaginário nas interações precoces mãe-bebê. Revista do Ceapia, 1992: 12-33.
3. GOMES, Aline Grill; PICCININI, Cesar Augusto. Malformação no bebê e
maternidade: aspectos teóricos e clínicos. Psic. Clin. Rio de Janeiro, vol.22, p.15 –
38,
2010.
23
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
3 PSICÓLOGO HOSPITALAR, O HOSPITAL E A EQUIPE: PRÁTICAS,
RELATOS E SABERES
Anaíse Dalmolin
Alberto Manuel Quintana
Ângela Barbieri
Priscila Ferreira Friggi
Palavras-chave:
Psicologia;
Equipe de Assistência
ao Paciente;
Serviços
Hospitalares.
O presente trabalho é fruto de uma pesquisa de caráter qualitativo feita com
Psicólogos Hospitalares sobre suas visões acerca do trabalho, desafios e
perspectivas nesta área de atuação. O objetivo foi conhecer a percepção destes em
relação a seu trabalho e atuação na equipe multiprofissional da instituição, assim
como dificuldades e conquistas. Para tanto, foram convidados todos os psicólogos
com vínculo empregatício de um hospital escola do interior do Rio Grande do Sul a
conceder entrevista sobre o tema. Um dos profissionais não aceitou participar, e os
demais foram entrevistados utilizando-se de método clínico qualitativo, com
entrevistas semi dirigidas com eixos norteadores (Minayo, 2012; Turato, 2003). A
interpretação dos dados foi balizada pela análise de conteúdo (Bardin, 1977). Os
resultados foram divididos em 5 categorias que emergiram da fala dos entrevistados:
atribuições do psicólogo hospitalar; preparo acadêmico e escolha pelo hospital como
local de trabalho; relação com a equipe multidisciplinar de saúde; a conquista do
espaço; e dificuldades do trabalho e a escolha por não realizar entrevista. Os dados
obtidos evidenciam a ausência de coletividade na prática dos psicólogos
hospitalares, aparentemente causada por um reduzido número de profissionais
atuantes; pouco preparo acadêmico e profissional para esta atuação; e dificuldades
de inserção dos profissionais no contexto hospitalar, apesar de haver relatos boa
aceitação da equipe multiprofissional de saúde em relação à nova profissão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Bardin, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 1977.
24
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
Minayo, MCS. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 25. ed. Petrópolis:
Vozes; 2007.
Turato, ER. Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa: Construção
teórico-epistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde e
humanas. Petrópolis: Vozes; 2003.
25
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
4 HUMANIZAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Carla Silveira De Oliveira
Mariane da Silva Barbosa,
Luciane Marchetti
Silviamar Camponogara
Palavras-chave: Humanização, paciente e terapia intensiva.
INTRODUÇÃO: Em virtude do aumento da complexidade e gravidade das doenças
que acometem os indivíduos, tornou-se necessária a criação das Unidades de
Terapia Intensiva (UTI), caracterizadas por abarcarem recursos tecnológicos
avançados e profissionais da saúde qualificados. A partir disto, os profissionais ao
desenvolverem suas atividades, estão envolvidos na maior parte do tempo com
máquinas e monitores, podendo, muitas vezes, haver uma diminuição da interação
com o paciente e com seus familiares. O processo de humanização neste tipo de
unidade se constitui, inclusive, em incluir no cuidado o contexto familiar e social,
cuidando do paciente como um todo. Portanto, é relevante destacar que o ambiente
em que o usuário é atendido deve representar um espaço que venha ao encontro da
prestação de uma assistência de qualidade pelos profissionais, contribuindo na
humanização desta assistência1. OBJETIVO: Relatar sobre a importância da
humanização no cuidado a pacientes e familiares em terapia intensiva.
METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de um relato de experiência, realizado
a partir de aulas práticas da disciplina de Enfermagem no cuidado ao adulto em
situações críticas de vida, do curso de enfermagem da Universidade Federal de
Santa Maria, em uma Unidade de Terapia Intensiva Adulto de um hospital público,
subsidiado por aporte teórico disponível sobre o assunto. RESULTADOS E
DISCUSSÕES: Em uma unidade de terapia intensiva a vida do paciente, na maioria
das vezes, está em risco, tornando o ambiente tenso, com grande fluxo de
profissionais, ruídos excessivos dos equipamentos, com a convivência com outros
pacientes em estado grave, onde o medo e a possibilidade de morte se fazem
presentes. Quando abordamos a atenção hospitalar em uma UTI, é preciso
compreender o conceito de humanização. Este, além de estar voltado ao paciente e
seus familiares, deve estar voltado à equipe de saúde e à estrutura da unidade
hospitalar, que pode interferir no conforto do paciente2. Porém, existem fatores que
interferem em um cuidado humanizado efetivo, especialmente em relação aos
26
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
pacientes e familiares, quando há certo automatismo das funções, por parte dos
profissionais, ao realizarem suas atividades. Outro fator que pode contribuir para
isso refere-se à comunicação insuficiente dos profissionais de enfermagem com os
familiares, não esclarecendo a situação do paciente. É necessário, também,
considerar a equipe de saúde quanto ao número de profissionais, que deve ser
suficiente, para minimizar a ocorrência de sobrecarga de trabalho e estresse, e não
dificultar a relação interpessoal entre estes. Estes aspectos podem interferir,
negativamente, na efetivação do cuidado humanizado em terapia intensiva. O
respeito pelo ser humano e valorização do paciente e sua família, tornam-se
aspectos imprescindíveis na humanização da assistência. Colocar-se no lugar do
outro, a fim de compreender o que este vivencia e sente é relevante para melhorar a
qualidade do cuidado humanizado prestado3. CONCLUSÕES: Diante do exposto,
compreendemos a necessidade do processo de humanização se fazer presente em
uma UTI por meio de uma visão holística do paciente, do respeito a este e seu
familiar, do conforto oferecido ao paciente, de educação permanente com a equipe
de saúde.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1.
Beck CLC, Lisbôa RL, Tavares JP, Silva RM, Prestes FC. Humanização da
assistência de enfermagem: percepção de enfermeiros nos serviços de saúde de um
município. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre. 2009 mar; 30(1): 54-61.
2.
Costa SC, Figueiredo MRB, Schaurich D. Humanização em Unidade de
Terapia Intensiva Adulto (UTI): compreensões as equipe de enfermagem. Interface Comunic Saúde e Educ., 2009 16(1): 571-80.
Beck, CLC, Gonzales RMB, Denardin JM, Trindade LL, Lautert L. A
humanização na perspectiva dos trabalhadores de enfermagem. Texto Cont
Enferm., Florianópolis. 2007 jul-set; 16(3): 503-10.
3.
27
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
5
RODA
DE
CONVERSA
SOBRE
AMAMENTAÇÃO:
UM
RELATO
DE
EXPERIÊNCIA SOBRE A TROCA DE SABERES DOS RESIDENTES DO
HOSPITAL E DA ATENÇÃO BÁSICA DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA
MULTIPROFISSIONAL INTEGRADA (CCS/UFSM).
Carolina Santos Altermann
Lizandra Flores Pimenta
Juliana Lima da Silva
Ailime Paim de Assis
Palavras-chave: Aleitamento Materno, Atenção Primária à Saúde, Atenção Terciária
à Saúde.
INTRODUÇÃO: Dentre as ações que operacionalizam a Política Nacional de
Humanização, uma delas implica na construção de diferentes espaços de encontro
entre sujeitos (Grupo de Trabalho, Rodas, etc.), e a construção e troca de saberes 1.
Desta forma, a roda de conversa é uma estratégia que articula formação e pesquisaintervenção em rede, visando diálogo-confrontação entre conhecimento científico e
experiências dos trabalhadores2. Tornando-se um espaço destinado ao diálogo onde
os envolvidos têm a oportunidade de adquirir capacidade de discernimento, de modo
que provoque a mudança de comportamento e maior autonomia3. Com base nesta
estratégia realizou-se uma Roda de Conversa, promovida pelos residentes da
atenção hospitalar área de concentração Mãe-Bebê da RMI-UFSM, com a
participação de profissionais da rede de atenção à saúde municipais e residentes da
Atenção Básica - Estratégia Saúde da Família da RMI-UFSM. OBJETIVOS:
Proporcionar a troca de experiências entre profissionais da rede municipal e
residentes do Programa de Residência Multiprofissional Integrada CCS/UFSM (RMIUFSM, sobre a temática da amamentação. METODOLOGIA: A partir da demanda
dos sujeitos sobre o aleitamento materno realizou-se uma Roda de Conversa, onde
se expôs as diferenças no atendimento as puerperas nos níveis de atenção e as
formas e particularidades de cada sistema. Buscou-se a preparação para a
discussão, sistematizando informações, no intuito de produzir trocas e intervenções
mais produtivas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A roda de conversa sobre
amamentação possibilitou a construção de um diálogo entre residentes e
profissionais de diferentes serviços e níveis de atenção, identificando uma
28
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
intervenção mais centrada nos grupos de pré-natal da atenção básica. Levantou-se
a necessidade de referência e contra-referência das gestantes que participam do
pré-natal de alto riso, não perdendo vinculação com a unidade de seu território e
capacitação quanto às técnicas que facilitam o processo de amamentação. Levando
a pensar sobre a necessidade de matriciamento, formulação de novas propostas,
tanto no hospital como nos campos de atuação dos residentes da atenção básica,
no que se refere ao incentivo à amamentação em grupos de acolhimento, nas
consultas de pré-natal e puerpério, ampliando a atenção integral à saúde e
promovendo a intersetorialidade. CONCLUSÕES: A ação revelou-se importante
estratégia de educação em saúde e na humanização do cuidado, possibilitando a
compreensão da necessidade de introduzir no processo de trabalho trocas de
saberes entre os profissionais de saúde, em diversos níveis de atenção,
favorecendo, maior articulação e qualificação das redes de serviços que compõe o
Sistema Único de Saúde (SUS). Proporcionou também o balizamento das técnicas e
manejos do aleitamento, com vistas a alcançar a uniformidade das informações e
ações dos profissionais de saúde de diferentes núcleos, como nutricionista,
enfermeira, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, assistente social, fonoaudióloga,
psicóloga e educador físico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional da Humanização. A Humanização
como Eixo Norteador das Práticas de Atenção e Gestão em Todas as Instâncias do
SUS. Série B. Textos Básicos de Saúde, Brasília: 2004.
2. BARROS, M.E.B.; MORI, M.E.; BASTOS, S.S. O desafio da Política Nacional de
Humanização nos processos de trabalho: o instrumento “Programa de Formação em
Saúde e Trabalho”. Cad. Saúde Coletiva, v. 14, n. 1, p. 31-48, 2006.
3. SIMONETTI, J.R.; ADRIÃO, M.; CAVASIN, S. Saúde sexual e reprodutiva: uma
experiência de rodas de conversa em Corumbá – Mato Grosso e Foz do Iguaçu –
Paraná. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Escolas promotoras de saúde:
experiências do Brasil. Brasília, 2007. p. 247-252.
29
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
6 O COTIDIANO DAS MULHERES INTERNADAS NA UNIDADE DE TOCOGINECOLÓGICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA A PARTIR
DE UMA INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR NO GRUPO: O “FUXICO”.
Caroline Bolzan Ilha
Juliana Lima da Silva
Danilaura Peruzzolo
Palavras-Chave: Humanização da Assistência; Saúde da Mulher; Internação
Hospitalar; Equipe Interdisciplinar de Saúde.
INTRODUÇÃO: A Política Nacional de Humanização fundamenta a atenção integral
e o caráter preventivo, com práticas que buscam favorecer a vinculação e se
preocupam em atender as necessidades do paciente¹. No grupo leva-se em
consideração a percepção da mulher e as dificuldades com as quais se deparam
durante a hospitalização, já que durante a internação, rompem com o cotidiano e
caem em uma rotina hospitalar. Levando-as a conviver com a necessidade de criar
recursos para enfrentar e se adaptar à nova condição². OBJETIVO: O presente
trabalho, tem como objetivo relatar a vivência do grupo Fuxico, intervenção realizada
pela Equipe Multidisciplinar da RMI da área de concentração Mãe-Bebê, sobre o
cotidiano das mães que permanecem na Unidade por longo período. MÉTODOS: O
grupo foi realizado na Unidade Toco-Ginecologica do HUSM, que assiste à saúde da
mulher e do recém nascido. A técnica utilizada para a captação dos discursos foi à
observação participante durante as intervenções no grupo denominado Fuxico onde
foram realizadas ações de saúde, fortalecimento da assistência no pré-natal e parto
promovendo autonomia; e a metodologia foi direcionada para entender o sentimento
das mulheres/mães em relação a esta permanência. RESULTADOS: Observou-se a
necessidade e dificuldade em permanecer no espaço hospitalar, pois exigia que as
mães se desprendessem de seu cotidiano, do qual já tinham domínio, para vivenciar
uma nova cotidianidade, adaptando-se a uma dinâmica delimitada pelas normas e
rotinas. Além disso, experimentam a contradição de permanecer em um ambiente
organizado para possibilitar, um cuidado intensivo de alguma patologia gestacional
ou do recém-nascido, mas ao mesmo tempo, em um cenário de sofrimento que
compartilha com o filho na luta pela sobrevivência. Manifestação de dualidade de
sentimentos, divisão entre atender às necessidades do filho que espera, às
30
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
demandas da família e às próprias necessidades. Ao mesmo tempo em que este
espaço possibilita novos relacionamentos e vínculos no convívio diário. O
sentimento mais expressado foi saudade dos membros próximos da família e
ressentimento de não poder dar assistência aos outros filhos, pois estes referem que
se sentem preteridos pela atenção que elas dispensam ao filho gestado, e muitas
vezes manifestam sentimento de abandono. Deflagraram-se com a ausência de
uma rede de apoio, mas demonstraram que a permanência na unidade e a
convivência contínua com outras mães favoreceu a construção de redes.
CONCLUSÃO: A interação com profissionais de saúde surge como estratégia de
apoio as mulheres e possibilita que se distanciem da difícil situação que vivenciavam
e compartilhem momentos, trazendo um pouco do cotidiano familiar externo para
reflexões e ações dentro da rotina na Unidade. Estratégias dessa natureza consolida
uma concepção ampliada do fazer saúde no contexto hospitalar³, diante da nova
realidade de trabalho, que possibilitou um processo de adaptação, com escuta
sensível e atenta, promovendo uma atuação efetiva e respeitosa, considerando a
integralidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional da Humanização. A Humanização
como Eixo Norteador das Práticas de Atenção e Gestão em Todas as Instâncias do
SUS. Série B. Textos Básicos de Saúde, Brasília: 2004.
2. Vasconcelos MGL, Leite AM, Scochi CGS. Significados atribuídos à vivência
materna como acompanhante do recém-nascido pré-termo e de baixo peso. Rev
Bras Saúde Matern Infant. 2006; 6: 47-57.
3. Nogueira-Martins MCF, Bógus MC. Considerações sobre a metodologia
qualitativa como recurso para o estudo das ações de humanização em saúde. Saúde
Soc. 2004; 13: 44-57.
31
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
7 INSTRUMENTO DE TRANFERÊNCIA DE PACIENTES: PROMOVENDO A
INTEGRALIDADE DO CUIDADO
Clarissa Potter
Rhéa Silvia de Ávila Soares
Rosana Huppes Engel
Elaine Miguel Farão
Camila Pinno
Mariane Marchesan
Palavras-chave:
Humanização
da
Assistência.
