MARTA DE SOUZA LIMA BRODBECK
COLEÇÃO
APRENDER, MUITO PRAZER!
HISTÓRIA
ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
Manual
Manual do
do
professor
HISTÓRIA
ISBN - 978-85-427-0177-7
2 ANO
FB70177
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COLEÇÃO
APRENDER, MUITO PRAZER!
HISTÓRIA
Manual
MANUAL do
DO
professor
PROFESSOR
MARTA DE SOUZA LIMA BRODBECK
LICENCIADA EM HISTÓRIA PELA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ.
MESTRE EM HISTÓRIA DO BRASIL PELA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ.
ATUOU COMO PROFESSORA DE HISTÓRIA NAS REDES
DE ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E SUPERIOR.
2 ANO
o
1ª EDIÇÃO • CURITIBA • 2014
ENSINO FUNDAMENTAL
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ANOS INICIAIS
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Dados para catalogação
Bibliotecária responsável: Luciane Magalhães Melo Novinski
CRB 9/1253 – Curitiba, PR
Brodbeck, Marta de Souza Lima.
Aprender, muito prazer! : história, 2o ano : manual do professor /
Marta de Souza Lima Brodbeck — 1. ed. — Curitiba : Base Editorial, 2014.
184 p. : il. ; 28 cm
ISBN: 978-85-427-0176-0 (Aluno)
ISBN: 978-85-427-0177-7 (Professor)
Inclui bibliografia.
1. História. 2. Ensino fundamental (Estudo e ensino). I. Título.
CDD (20a ed.) 372.89
Aprender, muito prazer!
© Marta de Souza Lima Brodbeck, 2014
1a edição – Curitiba – 2014
Todos os direitos reservados.
Ficha técnica
Diretor superintendente
Diretora adjunta editorial
Gerente editorial
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Coordenadora editorial
Editor
Editor assistente
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Revisão comparativa
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Assistente de iconografia
Licenciamento de textos
Coordenação de arte
Editoração
Ilustrações
Tratamento de imagens Projeto gráfico Capa Imagem da capa Jorge Yunes
Célia de Assis
Eloiza Jaguelte Silva
Valdeci Valentim Loch
Osmarina F. Tosta
Lúcia Chueire L. Witoslawski
Donália Jakimiu Basso
Valquiria Salviato Guariente
Etienne Vaccarelli
Francis Cabral
Roberta Bachstein
Ana Cláudia Dias
Jéssica C. Ortiz
Luiz Fernando Bolicenha
Solange Freitas de Melo
José Cabral Lima Júnior
Lineu Blind Ribeiro
Patricia Librelato Rodrigues
Cide Gomes
Roberto Weigand
Kleber Edney R. Santos
J. V. Elorza
Laís Cristina Caldonazzo
Rafael Hatadani
Estúdio Motoca
Impressão: Fenix Gráfica Digital e Editora Ltda.
Rua Visconde de Abaeté, 378 – CEP 82820-210
CNPJ: 11.787.289/0001-57 – I.E.: 90.607.554-74
Base Editorial Ltda.
Rua Antônio Martin de Araújo, 343 • Jardim Botânico • CEP 80210-050
Tel.: (41) 3264-4114 • Fax: (41) 3264-8471 • Curitiba • Paraná
w����aseeditora.com.br • [email protected]
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ESTUDAR HISTÓRIA, COMPREENDENDO
AS TRANSFORMAÇÕES E OS ASPECTOS QUE
PERMANECERAM AO LONGO DO TEMPO E DO ESPAÇO,
AJUDA-NOS A ENTENDER O MUNDO ONDE VIVEMOS.
VOCÊ E A SOCIEDADE EM QUE VIVE TÊM UMA
HISTÓRIA.
ESPERAMOS QUE ESTE LIVRO ESTIMULE VOCÊ A
APRENDER MAIS E IR ALÉM DELE.
A AUTORA
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ABERTURA DAS UNIDADES:
OS PERSONAGENS QUE APARECEM
NA ABERTURA DAS UNIDADES
IRÃO LHE APRESENTAR O TEMA
QUE SERÁ EXPLORADO.
PARA REFLETIR
EXERCÍCIO DE REFLEXÃO, ANÁLISE
OU SÍNTESE SOBRE OS TEMAS
APRESENTADOS.
NO INÍCIO DE CADA CAPÍTULO
VOCÊ VAI OBSERVAR IMAGENS,
LER POEMAS OU OUTRO TEXTO
QUE LHE AJUDARÁ A REFLETIR
SOBRE O QUE JÁ CONHECE
A RESPEITO DO TEMA QUE
SERÁ ABORDADO.
PESQUISANDO E APRENDENDO MAIS
SÃO PROPOSTAS ATIVIDADES
EM QUE VOCÊ AMPLIARÁ O
CONHECIMENTO POR MEIO DE
PESQUISA EM FONTES DIVERSAS.
O OBJETIVO É DESENVOLVER A
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
HISTÓRICO MEDIANTE EXERCÍCIOS
DE OBSERVAÇÃO E ANÁLISE.
NESTA SEÇÃO VOCÊ VAI
SISTEMATIZAR OS
CONHECIMENTOS HISTÓRICOS
QUE ESTUDOU, E REGISTRÁ-LOS
POR MEIO DA EXPRESSÃO ESCRITA,
EM TEXTOS, QUADROS, ETC.
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APRENDER FAZENDO
POR MEIO DE DESENHOS,
APRESENTAÇÕES, MAQUETES E
OUTRAS REPRESENTAÇÕES VOCÊ
IRÁ TRABALHAR ASPECTOS DO
TEMA DO CAPÍTULO.
VOCÊ SABIA?
NESTA SEÇÃO VOCÊ VAI
ENCONTRAR CONTEÚDOS
COMPLEMENTARES QUE
AUXILIAM NA COMPREENSÃO
DO TEMA.
VOCÊS PODERÃO PESQUISAR,
EXPERIMENTAR E APLICAR OS
CONHECIMENTOS CONSTRUÍDOS
EM UM TRABALHO
DESENVOLVIDO EM GRUPO.
GLOSSÁRIO: APRESENTA O
SIGNIFICADO DE ALGUMAS
PALAVRAS E CONCEITOS
GRIFADOS AO LONGO
DO CAPÍTULO.
PESQUISA
ENTREVISTA
RESPONDA
ORALMENTE
RESPONDA
NO CADERNO
ÍCONES: OS DOIS PRIMEIROS
INDICAM ESTRATÉGIAS DE
TRABALHO QUE SERÃO
UTILIZADAS. OS DOIS ÚLTIMOS
APONTAM DE QUE FORMA AS
ATIVIDADES SERÃO REALIZADAS.
SUGESTÕES PARA A TURMA:
NESTA SEÇÃO VOCÊ ENCONTRA
SUGESTÕES DE LEITURAS QUE
PODERÃO AMPLIAR SEUS
CONHECIMENTOS SOBRE O
TEMA TRABALHADO.
Professor, sempre que aparecer a sigla OP são indicadas
orientações para o seu trabalho em sala de aula.
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UNIDADE
1
A MEDIDA DO TEMPO .................................. 8
CAPÍTULO 1 - A CONTAGEM DO TEMPO:
UMA INVENÇÃO DO HOMEM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
CONTANDO O TEMPO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
O TEMPO DA NATUREZA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
CONTANDO O TEMPO: CALENDÁRIOS E RELÓGIOS . . 18
CAPÍTULO 2 - O TEMPO PASSA...
E CONTINUA PASSANDO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
A PASSAGEM DO TEMPO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
ORGANIZANDO O SEU TEMPO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
UNIDADE
LINHA DO TEMPO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2
IDENTIDADES E HISTÓRIA ...................... 36
CAPÍTULO 1 - O NOME DE CADA UM . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
O NOME
.................................................................
39
O SIGNIFICADO DO NOME . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
O SOBRENOME . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
A FAMÍLIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
CAPÍTULO 2 - OS DOCUMENTOS
QUE NOS IDENTIFICAM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
O PRIMEIRO DOCUMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
OUTROS DOCUMENTOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
TRABALHANDO JUNTOS ........................ 58
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UNIDADE
3
CONTINUANDO A HISTÓRIA... PISTAS DO
PASSADO ................................................... 60
CAPÍTULO 1 - A HISTÓRIA NA NOSSA VIDA . . . . 62
AS MULHERES NA HISTÓRIA
...................................
63
PISTAS DO PASSADO E O PATRIMÔNIO HISTÓRICO . . 66
CAPÍTULO 2 - A CASA, UMA PISTA NO TEMPO . . 70
MORADIAS
.............................................................
71
UNIDADE
OUTRAS CASAS, OUTRAS HISTÓRIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
4
OUTROS ESPAÇOS DE CONVÍVIO......... 82
CAPÍTULO 1 - A RUA E SEUS PERSONAGENS . 84
A RUA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
A RUA E OS VIZINHOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
OS NOMES DAS RUAS E DOS LUGARES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
CAPÍTULO 2 - MEU ENDEREÇO
E OUTRAS HISTÓRIAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
OS BAIRROS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
ENVIANDO CARTAS . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
TRABALHANDO JUNTOS ...................... 108
SUGESTÕES PARA A TURMA .............. 110
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UNIDADE
1
A MEDIDA
DO TEMPO
RELÓGIO EM EDIFÍCIO.
CURITIBA (PR), 2006.
© Rafael Santos/Acervo Editorial
ÀS VEZES EU FICO
PENSANDO COMO AS
PESSOAS SABIAM OS
HORÁRIOS DO DIA
ANTES DE EXISTIREM
OS RELÓGIOS.
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Daniel Cymbalista/Pulsar Imagens
SERÁ QUE EXISTIU
UM TEMPO EM QUE AS
PESSOAS NÃO TINHAM
RELÓGIOS?
windu/shutterstock
RELÓGIO DE RUA. SÃO PAULO (SP).
RELÓGIO DE BOLSO.
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Orientação ao Professor (OP): analise as imagens com os alunos e
desenvolva uma conversa sobre os conhecimentos e percepção
da turma sobre a passagem do tempo e como normalmente
ficam sabendo o horário, se já sabem ler as horas, se observam
na cidade onde existem relógios públicos e mesmo na casa de
cada um, onde e quais são os marcadores das horas.
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CAPÍTULO 1 - A CONTAGEM DO TEMPO: UMA
INVENÇÃO DO HOMEM
PARA COMEÇO DE CONVERSA...
[...]
O TEMPO TEM TEMPO PRA CONVERSAR COM VOCÊ,
QUANDO VOCÊ É CRIANÇA. MAS PODE SE
ARREPENDER.
VOCÊ PODE NÃO ESTAR AO LADO DELE. E O TEMPO
NÃO GOSTA DE SER CRITICADO.
­ PASSE MAIS DEPRESSA, TEMPO. QUERO IR PARA
PRAIA. QUERO
GANHAR MEUS
PRESENTES.
QUERO CRESCER.
MAS VOCÊ FICA
AÍ, ARRASTANDO
OS PÉS!
LUIS FERNANDO VERISSIMO. O
ARTEIRO E O TEMPO. SÃO PAULO:
BERLENDIS & VERTECCHIA, 1994, P.
21. (ARTE PARA CRIANÇAS).
MENINA MEXENDO
NO PONTEIRO DE
UM RELÓGIO.
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CONTANDO O TEMPO
O PRIMEIRO PASSO SERIA, PROVAVELMENTE, CONTAR OS
OP: auxilie os alunos na leitura da Pedra do Sol. Indique que no centro do
DIAS E AS NOITES. calendário está representado o Sol, no primeiro arco as quatro eras da
••E PARA MARCAR OS MOMENTOS DO DIA?
humanidade compreendidas
pelos astecas e nos demais a
periodização determinada por
elementos da natureza.
VOCÊ PODERIA OBSERVAR O MOVIMENTO APARENTE DO SOL
E DIVIDIR OS DIAS EM PERÍODOS. OBSERVANDO O MOVIMENTO
APARENTE DO SOL NO CÉU NO INÍCIO DA MANHÃ, ELE PODE SER
VISTO EM UMA DIREÇÃO QUE
MOVIMENTO APARENTE DO SOL:
CHAMAMOS DE NASCENTE OU
DURANTE O DIA, A TERRA VAI
“GIRANDO”, REALIZANDO O MOVIMENTO
LESTE; AO MEIO-DIA, ELE MUDOU
DE ROTAÇÃO, E NÓS TEMOS A
DE POSIÇÃO, ESTÁ BEM ALTO NO
IMPRESSÃO DE QUE O SOL PASSA POR
CIMA DE NÓS ATÉ DESAPARECER DO
CÉU E É POSSÍVEL VÊ-LO AO OLHAR
LADO OPOSTO DE ONDE APARECEU DE
BEM PARA CIMA. AO FINAL DA
MANHÃ. MAS ESSE MOVIMENTO É
APENAS APARENTE. NA VERDADE, FOI O
TARDE, O SOL SE PÕE NA DIREÇÃO
PLANETA TERRA QUE MUDOU DE
OPOSTA DE ONDE NASCEU, QUE É
POSIÇÃO EM RELAÇÃO AO SOL.
O POENTE OU OESTE.
••E PARA MARCAR AS SEMANAS, OS MESES, OS ANOS?
TALVEZ VOCÊ INVENTASSE UMA FORMA DE CONTÁ-LOS, NÃO É?
OS ASTECAS, UM ANTIGO POVO
QUE VIVEU ONDE HOJE É O MÉXICO,
USAVAM COMO CALENDÁRIO A
PEDRA DO SOL, QUE TEM COMO
BASE O ANO SOLAR. ESSA PEÇA
FOI ENCONTRADA PELOS
COLONIZADORES ESPANHÓIS EM
1720, NA PRAÇA PRINCIPAL DA
CIDADE DO MÉXICO.
OP: o relógio e o calendário são instrumentos
utilizados para organizar o tempo.
tandemich/Shutterstock
FOI ISSO QUE A HUMANIDADE FEZ NO PASSADO. A PARTIR DA
OBSERVAÇÃO DA NATUREZA, OS SERES HUMANOS CRIARAM VÁRIAS
FORMAS PARA MEDIR E MARCAR O TEMPO.
PEDRA DO SOL.
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Marbury/Shutterstock
OP: a evolução nas
formas de contar o
tempo passou por
diversas etapas. Aqui
estão retratadas duas: o
relógio de Sol, de cerca
de 3 mil a.C., e o de
pêndulo, do século 17.
Ollyy/Shutterstock
RELÓGIO DE SOL.
NELE HÁ UMA
HASTE DE METAL
NA QUAL BATEM
OS RAIOS SOLARES,
PROJETANDO UMA
SOMBRA EM
SUA BASE.
TANTO OS RELÓGIOS COMO OS
CALENDÁRIOS FORAM MANEIRAS
ENCONTRADAS PELO HOMEM PARA
ORGANIZAR O TEMPO. O RELÓGIO
TORNOU-SE O INSTRUMENTO UTILIZADO
PARA MARCAR O TEMPO MAIS CURTO,
ISTO É, OS MINUTOS E AS HORAS.
JÁ O CALENDÁRIO FOI O RECURSO
UTILIZADO PARA MARCAR AS MEDIDAS
MAIS LONGAS DO TEMPO, COMO OS
DIAS, AS SEMANAS, OS MESES E OS
ANOS.
••MAS VAMOS COM CALMA!
O RELÓGIO DE PÊNDULO,
INVENTADO EM 1656 NA
HOLANDA, É UM MECANISMO
PARA MEDIDA DO TEMPO
BASEADO NA REGULARIDADE
DA OSCILAÇÃO DE UM
PÊNDULO.
AINDA TEMOS MUITO O QUE
REFLETIR SOBRE A CONTAGEM
DO TEMPO.
OP: esse não foi o
primeiro modelo
de relógio com
ponteiros. No
capítulo, outros
serão pontuados.
PÊNDULO: É UM OBJETO QUE
SE MOVE, BALANÇANDO EM
TORNO DE UM PONTO FIXO.
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APRENDER FAZENDO
OP: lembre os alunos de utilizarem filtro solar
sempre que realizarem atividades ao ar livre.
1. A PARTIR DA LEITURA DA IMAGEM DO RELÓGIO DE SOL DA PÁGINA
ANTERIOR, VOCÊ PÔDE VER QUE A POSIÇÃO DO SOL PODE SER
UMA REFERÊNCIA PARA MEDIR A PASSAGEM DO TEMPO.
VAMOS VERIFICAR, NA PRÁTICA, COMO É POSSÍVEL FAZER
RELAÇÃO ENTRE A OBSERVAÇÃO DA NATUREZA E A CONTAGEM
DO TEMPO?
A) JUNTO COM O PROFESSOR, ENCAMINHE-SE PARA O PÁTIO DA
ESCOLA E ESCOLHA UM LOCAL ENSOLARADO.
B) FORME DUPLA COM UM COLEGA.
C) PEÇA QUE O SEU COLEGA FIQUE PARADO. MARQUE NO CHÃO
COM UM GIZ O LOCAL ONDE ELE ESTÁ.
D) COM OUTRA MARCA NO CHÃO, ASSINALE ONDE TERMINA A
SOMBRA DO SEU COLEGA.
E) ANOTE A HORA EM QUE FOI FEITA ESTA ATIVIDADE.
F) UMA HORA DEPOIS, VOLTE AO MESMO LOCAL E COM SEU
COLEGA NOVAMENTE EM PÉ NA PRIMEIRA MARCA DE
GIZ, ASSINALE ONDE TERMINA A SOMBRA QUE
AGORA ESTÁ SENDO PROJETADA.
G) VOLTE PARA A SALA DE AULA.
H) JUNTE-SE COM SUA DUPLA E
RESPONDA
ORALMENTE
DEBATA SOBRE O QUE
ACONTECEU, APRESENTANDO
AS CONCLUSÕES
PARA OS DEMAIS
COLEGAS DA SALA.
DOIS GAROTOS FAZENDO A EXPERIÊNCIA
COM A SOMBRA, NO PÁTIO DA ESCOLA.
OP: pontue no quadro as
conclusões da turma.
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PARA REFLETIR
OP: explique para os alunos que a medição da passagem do
tempo ao longo do dia pela sombra projetada pelo Sol é
impossível em dias nublados e durante a noite e, portanto, utilizar
só esse método traria muitas dificuldades para as pessoas, que
ficariam sem referência sobre os horários.
1.APÓS O ESTUDO SOBRE ALGUMAS DAS FORMAS CRIADAS
PELO SER HUMANO PARA MEDIR O TEMPO, REFLITA SOBRE A
OP: converse com os alunos sobre a grande quantidade de tarefas
SEGUINTE QUESTÃO: que as pessoas executam na atualidade, que não se limitam ao
período diurno, e como isso pode dificultar a observação da natureza.
••SE AINDA HOJE UTILIZÁSSEMOS O MOVIMENTO APARENTE
DO SOL PARA MEDIR A PASSAGEM DO TEMPO, QUE
DIFICULDADES PODERIAM OCORRER?
••QUE PROBLEMAS ISSO PODERIA ACARRETAR?
A) ANOTE AS SUAS CONCLUSÕES E DEPOIS CONVERSE COM
RESPONDA
NO CADERNO
SEUS COLEGAS E PROFESSOR.
Respostas pessoais.
PESQUISANDO E APRENDENDO MAIS
1.VOCÊ IRÁ ENTREVISTAR UM ADULTO DE SEU CONVÍVIO.
A) QUAIS SÃO AS ATIVIDADES QUE VOCÊ REALIZA DURANTE
ENTREVISTA
A SEMANA?
OP: dependendo da conversa inicial com os alunos, outras questões
poderão ser organizadas.
B) QUAL É O SEU TRABALHO E QUANTO TEMPO SE DEDICA A
ELE TODOS OS DIAS?
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C) QUAIS SÃO AS SUAS ATIVIDADES DE LAZER E QUANTO TEMPO
É DEDICADO A ELAS AO LONGO DA SEMANA E NOS FINAIS
DE SEMANA?
D) COMO VOCÊ GOSTARIA DE PASSAR A MAIOR PARTE DO
SEU TEMPO?
2.FORME UM GRUPO COM DOIS COLEGAS SOB A ORIENTAÇÃO DE
SEU PROFESSOR. COMPAREM E DEBATAM SOBRE:
RESPONDA
ORALMENTE
A) COMO É A PASSAGEM DO TEMPO PARA OS ADULTOS
ENTREVISTADOS?
OP: os alunos podem destacar que as atribuições diárias dos adultos
compreendem tarefas rotineiras, com menos tempo para descanso
ou lazer.
B) COMO É A PASSAGEM DO TEMPO PARA VOCÊS, CRIANÇAS?
OP: oriente a reflexão sobre a passagem de tempo para os alunos.
Mais informações no Manual do Professor.
3.QUAIS ATIVIDADES OS ADULTOS NORMALMENTE FAZEM TODOS
OS DIAS?
OP: esta atividade tem como objetivo fazer com que o aluno analise e compare a forma como ele
entende a utilização do tempo e a forma como geralmente os adultos o fazem.
4.QUAIS ATIVIDADES SÃO FEITAS POR ELES NOS MOMENTOS
DE LAZER?
Respostas pessoais.
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O TEMPO DA NATUREZA
OS POVOS QUE VIVERAM HÁ MUITO
TEMPO JÁ SENTIAM A NECESSIDADE DE
MEDIR, REGISTRAR E CONTAR O TEMPO.
ELES OBSERVARAM QUE, ASSIM
COMO A SOMBRA MUDAVA DE POSIÇÃO
COM O PASSAR DO DIA, DA MESMA
FORMA OUTROS FENÔMENOS NATURAIS
SE REPETIAM EM PERÍODOS IGUAIS.
FENÔMENOS NATURAIS: SÉRIE
DE FATOS DA NATUREZA QUE
ACONTECEM PELA AÇÃO DE
AGENTES FÍSICOS OU
QUÍMICOS. SÃO EXEMPLOS: A
SUCESSÃO DOS DIAS E DAS
NOITES, AS FASES DA LUA, AS
ESTAÇÕES DO ANO ETC.
••AINDA NA ATUALIDADE PODEMOS OBSERVAR ESSES
marchello74/shutterstock
marchello74/shutterstock
FENÔMENOS NATURAIS COMO MOSTRAM AS IMAGENS A
SEGUIR:
AS IMAGENS MOSTRAM A PRAIA DE COPACABANA, DURANTE O DIA E DURANTE A NOITE.
RIO DE JANEIRO (RJ), 2012.
COMPREENDER O MECANISMO DA NATUREZA QUE ESTABELECE
A SUCESSÃO DOS DIAS E DAS NOITES, ASSIM COMO AS DIFERENTES
FASES DA LUA, FOI IMPORTANTE PARA QUE OS POVOS ANTIGOS
TAMBÉM PUDESSEM MARCAR A PASSAGEM DO TEMPO.
ISSO INDICA QUE, TALVEZ, ESSES POVOS DIVIDIAM O DIA EM
PERÍODOS CONFORME A POSIÇÃO EM QUE VIAM O SOL NO CÉU.
ASSIM, TAMBÉM A OBSERVAÇÃO DO CÉU DURANTE A NOITE E
DAS DIFERENTES FASES DA LUA DETERMINAVAM A ÉPOCA PARA O
PLANTIO E PARA A COLHEITA.
••E VOCÊ, JÁ NOTOU QUE AS FASES DA LUA SE ALTERNAM EM
PERÍODOS DE SETE DIAS, O EQUIVALENTE A UMA SEMANA?
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••QUE A CADA 28 DIAS A LUA PASSA POR QUATRO FASES, COMO
B. Melo/Shutterstock
MOSTRA A IMAGEM ABAIXO, E QUE ISSO CORRESPONDE A,
APROXIMADAMENTE, UM MÊS?
DA ESQUERDA PARA A DIREITA: LUA NOVA, LUA CRESCENTE, LUA CHEIA E
LUA MINGUANTE. FONTE: NASA. FASES DA LUA.
FOI ENTÃO, A PARTIR DAS OBSERVAÇÕES DOS FENÔMENOS
NATURAIS, QUE A HUMANIDADE DESENVOLVEU DIFERENTES
FORMAS PARA CONTAR O TEMPO EM HORAS, DIAS, SEMANAS,
MESES E ANOS.
VOCÊ SABIA?
A TERRA LEVA 365 DIAS E 6 HORAS, APROXIMADAMENTE,
PARA GIRAR EM TORNO DO SOL. ESSE MOVIMENTO É DENOMINADO
DE TRANSLAÇÃO.
CHAMA-SE ANO BISSEXTO O ANO AO QUAL É ACRESCENTADO
UM DIA EXTRA, FICANDO ELE COM 366 DIAS, UM DIA A MAIS NO
MÊS DE FEVEREIRO, OCORRENDO A CADA QUATRO ANOS. ISSO É
FEITO COM O OBJETIVO DE CORRIGIR A DIFERENÇA DE 6 HORAS,
QUE ACUMULADAS AO LONGO DE QUATRO ANOS, RESULTA NO
ACRÉSCIMO DE UM DIA.
OP: proposta de atividade de
observação no Manual do
Professor.
REPRESENTAÇÃO DO
MOVIMENTO DE
TRANSLAÇÃO.
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APRENDER FAZENDO
1.PARA CONTINUAR A ESTUDAR COMO MARCAMOS O TEMPO, FAÇA
RESPONDA
NO CADERNO
DOIS DESENHOS NO CADERNO MOSTRANDO:
A) COMO VOCÊ APROVEITA O TEMPO EM UM DIA ENSOLARADO;
B) COMO APROVEITA O TEMPO EM UM DIA CHUVOSO.
2.EM SEGUIDA, REFLITA SE AS CONDIÇÕES DO TEMPO INFLUENCIAM
AS SUAS ATIVIDADES COTIDIANAS E COMO VOCÊ PERCEBE A
PASSAGEM DO TEMPO AO REALIZÁ-LAS.
3.ANOTE SUAS CONCLUSÕES NO CADERNO E, EM SALA DE AULA,
RESPONDA
NO CADERNO
COM A ORIENTAÇÃO DO SEU PROFESSOR, DEBATA COM SEUS
COLEGAS SOBRE COMO OS FENÔMENOS NATURAIS PODEM
INFLUENCIAR A EXECUÇÃO DE NOSSAS TAREFAS NO DIA A DIA.
OP: tendo como referência as reflexões dos alunos sobre como aproveitar o tempo, reforce a importância
de atividades ao ar livre, da prática de esportes, dos jogos e brincadeiras em grupo.
CONTANDO
O TEMPO: CALENDÁRIOS E RELÓGIOS
OP: antes de começar a conversa, investigue com os alunos sobre fenômenos da natureza que marcam o
tempo, como a mudança do dia para noite, as estações do ano, entre outros.
••VOCÊ DEVE TER PERCEBIDO QUE TEMOS UM TEMPO QUE É
DETERMINADO PELA NATUREZA, BASEADO NA SUCESSÃO
DOS DIAS E DAS NOITES, NAS FASES DA LUA ETC., CERTO?
ESSE TEMPO É CHAMADO DE TEMPO FÍSICO.
••AINDA HOJE EXISTEM POVOS QUE CONTAM O TEMPO
OBSERVANDO FATOS LIGADOS À NATUREZA, MARCANDO
OS ANOS DE VIDA PELA FLORAÇÃO E FRUTIFICAÇÃO DE
ALGUMAS ÁRVORES DURANTE AS ESTAÇÕES DO ANO
POR EXEMPLO.
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VOCÊ SABIA?
L
ME
VE
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O
NO
AC
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MA
MB
AN
CI
RO
A
RIO
CHE
MIL H
IO
O
NA ATUALIDADE, MUITOS GRUPOS INDÍGENAS QUE
VIVEM NO BRASIL EXECUTAM SUAS ATIVIDADES
SEGUNDO A ESTAÇÃO DAS CHUVAS,
O PERÍODO DAS CHEIAS DOS RIOS, DOS VENTOS,
PELAS FRUTAS DE ÉPOCA, PELO PERÍODO BOM
PARA A PESCA E PARA A CAÇA. OS ELEMENTOS
JANEIRO FE
QUE CARACTERIZAM
VE
RO
B
RE
M
E
I RO
Z
CADA PERÍODO
DE
VARIAM MUITO DE
ACORDO COM A
LOCALIZAÇÃO
DESSES GRUPOS
NO TERRITÓRIO
BRASILEIRO.
O
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MP
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MB
UB A
MA
TE
T RAC
A QU
AR
OP: nesse calendário, os meses do ano são
indentificados pelas principais atividades
desenvolvidas em cada um deles.
DE RR
F EST
RENATO GAVAZZI (ORG.). GEOGRAFIA
INDÍGENA – PARQUE INDÍGENA DO
XINGU. SÃO PAULO: INSTITUTO
SOCIOAMBIENTAL/MEC, 1996, P. 55.
RIA
ABRIL
OUTUBRO
VERÃ
PESCA
SÃO MUITOS OS MEIOS QUE USAMOS PARA CONTAR, PROGRAMAR E
MEDIR O TEMPO.
• VOCÊ USOU OU VIU UM ADULTO USANDO ALGUM OBJETO
TELEFONE CELULAR
RELÓGIO DE PULSO
kenjii/Shutterstock
Ozaiachin/Shutterstock
© vege/Fotolia.com
PARECIDO COM OS QUE ESTÃO REPRESENTADOS NESTA PÁGINA?
AGENDA
19
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NEM SEMPRE FORAM ESSES OS MEIOS UTILIZADOS PARA CONTAR
OP: o tempo cultural, ou seja, as marcas, divisões e controles do tempo são
O TEMPO.
construções do homem.
AO LONGO DOS ANOS FORAM CRIADAS DIFERENTES FORMAS DE
CONTAR O TEMPO, COMO CALENDÁRIOS, RELÓGIOS, AMPULHETAS.
CADA POVO RELACIONOU ESSAS FORMAS DE CONTAGEM AOS SEUS
COSTUMES E ESTILOS DE VIDA. ESSE É O CHAMADO TEMPO CULTURAL.
COM O PASSAR DO TEMPO, A HUMANIDADE FOI CRIANDO VÁRIOS
MODELOS DE RELÓGIOS. VEJA ALGUNS A SEGUIR.
DenisNata/Shutterstock
AMPULHETA
RELÓGIO DE BOLSO
RELÓGIO DE MESA
Monchai Tudsamalee/
Shutterstock
RELÓGIO DE SOL
sommthink/Shutterstock
Danny E Hooks/Shutterstock
successo images/Shutterstock
OP: os relógios aqui apresentados demonstram uma “linha do tempo” das formas de
contar o tempo. Outras formas existiram entre esses modelos, e muitas depois.
RELÓGIO DIGITAL
••NA ATUALIDADE, É CADA VEZ MAIS COMUM A MARCAÇÃO DO
HORÁRIO POR MEIO DA VISUALIZAÇÃO DA TELA DOS
APARELHOS DE TELEFONE.
OS CALENDÁRIOS, POR SUA VEZ, FORAM CRIADOS PARA
INDICAR OS DIAS, AS SEMANAS E OS MESES DO ANO. NELES SÃO
REGISTRADOS TAMBÉM OS FERIADOS, OS FINAIS DE SEMANA, AS
FESTAS RELIGIOSAS E, EM ALGUNS, ATÉ AS FASES DA LUA.
20
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OP: este calendário refere-se ao ano de 2017. É
preciso destacar para os alunos que alguns feriados
mudam de dia a cada ano, como no caso do Carnaval, da Páscoa, do Corpus Christi etc.
2017
JANEIRO
FEVEREIRO
MARÇO
OBSERVE O EXEMPLO A SEGUIR:
D
S
T
Q
Q
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1
2
3
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5
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6
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5
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31
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S
T
Q
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1
2
3
8
9
10
1 - CONFRATERNIZAÇÃO UNIVERSAL
28 - CARNAVAL
ABRIL
D
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MAIO
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S
S
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5
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JUNHO
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28
29
30
31
25
26
27
28
29
30
30
14 - SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO 21 - TIRADENTES
1 - DIA DO TRABALHO
JULHO
D
S
T
Q
15 - CORPUS CHRISTI
AGOSTO
Q
S
S
D
S
1
SETEMBRO
T
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Q
S
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3
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7 - INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
OUTUBRO
NOVEMBRO
D
S
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Q
S
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5
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5
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6
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DEZEMBRO
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S
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D
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2
3
4
8
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29
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31
12 - NOSSA SENHORA APARECIDA
2 - FINADOS. 15 - PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
25 - NATAL
ESTE É UM MODELO DE CALENDÁRIO USADO NA ATUALIDADE E
AS DATAS DESTACADAS EM ROSA SE REFEREM AOS FERIADOS.
A PALAVRA CALENDÁRIO VEM
DO LATIM CALENDAE, QUE
SIGNIFICAVA “O PRIMEIRO DIA DO
MÊS” NA ROMA ANTIGA. ERA O
DIA EM QUE AS CONTAS
DEVERIAM SER PAGAS.
LATIM: O LATIM É UMA LÍNGUA
ANTIGA QUE SURGIU NA REGIÃO
PRÓXIMA À CIDADE DE ROMA.
TORNOU-SE A LÍNGUA OFICIAL DO
IMPÉRIO ROMANO, NÃO SENDO MAIS
FALADA NA ATUALIDADE.
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PESQUISANDO E APRENDENDO MAIS
1.LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO QUE ESTAMOS ESTUDANDO SOBRE
RESPONDA
NO CADERNO
COMO MARCAR O TEMPO, VOLTE À PÁGINA 21 E OBSERVE AS
DATAS QUE ESTÃO EM ROSA NO CALENDÁRIO. PESQUISE
E ANOTE NO CADERNO O QUE SE COMEMORA EM CADA
OP: 28/2 Carnaval, 21/4 Tiradentes, 1o./5 Dia do Trabalho, 15/6 Corpus Christi, 7/9
UMA DELAS. Independência
do Brasil, 12/10 Dia de Nossa Senhora Aparecida, 2/11 Finados,
15/11 Proclamação da República e 25/12 Natal.
2.PEÇA A UM ADULTO DE SEU CONVÍVIO QUE ESCOLHA DUAS
DESSAS DATAS E CONTE COMO ELAS ERAM COMEMORADAS
ENTREVISTA NA INFÂNCIA DELE E COMO SÃO COMEMORADAS NA
ATUALIDADE. ANOTE AQUI AS RESPOSTAS.
3.TRAGA PARA A SALA DE AULA UM CALENDÁRIO NO QUAL
RESPONDA
ORALMENTE
ESTEJAM DESTACADOS OS EVENTOS LOCAIS E FORME UM
GRUPO DE TRABALHO COM DOIS COLEGAS. DESCUBRAM
QUAIS FERIADOS SÃO COMEMORADOS APENAS NO SEU
OP: destaque que existem datas comemoradas apenas na
MUNICÍPIO OU ESTADO. localidade em que os alunos vivem, como o dia da fundação da
cidade, do estado, da escola, informando a eles quais são.
4.POR FIM, COLE NO CADERNO UM CALENDÁRIO DO ANO
EM QUE ESTAMOS VIVENDO E MARQUE NELE, EM COR
DESTACADA, QUAIS DATAS SÃO IMPORTANTES PARA VOCÊ.
OP: oriente os alunos para que escrevam abaixo do calendário qual o significado das datas escolhidas por cada
um, como nascimento, aniversário de um familiar etc. Quanto aos alunos que ainda não dominam a escrita,
podem ser feitas duplas de trabalho para que todos consigam realizar a atividade.
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1.VOCÊ JÁ PAROU PARA PENSAR QUE TEMOS HORÁRIO PARA TUDO?
TEMOS HORA PARA ACORDAR, PARA ALMOÇAR OU JANTAR, PARA
DORMIR, PARA BRINCAR, PARA IR À ESCOLA, ENTRE OUTRAS COISAS.
EM UM GRANDE GRUPO, LEIAM O TEXTO E OBSERVEM AS
IMAGENS A SEGUIR. OP: a leitura de imagens é um importante recurso para o estudo da
História. Para maiores informações, consulte o Manual do Professor.
Eduardo Zappia/Pulsar Imagens
RELÓGIO E AO CALENDÁRIO, OS QUAIS MUITAS VEZES PODEM
AJUDAR A ORGANIZAR NOSSAS ATIVIDADES E REALIZAÇÕES.
ESSAS ATIVIDADES PODEM
TAMBÉM SER INFLUENCIADAS
POR ALGUMAS OUTRAS
SITUAÇÕES. EXISTEM
DIFERENTES FORMAS DE
ORGANIZAR O TEMPO,
ENTRE ELAS, A DIVISÃO DO
HORÁRIO DE LAZER E O
CALÇADÃO NA RUA DOS ANDRADAS.
HORÁRIO COMERCIAL. O
PORTO ALEGRE (RS), 2013.
HORÁRIO COMERCIAL É O
••DIVIDIMOS, TAMBÉM, O
PERÍODO EM QUE FUNCIONAM
ANO EM PERÍODOS. O ANO
LOJAS E SERVIÇOS.
LETIVO, POR EXEMPLO,
CORRESPONDE AO
PERÍODO ENTRE OS MESES
DE FEVEREIRO E DEZEMBRO,
EM QUE AS INSTITUIÇÕES
DE ENSINO DESENVOLVEM
SUAS ATIVIDADES. EM
ALGUMAS COMUNIDADES
RURAIS, LIGADAS AO
TRABALHO AGRÍCOLA, ESSE
SALA DE AULA DA ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ
PERÍODO É ADAPTADO.
MENDES DE ALMEIDA. TAMBORIL (CE), 2013.
Alf Ribeiro/Pulsar imagens
••AO LONGO DA NOSSA VIDA, ESTAMOS SEMPRE ATENTOS AO
OP: maiores informações sobre o calendário agrícola no MP.
23
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••O BRASIL É UM PAÍS COM MUITAS PRAIAS QUE, MESMO SENDO
Rogério Reis/Pulsar imagens
LOCAL DE TRABALHO PARA MUITAS PESSOAS, SÃO PROCURADAS
NO PERÍODO DE FÉRIAS DE VERÃO. DURANTE AS FÉRIAS AS PESSOAS
UTILIZAM O TEMPO PARA DESCANSAR, PASSEAR E VIAJAR COM A
FAMÍLIA, ALÉM DE PRATICAR ATIVIDADES QUE NÃO COSTUMAM
FAZER NO SEU DIA A DIA.
OP: explore com os
alunos a existência
do amplo litoral no
Brasil. Destaque
para eles que o
Brasil é um país
que tem um
grande litoral e, por
isso, muitas pessoas
vivem e trabalham
nas praias do país.
TIBAU DO SUL
(RN), 2013.
••DIVIDIMOS TAMBÉM AS SEMANAS EM DIAS DE ESTUDO E
Cesar Diniz/Pulsar Imagens
TRABALHO E DIAS DE DESCANSO. NOS DIAS DE DESCANSO,
MUITAS PESSOAS PROCURAM APROVEITAR O TEMPO LIVRE COM
O LAZER, DESENVOLVENDO ATIVIDADES COMO PESCAR,
BRINCAR, VER FILMES E PASSEAR EM PARQUES, COMO NA
IMAGEM ABAIXO, ENTRE OUTRAS ATIVIDADES, MUDANDO SUA
ROTINA E DESCONTRAINDO-SE.
PARQUE ROBERTO
BURLE MARX.
SÃO JOSÉ DOS
CAMPOS (SP), 2012.
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2.FAÇA UM DESENHO REPRESENTANDO UMA ATIVIDADE QUE VOCÊ
REALIZOU ESTA SEMANA.
3.AGORA RESPONDA:
QUE DIA DO MÊS, DA SEMANA E QUAL PERÍODO DO DIA VOCÊ
REALIZOU ESTA ATIVIDADE?
Respostas pessoais.
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CAPÍTULO 2 - O TEMPO PASSA... E CONTINUA
PASSANDO
PARA COMEÇO DE CONVERSA...
LEIA A SEGUIR OS VERSOS DO POEMA “O TRENZINHO DO
CAIPIRA” E REFLITA SOBRE A IMAGEM DE UM MENINO SENDO
LEVADO PELA VIDA, POR UM TREM IMAGINÁRIO.
O TRENZINHO DO CAIPIRA
LÁ VAI O TREM COM O MENINO
LÁ VAI A VIDA A RODAR
LÁ VAI CIRANDA E DESTINO
CIDADE, NOITE A GIRAR
LÁ VAI O TREM SEM DESTINO
PRO DIA NOVO ENCONTRAR
CORRENDO VAI PELA TERRA
VAI PELA SERRA
VAI PELO MAR
CANTANDO PELA SERRA DO LUAR
CORRENDO ENTRE AS ESTRELAS A VOAR
NO AR, NO AR
HEITOR VILLA-LOBOS; FERREIRA
GULLAR. O TRENZINHO DO CAIPIRA.
INTÉRPRETE: ADRIANA
CALCANHOTTO. PARTIMPIM 2. RIO DE
JANEIRO: SONY MUSIC, 2009. CD.
26
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1. NA SUA OPINIÃO, O QUE SIGNIFICAM OS VERSOS “LÁ VAI A VIDA
A RODAR” E “CORRER ENTRE AS ESTRELAS A VOAR”?
Respostas pessoais. Os alunos podem refletir sobre a passagem do tempo.
2. CONVERSE COM SEUS COLEGAS SOBRE O QUE TRATA A CANÇÃO.
RESPONDA
ORALMENTE
A) PENSEM POR QUANTOS LUGARES DIFERENTES O TREM
PODE PASSAR.
B) SERÁ QUE PODEMOS AFIRMAR QUE TODAS AS PESSOAS
OP: converse com
PERCEBEM O TEMPO PASSAR DA MESMA FORMA? os alunos sobre as
diferentes sensações que podem ser experienciadas com o passar do tempo. Questione o que para
eles “passa rápido” e o que é muito demorado. Mais informações no Manual do Professor.
A PASSAGEM DO TEMPO
QUANDO ALGUÉM ESTÁ COM PRESSA E TEM QUE ESPERAR POR
ALGO, UM MINUTO PARECE DEMORAR MUITO PARA PASSAR.
POR OUTRO LADO, QUANDO ESTAMOS NOS DIVERTINDO EM
UM PASSEIO OU BRINCANDO, PARECE QUE OS MINUTOS PASSAM
MAIS RÁPIDO, NÃO É?
NESSE CASO, LÁ VAI O TRENZINHO CORRENDO, CORRENDO...
ENQUANTO PARA QUEM TRABALHA EM ALGO QUE NÃO GOSTA,
O TREM PODE ANDAR BEM DEVAGAR.
TAMBÉM A ROTINA DE FAZER TODO DIA A MESMA COISA PODE,
MUITAS VEZES, DAR A IMPRESSÃO DE QUE O TEMPO DEMORA MAIS
A PASSAR.
TREM PASSANDO POR
TRILHOS.
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PESQUISANDO E APRENDENDO MAIS
1.DEPOIS DE LER A LETRA DA CANÇÃO “O TRENZINHO DO CAIPIRA”,
REFLITA SOBRE O QUE ELA NOS FALA E PESQUISE QUEM SÃO
SEUS COMPOSITORES. REGISTRE AS INFORMAÇÕES AQUI.
