Revista Práticas de Geografia - ano I, n. 1, 2014.
O Uso de Fotografias da Cidade de
Nova Iguaçu no Ensino de Geografia
Noemi Silva Pachu Gomes da Silva1
Clézio dos Santos2
Resumo:
O artigo ressalta a relevância do ensino de geografia trabalhando a temática Cidade de
forma significativa, dessa forma o ensino deve ser desenvolvido a fim de problematizar questões
do cotidiano para a formação de sujeitos críticos e reflexivos, capazes de argumentar para além
do senso comum, e integrante da construção do espaço geográfico.
Palavras–chave: Cidade, Ensino de Geografia, Aprendizagem.
Abstract:
This article emphasizes the importance of geography education working the theme City
significantly, so the education must be developed in order to discuss everyday issues for the
formation of critical and reflective subjects, able to argue beyond common sense, and member
of the construction of geographical space.
Keywords: City, Geography Teaching, Learning
Professora de Geografia da Rede Estadual do Rio de Janeiro. Licenciada em Geografia UFRRJ –
Campus Nova Iguaçu e ex-bolsista FAPERJ de Iniciação Científica.
2
Professor Adjunto do Departamento de Educação e Sociedade do Instituto Multidisciplinar da UFRRJ –
Campus Nova Iguaçu. Coordenador do projeto da FAPERJ denominado O Ensino-Aprendizagem da
Geografia e as Práticas Disciplinares, Interdisciplinares e Transversais na Escola Básica.
[email protected].
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Praticas de Geografia.
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O Ensino de Geografia nos últimos anos tem sido bastante discutida e teorias sido
desenvolvidas para mudanças metodológicas que deem conta de fazer desta disciplina uma que
tenha conexão com a realidade do aluno, tendo uma aplicação prática à vida deste. Castellar e
Vilhena (2010, p. 121) apresentam em sua fala que:
[...] em relação à educação geográfica, para superar a superficialidade
conceitual, destaca-se o método da realidade vivida. Nessa
perspectiva, torna-se possível aos alunos sair do estagio de mera
decodificação de informações quantitativas ou morfológicas ou
impressionismo de aparências.
Deste modo, o ensino de geografia deve ser desenvolvido a fim de problematizar
questões do cotidiano para a formação de sujeitos críticos e reflexivos, capazes de argumentar
para além do senso comum, e entenderem-se como parte integrante da construção do espaço
geográfico e, portanto, com direito a esse espaço, não se conformando com uma ordem imposta
por uma minoria que se reconhece como maioria.
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Apesar de mudanças consideráveis no campo do ensino, a geografia escolar ainda
aparece muito distante do aluno, sendo entendida por este como uma disciplina descritiva e sem
utilidade para sua vida, por isso entende-se que a aprendizagem com base no saber do aluno,
isto é, a aprendizagem significativa pode ser capaz de atraí-lo a disciplina e levá-lo a participar
ativamente das aulas. Esta aprendizagem não propõe anular os conteúdos do currículo, mas sim
a abordagem de tais conteúdos partindo do saber do aluno, tornando-o capaz de avançar,
ampliando seus conhecimentos e assim analisar a realidade de forma critica e reflexiva,
exercendo plenamente a cidadania.
A Geografia é uma área de conhecimento comprometida em tornar o
mundo compreensível para os alunos, explicável e passível de
transformações. Neste sentido, assume grande relevância dentro do
contexto dos Parâmetros Curriculares Nacionais, em sua meta de
buscar um ensino para a conquista da cidadania brasileira. (BRASIL,
1998 p. 26)
Exercer a cidadania está além do ato de votar nas eleições, mas para esse exercício
pleno o sujeito necessita de uma formação política, do entendimento da dinâmica da cidade para
compreender que faz parte desta. A luta por uma geografia que faça sentido para os alunos e
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leve-os ao pleno exercício da cidadania é árdua, porém válida na atual sociedade de extremas
desigualdades e movimentos fragmentados e desarticulados.
A construção de uma geografia significativa requer engajamento, já que a realidade da
educação no Brasil é a do professor com pesada jornada de trabalho e sem a valorização devida,
o que acaba desestimulando-o. No entanto, o acreditar numa mudança da sociedade a partir da
educação é um estimulo que não deixa o professor desistir de sua tarefa de mediador na
construção do conhecimento.