Regulação
assistencial.
Integralidade.
INTRODUÇÃO: A rede de atenção à saúde é composta pelo conjunto de serviços e
equipamentos de saúde que se dispõe num determinado território geográfico. Estes
serviços são como os nós de uma rede: uma unidade básica de saúde, um hospital
geral, um centro de atenção psicossocial, dentre outros1. A equipe multiprofissional
pode ser, efetivamente, responsável pela atenção integral do usuário; em todos os
aspectos de sua saúde, devendo elaborar instrumentos, projetos que contemplem a
singularidade de cada indivíduo, buscando compreender e suprir as suas
necessidades. Dessa forma, se fazem necessárias ações inovadoras nos serviços
de saúde que busquem efetivar os princípios do SUS, dessa forma a construção de
redes ativas é uma estratégia indispensável, pois permite criar múltiplas respostas
para o enfrentamento da produção saúde-doença
2,3
. OBJETIVO: Relatar a
experiência de unidades de clínica médica que implementaram um instrumento de
transferência de usuários na alta hospitalar para a atenção primária em saúde
visando garantir à integralidade na atenção a saúde no sistema público.
METODOLOGIA: O instrumento de transferência foi elaborado por integrantes da
equipe de enfermagem da unidade de clínica cirúrgica em conjunto com residentes
do programa de residência multiprofissional em um hospital universitário. Este
contém as seguintes questões: nome do paciente; data de nascimento; número de
registro no hospital; endereço domiciliar; profissional de referência no caso após a
alta hospitalar; telefone do serviço de referência; nome da pessoa com quem foi feito
contato telefônico; data da internação; data da alta hospitalar; diagnóstico clínico de
32
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
internação; cirurgia e /ou procedimento realizado; cuidados domiciliares necessários;
profissionais envolvidos na transferência do paciente; enfermeiro responsável pela
transferência. Também foi acrescentado ao final do documento o telefone da
unidade hospitalar e a solicitação para que o serviço de referência confirme o
recebimento da segunda via. Primeiramente, é realizado o contato telefônico com o
serviço de referência do usuário, sendo conversado, se possível, com o profissional
de referência no caso. Após esse contato, o profissional preenche a documentação
em duas vias de igual teor, e procede a orientação do usuário quanto aos cuidados
pertinentes ao seu caso, bem como da importância de que o documento seja
entregue ao profissional da atenção básica. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Percebemos que a maioria dos profissionais contatados foram receptivos, sendo que
muitos salientaram a importância da continuidade dos cuidados no domicílio.
Quando possível foi agendada visita domiciliar da equipe de estratégia de saúde da
família. Nesse processo de implantação do instrumento observamos maior
envolvimento dos profissionais no planejamento da alta hospitalar, sendo
investigadas as possíveis necessidades do usuário no domicílio, o que tem
contribuído para a melhoria da qualidade de vida desses indivíduos. CONCLUSÃO:
Compreendemos que muitos são os “nós críticos” encontrados, principalmente no
que tange a regulação assistencial5, sendo necessário romper com o modelo
tradicional vigente, atuando para a comunicação efetiva entre os profissionais dos
serviços que
integram a rede
de cuidados,
buscando
a
efetivação
da
intersetorialidade constituindo-se em um importante desafio na prática profissional
em saúde na busca da integralidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. Carvalho SR, Campos GWS. Modelos de atenção à saúde: a organização de
Equipes de Referência na rede básica da Secretaria Municipal de Saúde de Betim,
Minas Gerais. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 16 (2): 507-515, abr-jun, 2000.
2. Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de
Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Redes de produção de saúde –
Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
3. Ministério da Saúde (Brasil). Diretrizes para a implantação de Complexos
Reguladores / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento
de Regulação, Avaliação e Controle de Sistemas. – Brasília: Ministério da Saúde,
2006
33
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
8 A REDE DE CUIDADO DA CRIANÇA EXPOSTA AO HIV COMO ESTRATÉGIA
DE ORGANIZAÇÃO E HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
Danieli Bandeira
Helena Carolina Noal
Verginia Medianeira Dallago Rossato
Luana Pozzer
Namir Hodali
Luciane Silva Ramos
Palavras-chave: Humanização da Assistência. Criança. Atenção à Saúde.
INTRODUÇÃO A epidemia de AIDS no Brasil se configura como sub-epidemias
regionais, entre 1980 a junho de 2011, foram notificados 608.203 casos de
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e, em 2010 foram notificados
34.218 novos casos, com taxa de incidência nacional de 17,9/100.000 habitantes. 1
Nessa mesma lógica, a taxa de transmissão vertical do HIV, sem qualquer
intervenção, situa-se em torno de 25,5%, podendo ser reduzida a 2% se obtiver
acompanhamento e intervenção preventiva adequada. Com uma prevalência de
0,41% de infecção pelo HIV em gestantes, estima-se que 12.456 recém-nascidos
sejam expostos ao HIV por ano. Em nosso país, a taxa estimada de transmissão
vertical do HIV é de 6,8%.1-2 Neste sentido, faz-se necessária atenção especial ao
fluxo das crianças expostas ao HIV na rede de atenção a saúde, devido à
necessidade das crianças nascidas vivas de mães infectadas pelo HIV serem
atendidas, preferencialmente, em unidades especializadas, pelo menos até a
definição de seu diagnóstico – aos 18 meses de idade, e daquelas que se revelarem
infectadas permanecerem em atendimento nessas unidades, ao passo que as não
infectadas poderão ser encaminhadas para acompanhamento em unidades básicas
de saúde.3 Para tanto, ressalta-se a importância de uma organização da rede de
cuidado a criança exposta ao HIV, buscando uma continuidade na atenção a saúde
por meio da referência e contra referência garantindo assim uma atenção
humanizada. OBJETIVO Relatar a atuação de residentes multiprofissionais, do
campo da vigilância em saúde, na construção de uma linha de cuidado do
atendimento às crianças expostas ao HIV visando à humanização da atenção em
saúde. METODOLOGIA Trata-se de um estudo descritivo, caracterizado como um
34
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
relato da experiência sobre a atuação de residentes de um Programa de Residência
Multiprofissional Integrada em Sistema Público de Saúde, na atenção a saúde de
crianças expostas ao HIV. O trabalho conta com residentes alocados no Núcleo de
Vigilância Epidemiológica Hospitalar (NVEH) de um Hospital Universitário de um
município da região central do Rio Grande do Sul e de residentes atuantes na
Secretaria Municipal de Saúde deste mesmo município. A intervenção destes
residentes visa um melhor acompanhamento das crianças expostas ao HIV no
serviço ambulatorial, além de referenciá-las após a alta ambulatorial para a Atenção
Básica, buscando a continuidade do cuidado e a construção de uma rede de saúde
mais sólida. RESULTADOS E DISCUSSÃO A atuação dos residentes junto às
crianças expostas ao HIV tem auxiliado no acompanhamento e no controle da
frequência destes usuários ao serviço de saúde, garantindo a continuidade da
assistência prestada. Além disso, a intervenção reforça as ações de vigilância
epidemiológica e contribui para a corresponsabilização dos profissionais, por meio
da referência e contra-referência implantada. CONCLUSÃO As ações desenvolvidas
mostram-se como ferramentas estratégicas de integração entre a atenção hospitalar
e
a
atenção
básica,
permitindo
uma
maior
comunicação
e
divisão
de
responsabilidades entre os profissionais da saúde. Dessa maneira, a intervenção
vem contribuindo para uma prestação de um cuidado à saúde integral e
humanizado.
REFERÊNCIAS
1. Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
DST, Aids e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico – Aids e DST. Brasília – DF.
2011.
2. Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa
Nacional de DST e Aids. Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV
e sífilis. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília – DF. 2006.
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa
Nacional de DST e Aids. Guia de tratamento clínico da infecção pelo HIV. Série A.
Normas e Manuais Técnicos. Brasília-DF. 2007.
35
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
9 A PSICOLOGIA NO CONTEXTO HOSPITALAR: EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO
CURRICULAR COM PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS
Danielle Abade Moisés
Félix Miguel Nascimento Guazina
Palavras-chaves: Hospitalização, Humanização, Psicologia.
O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma experiência de estágio
curricular no contexto hospitalar do curso de graduação em Psicologia. Para o relato
das experiências recorreu-se as análises feitas durante os atendimentos realizados
com os usuários e seus familiares, assim como a observação de eventos e situações
que ocorreram na unidade durante o período das atividades de estágio envolvendo a
equipe de saúde, pacientes e familiares. O estágio foi realizado em um hospital geral
no interior do estado do Rio Grande do Sul, atendendo sujeitos com doenças
crônicas ou em fase terminal, tendo 12 horas semanais, ocorrendo no período de
agosto a dezembro de 2012, tendo como objetivo principal o cuidado do sujeito
internado, propiciando momentos de escuta e acolhimento aos sujeitos e seus
familiares em sofrimento devido à hospitalização. Sabe-se o quanto é difícil à
inserção do estagiário em qualquer que seja o contexto de atuação devido à
inexperiência e o real desconhecido pelo estudante. Se tratando do contexto
hospitalar, logo se entende que há muitos motivos para que o medo e a insegurança
do estudante que ali se insere, surjam. O estagiário além de se deparar com a
realidade do hospital público tem também de se deparar com o sofrimento do
paciente, a dor, o sangue, a morte e o mau odor vindo de alguns pacientes devido à
doença (CHIATTONE, 2000). Deparando-se com essa realidade é possível
presenciar inúmeras situações incômodas ao estagiário principalmente ao que se
refere à humanização do atendimento, tais como, o sujeito e seu cuidador em
sofrimento, tanto pela enfermidade, mas principalmente pela ausência ou a
insuficiente informação da sua doença, assim como as múltiplas questões que
envolvem a equipe de saúde, como a falta de médicos plantonistas e sobrecarga de
trabalho devido os poucos profissionais contratados,
gerando assim,
um
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
atendimento de ordem tecnicista, pouco humanizado. Depara-se também com a
precariedade da estrutura física do hospital, que não atende as condições mínimas
de conforto ao familiar. Humanizar refere-se à possibilidade de mudança na gestão,
mudando as práticas de atendimento, assumindo uma postura ética de respeito ao
sujeito, não vê-lo como apenas um usuário, mas um cidadão (FORTES, 2004). A
dificuldade de aproximação do médico com o usuário advém de um problema
evidenciado na estrutura da atenção básica que se refere na defasagem de
profissionais médicos no Brasil, assim os profissionais dividem o seu tempo de
trabalho atuando em diferentes lugares e consequentemente dificultando o
acompanhamento integral do usuário (CAMPOS; AMARAL, 2007). Diante desses
aspectos expostos, a psicologia visa trabalhar de forma integral atendendo não
somente os sujeitos internados, mas também seus familiares e equipe de saúde. A
escuta permite então ver o sujeito integralmente e não reduzi-lo a uma doença, o
sujeito em questão não é um corpo doente, mas um sujeito socialmente constituído
de profissão, desejos, sonhos, amores. Repensar a gestão hospitalar seria umas
das principais estratégias de organizar as questões citadas sobre a equipe de
saúde.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 Campos GWS, Amaral MA. A Clínica ampliada e compartilhada, a gestão
democrática e redes de atenção como referenciais teórico-operacionais para a
reforma do hospital. Ciênc. Saúde coletiva [internet]. 2007 [acesso em 2012 dez 2];
12(4):849-859. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/csc/v12n4/04.pdf
2 Chiattone HB. A Significação da Psicologia no Contexto Hospitalar. Psicologia da
Saúde: um Novo Significado para a Prática Clínica. São Paulo: Pioneira; 2000.
3 Fortes PAC. Ética, direitos dos usuários e política de humanização da atenção à
saúde. Saude soc [internet]. 2004 [acesso em 2012 nov 18]; 13: 30-35. Disponível
em:
http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v13n3/04.pdf
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
10 UM OLHAR SOBRE OS SUJEITOS EM UM HOSPITAL GERAL: UM RELATO
DE EXPERIÊNCIA
Danielle Machado Visentini
Félix Miguel Nascimento Guazina
Palavras-chave: psicologia hospitalar; paciente; familiar.
Este relato apresenta a atuação do psicólogo no contexto hospitalar, as possíveis
intervenções e prática nesse local. A situação hospitalar é desconhecida para o
indivíduo e isso gera um sofrimento, um medo de abandono, provocando diversas
fantasias. O psicólogo no contexto hospitalar vem para resgatar a concepção de
subjetividade, lembrando que antes da doença, há um sujeito (CAMPOS, 1995). Os
atendimentos estavam vinculados ao estágio de prática de avaliação psicológica e
aconteceram no período de setembro a novembro de 2012 em um hospital geral de
uma cidade do interior do Rio Grande de Sul. Os atendimentos foram realizados
tanto com o paciente como o seu acompanhante/familiar. Foi visto a dificuldade de
assimilação de ambos ao processo de internação, principalmente em casos que foi
diagnosticado câncer. O processo de hospitalização produzia um desconforto e
grandes fantasias sobre o momento atual. A psicologia no contexto hospitalar age no
processo
de
elaboração
simbólica
do
adoecimento
(SIMONETTI,
2004).
Proporcionar uma escuta a esse paciente internado também é terapêutico à medida
que ele consegue expressar suas fantasias e temores. Incentivar a participação da
família durante a hospitalização dando-lhe suporte frente a sua adaptação na rotina
hospitalar bem como para os sentimentos atrelados ao processo, colabora para sua
recuperação (BAPTISTA, DIAS, 2010). Como resultados foi perceptível o
envolvimento dos familiares no processo de internação do doente. Além de gerar um
sofrimento para o grupo familiar, o mesmo mobiliza-se, alternando sua rotina diária
com o cuidado do familiar, contribuindo para seu restabelecimento. Olhar para o
familiar que está ali presente é importante, uma vez que eles também estão
vivenciando o processo de internação junto ao paciente. Nesse sentido a escuta e o
acolhimento se fizeram fundamental no exercício da profissão de psicologia.
38
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 BAPTISTA MN. Dias RR. Psicologia hospitalar: teoria, aplicações e casos clínicos.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2010.
2 CAMPOS TCP. Psicologia hospitalar: a atuação do psicólogo em hospitais. São
Paulo: EPU; 1995.
3 SIMONETTI A. Manual de psicologia hospitalar: o mapa da doença. São Paulo:
Casa do Psicólogo; 2004.
39
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
11 OFICINAS DE HUMANIZAÇÃO: APOSTA NA EDUCAÇÃO PERMANENTE
COMO DISPOSITIVO DE MUDANÇA NA GESTÃO E ATENÇÃO À SAÚDE
Diogo Faria Corrêa da Costa
Gisela Cataldi Flores
Luciane Régio Martins
Bianca Pimentel
Christian Schieck
Palavras-chave: Saúde Pública; Sistema Único de Saúde; Parto Humanizado.
