VIVER EM
SOCIEDADE:
Um compromisso com
o direito de todos
Propostas para um projeto didático
Direção Comercial e de Marketing
Sandra Bensadon de Carvalho
Gerente de Marketing
Luciane Righetti
Coordenação de Serviços Educacionais
Mônica de Souza Gouvêa
Edição
Inês Calixto
Revisão
Marina Ruivo
Capa e Projeto Gráfico
Ariane Ramos de Azevedo - Nany Produções Gráficas
Colaboração
Maria Carolina Dias Carreira, Thaisi Lima
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Silveira, Valeska Freman Bezerra de Freitas
Viver em sociedade [livro eletrônico] : um
compromisso com o direito de todos : propostas
para um projeto didático / Valeska Freman
Bezerra de Freitas Silveira. -- São Paulo :
Edições SM, 2015.
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Bibliografia.
1. Convivência 2. Diferenças individuais
3. Direitos humanos 4. Discriminação 5. Pedagogia
6. Valores (Ética) I. Título.
15-01321
CDD-370
Índices para catálogo sistemático:
1. Vida em sociedade : Ensino fundamental e
médio : Proposta pedagógica : Educação
2015
Todos os direitos reservados à
Edições SM
Rua Tenente Lycurgo Lopes da Cruz, 55
Água Branca – São Paulo – SP – 05036-120
www.edicoessm.com.br
[email protected]
370
SUMÁRIO
Apresentação.........................................................4
Viver em comunidade a serviço
do bem comum
Ensino Fundamental 1...........................................6
A PARTICIPAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS NA
FORMAÇÃO DA IDENTIDADE BRASILEIRA
Ensino Fundamental 2.........................................18
A DITADURA MILITAR NO BRASIL:
UMA AMEAÇA AOS DIREITOS HUMANOS
Ensino Médio..........................................................26
APRESENTAÇÃO
Vivemos em uma sociedade fortemente marcada pelo
individualismo, hedonismo e competitividade, em relações nas
quais o “outro” é tido como uma ameaça, ou simplesmente é
desconsiderado, tornando-se um invisível social.
Por conseguinte, as diferenças raciais, sociais, religiosas
e étnicas sofrem discriminação e violências de todo tipo,
gerando um mal-estar social.
Diante desse desafio, a SM desenvolveu, para os
três segmentos da Educação Básica, roteiros didáticos
interdisciplinares que buscam resgatar valores como respeito
às diferenças, respeito ao direito do outro, tolerância,
alteridade e diálogo.
As propostas possibilitam aos alunos enxergar as relações
sociais, políticas e culturais ocorridas no interior de um
grupo, contribuindo para a formação do sentido da vida em
comunidade.
Além disso, os projetos almejam valorizar pessoas, grupos
e instituições que trabalham em prol dos direitos humanos
como um valor fundamental para a vida em sociedade.
Para o Fundamental 1, a temática Viver em comunidade
a serviço do bem comum pretende facilitar o entendimento
sobre o valor da vida em comunidade, bem como oportunizar
experiências coletivas, que permitam apreender os valores
necessários para viver em comunidade.
A temática Povos indígenas na formação da identidade
brasileira, pensada para o Fundamental 2, tem por objetivo
resgatar a importância desta matriz na formação cultural do
povo brasileiro, bem como mostrar a alteridade como valor
fundamental para a convivência humana.
Para o Ensino Médio, o tema A ditadura militar no
Brasil: uma ameaça aos direitos humanos pretende que os
alunos aprofundem o assunto, tendo como foco a defesa dos
direitos humanos, percebendo-os como fundamentais para a
existência humana.
Acreditamos que as reflexões aqui propostas contribuirão
para a formação de cidadãos comprometidos com a cultura
da paz.
VIVER EM
COMUNIDADE
A SERVIÇO DO
BEM COMUm
ENSINO FUNDAMENTAL 1
VIVER EM COMUNIDADE
A SERVIÇO DO BEM COMUM
Objetivos
Reconhecer-se como parte integrante de uma comunidade (família, escola, bairro, religião, sociedade).
Perceber a importância de servir (ajudar) o próximo.