Os compositores são Heitor Villa-Lobos (música) e Ferreira Gullar (letra).
2.PESQUISE EM JORNAIS E REVISTAS QUATRO IMAGENS QUE
RESPONDA
NO CADERNO
RETRATEM PESSOAS EXERCENDO DIFERENTES ATIVIDADES,
EM LOCAIS VARIADOS, E RECORTE-AS.
A) COLE AS IMAGENS RECORTADAS NO CADERNO E ESCREVA
UMA LEGENDA PARA CADA UMA DELAS, DESCREVENDO AS
ATIVIDADES ALI RETRATADAS E COMO VOCÊ IMAGINA QUE
PASSE O TEMPO PARA ESSAS PESSOAS.
B) LOGO APÓS, COM A AJUDA DO PROFESSOR, ESCOLHA
JUNTO COM SEUS COLEGAS QUATRO LEGENDAS E
REGISTRE-AS AQUI.
OP: auxilie os alunos a compreenderem o que é uma legenda, trazendo alguns exemplos para
sala de aula.
28
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ORGANIZANDO O SEU TEMPO
EXISTEM COISAS QUE FAZEMOS SEMPRE NOS MESMOS
HORÁRIOS, COMO ACORDAR PELA MANHÃ E SAIR DE
CASA PARA IR À ESCOLA.
• NORMALMENTE, TEMOS UM HORÁRIO
CERTO PARA O ALMOÇO, PARA O
JANTAR, PARA TOMAR BANHO, OU
SEJA, PARA ATIVIDADES QUE
REALIZAMOS TODOS OS DIAS.
• MAS EXISTEM AQUELAS QUE NÃO
FAZEM PARTE DA NOSSA ROTINA
DIÁRIA E, PARA NÃO ESQUECERMOS
DELAS, PRECISAMOS DE ALGO QUE
POSSA NOS AJUDAR A LEMBRAR.
DESSE MODO, PODEMOS USAR
DIFERENTES RECURSOS PARA
ANOTAR NOSSOS COMPROMISSOS.
ILUSTRAÇÃO DE MENINA
PENSANDO EM SEUS
COMPROMISSOS.
APRENDER FAZENDO
PODEMOS VERIFICAR PELOS TEXTOS DO CAPÍTULO QUE A
CONTAGEM DO TEMPO FAZ PARTE DO NOSSO DIA A DIA.
1. VOCÊ CONSEGUE PERCEBER ISSO NA SUA ROTINA?
RESPONDA
ORALMENTE
2. RESPONDA ÀS QUESTÕES EM SEU CADERNO.
A) QUAIS SÃO SEUS COMPROMISSOS PARA AMANHÃ? FAÇA UMA
RESPONDA
NO CADERNO
LISTA DELES E NÃO SE ESQUEÇA DE ESCREVER A HORA EM QUE
VOCÊ REALIZARÁ CADA ATIVIDADE.
B) COMO É SUA ROTINA DURANTE A SEMANA? REGISTRE OS
PRINCIPAIS MOMENTOS DE SUA SEMANA, ESCREVENDO SOBRE
SEU DIA A DIA, DE DOMINGO A SÁBADO.
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3. PENSE EM DUAS SITUAÇÕES:
OP: sugira aos alunos que resgatem o calendário da página
21 e contem quantos meses têm 30 dias, quantos têm 31 e
quantos dias têm o mês de fevereiro.
• FALTAM 30 DIAS PARA SEU ANIVERSÁRIO.
• VOCÊ TEM UM MÊS PARA CURTIR AS FÉRIAS.
A) NAS DUAS FRASES, OS PERÍODOS DE TEMPO SÃO IGUAIS?
EXPLIQUE. Sim, 30 dias correspondem ao período de um mês.
B) PODEMOS TER A SENSAÇÃO DE QUE UM DESSES PERÍODOS
PASSA MAIS RÁPIDO DO QUE O OUTRO? ESCREVA POR QUE
ISSO ACONTECE. Respostas pessoais.
4. PESQUISE COM SEUS PAIS OU OUTROS ADULTOS DE SEU CONVÍVIO
PESQUISA
SOBRE OUTRAS MANEIRAS EXISTENTES NA ATUALIDADE PARA
ORGANIZAR OS COMPROMISSOS, COMO O CELULAR E O
COMPUTADOR. ANOTE AS INFORMAÇÕES QUE CONSEGUIU E, EM
SALA, CONVERSE COM SEUS COLEGAS SOBRE AS MUDANÇAS NA
antes do início do debate, você deve combinar algumas
ORGANIZAÇÃO DE AGENDAS. OP:
regras para que a conversa ocorra com bastante
tranquilidade, como:
LINHA DO TEMPO
• por quanto tempo os alunos irão conversar sobre o tema?
• como vão fazer para evitar que as pessoas falem ao mesmo tempo?
• quem falará primeiro?
• todos terão o mesmo tempo para falar?
NA VIDA, TODOS NÓS TEMOS LEMBRANÇAS DO PASSADO E
PLANOS PARA O FUTURO, NÃO É?
• VAMOS CONHECER UM POUCO DA VIDA DE UM PERSONAGEM
CHAMADO JÚLIO? ENTÃO, VAMOS LÁ! OBSERVE AS IMAGENS A
SEGUIR.
NASCIMENTO
DO JÚLIO
NASCIMENTO
DO IRMÃO
DO JÚLIO
FESTA DE
ANIVERSÁRIO
DO JÚLIO NA
CHÁCARA
MUDOU DE
CASA
GANHOU
UMA
BICICLETA
2010
2011
2013
2014
2016
30
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AS IMAGENS DA PÁGINA ANTERIOR REPRESENTAM UMA LINHA
DO TEMPO, POIS NELA SÃO MARCADOS OS ANOS E OS EVENTOS
SIGNIFICATIVOS DE CADA UM DELES.
É COMO SE O TREM DA VIDA DO JÚLIO FOSSE ANDANDO NA
LINHA DO TEMPO. NELA ESTÃO REGISTRADOS ALGUNS FATOS QUE
ACONTECERAM COM ELE NOS ANOS DE 2010, 2011...
•• ASSIM COMO NA VIDA DO JÚLIO, NA SUA VIDA TAMBÉM DEVEM
TER OCORRIDO DIVERSOS ACONTECIMENTOS DESDE O SEU
NASCIMENTO.
ALGUNS ACONTECIMENTOS PODEM TER TIDO MAIOR
IMPORTÂNCIA, OUTROS VOCÊ ATÉ JÁ PODE TER ESQUECIDO,
ALGUNS ALEGRES, OUTROS TRISTES, ENFIM, FORAM MUITOS...
1.RELEMBRE ALGUNS ACONTECIMENTOS DA SUA VIDA.
PESQUISA
PESQUISE EM CASA, EM DIÁRIOS, CARTAS, FOTOGRAFIAS, ÁLBUNS
DE BEBÊ OU PERGUNTE PARA AS PESSOAS QUE CONHECEM VOCÊ
HÁ BASTANTE TEMPO.
ANOTE O RESULTADO DA PESQUISA NO CADERNO, COLOCANDO A
RESPONDA
NO CADERNODATA DE CADA ACONTECIMENTO.
2.NA PÁGINA A SEGUIR, VOCÊ VAI CONSTRUIR A LINHA DO TEMPO DA
SUA VIDA. PARA ISSO, SIGA AS INSTRUÇÕES:
A) MARQUE OS ACONTECIMENTOS DA SUA VIDA E ABAIXO O ANO
EM QUE CADA UM DELES OCORREU.
31
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3.AGORA, VEJA NOVAMENTE ALGUNS FATOS DA LINHA DO TEMPO
DA VIDA DO JÚLIO:
NASCIMENTO
DO JÚLIO
NASCIMENTO
DO IRMÃO
DO JÚLIO
FESTA DE
ANIVERSÁRIO
DO JÚLIO NA
CHÁCARA
MUDOU DE
CASA
2010
2011
2013
2014
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••OUTROS FATOS QUE ACONTECERAM NESSE MESMO PERÍODO:
ELEIÇÃO DE
DILMA ROUSSEF
COMO A
PRIMEIRA
MULHER
PRESIDENTE DO
BRASIL
MORRE
STEVE JOBS,
CRIADOR DO
MACINTOSH,
DO IPHONE E
DO IPAD
NESSE ANO
OCORREU O
MAIOR
DESMATAMENTO
NA MATA
ATLÂNTICA
DESDE 2008
COPA DO
MUNDO
DE FUTEBOL
NO BRASIL
2010
2011
2013
2014
4.COPIE NA LINHA DO TEMPO ABAIXO AS DATAS QUE VOCÊ
RESPONDA
NO CADERNO
MARCOU OS ACONTECIMENTOS DA SUA VIDA.
PEÇA AJUDA A SEUS PAIS OU ÀS PESSOAS COM AS QUAIS VOCÊ
MORA E ANOTE ACONTECIMENTOS QUE OCORRERAM NA
COMUNIDADE OU NA SUA CIDADE NO MESMO PERÍODO.
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5.UM FATO QUE PARECE NÃO TER RELAÇÃO COM A NOSSA VIDA
PODE TRAZER MUDANÇAS PARA A VIDA DE MUITAS OUTRAS
PESSOAS AO LONGO DO TEMPO. PESQUISE EM SUA SEGUNDA
LINHA DO TEMPO OS FATOS QUE PODEM TER INFLUENCIADO
SUA VIDA OU DE ALGUÉM DE SEU CONVÍVIO.
REGISTRE AQUI SUA RESPOSTA.
OP: é importante trabalhar com o aluno a ideia de que acontecimentos distantes de nós podem afetar as
nossas vidas em alguma medida.
VOCÊ SABIA?
Clóvis Miranda/A Crítica/Folhapress
VAMOS VER UM EXEMPLO DE COMO A VIDA DE UMA PESSOA
PODE INFLUENCIAR NAS DEMAIS?
VALÉRIA SANTARÉM LIRA, ATLETA AMAZONENSE QUE JÁ CONQUISTOU MEDALHAS
DE OURO, PRATA E BRONZE EM COMPETIÇÕES DE NATAÇÃO.
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A NADADORA AMAZONENSE VALÉRIA SANTARÉM LIRA É
DESTAQUE ENTRE OS PARATLETAS BRASILEIROS E JÁ GANHOU
VÁRIAS MEDALHAS DE OURO DESDE QUE PARTICIPA DE
CAMPEONATOS PARALÍMPICOS DE ATLETISMO E NATAÇÃO. ELA
DETÉM VÁRIOS RECORDES NACIONAIS (50 M, 100 M, 400 M LIVRES
E 100 M BORBOLETA).
APÓS RESULTADOS TÃO IMPORTANTES, ELA DECIDIU
DISPUTAR AS PARAOLÍMPIADAS NO RIO, EM 2016. TREINANDO
DESDE A ADOLESCÊNCIA POR RECOMENDAÇÕES MÉDICAS PARA
RECUPERAR OS MOVIMENTOS DAS PERNAS, PARALISADAS EM
VIRTUDE DE UMA MENINGITE, A ATLETA SERVE DE INCENTIVO
À PRÁTICA DE ESPORTES E É MODELO DE SUPERAÇÃO PARA
DEZENAS DE OUTROS JOVENS EM TODO O PAÍS.
NO ANO DE 2009, A CIDADE DE SÃO CAETANO DO SUL,
EM SÃO PAULO, RECEBEU UM GRUPO DE ATLETAS
PARAOLÍMPICOS, ENTRE OS QUAIS ESTAVA VALÉRIA, PARA
FAZEREM SEUS TREINAMENTOS. A SECRETARIA DE ESPORTE E
TURISMO DESTACOU A IMPORTÂNCIA DESSA HOSPEDAGEM POR
COMPREENDER QUE A PRESENÇA DE ATLETAS CAMPEÕES NA
CIDADE ESTIMULAVA A PRÁTICA DE ESPORTES POR CRIANÇAS
E ADOLESCENTES, QUE, DESSA FORMA, SE AFASTAVAM E
SUPERAVAM PROBLEMAS COTIDIANOS.
ADAPTADO DE: HTTP://WWW.SAOCAETANODOSUL.SP.GOV.BR/INTERNA
PHP?SITE=1&CONTEUDO=1763. ACESSO EM: 30 MAIO 2014.
PARATLETAS: ESPORTISTAS COM DEFICIÊNCIAS FÍSICAS E/OU INTELECTUAIS CUJOS
ESPORTES SÃO JOGADOS, NORMALMENTE, COM MODIFICAÇÕES QUANTO AO TERRENO
DE JOGO, EQUIPAMENTO, NÚMERO DE JOGADORES E OUTRAS REGRAS NECESSÁRIAS
PARA TORNÁ-LO O JOGO ADEQUADO AOS ATLETAS.
MENINGITE: É UMA DOENÇA QUE PROVOCA UMA INFECÇÃO NAS MEMBRANAS QUE
PROTEGEM O CÉREBRO, PODENDO SER CAUSADA POR BACTÉRIAS OU VÍRUS.
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UNIDADE
2
IDENTIDADES
E HISTÓRIA
NOSSA! QUANTAS
PESSOAS FORAM
RETRATADAS NESTE
QUADRO! SERÃO DE
UMA MESMA FAMÍLIA?
TARSILA DO AMARAL.
A FAMÍLIA. 1925. ÓLEO SOBRE
TELA, 79 CM X 101,5 CM. MUSEU
NACIONAL DE ARTE REINA
SOFIA, MADRI (ESPANHA).
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OP: explique aos alunos que o quadro A família é de Tarsila do Amaral, artista conhecida por suas
obras de cores intensas que destacam a nacionalidade brasileira.
Entre suas obras estão A negra (1923), Abaporu (1928), Sol poente (1929) e Operários (1933). Tarsila
participou ativamente da renovação da arte brasileira que se processou na década de 1920.
PODE SER.
MAS ESTOU AQUI
PENSANDO QUEM É
QUEM. QUEM É IRMÃO,
QUEM É FILHO, QUEM É
TIO. E COMO SE
CHAMARIAM?
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CAPÍTULO 1 - O NOME DE CADA UM
PARA COMEÇO DE CONVERSA...
OP: leia o texto para os alunos
com ritmo, fluência e entonação,
solicitando que os estudantes o
leiam juntos em voz alta.
NOMES DE GENTE
TEM MUITO NOME DE GENTE
MUITO SIGNIFICADO
PRUDÊNCIO QUE É PRUDENTE
TIBOR QUE É HONRADO
HUGO QUE É PREVIDENTE
REINALDO QUE É OUSADO
[...]
LUCI QUER DIZER DOCE
LIA QUE É TRABALHADORA
OLGA QUE É NOBRE MOÇA
BERENICE É VENCEDORA
[...]
TEM MUITO NOME E A GENTE
CANTOU SOMENTE UM BOCADO
[...]
A GENTE FICA CONTENTE
SE NINGUÉM FICAR ZANGADO
SE NESSE QUASE REPENTE
SEU NOME NÃO FOI CANTADO.
ALUNOS SENTADOS EM
CARTEIRAS NA SALA
DE AULA.
GERALDO AZEVEDO E RENATO ROCHA. NOMES DE GENTE.
INTÉRPRETE: MPB4. ADIVINHA O QUE É. SÃO PAULO:
ARIOLA, 1983. LP.
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1.QUAIS PALAVRAS DA CANÇÃO VOCÊ NÃO CONHECIA? REGISTRE-AS
AQUI E COLOQUE O SIGNIFICADO DELAS AO LADO.
Algumas possíveis respostas são:
Prudente: moderado; que age com cautela.
Honrado: honesto; digno.
Previdente: que prevê ou que se prepara para algo que ainda vem.
Ousado: corajoso.
Repente: versos feitos de improviso.
Os alunos podem consultar dicionários.
2.OS VERSOS INFORMAM ALGUMA COISA? O QUÊ?
OP: espera-se que os alunos respondam que o texto informa o fato de nomes possuírem significados, como
também informa alguns deles.
3.QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE ESSA CANÇÃO?
Respostas pessoais.
O NOME
ASSIM COMO NOS REVELA A LETRA DA CANÇÃO “NOMES DE
GENTE”, QUE VOCÊ ACABOU DE LER, TODOS NÓS POSSUÍMOS UM
NOME, QUE SERVE PARA NOS IDENTIFICAR.
A ESCOLHA DO NOME, E ATÉ DE UM APELIDO, PODE
REPRESENTAR UMA LEMBRANÇA OU MESMO
HOMENAGEM: PRESTAR
UMA HOMENAGEM QUE NOSSOS PAIS
ADMIRAÇÃO E APREÇO.
DESEJARAM FAZER.
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PESQUISANDO E APRENDENDO MAIS
1.NOSSO NOME FAZ PARTE DE NOSSA IDENTIDADE, POR ISSO
ENTREVISTA
É TÃO IMPORTANTE. SABER O PORQUÊ DE TERMOS O NOME
QUE TEMOS É MUITO INTERESSANTE. CONVERSE COM SEUS
PAIS OU COM AS PESSOAS COM AS QUAIS VOCÊ MORA E
RESPONDA ÀS QUESTÕES A SEGUIR: Respostas pessoais.
A) QUEM ESCOLHEU O SEU NOME?
B) POR QUE FOI ESCOLHIDO ESSE NOME? QUAIS OS FATOS
QUE LEVARAM A ESSA ESCOLHA?
C) VOCÊ TEM UM APELIDO? QUAL É? QUAL É A HISTÓRIA
DESSE APELIDO?
OP: é importante coibir o uso de apelidos depreciativos, bem como evitar o bullying. Mais
informações no Manual do Professor.
D) APRESENTE AS RESPOSTAS PARA OS OUTROS COLEGAS DA
SALA DE AULA.
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O SIGNIFICADO DO NOME
VOCÊ JÁ REPAROU QUANTOS NOMES DIFERENTES EXISTEM? ÀS
VEZES, UM NOME PODE SER A COMBINAÇÃO DE OUTROS NOMES.
EXISTEM PESSOAS QUE TÊM NOMES DE PEDRAS PRECIOSAS, COMO
PÉROLA E RUBI, OU DE FLORES, COMO MARGARIDA OU ROSA.
ALGUNS NOMES POSSUEM SIGNIFICADOS, POR EXEMPLO, ANA,
QUE EM HEBRAICO QUER DIZER “CHEIA DE GRAÇA”, OU GUILHERME,
QUE É DE ORIGEM ALEMÃ E SIGNIFICA “AQUELE QUE PROTEGE”. DE
QUALQUER FORMA, OS NOMES QUE AS PESSOAS POSSUEM, NA
MAIORIA DAS VEZES, TÊM MUITA HISTÓRIA, SEJA PELO SIGNIFICADO
DELE OU PELA FORMA COMO FOI ESCOLHIDO.
ALGUMAS VEZES, AO FAZER O REGISTRO DO NOME DE ALGUÉM,
PODE ACONTECER UM ERRO OU MESMO SER UMA
OPÇÃO DOS PAIS, O QUE ACABA GERANDO UM NOME DIFERENTE
DOS EXISTENTES ATÉ ENTÃO.
EM DETERMINADOS PERÍODOS,
ALGUNS NOMES SÃO MAIS ESCOLHIDOS.
ISSO ACONTECE PORQUE NOMES DE
PESSOAS FAMOSAS OU PESSOAS QUE
FORAM IMPORTANTES PARA AS
FAMÍLIAS ÀS VEZES INFLUENCIAM
NA HORA DE REGISTRAR OS FILHOS.
SERÁ QUE COM O SEU
NOME FOI ASSIM?
E AQUELES QUE SURGEM DA
SOMA DO NOME DO PAI E DA
MÃE? LUCINEIDE, POR EXEMPLO,
QUE É O RESULTADO DA UNIÃO DE
LÚCIO + NEIDE, E JOSMARI, QUE É A
COMBINAÇÃO DE JOSÉ + MARIA.
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VOCÊ SABIA?
OP: investigue com os alunos alguns nomes indígenas que eles podem
conhecer. Analise com eles as diferentes grafias, para que possam perceber o
motivo de não serem aceitas em muitos cartórios.
SENADO APROVA PROJETO QUE OBRIGA
CARTÓRIO A RESPEITAR NOME INDÍGENA
Destaque, ainda, que em maio de 2014 a lei ainda estava sendo analisada.
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA (CCJ)
DO SENADO APROVOU NA ÚLTIMA SEMANA PROJETO
QUE OBRIGA OS CARTÓRIOS A RESPEITAREM OS
PRENOMES ESCOLHIDOS PELOS INDÍGENAS NO
MOMENTO DO REGISTRO DE CRIANÇAS.
O PROJETO RETIRA DOS OFICIAIS DE CARTÓRIO,
NESTE CASO, O DIREITO QUE ELES TÊM POR LEI DE
SE RECUSAREM A REGISTRAR UMA CRIANÇA COM
NOME QUE CONSIDERE VEXATÓRIO OU COM RISCO
DE EXPOR O PORTADOR AO RIDÍCULO NO FUTURO.
“O TRATAMENTO LEGAL DISPENSADO AOS
ÍNDIOS DEVE SER DIFERENCIADO EM RAZÃO DE SUA
CULTURA, QUE ACENTUA VALORES DA NATUREZA E
OS APLICA AOS NOMES DOS FILHOS. A ETNIA
TAMBÉM CONTA, POIS É HONRA ENTRE ÍNDIOS
ATRIBUIR AO FILHO O NOME DE UM ANTEPASSADO”,
JUSTIFICA O SENADOR CRISTOVAM BUARQUE
(PDT-DF), AUTOR DO PROJETO.
“ESSES NOMES TÊM VALOR ESPECIAL PARA OS
INTEGRANTES DO GRUPO OU DA ETNIA, E NÃO DEVE
A LEI PROIBI-LOS, COMO FAZ RELATIVAMENTE ÀS
PESSOAS DE CULTURA NÃO ÍNDIA”, DIZ A
JUSTIFICATIVA DO PROJETO.
FOLHAPRESS. GAZETA DO POVO, CURITIBA, 17 JUN. 2013. CADERNO VIDA E CIDADANIA.
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PESQUISANDO E APRENDENDO MAIS
OP: peça aos alunos que retomem a leitura da canção do início do capítulo e desenvolva, a partir
dela, uma atividade lúdica, que os incentive a desenvolver a criatividade.
1.LEIA NOVAMENTE A LETRA DA CANÇÃO QUE ABRE O
CAPÍTULO. FAÇA NAS LINHAS ABAIXO UMA LISTA DE CINCO
NOMES DE PESSOAS DE SUA FAMÍLIA. ESCREVA AO LADO DE
CADA NOME UMA CARACTERÍSTICA QUE, NA SUA OPINIÃO,
COMBINA COM ELES, POR EXEMPLO: “JOÃO CORAJOSO”;
“TERESA ALEGRE” ETC.
2.PERGUNTE A ESSAS PESSOAS SE ELAS SABEM O SIGNIFICADO E
A HISTÓRIA DE SEUS NOMES. SE ELES SOUBEREM, ANOTE EM
ENTREVISTA SEU CADERNO. SE NÃO, PEÇA A AJUDA DE UM ADULTO OU
SOB A ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR, PESQUISE NA INTERNET.
3.EM SALA DE AULA, EXPONHA A SUA PESQUISA PARA OS
RESPONDA
ORALMENTE
COLEGAS E JUNTOS FAÇAM COMPARAÇÕES SOBRE OS NOMES
QUE MAIS SE REPETIRAM E SE SURGIRAM ALGUNS MUITO
DIFERENTES DAQUELES QUE VOCÊS CONHECEM.
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O SOBRENOME
O NOME É ALGO QUE NOS IDENTIFICA. O SOBRENOME
IDENTIFICA A FAMÍLIA À QUAL SE PERTENCE.
GERALMENTE, O SOBRENOME DE UMA PESSOA É FORMADO
PELO SOBRENOME DOS SEUS PAIS OU DE APENAS UM DELES.
• VEJA O EXEMPLO DA PERSONAGEM MARIA, CUJO NOME
COMPLETO É MARIA LIMA BARROS.
LIMA
MARIA
NOME
SOBRENOME
DA MÃE
OP: lembre aos alunos que existem casos em que a
mulher retirava o sobrenome dos pais e adotava o do
marido quando casava. Destaque ainda que, após
divórcios, por exemplo, os nomes que foram
adotados dos cônjuges podem ser retirados.
BARROS
SOBRENOME
DO PAI
EXISTEM, NO ENTANTO, MUITAS OUTRAS FORMAS DE SE
COMPOR OS SOBRENOMES. EM ALGUNS CASOS, QUANDO
REGISTRADA, A CRIANÇA RECEBE APENAS O SOBRENOME DO PAI.
MUITAS MULHERES, QUANDO CASAM, ADOTAM O SOBRENOME
DO MARIDO. E, PELA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA, É POSSÍVEL ATÉ
MESMO O MARIDO ADOTAR O NOME DA ESPOSA. ESSE ÚLTIMO
MODELO, CONTUDO, É POUCO USUAL NO PAÍS.
ESSAS SÃO APENAS ALGUMAS POSSIBILIDADES.
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••AS ORIGENS DOS SOBRENOMES TAMBÉM PODEM SER VÁRIAS.
LOPES, CUNHA, PEREIRA, POR EXEMPLO, SÃO SOBRENOMES
DE ORIGEM PORTUGUESA. VIECELLI E RAVAGLIO TÊM ORIGEM
ITALIANA. MEURER E STADLER TÊM ORIGEM ALEMÃ... E ASSIM
POR DIANTE.
NA FORMAÇÃO DOS NOMES E SOBRENOMES QUE DISTINGUEM
E CARACTERIZAM OS BRASILEIROS, HOUVE INFLUÊNCIA DE VÁRIOS
POVOS: O PORTUGUÊS, O ESPANHOL, O ITALIANO, O ALEMÃO, O
HEBRAICO, O ÁRABE, O INGLÊS, O FRANCÊS, OS INDÍGENAS, ENTRE
TANTOS OUTROS.
AO LONGO DOS ANOS FORAM SURGINDO NOVAS COMBINAÇÕES
DE SOBRENOMES E, ASSIM, SURGIU UMA VARIEDADE DELES, COM
HISTÓRIAS INTERESSANTES E, ALGUMAS VEZES, ATÉ DIFÍCEIS DE
SEREM EXPLICADAS.
PESQUISANDO E APRENDENDO MAIS
1.VAMOS TRATAR DA HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DOS SOBRENOMES
DAS PESSOAS DE SUA FAMÍLIA OU DAS PESSOAS COM AS
QUAIS VOCÊ VIVE.
A) ANOTE A SEGUIR OS SOBRENOMES DAS PESSOAS DE SEU
CONVÍVIO QUE TÊM O MESMO SOBRENOME.
OP: os alunos podem encontrar a mesma combinação de sobrenomes entre eles e os
irmãos, entre eles e a mãe, ou entre os tios etc.
B) VOCÊ TEM O MESMO SOBRENOME DE ALGUMA DELAS?
QUAL O SOBRENOME DOS SEUS PAIS?
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2.PESQUISE A ORIGEM DO SEU SOBRENOME E ANOTE A SEGUIR.
ENTREVISTA
3.FAÇA UM LEVANTAMENTO COM SEUS COLEGAS PARA SABER A
ORIGEM MAIS COMUM DOS SOBRENOMES PESQUISADOS.
COM AS INFORMAÇÕES, CONSTRUA UMA TABELA, INDICANDO
O NÚMERO DE SOBRENOMES DE CADA ORIGEM.
OP: auxile os alunos na construção de uma tabela de barras, de forma que eles
consigam visualizar que origem étnica tem mais sobrenomes, e qual tem menos,
entre os sobrenomes que foram pesquisados.
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A FAMÍLIA
A FAMÍLIA É O PRIMEIRO GRUPO DE CONVIVÊNCIA DAS PESSOAS
E SEUS COMPONENTES SÃO CHAMADOS DE PARENTES.
O MAIS IMPORTANTE EM UMA FAMÍLIA SÃO OS LAÇOS AFETIVOS
QUE AS UNEM E QUE PODEM SER MAIS FORTES DO QUE OS LAÇOS
DE SANGUE.
••ANTIGAMENTE, AS FAMÍLIAS ERAM EXTENSAS, OU SEJA, ERAM
Oote Boe/Alamy/Glow Images
CONSTITUÍDAS POR AVÓS, PAIS, FILHOS, TIOS OU OUTROS
PARENTES QUE MORAVAM TODOS JUNTOS EM UMA MESMA
CASA.
O NÚMERO DE PESSOAS QUE COMPÕE AS FAMÍLIAS SOFREU
MUDANÇAS CONFORME A ÉPOCA E OS LUGARES.
OBSERVE OS RETRATOS DE ALGUMAS FAMÍLIAS.
NESTA IMAGEM
É POSSÍVEL
VISUALIZAR
UMA FAMÍLIA
COM MUITOS
MEMBROS,
FOTOGRAFADA
NO INÍCIO DO
SÉCULO 20, NA
FRANÇA.
O RETRATO ACIMA É DE UMA FAMÍLIA NO INÍCIO DO SÉCULO 20.
ELE NOS REVELA ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DO MODO DE SE VESTIR
NAQUELA ÉPOCA. ATÉ A METADE DO SÉCULO 20 ERA COMUM OS
MENINOS USAREM ROUPAS PARECIDAS COM A DOS ADULTOS. O USO
DO CHAPÉU, TANTO PARA OS HOMENS COMO PARA AS MULHERES,
REFLETIA ELEGÂNCIA.
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NO BRASIL, NESSE
PERÍODO, ERA COMUM
OS CASAIS TEREM MUITOS
FILHOS. NA ATUALIDADE
AINDA EXISTEM FAMÍLIAS
NUMEROSAS, MAS EXISTEM
TAMBÉM FAMÍLIAS COM
POUCOS INTEGRANTES.
••A COMPOSIÇÃO
Oote Boe/Alamy/Glow Images
A FOTO AO LADO É DE
UMA FAMÍLIA RETRATADA
EM 1960, NA ÁREA RURAL.
NESTA FOTOGRAFIA PODEMOS VER UMA
FAMÍLIA FRANCESA NO ANO DE 1960.
EXISTEM TAMBÉM CASAIS
QUE TÊM APENAS UM FILHO,
OU QUE NÃO TÊM NENHUM.
EXISTEM CASAIS
HOMOAFETIVOS COM FILHOS
OU SEM, CRIANÇAS QUE SÃO
CRIADAS PELOS AVÓS,
APENAS PELA MÃE OU PELO
PAI, ENTRE MUITAS OUTRAS.
© WavebreakMediaMicro/Fotolia.com
FAMILIAR TAMBÉM
SOFREU MUDANÇAS AO
LONGO DOS TEMPOS.
FAMÍLIA BRASILEIRA, 2010.
AS PESSOAS QUE COMPÕEM AS FAMÍLIAS PODEM TER
CARACTERÍSTICAS DIVERSAS. ENQUANTO ALGUNS GOSTAM DE UMA
DETERMINADA COISA, OUTRO PODE DETESTAR; OU AINDA, ENQUANTO
UM É MAIS CALMO, O OUTRO PODE SER MAIS NERVOSO; UM É MAIS
FALANTE, O OUTRO MAIS TÍMIDO, E POR AÍ VAI... ASSIM, ESSAS
DIFERENÇAS DEVEM SER RESPEITADAS PARA QUE HAJA SEMPRE
UMA CONVIVÊNCIA FAMILIAR HARMONIOSA.
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PARA REFLETIR
1.PODEMOS CONCLUIR POR MEIO DO TEXTO ESTUDADO QUE
RESPONDA
NO CADERNO
AS FAMÍLIAS FORAM PASSANDO POR MUDANÇAS EM SUA
COMPOSIÇÃO COM O PASSAR DOS ANOS. OBSERVE
NOVAMENTE AS IMAGENS DAS FAMÍLIAS NAS PÁGINAS
ANTERIORES E RESPONDA NO CADERNO:
A) QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS NO VESTUÁRIO ENTRE A
FAMÍLIA DO INÍCIO DO SÉCULO 20 E DA FAMÍLIA
DA ATUALIDADE?
B) COMPARE AS TRÊS IMAGENS E REFLITA SE HOUVE
MUDANÇAS NO NÚMERO DE PESSOAS QUE COMPÕE AS
FAMÍLIAS RETRATADAS.
OP: os alunos podem responder que na atualidade existem menos famílias tão numerosas
quanto as do século passado.
2.ESCREVA A SEGUIR O QUE VOCÊ CONSIDERA IMPORTANTE
PARA QUE AS PESSOAS TENHAM UMA CONVIVÊNCIA FELIZ E
DE RESPEITO ENTRE OS MEMBROS DA FAMÍLIA.
3.APÓS RESPONDER ÀS QUESTÕES PEDIDAS, REÚNAM-SE EM
RESPONDA
ORALMENTE
UM GRANDE GRUPO PARA DISCUTIR SOBRE CADA QUESTÃO
PROPOSTA.
OP: é importante que os alunos percebam que mesmo com as grandes diferenças de personalidade
entre as pessoas que compõem um grupo de convívio é fundamental que exista respeito e laços
afetivos, que muitas vezes substituem e superam os laços de parentesco.
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1.AGORA VAMOS CONSTRUIR UM ÁLBUM DE FAMÍLIA. SIGA OS
SEGUINTES PASSOS:
A) DOBRE JUNTAS DUAS
FOLHAS DE PAPEL EM
BRANCO, DUAS VEZES.
B) PEÇA AJUDA AO
PROFESSOR PARA
GRAMPEAR O MEIO
E CORTAR ONDE AS
PÁGINAS FICARAM
UNIDAS.
ILUSTRAÇÃO REPRESENTANDO A DOBRA
DAS FOLHAS.
C) ESSE SERÁ SEU ÁLBUM
DE FAMÍLIA. DESENHE
NA CAPA TODOS OS
QUE FAZEM PARTE
DELA.
D) EM CADA PÁGINA,
DESENHE UMA PESSOA
E ESCREVA UMA FRASE
SOBRE ELA. NÃO SE
ESQUEÇA DE COLOCAR
O NOME DELAS E A
DATA EM QUE CADA
UMA NASCEU.
ILUSTRAÇÃO APRESENTANDO OS
MATERIAIS UTILIZADOS.
ILUSTRAÇÃO DE CRIANÇA FAZENDO OS
DESENHOS NO ÁLBUM.
E) EM SALA, SOB A ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR, ORGANIZEM UMA
EXPOSIÇÃO COM O TRABALHO REALIZADO POR VOCÊS E
CONVIDEM OS ALUNOS DE OUTRAS TURMAS PARA CONHECÊ-LO.
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CAPÍTULO 2 - OS DOCUMENTOS QUE
NOS IDENTIFICAM
PARA COMEÇO DE CONVERSA...
OS DOCUMENTOS PESSOAIS SÃO MUITO IMPORTANTES, POIS
TRAZEM O NOME, O SOBRENOME E OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE
AS PESSOAS.
Acervo Editorial
OBSERVE ABAIXO UMA CERTIDÃO DE NASCIMENTO, O PRIMEIRO
DOCUMENTO DE UMA PESSOA. NELE ESTÁ REGISTRADA UMA PARTE
DA NOSSA HISTÓRIA.
MODELO DE
CERTIDÃO DE
NASCIMENTO
VIGENTE
NO BRASIL
DESDE 2011.
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1.EM CASA, PEÇA UMA CÓPIA DE SUA CERTIDÃO DE NASCIMENTO E
FAÇA A LEITURA DELA COM ATENÇÃO.
EM SEGUIDA, COPIE AS SEGUINTES INFORMAÇÕES:
Respostas pessoais.
A) O NOME COMPLETO;
OP: tenha cuidado ao
trabalhar com esse
documento, pois
algumas crianças
podem ter dados
faltando na certidão,
o que pode gerar
constrangimento.
B) A DATA E O HORÁRIO EM QUE VOCÊ NASCEU;
C) O NOME DE SEUS PAIS;
D) O NOME DE SEUS AVÓS MATERNOS;
E) O NOME DE SEUS AVÓS PATERNOS;
F) A CIDADE ONDE VOCÊ NASCEU.
2.EM SALA, APRESENTE ESSAS INFORMAÇÕES AOS DEMAIS
RESPONDA
ORALMENTE
COLEGAS, PARA QUE TODOS POSSAM CONHECER A HISTÓRIA
UM DO OUTRO.
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O PRIMEIRO DOCUMENTO
Acervo Editorial
A CERTIDÃO DE NASCIMENTO, ALÉM DE SER UM DOCUMENTO
DE IDENTIFICAÇÃO, É A PRIMEIRA GARANTIA DE CIDADANIA E
DIREITOS A TODOS OS BRASILEIROS.
COM A CERTIDÃO DE NASCIMENTO, A CRIANÇA TERÁ DIREITO A
SER ATENDIDA EM SERVIÇOS PÚBLICOS, COMO HOSPITAIS, POSTOS
DE SAÚDE E ESCOLAS.
PARA QUE ESSES DIREITOS POSSAM SER EXIGIDOS DESDE
OS PRIMEIROS DIAS DE VIDA, TODAS AS CRIANÇAS DEVEM SER
REGISTRADAS LOGO APÓS SEU NASCIMENTO E, DESDE 1997, ESSE
REGISTRO É GRATUITO.
CERTIDÃO DE
NASCIMENTO
DE 1982.
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••OBSERVE O DOCUMENTO DA PÁGINA 53. É A CÓPIA DE UMA
CERTIDÃO DE NASCIMENTO DE UMA PESSOA NASCIDA EM
1982. VEJA COMO ESSE DOCUMENTO FOI PREENCHIDO.
••ATÉ A METADE DO SÉCULO 20, DEPENDENDO DA DISTÂNCIA
DA LOCALIDADE DO NASCIMENTO, DAS CONDIÇÕES
ECONÔMICAS DOS PAIS E ATÉ POR DESCONHECIMENTO DAS
LEIS, MUITAS CRIANÇAS FICAVAM SEM O REGISTRO DE
NASCIMENTO. À MEDIDA QUE ESSAS PESSOAS CRESCIAM E
COMEÇAVAM A FREQUENTAR A ESCOLA OU ATÉ MAIS TARDE,
QUANDO COMEÇAVAM A TRABALHAR, É QUE ACONTECIA O
REGISTRO DOS DADOS DO NASCIMENTO.
AO LONGO DOS ANOS, A APRESENTAÇÃO DOS DOCUMENTOS,
COMO AS CERTIDÕES, PASSOU POR GRANDES MUDANÇAS, DESDE
A FORMA DE PREENCHIMENTO ATÉ AS INFORMAÇÕES QUE ELES
OP: se possível, traga caso de pessoas que foram registradas muito depois de seu nascimento,
TRAZEM.
já na fase adulta.
PARA REFLETIR
1.AO LER O TEXTO É POSSÍVEL DEDUZIR QUE A CERTIDÃO DE
NASCIMENTO É O PRIMEIRO DOCUMENTO QUE GARANTE A
NOSSA CIDADANIA, ALÉM DE SER UM DIREITO. OBSERVE OS
MODELOS DE CERTIDÕES APRESENTADOS NAS PÁGINAS
ANTERIORES E COMPARE-OS COM A SUA CERTIDÃO.
EM SEGUIDA, RESPONDA:
A) QUAIS AS DIFERENÇAS QUE VOCÊ OBSERVOU?
OP: possivelmente, as maiores diferenças serão quanto ao modelo do documento e à forma de
preencher os dados do registro.
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B) NA CERTIDÃO DA PÁGINA 53, AS DATAS DE NASCIMENTO
E AS DATAS DO REGISTRO SÃO AS MESMAS? QUAIS
SÃO ELAS?
Não. O nascimento ocorreu em 20 de setembro e o registro em 4 de outubro.
C) O TIPO DE INFORMAÇÃO SOBRE A PESSOA REGISTRADA QUE
APARECE NAS CERTIDÕES SÃO OS MESMOS? CITE ALGUNS
DESSES TIPOS.
Sim. Devem constar o nome da pessoa registrada, data de nascimento, local, hora, nome dos
pais, nome dos avós e nome do declarante.
OUTROS DOCUMENTOS
••A CARTEIRA DE
IDENTIDADE.
© Yuri Arcurs/Fotolia.com/Acervo Editorial
À MEDIDA QUE AS PESSOAS CRESCEM E PARTICIPAM DE OUTRAS
ATIVIDADES, PASSAMOS A TER OUTROS DOCUMENTOS QUE NOS
IDENTIFICAM, COMO:
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QUE É OBRIGATÓRIA PARA
DIRIGIR VEÍCULOS, COMO
CARROS, MOTOS, ÔNIBUS
E OUTROS.
Acervo Editorial
NA QUAL SÃO ANOTADOS
OS REGISTROS DE EMPREGO
DOS TRABALHADORES.
••A CARTEIRA DE MOTORISTA,
AISPIX by Image Source/Shutterstock/
Acervo Editorial
••A CARTEIRA DE TRABALHO,
VOCÊ SABIA?
NA PELE DAS PONTAS DOS DEDOS DE CADA UM DE NÓS
EXISTEM LINHAS QUE FORMAM UM DESENHO ÚNICO, DIFERENTES
PARA CADA PESSOA E QUE NÃO SE ALTERAM DURANTE TODA A
VIDA. SÃO AS IMPRESSÕES DIGITAIS.
AO FAZERMOS A CARTEIRA DE
BANCO DE DADOS: CONJUNTO DE
IDENTIDADE, NOSSAS IMPRESSÕES
INFORMAÇÕES ORGANIZADAS E
GUARDADAS DENTRO DE UM
DIGITAIS SÃO COLETADAS E
ARQUIVO DE COMPUTADOR QUE
ARMAZENADAS EM UM BANCO DE
TORNA FÁCIL CONSULTÁ-LAS.
DADOS PARA NOS IDENTIFICAR.
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PARA REFLETIR
1.DEPOIS DE ESTUDAR OS DOCUMENTOS QUE IDENTIFICAM OS
CIDADÃOS, VAMOS RESPONDER ÀS SEGUINTES QUESTÕES:
A) A QUEM PERTENCE A CARTEIRA DE IDENTIDADE DA
PÁGINA 55?
Fernanda de Carvalho da Silva.
B) QUAIS SÃO OS DADOS QUE CONSTAM NESSE DOCUMENTO?
Nome, data de nascimento, nome dos pais, local de nascimento e o número do RG.
C) PENSE SOBRE OS DOCUMENTOS QUE VOCÊ POSSUI
RESPONDA
NO CADERNO
OP: os alunos podem citar carteira de plano de saúde,
E LISTE-OS NO CADERNO. de clubes, passaporte, carteira de identidade, carteira de
vacinação, entre outros. É importante lembrar aos alunos que sempre é preciso carregar os
documentos pessoais, no caso deles, a certidão de nascimento.
D) CONVERSE COM SEUS COLEGAS DE SALA SOBRE A
RESPONDA
ORALMENTE
IMPORTÂNCIA DE CADA UM DOS DOCUMENTOS QUE VOCÊ
POSSUI, DESTACANDO PARA QUE SERVEM.