“Um professor engajado numa prática transformadora procurará desmistificar e
questionar, com o aluno, a cultura dominante, valorizando a linguagem deste, criando condições
para que cada um deles analise seu contexto e produza cultura” (MIZUKAMI, 1986, p. 99).
Quando a geografia apresenta-se estudante do espaço, trata-se do estudo de um espaço
vívido, construído a partir das relações humanas que nele se desenvolvem. Por isso dinâmico e
complexo. Esse espaço é construído por todos e teoricamente de direito de todos, no entanto,
quando o sujeito não se reconhece como parte da construção desse espaço não busca a sua
transformação.
O homem não participará ativamente da história da sociedade, da
transformação da realidade, se não tiver condições de tomar
consciência da realidade e, mais ainda, da sua própria capacidade de
transformá-la. (MIZUKAMI, 1986, p. 99).
Cavalcanti (2005) afirma que
O espaço geográfico não é apenas uma categoria teórica que serve
para pensar e analisar cientificamente a realidade, ele é essa categoria
justamente porque é algo vivido por nós e resultante das nossas ações.
Diante das intensas transformações e acelerado modo de vida o professor de geografia
aparece como sujeito a contribuir para o desdobramento de questões sobre a dinâmica espacial
na sala de aula, transformando as discussões levantadas nos campi universitários em prática.
Entretanto, a geografia desenvolvida dentro das universidades, isto é, o saber científico deve
passar ao saber escolar, buscando uma leitura de fácil entendimento para aqueles que vão
recebê-lo. Segundo MONTEIRO (2005) “o conhecimento escolar, embora tenha sua origem no
conhecimento cientifico ou em outros saberes ou materiais culturais disponíveis, não é mera
simplificação, rarefação ou distorção desse conhecimento.”
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O saber escolar constrói-se na prática escolar, necessitando que o professor tenha a
habilidade para desenvolver suas aulas com base no saber cientifico, mas com a didática e
metodologias adequadas ao público a que direcionará o conteúdo para não causar repulsa pela
fala não compreensível. Cavalcanti (2012 )aponta que:
Uma das dificuldades na formação inicial é que em geral ela tem sido
bastante marcada pela aprendizagem de conteúdos teóricos da
geografia acadêmica, e de suas diversas especialidades, sem a reflexão
de seus significados mais amplos e de como atuar na prática docente
com esse conteúdo. Essa pode ser uma das razoes do distanciamento
observado no cotidiano da escola e destacado na literatura entre o
conteúdo científico da geografia, as propostas teóricas da didática da
geografia e a prática efetiva dessa disciplina.
A ciência geográfica é apropriada desde os seus primórdios por diferentes setores na
sociedade, por sua contribuição para entendimento do espaço, afinal o domínio do espaço e
controle da população requer o conhecimento deste, e isto explicita-se nas operações militares,
na produção de um sentimento patriota, no planejamento urbano e regional e na sociedade
capitalista com grande importância para as empresas nas decisões de localização, nas estratégias
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de mercado e na organização da logística de fluxos. E apesar dos alunos fazerem parte dessa
dinâmica espacial eles não entendem que isso é geografia, que suas ações cotidianas produzem
espaço e que discutir geografia é discutir as suas vidas.
As práticas sociais cotidianas são espaciais, pois elas têm um
componente espacial que ao mesmo tempo em que movimenta essa
prática sofre as suas consequências; ou seja, há, nesse entendimento,
um movimento dialético entre as pessoas em geral e entre elas e os
espaços, formando espacialidades. Esse fato torna o conhecimento
geográfico importante para a vida cotidiana. (CAVALCANTI, 2005 P.
13 )
Vive-se hoje um mundo em constante mutação, a avançada tecnologia apresenta todos
os dias novos produtos, o consumismo exacerbado é estimulado, uma cultura mundial vai sendo
imposta, temos a ideia de que está se encaminhando rumo a um mundo sem fronteiras, pois
diante dessas transformações os espaços ganham novas configurações, cidades periféricas vão
conquistando lugar de destaque tornam-se centros e consequentemente geram novas periferias e
isso se dá nas mais diferentes escalas, desde países que rumam a alcançar uma posição de
destaque na configuração do espaço mundial até pequenas cidades que se destacam dentro de
um estado se tornando alvo de altos investimentos e também da lógica capitalista cruel e
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desigual, que devora os espaços, alterando a vida de populações residentes. Como se comportar
diante disso? Como se entender construtor desse espaço? Como associar essas transformações
com a gama de informações lançadas todo tempo pelos meios de comunicação?