INTRODUÇÃO: A Política Nacional de Humanização (PNH), lançada em 2003 pelo
Ministério da Saúde (MS), tem a difícil tarefa de diminuir a histórica fragmentação
das práticas de cuidado, tomando como referência experiências bem sucedidas
como possibilidades de alterar os modos de fazer saúde (BRASIL, 2009). Novos
modos de cuidar e organizar o trabalho significa colocar em análise o processo de
trabalho, o acolhimento, a clínica, a noção de rede e incluir as diferenças nos
processos de gestão e de cuidado (BENEVIDES e PASSOS, 2005). Com isso, um
dos princípios fundamentais da PNH é a indissociabilidade da atenção e gestão,
além da transversalidade, protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos
sujeitos e coletivos. Como diretrizes: o acolhimento, a cogestão, ambiência, clínica
ampliada e fomento dos coletivos e redes. Essas diretrizes desencadearam
dispositivos como o Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), colegiado gestor,
equipe transdisciplinar e apoio matricial, projeto terapêutico singular (BRASIL,
2009). Assim, este trabalho é um relato de experiência de encontros de educação
permanente em saúde, organizado através do Núcleo Regional de Educação em
Saúde Coletiva (NURESC) da 4a. Coordenadoria Regional de Saúde (4ª. CRS) com
alguns hospitais da rede de apoio ao Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM).
A ideia surgiu a partir da análise dos planos operativos desses hospitais, nos quais
os relatos relacionavam a humanização próxima à noção naturalizada do senso
comum, vendo-a como “confraternizações” e “momentos de humanização” (festas,
decoração temática de ambientes, brincadeiras). Frente a isso, constatou-se a
necessidade de discutir e colocar em roda essas concepções da PNH, resultando
nesses encontros. OBJETIVO: Potencializar os dispositivos da PNH com os
hospitais de apoio para qualificar o processo de trabalho, com a ideia de fortalecer
40
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). METODOLOGIA: Foram realizadas
duas oficinas em que o público-alvo foi trabalhadores dos hospitais, trabalhadores da
4ª CRS e apoiadores institucionais da PNH. Fizeram-se presentes 40 participantes
entre 6 hospitais, 2 universidades (UNIFRA e FISMA) e a 4ª CRS. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: No primeiro encontro foi apresentada a PNH (suas diretrizes e
dispositivos), bem como a Rede HumanizaSUS. Nesse encontro foi definida a
necessidade de discutir o tema parto humanizado a partir das demandas dos
trabalhadores dos hospitais. No segundo encontro cada grupo dos hospitais fez um
relato acerca do tema em questão, após apresentou-se as contribuições da PNH
acerca do parto humanizado e na sequência foi proposto o planejamento de ações a
serem operacionalizadas em cada hospital a partir das discussões desse encontro.
Por fim, foram apresentadas experiências exitosas a partir da Rede HumanizaSUS
sobre parto humanizado. Destaca-se que ocorrerá a continuidade dos encontros
como espaço de educação permanente para qualificação dos processos de trabalho
e humanização da gestão e da atenção já agendada para o mês de março.
CONCLUSÃO:
Considera-se
relevante
a
construção
desses
espaços
de
problematização, reflexão-ação, por meio da educação permanente como estratégia
da implementação dos dispositivos e diretrizes da PNH (CECCIM, 2005) no intuito
de potencializar o elo entre gestão e atenção à saúde.
REFERÊNCIAS:
Benevides, R, Passos, E. A humanização como dimensão pública das políticas de
saúde. Ciên. saúde coletiva (Online). 2005 10 (3): 561-571.
Ceccim, R.B. Educação Permanente em Saúde: desafio ambicioso e necessário.
Interface – Comunic, Saúde, Educ. 2005 set./fev. 9 (16): 161-177.
Ministério da Saúde (Brasil), Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da
Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: Documento base para gestores e
trabalhadores do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
41
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
12 ATUAÇÃO MULTIPROFISSIONAL NO AMBULATÓRIO DE REABILITAÇÃO
INFANTIL DO HUSM
Fernanda Portela Pereira
Cláudia Morais Trevisan
Ailime de Assis Paim
Aline Spillari Portella
Juliana Lima da Silva
Juliano Vicente do Nascimento
Palavras-chaves: Humanização da Assistência; Saúde da Criança; Equipe
Interdisciplinar de Saúde.
INTRODUÇÃO: O Ambulatório de Reabilitação Infantil vinculado ao Hospital
Universitário de Santa Maria (HUSM) presta atendimento de fisioterapia desde 1981
às crianças com atraso ou risco de alterações no desenvolvimento neuromotor. No
ano de 2012 tornou-se campo de atuação da Residência Multiprofissional Integrada
em Gestão e Atenção Hospitalar no Sistema Público de Saúde, área de
concentração Mãe-bebê, passando a prestar atendimento multiprofissional integral
por
diversos
profissionais
da
saúde
como,
assistente
social,
enfermeiro,
fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista e terapeuta ocupacional. OBJETIVOS:
Socializar a vivência de atendimento multiprofissional desenvolvido no Ambulatório
de Reabilitação Infantil do HUSM visando à integralidade da assistência.
METODOLOGIA: A construção deste trabalho deu-se através da vivência dos
residentes neste campo de atuação e da reflexão dos mesmos sobre o trabalho
desenvolvido neste local. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A clientela atendida no
Ambulatório de Reabilitação Infantil é composta por crianças com atraso ou risco de
alterações no desenvolvimento neuromotor, portanto, os encaminhamentos partem
da necessidade primordial da criança por fisioterapia. Porém, a partir da discussão
dos casos pelos residentes e preceptor de campo avaliam-se as possibilidades de
intervenções pelos demais núcleos profissionais buscando alcançar a integralidade
da assistência, entendida como um conjunto de ações e serviços que garantam ao
usuário a satisfação das suas necessidades de saúde. 2 Para tanto, também são
realizadas articulações com outros níveis de atenção à saúde e setores da
sociedade. São utilizados ainda, dispositivos como o Projeto Terapêutico Singular
42
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
(PTS), que consiste em um conjunto de propostas de condutas terapêuticas
articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão coletiva de
uma equipe interdisciplinar.1 Optou-se por utilizar o PTS, pois este instrumento
materializa as ações da equipe e permite planejar e pactuar metas junto aos
usuários e sua família. Assim como, é prestado Apoio Matricial aos profissionais dos
municípios de origem das crianças quando necessário. Visto que o Apoio Matricial
introduz no processo de trabalho novas possibilidades de trocas de saber entre os
profissionais de saúde em diversos níveis de atenção, favorecendo uma maior
articulação e qualificação da rede de serviços que compõe o sistema de saúde. 3
CONCLUSÃO: A atuação da Residência Multiprofissional neste campo possibilita o
atendimento integral ao sujeito conforme os princípios do Sistema Único de Saúde e,
para tanto, utilizam-se dispositivos que promovam a discussão entre os profissionais
e articulação com outros níveis e setores da sociedade.
REFERÊNCIAS:
1.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Cartilha da Política Nacional de
Humanização: Clínica Ampliada, Equipe de Referência e Projeto Terapêutico
Singular. p. 14, 2007.
2.
NORONHA, J.C; LIMA, L. D. MACHADO, C. V. O Sistema Único de SaúdeSUS. In: Politicas e sistema de Saúde no Brasil. Organ.Lígia Giovanella, Sarah
Escorel, Lenaura de Vasconcelos Costa Lobato et. al. Rio de Janeiro- Ed. FIOCRUZ,
2008.
3.
OLIVEIRA, Gustavo Nunes de. Apoio Matricial como Tecnologia de Gestão e
Articulação em Rede. In: COSSER, Adriana; Et al. Manual de práticas da atenção básica:
saúde ampliada e compartilhada. 1ª Ed. São Paulo: Aderaldo & Rothschild; 2008. p273.
43
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
13 VIVENCIANDO O TRABALHO DO ENFERMEIRO EM UM PRONTO SOCORRO
Jeanini Dalcol Miorin
Tânia Solange Bosi de Souza Magnago
Raquel Basso Figueira
Josiane Caroline Zimmermann
Palavras-chaves: Enfermagem; Atendimento de emergência; enfermagem em
emergência; alunos de enfermagem.
INTRODUÇÃO: A possibilidade do acadêmico em desenvolver vivências se da a
partir do Programa de Formação Complementar em Enfermagem (1) da Universidade
Federal de Santa Maria, que faz com que as atividades não se restrinjam apenas
nas aulas, proporcionando ao acadêmico de enfermagem vivenciar em diferentes
locais a atuação do enfermeiro. A partir desse programa os graduandos adquirem
autonomia , e tem a possibilidade de uma visão ampliada da profissão. Com o intuito
de vivenciar o trabalho do profissional de enfermagem selecionou-se o Pronto
Socorro do Hospital Universitário de Santa Maria, pois este possui diariamente um
fluxo grande de pessoas, de diferentes etnias, classe social, faixa etária e que
requerem atendimento imediato. OBJETIVO: Relatar a vivência realizada no Pronto
Socorro do HUSM, destacando o trabalho realizado juntamente com a enfermeira
Raquel Basso Figueira atuante deste local e responsável pela supervisão da
vivência. METODOLOGIA: Este relato está estruturado com base na vivência
realizada do dia 25 de janeiro a 2 de março de 2013, totalizando 120 horas. O local
escolhido para vivência foi o Pronto Socorro do Hospital Universitário de Santa Maria
localizado na Avenida Roraima, Bairro Camobi, Santa Maria-RS. Para melhor
organização foi realizado junto com a enfermeira responsável uma escala, contendo
os dias e horários da vivência. RESULTADO E DISCUSSÃO: Foi buscado participar
juntamente com a enfermeira em sua rotina, porém focando mais nas atividades
inerentes ao 4º semestre. Dentre estas foram realizadas avaliações do paciente,
monitorização, todos os tipos de sondagem, punção de acesso venoso periférico,
aspiração, curativos, administração de medicamentos, exame físico, escalas de
atividades, supervisão de procedimentos, orientações aos pacientes, organização
das fichas dos pacientes, recebimento e passagem de plantão, procedimentos
relativos a óbito e controles administrativos. No Pronto Socorro do HUSM os
44
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
enfermeiros são bem qualificados, pois em equipe são capazes de tratar todos os
tipos de atendimentos de imediato, que fundamental para um enfermeiro
emergencista. Durante o período da vivência conviveu-se com a superlotação, que
infelizmente é um fator comum em muitos Hospitais, principalmente no HUSM onde
a demanda de atendimento é grande, pois abrange 45 municípios. O trabalho dos
profissionais, principalmente do enfermeiro, é afetado com essa superlotação,
impedindo que as condições de atendimento aos usuários seja como deve ser. (2)
Sendo assim, vale destacar ainda que frente aos inúmeros desafios que a vivência
proporcionou, sejam eles de conhecimento técnico-científico, comunicação, relação
interpessoal ou de organização, esta foi de suma importância para o aprendizado
acadêmico, pois através da mesma, dúvidas, inquietações e inseguranças foram
superadas. CONCLUSÃO: Através da vivência percebeu-se que a rapidez na
identificação de situações de emergência e a chegada de suporte de atendimento
adequado são elementos fundamentais que possibilitam o salvamento de vidas.
Mediante competência técnica e profissionalismo no desempenho de atribuições, a
equipe de enfermagem está expandindo horizontes com respeito e admiração dos
profissionais da saúde, desenvolvendo uma perfeita integração com a equipe
médica na busca de um objetivo comum: a padronização da prestação de uma
assistência com o máximo de qualidade possível e condições plenas de recuperação
do paciente(3).
REFERÊNCIAS
1. Universidade Federal De Santa Maria. Curso de Enfermagem. Programa de
formação complementar em enfermagem – PROFECEN. Santa Maria, 2009.
2. Huber, L.R.; Bordin, R. Fatores determinantes da superlotação do serviço de
emergência do hospital Nossa Senhora da Conceição. Porto Alegre: UFRGS, 2005.
3. Timerman, S. et al. Suporte básico e avançado de vida em emergências. Brasília:
Centro de documentação e informação coordenação de publicações, 2000.
45
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
14 O LUGAR QUE OS CUIDADORES OCUPAM EM UMA UNIDADE DE
PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS E TERMINAIS
Karine Almeida Velasco
Félix Miguel Nascimento Guazina
Palavras-chave: Psicologia da saúde, hospital, atenção e cuidado, cuidador.
Atualmente, além dos profissionais de saúde praticarem o cuidado, existe familiares
ou pessoas contratadas que também realizam essa função, os chamados
cuidadores. Esse cuidador é responsável pelos cuidados com o paciente, seja nas
questões físicas, psicológicas e sociais. O cuidador adoece junto com o paciente,
porém não é visto como parte disso, e na maioria das vezes desconsiderado. Os
profissionais não percebem que o cuidador também é vitima da doença, pois é ele
que
sustenta
a
sobrecarga
física
e
psíquica
(CAVALCANTE
FILHO,
VASCONCELOS, CECCIM, GOMES, 2009). Com isso, os objetivos que procuramos
compreender foi o lugar que os cuidadores ocupam em uma unidade de doenças
crônicas e terminais. Também é abordado o cuidado com os cuidadores quando
recebem o diagnóstico de doença e a relação com a equipe. O presente trabalho
aborda uma experiência de estágio na unidade de pacientes com doenças terminais
e/ou crônicas, em um hospital geral da cidade de Santa Maria. A partir do viés da
Psicologia da saúde, no contexto hospitalar, se procurou realizar uma prática
psicológica que trabalhasse com questões que os sujeitos considerassem
importantes e significativos, relembrando suas rotinas e falando da situação atual de
internação hospitalar. Também foram realizadas observações, no intuito de perceber
futuras contribuições da Psicologia para atender o bem-estar de todos. Quando
algum integrante da família recebe o diagnóstico de alguma doença crônica ou
terminal, toda a família está envolvida redistribuindo seus papéis e adquirindo novas
funções. E isso mexe com toda a estrutura psíquica dessas pessoas envolvidas, que
acabam manifestando inúmeros sentimentos como culpa, angustia e remorso se
manifestam tanto nos cuidadores quanto nos pacientes (VALDUGA, HOCH, 2012).
Durante os atendimentos realizados, muitos cuidadores relataram que tiveram de
alterar sua rotina devido à internação e acompanhamento de seu familiar, e pode-se
ver sentimentos de preocupação, medo, em como que o restante da família estaria
46
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
vivendo. Uma equipe multiprofissional ou interdisciplinar colaboraria não apenas nos
cuidados técnicos aos pacientes, mas também tato para lidar com as questões
emocionais dos pacientes, e principalmente, os cuidadores. É importante que essa
relação paciente-equipe-cuidador seja humanizada, já que paciente e cuidador
encontram-se fragilizados e temerosos com a própria internação e o que esta por vir,
sendo que os profissionais são considerados como possuidores de respostas.
Talvez seja esse um dos motivos, de muitas vezes, os cuidadores serem agressivos,
pois os profissionais possam não ter uma resposta que satisfaça (FERREIRA, et al,
2012). Foi presenciado essas agressões, quando o profissional não podia fornecer
uma resposta diante da dúvida sem autorização do médico ou por que a equipe
pode ter sido faltante. Conclui-se que o cuidador passa como se fosse um mero
acompanhante, afinal são denominados dessa forma, e o quanto essa nomenclatura
influencia no significado. Dessa forma, o cuidador necessita de tanta atenção quanto
o paciente, já que cuidar também é uma tarefa árdua que influência na sua saúde. É
fundamental considerarmos e olharmos para estes sujeitos, que auxiliam no
tratamento, sendo personagens ativos no processo saúde, doença e cuidados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CAVALCANTE FILHO, J.B; VASCONCELOS, E.M.S; CECCIM, R.B; GOMES, L.B.