OP: ao conversar sobre os documentos que possuem e sobre a função de cada um deles, os alunos podem refletir
sobre a cidadania, tão importante para todos, principalmente pelo acesso a serviços de saúde, à escola, entre outros.
1.OS DOCUMENTOS PESSOAIS SÃO UTILIZADOS PARA NOS
IDENTIFICAR. DE QUE OUTRA FORMA VOCÊ PODE SER
IDENTIFICADO? TALVEZ PELAS SUAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS.
••EM UMA FOLHA AVULSA, FAÇA UM AUTORRETRATO.
OP: oriente os alunos a produzirem um texto ou desenho.
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NESTA ATIVIDADE A TURMA SERÁ DIVIDIDA EM EQUIPES PARA
ORGANIZAR UM TRABALHO DE PESQUISA. É “A CAIXA DO TEMPO”.
TEMA: A CAIXA DO TEMPO
1a ETAPA
ORGANIZAÇÃO DAS EQUIPES
VOCÊS DEVEM SE ORGANIZAR EM GRUPOS DE TRÊS PARA A
CONFECÇÃO DAS CAIXAS DO TEMPO. CADA GRUPO PRECISARÁ DOS
SEGUINTES MATERIAIS:
• UMA CAIXA DE SAPATOS COM TAMPA;
• UM TECIDO OU PAPEL PARA ENCAPAR A CAIXA;
• TESOURA;
• COLA;
• ENFEITES.
2a ETAPA COMO FAZER
• PRIMEIRO, CORTEM UM PEDAÇO GRANDE DO TECIDO OU
PAPEL (O SUFICIENTE PARA COBRIR A TAMPA DA CAIXA).
• CENTRALIZE-O SOBRE A TAMPA.
• PASSEM COLA EM TODA A ÁREA QUE SERÁ COBERTA E
APLIQUEM O TECIDO OU O PAPEL.
• DEIXE SECAR.
• FAÇAM O MESMO PROCESSO COM A CAIXA.
• ENFEITEM A CAIXA DE ACORDO COM O GOSTO DE VOCÊS.
PODEM ESCREVER O NOME DA ESCOLA E COLORI-LO, FAZER
FAIXAS DE PAPEL COLORIDA NA TAMPA, ENFIM, USEM A
CRIATIVIDADE!
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3a ETAPA PESQUISA
A) CONVERSEM COM OS FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA SOBRE
FATOS MARCANTES QUE OCORRERAM NA ESCOLA. É
IMPORTANTE QUE VOCÊS REGISTREM OS SEGUINTES DADOS:
••O NOME DO FUNCIONÁRIO;
••O FATO: O QUE FOI E QUANDO OCORREU);
••E A RAZÃO QUE FAZ DESSE FATO MARCANTE.
B)REGISTREM TAMBÉM ACONTECIMENTOS VIVENCIADOS NO
DIA A DIA DA ESCOLA E QUE VOCÊS CONSIDERAM
IMPORTANTE GUARDAR PARA QUE AS PESSOAS, NO
FUTURO, CONHEÇAM UM POUCO DA HISTÓRIA VIVIDA E
CONSTRUÍDA PELOS ALUNOS. NÃO ESQUEÇAM DE ANOTAR
O ANO DESSES ACONTECIMENTOS, E O PORQUÊ OS
CONSIDERAM IMPORTANTES.
4a ETAPA PRODUÇÃO DOS TEXTOS
A) COM BASE NAS INFORMAÇÕES PESQUISADAS E
REGISTRADAS, CADA EQUIPE VAI ORGANIZAR AS
LEMBRANÇAS ELABORANDO FRASES OU TEXTOS SOBRE OS
FATOS LEMBRADOS. VOCÊS PODEM ILUSTRÁ-LOS TAMBÉM.
B) COLOQUEM OS TEXTOS DENTRO DAS CAIXAS DECORADAS,
FECHEM-NAS E ENTREGUEM-NAS PARA O PROFESSOR, QUE
IRÁ GUARDÁ-LAS EM ALGUM LOCAL DA ESCOLA PARA QUE
OUTROS ALUNOS, NO FUTURO, CONHEÇAM AS HISTÓRIAS
CONTADAS POR VOCÊS.
C) DE VOLTA À SALA DE AULA, ELABOREM UM TEXTO SOBRE A
SUA CAIXA DO TEMPO. VOCÊS GOSTARAM DE FAZÊ-LA?
LEIAM OS TEXTOS EM VOZ ALTA PARA QUE TODOS POSSAM
CONHECER A OPINIÃO DO TRIO SOBRE COMO FOI FAZER A
CAIXA DO TEMPO.
59
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UNIDADE
3
Continuando a
história... Pistas
do passado
Ontem eu ouvi
uma notícia na televisão
de que conservar o
Patrimônio Histórico, ou seja,
o conjunto de bens móveis e
imóveis do lugar onde
vivemos é uma questão
de cidadania.
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OP: explique aos alunos que a história dos lugares e das pessoas é contada por meio de
variados tipos de fontes, ressaltando que não são apenas os monumentos que devem
ser preservados, mas todos os saberes e experiências humanas, bens naturais ou
culturais, assim como a arte em todas suas manifestações, das eruditas às populares.
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J. L. Bulcão/Pulsar Imagens
Sobrados art déco e art nouveau na
Praça Anthenor Navarro, no centro
histórico de João Pessoa (PB), 2012.
É mesmo?
Mas qual é o
valor ou a
importância disso
para o nosso dia
a dia?
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Capítulo 1 - A História na nossa vida
Para começo de conversa...
ClassicStock / Alamy/Glow images
© Yuri Arcurs/Fotolia.com
A História estuda o ser humano no tempo. Abaixo você pode
observar imagens de mulheres em diferentes épocas exercendo
diferentes atividades.
Palê Zuppani/Pulsar Imagens
Executiva em uma reunião, 2009.
PAUL BROWN / Rex Features / Glow Images
Avó ensinando costura para
neta, 1970.
Secretária trabalhando em
escritório, 1981.
Mulheres passeando com seus filhos na
praça, 2014.
1.Ao analisar as imagens, procure destacar quais são as atividades que as
mulheres estão realizando.
OP: destaque que em diferentes períodos, as mulheres desempenham funções domésticas e de mães, mas
também trabalham fora de casa.
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2.Na sua opinião, todas as atividades representadas nas imagens têm a
mesma importância? Você acha que sempre foi assim?
OP: na década de 1960 ainda eram muito valorizadas as atividades ligadas ao lar como exclusivamente para as
mulheres. Na atualidade, homens e mulheres desempenham muitas atividades comuns a ambos os sexos.
Jonathan Larsen / Diadem Images / Alamy / Glow Images
As mulheres na História
As cidades, os povos e o modo de
viver das pessoas passam por
modificações com o tempo. Algumas
mudanças são muito rápidas; outras são
tão lentas que nem as percebemos.
Podemos observar: muitas
atividades que antes eram realizadas
apenas por homens, atualmente são
desempenhadas pelas mulheres.
Jogadora Marta, da seleção feminina
de futebol. O futebol profissional
feminino ganha cada vez mais
importância em todo o mundo.
Desde muitos anos, ao longo do tempo, houve uma grande
mudança na forma que as mulheres atuaram no mercado de trabalho,
em várias profissões, bem como na sociedade. Ao longo do século 20 as
mulheres foram adquirindo direitos, participando da vida pública, assim
como ganhando espaço no mercado de trabalho.
O aumento do número de mulheres que atualmente ocupam cargos
políticos e funções de grande responsabilidade em grandes empresas é
um exemplo disso.
No entanto, as mulheres ainda passam por grandes dificuldades
para conseguir conciliar suas funções no lar e no trabalho fora de casa.
Suas conquistas, em todos os setores, são devidas, principalmente, a
uma história de lutas, por meio das quais, aos poucos, as mulheres
foram garantindo seus direitos na sociedade.
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Pesquisando e aprendendo mais
1.Vamos fazer uma entrevista para que possamos entender como
o dia a dia das mulheres de sua família era antes e é atualmente.
ENTREVISTA
Faça as perguntas a seguir para seus pais ou para as pessoas com
as quais você mora e registre as respostas.
a) Quais eram as atividades que suas bisavós (as avós de seus pais)
faziam todo dia quando tinham a idade de sua mãe?
OP: possivelmente, serão discutidas atividades ligadas ao cuidado dos filhos. Podem ser citadas
atividades que eram mais difíceis antes do surgimento dos eletrodomésticos, que ocorreu por
volta de 1950.
b) Quais eram ou são as atividades que suas avós faziam ou fazem
todos os dias? Elas trabalhavam ou trabalham fora?
Resposta pessoal.
c) Quais são as atividades que sua mãe exerce na atualidade?
Ela trabalha fora de casa?
OP: nesta resposta podem aparecer algumas profissões prevalentes, como o magistério, a
medicina, a enfermagem, entre outras.
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2.Preencha o quadro a seguir com as informações.
Volte à página anterior e leia a resposta que você escreveu sobre
as atividades que as suas bisavós, avós e a sua mãe realizavam
e realizam no dia a dia. Depois, preencha o quadro com as
diferenças que você identificou entre as atividades exercidas por
elas ao longo dos anos e leve as resposta para a sala de aula.
Com ajuda do professor, monte com seus colegas um quadro
comparativo contendo as atividades realizadas no passado e
atualmente, que todos os alunos da sala trouxeram.
Atividades em casa
Bisavós
Avós
Mãe
Respostas pessoais.
Respostas pessoais.
Respostas pessoais.
Atividades profissionais
Respostas pessoais.
Respostas pessoais.
Respostas pessoais.
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Pistas do passado e o Patrimônio Histórico
Conforme você já viu, para entender o que ocorre em nossa história
precisamos entender a história de outras pessoas.
A História é ligada ao tempo e ao lugar em que vivemos e é o resultado
de vários fatos que já passaram. Seu estudo nos ajuda a entender melhor o
presente e como é importante a nossa participação nele.
Vitor 1234/W. Commons
Através dos tempos, os homens foram deixando sinais de sua
existência e por meio do estudo desses sinais é que os historiadores
conhecem a História.
Pintura rupestre
na Toca do
Boqueirão da
Pedra Furada,
São Raimundo
Nonato (PI).
Em vários pontos do Brasil,
como no Parque Nacional da Serra
da Capivara, achados arqueológicos
importantes ajudam a compor cada
vez mais a história do povoamento
do continente americano.
Arqueológicos: referente à Arqueologia,
ciência que estuda culturas e vidas do passado
por meio da análise de vestígios materiais.
Pintura rupestre: são as mais antigas
representações pintadas por homens em
cavernas e abrigos. Mostra, entre os
elementos, a caça e o cotidiano da época.
Na Toca do Boqueirão da Pedra Furada, no município de São
Raimundo Nonato, no sudoeste do Piauí, já foram encontradas centenas
de pinturas rupestres que representam aspectos do dia a dia, ritos e
cerimônias dos antigos habitantes da região, além de figuras de animais,
inclusive de alguns já extintos.
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Para refletir
1.Na região em que você vive existe algum sítio arqueológico?
2.Com orientação do professor, pesquise em sala de aula sobre os
RESPONDA
NO CADERNO
principais sítios arqueológicos do país e registre as informações no
para obter mais informações sobre os sítios arqueológicos do Brasil, acesse o
caderno. OP:
seguinte link: www.fumdham.org.br
A descoberta de ossos na Lagoa Santa, em Minas Gerais, no final do
século 19, revela que aquela região estava ocupada por grupos de
caçadores e coletores pré-históricos há mais de 12 mil anos.
Esses achados ajudam os cientistas e historiadores a entender
melhor as nossas origens, bem como dão uma ideia mais clara sobre
OP: essas pesquisas objetivam compreender de que
como se deu a ocupação da América. forma o homem chegou ao continente americano
(Américas do Norte, Central e do Sul) na Pré-História.
Esses sinais e vestígios são pistas que nos ajudam a conhecer o passado.
Podem ser restos de esqueletos ou pinturas rupestres, como nos
exemplos que vimos, ou podem, também, ser ruínas de construções, objetos
diversos, obras de arte, desenhos, cartas, textos impressos em livros etc.
Essas formas de registro são denominadas fontes históricas, sendo a
História contada principalmente pela análise delas.
Nós também produzimos fontes históricas. Guardamos objetos de
pessoas queridas porque, ao fazermos isso, guardamos lembranças que
têm significado para nós e para nossa história.
Esses objetos, as fotografias, nossos documentos pessoais, assim
como os documentos oficiais, os monumentos,
as manifestações culturais, entre tantos outros
Fontes históricas: são todos
vestígios, fazem parte do Patrimônio Histórico
os tipos de relatos escritos
deixados pelos humanos em
das pessoas, dos grupos e das nações.
forma de inscrições, cartas,
Assim, forma-se o Patrimônio Cultural, um
bem muito importante que recebemos de
herança e que ajuda a contar a história pessoal
e coletiva e, consequentemente, deve ser
guardado e protegido.
canções, documentos públicos,
entre outros. Existem, ainda, as
fontes que não são escritas, por
exemplo: pintura, escultura,
vestimentas, armas, músicas,
discos, filmes, fotografias etc.
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Pesquisando e aprendendo mais
1.Após ler o texto sobre o Patrimônio Histórico, reflita e responda
às questões:
a) A sua família ou as pessoas com as quais você convive guardam
algum objeto mais antigo? O que é?
OP: oriente os alunos a pesquisar em objetos que sejam bastante significativos para quem os
guardou. Alguns exemplos: roupas usadas em casamentos ou batizados, objetos que passaram
por várias gerações, entre outros.
b) Você sabe por que ele é guardado?
Você sabia?
O Programa Monumenta busca garantir condições de
sustentabilidade e preservação do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional, tendo o apoio da Unesco (sigla em
inglês de Organização das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura), fundada em 1946, que tem entre seus
objetivos colaborar para a preservação da memória e da
cultura. Sete cidades brasileiras foram selecionadas para
participar de um projeto com esse objetivo. As áreas
históricas escolhidas foram as de Ouro Preto, Olinda,
Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo.
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OP: apresente aos alunos os estados em que essas cidades estão localizadas. Se possível, traga para sala
de aula imagens de outros locais e cidades tombadas.
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Em 2002, somaram-se ao projeto novas cidades. Elas
foram selecionadas por especialistas em Patrimônio
Histórico, dentre uma lista de 101 áreas urbanas
tombadas em 83 municípios.
Atualmente, o programa contempla 26 cidades, muitas
delas inscritas na lista do patrimônio mundial da Unesco,
representando a diversidade brasileira e referências
essenciais no quadro da formação cultural do Brasil.
Disponível em: <www.monumenta.gov.br/site/?page_ id=164>. Acesso em: 10 fev. 2010.
Adriano3000/W. Commons
Cidade de Ouro Preto,
tombada como Patrimônio
Histórico Nacional e
também como Patrimônio
Histórico e Cultural da
Humanidade pela Unesco.
Ouro Preto (MG), 2010.
Tombada: colocada sob a
guarda do Estado para
conservação e preservação.
Diversidade: diferença.
1.Pesquise em sua casa quatro objetos que você considera importantes
PESQUISA
para servirem como registro do tempo, de sua história (fotos,
brinquedos, jogos, utensílios, roupas) e traga-os para sala de aula.
OP: oriente os alunos que podem ser fotos desses objetos.
a) Escolha dois deles e explique aos colegas por que esses objetos
poderiam contar sua história.
b) Com ajuda do professor, monte uma exposição na escola com os
objetos trazidos por você e seus colegas. Junto dos objetos, coloque as
explicações formuladas sobre por que eles podem contar a sua história.
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Capítulo 2 - A casa, uma pista no tempo
Para começo de conversa...
Você conhece a letra deste poema?
A casa
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque a casa
Não tinha parede
[...]
Mas era feita
Com muito
esmero
Na Rua dos Bobos
Número zero.
Vinicius de Moraes. A casa. In: Alexei Bueno (Org.). Poesia completa
e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998, p. 339.
Esmero: cuidado;
perfeição.
Ilustração de casa
com paredes
inacabadas e sem
telhado.
1. Esses são os versos do poema “A casa”, de Vinicius de Moraes. Lendo
o poema com atenção, tente imaginar como seria a casa descrita
por ele. Comente com os colegas.
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Emiliano Rodriguez / Alamy/Glow Images
Moradias
Você já viu uma casa
assim ou pelo menos
parecida com ela?
A casa que você vê
na fotografia começou a
ser construída em 1958
pelo artista plástico
Carlos Páez Vilaró.
Chamada inicialmente
de “La Pionera”, servia de
estúdio para o artista. As
pessoas que a conhecem
dizem que a casa de Vilaró
nunca foi terminada.
Passados muitos anos do
início de sua construção,
o artista continuava
aumentando-a.
Casa do artista plástico Carlos Páez Vilaró. Punta Ballena
(Uruguai), 2008.
Eram muitos
cômodos construídos
desordenadamente,
resultando nessa forma
que você pode observar
na imagem.
A construção da casa, iniciada a partir de uma estrutura de lata, foi
recebendo camadas de massa e sempre era pintada de branco.
Como ela é bastante diferente da maioria das construções da região,
essa casa desperta muita curiosidade nas pessoas e, na atualidade,
funciona como hotel.
A história dessa construção teria inspirado o poeta e escritor Vinicius
de Moraes a escrever o poema “A casa”, apresentado na abertura do
capítulo, em homenagem ao amigo Vilaró.
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Para refletir
OP: as respostas variarão de acordo com a experiência e com o gosto de cada aluno.
1.O poeta Vinicius de Moraes descreveu uma casa engraçada. O que
é uma casa engraçada para você?
a) Quais elementos você considera essenciais para essa casa?
b) Qual seria a função dessa casa engraçada?
2.Desenhe, no espaço abaixo, a casa que você imaginou.
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••Assim como a casa de Vilaró, algumas vezes podemos encontrar
RA/Acervo Editorial
outras construções um pouco diferentes das que costumamos ver
em nosso dia a dia.
Uma casa é, de modo
geral, uma estrutura construída
pelo ser humano cuja função
é tornar-se uma moradia,
uma proteção contra a chuva,
o vento, o calor e o frio. A
nossa casa é o nosso abrigo.
Casa em um sítio.
Curitiba (PR), 2010.
••No Brasil, existem muitos tipos diferentes de moradias. Um grande
G. Evangelista / Opção Brasil Imagens
número de pessoas, por exemplo, vive em edifícios muito
parecidos entre si, como os da imagem a seguir, localizados em
Salvador, na Bahia.
Atualmente, em boa
parte das cidades no mundo
inteiro, essa é uma forma de
construção muito comum
devido à preocupação das
pessoas com a segurança, e à
ocupação do espaço, que
está cada vez mais mais
reduzido. Nesses edifícios, as
pessoas moram em
apartamentos e, para viverem
ali, devem seguir algumas
regras para garantir a boa
convivência entre todos os
moradores.
Edifícios na cidade de
Salvador (BA), 2010.
A escolha dos modelos, do material e do tamanho das casas no Brasil
são diversos e variam muito de acordo com o região, o clima, o tipo do
terreno para a construção, o custo, entre outros fatores.
73
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••Na imagem abaixo podemos ver casas construídas sobre estacas,
às margens de um rio, e que são conhecidas como palafitas. Esse
tipo de construção já era utilizada nas habitações próximas aos
rios desde a Pré-História, há mais de 2 mil anos.
Inês Calixto/Pulsar imagens
Elas são construídas assim para proteger os moradores das enchentes
que ocorrem nos períodos de cheia dos rios.
Estacas: tipos de colunas
simples (pilar) fincadas no solo
para sustentar uma construção.
OP: ressalte para os alunos que as
palafitas amenizam o estrago das
enchentes, mas não os impedem
completamente.
Palafitas na Ilha do Combu
Belém (PA), 2011.
••Uma grande parte dos indígenas brasileiros constrói suas casas,
ainda hoje, como há mais de quinhentos anos. Contudo, as aldeias
não são todas iguais. De maneira geral, essas casas são bastante
resistentes, construídas com taquaras e troncos de árvores, e
cobertas de folhas de palmeiras ou palha. Essas moradias não
possuem janelas e sua ventilação ocorre por meio das portas e
frestas na madeira.
Renato Soares/Pulsar Imagens
O termo “oca” vem do tupi e é genericamente usado para designar
as casas indígenas, mas elas são diferentes entre si.
A disposição das ocas diz
muito sobre a organização das
tribos. Em alguns casos elas
são dispostas em círculos; em
outros, enfileiradas; e há, ainda,
o caso de uma oca grande
onde todos moram juntos,
como na imagem ao lado.
Moradia da aldeia Yawalapiti no
Parque Indígena do Xingu. Gaúcha
do Norte (MT), 2012.
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Pesquisando e aprendendo mais
1.Vamos fazer um passeio investigativo para observar os tipos de
moradias que existem no local onde você vive? Você pode seguir
esse roteiro e anotar as seguintes informações:
a) Observe qual o tipo de material é mais usado nas construções
das moradias.
OP: é importante lembrar aos alunos que esse passeio deve ser feito em companhia de um
adulto. Se os alunos tiverem dificuldade para realizá-lo, veja a possibilidade de organizar o
passeio em torno da escola, com autorização da direção e dos pais, e os acompanhe.
b) Analise se as moradias são todas parecidas. Caso não sejam,
registre quais são as diferenças que lhe chamaram atenção.
Você pode falar do número de andares, de janelas, das cores.
Respostas pessoais.
c) Reflita se elas aparentam ser construções recentes ou mais
antigas. Registre suas conclusões.
Respostas pessoais.
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d) Escolha duas dentre elas e descreva como você imagina que
vivem as pessoas nesses locais.
Respostas pessoais.
RESPONDA
ORALMENTE
e) Em sala de aula, com a orientação do professor, troque as suas
anotações com os colegas e converse com eles sobre como a
moradia das pessoas pode contar um pouco da história do
converse com os alunos sobre como os materiais
tempo em que elas vivem. OP:
utilizados nas construções podem contar um pouco da
realidade climática ou do local onde foram construídas. Outros elementos, referentes às formas de construção,
também podem refletir traços da história dos moradores, como a quantidade e disposição dos cômodos etc.
OP: é importante ressaltar aos alunos que a nossa casa representa
uma série de elementos e valores. Saliente também que a
expressão “lar” tem uma conotação mais afetiva e pessoal, sendo
normalmente associada à família.
Aprender fazendo
Destaque que numa casa pode haver espaços sociais (sala de estar, terraço, sala de
jogos, de jantar), espaços íntimos (banheiro, quartos) e de serviço (cozinha, lavanderia),
mas é na relação entre as pessoas que ali moram que consiste o verdadeiro lar,
independentemente da beleza, dos luxos e dos objetos que ali existem.
1.Desenhe o local onde você mora em uma folha de papel. Dê atenção
aos detalhes. Não se esqueça de retratar o que existe em torno da
moradia, como o jardim, as árvores, a cerca ou o muro e outros
elementos, se houver. Em seguida, escreva uma frase a respeito dela
e das pessoas que moram ali.
2.Exponha seu trabalho no mural da sala de aula. Você e seus colegas
podem observar como cada um retratou a sua moradia. Mesmo
morando em um apartamento ou uma casa, todos os desenhos serão
iguais ou terão características diferenciadas?
Conversem e analisem as diferenças.
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Outras casas, outras histórias
Rubens Chaves/Pulsar Imagens
Cesar Diniz/Pulsar Imagens
OP: as imagens aqui expostas serão exploradas a seguir.
Caxias (MA), 2014.
Gerson Gerloff/Pulsar Imagens
Cesar Diniz/Pulsar Imagens
Laranjeiras (SE), 2007.
Paramirim (BA), 2014.
Ibirama (SC), 2013.
As imagens acima mostram diferentes moradias. Observe-as
novamente e note as diferenças entre elas.
OP: se possível, traga para sala de aula imagens de outros tipos de casas e mesmo moradias que
indiquem características de algumas localidades, como edifícios de luxo das grandes capitais, moradias
indígenas, entre outros.
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••Vamos conhecer algumas moradias no Brasil?
••No sul do país, nas regiões com grande número de imigrantes
alemães, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, é possível
encontrar casas como essa da fotografia, construídas para ter
longa durabilidade e proteger seus moradores do frio característico
dessas regiões. No entanto, essas não são as construções padrões
nesses estados, onde muitos outros tipos de moradias podem ser
encontrados.
Gerson Gerloff/Pulsar Imagens
A arquitetura enxaimel,
um dos traços mais visíveis
da colonização alemã, pode
ser observada em diversas
cidades catarinenses e
gaúchas. Ela caracteriza-se
por seus grandes telhados e
pela madeira aparente na
fachada.
Ibirama (SC), 2013.
OP: na aula de Ciências, resgate esse conteúdo ao falar dos diferentes climas
no Brasil e da forma que as pessoas podem se proteger do frio ou do calor.
••As casas de pau a pique, por sua vez, são muito simples,
geralmente construídas nas estradas, nas proximidades das
cidades de interior e em sítios ou chácaras.
As paredes desse
tipo de moradia são
levantadas com barro
e varas retiradas de
árvores, sendo que os
telhados podem ser
feitos de: palha; com as
próprias varas e o barro;
ou, na atualidade, com
telha comum.
Cesar Diniz/Pulsar Imagens
Essa técnica de construção é antiga e encontrada em todo Brasil,
consistindo no entrelaçamento de madeiras verticais fixadas sob vigas
horizontais, geralmente de bambu, amarradas por cipós, e depois os
espaços são preenchidos com barro, transformando-se em paredes.
Caxias (MA), 2014.
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••Ainda exemplificando tipos de construções que serviam e servem
Rubens Chaves/Pulsar Imagens
de moradia no Brasil, vemos a imagem de um casario antigo na
cidade de Laranjeiras, no estado de Sergipe. Por conta da beleza
das ruas e igrejas, bem como pelos casarios construídos em
modelo português entre os séculos 17 e 19, a cidade foi tombada
pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1996.
Laranjeiras
(SE), 2007.
••Na atualidade, muitas pessoas vivem no campo e têm suas
OP: destaque que, por oferecer um estilo de vida
mais tranquilo, algumas pessoas optam por deixar a
cidade e viver no campo.
Cesar Diniz/Pulsar Imagens
atividades ligadas à rotina rural.
Paramirim
(BA), 2014.
79
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Aprender fazendo
1.Vamos pesquisar sobre os diferentes tipos de moradias.
a) Pesquise em jornais, revistas ou outras fontes imagens de casas de
outras partes do Brasil.
PESQUISA
b) Pesquise, também, alguma notícia relacionada ao bairro, à cidade
ou à região das casas.
c) Escolha uma delas, recorte-a e leve-a para a escola junto com a
notícia que você pesquisou.
2.Com os demais colegas, elabore um texto coletivo, com a orientação
RESPONDA
NO CADERNO
do professor, referente aos tipos de casas encontrados (casas térreas,
sobrados, apartamento, etc.) e quais as características das casas que
foram destacadas. Registre no caderno o texto coletivo.
Para refletir
1.Agora, você vai pensar sobre qual é a imagem que vem à sua
RESPONDA
ORALMENTE
mente quando ouve a palavra “casa”.
a) No que você pensa? Lembra de algum cheiro? Pensa nos
móveis, nos objetos e nas cores?
b) Lembra de algum lugar especial? Qual?
c) Você tem recordações de outras casas? Quais?
2.A casa onde vivemos conta a nossa história. Realize um passeio por
sua casa e faça de conta que é a primeira vez que entra nela. Olhe
tudo e veja do que mais gosta. Depois, reúna-se com seus colegas
para contar e ouvir sobre como foi esse passeio que cada um fez
por onde mora.
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1.Neste capítulo pudemos ler textos e informações sobre as moradias,
alguns tipos de moradias e os materiais utilizados nessas construções.
Retorne ao texto do capítulo, reflita e responda.
a) Os modelos de moradias apresentados representam a maioria das
casas nessas regiões?
OP: oriente uma conversa e uma pesquisa a fim de comprovar aos alunos que as moradias apresentadas
caracterizam modelos diferentes, mas não únicos nem dominantes nos estados abordados.
b) Na região onde você vive, existe algum modelo de construção que
RESPONDA
ORALMENTE
predomina? Em que sentido?
c) Você pôde observar que as casas representadas no decorrer do
capítulo são diferentes na sua forma e nos materiais com os quais
foram construídas. Escreva, de acordo com a sua opinião, o porquê
dessas diferenças, tendo como referência o clima, o local e a época
em que foram construídas.
OP: o aluno pode aproveitar as informações presentes no texto ou pode ser orientado a ampliar seu
conhecimento procurando outros dados em livros e na internet.
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UNIDADE
4
Outros espaços
de convívio
Nossa! Como as ruas
estão movimentadas!
Será que todas as ruas
são iguais?
Marginal do Rio Pinheiros com tráfego
de veículos intenso. São Paulo (SP), 2011.
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Daniel Cymbalista/Pulsar Imagens
Você não acha
que algumas ruas
podem ter menos
movimento?
OP: destaque para os alunos o quanto é importante conhecer a história dos lugares que lhes são significativos,
como a rua onde moram, permitindo, assim, que se reconheçam também como parte da história. É importante
destacar que a preservação e conservação dos espaços públicos é de responsabilidade de todos os cidadãos.
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Capítulo 1 - A rua e seus personagens
Para começo de conversa...
Se esta rua, se esta rua fosse minha,
Eu mandava, eu mandava ladrilhar,
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante,
Só pro meu, só pro meu amor passar.
Se esta rua, se esta rua fosse minha,
Eu mandava, eu mandava iluminar,
Com a luz, com a luz que eu roubaria,
De uma noite, de uma noite de luar.
Se eu roubei, se eu roubei teu coração,
É porque tu roubaste o meu também.
Se eu roubei, se eu roubei teu coração,
É porque, é porque te quero bem.
Ladrilhar: colocar
ladrilhos, peças de
cerâmica, barro ou
cimento em paredes
ou pisos.
(Cantiga popular). Recontada pela autora.
Ilustração de crianças dançando ciranda.
84
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1.Você costuma brincar com seus amigos de cantigas de roda?
RESPONDA
ORALMENTE
2.Você já conhecia a cantiga “Se esta rua fosse minha”? Trata-se de uma
cantiga de roda. Que outras cantigas você conhece?
3.Quais os sentimentos que essa cantiga trouxe para você? Comente com
os colegas.
A rua
A rua é um espaço público usado para a circulação das pessoas nas
cidades, vilas e povoados.
Em muitas regiões, as ruas podem servir como locais de lazer, em
que as crianças brincam e os moradores se encontram para conversar,
ou elas podem ser, também, apenas o local por onde muitas pessoas
passam para chegar a outros lugares.
Mauricio Simonetti/Pulsar Imagen
Edson Grandisoli/Pulsar Imagens
OP: mais informações no Manual do Professor sobre as comunidades quilombolas.
Viaduto metroviário na Avenida Bonocô ou
Avenida Mário Leal Ferreira. Salvador (BA),
2011.
Crianças quilombolas brincando de taco
em rua de terra no Quilombo Pedro Cubas.
Eldorado (SP), 2013.
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© Albert Cheng/Fotolia.com
Interação entre os homens: influência mútua.
Estabelecer limites de velocidade em
determinados locais ajuda a
prevenir acidentes.
Vava Vladimir Jovanovic/Shuttestock
Na maioria das localidades e das
cidades são estabelecidas regras a
serem seguidas para que haja ordem
e segurança nas ruas. Elas existem
para garantir o bom funcionamento
do trânsito e o respeito entre
aqueles que passam por ali.
João Prudente/Pulsar Imagens
Tudo o que vemos no ambiente em que vivemos faz parte da
paisagem. As paisagens são formadas pelos elementos naturais e pelos
elementos culturais, também chamados de humanizados, pois é o ser
humano que produz as principais transformações nas paisagens, buscando
atender às necessidades do seu cotidiano.
Os elementos naturais são aqueles que foram criados pela natureza,
como as montanhas, os rios, a vegetação nativa, entre outros.
Desse modo, os espaços geográficos são resultantes da relação entre
os seres humanos e a natureza.
Nos espaços urbanos fica mais evidente essa interação entre os
homens e a natureza. Veja o exemplo das ruas de nossas cidades. Com
o passar dos anos, elas sofreram, e ainda sofrem, grandes mudanças.
Muitas dessas mudanças foram determinadas pelo aumento no trânsito
de veículos, gerando, assim, mudanças relacionadas a aspectos físicos,
bem como ao comportamento das
pessoas.
Atravessar na faixa e respeitar o sinal vermelho para pedestres são medidas de educação
no trânsito.
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Para refletir
1.Cuidar da conservação das ruas de onde moramos é uma forma
de exercer a cidadania, pois estamos respeitando todos que por
ali transitam.
Releia a cantiga de roda apresentada no início do capítulo. Reflita
se atualmente podemos ter uma rua só nossa.
2.Escreva o que você faria se a sua rua fosse só sua.
OP: nesta resposta os alunos podem apontar soluções para problemas que percebem na
rua ou proximidades de onde vivem.
3.Desenhe a rua dos seus sonhos e não esqueça de dar um nome
para ela. Com a ajuda do professor, forme um grande grupo e
apresente o seu desenho para os demais colegas da sala de aula.
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Aprender fazendo
OP: reforce muito com os alunos sobre o respeito às regras de trânsito como um
exercício de cidadania, tanto para motoristas como para pedestres.
Que tal refletir um pouco sobre o comportamento das pessoas no
trânsito? OP: aproveite os dados dessa pesquisa e, na aula de Matemática, ensine os alunos a analisá-los e
quantificá-los.
1.Forme um grupo de trabalho com três colegas de sala e com a
ENTREVISTA
orientação do professor, sua equipe deve formular algumas perguntas,
como as questões a seguir, para fazer entrevistas com pessoas de mais
de dez anos e com adultos que sejam motoristas:
a) O que você faz para não se envolver em acidentes de trânsito?
OP: mais informações sobre o Código
b) Você respeita a faixa de pedestres?
de Trânsito no Manual do Professor.
c) Você atravessa a rua fora da faixa?
d) Você presencia muitos desrespeitos às leis do Código de Trânsito?
e) Você já sofreu algum tipo de acidente no trânsito?
2.Anotem as respostas e depois façam uma síntese em colunas,
destacando quantas pessoas responderam sim e não para as questões.
Sim
Não
a)
b)
c)
d)
e)
3.Com base nos dados obtidos, produzam cartazes destacando as regras
de segurança que todos devem seguir para evitar acidentes e colaborar
para um trânsito mais solidário. Organizem, também, uma exposição na
escola para os demais alunos e para os pais.
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A rua e os vizinhos
Próximo às nossas residências existem outras casas ou apartamentos
onde moram pessoas que podemos chamar de vizinhos.
Às vezes, os vizinhos se conhecem, estudam ou brincam juntos.
Em muitos casos, eles se ajudam e se tornam amigos.
Buscando proteção, os seres humanos sempre procuraram viver
perto uns dos outros. Assim podemos nos sentir mais seguros,
acreditando que, se for preciso, teremos a ajuda de alguém.
Pense na forma como você
e as pessoas com as quais mora
se relacionam com seus vizinhos.
Existem outras crianças com
quem você costuma brincar?
Vocês se sentem seguros para
brincar nas ruas?
sonya etchison/Shutterstock
Do mesmo modo, é comum
que se desenvolvam sentimentos
de integração e de afinidade
entre os vizinhos.
Crianças vizinhas passeando na rua de
um condomínio.
Para refletir
1. Cada um de nós, com os nossos vizinhos, formamos uma
comunidade, ou seja, um grupo de pessoas que normalmente têm
alguns objetivos em comum, como segurança, preservação do
local da moradia, respeito e limpeza da rua, visando, com isso, ao
bem-estar no local onde vivemos. Reflita e registre:
a) Você mora em um apartamento ou em uma casa?
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b) E como é a convivência com seus vizinhos? Existem problemas? Quais?
OP: os alunos podem retratar alguns problemas relacionados ao barulho, ou questões de segurança,
mas podem também dizer que a convivência é tranquila.
c) Os seus vizinhos se organizam para resolver esses problemas?
2.Converse com seus colegas e com a ajuda do professor, montem um
RESPONDA
ORALMENTE
texto coletivo com as soluções dos problemas levantados. Cada
aluno pode levar uma cópia do texto para casa e apresentá-lo à sua
família, com o objetivo de que as soluções sejam utilizadas em sua
casa ou condomínio.
Pesquisando e aprendendo mais
OP: neste conjunto de atividades os alunos poderão refletir sobre mudanças e permanências no entorno da
localidade em que moram, refletindo principalmente sobre as condições físicas e respeito ao pedestre das
1.Resgatando a atividade “Para refletir” da página 89, faça uma
entrevista com um adulto da sua casa, perguntando sobre as
ENTREVISTA lembranças que ele tem da rua que morava quando criança. Peça
que ele descreva como ela era e que mudanças aconteceram no
ruas que conhecem, exercitando, assim, a prática da cidadania e o compromisso com o
local.
local onde vivem, inclusive envolvendo os adultos nesse processo.
RESPONDA
NO CADERNO
a) Anote as respostas no caderno.
b) Em sala, leia suas anotações para os colegas.
c) Por fim, com a sua pesquisa e os relatos dos colegas, faça um
pequeno texto no caderno, concluindo como as ruas de sua
cidade mudaram e quais foram os pontos positivos e negativos
dessas mudanças.
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Os nomes das ruas e dos lugares
Você sabe qual o nome da rua onde você mora? Sabe por que ela
tem esse nome?
Vários são os motivos que determinam o nome de uma rua.
Às vezes, o nome vem de alguma característica que ela tem, como
Rua dos Alfaiates, Rua de Cima, Rua do Pinheiro.
Outras têm seu nome ligado a algum fato que ocorreu no local e
conservam a grafia da época em que o fato ocorreu.
Renato S. Cerqueira/Futura Press
OP: destaque que essa rua ainda existe e seu nome possui a mesma grafia. A grafia dos nomes das ruas não
é atualizada.
Rodolpho Machado / Opção Brasil Imagens
No início do século
20 a grafia de
algumas palavras era
diferente. Triunfo se
escrevia Triumpho,
como podemos ver
na placa da rua.
Na imagem da
esquerda vemos a
placa da Rua do
Comércio, na cidade
de Paraty (RJ).
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Assim como o nome das ruas,
o nome das praças, dos parques
ou mesmo dos bairros pode ser
escolhido a partir do nome de um
morador, de uma pessoa famosa ou
importante, como de um político,
artista, escritor, entre outros, como
no caso da rua Vinicius de Moraes,
no Rio de Janeiro, que homenageia
o famoso poeta e compositor
brasileiro. Outras ruas recebem o
nome de uma profissão ou do tipo
de comércio que se fazia no local.
Roberto Agápio / Opção Brasil Imagens
Há também as ruas que recebem nomes de santos, como a Rua São
Francisco, a Rua São João e tantas outras.
Rua Vinicius de Moraes, no Rio de Janeiro (RJ).
Desse modo, muitos lugares ficaram conhecidos como: Praça da
Botica, Largo do Ferreiro, Calçadão do Camelô, Rua das Flores, Rua da
Quitanda, Rua do Comércio, Beco do Padilha, entre tantos outros.
As ruas também podem ficar marcadas na vida das pessoas que
guardam na memória muitas histórias e experiências que ali viveram.
Quando isso acontece, as pessoas podem manter alguma relação
com a rua onde moram, que se reflete na tentativa de conservar as
fachadas tradicionais das casas, preservar plantas e árvores etc.
Você sabia?
Com o crescimento dos bairros e
das cidades, a função de dar nomes aos
logradouros públicos passou a ser da
Câmara dos Vereadores de cada município.
Logradouro: lugar, como ruas,
praças, jardins etc., mantidos pelo
poder público, para uso de todos.
A principal função dessa medida foi a necessidade de criação de
um cadastro oficial para a cobrança de impostos, uma vez que, com
a falta desses dados, ficava mais difícil a cobrança das taxas e dos
impostos dos moradores.
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Para refletir
1.O texto do capítulo nos leva a refletir sobre o porquê de uma rua ter
um determinado nome e outra ter outro. O mesmo acontece com
as praças, os parque e os bairros. Agora, responda às questões:
Respostas pessoais.
a) Você sabe o nome da rua onde mora? Escreva-o.
2.Na sua cidade existem ruas com nome de serviços e profissões?
Pesquise na internet e registre aqui quais as ruas que receberam
nomes de profissões.
3.Apresente para a turma a sua observação e descrição sobre a rua
RESPONDA
ORALMENTE
onde mora, explicando também como ali se pode perceber a
preservação do meio ambiente e da memória.
4.Com a ajuda do professor, forme um grupo com mais três colegas
para a montagem de cartazes sobre a preservação do meio
ambiente. Depois, cole-os no mural da escola para que os demais
alunos, ao visualizá-los, compreendam a importância da preservação.
OP: nesta atividade os alunos podem refletir sobre o tema da preservação do meio ambiente por meio da
manutenção e cuidado com as árvores, jardins e praças nas proximidades.
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Agora é sua vez de escrever a história do nome da sua rua.
1.Pesquise sobre a origem do nome da sua rua e por que ela tem
esse nome específico. Essa pesquisa pode ser realizada no site da
Câmara de Vereadores do município ou na sede da Câmara
Municipal de sua cidade.
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Capítulo 2 - Meu endereço e outras histórias
João Prudente/Pulsar Imagens
Para começo de conversa...
Rua Joaquim Nabuco. Criciúma
(SC), 2012.
MSLB
Gerson Gerloff/Pulsar Imagens
Vila do Treme. Zona rural de Bragança (PA), 2013.
Beco das Viúvas. Triunfo (PE), 2012.
“Uma das condições básicas para o exercício da
cidadania é ter um endereço regularizado,
oficializado e denominado.”
Diário Oficial do Município de São Paulo, São Paulo, 28 dez. 1991.
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1.Observe atentamente as fotografias e a frase da página anterior. Na sua
opinião, o que elas retratam? Registre nas linhas abaixo.
OP: estimule os alunos a irem além de “ruas”, para refletirem sobre os endereços e casas, tendo em vista a
frase exposta na abertura do capítulo.
2.O que significa ter “um endereço regularizado, oficializado e denominado”?
RESPONDA
ORALMENTE
Converse com seus colegas e seu professor sobre isso, registrando aqui
a sua conclusão.
Respostas pessoais.
3.Reflita sobre a citação da página anterior. Qual a relação entre endereço
e cidadania?
OP: espera-se que os alunos reflitam sobre os direitos básicos de cada cidadão.
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Os bairros
A maioria das cidades é dividida em bairros. Essa divisão facilita a
administração dos serviços públicos e a orientação das pessoas na cidade.
As ruas, os bairros e as cidades mudam bastante ao longo do
tempo. Muitas vezes não percebemos essas mudanças, mas elas estão
acontecendo sempre e interferem na vida de todos nós.