Desenvolver noções de respeito aos direitos dos outros.
Compreender o sentido de “comunidade” e “bem comum”.
Vivenciar valores necessários para a vida em comunidade: cooperação, respeito, partilha, serviço, etc.
Conteúdos
Comunidades: família, grupo de amigos, grupo religioso
e bairro.
Bem comum e reconhecimento do direito alheio.
Partilha e serviço como forma de cooperação e amor ao
próximo.
Valores necessários para a vida em comunidade: a
partilha, a cooperação, o serviço.
6
Tempo estimado
20 aulas.
Materiais necessários
Painéis para a montagem de exposição interativa.
Folhas para produção de cartaz (cartolina, papel-cartão,
color 7, papel-manilha).
Imagens de grupos sociais com diferentes composições
(religiões, famílias, amigos, escola, bairro).
Cesta para o piquenique.
Máquinas fotográficas.
Papel para desenho.
Lápis de cor, giz de cera e canetas hidrocor.
Pincéis atômicos de diferentes cores.
Tesoura e cola.
7
PLANEJAMENTO DAS ETAPAS
VER A REALIDADE
Olhar a
realidade,
partindo das
sensações,
daquilo que
se percebe de
imediato.
Primeiras impressões
Dinâmica de grupos
Proponha aos alunos algumas situações para serem
encenadas. A quantidade de alunos por grupo deve variar
de acordo com a cena proposta, como: cumprimentar
com aperto de mão, com os ombros, com o nariz, com
os cotovelos, com a testa; tirar uma foto na praia ou uma
foto em família; dançar aos pares; fazer uma pescaria;
lanchar na escola.
Por último, sugira aos alunos que se organizem em
cinco grupos. Essa formação servirá para os trabalhos
coletivos do projeto.
Levantamento de grupos que compõem a sociedade
Converse com os alunos a respeito dos grupos dos
quais eles fazem parte. Motive-os a pensar no grupo
de amigos, na família, no grupo religioso ao qual
pertencem, no bairro onde vivem, etc.
Anote no quadro de giz os grupos mencionados. Explore
as características próprias de cada agrupamento e façaos perceber a diversidade existente entre eles.
Caracterização dos grupos sociais
Organize a sala para o trabalho coletivo. Cada grupo se
responsabilizará por produzir um cartaz apresentando
um dos grupos sociais que foram assunto na roda de
conversa.
Disponibilize folhas para a produção de cartazes,
revistas, jornais, cola, tesoura, pincéis atômicos, etc.
8
O cartaz deve conter o nome do grupo social em estudo
e ser ilustrado com imagens de revistas. Oriente-os a
construir diferentes representações do mesmo grupo.
Exemplo: diferentes famílias, diferentes religiões, etc.
Confrontar ideias
Com os cartazes prontos, oriente a apresentação, que
deve mostrar os lugares de atuação desses grupos e o
que os motiva a permanecer juntos.
Faça inferências no decorrer da apresentação.
Acrescente outros aspectos que facilitam as
agremiações, como sentimentos, a identificação de
ideias, crenças e objetivos comuns, etc.
As primeiras
sensações
são agora
confrontadas
com outros
“olhares”. Novas
percepções
serão
construídas.
Para ampliar o repertório trazido pelos alunos,
apresente outras imagens de grupos familiares,
religiosos, escolares, de bairro e de amigos. Sugira a
eles que acrescentem essas imagens aos seus cartazes.
Explore as diferenças existentes entre os grupos sociais
estudados e as variações ocorridas num mesmo grupo,
por exemplo: as diferentes composições de família.
Concluídas as apresentações, deixe os cartazes
expostos na sala de aula.
Ampliar o conhecimento da realidade
Com o intuito de “ampliar o olhar”, promovendo o
conhecimento dos valores e princípios necessários à
convivência num grupo social, sugerimos exibir o filme
A fuga das galinhas.
O olhar agora é
ampliado, novos
elementos são
investigados sob
a perspectiva
do cinema, da
literatura e do
jornal.