É na ciência geográfica que essas questões se desenrolam, as discussões nos espaços
universitários são intensas e geram pesquisas e trabalhos que levam a preocupação de tornar a
população mais ativa na sociedade a fim de se posicionar sobre as decisões que a afetam
diretamente. Mas como isso chega à sala de aula de educação básica? Essa é uma questão chave
nesta discussão, pois a massa populacional está ou já passou pela escola de educação básica e na
sua maioria não chega à universidade. Portanto a educação para a formação de sujeitos
reflexivos, críticos e atuantes na sociedade deve iniciar-se no ambiente escolar, na geografia
escolar. Porém o que se apresenta no atual quadro do ensino ainda é uma geografia descritiva e
de memorização dos conteúdos que serão esquecidos após a sua aplicação em provas, chamando
a atenção para a falta de prática do avanço conquistado no papel, não dizendo que não houve
avanço na prática docente, pois há uma grande necessidade de esclarecer a função da geografia
e sua importância no currículo escolar.
A escola é lugar de debate, de construção de conhecimento, de formação de sujeitos
conscientes de suas práticas e isso se refere a todos que compõe o ambiente escolar, alunos,
professores, orientadores, coordenadores e demais, não devendo se entender a escola como um
local onde alunos são receptores de um conhecimento transmitido pelo professor, o professor
segue as ordens do diretor e assim por diante, a escola é local onde essas pessoas se relacionam
produzindo conhecimento, os saberes se cruzam e geram um saber escolar, produzido na escola.
Pretende-se então, fazer o aluno entender que o seu saber é relevante.
As mudanças alcançadas no ensino de geografia após o movimento de renovação da
geografia apontam para a importância da valorização do saber do aluno, do uso de seu cotidiano
para dar significado ás aulas, buscando uma relação aluno-professor mais harmoniosa e assim
envolvendo o aluno na aula. Aponta-se para a importância de compreensão do local para
entender o global, ou seja, o aluno ao analisar e compreender o seu lugar de vivência será capaz
de fazer relações mais complexas e entender a dinâmica global, ele será capaz de entender a
função da sua cidade no mundo. Por isso
é preciso desenvolver uma didática capaz de provocar o aluno, a partir
de sua experiência pessoal, o interesse em compreender a cidade em
que vive, seu significado social, sua estrutura no passado e no presente
e as potencialidades do seu futuro (CASTELLAR; VILHENA, 2010,
P. 125)
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A partir do seu lugar de vivência podem-se trabalhar os conceitos geográficos básicos
como paisagem, território, região e posteriormente outros. Desse modo a geografia ganha
relevância para o aluno, fazendo com que este entenda a realidade e aja sobre ela. A relação da
geografia com o cotidiano escolar pode mudar a visão sobre essa disciplina que ainda aparece
em sala de aula como maçante e decorativa, sem utilidade para a vida, levando alunos ao
desinteresse por tal, quanto a isso Castellar (2005, p. 213) afirma que
O saber agir sobre o lugar de vivência é importante para que o aluno
conheça a realidade e possa comparar diferentes situações, dando
significado ao discurso geográfico – isso seria a concretização da
educação geográfica, do mesmo modo que ocorre com a Matemática,
a Física, ou outras áreas do conhecimento escolar.