Acolhimento Coletivo: um desafio instituinte de novas formas de produzir o cuidado.
Interface-Comunicação, Saúde, Educação. out/dez. 2009. [acesso em 2012 nov 23]
V.13,n
31,
p.
315-28.
Disponível
em:
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/30841/000778033.pdf?sequence=1
FERREIRA, H.P; MARTINS,L.C; BRAGA, A.L.F; GARCIA, M.L.B. O impacto da
doença crônica no cuidador. Rev Bras Clin Med. São Paulo, 2012. [acesso em 2012
nov 23]. jul-ago;10(4):278-84. Disponível em : http://files.bvs.br/upload/S/16791010/2012/v10n4/a3045.pdf
VALDUGA, E.Q; HOCH, V.A. Um olhar sobre os familiares cuidadores de pacientes
terminais. Unoesc & Ciência – ACHS, Joaçaba, 2012. [acesso em 2012 nov 23]. v. 3,
n.
1,
p.
15-32,
Disponível
em:
http://editora.unoesc.edu.br/index.php/achs/article/view/1537/pdf
47
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
15 BENEFÍCIOS DO SUPORTE DAS DOULAS NO TRABALHO DE PARTO,
PARTO E NASCIMENTO
Maria Luiza Silveira
Lizandra Flores Pimenta
Caroline Bolzan Ilha
Palavras-Chaves: Trabalho de Parto e Parto; Assistência Humanizada; Hospital.
INTRODUÇÃO: Ancorado e fomentado na Política Nacional de Humanização1 no
âmbito hospitalar, as evidências científicas mostram que o trabalho das doulas
melhora os resultados maternos e neonatais, pois elas proporcionam as parturientes
apoio físico e emocional continuo durante o trabalho de parto, parto e nascimento.
OBJETIVO: Realizar uma busca bibliográfica em base de dados a fim de comprovar
que o suporte das doulas é imprescindível para a humanização do parto e
nascimento. MÉTODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa sistemática nas bases de
dados da Biblioteca Cochrane, no período de 1996 a 1999 com as palavras support
(suporte/doula), labor (trabalho de parto) e childbirth or delivery (parto) com estudos
randomizados de grupos controle e não controle mostrando resultados de meta
análises .RESULTADOS: Os resultados mostram que o suporte proporcionado pelo
trabalho de doulas diminui a ansiedade das parturientes e acompanhantes, pois
reduz a tríade dor-medo-tensão e a duração do trabalho de parto, o uso de fórceps,
o uso de medicalização, muitas vezes desnecessárias, tais como o uso de
analgésicos, ocitocina, e analgesia peridural. O suporte da doula aumenta o índice
de partos vaginais espontâneos, a avaliação positiva da experiência do parto pelas
mulheres, o período da amamentação, a autoestima, segurança e aumento do
vínculo mãe-bebê e o suporte do pai mais íntimo com a mulher em trabalho de
parto, o que produz resultados positivos psicossociais e obstétricos como a redução
do número de cesáreas e de
depressão pós parto. CONCLUSÃO: As doulas
proporcionam empoderamento as parturientes tornando-as mais ativa no parto bem
como auxilia a participação dos pais/familiares no processo de parturição. Os
reflexos deste suporte podem se refletir no futuro com famílias mais afetivas. O uso
das evidencias científicas são primordiais para construção de um modelo de saúde
que tenha como eixo norteador a humanização na atenção ao parto e nascimento.
48
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional da Humanização. A Humanização
como Eixo Norteador das Práticas de Atenção e Gestão em Todas as Instâncias do
SUS. Série B. Textos Básicos de Saúde, Brasília: 2004.
2. Zhang, J.; Bernasko, J.W.; Leybovich, E.; Fahs, M.; Hatch, M.C. " Continuous
labor support from labor attendant for primiparous woman: a meta-analysis."
Obstetrics and Gynaecology 88
3. Klaus MH, Kennell JH. The doula: an essential ingredient of childbirth
rediscovered. Acta Pediatric 1997 Oct86:10 1034-6.
4. Gordon NP, Walton D, McAdam E, et al. (1999) Effects of providing hospital-based
doulas in health maintenance organization hospitals. Obstetrics and Gynecology.
93(3): 422-6.
49
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
16 A RELEVÂNCIA DA COMUNICAÇÃO PARA A HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO
DE ENFERMAGEM EM AMBIENTE HOSPITALAR
Mariane da Silva Barbosa
Raquel Pötter Garcia
Carla Silveira de Oliveira
Bruna Sodré Simon
Tais Falcão Gomes
Maria De Lourdes Denardin Budó
Palavras-Chaves:
Comunicação;
Humanização
da
Assistência;
Assistência
Hospitalar; Enfermagem; Cuidados de Enfermagem.
INTRODUÇÃO: O adoecimento é um período difícil na vida do indivíduo, pois
ocasiona mudanças em sua rotina diária e perda da autonomia1. No ambiente
hospitalar, o paciente pode sentir-se fragilizado e vulnerável, tanto físico quanto
emocionalmente, devido à condição vivenciada. Nesse sentido, ressalta-se a
relevância da comunicação para a humanização do cuidado na atenção hospitalar,
que na enfermagem é fundamental para o acolhimento do paciente. Através da
comunicação, o enfermeiro esclarece dúvidas e realiza orientações, o que pode
reduzir a ansiedade do indivíduo2, além de auxiliar durante o processo de internação.
OBJETIVO: Relatar a relevância da comunicação para a humanização do cuidado,
em ambiente hospitalar. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência que
partiu de vivências acadêmicas realizadas nos meses de março a dezembro de
2012, durante as aulas práticas da disciplina de Saúde do Adulto em Situações
Críticas de vida, do Curso de Graduação em Enfermagem, da Universidade Federal
de Santa Maria, bem como de leituras realizadas acerca da temática.
RESULTADOS E DISCUSSÕES: O cuidado humanizado implica não somente no
conhecimento técnico do profissional de saúde, como também em sua capacidade
de compreender o ser humano e sua singularidade2. Estar em um hospital, na
maioria das vezes, gera medo, desconforto e ansiedade para os pacientes, uma vez
que esses, geralmente, desconhecem os cuidados e procedimentos que serão
realizados e estão afastados do convívio familiar. Por isso, destaca-se a relevância
da comunicação para a humanização da assistência, visto que essa possibilita a
negociação do cuidado entre enfermeiro/paciente/família/equipe e permite que os
50
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
indivíduos tornem-se mais íntimos e próximos do ambiente hospitalar 3. É por meio
da comunicação que o enfermeiro realiza orientações para o paciente e seus
familiares, fazendo com que o indivíduo fique mais tranquilo e tenha conhecimento
do seu tratamento, o que pode auxiliar em sua recuperação. Dessa forma é possível
que se estabeleça um vínculo, além de uma relação de ajuda e confiança 3. A
comunicação pode ser verbal, pelo diálogo ou não verbal, expressa pelo toque,
emoções e sentimentos. Para que a comunicação ocorra de forma satisfatória é
importante que o enfermeiro saiba escutar e falar quando necessário, permitindo que
o paciente sinta-se a vontade para realizar perguntas, além de demonstrar respeito e
interesse pela conversa4.
CONCLUSÕES: Para a humanização do cuidado em
ambiente hospitalar, faz-se relevante compreender o paciente e suas peculiaridades,
buscando desenvolver um atendimento que esteja de acordo com suas
necessidades individuais. O enfermeiro pode planejar uma assistência humanizada
e qualificada tendo conhecimento do que o paciente vivencia, sendo para isso
necessário
que
exista
uma
comunicação
adequada,
de
preferência
com
estabelecimento de um vínculo favorecedor das relações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1 Fighera J, Viero EV. Vivências do paciente com relação ao procedimento cirúrgico:
fantasias e sentimentos mais presentes. Rev. SBPH. 2005; 8(2): 51-63
2 Morais JSN, Costa SFG, Fontes WD, Carneiro AD. Comunicação como
instrumento básico no cuidar humanizado em enfermagem ao paciente
hospitalizado. Acta Paul Enferm. 2009; 22(3):323-327.
3 Silva DC, Alvim NAT, Figueiredo PA. Tecnologias leves em saúde e sua relação
com o cuidado de enfermagem hospitalar. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2008; 12 (2):
291-298.
4 Mourão CML, Albuquerque MAS, Silva APS, Oliveira MS, Fernandes AFC.
Comunicação em enfermagem: Uma revisão bibliográfica. Rev. Rene. 2009; 10
(3):139-145.
51
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
17 HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA IDENTIFICAÇÃO
DA SENSAÇÃO DOLOROSA NO NEONATO
Paola Souza Castro Weis
Priscila Kurz de Assumpção
Aline Tatsch Neves
INTRODUÇÃO: A insuficiência de estudos durante a maior parte do século passado,
referentes à dor neonatal, contribuiu para o surgimento de conceitos enganosos, ou
seja, a dor foi negligenciada na parte clínica, devido à conjetura de que o recémnascido (RN) não possuía o seu sistema nervoso completamente desenvolvido,
devido à mielinização incompleta de suas fibras nervosas e falta de memória que
pudesse registrar os eventos dolorosos (LAGO et al, 2007)1. Estes conceitos
errôneos dificultaram o processo de assistência terapêutica à dor. Durante os
últimos vinte e cinco anos houve considerável progresso no conhecimento referente
aos mecanismos da dor e a resposta ao estímulo nociceptivo no RN (NÓBREGA,
SAKAI, KREBS 2007)2. OBJETIVO: Identificar a importância da dor no neonato
associada a atenção humanizada na UTI neonatal. Metodologia: Trata-se de
pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa, fundamentada no uso de artigos
científicos e livros referentes à problemática. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A
assistência aos neonatos passa por grandes mudanças, tornado este cuidado
humanizado, embora a dor seja um tema recente na área da Neonatologia. Segundo
Carvalho, estudos realizados nos anos setenta mostraram que profissionais
conduziam procedimentos invasivos em neonatos, sem analgesia e que crianças de
até três meses de idade eram submetidas a cirurgias sem anestésicos. O que se
observa nas últimas décadas, é o despertar da atenção da ciência para a dor
crescendo o número de pesquisadores interessados em compreender, tratar e
controlar a dor no RN. O diagnóstico de dor no RN deve ser de responsabilidade de
toda a equipe de saúde. Desta forma a equipe deve ter sensibilidade suficiente para
compreender a manifestação da dor no RN, avaliando e intervindo com objetividade.
A implementação e utilização de escalas da dor adequadas à unidade é necessária
para identificar e decodificar esta linguagem (CRESCÊNCIO, ZANELATO,
LEVENTHAL 2009)3. CONCLUSÃO: Salienta-se que o conhecimento técnicocientífico se tornou de suma importância para a equipe de enfermagem que presta
52
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
assistência ao RN, no entanto, este saber científico para surtir efeito no cotidiano
das atividades de enfermagem precisa estar associado ao cuidado humanizado com
ênfase ao processo de interação entre cliente e profissional da saúde, e respeito a
sua fragilidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1.LAGO, C. W.; FERREIRA, G. G.; LIMA, J. B. (Org); RIBEIRO, S. F. F. de;
SANTOS, V. P. V. Avaliação e Manejo da Dor Neonatal no Contexto da Unidade de
Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Brasília: UNIP, 2007. 44p. Monografia
(Bacharelado em Enfermagem) – Departamento de Enfermagem e Instituto de
Ciências da Saúde da Universidade Paulista – UNIP, Brasília, 2007.
2.NÓBREGA, F.S.; SAKAI, L.; KREBS, V.L.J. Procedimentos dolorosos e medidas
de alívio em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Rev Med (São Paulo). 2007
out.-dez.;86(4):201-6.
3.CRESCÊNCIO, E. P.; ZANELATO S.; LEVENTHAL, L. C. Avaliação e alívio da dor
no recém-nascido. Rev.eletr. Enf. 2009; 11(1): 64-9.
53
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
18
POSSIBILIDADES
DE
INTERVENÇÃO
PSICOLÓGICA PRECOCE
EM
CARDIOLOGIA FETAL
Paula Moraes Pfeifer
Ana Caroline Boff Hedlund
Alberto Manuel Quintana
Patricia Ruschel
Palavras-chave: cardiologia fetal, psicologia, intervenções precoces.
INTRODUÇÃO: A visualização do feto, durante a ultra-sonografia, funciona como
uma confirmação da existência do filho e apresenta precocemente o bebê para a
mãe. Quando é diagnosticada uma alteração na ecocardiografia fetal, a gestante
precisa enfrentar uma série de ajustes e mobilizar recursos emocionais para
reestruturar a imagem interna do bebê, bem como precisa se preparar para as
indicações terapêuticas.1 Desta forma, realiza-se no Instituto de Cardiologia do Rio
Grande do Sul a ecocardiografia fetal, buscando rastrear doenças cardíacas
congênitas
e
possibilidades
propor
de
intervenções
intervenção
precoces.
precoce
do
OBJETIVOS:
psicólogo
Apresentar
em
as
cardiopatia
fetal.METODOLOGIA: Relato de vivência. Antes da realização do exame, a gestante
é convidada a responder um questionário (com dados sócio-demográficos, fatores
de risco para a gestação e relação materno-filial) e é realizado um acolhimento.
Caso seja detectada uma cardiopatia fetal, o psicólogo aborda a gestante a fim de
proporcionar um espaço de escuta e acolhimento, verificar sua compreensão da
situação e estimular a adesão ao tratamento indicado. Neste momento, é oferecida a
assistência psicológica enquanto durar o seu acompanhamento pela equipe do
hospital. RESULTADOS: A ultra-sonografia exerce um impacto emocional na
gestante, já que fornece dados concretos que possibilitam o confronto precoce entre
o bebê imaginário e o real. Quando é proporcionado um espaço de escuta e
acolhimento para os sentimentos advindos do luto pelo bebê imaginário, possibilitase à gestante reestruturar suas expectativas. Consequentemente, permite-se
estabelecer uma relação mais saudável e próxima das necessidades de seus filhos
e maior adesão às recomendações médicas. DISCUSSÃO: Estudo piloto americano
verificou o elevado impacto emocional do diagnóstico, independentemente do
período em que foi realizado. A diferença reside no fato de que os pais que
54
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
receberam o diagnóstico no pré-natal sentem que tem mais tempo para se preparar
para o nascimento do filho.2 Os pesquisadores reforçam a necessidade de suporte
psicológico,
principalmente
nos
casos
de
maior
gravidade. 2,3 Durante
o
acompanhamento psicológico os pais se questionam sobre os motivos da doença e
é comum verbalizarem sentimentos de culpa, bem como desilusão, raiva, medo,
negação, censura e sentimentos de falha. CONCLUSÕES: É possível realizar
intervenções
psicológicas
precoces
nos
programas
de
rastreamento
para
malformações fetais, buscando a promoção do vínculo mãe-bebê saudável e a
prevenção em saúde mental. Assim, sugere-se divulgar a importância da abordagem
psicológica nos programas de rastreamento para malformações fetais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.
Ruschel, PP. Psicologia e Cardiologia Fetal. In: Zielinsky, P. Cardiologia Fetal:
Ciência e Prática. Rio de Janeiro: Revinter 2006.