9
Divulgação
A fuga das Galinhas
Gênero: Comédia
Direção: Nick Park, Peter Lord
Duração: 85 min
Ano: 2000
A história acontece em uma fazenda
chamada Granja dos Tweedy, localizada na
cidade de Yorkshire, Inglaterra, na década
de 1950. Lá algumas galinhas vivem uma
vida muito triste e monótona. Presas no
galinheiro, elas são obrigadas a botar ovos
em horários determinados, e vivem apavoradas com a possibilidade de virar jantar.
Entre o medo e a obrigação, as galinhas
alimentam o sonho de uma vida feliz em
liberdade, mas, para realizá-lo, elas precisarão aprender os princípios da convivência e da cooperação. A busca pela solução
de seus problemas comuns levará as galinhas a perceber o valor de cada uma para a
consecução de um projeto coletivo.
Promova uma roda de conversa sobre o filme. Questioneos: Como era a relação das galinhas no galinheiro?
Que motivo comum fez com que elas se unissem? Elas
conseguiram atingir o objetivo almejado? De que forma?
Para ampliar a discussão, proponha a leitura do livro As
panquecas de Mama Panya.
10
Autores: Mary e Rich Chamberlin
Ilustradora: Julia Cairns
Tradutora: Cláudia Ribeiro Mesquita
Acervo SM
As panquecas de Mama Panya
As panquecas de Mama Panya retrata
uma forte experiência de partilha e amor
protagonizada pela Mama e por seu filho Adika
ao enfrentar o desafio de acolher os amigos e
vizinhos para dividir suas panquecas, mesmo
possuindo pouco.
A narrativa africana estimula o leitor a colocar a vida
a serviço do bem comum e ensina que a família pode
ser maior do que somente aquelas pessoas que moram
conosco, facilitando a compreensão de que a felicidade
individual está necessariamente interligada à felicidade do
outro.
Estimule os alunos a falar de suas impressões sobre
a obra, a destacar cenas que chamaram a atenção, a
estabelecer relações de similaridade entre a atitude
de Mama Panya e exemplos extraídos da sociedade
brasileira, a compartilhar suas experiências de partilha,
a elencar as lições que extraíram da história.
Proponha a leitura do artigo A ética dos esquimós, de
Luciana Withaker1.
Withaker, Luciana. A ética dos esquimós. Disponível em:
<http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/26/a-etica-dos-esquimos>.
Acesso em: 29 jan. 2015.
1
11
Archivo SM/ID/ES
Três crianças inuítes (esquimós) posando com roupas típicas para um fotógrafo
no Ártico.
“A ética dos esquimós”, de Luciana Withaker
Divulgação
O artigo mostra a cooperação como o maior valor das
comunidades que vivem nas terras geladas do Alasca,
onde a cultura iñupiaq há milhares de anos se alimenta
de caça e de virtude.
Trabalhando com o texto
Sensibilização:
Leve para a sala de aula o livro 11 anos
no Alasca, de Luciana Withaker.
Capa do livro 11 anos no
Alasca, de Luciana Withaker.
12
Apresente um breve histórico da autora.
Analise as imagens e estimule os alunos a levantar
hipóteses sobre elas. Pergunte: Onde fica o Alasca?
Como vivem os esquimós? Por que matam as baleias?
Leitura e pós-leitura:
Leia o artigo com os alunos. Localize o Alasca no mapa-múndi.
Pergunte se, pelo título e subtítulo, imaginam qual seja
o assunto do texto.
Peça aos alunos que grifem no texto as palavras
desconhecidas e elaborem um glossário.
Oriente-os a marcar, de outra cor, as palavras e frases
relacionadas ao tema vida em comunidade, ressaltando
como é a vida cotidiana dos esquimós, as ações que
desenvolvem em prol do bem comum e os sentimentos
que tais ações lhes proporcionam.
Promova a leitura das frases sublinhadas, estimulandoos a falar sobre o que mais lhes chamou a atenção.
Pergunte: Que relação podemos estabelecer entre os
esquimós e nosso modo de viver? Que lições podemos
tirar desta história?
Sugira a leitura de outros livros sobre a mesma temática.
A ampliação do conhecimento pode ser feita também
por meio de pesquisa em outras fontes, como internet e
revistas especializadas.