Alguns bairros revelam parte da identidade das cidades por
possuírem características muito típicas.
Alexandre Tokitaka/Pulsar Imagens
No bairro do Bixiga, na cidade de São Paulo, há importante presença
de imigrantes italianos e seus descendentes.
OP: aproveite essa temática
para ser explorada também
nas aulas de Ciências (no
que toca à emissão de
poluentes) e na aula de
Geografia (ao falar da
organização do espaço
urbano).
Cantina italiana, no
bairro do Bixiga.
São Paulo (SP), 2014.
Catarina Belova/Shutterstock
Ipanema, no Rio de Janeiro, é um bairro frequentado por artistas e
escritores desde os anos 1960.
Ipanema. Rio de
Janeiro (RJ), 2012.
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Podem existir diversos tipos de bairros, como:
••Os bairros residenciais são aqueles em que predominam casas ou
Cesar Diniz/Pulsar Imagens
prédios onde as pessoas moram. Nesses bairros podem ser
encontrados conjuntos de casas ou mesmo um grande número de
condomínios residenciais, e são poucos os serviços e
estabelecimentos comerciais nas proximidades.
OP: o zoneamento das
indústrias, devido à
questão dos poluentes, é
regido por legislações
federais, estaduais e
municipais. Consulte a Lei
Federal nº 6.803, de 1980,
e a que rege o seu
município nesse sentido,
a fim de trazer mais
informações aos alunos.
Vila da Dignidade
no bairro D. Mathias.
Ruy Barbosa (BA),
2014.
•• Os bairros industriais são aqueles onde normalmente se concentra
Ale Ruaro/Pulsar Imagens
um grande número de indústrias. Na maioria dos casos, esses bairros
são mais afastados da região central das cidades, até mesmo por,
ainda hoje, algumas indústrias emitirem poluentes que podem ser
prejudiciais à saúde. Outro motivo desse afastamento é que muitas
indústrias precisam de um grande espaço para estocar sua produção.
OP: aproveite, essa
temática para ser
explorada também nas
aulas de Ciências (no
que toca à emissão de
poluentes) e na aula de
Geografia (ao falar da
organização do espaço
urbano).
Distrito Industrial
de Caxias do Sul
(RS), 2013.
98
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••Os bairros comerciais são aqueles em que predominam o
João Prudente/Pulsar Imagens
comércio e serviços. Neles há uma grande concentração de
mercados, quitandas, feiras, farmácias, lojas de roupas, edifícios
de escritórios, shoppings, entre outros.
O complexo
Ver-o-Peso, no centro
histórico de Belém,
contempla o Mercado
de Ferro e do Peixe e
também o Solar da
Beira. Belém (PA), 2013.
Luciana Whitaker/Pulsar Imagens
Atualmente, devido ao crescimento das cidades, alguns bairros
passam a funcionar independentes dentro de uma grande cidade.
São bairros em que se concentraram, próximos às regiões residenciais,
áreas comerciais e de serviços, faculdades e escolas, entre outros.
Vista aérea dos
bairros São Mateus,
Dom Bosco e
Centro. Juiz de
Fora (MG), 2014.
Nesse caso, seus moradores podem trabalhar e estudar no próprio
bairro, pois lá encontram todos os serviços de que precisam.
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Pesquisando e aprendendo mais
1.Você acabou de ler textos que falam que as cidades são divididas em
diferentes tipos de bairros. Agora vamos conhecer a história do seu
bairro. Para isso, siga estes passos:
PESQUISA
a) Procure saber como surgiu seu bairro conversando com moradores
ou com donos de estabelecimentos comerciais que estão no bairro
há mais tempo.
b) Por que o bairro tem esse nome?
c) Quais foram as primeiras construções e em que época foram feitas?
2.Procure fotografias do seu bairro com seus familiares ou faça um
desenho retratando algum local que você considere importante ou
do qual mais goste. Depois, cole-os no papel de sua pesquisa e crie
legendas para essas imagens.
3.Com a ajuda do professor, você e seus colegas de sala vão organizar no
quadro de giz uma lista dos bairros descritos e elaborar uma frase para
cada um deles, ressaltando alguma característica que o destaca dos
oriente a produção das frases que
demais. Copie essas frases em seu caderno. OP:
identificam os bairros, apresente os textos
e legendas das páginas anteriores e retome a ideia da construção de uma legenda.
4.Pesquise um mapa da sua cidade, com a demarcação dos bairros, e
traga a imagem dele para sala de aula. Em grupos, pesquisem alguns
bairros que sejam residenciais, outros comerciais, outros industriais etc.
Indiquem uma cor para cada tipo de bairro e pintem no mapa, criando
uma legenda correspondente. OP: a atividade 4 pode ser realizada em outro momento. É
100
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interessante desenvolver essa atividade de forma integrada
com os conteúdos de urbanização, trabalhados na disciplina de Geografia.
Auxilie os alunos na pesquisa do mapa. Se possível, traga o mapa para sala de aula, em tamanho maior, e
faça a turma toda trabalhar nele. Oriente os alunos quanto à construção da legenda. Você encontrará
informações sobre isso no Manual do Professor.
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Enviando cartas
Como uma carta chega ao seu destino? Você sabe para onde ela vai
quando a colocamos no correio?
Como o carteiro sabe para onde deve levar as cartas e os pacotes
que tem que entregar?
Por que colocamos selos nos envelopes?
© Acervo Laeti Imagens
Observe a gravura de uma carta enviada na década de 1970.
Carta enviada em 1977.
Para refletir
1.Qual foi a data exata do envio dessa carta?
OP: auxilie os alunos a
encontrar a data de envio
no carimbo.
RESPONDA
NO CADERNO
2.O que você acha que representa a imagem retratada no selo?
3.Pela forma como esse envelope está preenchido, trata-se de uma
carta pessoal ou comercial?
4.O que significam os números escritos à mão?
O endereço é composto por um sistema de referências, como: nome
do destinatário, nome da rua, número da casa, bairro, cidade, estado e
pelo Código de Endereçamento Postal, o CEP.
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Acervo Editorial
Que tal descobrirmos um pouco mais sobre o assunto?
Então, vamos ao trabalho!
A rua, a cidade e o estado compõem o CEP.
O CEP é um sistema de códigos que visa facilitar a entrega de
correspondências de acordo com a divisão do país em regiões postais.
O CEP brasileiro foi criado em 1972. No início, ele tinha apenas cinco
dígitos, mas atualmente o CEP é composto por oito dígitos, sendo cinco
de um lado e três de outro.
Confira essas informações no exemplo da carta a seguir:
1
2
3
1.Nome da pessoa para quem está sendo enviada a carta: Telma
Conceição Soares
2.Endereço: Rua Cajueiro, 1053, ap. 12. Vila Bonita, Machadinho – RO
3.CEP: 78948-000
No CEP 78948-000, temos:
7 = número que identifica os estados, divididos em regiões postais;
8 = número que identifica a Região Norte do país;
9 = número que identifica o município, no caso, Machadinho;
4 = número que identifica os logradouros ou bairros;
8 = número que identifica a característica especial da rua (antiga,
longa, residencial, comercial);
000 = números que identificam as ruas da cidade, no caso,
a Rua Cajueiro. Apenas localidades com mais de 50 mil habitantes
têm CEP por logradouro. Cidades pequenas têm CEP geral ou
genérico, caracterizado pelos número 000 após o traço.
102
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Charles Edwin Wilbour/W. Commons
Ao longo dos séculos, os sistemas de comunicação entre as pessoas
se desenvolveram muito, desde a troca de sinais (com batidas em tambores
ou sinais de fumaça) aos atuais recursos do envio de mensagens, em segundos,
pelo computador ou telefone.
As primeiras cartas eram cunhadas em pedras, argila e rolos de papiro.
O seu transporte e entrega eram feitos por mensageiros, levadas a
pé, a cavalo, em carroças ou por meio de barcos e navios. Era um trabalho
difícil, devido às distâncias, e muito caro.
O uso do selo tinha um sentido mais amplo.
Tratava-se de um sinete ou um lacre com a marca de quem estivesse
enviando a mensagem.
Com o correr dos tempos, a correspondência deixou de ser um
privilégio de poucos e os avanços no envio de mensagens foram
fundamentais para a integração das pessoas e dos países.
A criação de um sistema organizado de correios, como conhecemos
hoje, aconteceu na Inglaterra, em 1839, por meio da implantação do uso
dos selos postais comuns em todas as cartas e pacotes enviados. Desse
modo, ficava garantido o pagamento pela entrega da correspondência.
Depois de colado, o selo era carimbado para não ser reutilizado.
Os selos postais, inicialmente,
foram criados para a postagem de
correspondências. Com o tempo,
passaram a divulgar informações
importantes sobre os países,
prestando também homenagem a
personalidades nacionais.
Cunhadas: impressas.
Sinete: carimbo; utensílio gravado em alto ou
baixo-relevo, utilizado para imprimir no papel ou
no lacre.
Lacre: mistura de substância resinosa com corante
usada para fechar cartas, garrafas etc.
Carta em papiro da casa de Ananias
Dá Yehoishema, 402 a.C.
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A circulação da primeira emissão postal brasileira ocorreu no dia 1o de
agosto de 1843, com a série chamada “Olho de boi”. De lá para cá, notou-se,
além de uma evolução no modelo comercial do serviço de distribuição de
cartas, uma inovação na arte da produção dos selos, nos temas e nos
processos gráficos, tornando-os cada vez mais atraentes e populares.
Até 1968, a grande maioria dos selos comemorativos brasileiros tinha
impressão em uma só cor. A partir daí, o processo de impressão evoluiu
bastante, principalmente, em relação ao tipo de papel, às técnicas
utilizadas e aos mecanismos de segurança contra falsificações.
Selo de 1988, em homenagem ao
centenário de poesias de Olavo Bilac.
Fonte: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
Selo de 1960, em
homenagem à inauguração
de Brasília.
Fonte: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
Selo de 1974, que
divulgava as lendas
populares brasileiras.
Fonte: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
Selo de 1972, em
homenagem à 4a
Exposição
Interamericana de
Filatelia.
Fonte: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
Fonte: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
Observe alguns modelos de selos utilizados no Brasil.
Selo de 1970, em comemoração
à Copa do Mundo de Futebol,
no mesmo ano.
104
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Você sabia?
O Brasil foi o segundo país a emitir selos com validade nacional.
Em 1843, o Imperador D. Pedro II mandou fazer a primeira série de
selos e, em 1866, foram produzidos os primeiros selos com imagens de
personalidades, os quais estampavam o seu rosto.
A primeira série de selos comemorativos brasileiros foi lançada
em 1o de janeiro de 1900, para celebrar os quatrocentos anos da
chegada dos portugueses ao Brasil. Foram feitos 400 mil selos que
circularam pelo país nas correspondências enviadas.
As estampas colocadas nos selos, ao longo dos anos, são um
importante retrato da História do Brasil.
Os selos perpetuam a História e divulgam muito sobre a cultura e os
acontecimentos que um país acumula ao longo de sua trajetória.
Como você pôde observar nos exemplos da página anterior, muitas
vezes são retratados acontecimentos relativos ao ano de lançamento das
séries dos selos, como o selo de 1974 (Copa do Mundo), 1960 (fundação
da capital federal – Brasília) ou as imagens remetem a personagens do
folclore, da História ou da cultura brasileira, como o saci-pererê, uma
palafita, a homenagem ao reservista, ao centenário de poesias de Olavo
Bilac, entre outros.
A filatelia brasileira foi responsável pelo primeiro selo do mundo com
legendas em braile, emitido em 1974.
Reservista: indivíduo que faz parte do conjunto de tropas disponível para lutar ou ser convocado
pelas Forças Armadas, Exército, Marinha ou Aeronáutica em caso de necessidade ou urgência.
Filatelia: prática de estudar e colecionar selos postais.
Braile: o Braille é um alfabeto convencional cujos caracteres são representados por pontos em alto-relevo.
O deficiente visual distingue-os por meio do tato. A partir dos seis pontos relevantes, é possível fazer
63 combinações que podem representar letras simples e acentuadas, pontuações, números, sinais
matemáticos e notas musicais.
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Aprender fazendo
1.Agora que você aprendeu sobre como preencher um envelope de carta
RESPONDA
NO CADERNO
e o que é necessário para enviá-la, bem como sobre a importância do
selo, ou seja, agora que você aprendeu uma nova forma de se
comunicar, escreva no caderno:
a) Qual foi o meio criado pelo sistema de correios para garantir o
pagamento pela entrega da correspondência?
Foi a implantação do uso obrigatório do selo em todas as cartas e pacotes enviados.
b) Por que os selos são carimbados depois de serem colados
nas cartas?
Para se evitar que sejam reutilizados em novas correspondências.
c) Faça um pequeno resumo sobre como foi a evolução da produção
de selos no Brasil.
2.Agora você pode escrever e enviar uma carta. Com a ajuda do
professor, escreva uma carta para alguém que você conheça. Em
seguida, preencha o envelope com todas as informações necessárias
para que ela seja entregue corretamente: nome do destinatário,
endereço com o nome da rua, número da casa, bairro, cidade, estado
e CEP. Peça que um adulto o acompanhe até um correio para que você
possa enviar a sua carta. Não esqueça o selo!
3.Que tal começar uma coleção de selos? Então, siga estes passos:
a)escolha a maneira de começar, que pode ser com os selos
encontrados nas correspondências que as pessoas do seu convívio
recebem, com os selos que uma dessas pessoas guardou ou
comprando uma certa quantidade de selos nas agências dos correios;
b) escolha se a sua coleção vai ser com selos do Brasil ou vai envolver
outros países;
c)você também pode escolher um tema como esportes, artes,
cidadania, ecologia, personalidades, entre outros, para se fixar nele;
d)comece catalogando os selos após guardá-los em bolsas de plástico ou
de uma outra forma, como caixas, para armazenar sua coleção.
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Você sabia?
O e-mail
Na atualidade é mais comum as pessoas se corresponderem por
meio da internet do que pelo correio. As correspondências por meio
da internet vêm ganhando bastante espaço no Brasil e no mundo
desde a década de 1990 do século 20, e seu uso tem aumentado
progressivamente nas últimas décadas. Essa forma de comunicação
pode ser utilizada para transmitir rápidas informações, questões
relativas ao trabalho e aos estudos, bem como para conversas entre
amigos. E para isso, basta que as pessoas envolvidas possuam um
endereço eletrônico, o e-mail.
[email protected]
Férias
Carlos,
A viagem de férias foi ótima!
Conheci o centro histórico de Salvador! É um Patrimônio Cultural da Humanidade.
Quando voltar à escola conto tudo para você.
Abraço!
Romeu.
1.Quando uma correspondência em forma de carta circula entre dois
RESPONDA
NO CADERNO
lugares ela traz consigo um pouco da História por meio dos selos.
Se você fosse representar a sua turma em um selo, como ele seria?
a) Desenhe em seu caderno o selo da sua turma.
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As paisagens retratam os elementos naturais e os chamados
elementos culturais ou humanizados. Os elementos culturais são
produtos da ação humana, que transformam o meio ambiente para
atender às suas necessidades, como pontes, estradas, moradias,
plantações, entre outros.
Já os elementos naturais são aqueles que foram criados pela
natureza, como montanhas, rios e vegetação nativa. Assim, os espaços
geográficos são, na maioria das vezes, resultantes da relação entre os
seres humanos e a natureza.
A turma toda, sob a orientação do professor, vai desenvolver um
trabalho em conjunto com as disciplinas de Geografia e de Artes para
preparar uma maquete representando a paisagem do lugar onde vive.
Tema: O lugar onde eu moro visto na maquete
1a etapa
Organização das equipes
Para confeccionar a maquete, forme uma equipe com colegas de
sala, formando seis grupos ao todo.
Providencie materiais de sucata, cartolina, tesoura, régua, cola e
outros materiais que você achar necessário para fazer modelos de casas,
prédios, palafitas, casebres etc.
2a etapa Confecção da maquete
Cada equipe deverá se encarregar de uma parte da maquete:
• Confecção de modelos de casas, nas variadas formas, usando
como referência as casas do lugar onde vocês moram.
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••Confecção de modelos de prédios, lojas e escolas, também
buscando como referência aqueles que vocês conhecem e veem
na região onde moram.
••Confecção de modelos de igrejas, museus, hospitais, postos de
saúde, entre outros.
••Organização de espaços, como praças, estradas e ruas, seguindo a
posição delas em relação às demais construções do local onde
vocês moram.
••Modelos que representem a vegetação desse lugar, a existência de
rios, córregos, pontes etc.
3a etapa Montagem da maquete
Junto com os professores, decidam quanto tempo terão para fazer o
trabalho, onde e como ele será montado.
Em seguida, montem essas edificações em um espaço comum,
distribuídas da forma que as equipes decidirem em conjunto.
Lembrem-se de reservar os espaços para as ruas, o preenchimento
dos espaços públicos e as áreas mais afastadas, que abriguem outras
moradias.
4a etapa Apresentação
Apresentem o trabalho com uma exposição da maquete para as
outras turmas da escola.
Ao final do trabalho, cada aluno deve escrever no caderno uma ou
mais frases a respeito da maquete pronta e sobre o trabalho realizado
em grupo. Depois, cada um deve ler o seu texto para os colegas.
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UNIDADE
A seguir são apresentadas indicações de leitura para o estudo dos
diferentes conteúdos de História abordados neste livro. Por meio desse
material será possível, de forma divertida, enriquecer o conhecimento e
descobrir diferentes aplicações da História em seu cotidiano.
1
A medida do tempo
O metrônomo mágico: o tempo que passa. Gérard Moncomble. São Paulo:
Scipione, 2005. O livro, traduzido por Monica Stahel, é uma obra de
ficção sobre um aparelho que permite controlar a passagem do tempo.
Com esse texto você poderá refletir mais sobre a grande preocupação
da humanidade em controlar a passagem do tempo.
O arteiro e o tempo. Luis Fernando Verissimo. São Paulo: Berlendis &
Vertecchia, 1994. Com ilustrações de Glauco Rodrigues, esta obra traz
uma bela abordagem a respeito da passagem do tempo através de
pinturas que retratam vários momentos da arte e da cultura no Brasil.
O povo pataxó e suas histórias. Pataxó Angthichay e outros autores. São Paulo:
Global, 2000. A obra mostra um pouco mais sobre como acontece a
influência dos fenômenos físicos no calendário dos grupos indígenas no
Brasil. Com este livro você poderá entender, por exemplo, como a Lua é
respeitada pela sua força e sabedoria, pois nos ensina o tempo certo de
plantar, de caçar, de pescar e até sobre a época das crianças andarem e
de nascerem os dentes. Através das narrativas feitas no livro você vai
conhecer também outras histórias contadas sob a luz da Lua pelos
índios mais velhos sobre as festas, os segredos da caça, dos animais,
entre outros.
UNIDADE
Eu me lembro. Gerda Brentani. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. O livro
trata de histórias sobre outras épocas, segundo a visão da autora, e você
poderá perceber como são diversas as formas que as pessoas têm para
entender e perceber a passagem do tempo.
2
Identidades e História
A história de cada um. Juciara Rodrigues. São Paulo: Scipione, 2002. Coleção
Crisálida. A obra narra as descobertas de um grupo de alunos ao
fazerem um trabalho escolar, no qual deveriam analisar fotos de suas
famílias. Por meio desta leitura você poderá estabelecer comparações
quanto às mudanças na formação das famílias na atualidade.
110
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UNIDADE
Cada família é de um jeito. Aline Abreu. São Paulo: DCL, 2007. Este livro mostra
que existem vários tipos de família, que podem ser formadas por pai,
mãe e filhos, pai e filhos, avós e netos, entre tantas outras, demonstrando
que o importante é o afeto e o companheirismo entre as pessoas.
3
Crianças como você. Barnabas Kindersley e Anabel Kindersley. São Paulo:
Ática, 1995. Em associação com a Unicef, esta obra retrata crianças de
várias partes do mundo, destacando seus sonhos e modos de vida na
família, em casa e na escola. Através desta leitura você poderá perceber
a grande diversidade de culturas que existe e como é importante o
conhecimento e o respeito a todas elas.
Continuando a história... Pistas do passado
Preservando o patrimônio e construindo a identidade. Maria Helena Pires
Martins. São Paulo: Moderna, 2001. O livro trata da importância que
todos devem dar ao Patrimônio Histórico, o que contribui para a sua
preservação, além de ajudar você a entender melhor como preservar a
História e todo o Patrimônio Cultural e Natural contribui para a nossa
cidadania.
Um tesouro pra todos: conversando sobre patrimônio cultural. Newton Foot.
São Paulo: Escala Educacional, 2012. Coleção O futuro cidadão. De forma
leve e didática, esta obra trabalha o conceito de bem cultural,
descrevendo o Patrimônio Histórico nas suas mais diferentes formas,
bem como apresenta os motivos pelos quais ele deve ser preservado,
reforçando, assim, o tema estudado na Unidade 3.
www.fumdham.org.br/parque.asp. No site são apresentadas informações
sobre o sítio arqueológico da Serra da Capivara, localizado no estado do
Piauí, e que conta hoje com quase oitocentos sítios arqueológicos com
esqueletos humanos e pinturas rupestres coloridas. Existem 14 trilhas e
64 sítios pré-históricos abertos ao público. Após acessar o site, você
pode clicar nos ícones:
- Parque Nacional da Serra da Capivara.
- Patrimônio Cultural, que dá acesso a diferentes referências relativas ao
parque, como os sítios arqueológicos, pinturas rupestres, paleontologia e
preservação.
- Patrimônio Natural, que disponibiliza para pesquisa e visita os
conteúdos sob os ícones: Geologia, Clima, Fauna e Flora.
- Turismo: você poderá conhecer os conteúdos relativos à visitação, às
trilhas e aos sítios.
- Mapas.
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As crianças na história. Chris Rice e Melanie Rice. São Paulo: FTD, 2000. O livro
narra uma viagem no tempo por diversas localidades do mundo e
retrata a pluralidade de cenários e tipos de habitações. A leitura desta
obra pode ajudar você no conhecimento de outros tipos de moradia,
relacionando-os com o tema do capítulo, que tratou sobre as diversas
formas de moradias como importante recurso de estudo da história dos
grupos humanos.
U NIDADE
http://pibmirim.socioambiental.org/como-vivem/casas. O site “Povos indígenas
no Brasil mirim”, do Instituto Socioambiental (ISA), apresenta a variedade
de moradias dos índios. Acessando este site você vai encontrar, clicando
em CASAS, os seguintes títulos:
- Antes de mais nada, você sabe o que é oca?
- Como são as casas e as aldeias indígenas?
- Que formas têm as casas indígenas?
- Aldeia Yawalapiti
- Aldeias Karajá
- Aldeias Xavante
- Aldeias Wajãpi
- O que os Tuyuka dizem sobre suas habitações?
- Fontes de informação
Ao clicar sobre eles, você vai obter diversas informações sobre a forma
de habitação de diferentes grupos indígenas no Brasil.
4
Outros espaços de convívio
Se esta rua fosse minha. Eduardo Amos. São Paulo: Moderna, 2002. Coleção
Hora de fantasia. Na obra o autor faz uma paródia com cantiga de roda
que possui o mesmo nome, imagina a rua ideal e aproveita para falar de
amizades, brincadeiras, festas, cooperação entre amigos e até de
poluição, bem como da responsabilidade de cada um na realização de
um sonho. Ao ler esta obra você poderá fazer a relação com o
conteúdo explorado no capítulo sobre as ruas e os vizinhos e perceber
a importância da sua participação no convívio do lugar onde mora.
Juntos na aldeia. Donisete Grupioni. São Paulo: Berlindis & Vertecchia, 2004. O
livro reúne histórias sobre a sabedoria, as tradições, a vida cotidiana e os
rituais de alguns povos indígenas brasileiros, e como pode ser a vida nas
aldeias desses povos.
Essa rua é nossa: aprendendo a conviver no espaço público. Beatriz Meirelles. São
Paulo: Scipione, 2005. Coleção Valores. O livro fala sobre a importância de
preservar os espaços públicos com responsabilidade e consciência.
112
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MANUAL DO
PROFESSOR
2
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ANO
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Os estudos históricos são fundamentais para a construção da identidade social
do indivíduo, uma vez que lhe possibilitam perceber-se como sujeito e agente da história ao identificar as relações dos diferentes grupos humanos em tempos e espaços
diversos.
É fundamental que os alunos desde as séries iniciais da escolarização possam
perceber a pluralidade e a diversidade das experiências individuais e coletivas, compreendendo-as no constante processo de mudança e permanência, adquirindo habilidade de analisar relações, diferenças, semelhanças, desigualdades, alianças e conflitos.
O processo de ensino-aprendizagem de História deve oferecer ao aluno um estímulo para a compreensão da realidade. É importante que o aluno seja motivado a
falar, expor seus pontos de vista sobre variados assuntos e, debatendo-os com os colegas, reformulá-los. Só assim ele poderá perceber que existem ideias e opiniões diferentes e aprenderá a respeitá-las. A partir delas, aumentará o número de informações que possui, construindo seu conhecimento.
Ensinar e aprender História exige reflexão e tomada de posição diante dos fatos apresentados. O conhecimento histórico nunca estará completo, uma vez que novos dados e enfoques contribuem constantemente para sua construção.
Com o objetivo de contribuir com a sua prática docente, neste manual é apresentada a concepção do ensino de História, estratégias e orientações para o trabalho
com os temas apresentados nesta Coleção. Constam também outras sugestões de
atividades e indicações de leitura que podem contribuir com a formação continuada
do docente.
A autora
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Justificativa para a proposta de trabalho................... 117
A documentação vigente para o Ensino Fundamental
de 9 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
Estrutura da Coleção................................................................121
A organização didática.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121
Abertura de unidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
Para começo de conversa.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
Para refletir.. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
Pesquisando e aprendendo mais.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
Escrevendo a História.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
Aprender fazendo. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
Estudando o documento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Trabalhando juntos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Ícones. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Glossário.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
Você sabia?.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
Sugestões para a turma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
Os temas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
Quadro geral de temas 2o Ano. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
Quadro geral de temas 3o Ano. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
Quadro geral de temas 4o Ano.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
Quadro geral de temas 5o Ano. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Estratégias para o trabalho com a Coleção................. 129
O trabalho com textos.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
O trabalho com imagens. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
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O trabalho com mapas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131
A formação de conceitos.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
A realização das atividades pedagógicas.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
Projetos de Trabalho e a abordagem interdisciplinar.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
Redação de textos. . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135
O trabalho de pesquisa.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136
Dinâmica de debates. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
Entrevistas.. . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
Visita a museus e atividades externas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138
Confecção de maquetes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139
Avaliação......................................................................................... 139
Textos complementares........................................................... 141
Texto 1.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
Texto 2.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143
Texto 3.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144
Orientações específicas para o livro do 2o ano......... 145
1
A medida do tempo.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145
2 Identidades e histórias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153
3 Continuando a História... Pistas do passado. . . 160
4 Outros espaços de convívio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168
Textos de apoio........................................................................... 176
Referências.................................................................................... 182
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Compreendemos que o ensino da História tem como função contribuir para a formação de cidadãos conscientes da importância da participação social, preocupados em resgatar e respeitar o Patrimônio Histórico, conhecendo e compreendendo a natureza social e individual do ser humano, uma vez que
a História, como ciência, tem por objetivo principal o estudo da experiência humana no tempo.
Desse modo, entendemos que o ensino da História deve propiciar aos alunos um melhor entendimento da realidade em que vivem, conhecendo a herança cultural, individual e coletiva da humanidade.
Os temas selecionados para esta Coleção buscam criar uma relação entre a vida cotidiana dos alunos e sua própria história, salientando-se o papel de todos os membros da sociedade na construção e
preservação da História, procurando fazer com que aprendam a olhar a realidade e, ao mesmo tempo,
estabelecendo relações com outras experiências, tanto do passado como do presente, entendendo a historicidade da realidade em que vivem.
MANUAL DO PROFESSOR
Justificativa para a proposta de trabalho
O historiador Marc Bloch foi um dos pioneiros a se levantar contra a forma tradicional de entender a História, que a conceituava como a ciência que se ocupa em estudar o passado. Bloch afirma que
somente o passado como tal não poderia ser objeto de estudo de uma ciência; a História deve ocupar-se igualmente dos tempos presentes, contrariando também a afirmação daqueles que interpretavam a
História como uma “Ciência do homem”. Para esse autor, a História só poderia ser considerada como uma
“Ciência dos homens no tempo” (Bloch, 2001, p. 55).
Bloch defendia também que o tempo da história deveria ser pensado em termos de articulação
que envolve espaço e tempo, ligado pela ideia de que o presente é importante para a compreensão do
passado e vice-versa. Uma formulação aparentemente simples, mas que era altamente inovadora quando tomou força por volta da década de 1940.
Em concordância com a concepção de História proposta por Bloch, bem como com as Diretrizes
Curriculares Nacionais, os temas e objetivos de ensino-aprendizagem explorados na Coleção foram pensados de forma a permitir que os alunos, a partir de seus conhecimentos e vivências, bem como pelo
contato com conceitos, sejam capazes de construir o conhecimento histórico.
Conhecimento esse que se torna significativo quando trabalhado de forma contextualizada, tanto
no que se refere aos temas e conteúdos quanto na relação com as demais áreas do conhecimento.
Todo conhecimento mantém um diálogo permanente com outros saberes, que pode ser de questionamento, de confirmação, de complementação, de negação, de ampliação, de iluminação de aspectos não distinguidos. Assim, além de reconhecer as diferenças entre as áreas do conhecimento, é preciso identificar onde se encontram as zonas de intersecção entre elas para localizar os pontos em comum
e realizar um trabalho na perspectiva interdisciplinar.
A interdisciplinaridade busca, sobretudo, um ensino que concilie diferentes conceitos de diferentes áreas, podendo substituir a fragmentação pela interação, permitindo que os alunos aprendam a relacionar conceitos e, consequentemente, construam novos conhecimentos com muito mais autonomia
e criatividade.
Para que a perspectiva interdisciplinar aconteça, você, professor, precisa abrir um espaço de diálogo com outros componentes curriculares e, ao mesmo tempo, identificar em seu campo de estudo
onde se encontram as aberturas que permitem incorporar as contribuições das outras áreas.
O trabalho com a interdisciplinaridade na escola pode e deve começar nas séries iniciais do Ensino Fundamental, visando romper a fragmentação do conhecimento.
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Compreendemos que uma estratégia de concepção de ensino produtiva e funcional para o
desenvolvimento de um trabalho interdisciplinar é a abordagem temática, tendo em vista que o estudo
desses temas não pertence a uma disciplina específica, mas envolvem duas ou mais delas. Ao longo do
livro, a partir de diferentes temas, buscou-se estimular o diálogo com outras áreas de conhecimento.
Dessa forma, o aluno terá uma visão mais ampla da realidade e, portanto, será capaz de desenvolver habilidades que permitam a promoção de atitudes de cidadania e respeito ao próximo e ao ambiente segundo uma visão crítica, de modo que possa interferir e transformar a realidade de forma a tornar-se e perceber-se como sujeito histórico.
Como disse Bloch, a História tem como objeto de estudos os homens no tempo. Essa concepção
de tempo contempla o tempo estudado com o tempo em que o estudo é feito. Ou seja, não é possível
desconectar o passado do presente.
Segundo o historiador britânico Eric Hobsbawm, estudar o passado é uma necessidade premente
nos tempos atuais, que privilegiam muito mais o efêmero, a novidade, em detrimento do passado humano. Para ele, conhecer a história de vida de um povo, de uma nação, significa a construção e afirmação de uma identidade histórica e cultural: é sabermos de onde viemos e quem somos.
A destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas – é um dos fenômenos mais caracterís-ticos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa
espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da
época em que vivem (HOBSBAWM, 1995, p. 13).
De acordo com a autora Circe Bittencourt em sua obra O saber histórico na sala de aula, a relação
passado e presente é o que permite a reflexão consciente sobre os acontecimentos:
[...] a História deve contribuir para a formação do indivíduo comum, que enfrenta um cotidiano contraditório, de violência, desemprego, greves, congestionamentos,
que recebe informações simultâneas de acontecimentos internacionais, que deve escolher seus representantes para ocupar os vários cargos da política institucionalizada. Este indivíduo que vive o presente deve, pelo ensino da História, ter condições de refletir
sobre estes acontecimentos, localizá-los em um tempo conjuntural e estrutural, estabelecer relações entre os diversos fatos de ordem política, econômica e cultural [...] Temos
que o ensino de História deve contribuir para libertar o indivíduo do tempo presente e
da imobilidade diante dos acontecimentos, para que possa entender que cidadania não
se constitui em direitos concedidos pelo poder instituído, mas tem sido obtida em lutas
e em diversas dimensões (BITTENCOURT, 2008, p. 20).
Por meio da compreensão da relação passado e presente é que os alunos podem se compreender como sujeitos e agentes da História, em vez de vê-la apenas como “algo que aconteceu há muito
tempo atrás”.
A documentação vigente para o Ensino Fundamental de 9 anos.
A presente Coleção pauta-se pela documentação vigente para o Ensino Fundamental de 9 anos:
•• Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Resolução que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos a serem observadas na organização curricular dos sistemas de ensino e de suas unidades escolares;
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•• o cumprimento da Lei no 10.639/03, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade da História
•• o cumprimento da Lei no 11.645/08, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade do ensino
da História e cultura dos povos indígenas do Brasil. O trecho das Diretrizes Curriculares Nacionais,
exposto abaixo, comenta a importância da inserção dessas temáticas.
O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes
culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia (art. 26, § 4 o da LDB). Ainda conforme o artigo 26 A, alterado pela Lei no 11.645/2008 (que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”), a História e a
Cultura Afro-Brasileira, bem como a dos povos indígenas, presentes obrigatoriamente
nos conteúdos desenvolvidos no âmbito de todo o currículo escolar, em especial na Arte, Literatura e História do Brasil, assim como a História da África, contribuirão para
assegurar o conhecimento e o reconhecimento desses povos para a constituição da nação. Sua inclusão possibilita ampliar o leque de referências culturais de toda a população escolar e contribui para a mudança das suas concepções de mundo, transformando
os conhecimentos comuns veiculados pelo currículo e contribuindo para a construção
de identidades mais plurais e solidárias (BRASIL, 2013, p. 114).
MANUAL DO PROFESSOR
e Cultura Afro-Brasileira, definida nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
Nas últimas duas décadas, o governo federal, bem como instituições e organizações que lutam pelo respeito aos direitos e à cultura dos grupos indígenas e também às culturas africanas e afro-brasileiras
têm se esforçado no sentido de garantir que esses elementos históricos e culturais, tão fundamentais à
formação do povo brasileiro, sejam difundidos, conhecidos e respeitados pela sociedade.
Na presente Coleção essas temáticas são abordadas não apenas pra cumprir a legislação, mas também por compreendermos que o conhecimento dos elementos históricos e culturais dos grupos indígenas e a herança cultural africana são necessários para compreender de que forma se configurou o povo
brasileiro, sua identidade e sua cultura. Em nossa concepção, não há como estudar a história de um país sem considerar todos os elementos que a construíram.
Ao longo dos quatro volumes que compõem esta Coleção, no trabalho com os mais diversos temas, a cultura de diferentes grupos indígenas e dos povos africanos e afro-brasileiros foi contemplada a
fim de fornecer aos alunos um quadro mais completo da formação cultural brasileira.
•• O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), que se constitui em um acordo formal assumido pelo governo federal, estado, municípios e entidades para firmar o compromisso
de alfabetizar crianças até, no máximo, oito anos de idade, ao final do ciclo de alfabetização.
Para trabalhar em concordância com essas diretrizes, em muitas escolas passaram a existir debates
na elaboração de seus projetos pedagógicos, os quais exigiram respostas para organizar o ensino tendo
como ponto de partida a vivência dos alunos. Nesse novo contexto do ensino, é fundamental que os alunos participem do processo de aprendizagem de forma ativa, incorporando os conhecimentos que já
possuem às novas abordagens e relações, construindo e internalizando a ideia de que são sujeitos históricos e, assim, são parte integrante dos fatos, acontecimentos, mudanças, permanências, conflitos, conquistas, entre tantas possibilidades do fazer histórico. Ao se compreenderem como sujeitos históricos, é
preciso estimular os alunos a desenvolverem também a consciência de que são cidadãos, e de que devem exercer essa função, prezando por seus direitos e cumprindo com seus deveres.
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Os objetivos que a Educação Básica busca alcançar, quais sejam, propiciar o desenvolvimento do educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o
exercício da cidadania e fornecer-lhe os meios para que ele possa progredir no trabalho
e em estudos posteriores, segundo o artigo 22 da Lei no 9.394/96 (LDB), bem como os
objetivos específicos dessa etapa da escolarização (artigo 32 da LDB), devem convergir
para os princípios mais amplos que norteiam a Nação brasileira.
Assim sendo, eles devem estar em conformidade com o que define a Constituição
Federal, no seu artigo 3 o, a saber: a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, que garanta o desenvolvimento nacional; que busque “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais”; e que promova “o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (BRASIL, 2013, p. 106-108).
Em conformidade com os pressupostos das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação
Básica, apresenta-se, portanto, a seguinte proposta teórico-metodológica:
A proposta de estudo da História apresentada na Coleção pretende estabelecer articulações entre
abordagens teórico-metodológicas distintas, resguardadas as diferenças entre elas, por entender que esse é um caminho possível para o ensino de História nos primeiros anos da escolaridade básica, possibilitando aos alunos compreenderem que a História pode ser entendida como um dos instrumentos que
auxilia na leitura e interpretação da realidade e na sua percepção como sujeitos históricos.
Desse modo, ao fundamentar a pesquisa para a elaboração desta Coleção, buscou-se interpretar
novos agentes históricos, privilegiando uma abordagem realizada sob o recorte da história do local onde vivem os alunos e do manejo dos fatos e processos históricos que dialogam com as outras Ciências
Humanas. Assim, ao trabalhar com os alunos, podemos enfocar os modos de viver, agir, pensar e se relacionar das pessoas comuns, sem salientar apenas personagens históricas e grandes feitos.
Entendemos que o ensino da História no Ensino Fundamental pode se beneficiar de abordagens
incorporadas pela chamada “Nova História Cultural”, corrente historiográfica que trabalha com a micro-história e a história do cotidiano, valorizando a diversificação de documentos, como imagens, canções
e objetos arqueológicos, na construção do conhecimento histórico. Essa abordagem fica explícita ao longo da Coleção, quando solicitamos aos alunos que tragam experiências do seu dia a dia para trabalharem temas históricos.
Desenvolvemos também uma proposta de ensino temático, na qual o tema/assunto discutido é
abordado a partir de uma referência inicial: um fragmento de documento histórico, poesia, textos ficcionais, artigos ou imagens, os quais tenham potencial de motivar e despertar a curiosidade dos alunos para refletirem sobre o tema. Essa abordagem fica evidente na seção “Para começo de conversa...”, que dá
início a todos os capítulos. Para que o aluno desenvolva atitudes críticas e investigativas, é importante
criar situações de aprendizagem nas quais ele seja capaz de se interessar e demonstrar curiosidade pelo
mundo social e natural, formulando perguntas, imaginando soluções para compreendê-lo, buscando informações e confrontando ideias. Esse comportamento é incentivado na seção “Pesquisando e aprendendo mais”.
As narrativas e exposição dos temas buscam uma reflexão a partir de um objeto concreto, situado no presente, no contexto dos alunos. Por meio de diálogos entre eles, da reflexão pessoal ou de entrevistas com familiares e outras pessoas é que se propõe provocar o processo de identificação e sistematização das diferenças e semelhanças a sua volta e, gradativamente, ampliar a visão de mundo a outros espaços e tempos, sempre sob uma perspectiva histórica.
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O exercício da concentração e autonomia em atividades individuais, a participação ativa nas atividades coletivas e a atenção em explanações orais dos colegas compõem também requisitos importantes a serem alcançados nesse processo.
Conhecer os alunos, bem como a história e as dificuldades deles, é um importante meio para ajudar o trabalho pedagógico. O conhecimento dessas questões pode ser subsídio para a discussão da elaboração do planejamento ou na avaliação, como consequência à constante atualização do projeto. Portanto, é fundamental que sejam priorizadas, selecionadas e criadas situações oportunas para esse relacionamento.
MANUAL DO PROFESSOR
De acordo com o projeto que estamos delineando, partimos do princípio de que o aluno já tem
certos saberes acerca de alguns conteúdos de História, os quais foram elaborados no convívio familiar,
social e escolar. Na maior parte das vezes, entretanto, esses conhecimentos não estão sistematizados,
mas é a partir deles que os alunos podem reformular conceitos e conhecimentos pela incorporação
de novos elementos àqueles já adquiridos, buscando aperfeiçoamento e aquisição de habilidades.
Assim, quanto mais é desenvolvido o diálogo e a interação com os alunos, mais se pode ter clareza sobre o que oferecer para assegurar o bom andamento das aulas, reconhecendo as diversidades
do grupo.
Estrutura da Coleção
A presente Coleção tem como eixo temático norteador a cidadania. Em cada um dos quatro volumes são explorados temas específicos: Identidades (2o ano), Interação social (3o ano), Encontro de povos
e culturas (4o ano) e Organização social e política brasileira (5o ano), de forma que todos os temas e conteúdos que compõem a coleção proporcionem a construção do conhecimento histórico, objetivando a
postura cidadã.
Essas temáticas específicas auxiliam os alunos a compreenderem e construírem conceitos, bem como a desenvolverem habilidades necessárias para alcançar o objetivo maior da Coleção, a consciência e
exercício da cidadania.
A seleção dos temas visa não apenas sua apresentação, mas também à contextualização e à possibilidade de explicações, analogias e relação entre passado e presente. Assim, o ensino de História, segundo trecho da Lei, deve ser garantido como meio para que se possa asseverar a compreensão do ambiente social, do sistema politico e dos valores em que se fundamenta a sociedade. Desse modo, propõe-se a gradativa aquisição de conceitos a partir do estudo e da pesquisa que permitem a construção
do conhecimento.
A divisão escolhida para os capítulos organizou-se, ainda, a fim de viabilizar o desenvolvimento e
articulação de conceitos, relações e noções que elegemos como fundamentais para a percepção e aquisição do conhecimento histórico.
A organização didática
A coleção é formada por quatro volumes. Os temas estão organizados em quatro unidades por volume, subdivididas em capítulos. Cada capítulo, além do texto de abertura e do desenvolvimento dos temas referentes ao tema principal, está organizado por seções, conforme o quadro a seguir:
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Para começo de conversa...
UNIDADE
Abertura de unidade
3
10
UmaTítulo
terra
chamada Brasil
OP: o uso de mapas é uma prática pedagógica importante nas aulas de História. As representações
cartográficas antigas, como a apresentada acima revelam dados geográficos, mas também muito da
imaginação de quem as produzia, como ornamentos, desenhos simbólicos, entre outros.