Estudar a dinâmica urbana partindo da cidade de vivência do aluno pode esclarecer
informações aparentemente desconexas, fazer o aluno entender o que é a globalização a partir
de suas ações cotidianas, isto é, “estudar o lugar de vivência é vincular-lhe questões presentes
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em várias escalas de análise e permitir a associação criativa e referenciada na experiência
concreta, de evidente maior capacidade de transmissão e fixação de conhecimentos”
(CASTELLAR; VILHENA, 2010, P. 123)
Por que não usar a cidade de vivência do aluno para falar de meio ambiente, energia,
transporte, crescimento urbano, ocupação desordenada? A compreensão do mundo pode partir
de compreender quem somos no mundo, como contribuímos para a construção do espaço
geográfico; saber como o nosso lugar está inserido nesse espaço é fundamental para
entendermos sua dinâmica. E as aulas de geografia podem levar o individuo se entender como
parte de sua cidade e por isso com direito a ela, direito de fazer uso de sua cidade para
expressar-se, direito de lutar por melhorias nela e de participar de sua gestão. Por isso aplicar a
cidade às aulas de geografia é uma maneira de carregá-las de significado, contribuindo para a
formação de um sujeito crítico, reflexivo e atuante em sua sociedade.
A cidade pode ser um rico laboratório de pesquisa para a construção de uma geografia
escolar que tenha conexão com a realidade do aluno, atraindo-o a essa disciplina considerada
muitas vezes desinteressante, decorativa e maçante por seu conteúdo abstrato. Por isso
A análise do “fenômeno cidade” pode ocorrer, do ponto de vista
teórico, trazendo para o currículo escolar a cidade enquanto espaço de
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aprendizagem, compreendendo sua função, sua gênese e o processo
histórico em que foi produzida, estabelecendo uma nova referência
para a geografia escolar. (CASTELLAR; VILHENA, 2010, P. 120)
Segundo Carlos (2007, p. 21)
[...] a cidade pode ser entendida, dialeticamente, enquanto produto,
condição e meio para a reprodução das relações sociais – relações
produtoras da vida humana, no sentido amplo da reprodução da
sociedade. Aqui a cidade se reafirma enquanto espaço social na
medida em que se trata da realização do ser social – produzindo um
espaço – ao longo do processo histórico. Na perspectiva apontada, a
análise da cidade, em sua dimensão espacial, se abre para a análise da
vida humana em sua multiplicidade.
A autora aponta a relação da cidade com a vida humana, afirmando que a análise da
primeira abre para a análise da segunda, desta forma, entende-se que, para o sujeito,
compreender a dinâmica espacial significa compreender a sua vida, já que o espaço geográfico
se constitui a partir da ação humana no espaço, através das relações sociais.
O modo de vida urbano traz para a vida humana, consideráveis transformações e,
portanto, transformações na configuração da cidade e nas relações sociais nela produzidas, essas
precisam ser absorvidas e compreendidas por aqueles que compõem este espaço chamado
cidade, a fim de poderem participar de sua gestão ativamente. Carlos (2007, p.21) afirma que:
[...] a sociedade urbana se generaliza, isto significa que, a tendência
que desponta no horizonte é a generalização do processo de
urbanização na medida em que a sociedade inteira tende ao urbano.
Essa extensão do urbano produz novas formas, funções e estruturas
sem que as antigas tenham, necessariamente, desaparecido, apontando
uma contradição importante entre as persistências – o que resiste e se
reafirma continuamente enquanto referencial da vida – e o que aparece
como ‘novo’, caminho inexorável do processo de modernização.
Compreender as diversas transformações no espaço urbano e/ou em crescente
urbanização é fundamental para o sujeito se inserir no espaço e se entender como parte
integrante do processo, sendo capaz de cumprir o exercício da cidadania. Por isso a importância
da geografia escolar fazer uso da cidade e de suas implicações em sala de aula, pois na atual
sociedade muitos são as relações existentes e complexas, que merecem estudos aprofundados e
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discussões fundamentadas, e entende-se que ao trabalhá-los no ensino de geografia torna-se
possível gerar mudanças quanto à ação dos indivíduos em sua realidade. Para Cavalcanti (2010,
p. 16)
Os temas da cidade e do urbano são conteúdos educativos que
propiciam aos alunos possibilidades de confronto entre as diferentes
imagens da cidade, as cotidianas e as cientificas. O tratamento desses
temas permite ao professor explorar concepções, valores,
comportamentos dos alunos em relação ao espaço vivido, além de
permitir também analisar a gestão da cidade a partir da experiência
dos alunos; permite ainda trabalhar com o objetivo de se garantir o
direito à cidade.