13
PRODUTO FINAL
Exposição fotográfica Viver em comunidade
a serviço do bem comum
Chegou o momento de identificar, registrar e publicar
exemplos de união, cooperação, alegria e solidariedade vividos nos grupos sociais estudados.
1º Momento – O registro fotográfico
Os alunos deverão fotografar, em seu grupo-tema (família, amigos, escola, grupo religioso ou bairro) situações
em que prevaleça a busca pelo bem comum, por exemplo:
partilha dos alimentos; envolvimento dos membros da família nos trabalhos domésticos; jogos interativos, etc.
2º Momento – A legenda
Para cada foto, os alunos deverão compor uma legenda,
contendo o título da imagem, o nome das pessoas que aparecem na foto, a data, o local, o nome do fotógrafo e o ano
escolar em curso.
3º Momento – O ambiente da exposição
Planeje com os alunos o ambiente da exposição. Deve-se pensar nos seguintes itens: o local da escola onde as
imagens serão expostas; os suportes para as fotografias e
o painel interativo que será usado para as produções artísticas; a seleção de música ambiente, etc. Prepare uma
lista contendo o que será necessário para a realização do
evento.
4º Momento – O convite
Elabore com os alunos um convite para a exposição.
Para a divulgação, pode-se usar o site e o jornal da escola
e do bairro, se houver.
14
5º Momento – Sobre a exposição das imagens
Planeje com os alunos a melhor forma de expor as fotos. A ideia é que seja uma exposição interativa, em que
os convidados possam expressar sua opinião sobre as fotografias e o tema da exposição.
Ao lado dos painéis, disponibilize pincéis atômicos para
que os visitantes interajam respondendo à pergunta: O que
mantém estes grupos unidos?
colocando em prática
Sugerimos um piquenique para que vivenciem momentos de companheirismo, união, amizade, amor e respeito às
diferenças na busca pelo bem comum.
Preparação:
Agende a melhor data. Escolha o local para o piquenique.
Prepare a turma para o momento em que, além de
saborear comidinhas gostosas, retomarão juntos as
descobertas feitas durante o projeto e vivenciarão
experiências de partilha.
Faça a lista dos itens que comporão a cesta do
piquenique e, ao lado, escreva o nome dos responsáveis
por levá-los.
Piquenique:
Os alunos participarão da arrumação da mesa. Disponha
a toalha, os alimentos, as bebidas, os descartáveis.
Organize as brincadeiras. Deixe o grupo bem à vontade
para explorar o espaço.
No momento do lanche, peça aos alunos que se sentem
ao redor da mesa. Escolha uma canção que pode ter o
sentido de oferenda.
Convide-os a citar momentos marcantes do projeto.
Peça aos alunos que, ao colocar o alimento sobre a
mesa, façam a oferenda de uma atitude que considerem
importante para que o grupo seja cada vez mais unido.
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avaliação
Ao som de uma música instrumental, distribua aos
alunos papel para desenho. Peça a eles que, em silêncio,
recordem cada momento do projeto.
Oriente-os a escolher uma das fontes trabalhadas
(filme, livro, artigo). Feita a escolha, devem representar
o tema por meio de desenho e apresentá-lo à turma.
16
Acervo SM
Acervo SM
SUGESTões DE LEITURA
Minha família é colorida.
Georgina Martins.
São Paulo: SM, 2005.
Acervo SM
Acervo SM
As panquecas de Mama Panya.
Mary e Rich Chamberlin.
São Paulo: SM, 2005.
Numa e os mosquitos.
Kurusa.
São Paulo: SM, 2012.
Uma cama para três.
Yolanda Reyes.
São Paulo: SM, 2011.
17
Acervo SM
Acervo SM
11 anos no Alasca.
Luciana Whitaker.
Rio de Janeiro: Ediouro, 2008.
Acervo SM
Nascemos livres.
Bartolomeu Campos de Queirós (org).
São Paulo: SM, 2008.
Uma camela no pantanal.
Lucília Junqueira de
Almeida Prado.
São Paulo: SM,2012.