Os mapas históricos
contam muito sobre a
nossa história! Veja
quantos elementos
E o que será
diferentes são
que cada um
representados.
desses
elementos
significam?
Lopo Homem, Pedro
Reine e Jorge Reine.
Terra Brasilis. 1515-1519.
Manuscrito iluminado
sobre pergaminho,
41,5 cm x 59 cm.
Biblioteca Nacional da
França, Paris (França).
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69
Por meio de uma ou mais imagens e questões feitas
pelos personagens, propõe-se apresentar o tema
que será desenvolvido ao longo da unidade.
Por meio desta seção é feita a introdução do
tema de cada capítulo. O aluno vai observar
imagens, ler poemas ou outro texto que o
permita refletir sobre o tema que será
trabalhado. Ele poderá fazer relações com
aquilo que já conhece, ou terá sua curiosidade
estimulada.
Para refletir
Seção que traz exercício de reflexão, análise ou síntese
sobre o conteúdo apresentado no capítulo e,
eventualmente, pode trazer uma atividade oral em grupo
realizada em sala de aula, visando à problematização,
socialização de ideias e confronto de opiniões sobre o
tema e os conteúdos, cujo objetivo é desenvolver a
capacidade de argumentação dos alunos. As atividades
propostas nesta seção buscam estimulá-los a se
posicionarem de forma crítica, responsável e construtiva
em seu cotidiano.
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Pesquisando e aprendendo mais
Aprender fazendo
MANUAL DO PROFESSOR
Nesta seção são propostas atividades em que o aluno deve
desenvolver o trabalho de pesquisa em fontes diversas, como
jornais, revistas, livros, rede mundial de computadores, entrevistas,
entre outros, a fim de ampliar a construção do conhecimento
histórico por meio de propostas que contemplem a mobilização,
a observação e a análise de fontes diversas.
Seção que traz um conjunto de atividades que propõem o estímulo
às capacidades de observação, comparação, interpretação e análise de
diferentes fontes, desenvolvendo assim o pensar histórico. A sequência
dessa análise é o exercício de expressão escrita ou gráfica, no qual
objetiva-se que os alunos sistematizem os conhecimentos discutidos
nas aulas e produzam conhecimentos históricos decorrentes das
análises e reflexões. Por esse motivo, essas atividades constituem-se
também como instrumento de avaliação e autoavaliação dos
conceitos e temas trabalhados. Nos dois primeiros volumes, o trabalho
é mais incipiente e aparece sempre ao final de um capítulo. Já a partir
do volume do 4 o ano acompanha o processo de construção do
conhecimento, onde o aluno ganha papel de protagonista da
narrativa do livro, além de oferecer ao professor subsídios para a
avaliação formativa e continuada.
Seção com atividades envolvendo representações dos alunos
quanto a aspectos do tema e dos conteúdos trabalhados no
capítulo, em que eles podem exercitar a compreensão dos saberes
históricos abordados. Oferece a possibilidade de trabalho
individual ou em grupo para a montagem de algum elemento
didático, apresentações, representação teatral, entre outros. Além
de desenvolver a habilidade dos alunos na manipulação de
materiais, essas atividades proporcionam a visualização de alguns
temas que estão sendo estudados.
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Estudando o documento
Seção com atividade de leitura e análise de documento histórico,
como crônicas, reportagens e fontes históricas diversas. Por meio
dessas atividades, os alunos serão instigados a investigar os
documentos, buscando, por meio de relações com o contexto
estudado, encontrar mais informações sobre o conteúdo, de forma
a contribuir ativamente para a construção de seu conhecimento
sobre a história. Embora no 2o e 3o anos os documentos façam
parte do conteúdo do livro, a exploração desse trabalho aparece
sistematizada em seção apenas no 4o e 5o anos.
Proposta de atividades a serem desenvolvidas por toda a turma
durante o semestre ou ao final dele. Nesse trabalho será explorado
e aprofundado algum tema abordado ao longo do semestre, de
forma que os alunos desenvolvam conjuntamente atividades de
pesquisa e experimentação. Essa tarefa favorece, além do trabalho
em equipe, a interdisciplinaridade e o exercício da cidadania.
Ícones
PESQUISA
Este ícone indica
o desenvolvimento
de atividade de
pesquisa.
RESPONDA
ORALMENTE
RESPONDA
NO CADERNO
Este ícone sinaliza
que o aluno deverá
responder a
atividade oralmente
sob a supervisão
do professor.
Quando este ícone
aparecer, o aluno
deverá escrever as
respostas no
caderno.
ENTREVISTA
Este ícone indica uma
atividade que recorre a
conversas e entrevistas,
estimulando a percepção
da história de vida e das
memórias dos familiares e
comunidade.
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Glossário
1. Após ler alguns versos da música “A cidade ideal”, analise alguns dos desejos
citados na letra pelo autor.
a) Relacione esses desejos e escreva quais você considera mais interessantes.
b) Reúna-se com um colega de sala e juntos analisem as respostas que vocês
MANUAL DO PROFESSOR
anotaram.
2. Reflita e debata com seus colegas de sala como seria a cidade na qual vocês
viveriam se ela fosse administrada por crianças.
Os primeiros agrupamentos humanos
Desde que os primeiros seres humanos passaram a viver em grupos
começaram a se organizar de formas diferentes. Aprenderam a garantir sua
sobrevivência protegendo-se mutuamente contra as dificuldades do ambiente,
destaque que o termo Précomo a chuva e o frio, ataques de animais, entre outras. OP:
História, atualmente, indica apenas
a ausência de escrita, e não a ausência de História.
Os grupos humanos que viveram na Pré-História eram nômades, ou seja,
não tinham moradia fixa, movimentavam-se constantemente em busca de
lugares ricos em água e alimentos.
O fogo foi uma das conquistas mais importantes desse período, pois
permitiu que eles se aquecessem nos dias frios, afugentassem animais selvagens
e assassem seus alimentos.
De Agostini / G. Dagli Orti/Glow Images
Por volta de 10 mil anos atrás, alguns grupos humanos passaram a desenvolver técnicas de agricultura e criação de animais, podendo permanecer por mais
tempo em um mesmo lugar, tornando-se sedentários.
Ferramenta primitiva de pedra,
do Período Neolítico.
Com o passar dos anos, muitos desses
grupos começaram, então, a construir canoas,
barcos e aprenderam a lascar e polir a pedra
para fazerem instrumentos como pontas de
flecha e facas.
Pré-História: para facilitar o estudo da História, alguns
historiadores denominaram o período entre o surgimento dos
primeiros hominídeos na Terra, há aproximadamente 3
milhões de anos, e a invenção da escrita, por volta de 6 mil
anos atrás, como Pré-História.
Sedentários: corresponde ao homem, ou grupo de homens,
que se fixou em um território.
Apresenta o significado de palavras, grifadas ao longo do
texto, que podem ser desconhecidos para os alunos. A
explicação considera o contexto em que a palavra aparece
no texto e busca explicá-la de forma simples e objetiva.
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Você sabia?
Sugestões para a turma
Seção que apresenta um texto com
conteúdos que complementam o tema do
capítulo.
Seção que traz sugestões de livros e sites
relacionados ao capítulo. Eles podem ampliar ou
aprofundar as questões e oferecer, por vezes, outras
abordagens sobre os assuntos tratados.
Professor, sempre que aparecer a sigla OP, no livro do aluno,
são indicadas orientações para o seu trabalho em sala de aula.
A disposição dos temas e conteúdos, bem como das atividades por meio de seções é uma organização da Coleção, e não uma fragmentação do processo ensino-aprendizagem. O que se comprova
pela interligação das seções em alguns momentos.
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Os temas
Os temas e os conteúdos estão organizados da seguinte forma ao longo da coleção:
Quadro geral de temas 2o Ano - Identidades
Unidade 1
Unidade 2
Unidade 3
Unidade 4
A medida do tempo
Identidades e
história
Outros espaços
de convívio
Capítulo 1
A contagem do
tempo: uma
invenção do homem
Capítulo 1
O nome de cada um
Continuando a
História... Pistas
do passado
Capítulo 1
A História na
nossa vida
•• O nome
•• O significado do nome
•• O sobrenome
•• A família
•• As mulheres na História
•• Pistas do passado e o
•• A rua
•• A rua e os vizinhos
•• Os nomes das ruas e
Capítulo 2
Os documentos que
nos identificam
Capítulo 2
A casa, uma pista
no tempo
•• Contando o tempo
•• O tempo da natureza
•• Contando o tempo:
calendários e relógios
Capítulo 2
O tempo passa... e
continua passando
•• A passagem do tempo
•• Organizando o seu tempo
•• Linha do tempo
•• O primeiro documento
•• Outros documentos
Patrimônio Histórico
Capítulo 1
A rua e seus
personagens
dos lugares
•• Moradias
•• Outras casas,
Capítulo 2
Meu endereço e
outras histórias
•• Os bairros
•• Enviando cartas
outras histórias
Quadro geral de temas 3o Ano - Interação social
Unidade 1
Cultura: uma
criação do homem
Capítulo 1
O homem e
a história
•• O Carnaval como um
elemento da cultura
•• A diversidade de culturas
no Brasil
Unidade 2
Um tempo para
cada coisa, cada
coisa no seu tempo
Capítulo 1
Um tempo para ser
criança. Sempre
foi assim?
•• Ser criança
•• Tempo para tudo
•• A exploração do
trabalho infantil
Unidade 3
Educação, um
direito de todos
Capítulo 1
Aprendendo em
todos os lugares
•• Aprendendo a todo
momento
•• A criança na escola
•• Educação, um
direito conquistado
Capítulo 2
Contando o tempo,
contando a história
Capítulo 2
Brincadeiras de
todos nós
•• O registro: das horas aos
•• Brincadeira é coisa séria
•• Brincadeiras indígenas
•• Outras brincadeiras,
séculos
•• A contagem do tempo
com o relógio
Capítulo 2
Uma viagem no
tempo e a história
da escola
•• A escola para todos
•• O tempo na escola
Unidade 4
O trabalho, o
emprego e
as profissões
Capítulo 1
Trabalho e
profissões
•• Divisão de tarefas
•• O ser humano e
o trabalho
•• O trabalho na escola
•• As profissões
Capítulo 2
Trabalho e emprego
•• A produção humana
•• As profissões do futuro
cantigas e jogos
•• Outras medidas de tempo
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Unidade 1
Unidade 2
Unidade 3
Unidade 4
Conviver: Uma
necessidade humana
O mundo se revela
Uma terra
chamada Brasil
A construção do
Estado brasileiro
Capítulo 1
Capítulo 1
Capítulo 1
Capítulo 1
Dos primeiros
agrupamentos
humanos às cidades
Encontro de
culturas
Brasil: a colônia
portuguesa
Brasil: a conquista
do território
•• Os primeiros
•• Viajar, uma aventura
•• O encontro entre culturas
•• Aceitar as diferenças
•• O encontro entre os
•• As paisagens brasileiras
•• A disputa europeia pelas
agrupamentos humanos
•• As primeiras aldeias e
depois as cidades
•• As cidades se diferenciam
portugueses e os
indígenas
•• Os primeiros tempos
•• Ocupação portuguesa
•• Os governos-gerais
MANUAL DO PROFESSOR
Quadro geral de temas 4o Ano - O encontro
de povos e culturas
terras descobertas no
século 15
•• A ocupação do
território brasileiro
•• Os tratados de
limites: estabelecendo
as fronteiras
Capítulo 2
Capítulo 2
Capítulo 2
Capítulo 2
Burgos – A cidade
estaria mudando?
Cidades e
reinos africanos
A escravidão
no Brasil
Formação da
cultura nacional
•• A procura de proteção
•• O surgimento dos burgos
•• O centro das
•• Um continente,
•• A exploração do trabalho
muitos povos
e a escravidão indígena
•• A cultura brasileira
•• A formação cultural
cidades medievais
•• Características dos povos
do sul da África
•• A Cidade de Ifé
•• Os impérios de Gana e
Mali
•• O reino do
•• A escravidão
dos africanos
•• O tráfico de
africanos escravizados
•• A abolição da escravatura
africana no Brasil
brasileira por meio das
línguas faladas no Brasil
•• A formação cultural
brasileira por meio
das religiões
•• Muitas contribuições
na formação da
cultura brasileira
Grande Zimbábue
•• A chegada dos europeus
Capítulo 3
Capítulo 3
Capítulo 3
Capítulo 3
O morador da
cidade é cidadão?
Os primeiros
habitantes
do Brasil
O rural e o urbano
no Brasil colonial
Brasil
independente:
nasce o país
•• A cidadania na Grécia
•• Os habitantes da terra
•• O engenho açucareiro
•• Um Brasil rural
•• A vida no
•• A corte portuguesa vem
antiga
•• A busca pela cidadania
na atualidade
de Pindorama
•• Os indígenas do Brasil
•• A aldeia indígena
•• O dia a dia dos grupos
indígenas
engenho colonial
•• O ambiente urbano
na colônia
para o Brasil
•• A proclamação da
Independência do Brasil
•• A organização do
Estado brasileiro
•• Formando um
país continental
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Quadro geral de temas 5o Ano - Organização social
e política brasileira
Unidade 1
Unidade 2
Unidade 3
Unidade 4
Brasil: as mudanças
no início do
século 20
Formando uma
nação
A República
Federativa do Brasil
Participar: um
direito e um dever
Capítulo 1
Capítulo 1
Capítulo 1
Capítulo 1
Imigrantes em
busca de um sonho
A nação e os
símbolos nacionais
brasileiros
Divisão política
do Brasil
Participar para
ajudar a construir
•• O Brasil no século 19
•• Da Europa para o Brasil
•• Os primeiros imigrantes
•• O Brasil quer
•• Ser brasileiro é pertencer
•• Mudanças na divisão
•• Solidariedade e
a uma nação
política do Brasil
•• A cidade e o município
•• O ritmo das cidades
•• O município
•• A administração
mais imigrantes
•• O imigrante na cidade
•• A chegada dos japoneses
•• Ser brasileiro fora do Brasil
participação
•• Participação: uma
conquista
•• Processo eleitoral
e participação
do município
Capítulo 2
Capítulo 2
Capítulo 2
Capítulo 2
A República
brasileira
O povo brasileiro
Cada cidade,
muitas histórias
A população luta
por seus direitos
•• Reações contra a
•• Indígenas e europeus:
•• A preservação do
•• Movimentos populares
•• A luta pelos direitos
Monarquia Imperial
no Brasil
•• A Constituição
o povo brasileiro
em formação
Patrimônio Histórico
•• A história dos lugares
•• A chegada dos africanos
das mulheres
•• A participação
republicana, o que
mudou?
dos trabalhadores
•• Luta pela terra
Capítulo 3
Capítulo 3
Capítulo 3
Capítulo 3
Urbanização e
cultura de massa
Os indígenas e os
afrodescendentes:
a difícil caminhada
A cidadania em
construção
A sociedade em
constante
transformação
•• O crescimento e
•• A relação com a natureza
•• As questões indígenas na
•• Democracia passo a passo
•• A Constituição brasileira
•• O Brasil e o século 21
•• Brasil e o meio ambiente
desenvolvimento das
cidades
•• A cultura urbana e a
popularização do rádio
•• Futebol – De jogo da elite
a esporte popular
legislação brasileira.
de 1988
•• Os africanos e os
afrodescendentes
no Brasil
•• Resistência e luta
•• O fim da escravidão
africana no Brasil
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Ao longo dos volumes são propostas diferentes atividades e análises que contribuem para a formação do pensar histórico. Para desenvolver essas atividades é preciso que você utilize algumas estratégias, descritas a seguir.
O trabalho com textos
Propõem-se na Coleção a leitura e interpretação de diversos gêneros textuais (como documentos
históricos, depoimentos, textos ficcionais, letras de música, poemas, artigos) e imagens (pinturas e outras
obras de arte, fotografias, ilustrações e mapas) que foram selecionados para cada tema e que se constituem em importante recurso para a abordagem da História.
MANUAL DO PROFESSOR
Estratégias para o trabalho com a Coleção
O trabalho com diferentes tipos de fontes é corrente ao longo dos 4 volumes, no entanto ele aparece de forma sistematizada no 4o e 5o ano, em especial na seção “Estudando o documento”.
É fundamental trabalhar as habilidades de leitura, compreensão e interpretação para que a reflexão ganhe efetivamente um significado e permita, assim, a realização das atividades propostas. Também
é necessário selecionar as dificuldades quanto ao vocabulário, conceito ou entendimento do texto como
um todo, orientando o aluno no sentido de buscar soluções para suas dúvidas.
Antes da leitura de um texto pode-se promover uma conversa com os alunos para despertar a
curiosidade deles. Depois, é importante que eles comentem o que foi lido, procurando desenvolver o
trabalho de interpretação a partir da compreensão do vocabulário, identificação do tema central, interpretação de alguns trechos do texto lido, produção de explicação e sistematização do conhecimento
apreendido por meio da leitura desse texto.
Cada tempo histórico tem também a linguagem que lhe é própria, sendo assim importante, até
como forma de educar-se no sentido de controlar os “erros de anacronismo”, conhecer textos que foram
escritos em fases históricas que precederam o tempo que estamos vivendo, os denominados “textos de
época”.
A leitura de um texto em grafia antiga pode causar estranheza aos alunos, mas pode ser uma maneira de você demonstrar que, além das formas de viver, até a linguagem varia no decorrer do tempo.
O trabalho com documentos e fontes históricas possibilita ao aluno a percepção do ofício do historiador e do trabalho de escrever a História a partir das fontes, além da distinção entre documentos propriamente ditos, usados com finalidades didáticas (ex.: a Carta de Pero Vaz de Caminha) e aqueles como
textos e filmes que auxiliam a construção do saber, mas que foram produzidos a partir de olhares e questões de quem os produziu (ex.: textos de jornais, quadros, mapas, livros, enciclopédias, entre outros).
A transposição didática do fazer histórico pressupõe, entre outros procedimentos,
que se trabalhe a compreensão e a explicação histórica. Podem ser priorizados alguns
pontos de explicação histórica para serem transpostos para a sala de aula e comporem
o que denominamos a Educação Histórica [...] A problematização histórica, ao ser transposta para o ensino, traz múltiplas possibilidades e também questionamentos [...] Na
prática da sala de aula, a problemática acerca de um objeto de estudo pode ser construída a partir de questões colocadas pelos historiadores ou das que fazem parte das representações dos alunos, de forma tal que eles encontrem significado no conteúdo que
aprendem. [...]
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É preciso que se leve em consideração o fato de que a História suscita questões
que ela própria não consegue responder e de que há inúmeras interpretações possíveis
dos fatos históricos [...] (SCHMIDT, 2008, p. 60).
Assim, é preciso atenção a cada uma das atividades didáticas aplicadas no dia a dia em sala de
aula. A utilização de um filme para trabalhar um tema ou um conceito, por exemplo, é um recurso didático. Os recursos didáticos podem ser materiais ou humanos, no caso do professor.
O trabalho com imagens
Muitas das imagens apresentadas ao longo da Coleção vão além da simples ilustração dos temas,
ampliando as informações sobre ele. Sejam elas pinturas, ilustrações ou fotografias, desempenham também importante papel na proposta reflexiva do estudo da História.
Para que as imagens trabalhadas como fontes históricas sejam de fato analisadas nessa perspectiva, é necessário o aprimoramento nas técnicas de leitura e interpretação.
No que tange o trabalho com fotografias, Boris Kossoy, em sua conhecida obra Fotografia e História, cita o fotógrafo húngaro Brassaï:
A fotografia tem um destino duplo... Ela é a filha do mundo do aparente, do instante vivido, e como tal guardará sempre algo de documento histórico ou científico
sobre ele; mas ela é também filha do retângulo, um produto das belas-artes, o qual
requer o preenchimento agradável ou harmonioso do espaço com sinais em preto e
branco ou em cores. Nesse sentido, a fotografia terá sempre um pé no campo das artes gráficas e nunca será suscetível de escapar desse fato (BRASSAI, apud KOSSOY,
1989, p. 32).
Ou seja, o fotógrafo destaca que a fotografia é um objeto que pode ser analisado de diferentes
maneiras, e que é necessário o devido cuidado para a sua análise. A fotografia deve ser entendida pelos
alunos como um recorte da realidade, de forma que ela exige uma postura crítica na sua leitura.
O historiador Peter Burke, no livro Testemunha ocular: História e imagem, expressa um diferente posicionamento sobre o lugar que as imagens ocupam entre outros tipos de registros históricos. Ele defende que as imagens não devem ser consideradas simples reflexões de épocas e lugares, mas sim extensões dos contextos sociais em que elas foram produzidas.
Imagens são especialmente valiosas na reconstrução da cultura cotidiana de pessoas comuns. [...] Num ângulo positivo, imagens frequentemente revelam detalhes da
cultura material que as pessoas na época haviam considerado como dados e deixado de
mencionar no texto. [...] O testemunho de imagens é ainda mais valioso porque elas revelam não apenas artefatos do passado (que em alguns casos foram preservados e podem ser diretamente examinados), mas também a sua organização [...] (BURKE, 2004,
p. 99; 120-121).
Assim, tendo em vista as possíveis abordagens do trabalho com imagens, é fundamental o desenvolvimento de um processo de construção do saber que exercite a prática de leitura de imagens, articuladas ao texto escrito e representando uma determinada época. Para desenvolver esse olhar, sugere-se
um trabalho frequente, que aproveite o grande número de imagens apresentadas como conteúdo nesta Coleção.
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O trabalho com mapas
Os mapas podem nos fornecer informações variadas, que vão desde o aspecto físico de um determinado local até informações múltiplas sobre produtos, população e inúmeros outros elementos.
Ao longo da Coleção são apresentados vários mapas que visam traduzir para a linguagem cartográfica alguns temas, desde a divisão política do Brasil na atualidade, até aqueles com informações históricas, representativas de um determinado período e local.
Para o historiador, além de um instrumento de localização, o mapa é também um documento de
uma época, uma fonte histórica. Quando trabalhamos com mapas antigos, por exemplo, reforçamos o
contato do aluno com diferentes visões e interpretações de regiões do planeta, possibilitando que você,
professor, faça comparações e relações com outras informações históricas do passado mais distante, do
passado mais recente e da atualidade.
MANUAL DO PROFESSOR
Os trabalhos com as obras de arte exigem, assim como com as fotografias, a análise do enfoque
dado ao acontecimento e, mais do que isso, à representação do acontecimento em si. A análise dessas
obras deve, ainda, considerar a presença de elementos com funções simbólicas e, por vezes, considerar
o objeto da produção.
O uso de mapas nas aulas de História é uma prática pedagógica obrigatória e a leitura deles deve
atender às suas especificidades. A fim de auxiliar você nesse processo, bem como a desenvolver essa habilidade nos alunos, são indicadas aqui algumas orientações.
•• Nos três primeiros anos do Ensino Fundamental é importante que você tenha sempre o mapa
político atual do seu estado ou do Brasil e ofereça, constantemente, a oportunidade aos alunos
para que o observem detalhadamente, e que possam fazer leituras sobre ele, como: onde moram, onde fica o litoral, o interior, quais são os limites, fazer relações de distâncias e grandezas,
entre outros.
•• Sempre que um mapa for apresentado no material didático é importante que você faça uma
abordagem sobre as informações que ele contém, a saber: a rosa dos ventos, a legenda e a
fonte.
•• No trabalho com mapas históricos você deve dar destaque aos elementos que façam referência
ao período trabalhado, bem como contextualizar esse período ou acontecimentos históricos do
passado, buscando fazer relações com o presente.
É importante também destacar para os alunos que as representações cartográficas antigas (a
exemplo do livro do 4o ano, Unidade 1, Capítulo 1) eram uma espécie de mapas produzidos até o século 14*, que, aliás, revelavam mais a imaginação de quem as produzia, tendo vários tipos de ornamentos
e desenhos simbólicos. Ressalte que, mesmo após o século 15, quando se desenvolveu a cartografia mais
científica, principalmente entre os portugueses, devido ao uso da bússola e da intensificação das navegações marítimas, muitos desses elementos simbólicos ainda permaneceram na cartografia.
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* Nesta Coleção optou-se pela utilização de algarismos arábicos na grafia de séculos dada a maior facilidade para sua leitura.
Trata-se também de uma tendência, visto que os maiores veículos de comunicação do país já adotaram essa forma na
designação de séculos, como afirma a linguista Maria Tereza de Queiroz Piacentini (2011).
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A formação de conceitos
Como em todas as ciências, a História trabalha com conceitos próprios e conceitos gerais, produzidos pela experiência humana. Por isso, na Coleção buscamos não privilegiar a informação, mas o desenvolvimento de habilidades, principalmente aquelas pertinentes a conceitos das Ciências Humanas.
É fundamental propiciar aos alunos a compreensão de que os acontecimentos históricos não podem ser explicados de maneira simplista, como causa-acontecimento-consequência. É necessário buscar
a pluralidade de fatores, o encadeamento de causalidades, além das numerosas relações que acontecem
no processo histórico.
De acordo com o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), a apreensão e aprofundamento dos conceitos históricos fundamentais é direito de aprendizagem dos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
São descritos direitos de aprendizagem gerais, que permeiam toda a ação pedagógica e, depois, expostos em quatro quadros, direitos específicos relacionados aos conceitos fundamentais da disciplina nos anos iniciais, cujas definições também oferecemos
ao debate. São as seguintes:
Fatos históricos: práticas ou eventos ocorridos no passado, que causaram implicações na vida das sociedades, dos grupos de convívio (familiares, étnico-culturais, profissionais, escolares, de vizinhança, religiosos, recreativos, artísticos, esportivos, políticos etc.) ou dos sujeitos históricos.
Sujeitos históricos: indivíduos ou grupos de convívio que, ao longo do tempo,
promovem e realizam (individual ou coletivamente) as ações sociais produtoras de fatos históricos.
Tempo: maneira como os indivíduos, os grupos de convívio e as sociedades sequenciam e ordenam as experiências diariamente vivenciadas por seus membros, com
base nas quais organizam suas memórias e projetam suas ações, tanto de forma individual quanto coletiva (BRASIL, 2012, p. 34).
É importante ressaltar que todo trabalho com a formulação de conceitos deve respeitar as etapas de
desenvolvimento dessa competência nos alunos, buscando, desse modo, selecionar os temas dentro de uma
perspectiva mais próxima ao mundo do qual fazem parte, tornando o ensino significativo e estimulante.
Assim, é essencial o trabalho com as noções básicas de dimensão de tempo e espaço do ensino
de História, tais como os conceitos de mudança e permanência, movimento e contradição, ou seja, buscar situar o aluno sobre quando e onde as coisas aconteceram ou estão acontecendo, para que ele possa gradativamente perceber as relações presentes no dia a dia como forma de qualificar a compreensão
tanto do passado quanto do presente acerca das relações humano-sociais e na dinâmica histórica.
Mais importante que as determinações causais, é a percepção desenvolvida pelos alunos sobre as
mudanças e permanências sobre as continuidades e descontinuidades.
Como afirma a historiadora Maria Auxiliadora Schimidt:
O procedimento histórico comporta a preocupação com a construção, a historicidade dos conceitos e a contextualização temporal. Entende-se que da mesma forma que
o passado está incorporado em grande parte aos nossos conceitos, ele também lhes dá
um conteúdo concreto. Assim todo conceito é criado, datado, tem a sua história [...]
(SCHMIDT, 2008, p. 61).
Sob essa perspectiva, a construção de conceitos como colonialismo, democracia, trabalho ou qualquer outro faz parte da análise, interpretação e comparação de fatos históricos em que o aluno pode fazer a própria síntese.
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Em seguida, essas noções devem ser utilizadas como meios para a análise de contextos e períodos
da História. Desse modo, destaca-se a importância do conceito de tempo para a compreensão da História.
Igualmente fundamental para o estudo de história, o conceito de tempo está relacionado com a origem dos espaços e contribui para o entendimento de sua transformação. Permite compreender, principalmente, que os espaços não surgem prontos e acabados. Os diversos espaços carregam as marcas do passado, isto é, do antigo que continua coexistindo com o novo. Quando os grupos humanos aprenderam a cultivar plantas e criar animais, por exemplo, produziram uma verdadeira revolução na história das
sociedades. Agora, não precisariam mais se deslocar a todo momento em busca de alimento e abrigo, e se estabeleceram formando comunidades.
Nesse novo estágio, a passividade diante da natureza foi substituída por intervenções cada vez mais profundas no espaço e por relações sociais mais ricas. Definiram-se
novos papéis na transformação da natureza e a paisagem se tornou totalmente diferente: campos de cultivo, áreas de criação, edificações na aldeia. Nesse lento processo de
transformações, era o antigo que se modificava, trazendo todo o seu passado que serviria de base para o novo estágio. O antigo continuou e continua presente no novo. [...]
É a compreensão do conceito de tempo que vai permitir uma apreensão abrangente dos
processos de transformação da natureza. A partir da observação dos espaços próximos
(escola, bairro, cidade, município) e do questionamento sobre como eram e como poderão ficar, irá se desenvolvendo a noção de um tempo maior, mais amplo e abstrato: o
tempo histórico (KOZEL; FILIZOLA, 1996, p. 37).
MANUAL DO PROFESSOR
O trabalho a partir de noções temporais, como ordenação, duração, simultaneidade e sucessão é
o primeiro passo para a compreensão da relação do passado com o presente, como proposto inicialmente no livro do 2o ano e aprofundado no livro do 3o ano.
Nos anos iniciais, é importante que o conceito de tempo seja trabalhado com as noções de sucessão, duração, ordenação e simultaneidade.
A temporalidade, por exemplo, é tratada visando à compreensão da relação passado/presente em
um progressivo domínio da leitura e da interpretação de diferentes documentos e fontes.
O desenvolvimento das noções de tempo, diferença/semelhança, permanência/mudança é aprofundado ao longo dos anos.
A reelaboração constante das noções assimiladas leva a novos significados e dimensões, nas quais
os dados se alteram de forma qualitativa em relação ao conhecimento anterior, e a apreensão de um determinado conceito evolui em complexidade e abstração, podendo ser incorporado ao raciocínio e à própria linguagem do aluno.
A realização das atividades pedagógicas
Projetos de Trabalho e a abordagem interdisciplinar
Segundo as Diretrizes Curriculares para Educação Básica, “pela abordagem interdisciplinar ocorre a
transversalidade do conhecimento constitutivo de diferentes disciplinas, por meio da ação didático-pedagógica mediada pela pedagogia dos projetos temáticos” (BRASIL, 2013, p. 28). Tendo isso em vista, propomos que uma das possibilidades de ampliar o trabalho desenvolvido nesta Coleção é a organização
de Projetos de Trabalho.
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Considerando que, por definição, Projetos de Trabalho são processos de elaboração dos professores
e dos alunos, nesta Coleção não são apresentados modelos de projetos prontos para o desenvolvimento.
Mas em diferentes momentos, por meio de orientações para o professor na parte especifica do
Manual, fazemos indicações de trabalho que concretizem a interação entre professores e alunos no compromisso constante de construção partilhada do conhecimento, envolvendo discussões, interações e socialização entre os alunos, alunos de outras turmas, famílias dos alunos, outros profissionais da escola e
pessoas da comunidade mais ampla.
Essa opção leva em consideração o fato das realidades do Brasil serem complexas e múltiplas, o
que implica valores culturais, sociais e interesses diferentes. Assim, pressupõe-se que cabe ao professor
adaptar conteúdos e atividades aos temas propostos na Coleção à realidade local e ao projeto politico
pedagógico da escola.
O Projeto de Trabalho se caracteriza pela adequação do fazer pedagógico aos níveis de desenvolvimento dos alunos e à compreensão do trabalho interdisciplinar, tornando-se uma rica oportunidade de
promover a aprendizagem significativa – o prazer de aprender –, uma vez que o questionamento feito
pelos alunos ou um problema localizado na realidade local transforma-se no guia do trabalho, e não em
uma estrutura de conhecimento disciplinar previamente definida (VASCONCELLOS, 2008). É a possibilidade de ir além do proposto no livro, com o objetivo de despertar os alunos para a historicidade das próprias experiências sociais, o que contribuiu para a formação como cidadãos ativos. Dessa forma, o Projeto de Trabalho fica aberto para a diversidade de estratégias, organização e aplicação qualitativa do conhecimento. Os alunos participam de forma ativa e aprendem pela experimentação.
O trabalho em equipe é uma das características dessa abordagem, fortalecendo assim as relações
de reciprocidade e de cooperação, favorecendo a autonomia dos alunos.
Dentro dessa perspectiva, os conteúdos teóricos e abstratos deixam de ser um fim em si mesmo
e passam a ser meio para uma leitura do tempo e da sociedade de forma critica e dinâmica, oportunizando a discussão de temas que possam promover o exercício da cidadania.
Sabe-se, porém, que o ponto de partida para o trabalho com projetos é o questionamento, uma
necessidade de compreender. Para chegar à resposta de suas dúvidas, o aluno precisa conhecer as ferramentas necessárias, que não se encontram nos conteúdos de uma única disciplina. O trabalho interdisciplinar ganha relevância nesse processo.
O trabalho com projetos visa, de modo especial, o desenvolvimento de habilidades cognitivas de
raciocínio aplicado às realidades e em detrimento da informação. Os questionamentos levantados pelos
alunos são considerados pelo professor como conhecimento prévio e base para as discussões conceituais. As aprendizagens ocorrem durante o desenvolvimento do projeto nas investigações, nas pesquisas,
e nas discussões, com isso integrando diferentes habilidades.
O trabalho com projetos implica, necessariamente, uma abordagem interdisciplinar. Não há disciplina isolada que dê resposta a um problema ou questionamento, ele só poderá ser resolvido com aplicação dos mais diversos conceitos construídos, das diferentes áreas do conhecimento. O objeto que o
sujeito vai estudar deve estar enraizado na prática social e na realidade construída na história.
Hernandez (1998) sustenta que o Projeto de Trabalho se baseia fundamentalmente numa concepção da globalização, entendida como um processo muito mais interno do que externo, no qual as relações entre conteúdos e áreas de conhecimento têm lugar em função trabalho das necessidades, que traz
consigo o fato de resolver uma série de problemas ou questionamentos. O processo ensino aprendizagem no trabalho com projetos se baseia na construção de significado.
Uma das tarefas do professor é selecionar situações de aprendizagem dentre as diversas apresentadas nesta Coleção, em especial aquelas propostas nas seções “Pesquisando e Aprendendo mais” e “Trabalhando juntos”. O professor deverá considerar o ensino e a aprendizagem como um processo que permite um continuo aprender, no qual o professor deixa de ser o centro do ensino e torna-se o orientador
do estudo e do trabalho do aluno.
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MANUAL DO PROFESSOR
É importante deixar registrado que na organização do Projeto de Trabalho as áreas do conhecimento não estão determinadas de antemão, nem dependem só do planejamento do professor, contudo
estão em função do que cada aluno já sabe sobre o tema e da informação com a qual se possa relacionar dentro e fora da escola.
O ponto de partida para a definição de um Projeto de Trabalho é o tema. Nesta Coleção sugerimos alguns na seção “Trabalhando juntos” e outros na seção “Pesquisando e aprendendo mais”. Mas cabe ao professor, juntamente com os alunos, escolher outros se julgarem necessário.
Dessa forma, o tema pode pertencer tanto aos anunciados nos diferentes capítulos desta Coleção,
ou de um fato da atualidade que é de interesse comum. Professores e alunos devem decidir sobre sua
relevância. Em qualquer caso o critério de escolha de um tema pela turma não se baseia “gostamos deste”, mas sim na sua relevância para o processo ensino-aprendizagem.
De acordo com Vasconcelos (2009), acreditamos que o grande ganho em termos de aprendizagem
está justamente no fato de o projeto nascer – e se desenvolver – da participação ativa dos alunos, o que
implica alto grau de interesse e de mobilização, aumentando em muito a probabilidade de uma aprendizagem significativa. Além disso, há ganho em termos de construção da autonomia, decorrente do processo de tomada de decisão e do assumir as responsabilidades pelas escolhas feitas, e da solidariedade,
em função do trabalho ser grupal.
Por meio do trabalho com projetos, o professor pode incentivar e propiciar a expressão e extensão da curiosidade do aluno.
Depois do tema definido em grupo, é o momento de elencar o que será pesquisado, e de que forma
as pesquisas devem ser conduzidas e seus resultados abordados. As formas podem ser diversificadas e podem ser organizadas em: pesquisa em livros, sites, revistas, documentos, entrevistas, visitas dirigidas, vídeos,
debates, entre outros. Muitas dessas propostas estão colocadas nas diferentes atividades desta Coleção.
O papel do professor é essencial na condução da análise dos dados coletados. Com isso, sugerimos que esse processo se realize em um diálogo com toda a turma. É importante também o papel de
mediação do professor diante das diferentes visões da realidade coletadas pelos alunos. Essa mediação
pode ser feita por meio de perguntas que permitam aos alunos estabelecerem prioridades e hierarquizar conteúdos e informações. É importante que nesse processo o aluno descubra que ele tem participação ativa na aprendizagem, não esperando passivamente que o professor tenha todas as respostas.
No caso de alunos não terem acesso a diferentes fontes de pesquisa, cabe ao professor selecioná-las e disponibilizá-las em sala de aula. É importante valorizar os dados coletados em pesquisa com familiares e comunidade. Há temas sugeridos para pesquisa nesta Coleção em que são mais valorizados os
dados colhidos de uma entrevista do que qualquer fonte escrita.
Segundo Hernandez (1998), a busca das fontes de informação favorece a autonomia dos alunos, é
sobretudo o diálogo promovido pelo educador para tratar de estabelecer comparações, interferências e
relações, o que ajuda a dar sentido à forma de ensino e de aprendizagem que se pretende com o Projeto de Trabalho.
Com um tratamento integrado das áreas do conhecimento, o aluno terá uma visão mais ampla da
realidade e, portanto, será capaz de desenvolver habilidades que permitam a promoção de atitudes de
cidadania e respeito ao próximo e ao ambiente segundo uma visão crítica, de modo que possa interferir e transformar a realidade de forma a tornar-se e perceber-se como sujeito histórico.
Redação de textos
A redação de textos por parte dos alunos auxilia não apenas na organização das informações e conhecimentos históricos trabalhados, como também no desenvolvimento de habilidades cognitivas referentes à escrita. A fim de tornar essa experiência mais produtiva, é importante que você, professor, apresente e trabalhe com os alunos os tipos e os gêneros textuais que fazem parte do cotidiano, propician-
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do que os estudantes compreendam que textos são produzidos diariamente em todos os momentos em
que nos comunicamos.
Na Coleção há atividades que solicitam a produção e redação de textos, seja de forma individual,
seja em grupo, nas seções “Para refletir”, “Pesquisando e aprendendo mais” e “Escrevendo a História”.
Nessas propostas, os alunos podem ser orientados a seguir algumas fases, como:
•• ler, analisar e debater sobre o tema proposto;
•• despertar o conhecimento prévio dos alunos, fazendo perguntas que circundem o tema proposto;
•• analisar junto com os alunos os elementos visuais que se apresentam junto ao texto: Qual foi a
estrutura escolhida? E as ilustrações, por que será que o autor as elegeu?
•• esclarecer as dúvidas dos alunos após a leitura do texto, para que eles possam discutir com mais
propriedade o tema exposto;
•• organizar os dados disponíveis; desenvolver a produção efetiva do texto com introdução, desenvolvimento e conclusão;
•• propor um mapa do texto, um planejamento com as ideias que serão desenvolvidas em cada
parte dele: apresentação, desenvolvimento e conclusão. Assim, os alunos conseguirão visualizar
a estrutura, facilitando a não se perderem no assunto;
•• ler os textos em grupo e reescrevê-los;
•• ler e reescrever o texto são bastante importantes, pois a partir dessas práticas o aluno conseguirá elaborar um texto bem escrito, tomando decisões sobre a apresentação final;
•• colaborar com a revisão dos textos dos colegas nas práticas de leitura em grupo, assim cada um
pode mostrar diferentes pontos de vista sobre distintos aspectos do tema. Pode também aprender a receber criticamente as sugestões dos colegas e decidir sobre a incorporação ou não na
versão final do próprio texto.
O trabalho de pesquisa
É importante trabalhar com os alunos o significado da pesquisa e interpretação de fontes ou documentos históricos a partir de diferentes atividades que revelem o estudo e a compreensão dos fatos
históricos segundo o enfoque e leitura que se faz deles.
É fundamental que eles superem a noção de que um documento, seja qual for a origem, representa a visão acabada de um acontecimento. Segundo o historiador Leandro Karnal:
[...] fazer um texto de História é estabelecer o diálogo entre o passado e o presente. Isso significa que não há um passado “puro”, “total”, que possa ser reconstituído exatamente “como era”. Também significa que podemos fazer um texto ou dar uma aula de
História baseados apenas na concepção atual, pois isso leva a projeções do presente no
passado: os famosos anacronismos. Existe o passado. Porém quem recorta, escolhe, dimensiona e narra este passado é um homem do presente. Assim, uma vez produzido,
todo texto histórico torna-se ele mesmo objeto de História, pois passa a representar a
visão de um indivíduo sobre o passado (KARNAL, 2003, p. 7-8).
Para o desenvolvimento do ensino crítico e analítico do aluno, é necessário distinguir e considerar
dados, informações, opiniões e interpretações feitas sobre eles. Nesse processo é fundamental que se
acompanhe e se oriente cada fase da pesquisa, levando à realização de uma atividade que rompa com
o vício de apenas copiar textos de livros.
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[...] produzir saber é um trabalho cuja tarefa é elevar à dimensão do conceito uma
situação de não saber, a experiência imediata cuja obscuridade pede o trabalho de clarificação. Logo, o campo da produção do saber é privilegiado; espaço que aceita o desafio de conviver com o “indeterminado”, o “externo”, o “opaco” para torná-lo “inteligível”
(CHAUI, 1984, p. 5).
MANUAL DO PROFESSOR
É fundamental estimular o aluno a refletir, descobrir e elaborar o conhecimento com exposições
orais, análises e debates sobre o tema, propiciando a reelaboração do conhecimento a partir da pesquisa. Essa prática é desenvolvida, em especial, na seção “Pesquisando e aprendendo mais”, no entanto pode ser solicitada em outros momentos, para auxiliar em outras atividades, como na seção “Escrevendo a
História” e “Para refletir”.
Segundo pensamento expresso por Marilena Chaui, na obra Cultura e democracia:
É importante que os alunos desenvolvam a capacidade de buscar as informações de que necessitam desde os primeiros anos da escolaridade, aprimorando, para isso, a capacidade de ler, desenvolver
mecanismos de memorização e seleção de informações. Nesse caso, deve-se escolher o jornal e selecionar notícias, publicidades e artigos que contenham temas relacionados à pesquisa.
Dinâmica de debates
As situações de debate e a troca de opiniões com a leitura de textos produzidos pelos alunos são
sugeridas em várias atividades ao longo da Coleção como possibilidade de socialização e melhoria do
aprendizado. Na seção “Para Refletir”, por vezes essas habilidades são trabalhadas com maior enfoque,
sendo orientada e estimulada a troca de ideias e a expressão oral.