O objetivo maior da compreensão do fenômeno cidade é dar subsídios àqueles que a
habitam para se posicionarem de forma critica diante das mudanças espaciais que alteram seus
modos de vida sem consulta prévia, sem uma gestão compartilhada, de se posicionarem ao
domínio do espaço pelo capital, num período de crescimento de investimentos e
conseqüentemente de residências dando lugar a grandes obras, obrigando a população a
construir nova identidade já que seu lugar de referência está sendo destruído.
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A história de uma cidade pode contribuir de forma positiva para o processo de ensino
aprendizagem nas aulas de geografia, a busca pela origem da cidade, sua evolução urbana e
crescimento econômico podem carregar as aulas de significado para os alunos que fazem parte
de dinâmica urbana.
No caso de Nova Iguaçu, encontramos uma cidade com uma história riquíssima, com
importante papel na configuração do Estado desde o ciclo da laranja e, hoje integrante da região
metropolitana do Rio de janeiro, tem passado por grandes transformações espaciais e
crescimento econômico, com suas terras sendo alvo da especulação imobiliária, abrindo espaço
para grandes empreendimentos. Essa reestruturação da cidade carrega consigo diversas
implicações que precisam ser entendidas por aqueles que são diretamente afetados por ela
A cidade no Ensino de Geografia
A cidade é atualmente o espaço onde se encontra a maior parte da população brasileira,
mais de 90 % vive em cidades pequenas, médias, grandes e metrópoles. Estas apresentam
dinâmicas diversas e se complexificam mediante as mudanças tecnológicas e econômicas que se
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dão na sociedade, as cidades expressam, portanto, as novas estruturas impostas e as contradições
que estas engendram, sua paisagem é reveladora das desigualdades, dos conflitos e das relações
de identidade que se constroem ao longo da história. “Atualmente ela é o lócus privilegiado da
vida social, na medida em que mais do que abrigar a maior parte da população, ela produz um
modo de vida que se generaliza” (CAVALCANTI, 2012, P.63). A sua atual organização aponta
para a necessidade de um estudo da cidade nas aulas de geografia do ensino fundamental, pois a
escola é o local de encontro dos habitantes da cidade e daqueles que estabelecem com ela
diversas relações.
Após o movimento de renovação da geografia, esta ciência foi repensada e buscou-se o
rompimento com a geografia tradicional, ascendendo uma geografia teorético-quantitativa que
tinha a matemática como base para compreensão e gestão do espaço geográfico e uma geografia
crítica com base no materialismo dialético. Tais mudanças afetam o ensino de geografia
direcionando-o para a construção de uma formação cidadã, buscando inserir nas escolas uma
geografia crítica e prática à vida cotidiana. Pesquisas e discussões relacionadas ao ensino de
geografia tomaram e ainda tomam conta dos espaços acadêmicos, refletindo na publicação de
textos sobre o ensino de geografia e no estabelecimento de documentos que regem a educação
brasileira como os Parâmetros Curriculares de Geografia do Ensino Fundamental e do Ensino
Médio (PCNs), bem como Diretriz Curricular Nacional de Geografia (DCN), apresentando estes
em seus textos a preocupação com uma formação voltada para a cidadania, para o compromisso
com o meio ambiente e com o outro, e ainda o desenvolvimento do ensino relacionado com o
cotidiano do aluno, a fim de uma aprendizagem significativa que permita ao aluno avançar do
local para o global para maior aquisição dos conteúdos abordados entendendo que o aluno será
capaz de compreender fenômenos em diversas escalas, se partir daquilo que lhe é comum. Alem
da Lei de Diretrizes e bases que também surge num contexto de necessidade de formar para a
vida em sociedade.
Nos diversos temas abordados no ensino de geografia do 6° ao 9° ano do ensino
fundamental o estudo da cidade pode ser inserido como base para a compreensão de questões
socioambientais e socioeconômicas presentes na atual sociedade. De acordo com PCN’s (1998)
para o terceiro ciclo (6° e 7° anos) são propostos os seguintes eixos temáticos:
• A Geografia como uma possibilidade de leitura e compreensão do mundo.
• O estudo da natureza e sua importância para o homem.
• O campo e a cidade como formações sócio-espaciais.
• A cartografia como instrumento na aproximação dos lugares e do mundo.
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Para o quarto ciclo (8° e 9° anos) são:
• A evolução das tecnologias e as novas territorialidades em redes.
• Um só mundo e muitos cenários geográficos.