18
A PARTICIPAÇÃO DOS
POVOS INDÍGENAS
NA FORMAÇÃO
DA IDENTIDADE
BRASILEIRA
ENSINO FUNDAMENTAL 2
A PARTICIPAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS NA
FORMAÇÃO DA IDENTIDADE BRASILEIRA
Objetivos
Reconhecer os direitos fundamentais para uma vida
digna.
Identificar os grupos sociais que ainda carecem da garantia dos direitos fundamentais para uma vida digna.
Constatar situações de conflito envolvendo desrespeito
e intolerância para com os indígenas brasileiros.
Estabelecer relação entre violência contra os indígenas
e a carência dos direitos fundamentais desses povos.
Valorizar a diversidade étnica e cultural dos povos indígenas.
Conhecer a atuação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
Assegurar o diálogo e o respeito como imperativos na
superação de conflitos.
Compreender o papel de instituições e movimentos sociais que trabalham em prol da dignidade humana e da
justiça social.
20
Conteúdos
Conceito de etnia.
Etnias indígenas brasileiras.
Irmãos Villas-Bôas e a política indigenista.
Parque Indígena do Xingu.
Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
Fundação Nacional do Índio (Funai).
Diálogo, respeito e direitos fundamentais da pessoa
humana.
Tempo estimado
18 aulas
Materiais necessários
Cartolinas.
Aparelho de projeção para assistir ao documentário da
Funai e ao filme Xingu.
21
PLANEJAMENTO DAS ETAPAS
VER A REALIDADE
Primeiras impressões
Numa roda de conversa, explore a diversidade étnica
presente na sala de aula. Pergunte: De onde viemos?
Recolha os dados de parentesco étnico dos alunos e
faça-os perceber diferenças e similaridades presentes
nesse círculo.
Enfatize a riqueza étnica presente na formação do povo
brasileiro.
Amplie a reflexão questionando-os sobre o que sabem a
respeito dos povos indígenas.
Confrontar ideias
Após o debate inicial, convide os alunos a ver o documentário Povos Indígenas: conhecer para valorizar.
22
Pedro Biondi/Agência Brasil
Aldeia Ipatse (Parque Indígena do Xingu). Pôr do sol na principal
comunidade dos Kuikuro, 29 jul. 2007.
Povos indígenas: conhecer para valorizar
Produzido pelo Museu do Índio/ Funai em parceria com a Secretaria
do Estado do Rio de Janeiro, 2011. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=MwMEuK-DfEw>.
Acesso em: 22 jan. 2015.
Organize a sala em quatro grupos. Para cada grupo
entregue uma cartolina acompanhada pelo título
relacionado a um dos quatro equívocos desenvolvidos
pelo documentário: Equívoco 1: Índio é tudo igual.
Equívoco 2: Índio é atrasado e primitivo. Equívoco 3:
Índio parou no tempo. Equívoco 4: Índio é passado.
Peça aos grupos que registrem as ideias apresentadas
no vídeo e depois confronte-as com as ideias da turma a
respeito do mesmo tema.
23
Ampliar o conhecimento da realidade
Exiba o filme Xingu.
Divulgação
Apresente aos alunos um pouco da história
dos irmãos Villas-Bôas e fale sobre o projeto
indigenista proposto por eles. Localize no
mapa do Brasil a região do Parque Indígena
do Xingu. Peça aos alunos que observem
a situação das comunidades indígenas, os
conflitos econômicos, sociais, culturais,
religiosos e a violência sofrida por esses
povos.
Debata o filme confrontando-o com as ideias
mostradas no documentário anterior.
Para aprofundamento das questões apresentadas no filme e no documentário, oriente
uma pesquisa em grupo sobre os seguintes
temas:
Capa do filme Xingu. (Direção: Cao
– A saúde indígena (ver dossiê CIMI).
Hamburger. Brasil, 2012).
– A demarcação de terras indígenas.
– A violência contra as comunidades indígenas.
– A preservação das culturas e tradições indígenas.
A pesquisa deverá conter: uma seleção de imagens,
dados estatísticos, artigos de jornal, etc. Poderá ser
produzida em versão impressa ou digital, dependendo
dos recursos disponíveis. Os dados da pesquisa serão
usados para a elaboração de um dossiê.