2.
Brosig, CL. Whitstone, BN. Frommelt, MA, Frisbee, SJ. Leuthener SR>
Psychological distress in parents of children with severe congenital heart disease:
the impact of prenatal versus postnatal diagnosis. Journal of Perinatology. 2007,
687-692.
3.
Sholler, GF. Kasparian, NA. Pye, VE. Cole, AD. Winlaw, DS. Fetal and postnatal diagnosis of major congenital heart disease: implications for medical and
psychological care in the current era. Journal of Paediatrics and Child Health 2011.
55
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
19 OS SIGNIFICADOS DA INFLUÊNCIA SOCIOCULTURAL NA CONSTRUÇÃO
DA SEXUALIDADE DE ADOLESCENTES
Silvana Cruz da Silva
Lúcia Beatriz Ressel;
Larissa da Silva Borges;
Josiane Zimmermann;
Camila Nunes Barreto
Palavras-Chave: Saúde do Adolescente. Saúde da mulher. Sexualidade. Cultura.
Enfermagem
INTRODUÇÃO: É na fase da adolescência que os indivíduos constroem muitos dos
valores que repercutirão no seu comportamento e poderão trazer consequências
significativas para sua vida(1). O adolescente torna-se vulnerável às influências
socioculturais, as quais podem ser visualizadas nas mais diversas transformações
que singularizam o processo de adolescer. Ressaltam-se, neste estudo, as relativas
à sexualidade, que é entendida como um evento produzido e manifestado por
valores e significados advindos dos componentes socioculturais, e está relacionada
a diversos aspectos da vida, manifestando-se por meio da rede de significados do
grupo social específico, facultando toda expressão relativa ao sexo(2). OBJETIVO: A
partir do exposto, este estudo teve como objetivo compreender como os aspectos
socioculturais influenciam na sexualidade de um grupo de mulheres adolescentes.
METODOLOGIA: Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa de campo descritiva,
com abordagem qualitativa. O cenário foi uma escola pública de Santa Maria/RS, e
participaram do estudo nove adolescentes do sexo feminino matriculadas na referida
escola. A coleta de dados ocorreu nos meses de junho e julho de 2012 por meio de
grupos focais(3). Para análise dos dados utilizou-se a análise temática(4). A realização
do estudo foi autorizada pela escola e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa
da UFSM, sob o número do Parecer: 8931 e CAAE 00555212.2.0000.5346.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nos resultados emergiram quatro categorias: As
agências
de
socialização
na
construção
sociocultural
da
sexualidade
na
adolescência – onde se discutiu acerca da família e da escola, que são algumas
agências de socialização das adolescentes em que os processos de socialização se
efetivam; Vivenciando as diferenças: a percepção das adolescentes sobre o sexo
56
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
feminino e o masculino – essa categoria clarificou a associação que as adolescentes
fazem em relação à sua sexualidade e ao tratamento desta pelos pais e sociedade,
bem como desvelou alguns tópicos sobre as dúvidas e os mitos que tangenciam a
sexualidade; Ser adolescente – perdas e ganhos – onde foram apresentados, sob a
ótica cultural, os sentimentos das adolescentes com relação às modificações da
adolescência, quanto a amizades, liberdade, responsabilidade, maturidade, suas
incertezas,
aprendizados,
relacionamentos
afetivos,
alterações
corporais
e
alterações dos papéis sociais; Os símbolos e significados da sexualidade para as
adolescentes – nessa categoria abordaram-se os significados que a sexualidade
assumiu ao olhar das adolescentes. CONCLUSÕES: Os achados indicam a
importância de se conhecer o contexto sociocultural em que se constrói a
sexualidade das adolescentes para que os enfermeiros possam contribuir com
estratégias contextualizadas e efetivas no processo do adolescer.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1.
Gurgel M.G.L. et al. Gravidez na adolescência: tendência na produção
científica. Esc Anna Nery Rev Enferm, v. 12, n. 4, p.799-05, dez. 2008.
2.
Ressel LB, Junges CF, Sehnem GD, Sanfelice C. A influência da família na
vivência da sexualidade de mulheres adolescente. Esc Anna Nery (impr.). 2011
abr/jun; 15(2):245-250.
3.
Kitzinger J. Grupos Focais. In: Pope, C.; Mays, N. (org.), Pesquisa Qualitativa
na atenção à saúde. Porto Alegre: 3 ed;Artmed; 2009. 33-43.
4.
Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12
ed. São Paulo: Hucitec-Abrasco, 2010.
57
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
20 EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO PRÁTICA PARA O AUTOCUIDADO EM UMA
UNIDADE DE NEFROLOGIA
Tais Falcão Gomes
Maria Denise Schimith
Bruna Sodré Simon
Alexa Pupiara Flores Coelho
Mariane da Silva Barbosa
Palavras-chave: Educação em saúde; Enfermagem; Nefrologia; Autocuidado.
INTRODUÇÃO: A educação em saúde combina múltiplos determinantes do
comportamento humano com variadas experiências de aprendizagem e de
intervenções educativas¹. A prática da educação em saúde pode, muitas vezes, ser
fator determinante no tratamento de pessoas em uma unidade de nefrologia. Nesse
cenário, os profissionais de saúde, cada vez mais, se deparam com a necessidade
de humanizar as relações com os usuários². Para tanto, é essencial compartilhar
conhecimentos e trocar experiências. Nesse sentido a enfermagem se define como
arte de cuidar as pessoas na recuperação ou na adaptação à uma doença crônica, a
exemplo da doença renal, tendo com objetivo que os pacientes se tornem
independentes3. Sendo assim discute-se a importância da educação em saúde como
ferramenta para a emancipação dos pacientes renais crônicos. OBJETIVO:
Descrever a importância da educação em saúde como prática para o exercício do
autocuidado em nefrologia. METODOLOGIA: Relato de experiência a cerca da
inserção de uma acadêmica de enfermagem na Unidade de Nefrologia do Hospital
Universitário de Santa Maria, por intermédio do Programa de Formação
Complementar em Enfermagem, promovido pelo Curso de Graduação em
Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria. Este projeto visa inserir o
acadêmico de enfermagem nos serviços de saúde públicos municipais, mediante o
acompanhamento das atividades de um enfermeiro do serviço. Essa vivência foi
realizada em janeiro de 2012, perfazendo um total de 120 horas. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: O diálogo e a entrevista inicial demonstraram-se como os
instrumentos primordiais na construção do conhecimento sobre a história de vida
dos sujeitos internados na unidade de nefrologia. Durante as vivências, foram
discutidos os conceitos, funcionamento e possíveis efeitos adversos das principais
58
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
formas de tratamento renal, tais como a hemodiálise, a diálise peritoneal e as
algumas intervenções cirúrgicas; bem como a possibilidade de escolha entre esses.
Destaca-se que a sensibilização dos pacientes e familiares/cuidadores iniciava-se a
partir do entendimento prévio desses sobre os cuidados relacionados ao tratamento.
Ainda, foram discutidas as possíveis complicações e mudanças dos hábitos e rotinas
como, a alimentação e exercícios físicos, os quais interferem diretamente na
qualidade de vida. Além disso, discutiram-se aspectos relacionados a emancipação
do paciente para a realização da diálise peritoneal em domicílio, promovendo a
independência em relação aos serviços de saúde.
Sendo assim, durante a
educação em saúde, o enfermeiro incentiva o autocuidado e autoconfiança, levando
em consideração o envolvimento e as demandas do paciente e seus cuidadores4.
Pois se acredita que esses elementos são fundamentais para o planejamento do
cuidado individualizado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, percebeu-se que o
trabalho do enfermeiro na Unidade de Nefrologia pretende motivar e apoiar as
pessoas com doença renal, no intuito de melhorar seus hábitos e qualidade de vida.
Além disso, a utilização da educação em saúde como estratégia para, a partir do
conhecimento prévio acerca das demandas e necessidades dos pacientes, oferecer
orientações que visam a promoção o autocuidado, respeitando as singularidades
desses pacientes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1 Candeias NMF. Conceitos de educação e promoção em saúde: mudanças
individuais e mudanças organizacionais. Rev. Saúde Pública [internet] 1997 [acesso
2013
mar
15].
31
(2):
209-13.
Disponível
em:
http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v31n2/2249.pdf.
2 Dyniewicz AM et al. Narrativa de uma cliente com insuficiência renal crônica: a
história oral como estratégia de pesquisa. Revista Eletrônica de Enfermagem
[internet] 2004 [acesso em 2013 mar 20]. 6(2):199-212. Disponível em:
https://www.revistas.ufg.br/index.php/fen/article/view/816/940.
3 Souza MF et al. Diagnósticos de Enfermagem em pacientes com tratamento
hemodialítico utilizando o modelo teórico de Imogene King. Rev Esc Enferm USP
[internet] 2007 [acesso em 2013 mar 15]. 41(4):629-35. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v41n4/12.pdf.
4 Figueireido AE, Kroth LV, Lopes MHI. Diálise peritoneal: educação do paciente
baseada na teoria do autocuidado. Scientia Medica [internet] 2005 [acesso em 2013
59
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
mar
15].
15(3):198-202.
Disponível
em:
http://revistaseletronicas.pucrs.br/scientiamedica/ojs/index.php/scientiamedica/article
/view /1567/170.
60
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
21 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL NA PERSPECTIVA DOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Talita Portela Cassola
Anahlú Pessérico
Cristiane Massoli Moreira
Palavras-chave: Pesquisa em enfermagem, Idosos, envelhecimento e saúde do
idoso.
INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento humano é um tema que,
gradativamente, necessita ser discutido e ampliado nas diferentes áreas do
conhecimento. O enfermeiro, nesse processo, possui a função de promover
práticas humanísticas de viver saudável, independente do espaço de inserção
social do ser humano. OBJETIVO: Assim, objetivou-se conhecer o significado do
processo de envelhecimento saudável na perspectiva dos profissionais de saúde
com olhar voltado a humanização. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa
exploratório-descritiva de caráter qualitativa vinculada ao projeto “Promoção do
viver saudável e reabilitação no processo de envelhecimento”, financiado pelo
Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Centro Universitário Franciscano. Os
dados foram coletados por meio de entrevistas, com oito profissionais da saúde,
entre os meses de setembro e fevereiro de 2012, a partir das seguintes questões
norteadoras: O que significa ser idoso para você? O que significa o processo de
envelhecimento saudável para você? Os dados analisados organizados e
analisados com base nos pressupostos da técnica de análise de conteúdo. Para a
coleta dos dados em campo, foram observados os critérios éticos estabelecidos
pela Resolução 196/96 do Ministério da Saúde. O projeto de pesquisa foi avaliado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFRA, com o número 233/2009. Para
manter o sigilo dos participantes, as falas serão identificadas com a letra C (de
Cuidadores), seguida de um número referente à ordem em que foram
entrevistados. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Os dados analisados emergiram
nas seguintes categorias: A representação social do idoso: Onde reflete que os
profissionais de saúde que estão acompanhando diretamente o aumento da
população idosa estão cientes de que algo precisa ser feito, urgentemente, para
suprir as necessidades dessa da população, a qual tende a aumentar a cada dia.
61
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
Essa valorização dos idosos perante aos profissionais conceitua-os como pessoas
especiais e ricas em sabedoria. O idoso sujeito e objeto do avanço tecnológico: Os
profissionais de saúde trouxeram outro problema a ser discutido, quanto à exclusão
social, da qual os idosos que estão à mercê. Quando relacionados ao âmbito
familiar, trata-se de solidão, da carência, falta de atenção. Porém não nos damos
conta de que estamos vivendo em um mundo completamente informatizado e que
nossos idosos estão sendo excluídos dele também, mundo este que eles, durante a
vida toda, ajudaram a construir. Percepção utilitarista do ser idoso: Os
entrevistados foram muito felizes quando levantaram a questão do idoso estar
diretamente relacionado a uma visão baseada no paradigma utilitarista e capitalista,
no qual a pessoa vale enquanto tem utilidade comercial, e, se não trabalha, a
aposentadoria é válida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os profissionais de saúde
percebem a necessidade da ampliação de ações humanísticas, capaz de promover
o viver saudável no processo de envelhecimento humano, bem como da
necessidade de repensar a formação do profissional de saúde.de referenciais
teórico-práticos. Reconhecem, ainda, lacunas nas políticas do idoso, as quais
provocam fragmentações e descontinuidades no processo e falhas capazes de
desenvolver atividades com intuito de promoção do viver saudável na perspectiva
da humanização.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BARDIN, L. Análise de conteúdo. 4 ed. Lisboa: Edições; 2009
MORIN, E. O homem e a morte. Rio de Janeiro: Imago, 1997
MORIN, E .Por uma reforma do pensamento. In: PENA-VEGA, A; NASCIMENTO, E.
P. O pensar complexo: Edgar Morin e a crise da modernidade. Rio de Janeiro:
Gramond, 1999. p. 21-46
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE (2009).
62
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
22
HUMANIZAÇÃO
DA
ASSISTÊNCIA
DE
ENFERMAGEM
NO
PERÍODO
PERIOPERATÓRIO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Tifany Colomé Leal
Maria de Lourdes Denardin Budó
Bruna Sodré Simon
Ana Lúcia Pinheiro Uberti
Maria Denise Schimith
Alexsandra Real Saul
Palavras-chave: enfermagem; cuidados pré-operatórios; cuidados pós-operatórios;
humanização da assistência.
INTRODUÇÃO: O período perioperatório compreende todos os procedimentos
executados com o paciente antes e depois da cirurgia à qual será submetido.¹ Nesse
processo, compete ao enfermeiro o planejamento da assistência de enfermagem ao
paciente cirúrgico, o qual diz respeito tanto às necessidades físicas e emocionais,
quanto a orientação referente à cirurgia propriamente dita e o preparo físico
necessário para a intervenção.² O período perioperatório pode ser gerador de um
alto nível de estresse e este quando desenvolvido, atua negativamente em seu
estado emocional, tornando os pacientes cirúrgicos vulneráveis e dependentes.²
Deve ser realizado uma assistência humanizada e individualizada, no qual devem
ser levadas em consideração os desejos e necessidades do paciente e sua família.
