AU T OR A - Ana Luisa Escorel
PROJ E T O G R Á F IC O - Ana Luisa Escorel | Ouro sobre Azul
F OR M AT O D O M IOL O - 11. 5 cm x 16 cm
N Ú M E RO DE PÁG I NA S - 2 8 8
PA PE L - Pólen Bold 9 0 gramas
M IOL O - 1 cor C A PA - 2 cores
AC A BA M E N T O - capa-dura
PR E Ç O - R$35,00 I SBN - 978 85 88777 36 1
O Pai, a mãe e filha tráz as lembranças de uma menina entre os 4 e os 8 anos de idade, na São Paulo de
fins dos anos de 1940 e início dos anos de 1950.
- Atenta ao universo dos adultos que a cercavam, a
menina encontra nos contos de fadas, nas histórias
de família e no registro de acontecimentos cotidianos
motivo de grande diversão.
- Ilustrado com desenhos feitos por ela própria no
período coberto pelas lembranças, o texto encadeia
narrativas contadas ora pela menina, ora pela adulta
em que se tornou.
- Tendo convivido com personalidades do univer-
so artístico e intelectual desse período, ligadas a seus
pais, Ana Luisa Escorel nos reproduz histórias sobre
elas, na maioria das vezes sem citar nomes, dando ao
leitor, no entanto, pistas para identificá-las.
- O livro procura ainda, situar o universo familiar
dos pais da menina, ambos ricos de acontecimentos
pouco usuais.
- De leitura fácil, O pai, a mãe e a filha é um texto
envolvente no qual o universo infantil se apresenta
em toda a sua riqueza, retomando um tempo em que
a convivência era ditada pelo afeto.
Eu, o Papai e a Mamãe viajando no navio Novembro 1949.
Este é um livro que nasceu clássico. Memórias de
infância por um lado, memórias de escritores por outro, dois gêneros bem assentados em nosso país bem
como pelo planeta afora, nada tem de ambíguo, antes de duplo. O olhar da menina, assim lindamente
nomeada, vai organizando e decifrando o mundo a
partir da casa, focalizando o entorno, os vizinhos, a
malta dos pequenos, os visitantes. E se volta da infância para trás, perscrutando o passado tal como se
apresenta às crianças, encarnado nos mais velhos: os
pais, os tios, os avós, e os casos que contam. A teia vai
compondo o universo em que a menina se move.
- A prosa apurada, que evita o clichê mas incorpora
o coloquial, revela-se cheia de sábias escolhas. Quem
escreve é um adulto, sopesando, discriminando, ponderando. Podam-se com rigor os nomes próprios, o
que alivia o texto e evita o cunho de almanaque. Os
Um passarinho - 22 • 11 • 48 - 4 anos e 2 meses.
“podres” são narrados com graça. A vida deste tomboy franzino mas forte, os cabelos cortados, sempre
de macacão, é cheia de traquinagens e peripécias.
Delineiam-se os perfis de um pai e uma mãe marcantes, nem é preciso dizer, mas igualmente os de muitos
outros figurantes.
- O leitor fica com pena quando o livro acaba e nada
mais acontece a partir da infância da menina, cujo
olhar aprendeu a emular, sendo doloroso despregarse dele. E depois? fica-se perguntando. Será que as
aventuras posteriores seriam menos interessantes?
Não, com certeza, na pena desta escritora.
Walnice Nogueira Galvão
Ana Luisa Escorel nasceu em São Paulo, onde passou a infância e a adolescência.
- Entrou para a ESDI, Escola Superior de Desenho
Industrial, Rio de Janeiro, em 1964, integrando a primeira geração de designers com formação regular e
nível superior do Brasil.
- Vive profissionalmente como designer desde 1970
e, em 2000, fundou a Ouro sobre Azul, empresa voltada para as atividades de projeto gráfico, edição e
distribuição de livros.
- É autora de Brochura brasileira: objeto sem projeto,
Editora José Olympio, 1974, e O efeito multiplicador
do design, Editora SENAC São Paulo, 2000, 2002 e
2004.
- Concebe e desenvolve seu trabalho no Rio de Ja-
neiro, cidade a que deve sua formação profissional e à
Dois homens fazendo ginástica - 5 anos e 7
meses - 25 • 4 • 1950.
qual tem tentado retribuir o muito que recebeu dela,
desde que chegou, 46 anos atrás.
Entre 2002 e 2004, graças aos recursos da internet,
a autora de O pai, a mãe e a filha participou de um
encontro eletrônico no qual as duas irmãs, os quatro primos-irmãos pelo lado paterno e ela própria
escreviam de maneira sequente sobre as temporadas na casa de férias da família, em Poços de Caldas,
vendida havia algum tempo e da qual todos sentiam
imensa falta. Os textos eram o meio de trazer a casa
de volta.
- Nesse exercício, além da aproximação por meio
da escrita no terreno que era de todos e no qual cada
um se movia à sua maneira, deu-se o estreitamento
da camaradagem, razão que, por si só, teria valido a
iniciativa.
- No caso da autora, o efeito foi adiante. Passou a lidar
com a palavra em moldes até ali desconhecidos para ela
1) Um homem.
2) Um boi com cara de homem.
e, dessa experiência, resultou O pai, a mãe e a filha.
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AUTORA - Ana Luisa Escorel PROJETO GRÁFICO