Com debates e apresentações orais podem ser trabalhadas habilidades dos alunos, como falar, ouvir, argumentar e se manifestar mediante outras pessoas. Nessas atividades os alunos têm espaço para
expressar opiniões e serem respeitados por elas. Por esse motivo, compreende-se que a prática de debates e conversas contribui para a formação crítica e analítica dos alunos.
Sugere-se, contudo, que a prática desse tipo de atividade seja sempre planejada por você e as regras definidas e explicadas claramente, a fim de que todos possam participar e a atividade seja produtiva, considerando o tempo disponível, o respeito às opiniões diversas e aos objetivos propostos para a dinâmica de trabalho.
Entrevistas
As atividades que recorrem a conversas e entrevistas são importantes, pois auxiliam no conhecimento da história uns dos outros, e no diálogo com a família e com as pessoas mais velhas, levando, assim, à percepção da história de vida e das memórias.
[...] A História oral é usada em escolas por crianças e jovens para conhecer sua
própria comunidade. A conversa sobre o passado recente entre jovens e idosos estreita o relacionamento e valoriza os traços culturais locais, além de fornecer uma nova
e envolvente dimensão às histórias regional e familiar porque as integra ao todo
mais amplo da memória nacional. [...] Também tem sido usada em museus como instrumento vivo para transmitir informações e tornar as exposições mais interessantes e dinâmicas.
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É utilizada no trabalho com comunidades, bairros e grupos de vizinhança porque,
além de possibilitar o registro de suas memórias, permite processos de revalorização
dos idosos através de um importante papel na reconstrução do passado (CENTRO DE
MEMÓRIA DA UNICAMP. Disponível em: <www.centrodememoria.unicamp.br>. Acesso
em: 8 maio 2010).
Ao encaminhar as entrevistas sugeridas nas atividades é importante que você esteja atento e leve
em consideração a diversidade cultural e social das experiências dos alunos e dos entrevistados (que podem variar em função do grupo familiar e de convívio). As entrevistas podem ser uma boa oportunidade para os alunos perceberem que existem diferentes formas de compreender uma mesma realidade, estabelecendo um confronto entre os pontos de vista.
Além do conhecimento obtido por meio desse trabalho de resgate da memória e do conceito de
interpretação dos fatos, você pode comentar sobre a importância das vivências em família e de como
elas podem variar no tempo e entre os grupos humanos, auxiliando-os.
É importante também que essas atividades de pesquisa oral ou entrevista sejam orientadas, e que
nos primeiros anos da escolaridade o universo investigado seja aquele mais próximo aos alunos, com entrevistas dos familiares e pessoas do seu convívio.
Visita a museus e atividades externas
Para atingir o caráter educativo de uma atividade externa, como a visita a um museu, a uma instituição que ofereça serviços à comunidade, a uma exposição temática, entre outras, é fundamental seguir
alguns passos para a realização da atividade, levando o aluno a entender aspectos ligados à criação do
espaço de memória e à natureza do acervo guardado e exposto.
É interessante que você desenvolva o próprio roteiro de visita focado em aspectos ligados ao tema do trabalho em sala de aula, como as diversas fontes utilizadas pelo historiador, caso esteja trabalhando conceitos como pesquisa histórica e arqueológica, preservação e investigação de fontes diversas, entre outros.
Sugerimos a seguir alguns procedimentos a serem seguidos para a realização de visitas a museus
ou a outras exposições:
•• definir os objetivos da visita;
•• selecionar o museu ou a exposição mais adequada para trabalhar o tema escolhido;
•• dependendo da cidade, existe grande profusão de museus e exposições, contudo, a visita in loco em ambientes históricos é possível em todas as regiões do país, uma vez que grande parte
das construções mais antigas guarda, de alguma forma, o passado através do tempo;
•• visitar o local antecipadamente;
•• verificar as atividades educativas disponíveis, a existência de equipes de apoio à visitação, o número permitido de visitantes, entre outros aspectos;
•• preparar os alunos para a visitação com enfoque do tema e conceitos a serem observados;
•• elaborar formas ou atividades de continuidade à visita em sala de aula, como: produção de um
roteiro de visita, troca das experiências e impressões sobre o local e as pessoas a que tiveram
acesso, relatório sobre o que aprenderam e avaliação sobre a participação de cada uma durante a visita.
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Importante!
ção escrita dos pais dos alunos; levantamento de custos, principalmente com o transporte; e aspectos práticos para a viabilização da visita.
Confecção de maquetes
A confecção de maquetes é uma atividade na qual os alunos se envolvem bastante, o que melhora a aprendizagem e o interesse pelo tema trabalhado. Mas para o desenvolvimento e a execução são
necessários alguns preparativos, a fim de que o trabalho flua e seja realizado dentro do período estipulado, de maneira segura e que não seja prejudicial ao meio ambiente. A montagem de maquetes é solicitada no Livro do Aluno, bem como por meio de atividades complementares no Manual do Professor.
MANUAL DO PROFESSOR
•• A atividade externa implica uma série de procedimentos, como: agendamento da saída; autoriza-
Após escolher o aspecto que será retratado na maquete, os alunos vão enriquecer o conhecimento sobre o tema com pesquisas em outras fontes, como bibliotecas, pinturas, gravuras, entre outras.
Após a realização das pesquisas, os alunos devem debater em grupo sobre o tema, contextualizar
os aspectos que serão enfocados e produzir um pequeno esquema ou texto, visando, assim, tornar mais
concreto o trabalho a ser desenvolvido.
Com alguma antecedência, deve-se pedir que os alunos separem materiais, como caixas de diversos tamanhos, embalagens, copos plásticos, fósforos ou qualquer outro material que possa ser utilizado
na confecção da maquete e que não ofereça perigo ou dano a quem manusear o objeto para realizar o
trabalho. No espaço da escola deve ser determinado onde os alunos irão construir a maquete, acertar suas dimensões e o período de execução.
Por se tratar de uma atividade coletiva, seja no caso de uma maquete única para toda a turma ou
várias sobre o mesmo tema, é fundamental que todos trabalhem na execução, que haja planejamento e
respeito aos ritmos e habilidades individuais e, principalmente, que os alunos percebam a importância
do trabalho coletivo.
A realização de uma avaliação conjunta sobre a execução, ao final do trabalho, além da avaliação
sobre os conhecimentos obtidos, ajuda a dimensionar a atividade realizada.
Avaliação
Falar de avaliação não significa olhar apenas para o processo de aprendizagem do aluno. Avaliar é
olhar o todo; o processo ensino e aprendizagem não pode ser avaliado de forma separada. Dessa forma,
planejar é condição primordial quando desejamos realizar uma atividade com sucesso. Para isso precisamos pensar nas estratégias, nos objetivos e, principalmente, nos recursos de que dispomos.
No processo educativo, assim como em todos os setores do cotidiano, o ato de planejar deve
estar fortemente presente. Assim, inserido na escola e no trabalho com os alunos, é necessário realizar
um planejamento das atividades, fazendo escolhas e organizando ações, visando atingir objetivos claros e eficientes.
Dessa forma, podem-se identificar com maior propriedade as correções necessárias no planejamento elaborado, reorientando procedimentos e métodos utilizados com os alunos, e assim avaliá-los
com maior propriedade durante o processo de ensino-aprendizagem.
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Diante disso, pensar sobre “o que” e “para que” avaliar faz parte do planejamento das aulas. Pois
quanto mais você souber quais os objetivos a serem atingidos em cada etapa e tiver clareza da relevância do que está trabalhando, dos meios para atingir seus objetivos, mais efetiva e segura será a
aprendizagem.
A ação pedagógica é alimentada e orientada pelo processo de avaliação, que tem por finalidade
acompanhar e aperfeiçoar os dados resultantes do processo de ensino/aprendizagem.
A avaliação do aluno, a ser realizada pelo professor e pela escola, é redimensionadora da ação pedagógica e deve assumir um caráter processual, formativo e participativo, ser contínua, cumulativa e diagnóstica.
A avaliação formativa, que ocorre durante todo o processo educacional, busca
diagnosticar as potencialidades do aluno e detectar problemas de aprendizagem e de ensino. A intervenção imediata no sentido de sanar dificuldades que alguns estudantes
evidenciem é uma garantia para o seu progresso nos estudos. Quanto mais se atrasa essa intervenção, mais complexo se torna o problema de aprendizagem e, consequentemente, mais difícil se torna saná-lo.
A avaliação contínua pode assumir várias formas, tais como a observação e o registro das atividades dos alunos, sobretudo nos anos iniciais do Ensino Fundamental,
trabalhos individuais, organizados ou não em portfólios, trabalhos coletivos, exercícios
em classe e provas, dentre outros (BRASIL, 2013, p. 123).
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos alunos diante das próprias experiências. E, portanto, deve ser entendido como processo contínuo, sistemático, permanente, que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva perante a realidade concreta.
Tanto você quanto o aluno precisam entender o processo educativo como uma ação contínua de
construção e, desse modo, considerar a avaliação formativa como um importante recurso e componente didático.
Segundo José Carlos Libâneo (1994, p. 195): ”A avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do professor como dos alunos”, assim a avaliação precisa envolver os sujeitos dos processos de ensino-aprendizagem para que haja uma prática reflexiva sobre as atividades educacionais propostas e desenvolvidas com os alunos.
Essa modalidade de avaliação permite organizar e reorganizar o percurso planejado, refletindo
sobre os erros e acertos, principalmente considerando o conhecimento prévio dos alunos sobre os temas abordados.
Nas várias atividades propostas, o objetivo não é apenas verificar a compreensão dos textos explicativos, mas também o desenvolvimento de outras habilidades e capacidades, como a pesquisa, o debate, a entrevista e a análise de documentos.
Para obter uma avaliação que atenda a esses objetivos, você deve, em todo o decorrer do processo ensino-aprendizagem, identificar as possibilidades que os alunos apresentam para construírem
seus conhecimentos. Nessa tarefa, pode ser auxiliado por diagnósticos elaborados a partir de fontes que
contemplem aspectos como a expressão oral e escrita, a participação em atividades de grupos e o interesse e a criatividade manifestado pelos alunos.
Na proposta desta Coleção a avaliação não deve ser compreendida como um conjunto de instrumentos, mas uma postura diante do processo ensino-aprendizagem em que professor e aluno atuam juntos. Não se deve então avaliar o que aluno aprendeu daquilo que o professor ensinou, mas se
o que o aluno aprendeu ou precisa aprender contribuirá para a construção de habilidades que permitam entender conceitos, construir conhecimentos e fazer e refazer caminhos no processo ensino-aprendizagem.
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MANUAL DO PROFESSOR
No início de cada capítulo a Coleção propõe na seção “Para Começo de conversa” uma avaliação
diagnóstica. Nesse momento o professor também poderá anunciar aos alunos que conhecimentos serão
construídos no capítulo, para que ele possa perceber as dúvidas e solicitar apoio naquilo que eles ainda
não compreenderam.
Nesse processo, durante a realização das atividades propostas na Coleção, o professor deve propiciar momentos de troca, movimentando-se pela sala de aula, dialogando com os alunos, orientando-os,
discutindo em pequeno ou grande grupo sobre as dúvidas individuais e coletivas, trocando informações,
compartilhando com o grupo de alunos as retomadas necessárias.
A seção “Escrevendo a História” propõe a construção de textos, que podem servir como elemento importante para a avaliação formativa. Uma das características do ser humano é a significação. É com
essa visão que o professor deve analisar as produções dos seus alunos: por qual razão o aluno escreveu
isso; por qual razão deixou de abordar determinados temas, conceitos ou conteúdos; com que sentimento construiu o texto.
A busca do entendimento de como cada aluno usou as habilidades e conhecimentos é condição
básica para futuras interferências individuais, em grupo e alterações no planejamento do professor.
Nesse sentido, é particularmente importante o professor entender que a avaliação faz parte de um
encaminhamento metodológico, no qual a sala de aula seja um ambiente rico de estímulos e favorável
à construção de conhecimento, proporcionando uma variedade de estratégias que envolvam temas, conceitos e desenvolvimento de habilidades nas diversas áreas do conhecimento, partindo de situações significativas para os alunos.
Nas séries iniciais do Ensino Fundamental de 9 anos, os alunos usam diferentes tipos de estratégias para responder às diversas perguntas que a escola faz. Daí a importância da valorização de uma avaliação individual e contínua.
A avaliação deve ser um meio de favorecer o planejamento, tanto para que o professor conheça o resultado da sua ação didático-pedagógica quanto para que o aluno possa conhecer seu desenvolvimento. A
postura do professor diante desse desenvolvimento deve estar comprometida com a avaliação formativa.
É preciso conceber que o aluno constrói habilidades, aprimora o modo de pensar ao longo do ano e,
à medida que se depara diante de novas situações, novos desafios, novos conflitos, reformula suas respostas.
O processo de avaliação, dessa forma, deve ser um conjunto de ações de encorajamento ao aluno, para que
possa construir habilidades organizando e reorganizando ideias. Dessa forma, o professor pode retomar ao
longo do ano os textos produzidos na seção “Escrevendo a História” e solicitar aos alunos a reescrita.
O professor deve analisar, observar e avaliar as respostas dos alunos nas diversas seções propostas
nesta Coleção em dois níveis: aquilo que o aluno pode realizar sozinho e aquilo que realiza com a colaboração de outros. Desse modo, você, professor, necessita ainda mais acreditar que todo aluno, independentemente do ritmo, pode construir conhecimentos significativos.
A avaliação deve oferecer condições para que o aluno possa mostrar o que sabe e, principalmente, como pensa. Com isso, compreenderá que é tanto sujeito quanto agente da História.
Textos complementares
Por compreender que a prática docente exige constante aprimoramento, ao longo deste Manual
foram apresentadas reflexões sobre o processo de ensino-aprendizagem e sobre estratégias que contribuem para o trabalho com temas e conteúdos da ciência histórica. As sugestões bibliográficas, também
presentes neste Manual, constituem-se em um apoio ao estudo do professor. Compreendendo que há
um inesgotável acervo de obras sobre os temas e conteúdos aqui apresentados, os livros indicados neste manual oferecem alguns caminhos possíveis para que você encontre um aporte teórico sobre alguns
temas e tenha possibilidades de expandir seu conhecimento histórico.
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Ainda nesse sentido, são apresentados a seguir quatro textos complementares sobre temas que
compreendemos essenciais para o trabalho com a Coleção, a saber: os conceitos históricos, o estudo das
contribuições indígenas, africanas e afro-brasileira, a importância do trabalho com as fontes históricas e
a interdisciplinaridade.
Texto 1
O texto a seguir traz uma reflexão sobre a abordagem da História na sala de aula e sobre as escolhas necessárias para a construção do currículo.
Pela volta do conteúdo nas aulas de História
O passado deve ser interrogado a partir de questões que nos inquietam no presente (caso
contrário, estudá-lo fica sem sentido). Portanto, as aulas de História serão muito melhores se
conseguirem estabelecer um duplo compromisso: com o passado e com o presente.
Compromisso com o presente não significa, contudo, presentismo vulgar, ou seja, tentar
encontrar no passado justificativas para atitudes, valores e ideologias praticadas no presente (Hitler queria provar pelo passado a existência de uma pretensa raça ariana superior às demais).
Significa tomar como referência questões sociais e culturais, assim como problemáticas humanas que fazem parte de nossa vida, temas como desigualdades sociais, raciais, sexuais, diferenças culturais, problemas materiais e inquietações relacionadas a como interpretar o mundo, lidar com a morte, organizar a sociedade, estabelecer limites sociais, mudar esses limites, contestar a ordem, consolidar instituições, preservar tradições, realizar rupturas...
Compromisso com o passado não significa estudar o passado pelo passado, apaixonar-se
pelo objeto de pesquisa por ser a nossa pesquisa, sem pensar no que a humanidade pode ser beneficiada com isso. Compromisso com o passado é pesquisar com seriedade, basear-se nos fatos
históricos, não distorcer o acontecido, como se fosse uma massa amorfa à disposição da fantasia
de seu manipulador. Sem o respeito ao acontecido a História vira ficção. Interpretar não pode
ser confundido com inventar. E isso vale tanto para fatos como para processos (aqui mesmo, no
Brasil, não inventam um anacrônico “modo de produção feudal”, pois segundo o “modelo” deveria haver algo entre escravismo e capitalismo?).
[...]
Um modo mais construtivo (sem trocadilhos) seria adotar como postura de ensino (que se
quer crítico) a estratégia de abordar a História a partir de questões, temas e conceitos. Quais seriam as questões relevantes que podem ser feitas ao presente e, por extensão, ao passado? Qual
a relevância dos recortes temáticos tradicionais e novos feitos pela historiografia? Quais os conceitos importantes a serem discutidos com os alunos? Tendo respostas mais ou menos claras sobre esses assuntos, o professor poderá:
•• despertar o interesse dos alunos demonstrando a atualidade de coisas tão cronologicamente remotas quanto a situação das mulheres na Idade Média, a insatisfação dos plebeus na Roma antiga ou a aspirações ambíguas dos burgueses no século XVIII;
•• capacitar os estudantes no sentido de perceberem a historicidade de conceitos como democracia, cidadania, beleza (como e por que mudaram muito ao longo do tempo?); práticas como a manifestação de religiosidade, afetividade, sexualidade, cultural e moral;
•• fazer com que os alunos não só reconheçam preconceitos, mas compreendam seu desenvolvimento e mecanismos de atuação, para poder criticá-los com base em argumentos
mais sólidos;
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Jaime Pinsky e Carla Bassenezi Pinsky. Por uma História prazerosa e consequente. In: Leandro Karnal. História na sala de aula.
Conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2010, p. 23-26.
Texto 2
MANUAL DO PROFESSOR
•• demonstrar com clareza certos usos e abusos da História, perpetrados por grupos políticos, nações, facções (adversários de um estado nacional são frequentemente apresentados nos manuais escolares como inimigos da pátria, revolucionários como traidores, minorias como gente não patriota e assim por diante);
•• possibilitar a crítica e dogmatismos e ‘verdades’ absolutas como base no reconhecimento
da historicidade de situações e formas de pensamento (talvez não seja o caso de entender as razões dos leões que devoraram cristãos nas arenas romanas, mas, pelo menos,
dos “hereges” que foram massacrados impiedosamente pela Igreja Católica).
O estudo das contribuições indígenas, africanas e afro-brasileiras, bem como dos diferentes imigrantes que vieram para o país, para a História do Brasil, pode ser abordado por diferentes vertentes. A
fim de contribuir com essas temáticas, é preciso explorar as noções de identidade e cultura que se propõem analisar. O texto a seguir indica possibilidades para esse trabalho.
Identidades plurais
[...]
O surgimento de uma área comum entre antropólogos e historiadores tornou-se possível
quando os primeiros perceberam que, longe de serem estáticas, as estruturas culturais continuamente se transformam, através do tempo, como resultado da experiência e das relações vivenciadas entre os grupos sociais, e quando os historiadores passaram a valorizar comportamentos,
crenças e cotidianos dos homens comuns, entendendo-os como sujeitos também atuantes e
transformadores dos processos históricos. A história cultural constitui o principal ponto de encontro entre as duas disciplinas, campo no qual a fronteira entre elas torna-se tênue ou até desaparece em abordagens interdisciplinares que, em nossos dias, tendem a se ampliar e enriquecer nosso conhecimento sobre os mais diversos povos e suas complexas relações socioculturais.
A noção de cultura como produto histórico, dinâmico e flexível conduz a novas abordagens sobre relações de contato cultural, questionam e complexificam o conceito de aculturação.
No lugar de regras e parâmetros deterministas, fronteiras culturais e ideológicas rigidamente demarcadas, abre-se espaço para considerar as tensões e ambivalências do universo cultural e simbólico continuamente reordenado nos processos históricos. Isso favorece a ideia de
que, apesar dos condicionamentos culturais, os homens orientam-se por estratégias móveis,
por interesses e objetivos que se transformam com suas experiências históricas, permitindo-lhes reformular culturas, valores, memórias e identidades. Estas últimas podem ser vistas,
portanto, como plásticas, provisórias, contingentes e plurais, evidenciando que pluralidade e
identidade não são excludentes. A investigação sobre construção e reconstrução identitárias
tem revelado uma gama de possibilidades quanto a composições e acomodações dos diferentes
elementos internos a um grupo ou mesmo a um indivíduo. Identidades regionais, religiosas,
étnicas, profissionais ou, num nível macro, nacionais, surgem como construções fluídas, dinâmicas e flexíveis, que se constroem através de complexos processos de apropriações e ressignificações culturais nas experiências entre grupos e indivíduos que interagem, daí se falar em
identidades inter e intracontrastivas. [...]
Cecília Azevedo e Maria Regina Celestino de Almeida. Identidades plurais. In: Martha Abreu e Rachel Soihet (Orgs.). Ensino de
História: conceitos, temáticas e metodologia. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2009, p. 25-26.
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Texto 3
Ao longo da Coleção é proposto o trabalho com diferentes fontes históricas. São atividades que
orientam a análise de textos jornalísticos, obras de arte, fotografias, documentos oficiais (textos de leis,
decretos), mapas, entre outros.
Essa prática é recorrente na coleção por compreendermos sua importância para o fazer histórico.
O texto a seguir discorre sobre o trabalho com fontes e a variedade de materiais que pode ser analisada
sob essa perspectiva.
Introdução
[...]
O conceito de História como campo de conhecimento é fundamentalmente relacionado
ao conceito de fontes históricas. O uso das fontes e a sua análise temporal são propriedades
do conhecimento histórico. Elementos componentes do conceito de História científica, o documento e o tempo diferenciam a narrativa histórica da narrativa ficcional e das narrativas
científicas de modo geral.
As fontes, consideradas objeto material da pesquisa histórica, vêm adquirindo, desde o
século XVIII, quando D. Mabillon, da Congregação de Sainte Maur, escreveu a obra De Re Diplomatica, cada vez mais importância e vêm expandindo o seu significado. Quando a História
iniciou sua trajetória como conhecimento, o documento escrito oficial era a essência de sua veracidade, afirmação que atingiu seu auge no século XIX. A História era o que havia sido registrado pela escrita dos homens sobre a vida pública. Com isso, os sujeitos eram somente os que
tinham aceso às formas de manifestação escrita ou os que deviam, em razão de sua importância pública, ter seus atos registrados pelos seus pares, detentores das formas escritas.
[...]
Ao uso exclusivo dos documentos escritos como fontes foi incorporada a variedade da produção da sociedade. Esse novo olhar sobre a História como campo de conhecimento fez que a vida política deixasse de ser objeto exclusivo da pesquisa. Obras de arte, como pinturas e esculturas, documentos escritos de natureza diversa, como registros particulares, anotações domésticas,
tipos variados de correspondência, formas de manifestação literária, musical, imagens fixas e e
em movimento, peças da vida cotidiana, enfim, tudo o que fornecesse informação sobre a vida
humana aos poucos foi incorporado ao universo das fontes históricas.
[...]
Para proporcionar o desenvolvimento do pensamento histórico do aluno e fazê-lo distanciar-se do senso comum, a Didática da História propõe procedimentos críticos em relação às fontes, analisadas como recursos para a aprendizagem do aluno; promove a utilização
do raciocínio comparativo, da periodização do tempo histórico, distinto de um tempo subjetivo, da maestria do grau de generalização dos conceitos, distinguindo completamente a História de seus usos. Para tanto, mobiliza metodologias clássicas das ciências humanas e sociais: questionamento e observação, coleta de dados, exame e descrição e coloca em perspectiva os deslocamentos entre noções comuns e conceitos históricos (Bugnard, 2009).
A promoção dessas formas de pensamento histórico exige que a formação do aluno esteja fundamentalmente num conceito de História que o leve à compreensão da realidade social e das ações dos homens localizadas no tempo. Para tanto, é preciso utilizar materiais
que permitam a construção do texto histórico e o chamado a atividades intelectuais que encaminhem o aluno para o desenvolvimento do pensamento histórico.
André Chaves de Melo Silva; Kátia Maria Abud e Ronaldo Cardoso Alves. Ensino de História. São Paulo: Cengage Learning,
2010, p. IX-XIV.
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1
A medida do tempo
Página 8
Nesta unidade buscou-se enfocar a evolução histórica das formas de mensurar o tempo pelo homem a partir dos eixos temáticos “tempo” e “espaço”.
MANUAL DO PROFESSOR
UNIDADE
Orientações específicas
para o livro do 2o ano
Na atualidade, o ensino de História busca desenvolver as capacidades de observação, reflexão, análise e posicionamentos diante da realidade social.
Desse modo, é a partir da observação da natureza, da criação de calendários e relógios, do estabelecimento de rotinas frequentes do cotidiano, da leitura e escrita de datas que se buscou auxiliar os
alunos a construir o conceito de tempo histórico e a compreender as dimensões do tempo.
Nesta unidade buscamos auxiliar o aluno a desenvolver:
•• a compreensão das noções de tempo, para que saiba utilizá-las na organização do cotidiano e
na compreensão do tempo histórico;
•• a percepção de que a noção do tempo histórico é uma construção lenta e gradativa;
•• a capacidade de compreender as diferentes dimensões do tempo, como a duração a partir de
mudanças e permanências no modo de vida dos grupos humanos, com os ritmos que englobam o fato e a conjuntura a partir de vivências pessoais;
•• o entendimento do conceito de tempo como objeto de construção cultural em tempos e espaços diferentes;
•• a apreensão da importância do estudo da História, enfatizando suas características fundamentais, a saber: o desenvolvimento da noção de história como processo, como momento que se
percebe a partir da própria dinâmica e a afirmação da história como campo da atuação dos homens;
•• a percepção de que a ideia de tempo pelos homens variou muito até ser elaborada culturalmente como algo infinito, contínuo e irreversível.
•• a percepção de que, independentemente de sermos jovens ou mais velhos, homens ou mulheres, vivemos condicionados ao tempo, atentos ou não ao relógio, e que existem sempre mecanismos ou compromissos que nos obrigam a seguir um determinado padrão de comportamento, estabelecido pela sociedade ou grupo em que vivemos;
•• o manejo na construção das linhas do tempo.
Páginas 8 e 9 Abertura de unidade
A abertura da unidade tem por objetivo apresentar, por meio de imagens e do diálogo das personagens, o tema que será trabalhado. A escolha das imagens dos relógios se deu pelo fato de que nesta
unidade serão trabalhados os temas relativos à contagem do tempo: o tempo da natureza, o tempo cultural e sua organização por meio de calendários e relógios etc.
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Capítulo 1 - A contagem do tempo:
uma invenção do homem
Página 10 Para começo de conversa...
O capítulo é iniciado com um fragmento do texto escrito por Luis Fernando Verissimo no livro
O arteiro e o tempo, que explora uma das formas de percebermos o tempo e a noção de que as variadas
formas de contagem dele são resultantes da criação do ser humano. O tempo cultural é, pois, uma invenção humana.
É importante explorar a ilustração que acompanha o texto, levantando questões para o aluno imaginar, por exemplo, como seria poder adiantar o relógio e com isso fazer, de fato, o tempo passar mais
rápido. Também é interessante levantar alguns questionamentos anteriores à leitura do capítulo, como:
você sente muitas vezes essa pressa? Em quais situações você acha que o tempo parece passar rápido?
E quando parece demorar a passar? O que você acha que a menina está fazendo? Porque será que ela
quer que o tempo passe mais rápido?
Os alunos percebem intuitivamente essa complexidade do tempo nos momentos em que ele parece passar mais rápido e nos outros em que parece passar mais devagar. Permita que eles se expressem
sobre como entendem individualmente a passagem do tempo, preparando-os para começar a trabalhar
com o conceito de tempo cultural, criado pelos seres humanos ao longo da História. Ainda com referência ao texto e à ilustração de abertura do capítulo, indague os alunos sobre qual seria a relação deles
com o título da unidade “A contagem do tempo: uma invenção do homem”.
Você também pode apresentar alguns dados sobre Luis Fernando Verissimo, contando que, além
de escritor de renome nacional com ampla produção literária, ele é desenhista, humorista e músico,
tendo seus trabalhos publicados diariamente nos jornais e revistas. O fragmento do texto que abre o
capítulo encontra-se no livro O arteiro e o tempo, que trata especialmente das relações fundamentais
entre o homem e sua existência no tempo. Esse livro foi ilustrado pelo pintor, desenhista e gravador
Glauco Rodrigues. A biografia do autor pode ser acessada no site http://www.releituras.com/lfverissimo_
bio.asp.
Página 11 Contando o tempo
Explore com os alunos as formas que eles utilizam para contar o tempo. A maioria irá falar dos relógios. Comente o uso de cronômetros, principalmente nas atividades esportivas.
Página 13 Aprender fazendo
A atividade de experimentação, realizada fora da sala de aula, permitirá que os alunos vivenciem
a relação entre um mecanismo natural, como a sombra, resultante do movimento aparente do Sol, e a
evolução do seu reflexo com o passar do tempo ao longo do dia. Você pode explorar amplamente as
impressões dos alunos sobre essa experiência, e preparar o grupo para o aprofundamento das noções e
conceitos ligados aos tempos natural e cultural.
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Mais atividades
larado, leve-os ao pátio da escola e juntos montem um relógio de sol em uma bacia com argila.
No centro da bacia, finque uma estaca de madeira e oriente que observem a sombra projetada
na areia. Peça que confiram a hora e marquem essa sombra indicando a que hora ela se refere. É
interessante que sejam feitas marcações de hora em hora. Eventualmente, ao longo da semana,
peça aos alunos para conferirem o horário no relógio de sol.
Página 15 Pesquisando e aprendendo mais
Na atividade 2 é solicitado que o aluno entreviste um adulto, pois ele poderá obter depoimentos
interessantes que demonstrem como determinadas festas e comemorações aconteciam no passado e
mudaram ao longo do tempo, como a prática de desfiles cívicos na data de 7 de Setembro ou a prática
de “malhar o Judas” no sábado de Aleluia (as pessoas se reuniam nas praças e malhavam, batiam, cortavam, queimavam bonecos que representavam Judas). É muito importante que os alunos percebam como ocorrem mudanças na forma de comemoração de determinadas festividades com relação ao passado, como elas ocorrem no presente e quais são as perspectivas para o futuro.
MANUAL DO PROFESSOR
1. Outra forma de explorar o conceito do relógio de sol é criar um com os alunos. Em um dia enso-
Lembre-se de que o conceito de tempo deve ser trabalhado todos os dias, com registro da data
completa escrita no quadro ou no caderno, e o uso diário do relógio na sala de aula, para que o aluno
possa orientar-se quanto ao tempo de intervalo, de atividades, do horário de entrada, do recreio e da saída, bem como cronometrar brincadeiras e atividades. A percepção de duração do tempo pode ser registrada a partir de perguntas sobre o dia anterior (o que aconteceu ontem? O que vocês esperam que
aconteça amanhã?), permitindo-se trabalhar constantemente os conceitos de passado, presente e futuro.
O tempo da natureza
Página 16
Ao desenvolver o tema deste subitem, você pode explorar as situações cotidianas nas quais percebemos o tempo e sua ação em relação, por exemplo, ao crescimento das plantas, aos animais, à variação entre os dias, às noites, às estações do ano, às fases da vida.
Página 17 Você sabia
Ao fazer a leitura do texto sobre o movimento de translação da Terra, pode-se explicar à turma sobre o mecanismo dos dias e das noites e as fases da Lua. Se possível, utilize um globo terrestre para que
os alunos possam visualizar com maior precisão esses conceitos.
Para ampliar os conhecimentos dos alunos e para que eles possam entender melhor sobre os anos
bissextos e como isso ocorre na prática, você pode propor que pesquisem, em grupo, sobre calendários
de diferentes anos, de preferência algum em que haja ano bissexto. Solicite que levem para a sala de aula o que pesquisaram para que as informações coletadas sejam debatidas, entre outros aspectos, como
as pessoas que nascem no 29o dia do mês de fevereiro comemoram o aniversário, apresentando casos
diferentes. É usual que quem nasceu em 29 de fevereiro seja registrado em 1o de março e comemore
seus aniversários nessa data, tendo em vista que é no 1o de março seguinte ao ano de nascimento que
se completam 365 dias de vida. Os anos bissextos da primeira metade do século 21 são: 2004, 2008, 2012,
2016, 2020, 2024, 2028, 2032, 2036, 2040, 2044, 2048.
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Mais atividades
1. Esta atividade tem por objetivo auxiliar os alunos a visualizarem o movimento de translação fei-
to pelo planeta Terra. Essa atividade será feita de forma integrada aos conteúdos de Ciências,
pois permite a exploração dos movimentos feitos pela Terra. É importante que a construção do
modelo seja feita por você, pois exige o trabalho com eletricidade.
Para montar o modelo, siga os passos abaixo.
Material
• 1 extensão de luz com um soquete e uma lâmpada
• 2 bolas ou 2 laranjas
• 2 varetas para perfurar as bolas ou as laranjas, representando o eixo da Terra
• 1 giz de cera
Modo de fazer
Coloque o soquete com a lâmpada acesa (que vai representar a projeção da luz solar) sobre uma
superfície plana.
Com o lápis ou caneta, trace uma linha dividindo a bola ao meio e outra linha como que dividindo em 4 partes, e com o giz de cera pinte a metade da bola. Observe o esquema:
• introduza perpendicularmente uma das varetas numa das bolas;
• na outra bola, introduza a vareta de forma inclinada, representando a inclinação do eixo terrestre.
Adriano Loyola
Observe o esquema:
Luz solar
Representação do Planeta Terra com o eixo inclinado.
Segurando a bola com o eixo inclinado, observe a uma certa distância que a luz encontra uma
superfície da bola, iluminando-a, representando o dia (claro). A parte escura na qual a luz não chega
representa a noite (escuro). A região da bola em que a radiação solar chega com mais intensidade torna-se mais quente e corresponde à região da Linha do Equador. Isso significa que a radiação solar chega ali com menor intensidade, e por isso essa região é mais fria.
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D
Hemisfério Norte
Hemisfério Sul
Eixo da Terra
Polo sul
A
C
Polo norte
Equador
B
Outro ponto fundamental desta demonstração é que o eixo da Terra está sempre paralelo a ele mesmo, ou seja, se você começou a demonstração com o eixo da Terra apontando em direção a uma parede
da sua sala, por exemplo, então ele deverá continuar apontando da mesma forma para a mesma parede
quando a bola passar pelos pontos A, B, C e D. Como você está percebendo, a explicação demonstra que
a inclinação do eixo da Terra é que determina as estações do ano e não a distância da Terra ao Sol.
MANUAL DO PROFESSOR
Adriano Loyola
Em seguida, repita o procedimento segurando a bola com o eixo perpendicular.
Contando o tempo: calendários e relógios
Página 18
A compreensão sobre os vários mecanismos que os seres humanos criaram para medir o tempo
ao longo da história, ou seja, o chamado tempo histórico ou cultural, é trabalhada no capítulo por meio
das atividades com o calendário. É importante que o aluno conheça os dias da semana, os meses e o
significado cultural dos feriados para a sociedade em que vive, comparando, por exemplo, a importância individual da data do nascimento de cada um com a importância de determinadas datas para o município onde mora, bem como para o país ou para a humanidade.
Construa com os alunos uma tabela com a data de aniversário de cada um. Separe essa tabela em
4 colunas referentes ao nome do aluno, dia, mês e ano.
Depois de completar a tabela com os dados, oriente que construam uma linha do tempo com a
data de nascimento de cada um.
Algumas escolas continuam dando ênfase às comemorações de datas cívicas, enquanto outras valorizam as datas comemorativas. As datas comemorativas têm uma razão, uma tradição e uma historicidade própria que devem ser apresentadas aos alunos para que eles compreendam a razão de não haver
aula, de o comércio fechar etc. É preciso estimular uma releitura mais acurada disso, relacionando os
acontecimentos comemorados e suas influências no presente.
Comente com os alunos sobre a criação dos calendários. A seguir são apresentadas algumas informações sobre o tema.
A criação dos calendários foi determinada, de maneira geral, pela necessidade de marcar os acontecimentos importantes da história dos povos, além dos meses, dos dias e das estações do ano. Normalmente, os calendários têm uma inspiração religiosa, de acordo as tradições e crenças das pessoas do local em que são vigentes.
Os hebreus (judeus), por exemplo, contam os anos a partir do ano em que eles consideram a criação do mundo. O nascimento de Cristo (ano 1 do calendário cristão) corresponde ao ano 3 761 do calendário hebraico.
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Os muçulmanos calculam o tempo a partir da fuga de Maomé para a cidade de Medina (na atual
Arábia Saudita) por motivos religiosos. Segundo esse calendário, o fato ocorreu no ano de 622. Portanto,
o ano 1 do calendário islâmico corresponde ao ano 623 do calendário cristão.
No Brasil, usamos o calendário cristão, também chamado gregoriano, adotado pela maioria dos países e que tem como base o nascimento de Cristo, ligado à tradição cristã.
Página 21
É importante que ao trabalhar a atividade sobre o calendário do ano vigente, você faça uma contextualização histórica das principais datas cívicas comemoradas no país, a saber: o dia da Proclamação
da República e o dia da declaração da Independência e o Dia do Trabalho. É interessante sublinhar o
grande número de datas alusivas a fatos religiosos, destacando que vivemos em um país de colonização
portuguesa e que, sendo Portugal um país cuja religião oficial desde antes de sua vinda às Américas é o
catolicismo, essa religião teve forte influência na nossa formação cultural e está traduzida também nos
feriados e comemorações oficiais. Você pode destacar, também, outras datas, como o Dia da Mulher, o
Dia da Consciência Negra, o Dia do Índio e o Dia do Trabalho, que constituem importantes mecanismos
para manifestações e preservação de fatos ligados à História.
Página 23 Escrevendo a História
Para introduzir a atividade são apresentadas imagens de situações diversas de utilização do tempo disponível, e as formas como esses períodos específicos são denominados. É importante destacar que
essas práticas de uso do tempo tiveram início em uma percepção progressiva dos grupos humanos sobre a natureza em tempos remotos.
Comente a existência de diferentes calendários escolares em algumas regiões do país, tendo em
vista que são regidos pelo calendário agrícola.
Você pode levantar algumas questões sobre o conhecimento dos alunos quanto às práticas diferentes de atividades e locais de férias. Algumas questões a serem trabalhadas são: vocês já foram a uma
rua comercial como na imagem, ou em supermercados ou lojas com seus familiares? Lembram do horário em que foram? Em que período (manhã, tarde ou noite)?
Na sequência os alunos poderão fazer inferências sobre as gravuras que retratam pessoas trabalhando, estudando e desfrutando de um momento de lazer.
Ao resolver as questões 2 e 3, espera-se que os alunos organizem mentalmente as atividades que
costumam fazer e quando as realizam.
Capítulo 2 - O tempo passa... Continua passando
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O objetivo deste capítulo é trabalhar em conjunto tanto a percepção da dimensão pessoal da passagem do tempo como a construção cultural sobre ele. Nele são propostas atividades que solicitam a
organização de uma agenda e a confecção da linha do tempo de cada aluno, nas quais serão assinalados fatos e eventos que forem considerados significativos.
Página 26 Para começo de conversa...
A escolha da música “Trenzinho do caipira”, composta por Heitor Villa-Lobos, e que anos depois
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Você pode encontrar informações sobre Heitor Villa-Lobos no site do museu virtual dedicado ao
maestro. Faça a visita virtual com os alunos para que eles conheçam um pouco mais da história do compositor. Você pode fazer um passeio pelo Museu Villa-Lobos para o seu conhecimento e, posteriormente, mostrar para os seus alunos.
Acesse: http://www.museusdorio.com.br/joomla/index.php?option=com_k2&view=item&id=86:museu-villa-lobos-mvl&Itemid=234.
Você pode levar os alunos a fazer a leitura das imagens agregadas ao texto, como também ler o
título do capítulo, relacionando a ideia de movimento ao sentido dos versos da canção, que tratam da
passagem do tempo e da vida em um trem imaginário. É importante que os alunos expressem seus pensamentos e percepções sobre a passagem do tempo, principalmente quando se é criança. Você pode levantar questões ligadas às rotinas, tanto aquelas vivenciadas pelas pessoas que vivem no campo quanto das que vivem nas cidades (uma vez que o poema se refere ao trenzinho do caipira), bem como deve contemplar as vivências dos alunos de modo geral.
MANUAL DO PROFESSOR
recebeu uma letra criada por Ferreira Gullar, e interpretada por Adriana Calcanhotto, tem como objetivo
problematizar a questão da percepção individual da passagem do tempo e das rotinas a que somos levados a seguir, tendo como referência coisas que importam a uma criança. Se possível, traga a música
para sala de aula e toque-a para os alunos acompanharem-na com a leitura da composição.
Reflita com os alunos sobre a utilização de medidas de tempo para se referir às distâncias das viagens. Na atualidade não são quilômetros, mas sim horas, que marcam a distância das longas viagens.
Organizando o seu tempo
Página 29
A organização de uma agenda diária também vai auxiliar a compreensão do conceito de tempo à
medida que os alunos podem mensurar as atividades exercidas durante o dia, como o tempo de brincar,
de permanecer na escola, duração do recreio e merenda, o tempo destinado a cooperar em casa nos
afazeres da família, entre outros. A fim de aprofundar a noção de organização do tempo, oriente a construção de um gráfico de pizza no qual os alunos indiquem o tempo utilizado para a escola, para as tarefas e para o lazer. Dessa forma poderão visualizar em que proporção dividem o seu tempo.
É importante debater com os alunos sobre a função de uma agenda e como ela pode ser usada
para organizar os compromissos ao longo do dia, na semana, no mês e assim por diante.
Mais atividades
1. Sugerimos a confecção de agendas para que os alunos organizem os compromissos escolares e,
principalmente, se familiarizem com a noção da organização do tempo.
Para confeccionar as agendas:
•• Entregue 4 folhas de sulfite e peça que os alunos dobrem duas em duas juntas, duas vezes.
•• Grampeie o meio e recorte onde as folhas ficaram unidas.
•• Oriente os alunos a marcar as páginas com meses ou semanas. Indique que anotem as datas
nas páginas. Essa será a agenda dos alunos.
•• Leve para a sala revistas e papéis coloridos e peça que decorem a capa da agenda. Ela ficará
na mochila de cada aluno.
•• Os registros podem ser feitos com textos ou desenhos, mas devem representar as atividades
importantes da vida escolar dos alunos, ou mesmo eventos de suas vidas particulares.
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A linha do tempo
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A apresentação aos alunos da linha do tempo de um personagem fictício, Júlio, e a posterior construção de uma linha do tempo para cada aluno vão ajudá-los a se situar no tempo e relacionar os acontecimentos de sua vida com outros, paralelos, ocorridos no passado. Propõe-se, também, que os alunos
selecionem fatos ou acontecimentos que possam ser, de alguma forma, representativos para si.