OBJETIVO: Relatar a necessidade de uma assistência de enfermagem humanizada
ao paciente no período perioperatório. METODOLOGIA: Relato de experiência de
vivências na unidade de Clínica Cirúrgica do HUSM por uma acadêmica do 6º
semestre do curso de Enfermagem da UFSM, durante o desenvolvimento das
atividades propostas no PROFCEN. Essas se desenvolveram em agosto de 2012,
perfazendo uma carga horária total de 120h. Como ponto de partida foi elaborado
um plano de atividades contemplando as competências inerentes a enfermeira da
unidade, dentre eles a realização dos cuidados no período perioperatório.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: As experiências na clinica cirúrgica do HUSM,
possibilitaram perceber que um dos principais fatores relatados pelos pacientes
antes do procedimento cirúrgico tem relação com a desinformação no que diz
respeito aos procedimentos da cirurgia, data e horário, à anestesia e aos cuidados a
63
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
serem realizados. Na clinica cirúrgica do HUSM existe um espaço destinado às
orientações sobre as cirurgias, com bonecos e livros explicativos, local onde a
enfermeira tem a oportunidade de explicar como vai ser o procedimento cirúrgico e
também de mostrar alguns dispositivos pós-cirúrgicos como sondas, drenos,
cateteres, entre outros, possibilitando assim, o esclarecimento de suas dúvidas que
minimizarão sua ansiedade. Estudo realizado em Ponta Grossa², em duas unidades
cirúrgicas, evidenciou que os cuidados realizados estão voltados principalmente ao
preparo físico do paciente com poucas orientações em relação ao procedimento
cirúrgico e aos cuidados de enfermagem efetuados. Ainda os autores discorrem
sobre a importância de transmitir total segurança apara o paciente em relação aos
tratamentos, e principalmente em relação à cirurgia.² Vale ressaltar que a Política
Nacional de Humanização prevê o protagonismo e a autonomia dos sujeitos,
devendo o “SUS humanizado” reconhecer cada pessoa como legitima cidadã de
direitos, valorizar e incentivar sua atuação na produção de saúde.³ Neste sentido
cabe aos profissionais de saúde, principalmente o enfermeiro informar ao paciente
as peculiaridades do procedimento cirúrgico, bem como orientar ele e sua família
sobre os cuidados no período períoperatório. CONCLUSÕES: Humanizar a
assistência é proporcionar que o paciente e sua família tenham conhecimento
acerca do que irá acontecer durante o processo perioperatório, estando estes
seguros da assistência a ser prestada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1 Manganaro MM, Orosco SS, Santos I, Quiroga CCC, Celestino SMM. Assistência
de Enfermagem no período perioperatório. In: Murta GF, organizadora. Saberes e
práticas: guia para Ensino e Aprendizado de Enfermagem, 6ª ed. São Caetano do
Sul: Difusão Editora, 2010. P. 82-4.
2 Christóforo BEB, Carvalho DS. Cuidados de enfermagem realizados ao paciente
cirúrgico no período pré-operatório. Rev Esc Enferm USP 2009; 43(1):14-22.
Disponível em: www.ee.usp.br/reeusp. Acesso em: 10 mar. 2013.
3 BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização. Brasília, 2004.
Disponível em: http://portal.saude.gov.br/saude/area.cfm?id_area=390. Acesso em:
10 mar. 2013.
64
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
23 A MANUTENÇÃO DOS VÍNCULOS FAMILIARES E DE EXPERIÊNCIAS
COTIDIANAS, PARA DIMINUIR A ANGÚSTIA DA HOSPITALIZAÇÃO DE UMA
GESTANTE DE ALTO-RISCO - CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA OCUPACIONAL
Vitória Hoerbe Beltrame
Danilaura Perruzolo
Juliana Lima da Silva
Catiuscia Rosa Moreira
Palavras-chave: Gestante de alto-risco; Hospitalização; Terapia Ocupacional;
Este trabalho refere-se ao relato da intervenção da Terapia Ocupacional a uma
gestante de alto-risco internada na Unidade de Tocoginecologia do Hospital
Universitário de Santa Maria, por hipertensão e pelo diagnóstico de miocardiopatia e
lábio leporino do bebê. Os objetivos do terapeuta ocupacional foram: retomar os
vínculos familiares; estimular o reencontro com habilidades que compõe o cotidiano;
potencializar a função materna para a chegada do bebê. Os atendimentos foram
realizados por aluna vinculada a disciplina do curso de Terapia Ocupacional.
Aconteceram de duas a três vezes por semana, durante o período de hospitalização
da gestante na unidade, acompanhados pela residente terapeuta ocupacional da
Residência Multiprofissional e pela docente da disciplina. Foi realizada avaliação que
considerou compreender o cotidiano antes e durante a internação; como estavam
constituídas as relações familiares e como todos estavam assimilando as
informações sobre as patologias do bebê. Todo o tratamento foi norteado por três
atividades que formaram a base para os atendimentos: o presente confeccionado
para a mãe; o caderno de receitas e o caderno de recados. Os resultados
apontaram para uma resistência inicial anunciada nas falas, como receio de não
conseguir fazer, mas que se transformaram em entusiasmo e satisfação a medida
que a paciente foi reencontrando seu potencial como filha, mãe e mulher ativa no
processo de sua vida, mesmo com a internação hospitalar. Concluiu-se que, a
Terapia Ocupacional teve um papel fundamental para a retomada dos papeis
familiares desta mulher, onde as atividades, a medida que eram realizadas e
posteriormente usufruídas, foram o espaço potencial para que a gestante
experimentasse e se reconhecesse capaz.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
65
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
De Carlo, M.; Luzo, M. C. (orgs.). Terapia ocupacional: reabilitação física e contextos
hospitalares. São Paulo: Rocca,2004.
Galheigo, SMO. Cotidiano na terapia ocupacional: cultura, subjetividade e contexto
histórico-social. Rev. Ter. Ocup. da Univ. São Paulo.2003, p. 104-53.
______________ Terapia Ocupacional, a produção do cuidado em saúde e o lugar
do hospital: reflexões sobre a constituição de um campo de saber e prática. Rev. Ter
Ocup. Univ. São Paulo. 2008, p. 20-28.
Medeiros, M. H. da R. Terapia Ocupacional: um enfoque epistemiológico e social.
São Carlos: EDUFSCAR, 2003.
Mecca, R.C. Experiência estética na terapia ocupacional em saúde mental: gestos
na matéria sensível e alojamento no mundo humano. Dissertação de Mestrado:
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.2008.
66
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
24 QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL EM
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Amanda Lemos de Medeiros
Bruna Parnov Machado
Palavras-chave: Enfermagem obstétrica. Atenção Primária à Saúde. Saúde da
Família. Cuidado Pré-Natal. Qualidade da assistência à saúde.
A saúde materna é tema importante dentro da assistência em enfermagem, pois por
meio do pré-natal podem ser realizadas ações de promoção, prevenção e
tratamento (BRASIL, 2006). A qualidade deste serviço, em Estratégia de Saúde da
Família, está relacionada com o preparo e capacitação do enfermeiro. Assim,
objetivou-se apresentar uma revisão bibliográfica acerca da qualidade da atenção
pré-natal em ESF. Foi realizada uma busca em bases de dados on-line e
bibliografias impressas, em novembro de 2012, para embasar o projeto de pesquisa:
“Qualidade da assistência de enfermagem no pré-natal em Estratégia de Saúde da
Família”, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob nº: 12286813.4.0000.5346,
que está em fase de coleta de dados. O termo “qualidade” remete uma abrangente
escala de teorias e faz referência às diversas áreas de atuação existentes. Para
Mezomo (2001), a qualidade do serviço/produto está diretamente relacionada com a
satisfação do cliente. No ano de 2000, a instituição do Programa de Humanização
no Pré-Natal e Nascimento (PHPN), tornou-se uma normatização das ações da
saúde materna. Como forma de alcançar a eficácia do programa, o Departamento de
Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) formulou o
Sistema de Informação do Pré-natal (SISPRENATAL), o qual contem informações
que são indispensáveis para o bom funcionamento da assistência à gestante e ao
recém-nascido. Conforme Anversa (2012), o PHPN além de estabelecer as ações
mínimas na consulta de pré-natal, serviu como norte para humanizar e qualificar a
assistência. Atualmente, com a criação das ESF´s, dos Manuais Técnicos e a
notória preocupação com a capacitação dos profissionais, o cuidado pré-natal
avança para um modelo mais unificado e centralizado na qualidade do processo.
Considerando que o enfermeiro é agente decisivo para a qualidade, ainda
percebem-se lacunas acerca do assunto. Muitas vezes, a qualidade é avaliada por
meio do número de consultas, entretanto, entende-se que seja necessário também
67
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
um olhar mais amplo, a partir de pesquisas que resgatem a percepção do
profissional sobre a sua prática. Portanto, espera-se que a continuidade da pesquisa
contribua para o tema em questão, bem como para os profissionais que se
identificam e/ou atuam no contexto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Atenção à Saúde. Pré-natal e
Puerpério: atenção qualificada e humanizada - manual técnico. Brasília, DF, 2006.
2. Mezzomo J C. Gestão da qualidade na Saúde: princípios básicos. 1 ed. São
Paulo: Manole; 2001. p 69-118.
3. Departamento de Informática do SUS - DATASUS. [homepage da internet].
Brasília: Ministério da Saúde. [atualizada em 2012 Nov 11; acesso em 2013 Fev 25]
Sistema de Pré-Natal – SISPRENATAL [aproximadamente 1 tela]. Disponível em:
http://sisprenatal.datasus.gov.br/SISPRENATAL/index.php.
4. Anversa E, Bastos G, Nunes L, et al. Qualidade do processo da assistência prénatal: unidades básicas de saúde e unidades de Estratégia Saúde da Família em
município no Sul do Brasil. [periódico na Internet]. 2012 Abr. [acesso em 2013 Mar
02].
28(4)
Disponível
em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102311X2012000400018&script=sci_arttext.
68
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
25 EMPODERAMENTO DOS SUJEITOS NA ATENÇÃO BÁSICA POR MEIO DA
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
Camila Pinno
Luiz Anildo Anacleto da Silva
Sandra Marcia Schmidt
Helena Carolina Noal
Palavras-chave: Educação em Saúde. Humanização da Assistência. Integralidade.
INTRODUÇÃO: A relação entre EPS e empoderamento ocorre por meio de ações
que transcendam práticas e técnicas, podendo ser efetivadas por meio de vivências
coletivas que permitam o novo, constituindo-o a partir do diálogo e reflexão,
auferindo a autoconfiança (1). O processo de empoderamento refere-se a valores que
enfatizam as possibilidades de construção pessoal e coletiva com investimento nas
potencialidades dos trabalhadores. A componente central desta mudança é a
influência ativa e permanente sobre o processo de trabalho, que auxiliam na
capacidade crítica e reflexiva dos sujeitos
(2)
. OBJETIVO: Compreender como a
educação permanente em saúde pode empoderar os trabalhadores da atenção
básica no seu processo de trabalho. METODOLOGIA: estudo qualitativo,
exploratório, descritivo. Os sujeitos foram 12 trabalhadores de enfermagem de um
município de pequeno porte, atuantes na rede básica de saúde por mais de 5 anos.
O número de sujeitos a serem pesquisados foi definido pelo sistema de saturação de
dados. Para a apreciação dos dados, utilizou-se o sistema de análise de conteúdo
temática(3). RESULTADOS E DISCUSSÃO: construíram-se três categorias: 1. A
educação permanente e o processo de trabalho. Nesta os profissionais enfocam a
valorização de atividades/procedimentos desenvolvidos durante o processo de
trabalho e ações de educação como grupos de saúde, cursos educativos com os
usuários. O fazer repetitivo, muitas vezes torna-se comodo, trazendo de certa forma
segurança
(4)
2. A educação permanente e as necessidades sentidas e
evidenciadas. A EPS é caracterizada por encontros mensais com os trabalhadores,
reuniões, treinamentos. Percute-se que a definição de propostas educativas carece
de contemplar as necessidades educativas dos sujeitos, melhor dizendo, que as
temáticas estejam vinculadas com problemas que ocorrem no dia-a-dia do processo
de trabalho
(1)
3. Educação permanente, processo de trabalho e empoderamento.
69
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
Os respondentes ressaltam como a EPS pode empoderar a si e cooperando para o
benefício de uma assistência resolutiva, e integral. Afirmam que podem discutir, tirar
dúvidas, ter mais esclarecimento por meio da EPS para melhor atender o usuário.
CONCLUSÃO: O empoderamento dos trabalhadores pode ser promovido por meio
de vivências coletivas que possibilitam o diálogo, permitindo que adquiram
autoconfiança e reconheçam o outro e a si mesmos como sujeitos de um mesmo
processo de mudança. Enfatiza-se a EPS como forma de empoderar os
trabalhadores no seu processo de trabalho para que este se torne um agente de
transformação de saberes e práticas. Envolver a EPS para empoderar os
trabalhadores em saúde facilita perceber as dificuldades/problemas que estes
encontram para adquirir conhecimento e esclarecimento de dúvidas durante o
processo de trabalho incluindo também a técnica; possibilitando não somente o
empoderamento para a efetivação dos serviços/assistência prestada aos usuários,
mas sim o fortalecimento da atenção básica articulada intersetorialmente e entre
gestores, trabalhadores e usuários.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. Silva LAA, Franco GP, Leite MT, Pinno C, Lima VML, Saraiva N. Concepções
educativas que permeiam os planos regionais de educação permanente em saúde.
Rev Texto Contexto – enferm [Internet]. 2011 [citado em 2011 out 01]; 20(2): 340348.
Disponível
em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010407072011000200017&l
ng=en&nrm=iso.
2. Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na
Saúde. Departamento de Gestão da Educação em Saúde. A Educação Permanente
entra na Roda: pólos de Educação Permanente em Saúde: conceitos e caminhos a
percorrer. Brasília (DF); 2005.
3. Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São
Paulo: Hucitec; 2007.
4. Rossetto M, Silva LAA. Ações de Educação Permanente desenvolvidas para os
agentes comunitários de saúde. Rev Cogitare – Enferm [internet]. 2010 [citado 2011
março
15];
(4):8
Disponível
em:<http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/cogitare/article/view/20376/13546>.
70
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
26 RELATO DE VIVÊNCIA: O FISIOTERAPEUTA EM AÇÕES DE SAÚDE
MENTAL NA ESF MARINGÁ
Daniela Aline Kaufmann Seady
Hedioneia Maria Foletto Pivetta
Palavras-chave: Fisioterapia, Saúde Mental, Estratégia Saúde da Família,
Humanização.
A Rede de Atenção Psicossocial (Portaria Nª 3.088, de 23/12/2011, do Ministério da
Saúde) inclui a Atenção Básica (AB) no Cuidado em Saúde Mental como porta
principal de entrada para atendimento das pessoas de seu território. Dentre as
diretrizes para seu o funcionamento está a atenção humanizada e centrada nas
necessidades das pessoas e a ênfase em serviços de base territorial e comunitária¹.
A Estratégia Saúde da Família (ESF) se insere neste contexto, pois tem a proposta
de fazer uma nova abordagem do processo saúde-doença, buscando um outro
enfoque, que leva a equipe para perto das famílias visando à mudança da
orientação do modo de tratar a saúde, anteriormente voltado ao campo curativo,
conduzindo-o para mais próximo da prevenção². O fisioterapeuta está se inserindo
cada vez mais na AB desconstruindo o trivial estigma reabilitador e recuperador de
pessoas fisicamente lesadas, para atuar no desenvolvimento de programas de
promoção da saúde. Atualmente, o fisioterapeuta faz parte da equipe da ESF
Maringá através da Residência Multiprofissional Integrada em Sistema Público de
Saúde (RMISPS) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Dentre as
atividades promotoras de saúde mental que a Residente desenvolve na ESF,
destaca-se a participação em Grupos (Hipertensos/ Diabéticos, Convivência e
Gestantes) através da realização de atividades físicas, cinesioterapêuticas, lúdicas e
de educação em saúde. Um fator de forte impacto na saúde mental de Santa Maria
foi a tragédia (incêndio na boate Kiss) ocorrida no dia 27/01/2013, que recrutou
inúmeros profissionais da saúde do Município e voluntários. A Residente
fisioterapeuta se inseriu na Força Tarefa SUS- Frente Grupo de Trabalho (GT) de
Apoio à AB e Redes que realizou mapeamento de óbitos, traçou estratégias de
cuidados longitudinais a sobreviventes e famílias envolvidas, realizou Apoio Matricial
as equipes de Unidade Básica de Saúde (UBS) e ESF do Município. Esse GT
contou com apoiadores da Política Nacional de Humanização (PNH). Esta política
71
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
busca colocar em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde,
produzindo mudanças nos modos de gerir e cuidar³. Além do GT, a Residente
realizou visitas domiciliares as famílias enlutadas, atendimentos de fisioterapia a
sobrevivente e acolhimento na ESF. A ordenação do cuidado está sob a
responsabilidade
da
AB,
garantindo
compartilhamento
do
cuidado
e
permanente
acompanhamento
processo
de
longitudinal
cogestão,
dos
casos,
juntamente com a rede de cuidados de atenção em saúde: Centro de Referência de
Assistência
Social
(CRAS),
Centro
de
Atenção
Psicossocial
(CAPS),
4ª
Coordenadoria Regional de Saúde, Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM),
Centro Integrado de Atendimento às Vítimas do Incêndio (CIAVA), Secretaria
Municipal de Saúde (SMS) e outros. Para garantir um atendimento humanizado é
imprescindível que haja uma boa relação de vínculo entre a população/ usuários e a
equipe, o que envolve postura acolhedora e disponibilidade para responder as
necessidades de saúde. As ações do fisioterapeuta devem ir além de uma atuação
técnica, enfocando diretamente o ser humano, pois deve estar voltado à atenção
integral ao usuário, não só do ponto de vista físico, como também social, ético e
humano 4.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011.