Como fonte de pesquisa, sugerimos as páginas da web listadas a seguir:
• Conselho Indigenista Missionário (Cimi):
<http://www.cimi.org.br/site/pt-br/>
• Instituto Socioambiental:
<http://www.socioambiental.org/pt-br>
• Povos Indígenas no Brasil:
<http://pib.socioambiental.org/pt>
• Museu do Índio – Funai:
<http://www.museudoindio.gov.br/>
24
Proponha a visita a uma aldeia próxima da sua cidade,
caso exista.
PRODUTO FINAL
Dossiê das questões indígenas
Para esta etapa, procure fazer parcerias com docentes
de outras áreas do conhecimento.
Retome a pesquisa realizada na etapa VER. Proponha
aos alunos a produção de dossiês sobre os indígenas
brasileiros. Como exemplo, cite o dossiê sobre saúde da
população indígena elaborado pelo Cimi. Disponível em:
<www.cimi.org.br/site/pt-br/>. Acesso em: 29 jan. 2015.
Faça-os ver o dossiê como uma possibilidade concreta
de diálogo entre as necessidades das comunidades
indígenas e o governo. Apresente o dossiê como uma
ação de cidadania.
COLOCANDO EM PRÁTICA
Estimule os alunos a escrever uma carta coletiva que
apresente as problemáticas discutidas nos grupos de
trabalho. A carta deverá ser anexada aos dossiês e
enviada à presidenta do Brasil, por e-mail ou correio,
dependendo da forma escolhida para produção dos
dossiês.
avaliação
Propomos que o trabalho de avaliação seja individual.
Cada aluno(a) deverá selecionar um dos temas pesquisados
pelos colegas para representá-lo de forma artística
(pinturas, desenhos, maquetes, escultura de argila ou
material reciclado).
O material produzido deverá trazer uma legenda
contendo nome, série, turma e título.
25
Acervo SM
Acervo SM
SUGESTões DE LEITURA
ABC dos povos indígenas.
Marina Kahn.
São Paulo: SM, 2011.
Acervo SM
ABC do Brasil.
Ana Maria Machado.
São Paulo: SM, 2009.
Pequena história da guerra e da paz.
Sylvie Baussier.
São Paulo: SM, 2005.
26
A DITADURA MILITAR
NO BRASIL: UMA
AMEAÇA AOS
DIREITOS HUMANOS
ENSINO MÉDIO
A DITADURA MILITAR NO BRASIL: UMA
AMEAÇA AOS DIREITOS HUMANOS 2
Objetivos
Reconhecer a importância da Comissão Justiça e Paz,
assim como de outros atores sociais na luta contra a
violação dos direitos humanos durante o período da ditadura militar no Brasil.
Perceber como se deu a relação entre setores da Igreja
católica com a política do governo durante a repressão
militar.
Conteúdos
Comissão Justiça e Paz.
Arte de protesto: cinema, música e teatro durante a
ditadura militar.
Canção Cálice, de Chico Buarque de Holanda, e
resistência à ditadura militar.
Atuação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em
favor dos presos políticos.
Biografia de religiosos e leigos que atuaram em prol dos
direitos humanos durante a ditadura militar no Brasil.
Tempo estimado
18 aulas
Materiais necessários
Computador com acesso à internet.
Caixa de som.
Para a realização deste projeto, sugerimos fazer parceria com o docente
da área de História. É importante que os alunos já tenham estudado o
período da ditadura militar no Brasil para que entendam o contexto em
que se deu a formação e atuação da Comissão Justiça e Paz.
2
28
PLANEJAMENTO DAS ETAPAS
VER A REALIDADE
Primeiras impressões
Exiba para os alunos o documentário Comissão Justiça e
Paz e a ditadura militar no Brasil3.
Peça a eles que registrem no caderno suas impressões,
seguindo o roteiro:
- O que foi a Comissão Justiça e Paz?
-Como foi composta? Que pessoas e organizações
fizeram parte dela?
- Qual seu papel na luta contra a violação dos direitos
humanos?
-Como era a relação entre os setores católicos e a
política durante o regime militar?