• Modernização, modo de vida e problemática ambiental.
Dentro desses eixos vários temas se desdobram e o estudo da cidade se enquadra neles
já que a cidade abrange aspectos físicos, políticos e econômicos, tendo a problemática ambiental
diretamente relacionada ao seu desenvolvimento e está conectada aos outros espaços por meio
das redes. Sendo assim, este estudo possibilita a leitura e compreensão do mundo atual bem
como a participação do cidadão na sua gestão, já que este ao estudar a cidade criticamente se
entenderá como sujeito ativo na sua dinâmica.
A cidade já está presente nas aulas de geografia do ensino fundamental em diversos
temas. Entretanto, o que se pretende é propor uma relação do ensino de geografia com o
cotidiano do aluno, o uso da cidade onde a escola se insere como referência para a abordagem
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dos conteúdos geográficos que na maioria das vezes aparece como algo distante da realidade do
aluno. Os conceitos geográficos podem ser entendidos pela compreensão da cidade, visto que a
cidade é espaço, lugar, território, paisagem e apresenta relações socioambientais e
socioeconômicas, ou seja, ela está diretamente relacionada ao conceito de espaço geográfico, já
que este é o espaço apropriado pelos seres humanos para o desenvolvimento da vida e
transformado para fornecer as condições necessárias à existência. Deste modo entende-se que o
estudo da cidade poderá contribuir para a formação proposta nos PCNs de Geografia e levar o
cidadão a uma participação ativa na sociedade em que vive.
No artigo 22 da LDB 9.394/96 lê-se: a educação básica tem por finalidades desenvolver
o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Desta forma entende-se
que a escola é um lugar para propício para a formação cidadã e a geografia como disciplina que
estuda o espaço geográfico pode ser mediadora para essa formação, a escola “por meio do
ensino de geografia, pode ser um lugar de encontro e confronto entre as diferentes formas de
concepção e prática da cidade, cotidianas e científicas”. (CAVALCANTI, 2012, p.75).
Por isso a cidade de vivência dos alunos pode ser um facilitador no processo de ensinoaprendizagem e contribuir para o interesse pela disciplina de geografia, mostrando que esta é
não apenas para a memorização de nomes de estados e capitais, mas para a compreensão da
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realidade vivida e consequentemente para o pleno exercício da cidadania.
A fotografia como recurso didático para a leitura da cidade de Nova Iguaçu
A fotografia é um marco na história, pois ela proporciona o registro de momentos com
apenas um clique, ela é também algo carregado de significado, o retrato de determinado espaço
ou pessoa que carrega a marca do observador, já que ele destacará o que mais lhe for
interessante, podendo contribuir para análise da realidade. Isso é um pressuposto para a
utilização da fotografia como recurso didático nas aulas de geografia, já que esta disciplina
pretende a compreensão do espaço geográfico, permitindo ao aluno a leitura do mundo.
Segundo os PCNs um dos objetivos esperados ao longo dos oito anos do ensino
fundamental é que o aluno seja capaz de “compreender a importância das diferentes linguagens
na leitura da paisagem, desde as imagens, música e literatura de dados e de documentos de
diferentes fontes de informação, de modo que interprete, analise e relacione informações sobre o
espaço...”.
No atual momento histórico as ferramentas tecnológicas estão ao alcance das diferentes
classes sociais, sendo mais um facilitador para o uso desse recurso em sala de aula. Fotografar é
algo muito comum entre jovens e adolescentes, esse hábito difundido e estimulado pelos meios
de comunicação em massa, faz com que os indivíduos queiram fotografar tudo, cada momento
da vida, mesmo os mais banais. Entretanto, o professor pode fazer uso disso para abrir
discussões interessantes em sala de aula e iniciar um estudo da cidade através de fotografias.
Na escola, fotos comuns, fotos aéreas, filmes, gravuras e vídeos
também podem ser utilizados como fontes de informação e de leitura
do espaço e da paisagem. É preciso que o professor analise as imagens
na sua totalidade e procure contextualizá-las em seu processo de
produção: por quem foram feitas, quando, com que finalidade etc., e
tomar esses dados como referência na leitura de informações mais
particularizadas, ensinando aos alunos que as imagens são produtos do
trabalho humano, localizáveis no tempo e no espaço, cujos
significados podem ser encontrados de forma explícita ou implícita.