BRASÍLIA: MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013.
2. CASTRO, S. S.; CIPRIANO JUNIOR, G.; MARTINHO, A. Fisioterapia no
Programa de Saúde da Família: uma revisão e discussões sobre a inclusão.
Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v.19, n.4, p. 55-62, out./dez., 2006.
3. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Humanização. Brasília:
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013.
4. SILVA, I. D.; SILVEIRA, M.F. de A. A humanização e a formação do profissional
em fisioterapia. Ciência & Saúde Coletiva, 16 (Supl. 1):1535-1546, 2011.
72
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
27 ANÁLISE DO CONSUMO DE FERRO ALIMENTAR E FERRO EXÓGENO POR
NUTRIZES ATENDIDAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DO MUNICÍPIO DE SANTA
MARIA, RS
Ethiene da Silva Fontoura:
Adriane Cervi Blümke
Karla de Souza Maldonado
Karen Mello de Mattos
Palavras chave: lactante, necessidades nutricionais, toxicidade.
INTRODUÇÃO: A nutriz possui necessidades nutricionais específicas, por isso o
Ministério da Saúde, preconiza que lactantes com até três meses após o parto
devem receber suplementação de 60mg/dia de sulfato ferroso (RAMALHO et. al.
2007). O combate à anemia ferropriva, é uma das prioridades para os profissionais
responsáveis pelo planejamento de Programas de Nutrição em Saúde Pública
(ACCIOLY et. al., 2008). OBJETIVOS: Analisar a prevalência de inadequação do
ferro (alimentar e suplementar) de nutrizes atendidas na atenção primária de Santa
Maria/RS. METODOLOGIA: Pesquisa do tipo transversal com coleta de dados
primários em Unidades de Saúde do município. Para a coleta dos dados foi
elaborado e aplicado um questionário contendo dados de identificação, uso de
suplementos e consumo alimentar por meio de um recordatório de 24 horas (R24h).
Os dados do R24h foram analisados no software Dietwin e a adequação feita com
base nas Dietary Refernce Intakes (DRIs) de acordo com a faixa etária considerando
o método da Estimated Average Requirement (EAR) como ponto de corte (FISBERG
et al., 2005). As informações coletadas foram analisadas no software SPSS, versão
18.0 por meio da estatística descritiva. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa da UNIFRA sob registro no 072.2011.2. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Participaram da pesquisa 78 lactantes com idade entre 14 e 42 anos
e média de 26±6,67 anos. A média da ingestão de ferro dietético (R24h) foi de
12,637±5,94mg e ferro total (dietético + suplemento) de 41,86±51,31mg. Observouse que mulheres com idade inferior ou igual há 18 anos (n=10) que não utilizavam
suplementação, ingeriram uma média de 14,33±6,91mg, representando uma
prevalência de inadequação de 15,87%. Nessa mesma faixa etária entre as nutrizes
que faziam uso de sulfato ferroso (n=2), a média do consumo de ferro total foi de
73
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
137,05±87,32, com 6,68% de prevalência de inadequação. Este valor está acima do
limite máximo tolerável (UL) que para nutrizes é de 45mg/dia. Entre as nutrizes com
idade maior ou igual há 19 anos (n=23), a média foi de 112,06±21,33mg de ingestão
diária somada a suplementação, muito acima da EAR de 6,5mg e da UL. Segundo
Accioly et. al. (2008), um dos efeitos deletérios desse mineral quando consumido
acima de 30 mg/dia é a contribuição para uma redução nos níveis séricos de zinco,
efeitos colaterais gastrointestinais e produção de radicais livres. CONCLUSÕES: A
avaliação do consumo do ferro diário apontou que mesmo as nutrizes que não
administravam o suplemento apresentavam valores médios diários adequados do
mineral sugerindo a necessidade de mais estudos a respeitos dos efeitos desse
mineral quando em excesso no organismo humano.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Accioly, Elizabeth; Padilha, Patricia de Carvalho; Saunders, Cláudia et al.
Estratégias de combate às microdeficiências no grupo materno-infantil. Rev.
Brasileira de Nutrição Clinica. 23(3):190-8. 2008.
Fisberg, R.M.; Slater, B.; Marchioni, D.M.L.; Martini, L.A. Inquéritos alimentares:
métodos e bases científicos. São Paulo: Manole, 2005.
Ramalho, Andréa; Saunders, Cláudia; Silva, Luciane de Souza Valente da; Souza,
Gisele Gonçalves de; Thiapó, Ana Paula. Micronutrientes na gestação e lactação.
Rev. Brasileira de Saúde Materno Infantil. 7 (3):237-244, jul-set. 2007.
74
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
28 PERDA DA QUALIDADE DE VIDA DO PORTADOR DE DIABETES MELLITUS:
UM RELATO DE CASO
Flávia de Mello Disconsi
Eliane Tavares da Silva
Michele Machado Quinhones Ferrão
Alessandro Santos da Costa
Leandro Nunes Ferrão
Palavras-Chave: Enfermagem; Diabetes; Cuidado.
A Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela ausência total ou parcial de
insulina produzida pelo pâncreas. Ela pode ser dividida em tipo 1 e tipo 2. O tipo 1 é
caracterizado pela insulinodependência, já que ocorre a ausência ou a diminuição da
produção da secreção de insulina pelo pâncreas. Isso pode ocorrer por fatores
hereditários, por destruição das células beta por auto-anticorpos ou até mesmo por
destruição viral. Já a diabetes tipo 2 é insulino-independente, acontece uma reação
de resistência a ação da insulina e está relacionada à obesidade. Este trabalho
possui como objetivo, relatar um caso de um portador de Diabetes Mellitus e fazer
uma análise profunda sobre o tema. Serão resgatados neste trabalho, aspectos
como seu conceito, manifestações clínicas, tratamento e outros achados relevantes
a serem ressaltados como, principalmente, cuidados específicos ao paciente
acometido por esta patologia. O modelo desse estudo atende os quesitos da
pesquisa descritiva exploratória com abordagem qualitativa do tipo relato de caso.
Fez parte da amostra um paciente portador de Diabetes Mellitus. Para a coleta de
dados foi utilizada a técnica de entrevista sendo esta, previamente autorizada pela
paciente desse estudo. A discussão e interpretação dos dados coletados foram
feitos através de uma pré-análise e exploração das respostas fornecidas,
posteriormente, discutidas e comparadas à literatura que aborda a temática em
questão. Como unidade de análise, foram considerados os depoimentos
verbalizados da paciente e transcritos durante a entrevista. Conclui-se que a
Diabetes Mellitus é uma doença grave, com altos índices de mortalidade em todo o
mundo, sendo um grande problema de saúde pública. Sendo assim, a maneira mais
adequada de combater esta enfermidade é a prevenção. Mudando hábitos de vida
75
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
maléficos a saúde, buscando um estilo de vida saudável, praticando esportes, tendo
uma alimentação adequada e realizando exames médico periódicos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
[1] BENNETT, J. & PLUM, F. Tratado de Medicina Interna. 20ª Edição. Vol. 2. Rio de
Janeiro. RJ. Editora Guanabara Koogan. 1997.
[2] BRASIL. Resolução n. 196/96. Pesquisa em seres humanos. Revista Bioética.
Abril-Junho. 1996. pg 36- 38
[3] MURTA, G. (org.). Saberes e práticas: guia para ensino e aprendizado de
enfermagem. 6ª Edição. São Caetano do Sul (SP): Difusão Editora. 2010.
[4] SMELTZER, S. C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem
Médico Cirúrgica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Editora Guanabara, 1998.
76
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
29 VIVENCIANDO AS DIFERENÇAS: A PERCEPÇÃO DAS ADOLESCENTES
ACERCA DE GÊNERO
Josiane Zimmermann
Silvana Cruz da Silva
Larissa Borges da Silva
Lúcia Beatriz Ressel
Palavras-Chave: Saúde da Mulher; Saúde do Adolescente; Identidade de Gênero;
Sexualidade; Enfermagem
INTRODUÇÃO: A atenção à saúde das mulheres, a saúde dos adolescentes e a
sexualidade estão fortemente entrelaçados, e ligados ao processo de medicalização
do corpo feminino, na perspectiva de transformação, não apenas de grupos e
espaços públicos, mas também de indivíduos(1).. Após a criação da Política Nacional
de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), evidenciou-se o compromisso
com a implementação de ações de saúde para as mulheres, orientado pela
efetividade dos direitos sexuais e reprodutivos como parte dos direitos humanos. A
sexualidade é uma característica essencial do ser humano, está presente durante
toda a vida do indivíduo. Neste estudo, entende-se que a construção da sexualidade
é tanto individual quanto coletiva, pois se expressa e recebe influências,
caracterizando-se de acordo com o contexto no qual o sujeito está inserido
(2)
. A
partir do exposto vislumbra-se a questão norteadora deste estudo: quais os
significados atribuídos pelas adolescentes sobre ser mulher em nossa sociedade?
Para isso, OBJETIVO: compreender as percepções e os significados sobre ser
mulher adolescente na nossa sociedade, além de refletir acerca da construção
sociocultural desses significados. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de
campo, do tipo descritiva, com abordagem qualitativa(3). O cenário da pesquisa foi
uma escola pública de ensino fundamental em um município do Rio Grande do Sul
(RS). Os sujeitos deste estudo foram nove adolescentes do sexo feminino,
estudantes da escola acima referida, o número de sujeitos se justifica pela técnica
de coleta, que é o grupo focal. Os critérios de inclusão foram: ser mulher
adolescente (ter entre 12 e 18 anos, conforme o Estatuto da Criança e do
Adolescente), estudante da escola cenário do estudo, e ser moradora da região em
estudo. O critério de exclusão foi: adolescentes que tivessem limitações cognitivas,
77
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
que as impossibilitassem de compreender e participar do estudo. A seleção dos
sujeitos foi intencional, de acordo com os objetivos do estudo e as orientações para
o grupo focal(4). As adolescentes foram convidadas verbalmente a participar do
grupo, e sua adesão foi voluntária. Os dados foram coletados durante os meses de
junho e julho de 2012. RESULTADOS E DISCUSSÃO: emergiu a associação que
as adolescentes fazem em relação à sexualidade, sua condição como mulheres e ao
tratamento desta pela família e sociedade. Encontrou-se grande influência das
questões de gênero na sexualidade e confirmou-se que as adolescentes trazem
suas práticas fundamentadas nas suas origens socioculturais e relações de
desigualdades de gênero, preconceitos e hierarquização social(5). CONCLUSÃO: é
importante que os enfermeiros conheçam os significados atribuídos pelas
adolescentes às questões de gênero e sexualidade para que possam contribuir com
estratégias efetivas e contextualizadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1.
Vieira EM. A medicalização do corpo feminino. Rio de Janeiro: FIOCRUZ;
2002.
2.
Ressel LB, Junges CF, Sehnem GD, Sanfelice C. A influência da família na
vivência da sexualidade de mulheres adolescente. Esc Anna Nery (impr.). 2011
abr/jun; 15(2):245-250.
3.
Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12
ed. São Paulo: Hucitec-Abrasco, 2010.
4.
Kitzinger J. Grupos Focais. In: Pope, C.; Mays, N. (org.), Pesquisa Qualitativa
na atenção à saúde. Porto Alegre: 3 ed;Artmed; 2009. 33-43.
5.
Taquette SR, Meirelles ZV. Convenções de gênero e sexualidade na
vulnerabilidade às DSTs/ AIDS de adolescentes femininas. Adolesc. Saude. Rio de
Janeiro. 2012 jul/set; 9(3): 56- 64.
78
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
30 GRUPO DE GESTANTES NASCER SORRINDO – UMA PERSPECTIVA DE
ATENÇÃO HUMANIZADA E MULTIPROFISSIONAL ÀS MULHERES NO CICLO
GRAVÍDICO-PUERPERAL
Kelen da Costa Pompeu
Thaise da Rocha Ferraz
Lizandra Flores Pimenta
Tamiris Teixeira Pugin
Janaina Peixoto da Rosa
Camila Lenhart Vargas
Palavras-Chave: Gravidez; Parto Humanizado; Período Pós-Parto.
INTRODUÇÃO: A mulher passa por diversas e profundas modificações na gestação,
tanto físicas como emocionais, estando estas intimamente interligadas 1. Nesse
sentido, entendeu-se como fundamental a formação deste grupo de gestantes para
proporcionar uma abordagem integral e específica à assistência no período
gravídico-puerperal, para que estas mudanças aconteçam de forma esclarecida e
com apoio de profissionais que valorizam a humanização. A interação no processo
grupal acontece de forma dinâmica e reflexiva e promove o fortalecimento das
potencialidades, tornando-se estratégica no processo educativo2. O Grupo
denominado Nascer Sorrindo-SM, surgiu a partir das inquietações das integrantes
que buscavam criar um espaço, que até então não existia na cidade de Santa MariaRS, onde houvesse a reflexão sobre as diversas mudanças que as mulheres
atravessam na gestação e também instigar o empoderamento das mesmas para que
o protagonismo da maternidade seja colocado em evidência em toda sua trajetória.