Confrontar ideias
Promova um debate na sala com base nos registros
dos alunos. Ressalte o importante papel da Comissão
Justiça e Paz na luta contra a violação dos direitos de
prisioneiros políticos.
Ampliar o conhecimento da realidade
Organize os alunos em grupos. Distribua entre eles um
dos temas relacionados a seguir:
- Dom Paulo Evaristo Arns e a Comissão Justiça e Paz.
- A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
- O Cinema e o teatro: a atuação contra a repressão.
- Músicas de protesto.
- Imprensa: a notícia censurada.
3
Disponível em: <http://agemt.org/?p=2937>. Acesso em: 29 jan. 2015.
29
Cada grupo deverá fazer uma pesquisa ampla sobre o
tema, recolhendo imagens, textos e vídeos.
Após o levantamento de dados, eles deverão elaborar
uma apresentação4 de seu tema para expor numa
“feira” que faça memória à luta contra a violação dos
direitos humanos durante o período de repressão.
produto final
Feira em memória à luta contra a violação direitos
humanos durante a repressão militar
Organizando a feira
Escolha com os alunos um nome para a feira, que faça
referência ao que foi estudado5.
Elabore o convite para a feira.
Escolha e prepare o espaço onde acontecerá a feira.
colocando em prática
Entregue aos alunos a letra da canção Cálice, de Chico
Buarque e Gilberto Gil. Contextualize o período em que foi
escrita e lançada, respectivamente, 1973-1978. Comente a
posição política dos autores da música e sua importante
participação na luta contra a repressão militar.
Comente as estratégias usadas por artistas e jornalistas
para denunciar as situações de violência que a sociedade
vivia sem ser censurados.
Os alunos devem pensar na melhor forma de apresentação. A feira pode
ser bastante rica e atrativa, com apresentação de peças do período e/ou
escrita pelos próprios alunos, vídeos, apresentações musicais de canções
da época, painéis fotográficos, reprodução de jornais, etc.
4
A feira pode ser organizada em conjunto com outros professores e
agregar trabalhos que estejam relacionados ao que foi estudado durante
o projeto.
5
30
Discuta com os alunos a letra da música, destaque a
relação metafórica entre o religioso e a situação política6.
Depois das análises e debates, peça aos alunos que
preparem uma dramatização da música Cálice, levando em
conta a participação dos religiosos e de todas as pessoas
que lutaram em defesa dos direitos humanos durante a
ditadura militar.
Para as apresentações
As apresentações podem ocorrer no mesmo dia da feira.
Prepare o ambiente com todos os materiais produzidos
pelos alunos: os cartazes sobre as pessoas envolvidas
na defesa dos direitos humanos (intelectuais, artistas,
políticos, religiosos), os banners sobre os movimentos
contra a ditadura militar no Brasil, etc.
Promova a apresentação das dramatizações que
poderão acontecer, como abertura ou fechamento do
evento.
Promova um debate sobre a dramatização da canção
Cálice e destaque sua relação com os outros materiais
produzidos pelos alunos. Enfatize a importância da luta
em defesa dos direitos humanos e a participação de
todos os grupos envolvidos neste propósito.
AVALIAÇÃO
A avaliação será feita pelos próprios alunos durante
a visita à feira. Estabeleça anteriormente os critérios a
serem avaliados em cada item:
1. Conteúdo.
2. Apropriação da temática.
3. Forma de apresentação.
Convide os alunos a assistir ao clip da canção. Disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=13SqV1lQ-TQ>. Acesso em: 29 jan. 2015.
6
31
Acervo SM
Vozes/Arquivo da Editora
SUGESTões DE LEITURA
Acervo SM
Arns, Paulo Evaristo Arns.
Brasil Nunca Mais. Petrópolis:
Vozes, 1996.
Antonio, João. Frio. In: Ruffato,
Luiz (Org.). Leituras de escritor.
São Paulo: SM, 2008.
Vallejo, Cesar. Paco Yunque. In:
Ruffato, Luiz (Org.). Leituras de
escritor. São Paulo: SM, 2008.
Maupassant, Guy de. O colar de diamantes.
In: Scliar, Moacyr (Org.). Leituras de
escritor. São Paulo: SM, 2008.
32
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