(BRASIL, 1998, p. 33)
Nas turmas de ensino fundamental é comum que a maioria dos alunos, ou mesmo todos
tenham celulares dos mais modernos, com inúmeras ferramentas que tiram fotos, filmam dentre
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outras coisas, deste modo, o professor pode solicitar que os alunos fotografem os lugares que
frequentam durante a semana, o trajeto casa – escola, o mercado, a igreja, a rua do comércio, o
seu lugar de vivência, com isso o aluno estará participando da pesquisa como sujeito ativo,
tendo suas experiências e conhecimentos utilizados para desenvolvimento da aula e para a
construção de novos conhecimentos. Na segunda parte da pesquisa o aluno deverá buscar na
internet, outra ferramenta bastante utilizada por jovens e adolescentes, fotos antigas de seus
bairros, sua cidade.
As fotografias momentos e guardam a imagem de pontos nunca visitados pelos alunos,
porém elas são carregadas de significado, necessitando de uma análise minuciosa que permita
sua leitura. Nelas pode está exposto uma realidade não mais vista na cidade, um passado
completamente diferente da sua atual configuração ou pode revelar a estagnação de determinado
lugar, ao comparar as fotos talvez seja possível identificar que não houve muito avanço quanto a
paisagem local. Observações como estas dão abertura para análises espaciais e discussões de
assuntos abordados no ensino de geografia. Porque alguns lugares mudam e outros não? Como
isso acontece? É o prefeito que decide que lugar vai melhorar? O centro era assim? Não tinha
asfalto? Essas e outras perguntas podem surgir quando as fotos forem expostas e o professor
deve estar preparado para respondê-las sem fugir dos conteúdos a serem abordados.
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Todo lugar tem uma história, mas talvez a paisagem atual não a deixe clara, fato comum
em muitas cidades que deram lugar a prédios modernos e grandes vias que escondem um
passado de terras agrícolas, com uma igreja e poucas casas, como é o caso de Nova Iguaçu. Por
isso a importância das fotos no entendimento da cidade, pois as primeiras construções, as
primeiras vias e meios de transporte, os rios que com suas águas limpas eram utilizados por seus
moradores existem agora apenas na memória de alguns e nas fotografias tiradas. Pensar a cidade
diferente do que é hoje foge um pouco a mente, mas a fotografia pode ajudar nesse exercício,
entender a cidade atual exige um caminhar pela história que a fotografia proporciona.
Como imaginar que o avô brincava na rua que hoje é uma via com grande fluxo de
automóveis? Ou que ele tomava banho no rio que agora é poluído? A análise das imagens pode
esclarecer muitas dúvidas, se elas forem analisadas e não somente vistas, todavia a fotografia
como qualquer outro recurso didático deve estar dentro de um conjunto, de um trabalho
desenvolvido pelo professor, de levantamento teórico e enquadrado em uma metodologia de
ensino.
O uso de fotografias pode ser feito também num trabalho interdisciplinar, o professor de
geografia pode envolver os professores de história e artes, ou outros que estejam dispostos a
contribuir para o estudo da cidade. As fotos revelam como a cidade de Nova Iguaçu mudou ao
longo da história, sendo até mesmo difícil reconhecer alguns lugares, o centro de Nova Iguaçu
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em 1940 como visto na figura 10 em nada se assemelha ao centro da cidade hoje a não ser pela
igreja de Santo Antônio que permanece na cidade. O que pode despertar para a discussão das
permanências em meio a arquitetura moderna da cidade.
FIG 01: Centro de Nova Iguaçu - 1940
Fonte: http://www.xandrinho.com
A Praça da Liberdade (Veja Fig. 02 e 03) é ainda um ponto de referência na cidade,
entretanto hoje é ocupada por lojas e quiosques que fazem dela um lugar movimento durante
todo dia. O monumento no centro da praça permanece sendo uma marca do passado nela. Os
avanços técnicos e a urbanização são evidenciados nos equipamentos como os meios de
transportes e nas formas da cidade e serviços ofertados como podemos ver também nas figuras
04 e 05, referentes a Avenida Nilo Peçanha.