O grupo está vinculado à Parto do Princípio, uma rede formada por mulheres que
lutam pela humanização do pré-natal, parto e nascimento no Brasil. OBJETIVOS:
Este grupo objetiva a troca de informações sobre o ciclo gravídico-puerperal,
proporciona um espaço grupal de discussão dos diferentes aspectos que envolvem a
gravidez, o parto, o puerpério e os cuidados com o recém-nascido e possibilita a
expressão e o compartilhar de sentimentos com enfoque na humanização do
nascimento. Quando estamos sós, na escolha de caminhos, podemos encontrar
significados ao partilhar as nossas experiências com outros que também estão
enfrentando as escolhas incertas do cotidiano3. Também busca resgatar na mulher
os processos fisiológicos, naturais e instintivos de parir com base nas práticas
79
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
baseadas em evidencias científicas recomendadas pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), visto que os indicadores no município apontam para o excesso de
cesarianas, para a morbimortalidade infantil e para o grande número de nascimentos
de prematuros, reflexo de uma atenção obstétrica deficitária. Para isto, o
empoderamento da mulher, com o apoio do acompanhante de sua escolha, deve ser
trabalhado e incitado por meio de valorização das vivências, opiniões e sentimentos
da gestante. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, acerca de uma
prática de grupo multiprofissional que partilham dos mesmos ideais que permeiam a
política de humanização do Ministério da Saúde. Acontecem quinzenalmente e tem
como
público
alvo
as
gestantes
e
seus
acompanhantes
que
buscam
espontaneamente o grupo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O Grupo Nascer
Sorrindo-SM está oportunizando o fortalecimento dos desejos das mulheres de
protagonizarem a sua maternidade de forma plena, através das trocas efetivas de
saberes e práticas. As gestantes que participam do grupo buscam nas consultas de
pré-natal e nas maternidades onde irão dar a luz se informar e questionar mais os
profissionais que as atendem, com intuito de tornarem-se mais ativas no processo
de parturição. CONCLUSÕES: A experiência enriquecedora desta prática tem
trazido imensa satisfação para todos os participantes. O trabalho em equipe, onde
cada profissional contribui de forma peculiar, tem como maior objetivo a promoção
da saúde, do empoderamento e a da humanização no gestar, parir e maternar e este
tem sido atingido satisfatoriamente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Reberte ML, Hoga LAK. O desenvolvimento de um grupo de gestantes com a
utilização da abordagem corporal. Texto Contexto Enfermagem.2005 Abr-Jun;
14(2):186-92
Borowski DM, Ribeiro CV, Mirapalhete IMC, Weber C, Vieira D, Soares MC. Trabalho
educativo com grupo de gestantes e puérperas.[Internet] In:XVIII CIC -XI ENPOS-I
Mostra Científica. Pelotas:UFPEL; 2009. Acesso em [2013 mar 16]. Disponível em:
http://www.ufpel.edu.br/cic/2009/cd/pdf/CS/CS_01255.pdf
Paterson JG, Zderad LT. Humanistic nursing. 2rd ed. New York (NY): National
League for Nursing; 1988
80
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
31 O HOMEM E O ATENDIMENTO EM SAÚDE NO CONTEXTO DO SUS
Márcia Elisa Jager
Danielle da Costa Souto
Ana Cristina Garcia Dias
Palavras-Chave: saúde do homem; serviços de saúde; saúde pública.
INTRODUÇÃO: Iniciativas para oferecer atenção à saúde masculina vêm sendo
instauradas pela saúde pública brasileira. Os homens têm sido, por exemplo,
incentivados a participar do acompanhamento pré-natal, nos quais questões
relativas à sexualidade, reprodução e paternidade vêm ganhando espaço1. Estas
iniciativas se encontram em fase inicial e existe uma dificuldade em conscientizar os
homens para uma atenção sistemática com sua saúde. OBJETIVOS: Esse trabalho
discute teoricamente sobre o lugar do homem nos atendimentos em serviços de
saúde. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão não sistemática da literatura
sobre o atendimento em saúde aos usuários do SUS. Organizaram-se duas
categorias temáticas, a saber: (1) A construção histórica do conceito de saúde; (2)
Os homens no contexto de atendimento do SUS. A primeira categoria reflete o lugar
que a saúde vem ocupando na vida das pessoas e como este conceito foi percebido
como um direito de todos. A segunda categoria discute o atendimento aos homens
no contexto do SUS, através de uma perspectiva de gênero-diferença na oferta e
acesso aos serviços de saúde entre homens e mulheres. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: A construção histórica do conceito de saúde - A OMS, em 1948,
conceitua saúde como um estado de completo bem estar físico, psíquico e social, e
não apenas a ausência de doenças ou enfermidades2. A partir deste conceito, na
Constituição Federal de 1988, são regulamentados os princípios que norteiam o
SUS (Lei Orgânica nº 8.080/90). Sua finalidade é alterar a situação de desigualdade
na assistência à saúde da população, visando tornar obrigatório o atendimento
público a qualquer cidadão3. A partir dai, questiona-se: o acesso à saúde é
realmente igualitário para todo cidadão? Será que existem diferenças de gênero que
guiam o acesso aos serviços de saúde? Os homens no contexto de atendimento do
SUS - Um estudo europeu4 mostrou que os principais motivos para a baixa procura
masculina por serviços de saúde são: distância entre o local de trabalho e serviços
de saúde; horário de funcionamento das UBS; crença de que os homens deveriam
81
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
ser fortes para a doença; e a falsa percepção de que os serviços de saúde são
espaços especialmente para mulheres e crianças. Em uma pesquisa brasileira 5
outros motivos foram somados: medo do homem em descobrir que “algo vai mal” e a
vergonha de ficarem expostos a outras pessoas, principalmente em exames de
próstata e similares. Outro motivo se refere à ausência de unidades de saúde
específicas para o cuidado da população masculina. CONCLUSÕES: São
necessárias pesquisas que busquem caracterizar o segmento masculino e adaptá-lo
as políticas públicas, promovendo a saúde do homem. É indispensável desconstruir
um modelo de masculinidade que deposita no homem uma invulnerabilidade às
fraquezas e doenças. Isto limita sua busca pelo bem-estar físico, psíquico e social.
Da mesma forma, políticas públicas adequadas e eficazes, estratégias para
aproximar os homens e uma readaptação de modelos assistenciais em saúde são
necessários para garantir um atendimento e um acesso à saúde igualitário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1.
Gomes R, Scharaiber LB, Couto MT. Editorial: O homem enquanto foco da
saúde pública. Ciência e saúde coletiva [periódico online]. 2005 [acesso em: 20 nov.
2012]. 10 (1): 4p. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v10n1/a01v10n1.pdf
2.
Scliar M. História do conceito de saúde. PHYSIS: Revista de Saúde Coletiva
[periódico online]. 2007 [acesso em: 20 nov. 2012]. 17 (1): 29-41p. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/physis/v17n1/v17n1a03.pdf
3.
Brasil. Lei n. 8.080, de 19 de setembro, 1990.
4.
Banks I. New models for providing men with health care. Editorial. Journal of
Men’s Health and Gender. 2004; 1: 155-158.
5.
Gomes R. A construção da masculinidade como fator impeditivo do cuidar de
si. Projeto de pesquisa vinculado à bolsa de produtividade em pesquisa do CNPq.
Rio de Janeiro: IFF/FIOCRUZ; 2004.
82
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
32 PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM EVENTO PARA
TERCEIRA IDADE
Thomaz da Cunha Figueiredo
Letícia Fernandez Frigo
Palavras-Chave: promoção da saúde; atenção básica; Conhecimentos, Atitudes e
Prática em Saúde.
INTRODUÇÃO: Segundo o MS (2006)1, as práticas integrativas e complementares
compreendem modelos complexos e recursos terapêuticos da medicina tradicional
chinesa e complementar/alternativa (MTC/MCA), como também é conceituado pela
OMS.2 Esses englobam abordagens orientais e possuem diversos objetivos como a
promoção e prevenção da saúde por meio de uma visão expandida do processo
saúde-doença e a ascensão completa do cuidado humano, especialmente do
autocuidado. OBJETIVO: promover a interação, a socialização e o aprendizado em
saúde para idosos e a população, com o conhecimento dos recursos da MTC para
alcançar a qualidade de vida de forma integral e humanizada. METODOLOGIA: Em
evento desenvolvido por uma universidade local e com participação de instituições
de ensino superior (IES) da cidade de Santa Maria /RS, foram promovidas atividades
que comtemplaram a esfera psicológica, a social e a física para o grupo da terceira
idade, acima de 55 anos, durante o final de semana. Com isso, o curso de
Fisioterapia e demais cursos das três IES da cidade realizaram ações em estantes
divididos por temáticas os quais abordaram desde ginástica corporal e funcional,
cuidados com a alimentação, práticas aquáticas e avaliações biomecânicas, até
direito do idoso, cuidados com a memória e voz e outras questões. Em local
definido, os cursos de Fisioterapia das IES ficaram divididos em espaços. Cada
curso abordava determinado tema que, primeiramente, o participante iniciava pelas
avaliações de sinais vitais e histórico de sua saúde. Após, atividades físicas e
finalizando com ações para a normalização dos sinais vitais e relaxamento.
Desenvolveu-se então em um destes espaços atividades de práticas integrativas e
complementares, com a Ioga e o Qi – qong em busca do relaxamento e reequilíbrio
das energias corpóreas. Exercícios de Ioga intercalaram uma sequência de
exercícios Qi – Gong que simula através de movimentos corporais os movimentos
de animais, para estimular a promoção de uma melhor circulação da energia vital
83
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
(Chi) no corpo e mente.3,4 A atividade era realizada em grupo de, no máximo, dez
participantes sob o comando de dois acadêmicos, com duração média de 20
minutos e a ambientação do local da prática foi organizado segundo as
representações do Feng Sui que busca equilibrar energias das pessoas no ambiente
em que se encontravam.5 Ao final os participantes recebiam dos organizadores uma
lembrança construída pelos organizadores. RESULTADOS E DISCUSSÕES:
Acredita-se que atividade alcançou os objetivos propostos, pois foi relatada pelos
participantes a satisfação com o trabalho e o bem-estar adquirido na realização dos
exercícios. Apesar do desconhecimento acerca da atividade, buscaram explicações
a respeito e propuseram-se a desenvolvê-la já que contribuiria para a sua saúde,
para o seu equilíbrio psico-físico-social. CONCLUSÕES: As práticas integrativas e
complementares devem ser mais divulgadas para que se unam às demais formas de
tratamento e prevenção para que se alcance uma agir em saúde de maneira
humanizada. Há desconhecimento dessas e de suas finalidades pela, inclusive,
população senil. A atividade desenvolvida trouxe benefícios como exteriorizado
pelos participantes, com isso acredita-se que em conjunto com outras formas
contribua para a promoção da saúde.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1 - Ministério da Saúde. Portaria N°.971 de 3 de maio de 2006. Diário Oficial da
União.
2006;
84:20-25.
Diponível
em:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/PNPIC.pdf. Acesso em: 10 de mar
2013.
2 - Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica.
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS - PNPIC-SUS /
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção
Básica. - Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 92 p. - (Série B. Textos Básicos de
Saúde). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnpic.pdf. Acesso
em: 10 de mar 2013.
3 - Gouveia RMLA. Adaptação da Prática de Qi Gong ao contexto da Ginástica
Laboral. Monografia (Disciplina de Seminário) – Licenciatura em Desporto e
Educação Física, Área Recreação e Lazer – Faculdade de Desporto da
Universidade do Porto - Porto. 2009.
84
I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
4 - Livramento G, Franco T, Livramento A. A ginástica terapêutica e preventiva
chinesa Lian Gong/Qi Gong como um dos instrumentos na prevenção e reabilitação
da LER/DORT. Rev. bras. Saúde ocup. 2010; 35 (121): 74-86.
5 - Terra LTG. Práticas Alternativas em Gestão de Pessoas. Monografia ( Bacharel
em Administração) – Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF. 2010.
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I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
33 RELATO DE VIVÊNCIAS DE RESIDENTES NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
DE CAMPINAS- SP
Katiusci Lehnhard Machado
Carmem Lúcia Colomé Beck
Laura Ferreira Cortes
Fábio Mello da Rosa
Fábio Becker Pire
Marlene Gomes Terra.
Palavras-Chave: Saúde, Saúde Mental; Formação em Recursos Humanos.
INTRODUÇÃO: A formação em Residência Multiprofissional pressupõe avançar nas
dificuldades apresentadas na formação de muitos profissionais da área da saúde. A
fragmentação do cuidado, o trabalho em rede de atenção são aspectos que
encontram justificativas para desenvolver uma modalidade de Residência. Desta
forma, torna-se premente promover nos profissionais competências para atuarem de
modo articulado e interdisciplinar, por meio de processos integrados de gestãoatenção-educação-formação em saúde. Diante disso, conhecer os diferentes
contextos, no cenário nacional, onde a saúde se efetiva, torna-se uma experiência
importante para a formação do residente. OBJETIVO: Socializar um estágio de
vivências na rede de saúde mental do SUS Campinas realizado por residentes do
Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde. METODOLOGIA: O
Programa de Residência Multiprofissional Integrada da Universidade Federal de
Santa Maria/RS, no período de 03 a 15 de abril de 2011, proporcionou a realização
de estágio optativo para quatro residentes: fisioterapeuta e enfermeiro da Atenção
Básica, também psicóloga e enfermeira da Atenção Hospitalar, Linha de Cuidado
Saúde Mental. Este estágio teve como objetivo conhecer a organização e a dinâmica
da rede de saúde, em especial de saúde mental de Campinas/SP, referência
nacional em planejamento e ações no campo da saúde pública. Os cenários de
vivência foram: o Serviço de Saúde Cândido Ferreira, Tear das Artes e a Enfermaria
de Saúde Mental do Complexo Hospitalar Ouro Verde (CHOV). RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira - Instituição hospitalar que
prevê a desospitalização, o tratamento centrado nas singularidades dos usuários.
Por meio de suas atividades, objetiva a inclusão social e geração de renda de seus
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I SIMPÓSIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO HUMANIZADA À SAÚDE
usuários. Cabe destacar, que a reforma psiquiátrica brasileira luta pela construção
de uma saúde mental que produza vida e autonomia¹. Nesta direção, o trabalho
desenvolvido pelo Cândido Ferreira, contribui para os avanços da reforma
psiquiátrica. Centro de Convivência “Tear das Artes” - É um espaço comunitário,
com o compromisso de propiciar educação, saúde e lazer. As atividades são
promovidas por diferentes profissionais do campo da saúde e desenvolvidas pela
comunidade e usuários dos serviços de saúde mental. Efetivamente, incentiva o
exercício da cidadania e a produção de vida². Enfermaria de Saúde Mental – CHOV
- Trabalha com a proposta de Projeto Terapêutico Singular³, assim, propicia o
acompanhamento eficaz e resolutivo do usuário egresso da internação. Também, o
comprometimento com a articulação do cuidado. Portanto, não há alta hospitalar
sem haver um serviço responsável pela continuidade do cuidado, assim trabalha-se
na perspectiva da transferência do cuidado, reforçando o comprometimento da rede
de
saúde.
CONCLUSÕES:
Campinas
busca,
desenvolver
efetivamente
a
integralidade da atenção, a descentralização das ações em saúde, a participação
social. A partir dessa vivência, foi possível refletir sobre as disparidades encontradas
entre a lógica de atenção do município dos residentes, e a de Campinas. Assim,
propiciou continuar no caminho da construção e aperfeiçoamento da atenção em
saúde mental em nossas realidades locais.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. Merhy EH, Amaral H. (Orgs.) A reforma psiquiátrica no cotidiano II. 1. ed São
Paulo: HUCITEC, 2007. (Série Saúdeloucura; 22)
2. Lancetti A. Clínica Peripatética. 4. ed. São Paulo: Hucitec. 2009. p. 77-85.
3. Cunha GT, Campos GWde S. Método Paidéia para Co-Gestão de Coletivos
Organizados para o trabalho. ORG & DEMO, Marília, v.11, n.1, p. 31-46, jan./jun.,
2010.
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