Página 31 Escrevendo a História
A atividade que solicita a confecção de uma linha com fatos gerais, paralela à linha do aluno,
pretende despertar a atenção para a sucessão de fatos na vida pessoal dele e os acontecimentos sociais, políticos, econômicos, entre outros, que de alguma forma interferem no nosso dia a dia. Você pode fazer uma contextualização dos fatos apresentados na linha paralela a do Júlio, levando notícias,
imagens, vídeos.
Essa atividade permitirá destacar como é possível nos perceber como sujeitos históricos, pois pensamos, agimos, opinamos, criamos, enfim, participamos da História. Lembre: ao narrar fatos importantes,
qualquer pessoa não incluiria somente aqueles da própria vida, mas também fatos da vida de outras pessoas envolvidas. Após as atividades, pode ser pedido que cada aluno ilustre a sua linha do tempo com
desenhos, fotografias ou descrição pormenorizada de algum acontecimento ali apontado.
É importante destacar que a ordenação temporal dos eventos vai delineando um enredo da história pessoal que, nessa fase de vida do aluno, pode ainda não ser claramente perceptível, mas desperta as noções de sucessão, mudanças, evolução, entre outras, elementos essenciais para a compreensão
da ciência histórica.
Esse paralelo pode ajudar também na percepção de que a vida de cada um está inserida em um
contexto maior – o da família, o dos amigos, o da comunidade etc.
Sugestões para o professor
Sobre a construção de noções de temporalidades, tempo histórico, a contagem do tempo, calendários e relógios, sugere-se:
•• História do calendário. Hernani Donato. São Paulo: Melhoramentos, 1993. Série Prisma.
A obra trata da relação humana com o tempo em vários aspectos.
•• Sobre o tempo. Norbert Elias. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
Na obra o autor trabalha com a tese de que o tempo é antes de tudo um símbolo social, resultado de um longo processo de aprendizagem nessa vasta exploração da experiência do tempo
ao longo das eras, convidando o leitor a refletir sobre o tema.
•• Sobre a importância da preservação do Patrimônio Material e Imaterial, além de estratégias de
construção do Patrimônio Cultural, sugere-se a leitura dos textos de apoio 1 e 2.
A leitura do texto 1 o ajudará nas aulas de História, pois traz de maneira prática como trabalhar o tema de uma forma que levará os alunos a refletir e a problematizar os temas trabalhados.
Já o texto 2 traz para o seu conhecimento como você pode trabalhar com os alunos a contagem
do tempo e fazer com que eles passem a realizar operações e experiências com a utilização do raciocínio histórico.
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Identidades e histórias
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O trabalho com atividades que resgatam a história pessoal e do grupo de convívio dos alunos conduz à construção de identidades e à compreensão das relações humanas e sociais ao seu redor. Nesta
unidade, que tem como eixos temáticos “Identidade” e “Os sujeitos históricos”, o estudo dos nomes e dos
sobrenomes, a constituição da família em tempos e espaços diversos e a importância dos documentos
na identificação das pessoas, podem auxiliar os alunos na percepção da história de vida de cada um.
Nesta unidade buscamos auxiliar o aluno a desenvolver:
•• a percepção de que estudar História é, para cada um de nós, uma forma de se descobrir, de se
conhecer, de se situar no mundo, e de que refletir sobre a história e o processo de construção
humana de forma global e integrada, em diferentes épocas e espaços, é conscientizar-se da diversidade cultural;
•• a valorização de atitudes como solidariedade, capacidade de trabalhar em grupo, atenção e
respeito aos outros, com atividades que lhe permitam expressar e perceber como é visto pelos outros;
•• a percepção da importância de observar detalhes, peculiaridades, traços, modo de falar, o que
resulta em importante mecanismo de atenção e oportunidade de olhar além das características
físicas, aspectos que inspirem sentimentos amistosos e solidários, a fim de que aprenda a lidar
de modo positivo com o jeito de ser de cada um;
•• o exercício da comparação entre histórias pessoais com as de diferentes grupos humanos, o que
representa um importante recurso para a construção da identidade do aluno e do grupo social
do qual ele faz parte;
•• a identificação e a expressão oral, gráfica e por escrito de características comuns e particulares
entre parentes e outras pessoas e como se dão as relações de convívio entre eles, lembrando e
relatando alguns episódios familiares;
•• a compreensão da importância da escrita como registro e valorização social dos documentos
pessoais para o exercício da cidadania.
MANUAL DO PROFESSOR
UNIDADE
2
Páginas 36 e 37 Abertura de unidade
A abertura da unidade traz o quadro A família, de Tarsila do Amaral, importante personagem da
Semana de Arte Moderna, ocorrida no Brasil em 1922. A escolha dessa obra se deu pelo fato de que nesta unidade serão trabalhados os temas relativos ao nome e sobrenome de cada um, à formação das famílias e aos documentos que identificam as pessoas.
Mais atividades
1. Você pode fazer um trabalho inicial sobre o quadro A família, de Tarsila do Amaral, permitindo assim que os alunos possam fazer inferências sobre os assuntos da unidade. Pode-se fazer um amplo trabalho de contextualização, por exemplo, sobre quem foi Tarsila do Amaral e sobre o que
foi a Semana de Arte Moderna. Depois de apresentar a imagem do quadro, você pode estimu-
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lar a imaginação dos alunos, indagando em quem a autora poderia ter se inspirado ao pintar esse
quadro; quem são os pais e quem são os filhos; quantos são os filhos; será que atualmente as famílias têm essa mesma quantidade de filhos? Por quê? Esse quadro pertence a outra época? Qual?
De que região do país vocês acham que essas pessoas são? Por quê? Que nomes vocês dariam a
cada uma dessas pessoas? E o sobrenome, seria o mesmo para todos eles? O que cada uma está
fazendo? Quem é o homem da cena? O que ele segura? Quais os objetos retratados? Como estão
as expressões das pessoas?
Após levantar e discutir essas questões livremente, pergunte qual a relação da obra com o título
da unidade “Identidades e histórias”, deixando-os inferir e descobrir as respostas conforme forem
estudando o tema do capítulo.
Capítulo 1 - O nome de cada um
Página 38 Para começo de conversa...
Pode-se iniciar fazendo a leitura compartilhada do poema que abre o capítulo e estimular os alunos a pensarem no significado de outros nomes, anotando-as no quadro. Essa atividade está relacionada ao contexto que vem sendo desenvolvido, relacionando nome e identidade de cada um. Utilizando
o poema, propõe-se uma atividade lúdica de conhecer, ou mesmo criar novos significados.
A relação direta entre o nome de cada um e sua identificação pode se referir às características culturais que possuímos e que nos fazem pertencer a um determinado grupo social, como a identidade de
ser brasileiro. Mas pode se referir também às características individuais, que distinguem as pessoas, cujo
principal elemento de diferenciação é o nome e o sobrenome de cada indivíduo.
O nome
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A relação direta entre o nome de cada um e sua identificação pode se referir às características culturais que possuímos e que nos fazem pertencer a um determinado grupo social, como a identidade de
ser brasileiro. Mas pode se referir também às características individuais, que distinguem as pessoas, cujo
principal elemento de diferenciação é o nome e o sobrenome de cada indivíduo.
Mais atividades
1. Você pode promover uma atividade interativa com os alunos, pedindo que escrevam seus nomes
em pedaços de papel e usem como crachás. Em seguida, peça para que cada um conte para os
colegas seu apelido e o significado do nome. Se for possível, leve para a sala um dicionário com
o significado dos nomes para complementar o exercício. Faça interferências sempre que perceber
algum tipo de preconceito ou brincadeira que possa causar constrangimento.
2. Faça a brincadeira “Passa palavra” (adaptação da brincadeira de passar o anel). Peça que os alunos
escrevam seu nome completo e um adjetivo em um papel (explique para os alunos que adjetivo
é uma qualidade, como consta no poema “Nomes de gente” do livro, na página 38. Por exemplo:
Prudêncio, que é prudente). Depois, oriente-os a dobrarem esse papel e colocarem-no em uma
caixa, misturando-os. Forme um círculo e passe a caixa para que um aluno pegue um papel e
leia o nome completo e o adjetivo em voz alta.
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Para dinamizar a troca entre os alunos na atividade realizada a respeito dos significados e da
história do nome dos familiares, sugere-se que à medida que eles expuserem seus apontamentos, os
nomes apresentados sejam anotados no quadro em diferentes colunas (os mais citados; os que resultam de junções; os menos comuns; outros com aspectos que podem chamar a atenção). O trabalho
com os quantitativos dos nomes pode ser retomado nas aulas de Matemática, de forma que os alunos aprendam a tratar a informação coletada.
Ao analisar as anotações, auxilie os alunos a identificarem nomes antigos que ainda são recorrentes e outros mais novos, a fim de fixarem a percepção sobre as mudanças e permanências acerca
da escolha dos nomes das pessoas.
O significado do nome
MANUAL DO PROFESSOR
Página 40 Pesquisando e aprendendo mais
Página 41
O texto pretende iniciar uma exploração de palavras que são usadas, como os nomes, seus significados e as diferentes junções que originam os nomes.
Página 42 Você sabia?
Alguns nomes indígenas podem ser apresentados por você. Os sites http://www.dicionariodeno
mesproprios.com.br/nomes-indigenas/ e http://www.significado.origem.nom.br/nomes_indigenas/ apresentam alguns desses nomes com os seus significados.
Página 43 Pesquisando e aprendendo mais
Ao escolher as cinco pessoas e seus nomes para fazer combinações de nome e características pessoais, o aluno poderá trabalhar a percepção das relações sociais no grupo do qual participa, além da percepção das relações sociais no grupo familiar. É interessante que os alunos destaquem de quem são os nomes escolhidos, qual a relação que tem com essas pessoas e por que a escolha do adjetivo em questão.
O sobrenome
Página 44
É importante trabalhar coletivamente as origens dos sobrenomes dos alunos. Alguns deles terão os
mesmos sobrenomes dos avós, enquanto outros não, uma vez que na turma podem surgir situações diversas com relação a alguns sobrenomes. Explique que muitas vezes as mulheres não adotam o sobrenome
do marido ao casar, outras adotam para o filho apenas o sobrenome da mãe, entre muitos outros casos.
A família
Página 47
A abordagem de questões relativas à família e ao passado histórico do grupo familiar auxilia a compreensão da existência de diferentes tipos de família e seus componentes, em tempos e espaços diversos.
É importante que se estabeleça um diálogo com a turma sobre os laços afetivos que muitas vezes substituem e superam os laços de sangue. Em relação aos alunos que não vivem com pais ou parentes, é fundamental destacar que em nossa cultura a família se constitui, principalmente, por laços de afetividade.
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Comente com os alunos que não apenas as composições retratadas nas imagens representam as
famílias, pois podem ser muitas as composições: podem existir casais sem filhos; casais que moram com
os pais; casais que se separam e casam com outras pessoas e têm outros filhos. Atualmente, são comuns
os lares formados apenas por uma mulher e filhos, por avós vivendo apenas com os netos, por casais homoafetivos com ou sem filhos, entre outros.
Reafirme que muitas vezes um modelo de família que conhecemos não é único. Destaque que
atualmente, na sociedade em que vivemos, existem muitas mudanças na formação e funcionamento das
famílias em relação às famílias mais antigas.
Para fechar este capítulo, você pode retomar a pintura da Tarsila do Amaral, do início da unidade,
e debater com os alunos sobre a questão do número de filhos, a época na qual o quadro foi pintado,
sobre o tema abordado na unidade e sobre como os alunos percebem a redução do tamanho das famílias na atualidade.
Página 50 Escrevendo história
A atividade na qual os alunos devem produzir um álbum de família com desenhos e textos, objetiva a sintetização do conhecimento trabalhado ao longo do capítulo. Após a realização da atividade e
da exposição dos álbuns produzidos pelos alunos, você pode sugerir, como atividade complementar, que
os alunos escolham uma das pessoas representadas no álbum e amplie a descrição sobre ela. Oriente a
produção de um pequeno texto no qual o aluno fale sobre a pessoa e o relacionamento que o ele tem
com ela. O objetivo dessa atividade é auxiliar a compreensão das diferentes relações que podem existir
dentro de um núcleo familiar.
Capítulo 2 - Os documentos que nos identificam
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O objetivo deste capítulo é dar continuidade ao tema da unidade que trata de “Identidade e sujeitos históricos”, ressaltando a compreensão da importância da escrita como registro, e valorização social dos documentos pessoais para o exercício da cidadania.
Página 51 Para começo de conversa...
Oriente os alunos a pedirem em casa que um adulto providencie uma cópia da certidão de nascimento. Em sala, ao ler os dados da certidão contida no livro, destaque com eles dados como nome, datas, filiação, preenchimento manual e observações ao final do documento. Ressalte que o registro civil e
a certidão de nascimento de cada criança brasileira são garantidos pelo Artigo 102 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
ECA - Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
Art. 102. As medidas de proteção de que trata este Capítulo serão acompanhadas da regularização do registro civil. (Incluído pela Lei no 12.010, de 2009).
§ 1o Verificada a inexistência de registro anterior, o assento de nascimento da criança ou adolescente será feito à vista dos elementos disponíveis, mediante requisição da autoridade judiciária.
§ 2o Os registros e certidões necessários à regularização de que trata este artigo são isentos de
multas, custas e emolumentos, gozando de absoluta prioridade.
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§ 4o Nas hipóteses previstas no § 3o deste artigo, é dispensável o ajuizamento de ação de investigação de paternidade pelo Ministério Público se, após o não comparecimento ou a recusa do suposto pai em assumir a paternidade a ele atribuída, a criança for encaminhada para adoção. (Incluído pela Lei no 12.010, de 2009)
Desde 1997, a Lei no 9.534 obriga os cartórios a fazerem o registro civil e a emitirem a 1a via da certidão de nascimento gratuitamente, além do direito de um nome e sobrenome para cada criança nascida após essa data.
Ao ler e analisar a certidão de nascimento antiga, é importante ressaltar a diferença entre a data
do nascimento e a data do documento, explicando sobre a importância da certidão de nascimento como primeiro registro oficial da existência das pessoas e que serve como base para os outros documentos que serão obtidos ao longo da vida.
MANUAL DO PROFESSOR
§ 3o Caso ainda não definida a paternidade, será deflagrado procedimento específico destinado à sua averiguação, conforme previsto pela Lei no 8.560, de 29 de dezembro de 1992. (Incluído pela Lei no 12.010, de 2009)
Os exemplos apresentados de outros documentos permitem aos alunos um prévio conhecimento sobre como são estabelecidos os requisitos para outras “identidades”, como ser eleitor, motorista, estudante, trabalhador, entre outras. Sugira aos alunos que peçam aos adultos com os quais vivem para
mostrar outros documentos que eles têm, para que possam observar detalhes sobre os documentos dessas pessoas. Os alunos devem ser orientados no cuidado com o manuseio de documentos originais.
A fim de ampliar a noção de documentos, aproveite a oportunidade para falar sobre documentos
escolares. Busque na administração da escola documentos que comprovem seu registro, outros nos quais
conste a data de fundação, o nome da escola. Esses registros podem ser apresentados aos alunos como
o equivalente à certidão de nascimento da escola, pois comprovam sua criação e existência. Se possível,
exiba também fotos antigas da escola, que mostrem sua fachada ou outros espaços, que mostrem um
corpo de professores de outro período etc. Apresentar diferentes tipos de documentos aos alunos contribui para que eles compreendam que existem numerosas possibilidades de contar a história dos lugares e das pessoas.
O primeiro documento
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A apresentação desse documento, além de outros dados disponíveis no texto, contribuem para a
compreensão do tema. A partir do texto é possível aprofundar o debate sobre a isenção de taxa para emissão do documento, o que pode ajudar para que muitas crianças não fiquem sem o documento, como
acontecia antes, devido à dificuldade que alguns pais encontravam para fazer o registro de seus filhos.
Outros documentos
A apresentação de documentos como a Carteira de Identidade, de Trabalho e de Motorista visa
comprovar aos alunos que existem diferentes documentos utilizados para comprovar a identidade das
pessoas no Brasil.
Uma forma de analisar esses documentos é identificar as informações constantes em cada um deles,
e apresentar para os alunos em que momentos a Carteira de Trabalho e de Motorista são necessárias.
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Mais atividades
1. Sugira uma pesquisa sobre as impressões digitais. Indique que pesquisem como elas se formam,
quais os tipos, por que elas são únicas e não mudam ao longo da vida das pessoas. Alguns sites podem contribuir para essa pesquisa: http://discoverybrasil.uol.com.br/guia_crime/crime_
analise/crime_digitais/index.shtml e http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/­
duvida-genetica-467296.shtml.
Promova também a impressão das digitais de cada aluno em seu respectivo caderno, para isso usando uma almofada de carimbos ou canetas do tipo hidrocor para pintar os dedos deles.
Feita a pintura, solicite que pressionem com força o dedo no caderno. Impressas as digitais
oriente que observem os detalhes e comparem com as dos colegas, a fim de que identifiquem
as diferenças.
Sugestões para o professor
Para a análise e comparação das fotos entre as famílias em épocas diferentes, é importante que
sejam revistas as orientações metodológicas deste manual sobre o trabalho com leitura de imagens,
como também ver:
•• Retratos de família: leitura da fotografia histórica. Miriam Moreira Leite. São Paulo: Edusp, 1993.
Trata-se de uma minuciosa pesquisa sobre documentação fotográfica anônima de famílias que
vieram para o Brasil entre 1890 e 1930. Analisando memórias e o lugar que os antepassados ocupam
no imaginário de seus descendentes, a autora busca uma compreensão crítica da fotografia histórica.
•• Fotografia e História. Boris Kossoy. São Paulo: Ática, 1989.
O livro aborda as relações entre o documento fotográfico e as informações que ele nos traz de
um fato passado, apesar de não substituir a realidade.
•• História oral: memória, tempo, identidades. Lucilia de Almeida Neves Delgado. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
A obra trata da metodologia da História oral que busca registrar, por meio das narrativas induzidas e estimuladas, testemunhos, versões e interpretações sobre a História em suas múltiplas dimensões. O livro trata, portanto, da memória; identidades; História e memória; História oral, narrativas,
tempo e identidades; História oral e conhecimento histórico; dinâmicas da memória e da História;
tempos vividos e memória coletiva, entre outros.
•• A família do Marcelo. Ruth Rocha. São Paulo: Salamandra, 2001.
No livro, a escritora aborda diversos temas, tais como: identidade e família, semelhança e diferença entre as pessoas, respeito e cooperação no relacionamento diário entre os membros da família etc.
Páginas 58 e 59 Trabalhando juntos
Os temas históricos devem favorecer o desenvolvimento da reflexão crítica. Nos anos iniciais do
Ensino Fundamental, temas como a história pessoal da criança, da família, da escola e das tradições da
comunidade em que vivem permitem estabelecer muitas relações, fazendo com que se amplie a percepção da própria história de cada criança.
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Direitos de aprendizagem em História no ciclo de alfabetização:
Sujeitos históricos
•• Identificar e expressar (oralmente, graficamente e por escrito) as características (individuais e coletivas) comuns e particulares dos membros dos grupos de convívio dos quais participa (familiares,
étnico-culturais, profissionais, escolares, de vizinhança, religiosos, recreativos, artísticos, esportivos,
políticos, dentre outros), atualmente e no passado. Iniciar, aprofundar e consolidar no 2o ano.
•• Dialogar e formular reflexões a respeito das semelhanças e das diferenças identificadas entre os
membros dos grupos de convívio dos quais participa (familiares, étnico-culturais, profissionais,
escolares, de vizinhança, religiosos, recreativos, artísticos, esportivos, políticos, dentre outros), atualmente e no passado. Iniciar e aprofundar no 2o ano.
MANUAL DO PROFESSOR
Compreendemos que durante esse ciclo de aprendizagem, algumas habilidades devem ser trabalhadas e desenvolvidas pelos alunos. Habilidades essas enunciadas nos direitos de aprendizagem em História, presentes no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), dos quais destacamos alguns trabalhados nesta atividade. São eles:
•• Identificar e expressar (oralmente, graficamente e por escrito) as características (individuais e coletivas) comuns e particulares dos membros de outros grupos de convívio, locais e regionais, atualmente e no passado. Iniciar, aprofundar e consolidar no 2o ano (BRASIL, 2012, p. 27).
Ao identificar as diferenças e as semelhanças entre as histórias vividas por eles e entre outras pessoas, no passado e no presente, os alunos podem perceber também como as histórias individuais participam da construção da história da sociedade em geral e, ao ouvir relatos orais, podem buscar na memória de familiares e outros adultos elementos para a compreensão da importância das fontes para o
conhecimento histórico.
A confecção, em equipes, de caixas do tempo pode ser um passo para a preservação da história
da escola. Esse material, além de permanecer na escola como documento a ser consultado, pode também ser usado nos anos posteriores como referência e modelo para outras turmas realizarem o mesmo
trabalho, dando continuidade à caixa do tempo do ano seguinte. A preservação da memória é um exercício de cidadania que deve ser estimulado nesse e em outros momentos.
A confecção da caixa do tempo deve ser realizada por toda a turma. Para que as caixas possuam
conteúdo interessante e de fato contribuam para a preservação da memória, é preciso acompanhar atentamente a terceira e a quarta etapas.
Na terceira etapa, oriente as entrevistas e pesquisa. Antes das entrevistas, sugira uma pesquisa sobre a história da escola, investigando o ano de sua fundação, o nome da escola e seu significado etc. Nas
entrevistas, destaque aos alunos a importância de se entrevistar funcionários que desempenhem as mais
diferentes atividades. Dessa forma, as histórias contadas serão diferentes, e cada uma auxiliará a contar
um pouco mais sobre a escola. Além das histórias sobre fatos marcantes, oriente que questionem a respeito de projetos que já existiram na escola e que foram levados à comunidade, como campanhas para
a coleta e reciclagem de lixo, preservação do meio ambiente, hortas comunitárias, entre outras ações cidadãs que foram importantes para a comunidade escolar.
Na quarta etapa, a de organização das lembranças, é preciso contribuir com a organização dos textos. Sugira que organizem as informações cronologicamente, a fim de que desenvolvam noções de anterioridade e posterioridade. Resgate as orientações sobre a redação de textos presentes neste Manual,
elas contribuirão para a confecção dessa atividade, bem como para sua avaliação. O trabalho com os textos pode ser ampliado nas aulas de Língua Portuguesa.
A produção das caixas do tempo pode ser feita ao longo do semestre letivo, num esforço de vários setores da escola. Dessa forma, as caixas terão mais informações e um significado mais importante
para os alunos.
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UNIDADE
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Continuando a História... Pistas do passado
Página 60
Em qualquer grupo, é fundamental conhecer a história da sociedade em que se vive para entender determinados processos que a regem. Essa consciência é construída, principalmente, pela compreensão das transformações em diversas sociedades, em espaços e tempos diferentes. Ao abordar nos capítulos anteriores os temas relativos ao nome, ao sobrenome, à composição da família e aos documentos do aluno, buscou-se resgatar ainda que, em linhas gerais, alguns aspectos que envolvem as mudanças e permanências podem ser percebidos por meio de pesquisas e abordagens de outros tempos históricos.
Nesta unidade, cujo eixo temático gira em torno das fontes históricas, serão enfocados os temas
ligados à importância da preservação das fontes e do Patrimônio Cultural do local em que se vive, tendo como objeto de estudo as formas de moradia de alguns grupos humanos.
Nesta unidade buscamos auxiliar o aluno a desenvolver:
•• a reflexão sobre a finalidade dos estudos históricos, o significado da pesquisa e a interpretação
de fontes e documentos históricos a partir do enfoque que se faz deles;
•• a incorporação da noção de fontes históricas e da importância de sua preservação;
•• a percepção da diversidade sociocultural da passagem do tempo e sua contagem como construção cultural;
•• a percepção das relações humanas com os espaços de vida, começando pela casa onde se mora e os elementos que a caracterizam;
•• o reconhecimento e a comparação do ambiente físico das casas, do espaço de moradia, bem como a dinâmica e as ocupações entre espaços comuns e espaços privados, levando o aluno à
compreensão do significado de outras formas de morar;
•• o reconhecimento de sociabilização, individualidade e respeito ao coletivo, comparando-o com
outras experiências diferenciadas no tempo e no espaço;
•• o aprofundamento do reconhecimento de mudanças e permanências, além da introdução de algumas noções de representação espacial e organizacional por meio não só das vivências e relações, mas também de representações cartográficas, a partir de mapas.
Páginas 60 e 61 Abertura de unidade
A abertura da unidade traz a imagem de Sobrados art déco e art nouveau da Praça Anthenor
Navarro no centro histórico de João Pessoa, na Paraíba. Esses sobrados foram reformados em 1998 no
esforço de restauro do centro histórico da cidade. O Paço Municipal é um importante patrimônio
representativo da história política da cidade. Sua arquitetura, preservada na restauração do Paço (entre
os anos de 2007 e 2009), também é um elemento de destaque e que deve ser estudado.
A escolha dessa imagem se deu pelo fato que nesta unidade serão trabalhados os temas relativos
à história na nossa vida, o Patrimônio Histórico, tipos diferentes de moradias, ou seja, assuntos relacionados à História e que influenciam a nossa história de vida.
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Capítulo 1 - A História na nossa vida
As imagens de abertura do capítulo buscam mostrar de maneira bastante direta a forma como algumas atividades ligadas ao universo feminino mudaram nos últimos anos, mas que tanto no passado, a
exemplo das imagens das décadas de 1970 e 1980, quanto mais recentemente, como visto nas imagens
do século 21, as mulheres exercem ocupam espaço nas funções domésticas e de criação dos filhos, como
também no mercado de trabalho nas mais diversas funções.
A análise dessas imagens têm como objetivo dar oportunidade para que os alunos trabalhem o
conceito de História como construção cultural. É importante que eles debatam sobre o tema, inclusive
conversando entre si e sobre outros fatos ligados ao tema.
Explique que a evolução ocorreu desde o surgimento do homem na Terra, e que os avanços são
visíveis tanto nas formas de organização das sociedades quanto no modo de trabalhar, na maneira de
distribuir riquezas, nos costumes e até na forma de pensar, que influenciou em alguma medida a nossa
maneira de viver nos dias atuais.
MANUAL DO PROFESSOR
Página 62 Para começo de conversa...
1.Traga para sala de aula algumas informações sobre a mudança no vestuário das mulheres ao
longo do século 20. É interessante contextualizar essas mudanças, pontuando aos alunos que
o vestuário é um dos elementos culturais que auxilia a refletir a posição das mulheres na sociedade.
Para tal, sugere-se a exibição do seguinte vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=-q-5mwvpbpI, no qual apresenta-se em 1 minuto e 40 segundos a trajetória do vestuário no século 20.
É importante que, por meio desse vídeo, sejam destacadas algumas características da sociedade que podem ser analisadas por meio das roupas usadas pelas mulheres, como no início do
século as roupas serem mais fechadas e cobrirem mais o corpo do que as roupas usadas no
anos finais do século. Há uma passagem do vídeo em que a mulher veste roupas sociais, de
trabalho, que refletem sua entrada no mercado de trabalho. É importante que os alunos identifiquem que as mudanças na sociedade têm impacto direto nos elementos da cultura, bem
como deve-se reforçar com eles a noção de que nossa sociedade e nossa realidade está em
constante mudança.
As mulheres na História
Página 63
Ao abordar transformações ocorridas, tendo como referência a participação das mulheres em segmentos profissionais, você pode explorar outros aspectos, além das atividades em si, exercidas por elas.
Sobre a entrada das mulheres no mercado de trabalho, sugerimos a leitura do texto complementar 5, no qual há uma discussão sobre essa mudança da participação feminina no mercado de trabalho.
Ao trabalhar a imagem da jogadora Marta, destaque que os uniformes femininos são mais leves e
adequados à anatomia feminina. É importante, também, comentar que a Copa do Mundo de Futebol Feminino reúne 16 seleções femininas para competir a cada quatro anos e que surgiu como ideia dos delegados da Fifa durante a Copa do Mundo de 1986, no México. As Copas do Mundo das Mulheres de
1999 e 2003 foram celebradas nos Estados Unidos, e a Fifa anunciou em 2010 que, a partir da edição de
2015, o número de seleções participantes irá aumentar de 16 para 24 países.
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Mais atividades
1. Proponha também uma pesquisa sobre quais outras modalidades de esportes a mulher tem se
sobressaído. Oriente os alunos a fazer um levantamento com os esportes que anteriormente não
eram praticados por mulheres. Um exemplo são as lutas (na atualidade, muitas mulheres competem em lutas tradicionais como judô e caratê, como também competições de Mix Marcial
Arts - MMA).
Feito esse primeiro levantamento, os alunos devem pesquisar nomes de atletas de destaque e,
se possível, informações sobre o que as levaram a praticar tal modalidade e quais as dificuldades encontradas. A entrega dessa pesquisa pode ser por meio de uma conversa com a turma
toda, na qual cada aluno apresenta as informações coletadas, que podem servir como estímulo para o debate. Esse trabalho de pesquisa pode ser desenvolvido de forma integrada com o
estudo da Educação Física.
Página 64 Pesquisando e aprendendo mais
A primeira atividade envolve três gerações e permite aos alunos fazer relação com os conceitos
históricos de mudanças e permanências. Converse com os alunos sobre as várias respostas dadas de
acordo com a realidade de cada família, e a análise apresentada sobre as principais características de cada época pesquisada.
É fundamental também explicar que a história de cada pessoa é importante para ela e para as pessoas que a conhecem e que essa história pode ser contada de várias formas, dependendo de quem conta, ou seja, da maneira como aquela pessoa percebeu os fatos.
Pistas do passado e o Patrimônio Histórico
Página 66
É importante que você reforce com os alunos que a história de cada um se confunde com a de
outras pessoas que viveram no mesmo período em um determinado país.
Como foi feito na Unidade 1 do livro, quando o aluno pode comparar a sua linha do tempo com
a de seus colegas, pode relacioná-la com outros acontecimentos, podendo também perceber que, ao
comparar a história de vida de duas pessoas é possível encontrar muitas diferenças, assim como achar
muitas semelhanças. É importante que o aluno perceba que isso acontece porque não vivemos isolados.
Vivemos em uma família, temos um grupo de convívio em um bairro, em uma cidade, em um país, e
que a nossa história faz parte da História do nosso tempo.
Comente com os alunos que para uma boa convivência em grupos, como no caso da sociedade brasileira, é preciso que todos respeitem regras. A fim de contribuir para a compreensão dos alunos quanto à
importância disso, proponha a criação de regras de boa convivência na sala de aula e na escola. Em um primeiro momento, deixe que os alunos pontuem o que compreendem ser importante. Se necessário, depois
de uma conversa inicial, indique algumas regras que você compreende como essenciais.
Registre essas regras em dois cartazes, fixe um na sala de aula e outro no mural da escola, de forma que fiquem disponíveis para todos utilizarem no cotidiano escolar.
É importante trabalhar com os alunos sobre como ao longo da história os seres humanos foram
deixando vestígios em diferentes tempos e espaços e são eles que permitem recuperar parte das experiências de diversos grupos e comunidades.
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Página 68 Você sabia?
A preservação do Patrimônio Histórico é encarada na atualidade como uma questão de cidadania,
uma vez que se preserva um bem cultural não só pelo valor estético, arquitetônico ou histórico, mas pelo que ele representa para a comunidade.
[...] é a memória dos habitantes que faz com que eles percebam, na fisionomia da
cidade, sua própria história de vida, suas experiências sociais e lutas cotidianas. A memória é, pois, imprescindível na medida em que esclarece sobre o vínculo entre a sucessão de gerações e o tempo histórico que as acompanha (ORIÁ, 2002, p. 139).
MANUAL DO PROFESSOR
Explique que para se fazer um relato de vida, por exemplo, desde o nascimento até o momento
presente, provavelmente seria necessário lançar mão de outros recursos além da memória, como perguntar a pessoas mais velhas, olhar fotografias, procurar documentos, enfim, ir atrás de pistas para lembrar detalhes do passado, da mesma forma que o historiador faz para buscar informação sobre a História da humanidade.
Quando nos referimos ao que denominamos como “Patrimônio Histórico”, quase que imediatamente lembramos de edifícios e monumentos. A primeira legislação patrimonial do Brasil foi o Decreto-lei no 25/37, que estabeleceu o conceito de Patrimônio Histórico como o conjunto de bens móveis e
imóveis existentes no país, cuja conservação seja do interesse público, tanto pela sua vinculação a fatos
memoráveis da História do Brasil quanto pelo valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico ou artístico.
Com base nisso, durante décadas foi priorizado o patrimônio arquitetônico de igrejas, fortes e casarões com estilo arquitetônico relevante, deixando-se de preservar conjuntos sem destacado interesse
arquitetônico, como vilas operárias ou casas usadas como cortiços, que, segundo as concepções do período, não careciam de preservação.
O mais acertado em termos de preservação cultural seria fazer referência a todo o “Patrimônio Histórico” que inclua aspecto cultural, artístico, arqueológico e natural.
Ainda conforme Ricardo Oriá, no texto sobre Memória e ensino de História :
Vale ressaltar que o patrimônio histórico-cultural não constitui apenas um acervo de obras raras ou da cultura de um passado remoto e distante, assim serve tão só
para relembrarmos nostalgicamente os tempos idos. A valorização e o conhecimento de
um bem cultural, que testemunha a história ou a vida do país, pode nos ajudar a compreender quem somos, para onde vamos, o que fazemos, mesmo que muitas vezes pessoalmente não nos identifiquemos com o que este mesmo bem evoca, ou até não apreciamos sua forma arquitetônica ou seu valor histórico (Oriá, 2002, p. 134).
Desse modo, é importante ressaltar que não são apenas os monumentos que devem ser preservados, mas todos os saberes e experiências humanas, bens naturais ou culturais, assim como a arte em
todas suas manifestações, das eruditas às populares, entre tantos outros exemplos.
Ao longo da nossa existência como nação, a memória histórica privilegiou, de modo geral, os grandes heróis, seja no nome de ruas, praças, parques ou na existência de monumentos e estátuas erigidos
em homenagem à memória de determinados personagens.
Foi apenas na Constituição de 1988 que se buscou mudar a política de preservação com dispositivos legais para garantir uma política mais ampla nesse aspecto. No Art. 215, §§ 1o e 2o, ficou estabelecido que o Estado deve proteger as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, as-
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sim como as de outros grupos participantes da nação brasileira, além de prever a criação de leis para assegurar a criação de datas comemorativas de importância para os diferentes segmentos étnicos nacionais, como a fixação do dia 20 de novembro, data da morte de Zumbi, líder do Quilombo de Palmares,
em 1695, chamado de o dia da Consciência Negra. No Art. 210, § 2o, e Art. 231 da Constituição, as comunidades indígenas têm, com alguns dispositivos, assegurado seu lugar na construção da memória do país pela preservação de sua cultura milenar.
Com a Lei no 11.645/2008, promulgada em 2008, ao tornar obrigatório o ensino da História e da
Cultura Africana e das populações indígenas, o ensino avançou no sentido de minimizar e finalmente
buscar extinguir o descaso com a memória e preservação do Patrimônio Imaterial do Brasil.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco),
a expressão Patrimônio Imaterial pode ser definida como o conjunto de práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas, que conjuntamente com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares
culturais que lhes são associados, permitem que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos se reconheçam como parte integrante de seu Patrimônio Cultural.
Além das atividades propostas no Livro do Aluno, você pode sugerir que eles falem sobre aspectos do meio ambiente da região onde moram e se os consideram patrimônios valiosos que merecem ser
preservados. É importante que considerem tanto os elementos naturais quanto as construções humanas.
Os alunos também podem pesquisar no site do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) sobre os diversos processos de registro de Patrimônio Imaterial que estão em andamento, como lugares sagrados dos povos indígenas, registro de danças e lutas, como a capoeira, o mamulengo,
entre outros.
Página 69 Escrevendo a História
Nessa atividade será trabalhada a compreensão que os alunos têm de fonte histórica e patrimônio.
O resgate de objetos pessoais que auxiliam a contar a sua história, ou de alguém de sua família,
permite a compreensão das fontes históricas de forma menos abstrata.
Já a consciência da importância da preservação desses objetos faz com que os alunos compreendam, em menor escala, qual o objetivo da preservação do Patrimônio Histórico, nacional e mundial.
Mais atividades
1. Como complemento ao estudo do Patrimônio Imaterial, sugere-se uma reflexão sobre tradições
de família no tratamento de alguns mal-estares e doenças.
Peça aos alunos que conversem com os familiares sobre chás e receitas caseiras utilizadas para tratar alguns problemas comuns, como insônia, dor de barriga e intestino preso, e tentem
descobrir de onde veio esse hábito.
Em sala de aula, oriente a troca de informações, a fim de ver quais os “remédios caseiros” comuns entre os alunos.
Se possível, sugira uma pesquisa sobre a origem de algumas dessas receitas caseiras para o tratamento de doenças.
Essa atividade pode ser desenvolvida de forma integrada à disciplina de Ciências, investigando
quais os princípios ativos de cada um desses chás e remédios caseiros. É importante, no entanto, destacar que a persistência de doenças e indisposições não é comum e o acompanhamento médico é bastante importante nos tratamentos.
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Capítulo 2 - A casa, uma pista no tempo
A abertura do capítulo traz a letra da canção “A casa”, de Vinicius de Moraes, além de uma gravura da casa do artista plástico Carlos Páez Vilaró, que inspirou os versos da composição musical. A escolha desse poema contribui para estimular a imaginação e a criatividade dos alunos quanto ao tema do
capítulo, uma vez que serão apresentadas diferentes formas de morar, em tempos e espaços diversos, cada qual contando uma história diferente.
Você pode levar, se possível, a canção para os alunos ouvirem e apresentar o texto todo, conversando sobre o que eles conseguiram prever e interpretar a respeito do texto e também para checar se
o que inferiram têm coerência. Em seguida, apresente a imagem da casa de Vilaró, relacionando-a com
a canção.
MANUAL DO PROFESSOR
Página 70 Para começo de conversa...
A casa de Vilaró, transformada no hotel chamado “Casapueblo”, conta na atualidade com mais de
setenta quartos, todos batizados com nomes de hóspedes famosos, como Pelé, Vinicius de Moraes e artistas das décadas de 1960 e 1970.
Página 72 Para refletir
Essa atividade objetiva despertar a criatividade do aluno a respeito da letra da canção de Vinícius
de Moraes. Em um primeiro momento, espera-se que o aluno reflita sobre a canção e liste os elementos
que acha que devem compor a casa, na sequência ele irá representá-la por meio de um desenho.
Dessa forma, o aluno irá praticar as habilidades da escrita, que está desenvolvendo, bem como de
representação por desenhos, que nessa faixa etária é bastante importante para comunicar seu ponto de
vista.
Página 76 Aprender fazendo
É importante refletir com os alunos sobre como a casa é o primeiro espaço de socialização das
pessoas, e que a vivência nesses espaços contribui para a construção da visão de mundo. É importante
trabalhar sobre como a casa de cada pessoa, geralmente, reflete seu modo de vida. Ressalte também
que a estrutura física da residência é determinada por elementos culturais do local e do tempo em que
ela foi construída e que esses elementos envolvem condições físicas, econômicas e estéticas, além da
busca pelo conforto e praticidade. Por essa razão, cada casa é uma fonte para o estudo da época e do
local em que foi construída.
Outras casas, outras histórias
Página 77
Você pode desenvolver um trabalho minucioso quanto à leitura das imagens da abertura e, a partir delas, levar os alunos a refletir sobre o que será tratado no capítulo. Explore as diferentes construções
em regiões com diferentes tipos climáticos, destacando a necessidade de adequar as moradias aos locais
onde são construídas. Ao analisar as diferenças entre as construções, oriente os alunos a considerarem o
impacto climático na escolha dos materiais utilizados e modelos de casas. A questão climática pode ser
ampliada nas aulas de Geografia e Ciências.
Ainda que de forma bastante resumida e localizada, a variedade apresentada pode despertar nos
alunos a curiosidade e o interesse por aspectos diferentes que envolvem a moradia das pessoas.
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1. Com o objetivo de aprofundar a relação entre as construções das moradias, a região e o clima
onde são construídas, sugere-se a exposição de diferentes moradias no mundo, que são construídas adequadamente ao clima da localidade. Apresente os iglus, construções de gelo feitas
por esquimós, que têm por objetivo isolar o vento e reduzir o frio. Neste site você encontrará
mais informações sobre os iglus: http://escola.britannica.com.br/article/483296/iglu.
Feita essa apresentação, bem como explorado o tema das palafitas, no Livro do Aluno, estimule os alunos a pesquisarem sobre a influência do clima na construção das moradias.
Na pesquisa, os alunos devem procurar informações sobre diferentes moradias no Brasil ou fora dele, que considerem os fatores climáticos como elementos importantes para sua construção. Devem ser registrados o tipo de moradia, o local em que foi construída, o clima, e de que
forma essa construção protege do clima.
Os dados devem ser apresentados em sala de aula, de forma a estimular uma reflexão sobre a
importância do clima na vida de todos nós.
Página 80 Aprender fazendo
Ao apresentar o texto do livro referente aos diversos tipos de moradias, leve os alunos a observar em cada imagem e a refletir quanto às diferenças entre elas, bem como sobre o porquê de cada
uma delas possuir características tão peculiares. Por exemplo: Como são os moradores dessa casa? Os
alunos já conheciam algum desses modelos de moradia?
Página 80 Para refletir
As atividades propostas podem propiciar um interessante exercício individual sobre a casa de cada um e a história que ela transmite, reforçando a percepção dos alunos como integrantes da história do
local em que vivem. Será importante a troca de conhecimento que essa atividade propiciará aos alunos,
pois as casas são diferentes. Mesmo que morem em apartamento, casas térreas, palafitas, ocas etc., cada
aluno tem um jeito diferente de organizar a casa, os pertences, e isso ele aprendeu com a família, pois
somos diferentes, mesmo que pareçamos iguais. Apesar da pouca idade, os alunos já conseguem perceber, ao andar pela cidade ou pela comunidade onde moram, como muitas mudanças acontecem pela
substituição de casas e prédios, pela abertura de ruas etc. Essa percepção fica mais intensa quando se
conversa com pessoas mais velhas. É importante trabalhar com os alunos essas mudanças e as permanências, e também investigar qual o impacto que essas mudanças têm na vida das pessoas que moram
nesses espaços. Aproveite, mais uma vez, para trabalhar com a importância da preservação da memória
como aspecto fundamental para a formação da cidadania dos alunos.
Página 81 Escrevendo a História
Para iniciar a atividade sobre a percepção dos alunos quanto aos exemplos de casas apresentadas,
é importante que você explique que as várias gravuras retratam modelos diferentes de moradia em lugares diferentes. Analise cada uma delas, pedindo que os alunos façam comentários a respeito. Essa atividade visa desenvolver a capacidade de interpretar e descrever diferentes referências. Aproveite a oportunidade para explorar elementos presentes nesses espaços como aspectos, da tradição e da cultura das
pessoas.