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FIG 02: Praça da Liberdade – 1922
Fonte: http://www.xandrinho.com
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FIG 03: Praça da Liberdade - 2014
Fonte: Silva (2014)
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FIG 04: Avenida Nilo Peçanha
Fonte: www.xandrinho.com
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FIG 05: Avenida Nilo Peçanha em 2014
Fonte: Silva, 2014
A análise das fotografias possibilita a compreensão da relação centro-periferia, é
possível observar que a área central da cidade conta com maior infraestrutura, oferta de serviços
dos mais variados e que nesta área se encontram os órgãos municipais, as áreas de lazer e
recreação e os equipamentos culturais em detrimento a bairros mais distantes desta área que
aparecem com pouca infraestrutura, com falta até mesmo de serviços básicos como asfalto e
esgoto, pode-se ver que quanto mais distante da área central mais os contrates se acentuam. O
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padrão de habitação também é um fator que permite analisar a organização da cidade, as casas
em beiras de rio, em áreas de risco é bastante comum na cidade de Nova Iguaçu e faz parte da
realidade de grande parte dos alunos desta, por isso, o professor tem a possibilidade de inserir os
alunos como sujeitos ativos no desenvolvimento das aulas de geografia, o fato das escolas
envolvidas nesta pesquisa receberem alunos dos mais variados bairros do município e ainda de
outros municípios, permite a analise de varias questões a partir das fotografias tiradas pelos
próprios alunos e daquelas disponíveis na internet, pode-se perceber o que é destacado na
internet para representar a cidade de Nova Iguaçu e o que é destacado por eles, afirmando que
nas fotos há uma intencionalidade de acordo com que se quer demonstrar de determinados
lugares.
Considerações finais
O desenvolvimento de um estudo da cidade nas escolas municipais de educação básica
do Município de Nova Iguaçu é possível e pode gerar contribuições significativas para o
processo de ensino – aprendizagem, considerando que pode despertar o interesse do aluno pela
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geografia e assim levá-lo a compreensão de sua realidade e provavelmente ao exercício da
cidadania, já que ao realizar este estudo ele manterá com sua cidade uma interação que o fará
entender-se como sujeito construtor desse espaço. Além disso a cidade é exemplo Os alunos da
educação básica do município de Nova Iguaçu estão inseridos numa realidade que é a de muitas
cidades brasileiras, com espaço sendo redesenhado pela lógica do capital que não cumpre com
os direitos do cidadão dispostos nos documentos que estabelecem os padrões para a gestão da
cidade.
A escola aparece ainda hoje como uma instância da sociedade capaz de contribuir para a
formação estabelecida nos parâmetros e diretrizes para a educação brasileira, pois é ainda um
lugar de encontro de diferentes sujeitos onde é possível desenvolver discussões e debates sobre
diferentes questões que permeiam a vida desses sujeitos, no entanto, as políticas públicas e
formulação de documentos não têm garantido a efetivação desta formação nas escolas públicas
de educação básica, pois ainda se vê no ambiente escolar as condições precárias vivenciadas por
todos que compõem a unidades de ensino, ainda que se encontrem algumas exceções.
Entende-se aqui que desenvolver um estudo que considere o cotidiano do aluno é um
dos muitos passos necessários a mudança da realidade brasileira, não se sugere o estudo da
cidade como a solução para o ensino de geografia, tampouco como a salvação da sociedade mas
como uma proposta que pode contribuir para a efetivação desta disciplina enquanto de aplicação
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prática a vida, e portanto, para o exercício da cidadania, contribuindo para a formação de
sujeitos que entendam a sua realidade e sejam capazes de lutar pela sua apropriação atendendo
ao proposto nos PCNs e na LDB.
Parece utópico pensar que a geografia pode mudar os rumos da sociedade, obviamente
não é ela a única responsável por formar cidadãos comprometidos com a sociedade, mas
acredita-se que ela pode contribuir para o entendimento do espaço geográfico, do lugar vivido
pelo cidadão e desta maneira estimulá-lo a requerer o direito ao seu lugar, o pleno exercício da
cidadania e assim alcançar uma sociedade menos injusta. Talvez essa utopia seja o que move
pesquisadores e professores da geografia em lutar por um ensino de qualidade, pratico à vida
dos alunos/cidadãos, um ensino de geografia que prepare para a vida em comunidade.
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