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Sugestões para o professor
•• O saber histórico na sala de aula. Circe Bittencourt (Org.). São Paulo: Contexto, 2002.
O livro aborda vários aspectos ligados à tarefa complexa que envolve o cotidiano dos professores em sala de aula diante do grande desafio de estabelecer relações com tempos históricos. A
obra também procura desenvolver a reflexão dos professores preocupados com a formulação do ensino de História, que envolve a redefinição dos conteúdos e dos métodos.
•• Educar pela pesquisa. Pedro Demo. Campinas: Autores Associados, 1996.
MANUAL DO PROFESSOR
Ainda nessa atividade serão exploradas questões que influenciam a construção das casas, como a
época em que forma construídas, o clima da região, entre outros aspectos.
A obra trata sobre a importância da pesquisa como condição primeira para a atividade do professor e dos alunos na prática cotidiana da sala da aula.
•• Fontes históricas. Carla B. Pinsky (Org.). São Paulo: Contexto, 2006.
O livro aborda o uso das fontes, dos métodos e das técnicas utilizadas pelos pesquisadores em
seu contato com vestígios e testemunhos do passado humano.
•• Terra dos homens. Paul Claval. São Paulo: Contexto, 2010.
O autor, um dos maiores geógrafos da atualidade, explica, na obra, de que maneira devemos
conduzir nossas vidas para garantir a preservação dos recursos naturais do planeta.
•• Leia também o texto de apoio 3. Nele você encontrará a reprodução de artigos e princípios da Carta de Washignton com variados subsídios para uma melhor abordagem sobre a preservação histórica. Já no texto de apoio 4, você encontrará uma análise da herança deixada pelos nossos antepassados e como ela é vista atualmente, com as mudanças constantes no dia a dia das pessoas.
Endereços eletrônicos
•• http://www.mcb.sp.gov.br
O site do Museu da Casa Brasileira, espaço elaborado na década de 1970, oferece um panorama da “casa brasileira” ao longo de quatro séculos, desde os relatos dos cronistas, inventários, testamentos, entre outros, relatando aspectos acerca do abastecimento de água, móveis, iluminação, brinquedos, costumes etc.
•• http://www.mma.gov.br
Site do Ministério do Meio Ambiente, que busca a articulação institucional e cidadania ambiental, entre outros aspectos.
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UNIDADE
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Outros espaços de convívio
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As contribuições culturais de um determinado grupo humano a uma localidade podem ser explicadas por fatores históricos e sociais.
O que todos nós vemos no nosso entorno, no bairro onde moramos, no caminho de casa para a
escola ou o trabalho, as pessoas, enfim, tudo é a paisagem.
O geógrafo Milton Santos, em sua obra Metamorfose do espaço habitado, explica essa dinâmica
constante observada na paisagem.
[...] A paisagem não é dada para todo o sempre, é objeto de mudança. É um resultado de adições e subtrações sucessivas. É uma espécie de marca da história do trabalho, das técnicas. Por isso, ela própria é parcialmente trabalho morto, já que é formada
por elementos naturais e artificiais. A natureza natural não é trabalho. Já o seu oposto, a natureza artificial, resulta de trabalho vivo sobre trabalho morto. Quando a quantidade de técnica é grande sobre a natureza, o trabalho se dá sobre o trabalho. É o caso das cidades, as grandes. As casas, a rua, os rios canalizados, o metrô etc., são resultados do trabalho corporificado em objetos culturais. Não faz mal repetir: suscetível a
mudanças irregulares ao longo do tempo, a paisagem é um conjunto de formas heterogêneas, de idades diferentes, pedaços de tempos históricos representativos das diversas
maneiras de produzir as coisas, de construir o espaço [...] (SANTOS, 1988, p. 24).
Os sons, o clima, a temperatura, entre muitos outros elementos, também fazem parte da paisagem.
Nesta unidade, os alunos poderão identificar o seu bairro do ponto de vista espacial, com sua localização em relação à cidade; do ponto de vista estrutural, pelos recursos que possuem, como luz, saneamento básico, calçamento, comércio, lazer, escolas e transportes públicos; e do ponto de vista histórico, pelo
resgate das mudanças ocorridas e preservação do Patrimônio Histórico.
O tema abordado nesta unidade, sob o eixo temático “Paisagens”, busca reforçar condições para que
cada aluno se reconheça como um sujeito histórico, um ser social e comunitário, que participa e se integra
ao meio em que vive, percebendo também os aspectos históricos da comunidade em que está inserido.
É importante trabalhar com os alunos o objetivo da pesquisa e a interpretação das fontes ou documentos históricos para o desenvolvimento do seu espírito crítico e analítico.
Nesta unidade buscamos auxiliar o aluno a desenvolver:
•• o entendimento de que a busca por imagens, relatos e documentos históricos contribui para o conhecimento e a preservação da memória e do Patrimônio Cultural e Histórico do local onde vive;
•• a percepção da relação da história com o papel de todos os indivíduos na construção da História, procurando fazer com que o aluno aprenda olhar a realidade e entender a historicidade dos
acontecimentos, relacionando-os com outros fatos do passado e do presente;
•• a noção da importância de conhecer a história dos lugares que lhe são significativos permite reconhecer que são parte dessa história;
•• o reconhecimento dos espaços físicos, sua localização e dinâmica no conjunto do local onde mora;
•• a percepção da existência e funções de órgãos oficiais que legislam e controlam o funcionamento das mais variadas atividades humanas.
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A abertura da unidade traz uma imagem da Marginal Tietê, na cidade de São Paulo (SP). A escolha dessa imagem se deu pelo fato de que nesta unidade serão trabalhados os temas relativos à rua, vizinhos, nome de ruas e dos lugares, endereço, ou seja, tudo que envolve o lugar onde moramos e que
faz parte da história de cada um, e que faz parte da história como um todo.
Capítulo 1 - A rua e seus personagens
Página 84 Para começo de conversa...
A cantiga de roda que introduz o capítulo sobre as ruas e seus personagens é bastante conhecida e pode ser cantada pela turma.
Ressalte que todos nós vivemos em uma comunidade e que, a exemplo do que dizem os versos
da cantiga, podemos transformar a realidade em que vivemos.
A observação das gravuras, acompanhada da leitura do texto, pode ser utilizada para a percepção
das semelhanças e diferenças entre as ruas retratadas e aquela onde os alunos moram, da importância da
conservação e dos cuidados para com o local onde vivem, do respeito às regras de trânsito para a segurança de todas as pessoas, entre outros aspectos que envolvem a vida em grupo.
A questão da segurança deve ser reforçada.
Indique aos alunos a visita ao site http://criancasegura.org.br, no qual são abordadas diversas questões referentes à segurança das crianças. Se possível, traga algumas das informações do site para sala de
aula e oriente os alunos
MANUAL DO PROFESSOR
Páginas 82 e 83 Abertura de unidade
A rua
Ao trabalhar com as diferentes ruas, uma bastante movimentada e outra na qual as crianças podem brincar, comente a importância da rua como espaço público e de convivência.
A imagem da página 85, na qual as crianças brincam na rua é de uma comunidade quilombola.
Explique aos alunos que essas comunidades foram formadas por descentes de escravos africanos, e até
hoje guardam a cultura desses povos. Hoje, no Brasil, existem mais de 2 000 dessas comunidades espalhadas pelo território.
Mais atividades
1. Como atividade complementar, pode ser convidado um profissional da área de trânsito para de-
bater com as crianças a segurança no trânsito. Paralelamente, pode ser organizada uma atividade integrada de confecção de uma maquete. Os alunos irão produzir com materiais recicláveis, carros, placas de trânsito, semáforos e uma rua.
Em um pedaço de papelão, peça que os alunos pintem a rua, indicando o que é calçada, por
onde devem passar os carros; marquem as faixas de pedestres; e insiram a sinalização, com os
semáforos e placas. Depois, a turma deve dispor os carros e, se possível, alguns pedestres. O
trabalho com a maquete permitirá que os alunos observem a sinalização e compreendam como devem agir nesses espaços.
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A rua e os vizinhos
Página 89
Neste subitem, a partir da leitura dos textos apresentados, leve os alunos a refletir e debater as relações sociais que se estabelecem no local onde vivemos, estudamos e trabalhamos, além da necessária
colaboração, participação e convívio respeitoso entre as pessoas.
Incentive o debate sobre esse processo, relatando histórias positivas vividas em relação aos vizinhos. Destaque, principalmente, a questão do ritmo acelerado e o medo da violência que levam as pessoas a manter distância umas das outras, sendo que muitas sequer sabem quem são seus vizinhos.
Página 89 Para refletir
Ao desenvolver a atividade, se um ou mais alunos narrarem experiências de sua comunidade, como associação de moradores, cooperativas, clubes de jovens, de mães, de idosos, você pode ressaltar a
importância desse tipo de iniciativa para o exercício da cidadania, pedindo, inclusive, que os demais pesquisem se existem outras associações nos locais onde moram.
Como atividade complementar, pode ser convidado um representante de uma associação de bairro para conversar com os alunos e contar sobre como ela funciona e benefícios obtidos por ela. Sugira
alguns aspectos que podem ser abordados na conversa, como razões que levaram à criação da associação, como acontece a participação das pessoas, exemplos de conquistas obtidas após a reivindicação,
entre outros.
Página 90 Pesquisando e aprendendo mais
Ao realizar a atividade, o aluno deverá buscar as impressões de pessoas do seu convívio a respeito do passado da rua e do bairro onde moram, fazendo relatos sobre as mudanças e sobre o que
permaneceu. É importante destacar que esse trabalho com a história local, principalmente ao se lançar mão da entrevista, contribui para o fortalecimento e o reconhecimento de cada aluno como sujeito histórico pertencente a uma determinada comunidade, espaço onde também se vive e se produz
história.
Destaque a importância de conhecer a história do bairro e dos moradores que o compõem. Como atividade complementar à entrevista, oriente os alunos a solicitar aos entrevistados que relatem como era o bairro antigamente em um determinado aspecto, por exemplo, quanto às construções que antes eram apenas residenciais e no presente foram demolidas ou se transformaram em prédios comerciais.
Peça também que perguntem sobre o movimento das ruas, sobre o fluxo dos carros, enfim, que abram
espaço para que os entrevistados falem sobre as transformações que o bairro sofreu e do que sentem
falta nele em relação ao passado.
Os nomes das ruas e dos lugares
Página 91
Sobre este tema, sugira aos alunos que pesquisem em casa fotografias retratando outros períodos
da rua onde moram, visando estabelecer comparações com seu estado na atualidade. A atividade de
pesquisa e análise das fotos disponíveis auxilia a percepção do trabalho de pesquisa histórica e do conceito de fonte histórica.
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Após a realização da atividade “Para refletir” sobre a rua onde moram, você pode promover a troca dos trabalhos entre os alunos para que eles conheçam a origem dos nomes de algumas ruas da cidade e, também, a opinião dos colegas sobre os lugares onde moram. Se existirem dois ou mais alunos
que morem na mesma rua, procure mostrar para a turma as diferenças de ponto de vista a respeito da
mesma rua segundo o olhar de cada um deles. Com isso, você reforçará o conceito de pluralidade de visões e de interpretação para um mesmo fato, no caso, a descrição de uma rua.
Página 94 Escrevendo a História
Colocando-se como protagonista da História, os alunos irão escrever sobre a história de sua rua.
Capítulo 2 - Meu endereço e outras histórias
MANUAL DO PROFESSOR
Página 93 Para refletir
Página 95 Para começo de conversa...
Ao iniciar a abordagem deste capítulo é importante que os alunos façam indagações sobre a disposição legal colocada no Diário Oficial do município de São Paulo e a relacione com as fotografias apresentadas na página, que retratam diferentes ruas existentes no Brasil.
O título do capítulo procura remeter já inicialmente às muitas histórias que envolvem a importância social do estabelecimento e reconhecimento do endereço para a comunicação e localização
das pessoas.
É importante trabalhar o significado do emprego dos termos “regularizado”, que significa estar de
acordo com as normas que regulam esse tipo de informação; e “oficializado”, ou seja, estabelecido por
um dispositivo público oficial, como nesse caso, o Diário Oficial do município de São Paulo. O Diário Oficial é um veículo de comunicação pelo qual a Imprensa Oficial do município, dos estados e do país têm
de tornar público todo e qualquer assunto acerca do seu âmbito municipal, estadual ou federal. Quanto
ao termo “denominado”, significa estar com o devido nome e número que lhe foi designado.
Ao trabalhar o tema do capítulo, realize a observação e a comparação entre os diferentes tipos de
bairros, vilas, áreas rurais, entre outros, que existem na sua cidade, destacando a diversidade e os aspectos positivos da pluralidade de locais onde as pessoas vivem.
Os bairros
Páginas 97 e 99
Ao explorar os diferentes tipos de bairros é interessante trazer um mapa de sua cidade para sala
de aula e tentar identificar esse zoneamento no mapa. Essa análise permite a integração com a disciplina de Geografia, de forma a compreender como é feita essa separação entre os bairros, como e onde
podem ser instalados os bairros industriais, entre outras questões.
Página 100 Pesquisando e aprendendo mais
Ao desenvolver a atividade é importante que você oriente os alunos que a pesquisa sobre o bairro pode ser feita na Prefeitura Municipal, na Câmara de Vereadores ou nos sites desses órgãos públicos,
além dos registros orais e fotografias obtidos na região.
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Não se esqueça de retornar ao tema da importância das associações de bairros, pois isso reforça o
assunto já abordado na unidade anterior e propicia um debate em classe sobre eventos, acontecimentos, agremiações, clubes, entre outros, para que os alunos valorizem as atividades da comunidade.
Ressalte que a participação das pessoas é fundamental, principalmente no sentido de buscar soluções para os problemas mais comuns do lugar onde moram.
1. Desenvolva com os alunos um projeto de separação lixo dentro da escola. Essa atividade exige
a colaboração de toda a comunidade escolar e deve ser desenvolvida em caráter permanente,
não apenas por uma semana, nem por um ano letivo. Essa prática é muito importante e uma
vez implantada, deve ser preservada.
Em um primeiro momento, consulte a direção da escola sobre os procedimentos que já ocorrem e de que forma é possível contribuir.
Oriente os alunos a fazerem uma pesquisa sobre a maneira correta de selecionarmos o lixo.
Sobre este tema, o site www.brasilescola.com/biologia/reciclagem.htm fornece informações
que podem ajudar.
Realizada a pesquisa, solicite a confecção de cartazes explicativos para a campanha de separação de lixo, indicando a seleção correta.
Por exemplo: Vidro: copos, garrafas, potes, frascos de medicamentos, perfume e desinfetante;
Metal: latas de refrigerante e cerveja; Plástico: garrafas PET, embalagens de xampu, detergente,
álcool, água sanitária, sacos plásticos; Papel: jornais, revistas, caixas e embalagens de papelão.
Exponham os cartazes pela escola para que todos os alunos possam obter informações sobre o assunto. É importante orientá-los para que a seleção não seja feita apenas na escola, mas também nas
casas das pessoas, de forma que toda a comunidade compreenda a importância da reciclagem.
Enviando cartas
Página 101
A abordagem do tema deste subitem do capítulo pode ser iniciada por meio de uma série de leituras da reprodução de um envelope de correspondência datado de 1976. São muitos os elementos que
podem ser trabalhados, como o selo (sua imagem e a data); parte da escrita datilografada e outra escrita à mão, tratando-se, possivelmente, de informações colocadas depois do envio da correspondência; a
indicação do Código de Endereçamento Postal (CEP), que naquela época tinha apenas 5 dígitos (e não
8, como atualmente); e a indicação do remetente, que é de Santa Catarina (SC), conforme indica o carimbo.
Por meio do breve resgate da história dos selos e da necessidade de comunicação inerente aos
grupos humanos desde os mais remotos tempos, o aluno pode perceber a importância desse processo
e a contribuição que a existência e circulação dos selos têm para a história dos países, bem como para
a divulgação de inúmeros eventos que eles propiciam.
Converse com os alunos sobre a importância dos carteiros para as pessoas. São esses profissionais
que levam para as casas de todos os moradores as correspondências, cartas, boletos, encomendas etc.
Sem eles, não receberíamos nossas correspondências.
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No que diz respeito aos avanços dos meios de comunicação ao longo da história, você pode promover um debate para propiciar que os alunos se expressem sobre os meios de comunicação que eles
conhecem, como o uso do telefone fixo, do celular, do e-mail e das redes sociais.
É importante que seja destacada a forma como o avanço da tecnologia, em especial os meios de
comunicação, contribui para a vida das pessoas e facilita diversas ações, antes muito complicadas, como
conversar com pessoas que moram em outras cidades, estados ou países, bem como a rapidez como as
informações chegam até nós.
No entanto, o uso da tecnologia e o acesso à informação necessitam de cuidados, especialmente
quando feito por crianças. Nesse sentido, afirme aos alunos que o uso de redes sociais, em sua maioria,
tem uma restrição de idade, tendo em vista o perigo a qual as crianças são expostas entrando em contato com estranhos.
Oriente que os alunos utilizem as redes sociais e portais de informação apenas com a autorização
dos pais, e sempre que possível na companhia deles. É importante, também, que os pais analisem e supervisionem os conteúdos consultados pelas crianças.
MANUAL DO PROFESSOR
Página 103
Página 104
Você deve estimular os alunos a observar os modelos de selos apresentados no livro, chamando
atenção para as informações neles contidas, como a data e o preço, destacado em alguns a mensagem
que a estampa traduz, entre outros aspectos. Por exemplo: qual o significado da estampa do saci-pererê
no selo de 1974? Esse selo fazia parte de uma série que destacava elementos do nosso folclore. E quanto
ao outro que traz a denominação “Dia do Reservista”? O que significa essa palavra?
Mais atividades
1. Como atividade complementar, os alunos podem procurar outros selos em casa, levá-los para a
aula e compará-los com os de seus colegas.
Estimule os alunos para o início e desenvolvimento da prática de colecionar selos, reforçando
o quanto de informações eles trazem, solicitando também que pesquisem sobre o tema e as
formas de se tornar um colecionador.
Existem vários sites que explicam passo a passo como começar uma coleção. Exponha que se
pode conseguir selos nas correspondências da família ou como herança de algum parente que
deixou uma coleção. Lembre os alunos de que muitos principiam comprando certa quantidade de selos universais. Você pode explicar que, com o decorrer do tempo, o filatelista vai tomando conhecimento do mundo filatélico e acaba se especializando em um ou mais países,
ou ainda escolhendo algum tema de sua preferência.
São muitas as informações sobre os selos que podem ser obtidas no site dos correios. Outra opção de atividade complementar é a pesquisa sobre séries especiais de selos. Os alunos podem
pesquisar imagens e eventos que foram lembrados e celebrados por determinada série de selos.
Página 106 Aprender fazendo
Pode-se fazer um trabalho integrado com a disciplina de Língua Portuguesa, explicando o que é
uma carta e respondendo às questões: Em quais contextos ela é utilizada? Quais são as suas características? Quem pode ser o interlocutor? Que vocabulário o remetente deve usar? É possível enviar fotos ou
cartões postais junto com as cartas?
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Para este trabalho, pergunte em sala de aula se os alunos já escreveram alguma carta, se conhecem alguém que mantém esse tipo de comunicação e com que objetivos essa pessoa escreve. Existem diferentes tipos de cartas? Aqui pode-se apresentar, por exemplo, a carta do leitor, comum em
jornais e revistas. O e-mail pode ser considerado um tipo de carta mais moderna? Como o e-mail é
mais próximo do aluno, é interessante fazer um paralelo da carta com essa forma de comunicação –
em ambas há um destinatário, um remetente, uma saudação, uma forma de tratamento a depender
do destinatário etc.
Sugestões para o professor
Sobre os temas enfocados nesta unidade, sugere-se a leitura de:
•• O que é patrimônio histórico. Carlos A. C. Lemos. 5 ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. Coleção Primeiros
passos.
O livro analisa como quadros, livros ou mesmo fotografias que documentem a memória e os
costumes de uma época também fazem parte do acervo cultural e artístico. A obra observa que os
Patrimônios Históricos devem ser preservados, não importando a forma – se por meio de de coleções particulares, do mercado de arte ou da proteção de entidades governamentais –, pois o necessário é preservá-los para que não se perca a memória arquitetônica e cultural do Brasil.
•• Histórias dos povos indígenas. Eunice Paula et al. Petrópolis: Vozes, 1991.
O livro trata da sociedade indígena, escravidão e miscigenação, cultura indígena, índios brasileiros, educação indígena, arte indígena, tribos indígenas do Brasil, línguas indígenas e do contato entre índios e portugueses.
•• Senhores destas terras. Os povos indígenas no Brasil: da colônia aos nossos dias. Gilberto Azanha e Virgínia Marcos Valadão. São Paulo: Atual, 2005.
O livro trata dos primeiros contatos com os índios, dos governadores-gerais, e das guerras justas e dos jesuítas. Analisa também a atuação de Cândido Rondon e as primeiras tentativas de pacificação dos índios, abordando a questão indígena até os nossos dias, trazendo, ainda, depoimentos
dos próprios índios.
•• A rua do Marcelo. Ruth Rocha. 2 ed. São Paulo: Salamandra, 2012.
O livro faz parte da série Marcelo Marmelo Martelo e mostra o espaço público com suas casas,
prédios, diferenças e o modo como esse espaço é utilizado pelos moradores e outras pessoas que
circulam no ambiente urbano.
•• De carta em carta. Ana Maria Machado. São Paulo: Salamandra, 2002.
O livro conta a comovente história de um avô e um neto, analfabetos, e de Miguel, um escrevedor, que sabia as palavras que o destinatário precisava ouvir ou ler. Trata-se de um livro que mostra como a palavra pode interferir nas relações afetivas e também nas instituições, ajudando as pessoas a se sentirem mais cidadãs.
•• A rua é meu quintal. Tânia Alexandre Martinelli. 4 ed. São Paulo: Atual, 2010.
O livro conta a história de Bruno, que aos 13 anos gostaria de controlar sua vida, mas encarregado pela mãe, passa a pedir esmolas para sustentar a família de mais três irmãos. Como pequenos, faltava às aulas, precisou da ajuda de uma amiga e de uma professora para voltar a lutar pelos
seus ideais.
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A utilização de maquetes, aliada a pesquisas, discussão, reflexão e prática é uma das maneiras para fazer o aluno experimentar a expressão do real de maneira reduzida, trabalhando em escala tridimensional.
A proposta consiste em levar ao entendimento e experimento dos alunos, a percepção do espaço por meio de maquetes, onde, de forma reduzida, os alunos reproduzirão situações referentes ao espaço de atuação do ser humano, debatendo como ele é concebido e construído, como os seres humanos interagem com o meio e como se transformam.
O trabalho com maquetes permite estudar conceitos importantes como escala, representações e
convenções cartográficas para montar uma maquete em proporção reduzida.
De acordo com os questionamentos surgidos durante a confecção da maquete, o professor pode
propor aos alunos pesquisa sobre temas relacionados ao espaço geográfico.
MANUAL DO PROFESSOR
Página 108 e 109 Trabalhando juntos
Podem ser estudados problemas urbanos, como: enchentes, poluições das águas e atmosférica, lixo, desigualdades sociais, trânsito e possíveis soluções para cada situação.
Ocupação das áreas verdes: leis ambientais, preservação do meio ambiente e ocupação desses espaços para lazer, esporte e cultura.
Meios de transportes: transporte coletivo, necessidades dos passageiros, pontos de ônibus, segurança e conservação.
Os alunos deverão ser convidados a observar os problemas relacionados à ocupação/utilização do
espaço, compreendendo que eles podem deflagrar diferentes questões.
Quando se trabalha com a realidade do aluno, ela não aprece como fato isolado. Assim, para ser
explicada e entendida são necessários conteúdos de diferentes áreas.
O objetivo geral desta atividade é estabelecer uma relação de contextualização do tema abordado nos capítulos com o saber apreendido pelos alunos, propiciando:
•• o desenvolvimento da prática da pesquisa, de procedimentos de coleta de dados e de organização do trabalho e de síntese;
•• a exploração da potencialidade no desenvolvimento da aprendizagem significativa;
•• a consolidação de conceitos por parte dos alunos, além da possibilidade de expressão e exercício de várias habilidades, principalmente aquelas relacionadas com o trabalho em grupo, socializando o aluno e permitindo que suas dificuldades sejam superadas pelo grupo.
•• a interdisciplinaridade entre as disciplinas de História, Geografia, Língua Portuguesa e Ciências.
No trabalho de elaboração das maquetes, deve-se cuidar para que haja a cooperação e o respeito mútuo entre os alunos. Providencie materiais de sucata, cartolina, tesoura, régua, cola e outros que você achar necessários para que os alunos possam fazer modelos de casas, prédios, palafitas, casebres etc.,
tendo como referência suas casas e demais construções e locais que compõem o espaço onde vivem.
Em seguida, deve-se montar essas edificações em um espaço comum, distribuídas da forma que
os alunos propuserem. Peça que façam as ruas e o preenchimento dos espaços públicos.
Se os alunos morarem em áreas mais afastadas, cuide para que esse espaço seja representado na
maquete. Ao final do trabalho, solicite que cada aluno escreva no caderno uma ou mais frases sobre a
maquete pronta e sobre o trabalho realizado em grupo.
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Textos de apoio
Texto de apoio 1
O texto sobre “A formação do professor de História e o cotidiano da sala de aula” pode ajudar você em suas reflexões e atuação na prática pedagógica do trabalho com o componente curricular História. Sobre a metodologia do ensino da História, as práticas pedagógicas e o papel do professor, sugere-se como apoio os fragmentos de textos apresentados a seguir – textos de apoio 1 e 2.
A problematização histórica, ao ser transposta para o ensino, traz múltiplas possibilidades e também questionamentos. Pode significar desde a capacidade mais simples de construir
uma problemática em relação a um objeto de estudo, a partir das questões postas por historiadores e alunos; pode também significar simples indagações ao objeto de estudo: Por quê? Como? Onde? Quando?
Na prática da sala de aula, a problemática acerca de um objeto de estudo pode ser construída a partir das questões colocadas pelos historiadores ou das que fazem parte das representações dos alunos, de forma tal que eles encontrem significado no conteúdo que aprendem. Dessa
maneira, pode-se conseguir dos educandos uma atitude ativa na construção do saber e na resolução dos problemas de aprendizagem. É preciso que se leve em consideração o fato de que a História suscita questões que ela própria não consegue responder e de que há inúmeras interpretações possíveis dos fatos históricos. Nesse caso, a problematização é um procedimento fundamental para a educação histórica.
A análise causal é outro elemento a ser destacado. […] É importante possibilitar aos alunos
a compreensão de que os acontecimentos históricos não podem ser explicados de maneira simplista. É necessário fazê-los entender que numerosas relações, de pesos e características diferentes, interferem em sua realização.
Ainda mais, é preciso buscar a explicação na multiplicidade, na pluralidade e no encadeamento
de causalidades, sem a preocupação com a determinação finalista de causa-acontecimento-consequência.
[…]
Muito mais que as determinações causais, é importante levar o educando à compreensão
das mudanças e permanências, das continuidades e descontinuidades. Essas noções são fundamentais na sua educação histórica e exigem, por parte do professor, uma grande atenção aos diferentes ritmos dos diferentes elementos que compõem um processo histórico, bem como às complexas inter-relações que interferem na compreensão dos processos de mudança social. […]
Existe um consenso entre a maioria dos historiadores de que o passado não pode ser resgatado tal qual aconteceu; ele só pode ser reconstruído em função das questões colocadas pelo
presente. Assim, também é consensual que, para reconstruir o passado, o historiador manipula
as características essenciais do tempo: a sucessão, a duração, a simultaneidade. Além disso, os
próprios historiadores têm reconstruído o passado a partir de periodizações e recortes temporais, bem como tentado apreender a temporalidade própria das várias sociedades. Assim, dominar, compreender e explicitar os critérios de periodização histórica, das múltiplas temporalidades das sociedades, tornar efetiva a aprendizagem da cronologia, são também desafios do procedimento histórico em sala de aula.
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A partir das renovações teórico-metodológicas da História, bem como das novas concepções pedagógicas, o uso escolar do documento passou a estimular a observação do aluno, a ajudá-lo a refletir. O aluno tem sido levado a construir o sentido da história e a descobrir os seus
conteúdos através dos documentos, porque o conhecimento não deve ser fornecido exclusivamente pelo professor [...].
Maria Auxiliadora Schimidt. A formação do professor de História e o cotidiano da sala de aula. In: Circe Bittencourt (Org.).
O saber histórico na sala de aula. 11 ed. São Paulo: Contexto, 2008, p. 60-62.
MANUAL DO PROFESSOR
Finalmente, um dos elementos considerados hoje imprescindíveis ao procedimento histórico em sala de aula é, sem dúvida, o trabalho com as fontes ou documentos. A ampliação da noção de documento e as transformações na sua própria concepção atingiram diretamente o trabalho pedagógico. […]
Texto de apoio 2
A contagem do tempo
Pensando criticamente sobre a contagem do tempo e o calendário que utilizamos em nosso
cotidiano, como fazer para ensinar aos alunos o conceito de tempo? É claro que nas primeiras séries do Ensino Fundamental não podemos discutir com a complexidade apresentada aqui. [...]
Os alunos, nas primeiras séries da escola, estão aptos a começar a desenvolver suas estruturas de raciocínio. Dessa forma, as aulas de História não precisam ensinar a origem histórica
do calendário cristão-europeu com a preocupação de que o aluno domine esse conteúdo.
Para iniciar o aluno no raciocínio histórico, o professor pode apresentar-lhe as formas de
contar o tempo utilizadas por diversos povos (esquimós, índios etc.). As atividades de comparação e a análise das alterações culturais estudadas levarão o aluno a perceber que a apropriação
e a utilização do tempo são culturais. Dessa forma, conhecerá a linha do tempo tradicional utilizada no mundo ocidental e poderá criticá-la, analisando a realidade dos grupos que compõem
sua comunidade, estado ou país.
Tal ensino deve criar condições para que as crianças formem estruturas de pensamento a
partir dos dados e informações sugeridas pelo professor e aprofunde-as na sala de aula através
das atividades partilhadas com os colegas. Apenas mais tarde, quando tais estruturas estiverem
mais desenvolvidas, é que os alunos poderão compreender exatamente como se deu a imposição
do calendário europeu a toda cultura ocidental.
É de se supor que, ao final do processo de escolarização (Ensino Fundamental e Médio), o
aluno seja capaz de realizar operações e experiências com a utilização da lógica formal sem uma
interferência direta do adulto.
Nesse sentido, podemos afirmar que o ensino já nas primeiras séries tem por objetivo formar algumas estruturas de pensamento que capacitam o aluno a fazer gradativamente sua própria leitura da história. Mais que isso, o aluno deve criar estrutura de raciocínio e habilidades
intelectuais para também produzir conhecimento histórico. [...]
Ana Lúcia Lana Nemi e João Carlos Martins. Didática de História - O tempo vivido. São Paulo: FTD, 1996, p. 73-75.
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Texto de apoio 3
A leitura do documento que trata das definições, princípios e objetivos, métodos e instrumentos
para a denominada salvaguarda do patrimônio das cidades pode auxiliar você no desenvolvimento dos
temas abordados no Livro do Aluno sobre a preservação da memória, conservação do patrimônio e da
história como um todo e, principalmente, da localidade onde vivem.
Carta de Washington
Carta internacional para a salvaguarda das cidades históricas - Icomos
Preâmbulo e definições
Em resultado de um desenvolvimento mais ou menos espontâneo ou de um projeto deliberado, todas as cidades do mundo são a expressão material da diversidade das sociedades através
da história, sendo, por esse fato, históricas.
A presente carta diz respeito, mais precisamente, às cidades grandes ou pequenas e aos
centros ou bairros históricos, com o seu ambiente natural ou edificado, que, para além da sua
qualidade como documento histórico, expressam os valores próprios das civilizações urbanas
tradicionais. Ora, estas estão ameaçadas pela degradação, desestruturação ou destruição, consequência de um tipo de urbanismo nascido na industrialização e que atinge hoje universalmente
todas as sociedades.
Face a esta situação muitas vezes dramática, que provoca perdas irreversíveis de caráter
cultural, social e mesmo econômico, o Conselho Internacional dos Monumentos e dos Sítios
(Icomos) considerou necessário redigir uma “Carta Internacional para a Salvaguarda das Cidades Históricas”.
Princípios e objetivos
A salvaguarda das cidades e bairros históricos deve, para ser eficaz, fazer parte integrante de uma política coerente de desenvolvimento econômico e social, e ser considerada nos planos
de ordenamento e de urbanismo a todos os níveis.
Os valores a preservar são o caráter histórico da cidade e o conjunto de elementos materiais e espirituais que lhe determinam a imagem, em especial:
•• a forma urbana definida pela malha fundiária e pela rede viária;
•• as relações entre edifícios, espaços verdes e espaços livres;
•• a forma e o aspecto dos edifícios (interior e exterior) definidos pela sua estrutura, volume, estilo, escala, materiais, cor e decoração;
•• as relações da cidade com o seu ambiente natural ou criado pelo homem;
•• as vocações diversas da cidade adquiridas ao longo da sua história.
Qualquer ataque a estes valores comprometeria a autenticidade da cidade histórica.
A participação e o envolvimento dos habitantes da cidade são imprescindíveis ao sucesso
da salvaguarda. Devem ser procuradas e favorecidas em todas as circunstâncias através da necessária conscientização de todas as gerações. Não deve ser esquecido que a salvaguarda das cidades e dos bairros históricos diz respeito, em primeiro lugar, aos seus habitantes.
As intervenções num bairro ou numa cidade histórica devem realizar-se com prudência,
método e rigor, evitando dogmatismos, mas tendo sempre em conta os problemas específicos de
cada caso particular.
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Métodos e instrumentos
No caso de ser necessário efetuar transformações nos edifícios ou construir edifícios novos,
qualquer operação deverá respeitar a organização espacial existente, nomeadamente a sua rede viária e escala, como o impõem a qualidade e o caráter geral decorrente da qualidade e do valor do
conjunto das construções existentes. A introdução de elementos de caráter contemporâneo, desde que não perturbem a harmonia do conjunto, pode contribuir para o seu enriquecimento.
É importante contribuir para um melhor conhecimento do passado das cidades históricas, favorecendo as investigações de arqueologia urbana e a apresentação adequada das descobertas arqueológicas.
A circulação de veículos deve ser rigorosamente regulamentada no interior das cidades ou
dos bairros históricos; as zonas de estacionamento deverão ser dispostas de modo a não degradar o seu aspecto nem o seu ambiente envolvente.
MANUAL DO PROFESSOR
[...] A melhoria das habitações deve constituir um dos objetivos fundamentais da
salvaguarda.
[...] Devem adotar-se medidas preventivas contra catástrofes naturais e contra quaisquer
perturbações (designadamente poluição e vibrações), tanto para a conservação das cidades históricas como para a segurança e o bem estar dos seus habitantes. Os meios empregados para prevenir ou reparar os efeitos das catástrofes devem estar adaptados ao caráter específico dos bens
a salvaguardar.
Para assegurar a participação e a responsabilização dos habitantes, deve ser implementado um programa de informação geral, começando a sua divulgação desde a idade escolar. A ação
das associações de defesa do patrimônio deve ser favorecida, e devem ser adotadas as medidas
financeiras apropriadas para assegurar a conservação e o restauro do parque edificado.
A salvaguarda exige que seja ministrada uma formação especializada a todos os profissionais que nela participem. (Adotada pela 8a Assembleia Geral do Icomos realizada em Washington, em 1987).
Cadernos de Sociomuseologia, Lisboa, Portugal, Ed. ULHT, n. 15, 1999.
Texto de apoio 4
Heranças de família
Recentemente, li um artigo sobre o caráter descartável de quase tudo na sociedade que
enfatiza o consumo. Um trecho me chamou a atenção, porque o autor ressaltou uma perda significativa. Cada vez menos as pessoas deixam de herança aos filhos algum objeto de uso doméstico. Isso ocorre porque quase todos têm pouca durabilidade e também porque a moda é
muito transitória.
Ele usou exemplos interessantes: até há pouco tempo, quase todas as famílias tinham algum móvel antigo que pertencera a algum antepassado – ou uma batedeira de bolo, uma máquina manual de moer carne etc. Lembrei-me de que tenho, em minha sala, um móvel antigo comprado por meu pai antes de eu nascer. Toda vez que passo por ele, lembro-me com carinho de
meu pai, da minha infância e de seus ensinamentos. Sempre me emociono.
Mais do que decorar a casa, a função desses objetos é a de corporificar a história da família, lembrar às pessoas as suas origens. Pelo visto, as novas gerações não terão essa sorte.
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Tal pensamento me fez associar a um outro: assim como os objetos de uso geral têm se tornado descartáveis, as tradições familiares têm se perdido. Corremos o risco de nos tornarmos
uma geração de famílias anônimas: sem identidade própria, sem tradições nem costumes. Desse
modo, tanto faz ter este ou aquele sobrenome.
Muitos pais têm desistido de transmitir aos filhos o que receberam de seus pais no convívio familiar: certos costumes de reuniões com parentes, de estilo de comemorar datas e presentear, de maneiras de encarar as dificuldades da vida e, principalmente, o valor de algumas atitudes. Tudo isso em nome da mudança dos tempos.
Um fato é verdadeiro: o mundo hoje é diferente do mundo em que esses pais foram criados, por isso parece que nada do que aprenderam com seus pais serve para a educação de seus
filhos. Mas essa ideia tem um problema: o de que a história pode ser ignorada.
Isso significa, como um amigo gosta de dizer, que os pais precisam, a cada dia, na relação
com os filhos, “inventar a roda, começar do zero”. Isso torna tudo mais difícil, pois exige que os
novos pais façam várias escolhas diariamente, e escolher é um processo complexo.
Tomemos um exemplo banal: a vida escolar dos filhos. Recebo, com regularidade, dúvidas
dos pais sobre como proceder: acompanhar ou não as lições de casa, estudar ou não com os filhos, comparecer ou não às reuniões da escola, impor a leitura de tantos livros por mês ou não
etc. O mais interessante é que, em quase todas as correspondências, eles dizem que, quando frequentaram a escola, não tiveram esse tipo de ajuda dos pais.
A tradição de muitas famílias de delegar a responsabilidade escolar aos filhos tem se perdido, portanto. Por quê? Porque o êxito escolar hoje em dia tem sido muito mais valorizado.
Temos feito de tudo para dar aos filhos o que nossos pais não puderam nos dar, mas, ao
mesmo tempo, temos negado ofertar a eles coisas importantes que herdamos. Talvez seja possível encontrar um equilíbrio nessa relação.
Folha de S.Paulo, São Paulo, 15 maio 2008. Suplemento Equilíbrio.
Texto de apoio 5
O texto a seguir apresenta uma discussão sobre a entrada das mulheres no mercado de trabalho,
bem como dados que contribuem para a compreensão dessa mudança na sociedade.
A mulher e o mercado de trabalho
São diversas as desigualdades existentes na sociedade brasileira. Uma das mais evidentes refere-se às relações de gênero, menos relacionada à questão econômica e mais ao ponto de
vista cultural e social, constituindo, a partir daí, as representações sociais sobre a participação da mulher dentro de espaços variados, seja na família, na escola, igreja, nos movimentos
sociais, enfim, na vida em sociedade.
Nas últimas décadas do século XX, presenciamos um dos fatos mais marcantes na sociedade brasileira, que foi a inserção, cada vez mais crescente, da mulher no campo do trabalho,
fato este explicado pela combinação de fatores econômicos, culturais e sociais.
Em razão do avanço e crescimento da industrialização no Brasil, ocorreram a transformação da estrutura produtiva, o contínuo processo de urbanização e a redução das taxas de
fecundidade nas famílias, proporcionando a inclusão das mulheres no mercado de trabalho.
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Uma constatação recorrente é a de que, independentemente do gênero, a pessoa com
maior nível de escolaridade tem mais chances e oportunidades de inclusão no mercado de trabalho. Conforme estudos recentes, verifica-se, mesmo que de forma tímida, que a mulher tem
tido uma inserção maior no mercado de trabalho. Constata-se, também, uma significativa melhora entre as diferenças salariais quando comparadas ao sexo masculino. Contudo, ainda não
foram superadas as recorrentes dificuldades encontradas pelas trabalhadoras no acesso a cargos de chefia e de equiparação salarial com homens que ocupam os mesmos cargos/
ocupações.
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Segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) realizada pelo IBGE em
2007, a população brasileira chega a quase 190 milhões de brasileiros, com a estimativa de 51%
de mulheres. Segundo dados do IBGE de 2000, a PEA (População Economicamente Ativa) brasileira, em 2001, tinha uma média de escolaridade de 6,1 anos, sendo que a escolaridade média das mulheres era de 7,3 anos e a dos homens de 6,3 anos.
Ainda nos dias de hoje é recorrente a concentração de ocupações das mulheres no mercado de trabalho, sendo que 80% delas são professoras, cabeleireiras, manicures, funcionárias
públicas ou trabalham em serviços de saúde. Mas o contingente das mulheres trabalhadoras
mais importantes está concentrado no serviço doméstico remunerado; no geral, são mulheres
negras, com baixo nível de escolaridade e com os menores rendimentos na sociedade
brasileira.
Segundo o Seade – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados, do governo do Estado de São Paulo – quanto ao “comportamento do desemprego feminino na Região Metropolitana de São Paulo, observa-se que, em 1985, essa taxa era de 15,5% para as mulheres e de
10,1% para os homens, aumentando, em 2000, para 20,9% e 15,0%, respectivamente. Isso significa que na RMSP [Região Metropolitana de São Paulo], em 2000, uma em cada cinco mulheres que integravam a População Economicamente Ativa, encontrava-se na condição de
desempregada.
O total das mulheres no trabalho precário e informal é de 61%, sendo 13% superior à
presença dos homens (54%). A mulher negra tem uma taxa 71% superior à dos homens brancos e 23% delas são empregadas domésticas. Necessariamente, a análise da situação da presença feminina no mundo do trabalho passa por uma revisão das funções sociais da mulher, pela
crítica ao entendimento convencional do que seja o trabalho e as formas de mensuração deste,
que são efetivadas no mercado.
O trabalho não remunerado da mulher, especialmente o realizado no âmbito familiar,
não é contabilizado por nosso sistema estatístico e não possui valorização social - nem pelas
próprias mulheres - embora contribuam significativamente com a renda familiar e venha crescendo. O que se conclui com os estudos sobre a situação da mulher no mercado de trabalho é
que ocorre uma dificuldade em separar a vida familiar da vida laboral ou vida pública da vida
privada, mesmo em se tratando da participação no mercado de trabalho, na população economicamente ativa.
Orson Camargo. A mulher e o mercado de trabalho. Brasil escola. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/
sociologia/a-mulher-mercado-trabalho.htm>. Acesso em: 26 jun. 2014.
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